4 Dicas EFICAZES para lidar com crianças com Autismo em sala de aula

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Luna ABA
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Olá pessoal, tudo bem? Nós voltamos para sala  de aula que estamos enfrentando muitos problemas de agressividade e de outros comportamentos  inadequados, muitos. Indivíduo que não entra na sala ou que não fica na sala ou, se fica né,  se entra, pode apresentar agressividade contra outras pessoas, contra si mesmo, grito, monte de  problema porque esses indivíduos são muito mais sensíveis por conta de todo esse período de ficar  em casa sem fazer atividade da maioria das vezes, sem esse contrato social, sem esse ambiente  com tanto barulho, com tantos estímulos, com tudo isso.
E aí a gente precisa saber o que  que a gente vai fazer, não é chamar os pais para buscar a criança, pelo amor de Deus, Essa é a  pior solução, você pode estar ensinando para o individo a ser mais agressivo, você pode estar  decidindo os piores destinos possíveis para esse indivíduo sem saber. Eu sei que não é por mal,  mas você porta fazendo isso se você tá chamando os pais para ir buscar o indivíduo. Eu sei  que vocês estão colocados no fogo também, quem é professor né, tá colocado no fogo porque  também não sabe o que fazer.
Eu vou dar para vocês aqui quatro dicas práticas bem bem bem  efetiva, se você fizer essas 4 dicas você vai ver a diferença extraordinária que vai acontecer  nessa sua prática. São dicas que você pode fazer com os indivíduos, com a grande maioria deles  alguns, alguns você pode fazer com todos e outros com a grande maioria deles, especificamente a  quarta talvez seja mais importante então fica até o final para você acompanhar essas  dicas aqui e depois, quando você quiser, você volta aqui para comentar para dizer para mim  como é que foi o resultado dessas intervenções. Meu nome é Lucelmo Lacerda, sou  Doutor em educação pela PUC São Paulo, fiz o pós-doutoramento na Universidade Federal  de São Carlos, no departamento de psicologia, estudando inclusão escolar da pessoa com  autismo, práticas evidência, sou professor de escola, de sala de aula e eu queria falar muito  de alguns aspectos mais práticos, algumas dicas bem práticas que vocês podem implementar nas suas  escolas para você reduzir esse quadro para evitar o que é até mais interessante né, se você não  tiver esse quadro de agressividade, aproveita essas dicas aqui e aí você pode evitar que isso  aconteça na sua escola tá.
A primeira dica, gente, ela é muito importante, útil não só para crianças  que não falam, mas também para crianças que falam, isso é muito importante porque tem pessoas  que confundem essa dica especificamente que diz respeito a rotina visual, o que que é isso?  É quando eu organizo visualmente o que que o indivíduo vai fazer durante aquele dia, então, o  que que eu tenho durante esse dia, têm Tais aulas, tem tais atividades, eu pego aquilo ali e  faço uma rotina com todas as atividades né, da primeira à última E aí esse indivíduo vai  visualmente sabendo o que ele vai fazer e fazendo uma modificação na medida em que vai fazer,  então, por exemplo, pode ter duas imagens, uma do lado e outra do outro, e quando ele termina  ele passa de um lado para o outro né, do vou fazer para o já fiz, ou então ele põe embaixo numa  caixinha, são duas possibilidades, isso tem muito dado em favor da rotina visual, inclusive para  crianças que falam e que entendem o que é falado. Por algum motivo isso reduz a ansiedade mesmo que  seja atividades novas, atividades que não tenha sido feito ainda.
Tem uma pesquisa de 94 em que  eles pegaram crianças com autismo e eles em certas circunstâncias apresentaram ou não apresentar a  rotina, faziam é atividades novas ou atividades já conhecidas. Mesmo que as atividades já  fossem conhecidas da criança se não tivesse a rotina visual elas apresentavam mais casos de  agressividade para tentar sair daquelas atividades e mesmo que as atividades fossem desconhecidas,  se fosse a primeira vez que elas fossem fazer, se a rotina tivesse já sido apresentada com aquelas  atividades, a agressividade ia embaixo e aí houve uma série de outros estudos demonstrando essa  relação. Então essa é uma coisa que você pode fazer, uma coisa super barata né, você faz aí com  a plastificadora e um velcro e a gente consegue fazer na própria escola então esse aqui estratégia  de sucesso gente, você apresentar visualmente o que vai acontecer, por exemplo, eu vou apresentar  aqui para você visualmente que agora você vai fazer assim, você vai dar um like, você consegue  ver aí visualmente, você vai apertar o Sininho e vai colocar marca todas, para você receber  todos e vai se inscrever no canal se você não é inscrito ainda né, então a estratégia de sucesso  aqui também para continuar levando informação de qualidade para você aqui tá.
Segunda estratégia  importante, toda vez que eu falo dessa estratégia quem é de sala de aula buga né, a gente vem em  uma tradição muito diferente. Quando o indivíduo volta para a escola ele volta nesse contexto de  pandemia muito mais sensível, muito mais sensível ao barulho, muito mais sensível a fazer atividade  que ele não tava precisando fazer porque ele tava em casa, tava no outro contexto. Quando ele  volta com todas as dificuldades, qual que é o nosso primeiro alvo de ensino?
Não é sei lá o que  que você tá ensinando em matemática, português, história, não é esse o nosso objetivo de ensino  primeiro, nosso primeiro objetivo e aí entra esse olhar científico, valor desse olhar é o indivíduo  aprender, o indivíduo aprender a fazer atividades em sala de aula de modo que no princípio, em  geral, se esse é um quadro de um indivíduo assim mais sensível, eu não vou dar atividades novas,  não vou dar atividade que ele não saiba ainda, eu vou da atividade moleza, sopinha no Mel,  só atividade que ele já saiba. Ah, eu estou aprendendo aqui multiplicação, soma ele já sabe,  agora tá na multiplicação. Não, então para ele vai ser soma porque agora eu só quero que ele  faça aquilo que é tranquilo, que é suave na nave para ele, então eu vou fazer atividades que ele já  saiba e não atividades novas, entendeu isso?
Ah, mas poxa, eu tô perdendo o tempo dele, não, não tá  perdendo, você tá ensinando a habilidade para ele. Só que para o outro devido com desenvolvimento  típico essa habilidade de ficar sentado é uma habilidade “natural”, não vou dizer que é natural,  não é melhor palavra, mas só para fins didáticos aqui. Para esse outro indivíduo pode ser muito  difícil e portanto a gente tem que organizar de uma maneira que seja efetiva, dessa maneira é  efetiva, a gente vai ter como algo específico ficar na sala fazendo atividades, daí que eu  não posso introduzir um outro alvo que seja desafiador porque vai haver confusão e não vai  funcionar, simples assim, não funciona.
Terceira dica quente para vocês, sendo atividades  já conhecidas, de habilidade já conhecidas, ou atividades novas, nas duas circunstâncias, Se  tem uma coisa que a Rigor não faz o menor sentido, logicamente falando, mas que funciona muito é  você dar a opção de atividade então toda vez que eu for ter um momento de atividade ao invés de  eu ter uma atividade que o indivíduo possa fazer, eu tenho duas ou três e aí eu digo para ele “olha  nós temos três atividades aqui e você precisa fazer uma. Qual o que você quer fazer? ” Por algum  motivo, ainda que no final das contas ele faça tudo, funciona muito bem então eu tenho ali a  necessidade de ter um arcabouço pouco maior né, ter um planejamento pouco maior para eu ter  atividades um pouco diferente para a mesma habilidade e isso tem um valor inteiro de redução  de comportamento problema extraordinário.
Quarta dica, é eu intercalar o momento de aula com  intervalos mais frequentes e esses intervalos idealmente né eles não são contados simplesmente  pelo tempo, mas pela quantidade de atividades que o indivíduo faz, então, por exemplo, vamos  imaginar que ao invés de eu fazer uma atividade gigantesca eu faço atividades com menos tarefas,  com menos coisas para fazer e a cada vez que ele faz atividade ele vai somando um ponto que  eu posso contar por exemplo que isso aqui ó, isso aqui é uma economia de fichas, depois  eu quero fazer um vídeo só sobre isso, se vocês quiserem Depois eu falo tá, esse aqui eu já  comprei e vocês podem fazer também. Não comprei, ganhei do vozempapel, que faz uns trabalhos muito  legais com isso, tem aí no Instagram e você podem depois quem quiser entrar em contato com eles  também. Então, você por exemplo pega Essas fichas aqui você recolhe Essas fichas e quando  o indivíduo faz uma atividade, faz uma questão, você dá uma ficha para ele e quando ele soma  essas fichas e somam uma quantidade portanto de emissões do comportamento ele tem acesso a  um período em que ele vai assistir uma coisa do celular ou ele vai desenhar ou ele vai, sei  lá, o que ele gostar de fazer.
E aí eu consigo introduzir essas atividades que são reforçadoras  e que são que preferência do indivíduo durante o período de aula e quando eu faço isso de uma  maneira mais orgânica e aí eu consigo ter mais oportunidade dele ter acesso a esses reforçadores  contingentes, ou seja, como consequência dele fazer as atividades, eu aumento a probabilidade  de fazer essas atividades, dele fazer isso feliz, dele fazer isso engajado e motivado e depois  dele não precisar mais desse reforçadores para ele poder fazer, porque aquilo já se torna uma  atividade reforçadora para o próprio indivíduo. Então eu não necessariamente preciso utilizar  economia de fichas, mas eu posso utilizá-la como uma ferramenta até para eu me organizar e para o  próprio indivíduo se organizar e saber quando que ele vai ter esse intervalo, o que que ele precisa  fazer né. Nesse caso aqui, nessa aqui tem 10 né, tem 10 fichas que o indivíduo acumulando,, mas eu  não preciso tirar todas, eu posso, por exemplo, se ele vai receber um intervalo ou um reforçador  A cada dois intervalos, eu posso dar para ele assim daí quando ele faz uma atividade eu colo  aqui e quando ele faz a outra eu colo essa aqui Portanto ele completa, não precisa necessariamente  tirar tudo, mas à medida em que ele vai ficando mais proficiente e vai conseguindo fazer mais  atividades com mais autonomia eu vou entregando para ele com menos estrelinhas e aí ele tem que  fazer mais atividades para ter acesso àquilo.
Eu sempre falo que a escola se você conhece a  escola tem algumas coisas que são extraordinárias, por exemplo, o indivíduo sair um minuto antes  para o intervalo do Recreio parece que tá dando um quilo de ouro para ele, é outra porque eu faço o  menor sentido, mas é assim que é a escola. Comenta aqui quem for professor de escola fala se eu tô  mentindo aqui. Então coisas muito sutis que você pode utilizar, pode mobilizar na sala de aula,  que pode funcionar muito né, muito bem.
E por fim, a última dica gente ela você não pode perder essa  dica, essa dica é muito importante, ela é muito valiosa tá. Antes de eu falar essa dica deixa eu  dizer uma coisa para vocês. Sempre que você tiver em qualquer dúvida em relação a autismo e educação  especial vocês podem fazer o seguinte, a gente tem mais de 500 vídeos aqui no canal, se você põe no  YouTube Assim, por exemplo, “agressividade autismo lucelmo” ou “seletividade alimentar autismo  lucelmo”, “inclusão escolar autismo Lucelmo”, qualquer outra coisa, “formação de professores  autismo Lucelmo.
” Você pode encontrar muitas das coisas que a gente já produziu e aproveitar esse  esse Arsenal que a gente já colocou para vocês, são mais de 500 vídeos, é muita coisa né gente,  então vocês podem entrar aqui e Usufruir, tem muito espectador novo aqui no canal que pode  pegar isso tudo aí para poder aproveitar também. Mas passando aqui agora para última dica, quando  o indivíduo entra em um comportamento de crise realmente agressiva, muito séria, que muitas vezes  acontece né de fato, ele naquele momento você tem que tomar a saída mais segura né, o ideal é que os  professores tivessem um curso de segurança crise agressivas para fazer procedimentos de intervenção  física e depois eu falo disso em outro vídeo, mas naquele momento né você consegue discriminar,  o indivíduo em geral ele não chega naquilo ali de uma hora para outra, ele tem na série de outros  comportamentos que nós chamamos de precursores, comportamento que vem antes, sinais que  ele vai apresentando né. Existem várias formas de organizar isso, de você registrar e  organizar isso, o Professional crisis management, PCM por exemplo, eles chamam de pré-crise 1, 2  e 3, que seria assim, o pré-crise 1 seria quando o indivíduo para de fazer atividade, ele tem uma  atividade que ele está fazendo e aí ele para, Ele fica desengajado, depois ele começa a apresentar  agitação, ele começa a ter um comportamento de eventualmente falar com as outras pessoas de uma  maneira mais agressiva, o que eles chamam de junk behavior, comportamento meio bobo assim né,  a gente acabou traduzido assim, mas seria, a Rigor, seria comportamento lixo a tradução  literal.
Depois ele pode começar apresentar uma agressividade que é pontual né, que ela acontece  e depois ela para, contra si ou contra a outrem, para depois entrar no nível de crise mesmo que  é uma agressão ou uma auto agressão continuada, o comportamento de alta magnitude né. Então a  gente vai discriminar quais são esses sinais de aceleração, quando é que ele começou a acelerar  e pode chegar no comportamento inadequado, aí nesse momento a gente idealmente vai redirecionar  o indivíduo, mas esse redirecionamento idealmente ele é através de uma a pequena tarefa, Uma demanda  muito simples, eu chego lá e pergunto para o indivíduo alguma coisa né. Então ele me  responde ou ele faz uma demanda muito simples, eu peço para pegar uma coisa no chão e aí quando  ele atende aí eu redireciono para uma atividade que ele quer.
Eu coloco ele diante de uma demanda  muito simples para ele terminar ali atividade para não considerar, assim, que foi o comportamento  inadequado dele que fez ele sair né, ele faz o a demanda bem mais simples e aí sim, porque ele  fez aquela demanda, aí a gente sai redireciona para outra coisa para ele de fato desacelerar  daquele comportamento. Esse é o ideal portanto, a gente perceber qual que é um comportamento  e precursor daquele comportamento agressivo, agora, se o comportamento agressivo de fato chegar  a crise, realmente chegar, a gente tem que tomar as decisões mais seguras, elas podem envolver  uma série de coisas, mas de fato a gente não pode ter essa mania de chamar os pais, por quê? Porque  ele tá se comportando para sair daquele ambiente, para se livrar daquilo, se a gente chama mãe e  leva ele para outro lugar, a gente está ensinando a ele que esse comportamento é vantajoso para  ele, então a gente acha que tá tendo a decisão mais segura, mas ela não é, pelo contrário, é  uma decisão que tá levando a mais insegurança para aquele indivíduo, mais insegurança  porque ele vai fazer isso muito mais do que ele tá fazendo hoje e muito mais rápido do  que ele tá fazendo hoje, então a probabilidade de ter outros problemas desse comportamento  se generalizar para todos os ambientes dele é muito grande então fica atento.
Não  vamos fazer isso, não é o caminho. Gente, um grande abraço, compartilhe no grupo de  pais, grupo de profissionais para gente espalhar o conhecimento científico, tá  bom. Um grande abraço para vocês, tchau.
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