Sankọfa: A África Que Te Habita - Episódio 7/10

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Geraldo de Yemoja
Série documental em 10 episódios, que narra a expedição de César Fraga, fotógrafo afrodescendente, e...
Video Transcript:
[Música] menino é um dos lugares mais importantes para a memória da escravidão entre Brasil e África principalmente no que diz respeito à história dos retornados dos algodões [Música] o fenômeno social dos algodões é único e na Nigéria e também um pouco engana isso é bem marcado são grupos sociais que se constituíram enquanto grupos sociais a partir de uma matriz cultural brasileira [Música] e é uma grande questão dos movimentos sociais negros hoje ao olharem a história explicar entender como eles escravos como libertos passaram a participar do tráfico Atlântico de Africanos escravizados [Música] o beninho foi um
ponto de partida que realmente levou para o Brasil uma quantidade muito grande de Africanos escravizados a gente chegou no país por via terrestre vindo do Togo e a gente foi direto para o lugar e temos uma sorte incrível porque a gente chegou na praça do xaxá que era um dos nossos destinos e estava acontecendo uma manifestação lindíssima [Música] a praça do xaxá é a praça central de aí o nosso guia falou olha tá acontecendo uma coisa muito rara tá tendo uma cerimônia do Zé bumbuns e os agunus são entidades que representam os espíritos dos mortos
e são todos cobertos Como investimento pesada colorida e eles ficam em torno das pessoas que estavam vendo a cerimônia e ao mesmo tempo indo para cima das pessoas simplesmente é um culto ancestral ali eu botei simbolizado que é representado como as qualidades específicas de uma família aquele egum que foi ali ele representa um grupo nos ritos ele vem e ele fala para o grupo ele resolve pendências questões do grupo e o rito tem seus tabus você não pode tocar você morre porque ali tá representado morto então você tem sacerdotes com varas mantendo o ego uma
distância só ele falar ele fala dentro da Bahia no eurobá natural e o grupo acha que não tem nada dentro dos planos em determinadas coisas não se deve tirar a roupa e parece estar igual mas eu diria que não é conveniente realmente tocar não é [Música] um dos nossos focos em lidar era conhecer um pouquinho dessa história dos agudais a palavra agudar é uma corruptela de ajuda ajuda é o nome português da cidade de ida foi o principal Porto de partida dos cativos africanos nessa região que era conhecida como Costa dos escravos toda tradição Gege
nagô brasileira saiu dali dá então foi para aquela região que esses africanos escravizados no Brasil retornaram quer dizer os que partiram dali retornaram para lá os aspectos extraordinários dessa cultura mudar da região do benim é a existência de um personagem que ficou conhecido como xaxá é o vice-rei do reino da obra um vice-rei com genealogia até os nossos dias na verdade um traficante baiano chamado Francisco Félix de Souza que chegou na região muito novo para trabalhar no Forte português Judá e que ficou por lá fazendo tráfico e se transformou num poderoso traficante ele foi um
dos homens mais ricos de seu tempo uma riqueza africana um grande número de mulheres Jardim número de filhos e ele que vendia escravos para o Brasil qual desses estados se libertar do Brasil e voltaram para África ele facilitava a vida e a padilhava essencial então é extremamente contraditório o comportamento dele e a vida dele mas o que me impressionou mesmo foi o fato da memória do sua chata ser tão celebrada na contemporânea a família do xaxá é uma família muito prestigiosa né uma família que tem bens é uma família que é celebrada pela sociedade do
beninha uma família que inclusive tá entre os principais políticos do país isso me impressiona que a memória de um traficante de escravo e seja tão celebrada dessa maneira tem que ser apaixonado fato dele ter sido traficante de escravos e a gente foi visitar a casa dessa família lá a casa do xaxá parece uma casa brasileira tem quintal família reunida na sala e uma coisa muito interessante é que num quarto anexo a casa onde a família vive tem um túmulo do xaxá com uma bandeira do Brasil o tráfico Atlântico de Africanos escravizados era uma atividade legal
era uma atividade da qual participava fina flor da sociedade no início do século 19 no Brasil os grandes Comerciantes eram ligados ao tráfico Atlântico de aplicar escravizados portanto esse liberto africano ou filho de africanos que passava a participar das atividades comercial ele tava envolvido numa atividade Próspera o olhar de Condenação que nós temos hoje humanizado sobre a escravidão não era um olhar tão presente nessa época isso não quer dizer que se aceitava a escravidão todo tempo os escravizados lutavam para sair da escravidão esse africano que volta então ele volta com o domínio pleno dos códigos
de funcionamento da nossa sociedade eles têm um alfabetizados eles são pedreiros marceneiros administradores de fazenda eles são alfaiates eles dominam os códigos da cultura que tá se impondo na África que a cultura de Matriz Europeia era muito curioso porque aqueles indivíduos aquelas pessoas tem a ver o sofrido a escravidão no Brasil quando voltava parar se chamavam de brasileiros e tinham saudades do Brasil uma coisa quase inexplicável como até hoje Os descendentes de ex-es brasileiros na costa da Nigéria engana no Benny se identificam com o brasileiro o certo é que quando eles Retornam a África eles
levam também a influência da cultura brasileira na culinária nas culturas populares e na arquitetura [Música] a influência da arquitetura Colonial está presente inclusive nas mesquitas que foram construídas lá que parecem mais igrejas coloniais do Brasil [Música] e mudar tem vários lugares considerados sagrados e outros que são bastante históricos do que diz respeito a memória da escravidão e monumentos que foram criados depois para reverenciar essa memória entre os que foram criados estava uma imensa porta do meu retorno que dá de frente para o mar tem um grande monumento em homenagem aos africanos que cruzaram o oceano
nunca mais voltaram E aí a gente chegou a floresta Sagrada que era ali pertinho cuidar a gente fazia tudo muito rápido os de 15 minutos de carro a gente chegava todos os lugares a floresta Sagrada é muito interessante Então estátuas no meio de um bosque muito bonito uma energia muito boa e são estatuas gigantes de ícones das religiões locais e dali a gente partiu direto para o tempo das pitons que é um lugar incrível apitou uma cobra é um animal sagrado então eles têm uma casa que é um cômodo só repleta de cobras quase que
uma caixa de energia para eles eu fui recebido com duas cobras no pescoço pelo guardião do tempo no hospital do meu lado até receber as dele E aí nesse mesmo espaço também tem cerimônia religiosas e foi curioso que quando a gente chegou lá nós nos deparamos justamente com uma mulher fazendo uma iniciação pintada como uma galinha de angola como a gente vê nas iniciações do Candomblé aqui no Brasil [Música] então aquilo ali foi uma ligação também mais uma daquelas ligações que eu bati o olho Foi por isso é Brasil ou melhor o Brasil é África
né [Música] os macaquinhos de nariz Branco decidiram viajar até a Lua trazê-la para a terra mas como conseguir isso técnica todo mundo até chegar lá em cima mas quando eles chegaram bem pertinho tudo desmoronou só um menorzinho deles é que ficou pendurado lá em cima vendo isso a luz entendeu a mão e ajudou ele a subir e sabe que a lua gostou tanto do pequeno macaquinho de nariz branco que deu a ele de presente um tamborzinho um macaquinho foi ficando por lá até que começou a sentir saudades de casa e resolvi pedir a lua que
eu deixasse voltar a lua amarrou o macaquinho é o tambor para que ele descesse pela corda e fez uma única recomendação que ele não tocasse o tambor antes de chegar à Terra e assim que chegasse tocasse bem forte para que ela Ouvisse o macaquinho foi descendo feliz da vida mas na metade do caminho não resistiu e tocou o tamborzinho ao ouvir o som do tambor a lua pensou que o macaquinho tivesse chegado cortou a corda macaquinho caiu e antes de morrer ainda pode dizer a uma moça que o encontrou que aquilo era um tambor e
que devia ser entregue aos homens da terra foi o que a moça fez vieram pessoas de todas as partes da África e todos ouviram os primeiros sons do tambor [Música] a gente é muito expectativa e visitar capital do poderoso o reino não é chegando lá direto para visitar os Palácios e fomos impedidos de fotografar o interior de falar [Música] cabisbaixo quando a gente olha tem uma profissão super colorida de mulheres trajando umas roupas brancas mas com vários lenços coloridos fitas coloridas pareciam feitas do Senhor do Bonfim só que cumpridas e eu comecei a clicar e
era o sacerdotisas do deusdan que é o Deus Central para cultura do daomé e ela estava se encaminhando para a casa onde ia acontecer o culto efetivamente lá nós não podemos entrar então nós acompanhamos a procissão e era impressionante como as pessoas se ajoelhavam na frente delas corriam né pedir um benção e tudo mais e a gente volta para conversar com o nosso guia ele tá enlouquecido porque ele falou assim Vocês não tem ideia do que tá acontecendo aqui essa profissão aqui a procissão das devotas de Dan isso acontece de 24 em 24 anos e
a gente tava lá na hora certa no lugar certo e só tava lá porque fomos impedidos de fotografar passar mais tempo dentro dos palácios [Música] no dia seguinte aproveitando o roteiro do nosso guia sem saber exatamente para onde a gente estava indo pegamos a estrada uma hora e meia de estrada e Paramos numa cidadezinha na beira de um lado andamos uns 45 minutos de barco e começamos a ver uma cidade surgindo em cima do lado a gente estava chegando ninguém vier que eles chamam de Veneza africana onde tudo é construído São Paulo a fitas Por
que que construiu seu palafitas novamente para fugir do Império do domé que tinha medo de água então as pessoas conseguiram cidades atrás de Rios ou no meio de lá quieto eu em clave yorubá dentro de um menininho predominantemente é bastante importante porque foi o lugar da onde veio o Candomblé veja né candombléia de que é cultuado na Bahia veio do Keto chegando lá a gente começou uma negociação que sempre tinha uma negociação para fotografar nosso guia conversou com aquele que seria o responsável por nos dar a permissão da fotografar o Palácio Real de quito [Música]
uma grande curiosidade é o portão do Palácio que eles acreditam que aquele portão sagrado mágico porque porque quando o Império da mulher conquistou do Gueto eles levaram como troféu esse portão e ele depois teria voltado sozinho para lá então eles têm um super admiração para aquela história e todos os rituais são feitos nesse portão [Música] a gente pegou estrada mais ao Norte até salvar a lua mais ou menos umas duas horas de viagem e chegamos num lugar à beira da estrada eu não entendi exatamente o que a gente estava parando ali e nosso guia falou
aqui era antigo Entreposto de escravos é um descampado poucas árvores onde as pessoas hoje fazem os seus rituais em mais uma demonstração de que de fato eles têm essa memória muito presente isso não porque fariam ali essa cerimônia E aí mais uma vez a gente encontrou os panos nas árvores uns vestígios de animais [Música] do benim que também sofreram com o tráfico de escravos e que foi um lugar também de captura de Africanos a gente presenciou uma cena rara para nós no Brasil que é um sacrifício de animais a céu aberto e no lugar público
a princípio o Brasil os candombléias é um sacrifício dos animais é feito fechados por aquelas pessoas que são iniciadas nesse preceito [Música] outras pessoas vendiam óleo de palma e normalmente se colocavam um pano branco em torno das Árvores onde eu vou acontecer esses rituais besouro com óleo de palma o óleo de palma assim como também a bebida tem a ver com as oferendas para as entidades [Música] saímos dessa Imagina eu tava eufórico olhando as fotos na câmera no carro a gente resolveu parar na beira da estrada para comer alguma coisa e a gente olhou tinha
umas placas uma senhora na beira da estrada inhame e a gente foi fotografar essa vendedora mais de perto foi como surgiram as duas filhas dela gêmeas dos seus seis anos de idade e começaram a posar para mim [Música] desde que os portugueses chegaram a costa da África e as costas do Brasil começou a ver o intercâmbio de planta na realidade o Brasil mudou a alimentação da acrescentou dois produtos especiais a mandioca e o milho que entra com velocidade espontânea também a bandeira que a manga entrou no Brasil então essa influência no que se cultivava ele
não quis se consumia para comida foi extraordinário o que há a pimenta malagueta a pimenta de cheiro maxixe o jiló tudo isso cruzou um Atlântico também as maneiras de preparar esses produtos [Música] é uma tradição do meu pai meu pai foi fundador de Portela e dele desde os 12 anos que ele trabalhava com peixe então a minha tradição da Minha barraca é o peixe daí é uma inspiração da minha vó que ela eu era muito traquina e minha avó como uma boa Alagoana fala que fui criada né pela vovó e vovó falava assim você não
é jiló não mas é de amargar eu falei assim poxa eu não sou de amargar vou fazer um jiló que ele fique na boca do povo aí a inspiração veio da minha poda né de Janeiro Pereira da Silva não usa nada no peixe suco do Limão uma roda sal coentro cheiro verde o peixe fica daqui mas não usa alho no queixo tradição não é mórbida nela se modifica com o tempo mas você faz aquela coisa tradicional isso vai avivando a memória e vai fazendo essa corrente nesse tempo e vai se buscando Então para mim para
comunidade tá justamente deixar nítido todos esses bens culturais que existe naquela localidade Eu acho que o Madureira a grande Madureira é uma espécie de África enfim cada no coração da cidade do Rio de Janeiro eu acho aquele lugar tão rico de bens culturais e materiais o bairro de Oswaldo Cruz que eu comparo ele é um museu do Louvre desde culturais e materiais só vão se perpetuar se você fizer coisas tradicionais naquele lugar que a vive a memória coletiva a dança é a culinária São obras-primas desse Museu a ser aberto desses bens culturais de materiais e
principalmente as obras dos compositores eu acho que as raízes desses encontro Que reúnem música e comida primeiro é justamente é um rompimento com a tradição ocidental né você vai com sol de música por exemplo música clássica você vai ficar sentadinho lá ouvindo e contemplando daquele jeito já no samba você curte Você Grita você é beija você samba você dança a emoção vai para o corpo e como samba todas as reuniões Tem de Tudo tem comida tem bebida como eram nas casas como elas nos terreiros das Mães de Santo essa que é a grande diferença e
a Fera daí justamente isso em vez de ter um terreiro em vez de ter um quintal são 16 Quintais que se juntam para essa público a minha barraca é assim eu faço tripa lombeira porque a minha tia a falecida da Tia Doca ela era do Pagode do Trem ela começou com tripa lombré no pagode do trem então era era da Velha Guarda aí o Marquinhos para não queimar a origem deu essa barraca para mim continuar com a pipa crucial da filosofia abaixo é quantos anos no final da roda de samba eu começo a chamar os
músicos e abaixo para sambar tem uma tia que samba que as pessoas esperam hoje ela tá com bengala mas ela vem com uma bengalinha e samba de encantar todo mundo bem abaixo aquilo ali eu tenho um fã clube maravilhoso todo mundo samba todo mundo é aplaudido Mas quando for ali naquele palco e vem lágrima nos olhos a primeira vez que eu cantei essa música é para ela que o refrão ela quem é de sambar ou vem para roda ou vem para roda para dizer no pé quem é de sambar e a multidão e você repete
o nome aquela quedinha de malandro né primeira vez que ela ouviu essa música ela não sou dessa maneira ele me deu uma migalha que ela me falou Marquinhos ouvindo essa sua música com Milanês eu lembrei das tias aqui na Portela elas faziam abrir uma roda e dançava do jeito que eu danço e elas faziam isso Lembrando das Tias então você vê aonde vai buscar essa memória se você somar isso aí pelo menos botar 608 você chegar a escravidão [Música] beninhos revelou muita coisa fora do roteiro a sensação que a gente teve é de que ele
se prepararam da nossa chegada impressionante tudo aconteceu sem previsão e de uma forma lindíssima [Música] foi um lugar que nós vivemos intensamente a memória da escravidão e também a cultura local a religiosidade muito forte presente em todos os lugares [Música] nossa próxima etapa foi Nigéria onde a gente iria somente visitar os estados que no meio os nossos orixás mergulhar na cultura irorubá e fomos surpreendidos com o carnaval brasileiro e com churrasquinho de rua [Música] [Música]
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