NOSTALGIA É UM PERIGO MUITO GOSTOSO

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Ora Thiago
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Video Transcript:
[Música] durante o século 1 um médico chamado Johannes hofer combinou as palavras Gregas nostos e algos para descrever o intenso desejo de uma pessoa de voltar PR casa pra casa nostalgia o termo que surge dessa combinação de palavras inicialmente era considerada uma entidade Clínica algo que em tese deveria ser objeto de estudo de médicos de profissionais da saúde ou da clínica da Dona Helena se ela tivesse tempo de trabalhar eu vou ter que sair e não sei a que horas eu volto Mas Helena hoje tem cliente marcado duas vezes paciência essa premissa foi aceita como
verdade durante todo o século XVII na Europa quando esse termo nostalgia passou a descrever primeiro um suposto apego excessivo de uma pessoa à sua terra natal ou a lugares distantes e mais tarde a tempos longinquos memórias e ao passado de uma forma geral antigamente é que era bom hoje a gente sabe que nostalgia não é uma doença eu acho mas talvez ela seja um sintoma a quem diga que quando o tempo presente oferece poucas perspectivas de futuro a gente tende a voltar a nossa imaginação pro passado a Romantizar o passado a distorcer as lembranças do
passado e até mesmo desejar intensamente que o passado volte nostalgia não é uma doença no sentido literal e individual da palavra mas será que ela tá no campo da aflição social Olá meu nome é thgo e neste canal a gente fala sobre cultura pop e os tempos de outrora da época que você não tinha dinheiro para fazer skin care que você precisava dar satisfação paraos seus pais que não existi é criador de conteúdo a gente aceita as vitórias que tem né no vídeo de hoje eu queria conversar um pouquinho sobre nostalgia um tema que vem
sendo bastante pertinente na cultura pop dos últimos 10 anos 20 anos 50 anos 300 bilhões de anos parece que toda a história do cinema e da cultura pop está e sempre esteve impregnada de queria ter vivido naquela época esse assunto para mim vem numa boa hora quer dizer numa hora pertinente porque já tem um tempo que eu comecei a ler esse livro aqui que eu tô gostando muito chama fantasmas da minha vida do Mark Fisher um livro que já se tornou um dos meus preferidos Eu recomendo bastante que todo mundo Leia e ele foi claramente
escrito num contexto de melancolia o Mark fiser o autor ele sofria de depressão e alguns anos atrás infelizmente ele tirou a própria vida em decorrência dessa depressão nessa obra aqui que é bastante intimista e cheia de Insight sobre sociedade sobre cultura ele parte dessa Perspectiva da cultura pop para argumentar que a gente é Assombrado por vários futuros que nunca aconteceram eu vou citar alguns trechos desse livro no decorrer desse vídeo mas para não perder o costume eu também trouxe vários filmes que vão me ilustrar essa conversa filmes nostálgicos filmes excelentes filmes que estão disponíveis no
catálogo do Telecine e o Telecine Você sabe né é a melhor plataforma para desbravar o cinema do mundo inteiro o acervo é tão diverso tem tantos filmes de diferentes épocas que é possível desfrutar todo tipo de sabor de nostalgia nostalgia conforto nostalgia desconforto nostalgia infância nostalgia esquisita e nostalgia saudade de algo que eu Vivi e evitei viver para vivenciar todo esse espectro de emoções é só acessar a plataforma através do Global Play ou da sua TV por assinatura e eu já deixei aquele lindo link aqui na descrição do vídeo para facilitar pro seu lado agora
vamos PR os filmes A trilogia De Volta Para o Futuro foi lançada durante a segunda metade da década de 1980 e o segundo filme lançado em 89 se passa nos anos de 1985 e 2015 é um daqueles filmes que marcaram uma época que fizeram bastante sucesso e que a gente acaba revisitando de uma forma ou de outra seja literalmente assistindo de novo ou referenciando numa mesa de bar quando você lembra que até hoje não existe esquetes voadores você provavelmente conhece muito bem a história principalmente se você tiver a minha idade mas não custa nada relembrar
esses três filmes narram As Aventuras de um cientista a sua máquina do tempo e um twink e especificamente na Trama do segundo filme o Dr emet Brown leva seu amigo Martin McFly para visitar o futuro e salvar a sua própria família no longin ano de 2015 the future e veja só eu acho que toda a história de viagem no tempo envolve uma certa dose de anacronismo o primeiro De Volta Para o Futuro envolve uma viagem pro passado onde os protagonistas visitam a década de 1950 ou melhor a visão que pessoas dos anos 80 nos Estados
Unidos tinham sobre os anos 50 pois até onde se sabe ninguém consegue literalmente viajar no tempo já a segunda parte da trilogia demandou que a equipe criativa do filme imaginasse como seria o ano de 2015 surpreendentemente n ninguém previu a existência de Taylor Swift ninguém previu o lançamento do clipe de bang ou a paródia da kefra desse mesmo clipe enfim terríveis tragédias que aconteceram em 2015 no lugar disso De Volta Para o Futuro traz uma visão otimista satírica de um futuro onde skate voadores projeções 3D e roupas ajustáveis são parte do cotidiano da vida humana
e embora a ideia de um futuro promissor onde a tecnologia evolui de acordo com as necessidades humanas não tenha sido inaugurada por esses filmes não dá para negar que eles moldaram as nossas expectativas sobre o que que estaria por vir no futuro da humanidade pelo menos dentro de um recorte geracional talvez alguns outros recordes também E aí quando a gente compara o futuro imaginado pelo passado com o que de fato chegou parece meio frustrante meio frustrante bastante frustrante desesperadamente frustrante não é só uma nostalgia de uma forma de ver o mundo ou de imaginar possibilidades
de futuro mas existe também a sensação de luto por um futuro perdido nas palavras do Mark fiser enquanto a cultura Experimental do século XX foi dominada por um Delírio de recombinações o que fez parecer que a novidade estava Sempre disponível o século XXI é Oprimido por uma esmagadora sensação de finitude e exaustão não parece o futuro ou alternativamente parece que o século XXI não começou ainda continuamos presos ao século XX você também sente que o futuro nunca chegou porque se a gente tomar a cultura pop como parâmetro Talvez isso seja verdade ao que tudo indica
2024 vai ser o primeiro ano da história em que as 10 maiores bilheterias do ano são sequências tudo vai depender na verdade do desempenho de Wicked que não é uma sequência Mas é uma adaptação de uma peça de 2003 adaptada de um livro de 1995 que é meio que um spinoff do magico deos um filme lançado em 1935 baseado no livro de 1900 isso não é exatamente ruim eu acho não é bem essa questão Como eu disse nostalgia não é uma doença mas talvez seja um sintoma e isso não tá restrito a Hollywood o cinema
brasileiro também vive à sua maneira uma onda de nostalgia o Claudinho me ensinou que a vida é assim a cinebiografia do Claudi Buchecha foi lançada em 2023 com direção do Eduardo Albergaria e traz Juan Paiva e Lucas Penteado como a dupla principal o próprio título do filme já é nostálgico e presta homenagem a uma música deles que fez muito sucesso a partir de 1996 sonho não termin o filme se passa meio nessa época entre o final dos anos 90 e o começo dos anos 2000 um momento histórico que vem sendo referenciado o tempo todo na
cultura pop de hoje em dia tanto em Hollywood como no Brasil e por conta dessas datas as figuras do Claudinho e do Buchecha marcaram a infância e a adolescência de muita gente não só pelas datas Mas pelo talento deles também Pelo sucesso que eles fizeram e tudo mais é fácil de imaginar que um filme como esse que surge Nesse contexto que conta uma história real que é parte da Juventude de muita gente embarcasse AC criticamente no resgate a um passado romantizado mas não é bem isso que acontece pelo menos não durante o filme inteiro Na
real não era só meu pai que tinha raiva eu ainda não estava pronto para perdoar Claro a nostalgia é parte dessa história mas o roteiro do Eduardo Albergaria e do Daniel filho não faz aquele esforço de pintar um tempo mais simples ou uma vida sem erros muito pelo contrário tem uma série de momentos até desconfortáveis nesse filme onde um certo personagem Toma decisões No mínimo imperfeitas você provavelmente lembra que o Claudinho da dupla Claudinho e Bochecha morreu num acidente de carro em 2002 e o Buchecha seguiu e segue até hoje com a sua carreira solo
nosso sonho é mais focado na figura do Bochecha na relação dele com o pai e no seu luto Depois de perder um amigo e o parceiro Musical o filme não é um retrato perfeito e heróico de alguém que veio da Periferia e venceu através da música pelo contrário Buchecha tem o direito de ser a pessoa imperfeita que ele é de cometer erros de alimentar mágoas e até cogitar tomar decisões que não são nem um pouco heróicas tem uma cena específica desse filme que me deixou meio perturbado quando eu assisti e que eu achei muito corajoso
colocar num cine biografia especialmente considerando que o Buchecha estava envolvido no argumento do roteiro eu não vou falar qual é a cena mas eu Convido você a assistir esse filme com isso em mente dito isso nosso sonho é uma cinebiografia incomum Na minha opinião Principalmente quando a gente compara com Hollywood e a sua predileção por figuras heroicas que só podem ser complicadas até certo ponto não dá para negar que cinebiografias tendem a ser bastante rentáveis Principalmente quando elas envolvem essas figuras que já são bastante conhecidas cinebiografia É uma garantia de sucesso porque em grande grande
parte ela tá inserida Nesse contexto da nostalgia Nesse contexto de resgate ao passado por quê bom em fantasmas da minha vida o Mark fiser faz um breve apanhado histórico de como a nostalgia se tornou um caminho seguro de Sucesso de Bilheteria depois da segunda guerra mundial a Europa viveu o que se chama de estado de bem-estar social e uma das características fortes desse momento político eram as bolsas e os incentivos ao ensino superior artistas podiam ir pra faculdade experimentar diferentes técnicas diferentes linguagens beijar diferentes bocas e durante a década de 60 até a década de
80 esses ambientes universitários europeus se tornaram propícios para experimentações artísticas mas não é só isso no contexto do Reino Unido especificamente existiam rádios e TVs públicas que por serem públicas por serem financiadas por um orçamento público por disporem de um bom orçamento público não precisavam produzir numa lógica puramente mercadológica para se manter funcionando inclusive na faculdade de rádio TV que foi que eu fiz a gente costuma estudar esse período da tv britânica para buscar referência porque é dessa é época desse contexto que surgem alguns doss formatos e experimentações mais interessantes da televisão Mas aí o
que que aconteceu com tudo isso O Legado da Margaret stater como primeira ministra do Reino Unido é não só o sucateamento de serviços públicos mas o discurso a racionalização desse sucateamento e o constante ataque discursivo que ela promovia a qualquer tipo de aparato social nas palavras do Mc Fisher o subsequente ataque ideológico e prático aos serviços públicos significou a circunscrição de um dos espaços no qual os os artistas poderiam estar protegidos da pressão para produzir algo que fosse imediatamente bem-sucedido à medida que o serviço público de radiodifusão tornou-se mercantilizado houve uma tendência crescente de criar
produções culturais que se assemelhavam ao que já fazia sucesso então não é que as pessoas só querem assistir só querem consumir o que elas já conhecem é que quando as pressões de mercado se tornam os parâmetros absolutos É só isso que sobra para que novas Artes novas linguagens novas expressões culturais sejam construídas é necessário trabalho humano acho que você sabe disso mas o que que significa trabalho humano no contexto de uma arte verdadeiramente construtiva verdadeiramente inovadora diferente significa tempo pesquisa referências bibliografia bibliotecas cinematecas museus escolas e universidades públicas ambientes e contextos que proporcionem a diferentes
grupos diferentes comunidades diferentes pessoas diferentes indivíduos o acesso e as oportunidades para que todas elas produzam arte fora de uma lógica mercad lógica Ou pelo menos não só na lógica mercadológica e esses artistas escritores fotógrafos atores artistas plásticos dançarinos essa galera precisa est viva bem alimentada com seus direitos básicos garantidos não só os artistas Óbvio mas a gente tá falando de arte aqui então não é meramente uma questão de antigamente era melhor existem questões materiais agindo Mas será que antigamente era melhor melhor para quem no primeiro De Volta Para o Futuro a dupla de Viajantes
no tempo sai do ano de 1985 para visitar a década de 50 essa escolha narrativa não acontece à toa esse retorno era parte de uma onda nostálgica nos Estados Unidos um movimento que romantiza os anos 50 como uma época de ouro World para quem no filme gree que aqui no Brasil ainda recebeu o título de Nos Tempos da Brilhantina a gente tem o casal Danny e Sandy vivendo as iras e Vindas de um amor juvenil na Califórnia dos anos 50 o filme foi lançado em 1978 e se tornou um clássico instantâneo Na década seguinte de
acordo com a teórica cultural Russo americana svetlana boen nostalgia é um Anseio por um tempo diferente não se trata de uma saudade de um lugar mas de um desejo pelo tempo da nossa infância dos ritmos mais lentos mas até uma revolta contra a ideia moderna do tempo da história e do Progresso nas palavras dela a nostalgia a meu ver nem sempre é retrospectiva pode ser igualmente prospectiva as fantasias sobre o passado determinadas pelas necessidades do presente tem um impacto direto nas realidades do Futuro a consideração do Futuro nos faz assumir a responsabilidade por nossas fábulas
nostálgicas agora veja existe perigo na nostalgia a ideia do antigamente era melhor não é inerentemente fascista Mas ela é constantemente instrumentalizada por conservadores justamente porque através dela é possível fortalecer discursos de resistência mudanças e consolidar o poder nas mãos de quem já detém o poder isso tá em todo lugar hoje em dia a internet tá cheia disso se você como eu gosta de ver fotos antigas de cidades brasileiras você já deve ter percebido que é uma péssima ideia frequentar esse tipo de lugar na internet por qu porque uma hora sei lá você tá vendo uma
foto bonita de uma praça e pensando Poxa que bacana como era diferente a cidade 70 anos atrás e no minuto seguinte você se depara com antigamente que era bom não tinha morador de rua não tinha mendigo não tinha prostituta não tinha gente pra e constantemente a gente vê por aí certas figuras romantizando um passado nebuloso onde homens eram realmente homens mulheres eram realmente mulheres todo mundo tinha o seu lugar muito bem definido na sociedade a arte não era degenerada a música não falava [ __ ] e pessoas trans de cabelo azul não incomodavam a sociedade
com seus pronomes complicados Você conhece o discurso sabemos os perigos por trás dele a maioria desses argumentos são falaciosos a maioria dessas ideias pressupõe um passado homogêneo e monolítico ao mesmo tempo em que é nebuloso e indefinido que momento da história foi esse em que homens eram realmente homens o que que isso significa de verdade isso aqui parece um homem de verdade para você porque para mim parece a reação mais comum a esse discurso é a que diz que nostalgia é perigoso e é Ou pelo menos pode ser o nosso querido Carl Marx barbudinho ele
alertava sobre os perigos de idealizar o passado ele disse certa vez que os mortos devem enterrar os seus mortos devemos focar na construção do Futuro no que está diante de nós mas ao mesmo tempo o próprio método marxista materialismo histórico dialético nos ensina que o presente é o resultado de processos históricos Então a gente tem que voltar pro passado sim mas numa perspectiva materialista na realidade material se a gente vai pro afrofuturismo autores como kodon fogem da ideia de progresso e de tempo linear e argumentam que o passado não simplesmente morreu numa perspectiva afrofuturista a
população negra vive o passado diariamente na pele as ses materiais do hoje as dores do hoje são resultados de feridas do passado Então vive-se esse passado simultaneamente com o presente enquanto se constrói o futuro é uma espiral a nostalgia nesse caso não é meramente uma volta para um tempo idealizado mas sim um ato político então eu tendo a não estigmatizar totalmente a nostalgia mas a entender ela como uma ferramenta ou como várias ferramentas um veículo que pode acessar diferentes ideias algumas mais interessantes do que outras mas ao mesmo tempo eu sinto que tem algo a
mais sobre nostalgia que é específico da contemporaneidade frequentemente as artes vivem ondas de nostalgia que olham para 20 30 anos atrás hoje a gente costuma olhar com certo carinho pro início da década de 2000 e com menos carinho para coisas tipo cintura baixa e culto magreza extrema de um bom tempo para cá é possível enxergar uma eterna volta aos anos 1980 mas consistentemente os anos 80 T se repetido nos ciclos de nostalgia nos últimos 10 ou 15 anos Talvez isso aconteça porque essa foi a última era de entretenimento pra internet a última era analógica não
sei a gente assiste filmes como ET e pensa nossa que lindo o passado mas que passado é esse eu não vivia essa infância tudo bem não tinha uma alienígena dentro da minha casa mas eu tô falando dessa imagem desse Subúrbio americano que Povoa o nosso Imaginário e que tá muito presente na forma como a gente imagina os anos 80 mas eu não Vivi nos Estados Unidos nos anos 80 e nos anos 90 eu não Vivi essa infância minha infância foi em outro lugar com outras pessoas em outras ruas do que exatamente a gente tá lembrando
quando a gente lembra dos anos 80 Existem muitos motivos que justificam esse fenômeno mas eu tendo a achar que ele não acontece por causa dos anos 80 em si mas sim porque os nossos marcadores TM porais vem gradativamente se diluindo o Mark fiser chama isso de O Lento cancelamento do Futuro Na verdade ele pega essa expressão emprestada do Frederick Jameson Mas a questão é mais ou menos o seguinte resumidamente bem resumidamente desde a queda do muro de Berlim e com ela a premissa de que o capitalismo venceu o pensamento dominante vem se tornando cada vez
mais derrotista no outro livro do Mark Fisher ele chama isso de Realismo capitalista mas a gente vai conversar aqui mais sobre nostalgia esse sentimento de derrota queria barreiras pra gente imaginar futuros possíveis Barreiras discursivas Barreiras ideológicas Barreiras materiais também quando a Margaret acha estava diluindo os serviços públicos no Reino Unido a frase dela que marcou esse processo histórico foi não há alternativa basicamente é isso e acabou então sem perspectiva de um futuro promissor não é que a gente imediatamente volta pro passado é que a gente vive um eterno presente que não acaba nunca os ciclos
os estilos as tendências vão se homogeneizando vão perdendo o significado no processo histórico no processo de construção de tendências e ciclos e também na nossa memória e a gente só consegue construir significado se é que a gente consegue a partir de um passado distante que acaba também se diluindo numa nostalgia vaga e difusa eu sei que isso é muito abstrato mas acho que um bom exemplo prático disso era no tiktok de uns dois anos para cá eu venho sido impactado por várias dessas imagens de Inteligência Artificial que fazem versões Dark Fantasy de produções contemporâneas o
conteúdo é mais ou menos seguinte imagina se Hora de Aventura fosse um filme de Dark Fantasy imagina essa amálgama de referências estéticas aleatórias regurgitadas por um robô sem qualquer senso de discernimento reproduzindo algo que em algum sentido parece anos 80 Mas não é nada é só uma amálgama de referências aleatórias rugit adas por um robô tudo é um grande anacronismo robotizado e a gente assiste tudo o tempo todo sem Âncora temporal vivendo um eterno presente esperando algum marcador que nunca vem eu não sei como terminar esse vídeo depois disso e eu também nem sei dizer
como eu me sinto exatamente diante de tudo isso é desconfortável eu não sei se é deprimente ou se é desesperador eu só sei que é desconfortável e melancólico talvez pode ser que tudo isso também seja o sinal do avanço da minha própria idade da minha incapacidade de enxergar o meu próprio passado porque a minha memória já não é mais a mesma eu não tenho mais 25 anos por incrível que pareça mas assim eu não acho que é só sobre mim eu acho que de fato é um fenômeno observável não sou eu que tô falando é
o Mark Fisher eu não sei se é possível escapar desse sentimento mas eu me sinto pelo menos um pouquinho melhor com a consciência de que ele existe reconhecendo ele Talvez isso seja suficiente por enquanto Tomara que eu me lembre disso no futuro [Música] oa cok volta aqui para mandar você comentar aqui nesse vídeo e a frase que eu quero que você comente aqui nesse vídeo hoje pra gente deixar esse vídeo cheio de comentário e para quem não viu o vídeo até o final ficar confuso a frase vai ser queria ter vivido naquela época comenta aqui
fica de olho ó tá Beijo
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