As concepções do amor - Clóvis de Barros

o amor é assim a grande referência O amor é um sentimento Nobre E é claro que você continua perguntando Que Sentimento É Esse são muitas as concepções mas eu vou destacar três você nunca mais vai esquecer são três grandes Mestres três grandes Mestres espirituais três pessoas que dispensam apresentação Platão Aristóteles e Cristo Platão pai fundador da nossa maneira de pensar Aristóteles pai fundador da ciência e Cristo pai fundador da nossa civilização isso enquanto mestre espiritual Deus para muita gente mas por enquanto basta Cristo nosso mestre Então quais são esses três amores comecemos com o de

Platão Platão nunca usou a palavra amor porque não falava português aliás quatro séculos antes de Cristo o português nem existia Platão falava grego e em grego amor de Platão era Heros Heros e o que é Heros e a resposta vem na boca de Sócrates num diálogo intitulado o banquete o mais lido dos diálogos de Platão amar é desejar amor é desejo amamos O que desejamos amamos enquanto a not é que quando desejo acaba é porque amor acabou também amor é desejo e você me pergunta e o desejo é o e a resposta vem na sequência

defini que atravessa o séculos é a mesma definição da psicanálise fridi do século XX o desejo é a falta desejamos o que nos faz falta desejamos o que não temos desejamos o que não somos desejamos o que não conseguimos desejamos o que não temos é isso amor é desejo e desejo é pelo que falta você olha e diz mas sua definição desgraçada é essa definição é horrível é porque ou você ama deseja e não tem Ou você tem mas aí nem ama e nem deseja mais é e é por isso que Aristóteles pensando sobre o

amor quis propor uma outra definição filia outro nome Heros é desejo na falta faz parte da nossa vida mas você tá descontente porque acha que o amor não pode ser só isso não pode ser só desejo pelo que não se tem não pode acabar na presença não pode ser assim tristeza dos casais tristeza dos encontros Aristóteles concorda com você e vai chamar de filia um outro amor amor na presença amor no encontro amor na alegria o amor de Aristóteles é alegria pelo mundo como ele já está diante de você o amor de Aristóteles é alegria

pelo mundo como ele é o amor de Aristóteles é o amor pelo mundo quando ele te faz bem quando ele te alegra quando ele te encanta quando ele te faz sorrir percebeu nada a ver com Heros filia é amor pela esposa que você já tem filia é amor pelos alunos que você já tem filia é amor pela comida que você está degustando filia é amor pelas coisas quando elas te proporcionam uma vida boa o amor de Aristóteles desculpa o amor de Platão é desejo na falta o amor de Aristóteles é alegria na presença e você

me perguntaria mas com qual amor eu fico fique com os dois ame na falta e ame na presença ame desejo e ame alegria no ano passado no mês de outubro eu dei muitas palestras fiquei muito tempo fora de casa aí quando eu voltei eu não tinha nem chave para entrar eu toquei a campainha minha esposa abriu a porta com um sorriso e eu decidi fazer um galanteio para compensar tanta ausência e eu disse esse tempo que eu fiquei fora me permitiu perceber que amo você de mais a moda de Platão eroticamente na falta porque você

me faz falta e eu te desejo quando você não está mas agora que você abriu a porta Agora que a falta se fez presença eu me dou conta que amo muito você também a moda de Aristóteles porque teu sorriso me alegra teu abraço me acalenta tua presença me encanta teu contato me interce perceba amar na falta e amar na presença condição que nós temos condição de uma vida boa mas tem um terceiro amor e se de Platão para Aristóteles a gente já subiu de Aristóteles para Cristo a gente de fato flutua Agora a coisa é

fina o amor de Cristo não é nem Heros e nem filia o amor de Cristo não é nem desejo de quem deseja nem alegria de quem se alegra o amor de Cristo não tem por preocupação maior o amante Cristo fala em amor ao próximo o próximo é qualquer um e se o próximo é qualquer um Não dá para ser nem desejo nem alegria porque não desejamos qualquer um se bem que depois de uma certa idade quase qualquer e não nos alegramos com qualquer um sobretudo então o amor de Cristo não é nem o de Platão

nem o de Aristóteles Mas então em que consiste este amor que vai receber o nome de HP também em grego nem Eros e nem filia HP vem vem comigo a diferença do amor de Cristo é que o que importa agora é o amado o que importa agora é a alegria do Amado e o amante tudo que tudo fará pela alegria do Amado o amante recuará para que o Amado avance o amante se abaixará para que o Amado suba o amante se apequenar para que o Amado se gigante porque no caso do amor por alguma razão

fantástica a alegria do Amado conta demais para quem ama e Ele está disposto a tudo fazer pela alegria do Amado [Música]