Oi pessoal tudo bem com vocês eu sou mais a Barbosa Esse é o canal Trama literária hoje a gente está aqui para falar da Ordem do discurso do Michel Foucault esse que é um livro curtinho do Michel foco esse essa edição aqui além delação pequenininha mesmo ele tem 74 páginas em letras grandes então para quem tá querendo começar eu fico por ordem nome e um bom título para quem quer começar justamente também porque é um livro que ele vai fazer uma transição entre o pensamento dele então também a partir dessa obra a partir de outras
vai fazer começar a fazer uma análise do que se chama microfísica do Poder Tô voltando aqui para falar do Michel foi justamente para a gente fez uma análise razoavelmente extensa da história da sexualidade e a ideia noção de poder que está presente a história da sexualidade isso explica muito pelo que eu me chamou vai falar nesse livro aqui na ordem do discurso então compensa muito a leitura Porque por mais aqui ao contrário de da sexualidade que ele vai falar diretamente da figura da Mulher em alguns momentos aqui a gente não tem a mulher como tema
mas a gente tem o discurso como tema e certamente as relações de poder entre elas a questão do patriarcado da misoginia do machismo das relações entre homens e mulheres são muito explicadas pela ordem no discurso se você tá chegando por aqui agora aproveita para se inscrever ativar as notificações curtir o vídeo e dizer aí o que que você quer ver por aqui para os próximos vídeos sempre ajuda muito quando vocês vão dando dicas porque aí eu vou descobrir outros livros e coisas novas também para trazer para cá ordem do discurso foi publicado em 1970 final
de 1970 aliás no dia 2 de Dezembro de 1970 quando o Michel focou foi convidado para ministrar uma aula indo uma carta que havia ficado vaga então ele vai para fazer uma aula inaugural e a ordem do discurso é essa aula ele ministra então uma aula inaugurar um colégio de francesa inaugural da origem aqui para a ordem no discurso em Miche sempre vale muito a pena análise dos títulos sempre que a gente pensa no título e Michel focou compensa a gente parar e fazer uma análise justamente porque o título dele explica muita coisa em alguns
livros A gente pode pensar em caminhos diferentes para os significados dos títulos quando a gente fala sobre a ordem do discurso a gente vai pensar na ideia mais básica que é Inclusive a ideia que ele vai discutir ao longo do livro de ordem de ordenar de organizar Então para que haja discurso a gente tem tão certo ordenamento então uma organização vamos dizer assim mas a gente também pode pensar no sentido imperativo da palavra mesmo a gente pode pensar em ordem como ordem justamente porque tem uma frase tem um dizer aqui do Michel ficou dentro do
livro que a ideia de que as pessoas querem tanto se apoderar do discurso não só porque a partir do discurso você diz alguma coisa a partir do discurso você consegue estabelecer uma relação de poder mas também e principalmente pela ideia de que quem tem o acesso Discurso ou seja quem pode produzir o discurso pode produzir relações de poder Então essa ideia de ordem também pode vir de ordem do sentido imperativo para fazer uma ponte com os discursos que a gente já faz por aqui eu trouxe um outro livro para conversar com a gente que esse
aquilana Alexia Henrique eu não tenho a menor ideia se é assim mesmo que se pronuncia mas é o A Guerra Não tem rosto de mulher basicamente aqui a guerra não tem rosto de mulher às vezes ela vai fazer um trabalho de colher vozes de mulheres que participaram da segunda guerra mundial mulheres da União Soviética e que participaram ativamente que tiveram a frente nas guerras e que não foram ouvidas ou que suas vozes não tiveram a mesma relevância que a vozes que as vozes do homem para contar sobre a guerra então o trabalho desvetilando aqui nesse
livro é recolher as vozes dessas mulheres para mostrar que a guerra também tem um rosto de mulher mas que esse rosto muitas vezes não é considerado ou quando a gente em guerra a gente não pensa necessariamente no rosto de mulher justamente porque a guerra é lida como o ambiente exclusivamente ou predominantemente masculino e que no Livro às vezes ela não vai fazer o trabalho de mostrar que olha tinhamos muitos mulheres e temos muitas mulheres nas guerras que tem um trabalho ativo de participar mesmo dos momentos de combate só que essas mulheres acabam não sendo ouvidas
ou suas participações acabam não sendo tão consideradas quanto aos participações dos homens Então quando for quando for puxando algum exemplo eu vou tentar trazer mais ventilando aqui para a gente conseguir aproximar com as nossas discussões em relação ao feminismo em relação ao papéis de gênero e tudo que a gente já discute aqui no canal de modo muito geralzão a gente pode entender que a ordem do discurso trata das práticas discursivas e das relações de poder que permeiam essas práticas discursivas e sempre que a gente fala em discurso é muito importante a gente pensar na ideia
da prática na prática justamente porque o discurso ele vai ter efetividade verdade no momento da prática Então os cursos ele só se concretiza então uma ordem do discurso sócia concretiza por causa das práticas discursivas então A análise do focou aqui é justamente buscando entender Quais são as relações de poder que permeiam tais práticas discursivas quais relações de poder que permeiam essas práticas discursivas se a gente pensa nas relações entre homens e mulheres são relações permeadas por relações de poder e essas relações de poder elas são legitimadas entre outras por uma série de práticas discursivas e
pode dizer então que são as práticas discursivas que legitimam a violência contra mulher seja violência física seja violência verbal seja uma violência simbólica essas formas de violência elas são autorizadas elas são legitimadas por uma série de práticas discursivas mais simples da Oi que a gente pode citar é a ideia de que em briga de marido e mulher não se mete mulher ou e qualquer ideia similar a essa é um discurso que faz que a relação do casal ali não seja não sofro uma interferência e essa não interferência ela vai acontecer e vai ser legitimada a
partir dessa prática discursiva Então se a gente pensa então que existe uma ordem do Discurso ou seja uma organização do discurso uma organização das práticas discursivas quem que organiza um sujeito são sujeitos a um grupo de sujeitos a gente vai entender basicamente que a gente vai ter instituições e sujeitos que organizam essas práticas então todos nós participamos de uma série de instituições de diversas instituições essas instituições elas estabelecem uma ordem dos curso ou seja lugar que eu posso falar disso lugar que eu não posso falar disso lugar que pessoas com as quais eu posso falar
mais alto e pessoas para os pais eu tenho que silenciar eu tenho que falar mais baixo quando a gente pensa nessas relações a gente pensa numa organização do discurso eu sei com quem eu posso gritar eu sei com quem eu tenho que falar baixo basicamente um adulto ele de gritar com a criança Mas ele tem que falar baixo quando ele tá falando com o seu patrão isso é uma ordem do discurso e a ordem dos cursos ela vai envolver entre outras coisas o tom da voz a postura do de quem esteja falando a postura de
quem esteja ouvindo as palavras que a gente escolhe o Tom com a qual a gente vai pronunciar essas palavras tudo isso tudo que dizer respeito a como a gente diz e de que maneira que a gente diz e para quem que a gente diz tudo isso tem a ver como a certa organização do discurso e essa organização do discurso vai organizar também as relações de poder quando a gente falou sobre história da sexualidade a gente se voltou bastante para um exemplo que tem muito a ver com isso quando a gente passou a ter no século
18 maior controle da sexualidade das relações sexuais a gente passou também por uma reorganização do discurso então a gente pode dizer que a partir do século 18 a gente foi meio que escondendo práticas relacionadas a Sexualidade e esse processo de esconder passou por um processo de Olha a gente já não pode mais falar sobre sexo nesse espaço a gente está autorizado a falar sobre sexo nesse espaço é criança já não pode mais falar sobre isso criança é um sujeito sem você começa a ser entendido como um sujeito sem sexualidade então criança não pode mais falar
de sexo adolescente vai ficar sem referência sem pessoas com quem falar sobre sexo justamente porque o sexo começa a ser entendido como uma coisa suja como uma coisa imoral e não pode ser praticados por quem está naquela idade então isso não pode ser praticado também não pode ter dúvida mas a gente passa por esse reordernamento vai dizer que vai acontecer ali no século 18 por uma série de questões religiosas a gente passa por uma certa limpeza do discurso do que diz respeito a Sexualidade e essa limpeza vai fazer com que comece a ver uma nova
ordem dos cursos relacionados à sexualidade e aí a gente pode entender que que a gente tenta romper a ordem do discurso a gente vai ter no mínimo um estranhamento Então se uma adolescente chegar por um pai ou para uma mãe muito conservadora ou muito conservadora e quiser tirar dúvidas em relação ao próprio corpo quiser tirar dúvidas em relação à sexualidade ele vai ter no mínimo no mínimo no mínimo um estranhamento Então a gente vai aprendendo ao longo da vida uma certa ordem e a gente vai aprendendo como se comportar sempre que a gente vai ter
um sujeito que rompe com isso Vai ter todo um alvoroço vai ter um burburinho justamente porque sujeito tá falando sobre algo que não deveria uma pessoa que ele não deveria E aí vai ter uma certa Sansão em relação a isso também logo ali no começo do livro ele vai começar falando sobre o fato dele ser um professor convidado o fato dele não querer começar com começo solene o fato dele não começar não querer começar com isso marcado ali com toda aquela aquele processo ritualístico que envolve uma palestra importante que uma aula importante quando ele fala
disso é justamente por exemplificar o fato de que ele queria ser carregado pela palavra vamos dizer assim e nesse processo de ser carregado pela palavra não houvesse um começo solene que o marcasse para da mesma maneira não houver um final solene que marcasse o fim do seu discurso e que o seu discurso fosse na verdade abraçado por discursos anteriores e que o discurso dele também abraçasse discursos que viesse posteriormente ser necessariamente dessas arestas ter essas paredes que vão separar esses inícios e esses finais é como se ele quisesse que o discurso dele fosse Na verdade
uma emaranhado a outros discurso justamente porque ele vai falar quando a gente tem um sujeito um professor que vai fazer uma aula inaugural numa faculdade numa determinada faculdade e tem toda uma preparação para isso porque na verdade a gente pode entender é tem um sujeito que foi autorizado a estar naquele espaço por uma instituição que autorizou o jeito a tá naquele espaço então a gente já começa aí com uma ordem do discurso quem pode falar numa urina rural no colégio de France não é qualquer Professor nisso a gente já pode entender que a gente tem
uma instituição que regula e coordena o discurso E aí eu fico com ele vai falar bastante ao longo da obra e também outros textos sobre disciplinas E aí sobre disciplinas como matérias mesmo como disciplinas de escola disciplina de Universidade sobre como que o nosso conhecimento ele tá meio que construído a partir de determinadas caixinhas e essas caixinhas elas não podem ser rompidas ou quando elas são rompidas elas precisam de uma certa lógica precisam de uma certa razão é o que o foco tá dizendo Olha a gente é uma instituição que está regulando a produção e
a circulação e a recepção desse discurso aqui a gente vai entender instituição de uma maneira bem Ampla a gente pode entender instituição familiar instituição religiosa instituições escolares instituições políticas qualquer tipo instituição que Produza discurso a gente está pensando que essa instituição ela tem capacidade de produzir discurso produzir comportamentos produzir modos dos sujeitos pensarem ou seja As instituições Elas têm práticas discursivas Porque a partir do discurso que essas instituições produzem a gente vai ter toda uma regulação do sujeitos e todo um comportamento do sujeito a partir desse discurso que esse sujeito recebem E aí ao longo
da Ordem do discurso que o focou vai fazer justamente explicar de que maneira de quais estratégias por meio de quais ferramentas que essa produção do discurso ela é controlada irregulada o focou fazer uma série de divisões e de subdivisões para explicar como que o discurso é regulado e coordenado e a gente pode fazer duas divisões iniciais que é são os mecanismos externos e os mecanismos internos então ele vai dizer temos mecanismos externos para regular a circulação do discurso e temos e mecanismos internos para controlar essa circulação vamos falar inicialmente dos Meca externos então ele vai
dizer olha o discurso aqui e temos mecanismos externos que vão regular a circulação desse discurso primeiro modo de regulação que ele vai dizer em relação ao Tabu do objeto sempre que a gente fala de assuntos meio polêmicos é aquele vai falar de dois da questão do sexo ele vai falar de política então a gente quando a gente fala de sexo quando a gente fala de política a gente vai estabelecer uma série de tabus do objetos então é como se quando a gente tocasse nesses assuntos a gente já tocasse nesses assuntos sabendo que é um assunto
bastante espinhoso e sabendo que vai ter uma certa provocação que vai ver uma certa provocação Vamos pensar no assunto aí que vai misturar os dois que é a questão do aborto quando a gente fala de amor de legalização do aborto a gente tá falando de um assunto que é profundamente acabou aqui então isso é um tabu do objeto a gente não pode falar sobre isso porque Dependendo de qual seja o seu ponto de vista para quem você diga vai necessariamente te colocar no lugar de alguém muito errado então se você é a favor da legalização
do aborto e foi falar com as pessoas em relação a isso as pessoas vão te achar muito errada muito pecadora muito suja muito absurda justamente porque é um assunto profundamente Tabu aqui então é um assunto que a gente não fala sobre justamente porque acabou e é um assunto que a gente precisaria discutir profundamente para a gente poder chegar na criação de políticas públicas que preservassem o direito das mulheres sobre políticas públicas que falassem sobre a necessidade de prevenção sobre políticas públicas que falasse sobre hoje preservativo políticas públicas que falassem sobre IFC Então a gente tem
muita coisa que está relacionada com a questão da legalização do aborto mas que a gente acaba não falando nem nos Espaços razoavelmente privados como a família em espaços mais amplos como espaço de debate político justamente porque é um assunto profundamente Tabu E aí para não se estressar demais a gente acaba nem falando segundo o mecanismo externo que ele vai estabelecer a questão do ritual da circunstância o ritual da circunstância ele vai dizer respeito ao onde e o como e de que maneira que a gente pode falar então aqui a gente pode pensar na própria aula
que eu fui conta ministrando ele vai falar sobre isso quando ele começa falando queria que esse começo não fosse tão solene ou queria começar isso de uma forma diferente não houvesse toda essa preparação Então essa preparação que ele tá dizendo é o ritual da circunstância e o ritual da circunstância vai dizer o seguinte Olha esse aqui é o professor tal que tá vindo aqui para ministrar uma aula importante que é uma aula inaugural e ele vai falar sobre esse tema porque Ele estudou por tantos anos ou por tantas décadas tal tema quando a gente vai
assistir uma palestra por exemplo a primeira coisa que se faz em relação ao palestrante é falar sobre o currículo dele sobre onde que ele trabalha sobre que ele pesquisa então tudo isso é uma forma de legitimar o discurso desse sujeito então isso aqui é o ritual da circunstância e a gente vai para o terceiro e último mecanismo externo de controle do discurso que é o direito privilegiado ou exclusivo do sujeito que fala quando a gente fala de Anunciação do discurso a gente precisa entender se aquele sujeito ele é autorizado para falar daquilo Mas é porque
a gente pode dar em relação a isso é o seguinte a gente tem agora muito podcast de todos os temas e de diferentes níveis de aprofundamento Então a gente tem muitas vezes as pessoas que querem falar sobre determinadas temas ela forja um podcast não sei se você já viram mas a pessoa põe Sei lá uma câmera como se fosse aqui no espaço que eu tô coloca uma câmera coloca um cenário escuro e aí a pessoa começa a falar como se ela tivesse falando para alguém se ela tivesse sendo entrevistada porque essa estrutura esse formato dá
uma certa autoridade para aquele sujeito é como se essa estrutura ela pode estar falando a mesma coisa mas ela modifica a estrutura isso vai transformar essa pessoa numa pessoa autorizada a falar sobre determinado tema na guerra no livro das Guerra não tem rosto de mulher a gente percebe muito claramente porque a gente lá não faz um papel de recolher vozes de mulheres que estiveram de fato na guerra e aí quando ela começa a entrevistar essas mulheres vão ter muitos homens e companheiros dessas mulheres muitas vezes que vão dizer o seguinte Mas que que essa mulher
vai falar sobre Guerra não importa que ele esteve lá ela vai falar de uma maneira equivocada ela vai falar com muito sentimentalismo ela vai esquecer ela não lembra o direito que aconteceu então o que que a gente percebe que às vezes a gente lá na mostra para a gente é que a gente vai ter sujeitos os sujeitos autorizados a falar sobre a guerra os homens que quando percebe que tem alguém interessado em ouvir o que as mulheres têm a falar sobre a guerra vai mostrar que olha o discurso dessas mulheres não são legítimos outros cursos
desse sujeitos não são legítimo justamente porque eles vão contar a partir de uma perspectiva que não é a minha a partir de um discurso que não é o meu então a gente tem outros sentimentos que vão ser descobertos em relação à guerra outras emoções outras vivência outras experiências só que essas experiências não são consideradas legísticos legítimas pelo sujeitos que até então controlaram o discurso o foco também vai falar bastante em relação ao que ele vai chamar de discurso do louco então ele vai dizer que até o século 18 discurso da pessoa considerada louca não era
ouvido e a partir do século 18 por causa de uma série de alterações em relação às práticas médicas os discursos da pessoa considerada louca começou começaram a ser ouvidos Mas a partir de uma série de critérios uma série de normas de recolhimento desse discurso em quem vai ouvir o louco vai ser um médico vai ser o psiquiatra justamente porque alguma coisa vai ser feita em relação a esse discurso ele vai dizer que isso acontece com uma certa frequência porque uma maneira disse desde legitimar o que é uma pessoa fala é chamando essa pessoa de louca
Então quando você tá discutindo por exemplo com alguém a pessoa fala para você você é louca é justamente nesse sentido de tirar a legitimidade do discurso porque uma pessoa louca não pode ser ouvida o seu discurso não tem validade o seu discurso não tem importância mas adiante ele vai tratar também de dois temas que vão estar presente em diversas das suas obras que é a questão da vontade de verdade e da vontade de saber quando ele fala da vontade de verdade ele vai associar ainda a discussões gregas em relação a busca pela verdade encontrar a
verdade então aqui a gente está falando do surgimento de uma filosofia que busca encontrar a verdade e esse processo de encontrar a verdade vai ser feito entre outras coisas por uma tentativa de separar o verdadeiro do falso ele vai dizer que essa busca por separar o verdadeiro falso vai dar origem ao que a gente vai chamar de vontade de saber essa vontade do Saber Vai de certa forma regular as coisas que a gente aprende e a forma que a gente aprende e nos lugares que a gente aprende mas não necessariamente a partir da nossa vontade
de uma vontade individual mas essa vontade do saber vai fazer Justamente a partir desse princípio de exclusão do verdadeiro do falso do certo do errado vai fazer com que haja um princípio de exclusão justamente e a gente pode tentar entender as coisas que a gente aprende é justamente as coisas que a gente queria aprender ou as coisas que a gente sabe é necessário necessariamente as coisas que a gente deveria saber o que a gente precisaria saber ou que porventura a gente querer saber quando a gente pensa na ideia de que tem muita coisa que talvez
a gente quisesse saber mas acaba não sabendo porque às vezes não é útil naquele momento ou que não tá acessível a mim por conta de uma série de princípios de exclusão a gente entende que existe uma vontade de saber que regula a circulação do curso coisas básicas a gente pode pensar em aprender um segundo idioma é todo mundo que tem mesmo que queira muito é todo mundo que tem acesso ao aprendizado de um segundo idioma aí a gente já tem um controle ele quer regulado pela vontade do saber é como se as instituições e os
sistemas entre esses sistemas o sistema econômico determinasse e regulasse controlasse de certa forma o discursos aos quais a gente vai tendo acesso a vontade do saber ela vai regular absolutamente tudo que a gente aprende diz respeito Inclusive é o fato como a gente organiza os corpos a questão da roupa como a gente classifica uma pessoa a partir da roupa que ela usa como a gente classifica uma pessoa a partir da cor de pele como a gente classifica uma pessoa a partir do modo como essa pessoa fala quando a gente como a gente consegue elaborar um
sistema de ordenamento para tudo inclusive o sujeitos tudo isso é ordenado pela vontade do saber então se a gente tivesse vontade de aprender Só que essa vontade de aprender essa vontade do saber ela fosse regulada pelas instituições que nos governam e pelos discursos que a gente recebe dessas instituições posteriormente começa a falar dos mecanismos internos de produção e de circulação do discurso primeiro mecanismo interno sobre o Qualy vai falar é sobre o comentário e para ter um comentário a gente precisa de um comentador ele vai dizer o seguinte a gente tem instituições que produzem discurso
Vamos pensar aqui na instituição religiosa vamos passar na Bíblia como o nosso principal discurso produzido quando os cursos religioso produzido quando a gente pega ali a Bíblia a Bíblia produzida no momento em que a gente tem vários discursos similares não só da Bíblia não só que estão presentes na Bíblia que são produzidos naquele momento histórico especificamente mas a Bíblia de certa forma é organiza e centraliza boa parte desse discurso só que o discurso está presente na Bíblia não é necessariamente um mesmíssimo discurso que os líderes religiosos vão transmitir nas suas igrejas quando líder religioso vai
pegar esse discurso aqui vai fazer comentários em relação a esse discurso uma série de modificações justamente por causa dessa série de modificações que a gente tem várias religiões várias igrejas com doutrinas muito diferentes com textos muito diferentes com regras e normas muito diversas e essas regras e normas de respeito aos comentários que vão ser feitos a partir de um discurso então a gente percebe que a gente tem um discurso que nasce e que articulado organizado além determinado momento Ou seja que a Centralizado mas esse discurso vai produzir uma série de outros discursos diversos outros discursos
e esses discursos eles são comentários ou seja eles nascem aqui mas eles não são isso aqui né eles não são exatamente esses discurso aqui porque o comentador a pessoa que pega esse discurso vai fazer comentários e depois comentários vão ser feito em cima desse comentário esses comentários que vão surgindo que vão ser sequenciando eles vão dialogar com uma série de coisas políticas questões Morais para época questões pessoais da pessoa que está elaborando comentário então tem uma série de coisas que vão fazendo com que esse discurso aqui original ele vai se alterando e vai dando uma
origem uma série de outros discursos e no caso o discurso religioso vai fazendo com que pipoca igrejas aí cada uma dizendo que tá corretíssima na sua interpretação vamos pegar um exemplo muito claro para além do texto religioso Paulo Freire Paulo Freire é um sujeito é alguém em relação ao qual a uma série de comentários se você fala sobre o Paulo Freire em determinados lugares a pessoa vai falar é aqueles comunista aquele que estragou a educação no Brasil então se o Paulo Freire é tão bom porque que a educação é uma droga como sua educação do
Brasil fosse baseada em Paulo Freire então a gente pega o alinhamento político do Paulo Freire a gente pega o método Paulo Freire a gente vai fazer uma série de alterações até a gente chegar no momento que a gente vai ter sujeitos que realmente acreditam que a educação brasileira é pautada na obra do Paulo Freire vai ter gente que realmente acredita que sofrer e ensinava o comunismo nas aulas Que ele dava para todo o Brasil que ele controlou né educação brasileira por muito tempo segundo segundo muita gente então quando a gente tem esse processo de reconstituição
de uma história de um sujeito no caso Paulo Freire a gente vai perceber que a gente faz isso o que se faz isso a partir de comentários que vão sequenciando e fugindo ao discurso original outro mecanismo interno de controle do discurso são as disciplinas ou fala bastante de disciplina de disciplina relacionada a obediência e entre outras coisas ele vai falar sobre as disciplinas escolares disciplinas universitárias e ele vai falar que o modo como as disciplinas são organizadas promovem aí uma maneira do qual discurso se produz dentro de cada uma delas a gente pode pensar no
próprio lepso utilizado em cada campo de estudo então quem estuda direito vou utilizar um léxico que utiliza da Medicina essa da outra léxico quem pertence às ciências humanas vai falar de uma determinada maneira quem pertence às ciências exatas vai falar de uma outra maneira E aí a gente vai tendo a impressão onde porque a gente sabe melhor sobre uma determinada disciplina a gente não vai ter habilidade para aprender a outra disciplina ou a gente não precisa aprender aquela disciplina porque a gente não gosta dela outra forma de organização interna do discurso são os rituais né
quando a gente fala dos rituais a gente fala de tudo que diga respeito ao modo como a gente se organiza de uma forma diferente para falar no outro espaço então quando a gente tá falando com o nosso patrão que a gente escolhe um outro tom de voz quando a gente está falando com alguém em relação ao cálcio subordinado que eu escolho as palavras que eu escolho o nível da piada eu escolho outra maneira de me pronunciar quando eu vou ministrar uma aula que eu falo de uma outra maneira eu escolho outra maneira inclusive de me
encostar inclusive de se movimentar quando a gente fala de tudo isso a gente fala de rituais quando a gente fala daquela abertura para poder apresentar o palestrante e dizer quem quer ser cara de onde que ele veio sobre o que que ele vai falar quem ele é para falar em relação a isso a gente fala de rituais e sempre que a gente fala de circulação do discurso especialmente em lugares mas nos formais ou lugares específicos a gente vai falar que é uma ritualização do discurso gente é isso essa foi a nossa conversa sobre a ordem
do discurso deixa aqui nos comentários Quais livros que vocês querem ver discutidos por aqui quais assuntos que vocês querem ver por aqui e até