[Música] Olá boa noite a todos e todas eu me chamo Alexandre cadil sou professor da Universidade Federal de Juiz de Fora e componho atualmente a comissão de linguística aplicada da bralin eh com a coordenação conjunta com a professora lá leu ercan eh que está aqui conosco também Eh estamos iniciando então mais um abralin ao vivo que tem como temática relação entre a bncc e as questões da prática de análise linguística e semiótica eh nesse primeiro momento né Nós gostaríamos de compartilhar eh a enfim alegria de podermos né De algum modo contribuir né ao diálogo eh
a comissão de linguística aplicada ela já existe desde enfim a instituição das comissões da bralin e vem se dedicando coletivamente né a pensar as questões que também atravessam o campo da educação linguística e da formação de professores e professoras de línguas ainda que a gente também compreenda né a amplitude da linguística aplicada para diferentes áreas âmbitos né e aspectos mas nós não temos dúvida né né de que ah o atravessamento temático com as questões ligadas à educação linguística e a formação de professores de línguas é um uma temática Fundamental e é a partir desse contexto
então que essa comissão H mobilizou-se né e sentiu-se convidada a participar desse diálogo que envolve a relação entre a base Nacional comum curricular e as questões ligadas às práticas linguísticas ou a prática de análise linguística e semiótica tema esse extremamente caro ao campo da educação linguística ao campo da linguística aplicada e que já vem sendo objeto de estudo e de reflexão há pelo menos três ou quatro décadas né Eh de algum modo então Eh nesse encontro de hoje é uma oportunidade também de nos atualizarmos e pensarmos a relação entre essa política linguística as questões da
sala de aula e sobretudo a questão da formação de professores entendendo a demanda interdisciplinar transdisciplinar que o tema merece então para eh contribuir né com o o debate da noite de hoje nós teremos dois convidados eu vou apresentar primeiramente o professor Rodrigo e que vai fazer a sua fala depois nós teremos a fala da professora eá que vai apresentar o professor Adail Sobral eu começo então apresentando o professor eh Rodrigo aosta deixa eu só pegar minha cola aqui o professor Rodrigo é professor da Universidade Federal de Santa Catarina é graduado em letras pela Universidade Federal
de Santa Maria é mestre em linguística na área eh de linguística aplicada e Doutora em linguística também pela Universidade Federal de Santa Catarina e é pós-doutora em linguística aplicada pela CC de São Paulo o professor também é é bolsista pelo CNPQ eh e dentre vários outros enfim adjetivos e qualificações que eu acho que quem faz parte da linguística aplicada Brasileira de algum modo já o conhece também pelas inúmeras publicações né livros que muito vem nos ajudando a pensar as questões das práticas de análise linguística na sala de aula Professor Rodrigo seja muito bem-vindo a esse
encontro de hoje e passo então a palavra a você para iniciarmos Obrigado Alexandre Boa noite a todas e todos que nos assistem eh a inicio agradecendo a abralin pelo espaço né paraa discussão sobre uma temática que muito né me atrai nos últimos tempos que é a prática de análise linguística e semiótica na na aula de língua portuguesa em contexto de Educação Básica no Brasil além disso uma relação com a base Nacional comum curricular documento política educacional contemporâneo que traz né discursiva a questão da prática de análise linguística e semiótica como uma prática de linguagem na
aula bom eu inicio portanto trazendo pessoal um um olhar para a prática de análise linguística e semiótica nas aulas de língua portuguesa tendo como um escopo os 40 anos depois ou seja a ideia é fazer não só um resgate histórico sobre a cunhagem conceitual dessa prática mas sobretudo eh anunciar as pesquisas contemporâneas que tem buscado ratificar a posição da prática de análise linguística e semiótica como uma prática de linguagem claro que o objetivo portanto tendo em vista essa abordagem é pensar juntos eh a prática de análise linguística e semiótica como uma prática de linguagem buscando
sobretudo compreender O que é prática de linguagem um conceito que vem sido retomado em diferentes eh documentos político educacionais e que baliza Sobretudo o trabalho com a prática de análise linguística e semiótica é claro sobre uma perspectiva dos estudos contemporâneos Portanto o olhar hoje vai ser muito mais voltado para a as pesquisas contemporâneas Claro Sobretudo com um olhar Resgate histórico sobre os 40 anos dessa cunhagem conceitual para buscar um um uma discussão em torno dessa temática A ideia é pensarmos 10 pontos para refletirmos juntos A ideia é elencando os pontos trazendo uma discussão sobre eles
para que nós possamos discutir refletir sobre a prática de análise lingu e semiótica não só nos documentos política educacionais mas no nosso trabalho como professores o primeiro ponto que eu trago Claro é um ponto que se refere à história né são mais de 40 anos de história da cunhagem conceitual do termo análise linguística que vai se modificando ao longo do tempo mas é claro que nós não poderíamos iniciar uma discussão sem pontuar a as duas obras seminais do João Vanderlei geralde que nos trazem na década de de 1980 e de 1990 os fundamentos as orientações
sobre a prática de análise linguística o texto na sala de aula leitura e produção obra de 1984 que vai apresentar a cunhagem do termo é claro que é um livro num tom didático pedagógico é um livro que resulta né de oficinas de formação de professores no Oeste do Paraná e o seu olhar é voltado a questão da prática didático-pedagógica do professor nessa obra inicialmente a proposta de análise linguística vem como um olhar mais orientador né é um primeiro momento um início dessa discussão já na obra de 1991 portos de passagem você já tem um olhar
mais voltado a aspectos teórico-metodológicos que vão orientando né ancorando o trabalho com análise linguística a partir de três instâncias ou três práticas né a prática de linguagem a prática eh epilinguística e a prática metalinguística portanto temos nas duas obras seminais as orientações né fundantes o panorama histórico da cunhagem do conceito e é nessas obras que nós temos o quê uma discussão pontuando que a prática de análise linguística é um olhar paraa reflexibilidade da linguagem ou seja refletir sobre a linguagem por meio da própria linguagem é preciso que também tenhamos em vista que as obras inicialmente
portos de passagem nos dá um olhar mais pontual sobre a relação entre as atividades epilinguísticas e as atividades metalinguísticas né pontuando que na epilinguística é preciso que a análise linguística envolva portanto dentro dos processos interacionais uma reflexão sobre os próprios recursos expressivos a questão da relação entre aspectos da língua do texto e do discurso e essa parece ser uma questão central uma questão núcleo para pensarmos análise linguística não só voltada a aspectos da língua mas sem dúvida nenhuma a aspectos do texto e do discurso imbricados Além disso na perspectiva apresentada nas obras a atividade metalinguística
seria subsequente ou seja posterior a atividade epilinguística e é nessa atividade metalinguística que temos a construção de uma linguagem que se fala sobre a linguagem a partir da construção de conceitos e classificações em suma portos de passagem já nos indica uma orientação teórico metodológica lógica da relação entre atividade epilinguística e metalinguística para o trabalho com análise linguística três pontos são importantes nas obras fundantes a primeira questão que pontu é que a palavra prática é muito importante porque nós já re inteiramos a posição da análise linguística como uma prática de linguagem e portanto precisa estar integrada
às outras práticas práticas de leitura de oralidade e de produção de textos a prática de análise linguística desvinculada das outras práticas ela acaba resultando apenas num olhar ainda desvinculado da interação e desvinculado né dos usos sociais da língua portanto uma análise linguística é sempre uma análise linguística integrada às outras práticas também é preciso que nós tenhamos um reconhecimento que posterior à publicação das obras fundantes e pré pararetrato [Aplausos] [Música] encolhimento do termo prática de análise linguística também ao longo da história E além disso pensar sempre que prática de análise linguística sendo cunhado na década de
1980 e 1990 provoca claramente uma mudança no olhar para o objeto de ensino a língua além de ratificar uma inversão de valores em relação ao trabalho com aspectos linguísticos que é pensar primeiramente a epilinguística para na sequência a atividade metalinguística um segundo ponto que eu trago para pensarmos inicialmente essa discussão é claro que são os documentos política educacionais né e eu trago até um uma citação que nos mostra o quão importante também é pensarmos historicamente essas questões para que nós tenhamos sempre um olhar ar voltado para as condições né que vão subsidiando e vão produzindo
os discursos nesses documentos Mas o que eu marco são alguns documentos que renunciam discursiva o conceito de análise linguística o primeiro deles que é diretrizes para o aperfeiçoamento do ensino e aprendizagem da língua portuguesa é um documento do Ministério da Educação de 1985 e é um documento que já traz o termo análise linguística integrado às outras práticas é um documento que orienta que a análise linguística precisa estar imbricada integrada a leitura a oralidade e a produção de textos e traz a análise linguística exatamente conforme estamos discutindo que é um olhar de reflexibilidade sobre a língua
a partir da relação entre atividades epilinguísticas e metalinguísticas Que contemplem aspectos da língua do texto e do discurso é um documento assinado dentre vários pesquisadores brasileiros a época um deles João Vanderlei geralde temos na sequência em 1998 os parâmetros curriculares nacionais eh aqui menciono do ensino fundamental dois em que há uma orientação sobre o trabalho com análise linguística a prática de análise linguística é mencionada discursivas vezes traz quadros explicativos traz uma relação com a questão epilinguística e também nos dá um caminho a repensar sobre análise linguística como uma prática de linguagem trago também a questão
dos parâmetros curriculares nacionais do ensino médio de 2000 também traz pequenas passagens sobre eh questão de reflexibilidade da língua reflexão sobre a língua não tão pontuais como no ensino fundamental mas já traz também questões orientadoras os parâmetros mais né do ensino médio de 2002 ah em edição nos trazem orientações também sobre análise linguística mas eu chamo atenção para as orientações curriculares para o ensino médio linguagens códigos e suas tecnologias de 2006 que é um documento que vai de certa forma enviar o conceito de análise linguística vejam que nesse documento nas orientações sobre o ensino de
língua portuguesa para ensino médio quando mencionado o conceito de análise linguística ele é equivalente no documento a uma análise formal dos elementos linguísticos inclusive o documento utiliza análise linguística entre parênteses análise formal dos elementos da língua Então veja que há um certo tangenciamento uma certa visão errônea sobre o que se entende sobre análise linguística embora os documentos anteriores já estejam apresentando de forma que Contemple as questões que de fato são contempladas nessa prática e o documento Claro contemporâneo a bncc de 2018 que traz né redimensiona e amplia o conceito e inclui o termo semiótica a
partir de um olhar para multissemiose um terceiro ponto vejam eu vou pontuando várias questões para nós pensarmos juntos o que Embasa o que orienta um olhar paraa prática de análise linguística e semiótica o terceiro ponto é pensarmos que de fato A análise linguística e semiótica é uma prática de linguagem não é uma teoria não é uma metodologia e não é uma abordagem ou uma perspectiva de estudos linguísticos é uma prática de linguagem ou seja uma unidade básica de ensino um dos eixos de ensino integrados aos outros eixos às outras práticas ou seja integrado a leitura
a oralidade e a produção de textos dessa forma por não ser uma teoria uma metodologia ou uma perspectiva linguística ela assume ações teórico-metodológicas que vão embasando o trabalho assim eh algo que precisa ficar muito claro em relação a isso é que embora a prática de análise linguística e semiótica necessite assumir diferentes abordagens teóricas eh para balizar orientar o seu trabalho assim como a leitura a produção de textos e a oralidade é sempre uma prática de linguagem voltada para os usos linguísticos sociais das interações e portanto precisa assumir abordagens de estudos que se voltem aos usos
sociais da linguagem Ou seja a prática de análise linguística sempre trabalha com a língua vista como discurso quando se volta ao uso desse termo para trabalhos eh estruturais formais sistêmicos eles se desvinculam do sociológico da linguagem e portanto se distancia da visão de um olhar de reflexibilidade que envolva língua texto e discurso portanto a prática de análise linguística trabalha essencialmente com discurso com a língua discurso E isso não implica abstrair do estudo da língua discurso as questões sistêmicas da língua elas se incluem mas sobre o escopo dos usos sociais da linguagem um quarto ponto importante
de frisarmos é que a prática de análise linguística é sempre ancorada portanto numa concepção social de linguagem Há diferentes concepções de linguagem que podem orientar o trabalho do professor de língua portuguesa na escola mas a prática de análise linguística ela necessita organicamente ser orientada por uma concepção social de linguagem que possa compreender a língua na sua concretude real a língua nas interações sociais e a língua que Medeia na vida social as relações intersubjetivas vários estudos no Brasil T ratificado essa tese tem proposto caminhos teórico metodológicos de didático-pedagógicos de elaboração didática vários citados nesse slide que
vão ilustrando não só um caminho teórico metodológico sobre análise linguística e semiótica mas sobretudo praxiológico didático pedagógico um quinto ponto também importante de nós pensarmos sobre a prática de análise linguística é que ela sempre deve mobilizar a compreensão e aqui eu trago um olhar paraa gente pensar sempre numa Mão Dupla que é a relação entre descrever e compreender se pensarmos que há uma diferença entre descrever e compreender ao descrever o professor está envolvido apenas em identificar reconhecer classificar elementos linguísticos né os elementos nos seus diferentes níveis do sistema são identificados depois etiquetados classificados enfim há
um processo sempre voltado ao meta linguístico por outro lado no âmbito da compreensão os elementos da língua incorporam outros processos além da Identificação do reconhecimento e da classificação que são processos típicos de descrição ao compreender podemos sobretudo refletir sobre o elemento ling Tico no enunciado e é somente a partir desse processo que nós conseguimos pensar por exemplo questões metalinguísticas Então dessa forma o compreender é sempre um olhar para os elementos da língua em busca de como aqueles recursos da língua são utilizados em um dado enunciado numa dada situação de interação não só a luz de
um projeto de dizer mas como que o interlocutor compreende esse projeto e responde a esse projeto assim em suma a prática de análise linguística e semiótica trabalha sempre sobre uma abordagem da compreensão da linguagem e compreender não é apenas descrever os elementos da língua à luz de um seu sistema Mas é por outro lado entender como esses recursos reagem às demandas as feições as coerções da interação social seguindo um sexto ponto importante de marcarmos sobre o trabalho com análise linguística e semiótica é que a prática de análise linguística e semiótica inclui gramática embora o inverso
não e aí começa a nossa discussão mais pontual primeiro se a prática de análise linguística inclui o estudo da gramática sem nós entrar aqui no escopo da discussão sobre as diferentes gramáticas mas é claro é sempre importante discutir a prática de análise linguística não exclui o trabalho com a gramática mas o entende sobre um olhar subsequente à reflexão e não antecedente ou unidirecional Dessa forma não se trabalha gramática em uma primeira etapa a partir de um viés descritivo identificatório ou classificatório mas a estuda a partir do que a reflexão sobre tal recurso provoca demanda assim
o trabalho da gramática não é excluído mas é visto como uma Instância de combinação com o estudo do sentido vinculado à situações de interação Além disso Diferentemente de um estudo essencialmente descritivo de identificação de reconhecimento de classificação dos elementos da língua especialmente com o trabalho com as gramáticas escolar normativa a prática de análise linguística entende que esses elementos gramaticais recebem um Matiz né que é ideológico que é valorativo advindo da situações de interação social esse Mati traz aos elementos gramaticais a possibilidade de receberem sentidos particularizados a cada uso em situações de interação diversas com isso
num trabalho de análise linguística e semiótica a gramática se apresenta como uma etapa integrativa a reflexão a fim de compreender como esses sentidos são materializados nos elementos linguísticos não há sentido no vácuo portanto todo sentido é sempre uma izado na língua à luz da situação de interação por isso que não se exclui os elementos gramaticais mas os incluem sempre pensando a possibilidade de como esses recursos gramaticais são particularizados nas situações de interação e esse olhar para particularização é um olhar reflexivo epilinguístico e que precisa ser operacionalizado anteced emente a atividade metalinguística dessa forma é sempre
Preciso pensarmos né quais os sentidos tanto discursivos ideológicos valorativos quando usamos né ensino de gramática ou ensino de prática de análise linguística e semiótica Além disso é preciso também pensarmos sobre essa questão que ao invés de nós fechar o trabalho com a língua a partir de análises que somente se circunscrevem no sistema da língua na prática de análise linguística e semiótica o trabalho busca entender como a partir da análise da língua diferentes recursos linguísticos podem receber matizes semânticos diversos Isto é sentidos diversos a depender da situacionalidade da interação social entre outras palavras a prática de
análise linguística trabalha com a gramática sobre as lentes do que btim denomina como elucidação estilística da enunciação ou seja ao invés de pensarmos apenas né numa relação lógica de sentidos numa descrição numa identificação de elementos lógicos né o estudo estilístico permite um olhar social para a linguagem mobilizando o seu potencial crítico e mobilizando o que btim denomina de significação no contexto e compreensão ativo dialógica assim Vamos pensar sempre a análise linguística e semiótica inclui a gramática mas sobre um outro olhar um sétimo ponto importante também de pensarmos é a questão do porqu das dificuldades de
compreensão do trabalho com a prática de análise linguística e semiótica nas aulas de língua portuguesa eu vou elencar alguns fatores que eu tenho percebido e tenho discutido ah sobre essa questão primeiro o termo prática de análise linguística e semiótica se aproxima muito do termo teoria e análise linguística uma das áreas da linguística segundo dados né conforme a Caps CNPQ com isso muitos pesquisadores e professores tendem a equivaler prática de análise linguística e semiótica com teoria e análise linguística não são equivalentes nem são termos intercambiáveis o primeiro termo ou seja prática de análise linguística e semiótica
diz respeito ao trabalho com as práticas de linguagem a luz de uma concepção social de língua o segundo termo teoria e análise linguística corresponde a uma área da linguística e dessa forma é preciso que nós tenhamos sempre um cuidado em repensar os termos para evitar as equivalências e evitar os intercâmbios uma outra questão importante também é que o termo acaba por demarcar um sentido muito voltado à língua sem né de uma certa forma orientar o seu engendramento com o social vejam prática de análise linguística e semiótica ou seja acaba por destacar o linguístico sem pensarmos
de uma forma como ficaria a inserção do sociológico mas questões como essas são muito comuns nos campos teórico metodológicos né os conceitos não CONSEG abarcar todos os sentidos aos quais se destinam com isso muitos pesquisadores e professores quando se deparam com a prática de análise linguística e semiótica tendem a compreender que essa se dedica exclusivamente à análise da língua entendida como uma análise voltada aos Extratos sistêmicos da língua sem quaisquer vínculos com a dimensão social e nós precisamos sempre relembrar que não é isso né a prática de análise linguística e semiótica é uma análise linguística
voltada né Eh para os usos linguísticos né ou portanto agencia uma prática de linguagem que busca entender os recursos da língua sobre as lentes da interação social e portanto uma abordagem sociológica social de estudo da linguagem um terceiro ponto que pode também causar uma dificuldade de compreender a questão é que o termo prática de análise linguística e semiótica acaba por rememorar né um caminho de trabalho com a língua historicamente consolidado no campo dos estudos linguísticos né o termo traz consigo uma certa memória teórica memória epistemológica em função dos estudos linguísticos de base estruturalista no início
do século XX com isso os termos utilizados na cunhagem do termo reacendem uma dada memória e as pessoas acabam pensando emem encaminhar o trabalho de uma forma que rememore essa orientação e como vimos não é isso né pois a análise linguística e semiótica ela se dá um olhar voltado aos usos sociais da língua nas interações um oitavo ponto importante também de pensarmos é que né 40 anos depois da cunhagem conceitual nós temos também um redimensionamento da proposta né mesmo que nós tenhamos aqui retomado rememorado né as orientações dos livros o texto na sala de aula
e portos de passagem a prática de análise linguística tem tem se redimensionado a todo momento em função de muitas pesquisas contemporâneas a respeito dessa prática e também dos documentos político educacionais sobretudo a bncc que vai redimensionar ampliar o conceito e inserir o termo semiótica Então são muitas as orientações que vê sido trabalhadas no Brasil a respeito da prática de análise linguística e semiótica assim como a sua integração com as demais práticas de linguagem e o conceito essa orientação vai sofrendo reac continuações modificações pois vai absorvendo as mudanças de ordem teórico metodológica como por exemplo né
a orientação do trabalho né com a a visão social de linguagem mas também reapropriações redimensionamento didático pedagógicos quando se vê um encaminhamento que tem se ampliado em torno dos materiais escolares e das atividades de elaboração didática mas também a gente pode ver que o o conceito também traz mudanças nas práticas sociais pois a inclusão do conceito semiótica prática de análise linguística vai se D sobretudo para pensarmos a as multissemiose e a multimodalidade da vida contemporânea o nono ponto que eu gostaria eh de retomar também é as reapropriações né do termo Há muitas reapropriações de prática
de análise linguística e semiótica muitas vezes é tomada como sinônimo de gramática no texto gramática aplicada em textos gramática em contexto gramática contextualizada entre vários outros termos e expressões contudo pessoal é preciso que nós tenhamos um cuidado attivo para evitar essas reapropriações indevidas né a prática de análise linguística e semiótica não trabalha engessada a gramática nem sobre a ótica essencialmente da língua sistema ou do texto mas somente voltado ao seu cotexto qualquer proposta que se coloque sobre esses caminhos não é prática de análise linguística e semiótica mas análise gramatical em outras palavras precisamos entender que
prática de análise linguística e semiótica não é aplicação de gramática nem a gramática em textos como se o texto se apresentasse apenas como um espaço de análise de elos daua prática de anlise linguística e semiótica como discutido ao longo se Ancora sempre em uma visão de língua de base social cuja unidade de análise é o enunciado é o texto o discurso nas interações sociais qualquer uso da análise linguística e semiótica que se sustente apenas na língua sistema nas palavras isoladas nas frases Nas orações ou no texto visto só em seu cotexto é uma indevida do
termo e é claro que nós não podemos né voltar ao tempo em função dessas reapropriações né não vejam por exemplo o que que se se colocava nas décadas de 1970 e 1980 né um aplicacionismo de teorias linguísticas formais para sustentar o trabalho com análise linguística Eh Ou seja vamos evitar esse caminho para evitarmos voltarmos ao tempo né para fechar o 10mo ponto Eu particularmente tenho advogado a favor de uma prática de análise linguística e semiótica de base dialógica aqui eu sugiro a leitura de duas obras uma obra de 2021 organizada por mim e pela professora
Terezinha da Conceição com a Costa rips prática de análise linguística nas aulas de língua portuguesa e uma segunda obra de 2022 prática de análise linguística e semiótica de base dialógica reflexões para leitores iniciantes são duas obras eh em e-book e que todos podem baixar gratuitamente da editora Pedro João vejam que na obra de 2022 eu vou buscando desenhar um olhar para o trabalho com a prática de análise linguística e semiótica a partir das orientações dialógicas dos escritos do Círculo ou seja nos textos do bacin do volochinov e do medvedev eu vou buscando trazer as obras
e orientando esse trabalho a partir de um olhar sobretudo para atentar pro fato que os conceitos né podem nos enganar então é sempre preciso entendermos o enunciado o texto e o discurso nessa perspectiva numa perspectiva específica para entendermos como esse trabalho pode se dar essa obra vai desenhando esses olhares para as questões de análise linguística e semiótica e chego às considerações finais né Eu quero pontuar portanto algumas questões Nesse final sobretudo que que a análise linguística e semiótica está no centro da ressignificação das finalidades do ensino de língua portuguesa na educação básica potencializa a luta
de ressignificação e de mudança do ensino de língua portuguesa sobretudo quando o tema é conhecimentos gramaticais além disso a análise linguística e semiótica é um trabalho de reflexão sobre a língua a favor da Ampliação das práticas de linguagem nas situações de interação no interior das esferas da atividade humana portanto não é um estudo apenas focalizado em relações lógicas da língua Mas acima de tudo na análise das relações dialógicas né dos usos e dos recursos da língua nas interações nos usos sociais da língua portanto na sua dimensão social Além disso sempre frisarmos que a análise linguística
e semiótica é uma prática de ensino e de aprendizagem não é uma teoria não é uma metodologia não é um um um um uma orientação linguística específica Mas é uma prática de linguagem que precisa ser trabalhada integrada às outras práticas Ah também reafirmamos que a prática de análise linguística não é uma análise linguística da esfera acadêmica da teoria linguística portanto precisa ficar sempre Claro que não é uma transposição teórica de perspectivas linguísticas que vão balizar o trabalho com análise linguística e semiótica na escola em nenhum momento a prática de análise linguística e semiótica pretende transformar
a escola em sala de aula ou em transformar a sala de aula em laboratórios experimentais Essa não é compreensão ou seja não é uma aplicação de uma teoria linguística que dê conta para eh a mobilizar essa esse trabalho mas é um outro olhar sobre escola um outro olhar sobre sala de aula e um trabalho com a linguagem sempre voltado aos sujeitos que usam essa linguagem no Brasil tem muitos pesquisadores que TM ratificado essa posição aqui eu pontuo alguns deles que T pesquisado muito a respeito não só produzindo materiais teóricos metodológicos mas também muitos materiais didático-pedagógicos
de elaboração didática e eu finalizo com o que será que bacin nos diria né e aqui eu retomo algumas obras do bacin para pensarmos o que ele nos diria sobre o trabalho com análise linguística eh hoje bacin diz que todo o trabalho de investigação de um material linguístico concreto seja de história da língua de gramática normativa de confecção de toda espécie dicionários ou da estilística da língua opera inevitavelmente com enunciados concretos relacionados a diferentes Campos da atividade humana e da comunicação E que as formas gramaticais não podem ser estudadas sem que se leve sempre em
conta seu significado estilístico quando isolada dos aspectos semânticos e estilísticos da língua a gramática inevitavelmente degenera em escolasticismo ou seja naquele cumprimento rigoroso de regras doutrinas e métodos ou pedagogias tradicionais pode-se dizer segundo bacin que a gramática e a estilística convergem e divergem em qualquer fenômeno concreto da linguagem se o examinamos apenas no sistema da língua estamos diante de um fenômeno gramatical mas se o examinamos no conjunto de um enunciado individual ou de um gênero discursivo já se trata de um fenômeno estilístico A análise estritamente gramatical desses aspectos faz com que os estudantes somente aprendam
no melhor dos casos analisar frases prontas em um texto alio e a empregar os sinais de pontuação nos ditados de um modo correto mas a linguagem escrita e oral dos alunos quase não se enriquece com as novas construções eles não utilizam de modo algum muitas das formas gramaticais estudadas e quando fazem revelam total desconhecimento da estilística para finalizar pensemos juntos as nossas escolhas de trabalho de aspectos orientadores do nosso trabalho do são sempre políticas A ciência é política a educação é política a linguagem é política optar entre o ensino de gramática e o de análise
linguística e semiótica é uma escolha política pois envolve decisões politicamente engendradas por exemplo Qual a concepção de linguagem que baliza o trabalho didático pedagógico Qual a orientação de língua que referencia o trabalho didático póg a língua sistema a língua discurso Qual a compreensão que se tem do trabalho com a língua na escola uma visão sistêmica e tradicional ou uma visão da língua na vida social várias são as questões que orientam o trabalho didático pedagógico na escola e todas elas sem exceção são decisões políticas eu agradeço mais uma vez primeiramente a todos os pesquisadores brasileiros de
linguística e de linguística aplicada que tem buscado discutir debater e investigar a análise linguística e semiótica sobre um olhar da linguagem como discurso e do ensino crítico Emancipador Agradeço ao CNPQ pelo auxílio financeiro no meu projeto de produtividade em pesquisa voltado às políticas educacionais de ensino de língua portuguesa na Educação Básica brasileira e agradeço mais uma vez a bralin em especial a coordenação de linguística icada da bralin pelo espaço Muito obrigado Professor Rodrigo muitíssimo obrigado pela sua fala bastante pontual né esclarecedora em diversos aspectos que eu não tenho dúvida que ainda geram né muitas dúvidas
em relação às reflexões que nós estamos propondo aqui né Eh te agradeço muito h e para que a gente possa então dar continuidade né eu convido a professora Eulália eh que na sequência apresentará o professora Adail e que na sequência também após a sua fala faremos a nossa discussão professora Eulália estão me ouvindo está tudo bem OK obrigada boa noite a todos e a todas Professor Parabéns pela sua fala né Gostei muito e dando continuidade ao nosso trabalho né da nossa comissão de linguística aplicada na abralin eu queria fazer um parêntese para falar um pouco
rápidamente sobre eh a nossa comissão é uma comissão composta por 13 13 membros né de diversos estados brasileiros eh a maior parte são do Sudeste e do Nordeste temos também uma pesquisadora que mora fora do Brasil é uma brasileira essa comissão é é coordenada por Alexandre cadil hoje e eu láia lcan eu né inicialmente eh eu assumi na coordenação juntamente com Alexandre e depois eh a o próprio grupo fez uma votação nós continuamos só que Alexandre agora é o coordenador e eu acompanho Alexandre como vice-coordenadora então Eh estamos num processo de mudança logo mais né
vão entrar os nossos colegas Jorge e Diego para assumir os nossos papéis e desde a primeira gestão esta comissão atuou muito fortemente em todas as atividades propostas pela abral né é nosso interesse trabalhar também com fazendo parceria com outras comissões às vezes não é tão fácil né pela dinâmica de cada um mas é o nosso grande interesse eh nós podemos citar muitos trabalhos que desenvolvemos juntos né a nossa equipe a nossa comissão os membros que dela fazem parte mas podemos destacar o momento da pandemia que eh nós tivemos muito trabalhos dentre eles um trabalho mais
didático com o professor Joaquim dos em fevereiro de 2021 e um trabalho mais teórico né uma apresentação mais teórica sobre o interacionismo sociodiscursivo com o professor jampaulo bronc em maio do mesmo ano eh então Eh atualmente estamos conversando e nos adaptando a uma a um novo modelo né porque a é uma gestão nova que já colocou sua proposta em construção conosco e nós estamos justamente revendo e vendo como nós podemos dar andamento eh aos trabalhos dentro da abral uma coisa muito interessante é que finalmente quando a gente observa o perfil da equipe do grupo é
muito voltado é um perfil muito voltado para o ensino aprendizagem e formação de professores a gente deixa aberto aqui um convite venham participar da nossa comissão é muito importante que a gente tenha outras eh outros olhares a linguística aplicada ela é muito plural nós precisamos de mais colegas trabalhando conosco Então hoje para dar continuidade ao nosso trabalho nós vamos apresentar o professor sou o pesquisador Adail Sobral ele é bolsista de produtividade em pesquisa um é do CNPQ projeto de pesquisa inclusive que envolve a bncc ele é doutor em linguística aplicada e estudos da linguagem pelo
programa de Estudos pós-graduação em linguística aplicada e estudos da linguagem da pontifícia Universidade Católica de São Paulo no Lael p São Paulo ele fez o estágio pós-doutoral na universidade universit de Paris em 2017 é mestre em letras pela Faculdade de Filosofia letras e ciências humanas da Universidade de São Paulo US especialista em linguística pela pelo Instituto de estudos de linguagem da linguagem da Universidade de Campinas Unicamp ele é graduado em letras pelo Instituto de letras da Universidade Federal da Bahia professor da furk e coordena o programa de pós-graduação em letras desta Universidade é com muita
satisfação que nós temos aqui o professor Adail que irá a partir de agora dar suas contribuições sobre o tema que estamos trazendo hoje boa noite eu começo agradecendo falando que é um privilégio estar aqui com vocês né um privilégio poder estar discutindo alguns elementos que a meu vez são importantes sobre a bncc né Eh eu tava pensando aqui né que eu para começar eu tava pensando no sentido de gramática eh grego né o sentido grego de gramática que é a ciência ou a arte de ler e escrever né e eu não sei por né ao
longo do tempo a gramática se tornou sinônimo de alguma coisa simplesmente formal né Ou seja quando a gente tá falando aqui de de batin a gente tá falando do Diálogo socrático a gente tá falando de coisas que existiam na Grécia e que já definiu o que era a prática de análise linguística né da realidade né Se a gente for pensar Aristóteles tem toda uma teoria sobre como desenvolver gêneros de vários tipos tanto literários como outro gênero né claro que houve depois uma uma série de mudança né mas por isso que eu pus aqui navegando com
a bncc o lugar das teorias e da análise linguística na bncc né E na verdade eu vou falar do ponto de vista do gênero né o Rodrigo fez um levantamento e quando ele falava a 40 anos eu falava Ah há 40 anos eu estava lá né Eu vi quando começou essa discussão e aí no outro dia eu tava pensando né dizer mas certo modo a gente tá voltando para lá nós vamos discutir de novo o que há 40 anos aconteceu então o Rodrigo é bastante organizado eu não sou né então eu vou falar o seguinte
o que é a bncc a base né o nome é o apelido da da bncc base a base é o documento curricular por que que eu vou insistir que ela deve ser tal como ela é porque é uma questão de gênero a grande utilidade do conceito de gênero é a gente pensar o que é um gênero é um dispositivo enunciativo e não um texto e não uma coisa gramatical né e os gêneros tem objetivos específicos que não se alteram simplesmente não tem que de repente a gente vai lá olha um adendo e eu vou mudar
bncc né E aí eu vou voltar voltar ao básico O que é voltar ao básico falar do que que é a base bncc né antes de tudo ela é uma base a base é uma coisa é uma coisa que é Um fundamento é um alicerce mas ela não é qualquer base ela é uma base Nacional né Por que vem por que vem Nacional logo depois de base né porque Nacional aqui implica que ela é a base para todo o país e é por isso que vem logo depois Nacional implica que ela é a base para
todo o país Por que que é necessário ter esse Nacional destacar que ela é necessariamente Ampla em vez de específica era uma base Nacional uma base da nação do país todo comum comum é um é é uma ênfase né é um termo enfático ela vai explicar que ela que é nacional é comum a todo o país de eu pensar Ah é nacional Mas eu posso mudar como eu quiser né aqui ali eu vou lá e mudo a base tal né E aí tá é é at história o Brasil é politicamente né uma República Federativa uma
República Federativa significa que tem umas coisas que são Gerais e tem umas coisas que são específicas há coisas que o governo central de certo modo impõe né estabelece e diz que que vai ser assim e há coisas que o Gover os governos não centrais T direito de interferir e e e mudar né Então aí é um minuto então aí nós estamos vendo isso né que é a base é Um fundamento ela é nacional ela é enfaticamente comum e ela é curricular Por iní que pareça que vem depois que vem por último é é a parte
mais importante da base sabe não adianta não tava escrever né É a escolha de palavra não é não é não é estilística só a escolha de palavra a ordem das palavras é da Ordem da enunciação se começasse como base curricular Nacional comum ia ficar uma bagunça mas base Nacional comum curricular deixa em destaque o mais importante ela é curricular aí vem a explicação da razão de ser da bncc ela é uma base curricular comum Nacional ela é para todo mundo ela é comum a todos ela se aplica país é base no sentido de fundamento Mas
ela é curricular apenas isso nada mais do que isso ela não é um manual Ela não é uma coisa teórica ela é uma base curricular e alguns lugares alguns países o CL o clo bu demonstra isso se explica que tipo de aor tem que ser tratado em sala de aula e até qual é o verso do aor que tem que ser tratado né a nossa não a nossa não fala nada disso ela vai lá e fala o que que tem que ser tratado em geral L sei lá poemas poesi não sei o que tal só
isso né e o objetivo dela é determinar os conteúdos su aprendizagem a serem ensinado no Brasil inteiro que já é um país Continental né então nós vemos aí que isso é gênero é um gênero específico atender uma necessidade específica ela não é para e e eh acrescentar outras coisas ela não aceita apêndices B depois veja só se ela é um documento normativo curricular geral ela não tem que abordar a teoria alguma né É claro claro é isso que eu dizer as várias lives que eu assisti tem várias questões levantadas que tem hiper relevância mas estão
deslocadas porque a bdcc não se autodefine não fala não era que determina o que ela vai ser e ela não é um documento teórico tá E aí uma coisa interessante que o Rodrigo fundamentou eh do ponto de vista teórico mas eu vou falar políticamente que essa minha fala é política então a bncc reflete uma dada concepção de ensino não uma teoria e não é uma teoria linguística é uma concepção de ensino essa concepção vai bem além de uma inexistente oposição porque eu vi alguns momentos como alguém se dissesse Olha o linguístico cognitivo se opõe ao
discursivo social e eu não entendo isso eu trabalho com pessoas que eh que tiveram formação semântica formal e nós fazemos uma espécie de semântica estilística né Assim como eu vou até o semântico estrito a pessoa vem até o discursivo social então não existe essa essa posição eu continuo a dizer já disse antes vou continuar a dizer que o grande valor da bncc é dizer o quê em geral e deixar de lado como ela é democrática Que bom que ela não disse como é que tem que fazer pelo amor de Deus porque que ela deveria dizer
se ela tá só dizendo é preciso tratar dessas coisas a bncc conseguiu uma coisa inédita né ela usa competências e habilidades que tá totalmente definida dentro dela né a gente não consegue identificar Qual é a teoria de onde veio isso simplesmente são duas as palavras que foram usada pela bncc de uma dada maneira claro que existem essas palavras existem em outros lugares mas a gente não consegue identificar as tentativa delam errado né bom olha só é ótimo que ela não defina Como tem que fazer porque aí a gente fica livre para abordar todos os aspectos
relevantes de variadas maneiras né que é o que o Rodrigo mostrou esse nortear do ponto de vista enunciativo é o nosso Grande AL deixa a bncc lá e vamos fazer o que nosso contexto permitir o como é mais important a bncc não diz como nem deveria dizer porque não é esse o objetivo dela a bncc tá reflete uma D concepção de ensino porque essa concepção abrange vários saberes e os integ essa concepção de ensino eu eu digo é uma concepção de lógica não é só de linguagem deens não adot nenuma teoria e nem porque é
doento estritamente curricular se ela dissesse a minha base é a teoria dialógica eu ada seria contra ela não diz isso ela diz que aborda uma concepção né que é uma concepção Ampla uma concepção que tá se espalhando e que tá sendo usada extensamente né e e eu acho que ela convida o docente a buscar o que lhe serve e as várias áreas de estudo da linguagem tem que propor estratégias alguns já vão já vão vendo né já o vem fazendo o Rodrigo mostrou algumas tem livro aí que ele que ele organizou que eu eu e
JAC e Carina jacom Estamos lá também com uma proposta né Há dois artigos que eu vou falar depois aqui um mais antigo e um bem recente nosso que fala como o que é trabalhar texto do ponto de vista enunciativo da enunciação ETC né que é isso que a gente tá fazendo hoje né então a propostas Então as mais diversas desse como algumas de autoria inclusive de membro desta mesa mas outras de não sei quantos autores claro que ninguém vai ser contra o ensino via gêneros via gênero mas não de gênero Se for para ensinar gênero
Então aí tá a gente tá contra mas também nós não vamos desprezar o abeles gramaticais só que a gente não tem que pôr teoria ou didática de língua na bncc nem de gênero ou de discurso né na verdade o que ela vai lá é uma definição geral em circulação que não é Nossa ou desse ou daquele não é de quem trabalha no campo batini nem outra né E ela simplesmente vai lá e fala que o que que ela vai trabalhar que é uma coisa em circulação geral ela não tem um compromisso inclusive há pessoas que
trabalham com btim com a teoria di lógica que reclamam bastante dela dizendo que ela não assumiu a concepção de lógica e eu dizendo que bom que não assumiu mas eu acho que ela é perfeitamente compatível e isso foi objeto de levantamento eu eu JAC e Guimarães né que a a a Fernanda Guimarães que foi minha me orientando de verá de doutorado fizemos um levantamento para mostrar isso né Tá então sobre gramática gramática Eu já falei que a minha concepção de gramática é grega né a gramática é é a arte de ler e escrever então ela
tem tem a ver com o uso ela não tem a ver com determinar como é que se faz né Tá e aí a gente vai ensinar sobre a língua mas não a teoria gramatical nomenclatura isso que é o o tradicional o tradicional a gente aprendia decorava a teoria gramatical ou A nomenclatura tá e quando a gente vai dar aula na escola é um saber para usuários e não para profissionais né os licenciados são profissionais que tem que aprender teorias várias né para depois darem aula tal e o na pós-graduação que vai fazer pesquisa etc também
tem que ter uma formação né agora a gente não precisa alterar a base porque ela isso que estão propondo já existe tem tem várias pessoas já trabalhando com isso bus a coa Pereira a cadilha Sobral não sei quantos tem falado de alguma maneira direta ou indiretamente sobre análise linguística análise semiótica isso e aquilo tá nós precisamos Formar melhor nossos licenciantes eu concordo eu acho que é um problema mas a BCC não é para isso ela vai lá e fala eu quero que vocês tratem disso aqui só tá na fug por exemplo nós alteramos a licenciatura
em letras que hoje ela tá cada vez mais didática e prática e menos teórica ela parou de ser um bacharelado disfarçado que prepara candidatos ao mestrado né como se o mestrado fosse Resolver a vida de todo mundo e passou a ser mais uma licenciatura que assume sua responsabilidade com educação básica isso é importante agora a partir do segundo semestre nosso aluno já tem contato com a escola já fica sabendo o ambiente de onde ele vai tr trabalhar a espera sabe a essa parte da esfera em que ele vai atuar sabe nós tramos a coisa não
sei se vai dar certo não sabemos se vai dar certo já tem um tempo temos que esperar uma turma para ver se essa turma vai estar melhor formada mas é óbvio que é uma crise que a gente precisa resolver tá e as teorias na bncc olha as teorias são objeto da graduação de uma dada maneira e elas são da formação de pesquisadores e professores do elementar e médio né E também claro da pós-graduação mas tudo isso com distintos pesos Ah aqui ficou meio confuso né n Ou seja eu quero dizer que tanto para formar a
licenciando Na graduação como para formar pesquisadores né a gente tem que pode trabalhar com teoria mas com distintos pesos mas não na escola básica há relações e diferenças entre saberes escolares da língua e saberes sobre a língua saberes da língua são um plano da bncc saber da língua e tal saber sobre a língua ess é um plano da licenciatura que tem que saber mais coisas sobre a língua da aula sobre língua são os são os profissionais né o plano das teorias é o terreno da pós-graduação lá sim na pós-graduação a gente vai desenvolver teorias em
outro sentido né o máximo possível nem sempre a gente consegue Na graduação também não se desenvolvem teoria nesse sentido que eu tô falando mas se usam as teoria para formação de professor ou deveria né então é claro que não tem que desenvolver o pensamento científico da bncc o pensamento como tal Porque ela não é um artigo ela não é um livro teórico e tal era um documento normativo estritamente curricular seu objetivo é claramente enunciado e efetivamente definido podemos discordar Claro ela não pode propor um quadro conceitual não tem que abordar teoria linguística nenhuma a gente
né é que tem que formar os alunos para recorrer à prática de ensino de língua materna mais usada na escola de hoje é isso que ela propõe abordarem enunciativa e discursiva né vejam que até o vejam que o ENEM espero que a gente né tenha dado quer dizer a gente espero que o aluno tenha aprendido a trabalhar com texos enunciativos discursivos Sabe tem uma uma lá redação que eles falam texto eles não disseram que é um gênero Mas a gente pode dizer que o gênero do Enem é um texto Inativo discursivo e essa é a
base né ela não inclui nem exclui teorias E aí Claro no campo do discurso como o Rodrigo mostrou exemplarmente a gente une os vários saberes e acorda as contribuições dos estudos formais como eu falei a semana sociocognitiva e enunciativa né na formação docente a gente pode fazer tudo isso que tá proposto nessa Live vamos lá vamos vamos trabalhar junto tal para mostrar que a língua vai desde o mais estritamente cognitiva até aspectos estilísticos etc etc mas no ensino elementar e Médio não os professores nossos alunos né que são professores não estão dando conta nem do
que já tem que fazer imagina se eles tivessem também que ler cinco teorias de curso quatro de semântica Por que que ele teri que fazer isso sabe Estão dizendo Ah o professor hoje não consegue fazer o que a bncc propõe Mas então gente não muda a bncc a gente muda a formação do professor né a bncc é bem equilibrada inclusive para tratar o formal e discursivo tanto que eu me divido porque tem gente do formal que reclama que tem muito discursivo tem do discursivo que diz que tem muito formal né tá ela se volta para
ensino básico mas ela não tem compromisso com a universidade a universidade é que tem que se adaptar as necessidades da escola básica a base não tem que propor nada dessas coisas certo ela não tem que fazer nada Ah sim agora repeti uma dúvida levantada para uma live é uma coisa que eu quero que eu quero abordar não pera aí que assim eu queria dizer aqui a bem dizer é claro que a pensamento científico na bncc sobre gramática e outros aspectos de língua e linguagem como mediante a transposição didática é uma coisa que se esqueceu eu
pelo menos eu entendi isso né tem entendido errado ah mas por que que as teorias não estão lá porque as teorias não tem que tá lá mas a transposição didática faz que né essa esse conceito que parece esquecido ela faz que os saberes científicos cheguem lá mas chega mediado de alguma maneira não é uma coisa que sai do Laboratório das nossas pesquisas e vai paraa sala de aula né As crianças eu sei que a gente I ser processado se fizesse isso se fos levar mas eh os licenciantes e mestrandos etc também recebe inso mediado Então
não é a bncc que da Escola Básica que vai vai ter isso né Tá e aí uma dúvida levantada em uma live foi porque a reflexão linguístico gramatical é considerada a a central senão a mais relevante de todas bom isso é uma citação de um comentário crítico de um autor que eu não vou dizer nesse caso né qual é e eu fui lá olhar então isso né no local citado que as pessoas citaram e tava lá em nenhum momento o autor disse que a reflexão linguística gramatical era Central Central no texto é a questão que
ele levantou e não a reflexão ele estava se referindo as suas questões ele disse a questão mais Central no diretamente a questão e a mais Central é Ou seja a opinião que ele tem sobre a reflexão linguístico gramatical então eu vou repetir o que eu disse antes né Eh não vou demorar muito mais já já repito várias questões levantadas nas outras Liv tem grande relevância mas estão deslocadas eu acho que tem faz fazo ido mas não na bncc né Há n há um vasto número de procurações eu proponho inclusive que a gente jun todas as
comissões eu as comissões e as pessoas que foram convidadas a gente pode se trabalhar junto né pode se juntar um esforço conjunto para melhorar de fato a formação docente considerando os vários aspectos né o formal o discursivo isso aquilo tudo outra dúvida acusa bncc tem uma abordagem tradicional da gramática E aí a dúvida é diz o seguinte quais seriam as relações efetivas entre esses fenômenos gramaticais e a construção da significação textual discursiva né E essa era a pergunta mas aí continua ou seja apesar das mudanças implementadas pela bdcc em termos de seleção de conteúdos gramaticais
o documento ainda se paa pelo que é tradicionalmente enfocado e a pessoa pergunta mas como distribuir o sistema gramatical na bncc de forma a propiciar abordagem que se desvincula do ensino tradicional E aí eu digo a bncc já deu a resposta onde que ela é tradicional ela não é tradicional ela mostra como trabalhar a gramática em termos enunciativos discursivos que eu saiba isso não é nada tradicional tradicional foi a minha formação né que tinha que pegar texto de futuro do pretérito colocar no sei lá no imperativo vários textos pegar imagina era era uma tortura né
Isso era tradon outra alegação as teorias de texto is são essenciais ao entendimento do ensino de línguas mas não podem representar com exclusividade a base da pesquisa linguística voltada ao ensino de língua tampouco pode nuclear o quadro conceitual para uma Política Nacional de Ensino tá eu concordo com isso só não vi quem foi que disse que ela podia representar elas podiam representar com exclusividade a base ou que elas podiam nuclear o quadro conceitual que eu saiba na bncc não há discussão de teorias nem de nem de texto e discurso mas sim uma proposta de que
essas representem com exclusividade a base da pesquisa linguística né Nem Há uma proposta de que represente com exclusividade a base da pesquisa linguística voltada ao ensino de língua nem que esteja nuclear esse quadro conceitual o autor citado estava justamente dizendo que não deveria acontecer e é o que acontece ou seja não acontece e é isso de fato que não acontece tá dizendo não deveria e de fato não são tanto que nem existe teoria nenhuma lá isso era uma discussão anterior a bncc eram comentários né dois autores que e conhecidos né que comentaram C poente Marcos
Ban que comentaram certas coisas e tal são os comentários críticos que havia lá né mas eu acho que foram meio eh ficaram fora de contexto masim e tá E aí eu vou eu tô retomando só para dizer a perspectiva o abordagem do texto e do discurso essa iniciativa discursiva É de fato assumida pela a perspectiva ou abordagem não falei da teoria né se for a teoria nós temos quatro ou cinco teorias de discurso que discordariam de várias partes dela lá né mas veja por quê Porque afinal para fil de ensino essa em favou a perspectiva
mais Ampla o que não funcionava era ficar desenvolvendo teoria na escola gramática na escola essas coisas isso não pode funcionar só que de maneira alguma ela vai apagar as outras mas essas outras não pode ser o centro porque o centro da da bncc é o enunciado e o que é o enunciado é algo que envolve texto e discurso portanto gramática e inserção social dos sujeitos né a partir da língua tá e texto de discurso né no discurso está a linguagem e a linguagem inclui a língua que é o que o Rodrigo mostra quando ele cita
B mostrando que ele fala que qualquer abordagem de fenômeno gramaticais não leva em conta o sentido disso eh no uso el ela tá fora né claro que pode fazer que quiser uma teoria só sociológica da do discurso que é horrível ou uma teoria só normal da língua que também horrível não vai resolver né Tá aí o lugar das teorias eu vou repetir sem transposição didática não dá não cabe da bncc e menos ainda na escola básica os pcns diz a bncc eu acho que foi o que a bncc aproveitou dos PCN mesmo né porque o
resto era muito complicado tinha três ou quatro definições três definições de gênero né ali Acho na página 18 e62 ou se eu lembro bem né Tá mas aí BCC retoma e fala o pcns consideram claramente a a linguagem uma forma de ação interindividual orientada para uma finalidade específica um processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes numa sociedade nos distintos momentos de sua história isso não apaga nada da gramática Simplesmente tira o foco da gramática que foi há 40 anos tem essa ess esse debate então a linguagem não a língua é que é
a base da base a base da bncc a base do a linguagem não a língua a língua é parte da linguagem mas o objeto da bncc é a linguagem e não só a língua então eu acho que não é nós estamos discutindo errada tem que discutir a a questão das concepções de ensino no Brasil como dar aula como como desenvolver algo na escola básica sabe como a universidade tem que cumprir essa obrigação social de se adaptar a necessidades sociais que estão na na escola básica a gente não tem que ir lá dizer o que o
que é a gente tem que ir lá ver o que querem o que é preciso o que que a gente tem que fazer o que nos é exigido então conclusão minha na análise linguística ela pode ser na pesquisa Universitária na formação de docentes para a escola básica E na escola básica ela vão tá presente e vão de maneiras distintas mas isso eu tô falando uma coisa eu sei que é óbvia mas parece que tá complicado é preciso pensar é preciso pensar que a escola básica tem usuário da língua de an e para formação de docente
São pessoas que vão dar aula elas tem que saber o suficiente para fazer e a pesquisa Universitária é outra coisa né Pesquisa Universitária é outra coisa E aí uma questão né uma questão de gênero em cada contexto os docentes né nós todos eu tô falando se dirigem a diferentes usuários da língua e o fazem naturalmente de modo distinto a Escola Ensina usuário da língua não especialistas eem análise linguística no sentido formal né A a graduação forma docentes e a pós forma pesquisadora ou pelo menos deveria formar isso é a divisão que está nos níveis de
ensino né O que que o que que é cada coisa né a gente não pode misturar tudo a gente não pode tentar fazer chegar teorias diretamente lá sabe isso a gente aprendeu a duras penas né e nós não podemos recuar agora por fim a bncc Deixa claro o que é um avanço considerável que os pcns foram uma praga que nos perseguiu durante anos ela diz claramente a unidade do ensino é o enunciado e o objeto é o texto não a língua perc logo vida longa bncc né É só isso obrigado Professor muitíssimo obrigado pela sua
fala acho que a gente teve Talvez algumas intercorrências com o slide Mas foi muito tranquilo poder escutá-lo né é é é é que os slides estavam cortados eu não conseguia ver par de aí eu dis bom eu vou eu vou ler não tranquilo tranquilo foi mas foi foi super mas eui bem devagar se foi rápido aí você reclama hein não foi foi foi tranquilo são os principais para reclamar he tem direito perfeito Professor bom eh nós temos aqui talvez uns 10 minutinhos finais né não não vai ser possível Enfim fazer uma rodada né Muito eh
ampliada em relação às questões né mas eh reiteramos aqui né o nosso compromisso com esse debate né o tema acho que foram falas eh bastante complementares né o professor Rodrigo traz um histórico de como que a questão da análise linguística semiótica eh ocupa um espaço numa política curricular Professor Adail nos traz um conjunto de reflexões que implicam pensar a sala de aula pensar a escola pensar a formação de professores de línguas né Eh eu vejo com muito cuidado né esse eh tem uma tem uma questão que o o professor Rodrigo apontou né que às vezes
parece um retorno né algumas agendas dos anos 70 e dos anos 80 e aí eu até recuperei Eu lembro que quando eu estava na na graduação um um querido professor de de linguística da uf ele utilizava uma que eu acho que infelizmente ainda explica um pouco o nosso contexto atual né quando ele falava sobre o aprendizado da prática da análise linguística ele trazia muito a ideia por exemplo da prática da da da direção né eu vou dirigir um carro eu tenho uma prática né você tem ali uma ação desempenhada com grau de reflexividade né acerca
de um exercício a partir de um instrumento de um dispositivo que é o carro né quando a gente aprende essa prática do carro ah a gente reconhece a existência de componentes mecânicos do próprio motor e reconhecemos a importância dos especialistas em motores né que vão ali fazer com que de alguma forma a gente conheça o carro mas efetivamente quando a gente tá aprendendo a dirigir conhecer o motor em todos os detalhes parece não ser melhor caminho né E aí eu lembro que ele fazia essa equiparação a prática da linguagem na sala de aula né O
que que nós queremos ao ensinar os estudantes a lerem escreverem né de uma forma adequada né Eh se é efetivamente a prática de dirigir e saber eh portar-se né com o dispositivo carro ou se era né analisar todos os itens da mecânica nos seus últimos eh detalhes com a expectativa de que isso leve a uma boa direção né e a gente reconhece eh na verdade que não isso não retira obviamente a importância da mecânica mas ela vai ter importância para um determinado do contexto E aí é onde eu penso que tá a diferença entre os
os os saberes a serem ensinados na escola né e os saberes técnicos eh e e e científicos que de alguma forma ocupam um espaço muito eh significativo né numa instituição numa área de pesti bom a gente tem vários elogios várias eh questões que depois vocês podem acompanhar eu vou aqui talvez fazer a seleção de uma ou duas questões no máximo para para para poder compartilhar mas enquanto eu faço essa seleção professora Eulália você eh gostaria também de complementar enfim é não não não acho que que esse tema é tão rico e claro que não vai
ser na fala de hoje que a gente vai conseguir dar resposta para tudo mas com certeza vai dar resposta para muitas coisas né Gostei demais da apresentação Doo e tem até uma sugestão para ele Amp coloque pessoas do nordeste do Norte eu vi digo Olha nós temos também pesquisas Rodrigo viu Gostei demais da sua apresentação muito e vou procurar procurar sim levar essas leituras para o meu grupo de pesquisa Parabéns muito Air sua apresentação foi fantástica também gostei a bncc ela tem muitos problemas com tem problema todos os textos né Eh a gente precisa completar
muitas coisas gostei muito quando você disse olha não tem uma teoria não tem que ter porque não é o objetivo de um documento ter uma teoria agora claro que quando a gente vai ler o texto vai identificando teorias que a gente com as quais a gente trabalha né Eu por exemplo vejo muito do interacionismo sociodiscursivo aí na bncc vejo demais trabalho muito com isso claro que outros colegas que trabalham vejo também possibilidade de na parte da didática puxar também paraan mich AD e outros outros quadros teóricos né A bncc não deve achei Fantástico isso colocar
uma teoria e a gente tentar dizer que tem que dar certo aqui não e as condições de trabalho e os objetivos do professor agora como o Rodrigo colocou muito bem aqui gostei demais da posição dele nós precisamos entender o que é a gramática o que é análise linguística eh ele foi muito muito claro eu gostei demais demais da clareza dele é é a gente tem que entender isso porque quando a gente vai ver aquela aquele Panorama que eu sempre digo que é o desenho do ensino da língua materna né só não sei ainda materna de
quem né Aí é outra história mas é o desenho da língua portuguesa brasileira né a gente vê que tem muitas influências ali a influência das habilidades né Elas dizem muito a gente precisa estudar isso né então entender a bncc é primeiro antes de tudo não colocar nenhuma teoria embaixo é descobrir qual é aquela que você trabalha e que você vai saber melhor trabalhar com ela e de certo modo ela tem até teoria demais na verdade inclusive algumas pessoas estão propondo Aqui o Herbert e o Vicente etc estão propondo que a gente deveria fazer um glossário
para explicar eu vi o que tá lá né quer dizer ela não tá abordando a uma teoria Mas ela tá eh recorrendo a termos em circulação nas nossas áreas ela é Ela é bem democrática é e avançar para a formação de professores que eu acho que o também perfeito bom de modo então muito feliz com as duas falas continu eh de modo que a gente possa então ter uma uma última rodada eu vou me propor aer três questões já peço desculpa de antemão a gente teve contribuições aqui questões fantásticas mas é é por uma delimitação
de tempo efetivamente né eu vou me propor compartilhar três questões e aí abro espaço para que vocês eh respondam ou comentem como acharem mais interessante já também no campo das palavras finais para eh que eu já sei enfim né que a gente com isso vai ainda avançar com o tempo eh a Amanda traz uma reflexão muito interessante Amanda lobes ela pergunta eh ela diz o o o seguinte né Eh com base nas atividades eh IP e meta linguís é possível então compreender a Tríade proposta por Geral de uso reflexão e uso como uma uma eh
quadrade uso reflexão descrição metalinguística e uso eu achei interessante o modo como ela propôs essa questão e ela ainda complementa com um outro ponto né ela faz uma menção ao livro do do Rodrigo indicando a potencialidade da prática de análise linguística e semiótica em promover uma em promover a discussão de questões culturais históricas políticas e econômicas e ela pede se poderia talvez falar um pouco mais sobre isso o tempo tá curto mas a gente compartilha a questão eh isso é muit difente ele já trouxe uma questão que o que o professor Adail já tá está
está trazendo aqui sobre essa questão de pensar em algum glossário mas eu acho que uma questão que o professor herit eh compartilha conosco aqui um abraço para ele inclusive eh eu acho que também ajuda a a contemplar muitas das outras questões também né ele traz assim eh O que poderia explicar esse desejo enfundado das teorias formais de tornarem-se fundamentos da base acho que essa é uma questão que também nos mobiliza E provoca reflexões enfim são questões para uma segunda Live né mas ainda assim eu eh Compartilho e abro aqui a vocês para que enfim eh
compartilhem as últimas reflexões quem quer começar daí o Rodrigo Rodrigo eh bom sobre a questão da Amanda né Eu acho que precisa ficar claro que eh pensando na bncc em relação à prática de análise linguística e semiótica que esse eixo ele não está somente textualizado no quadro da prática de análise linguística e semiótica na bncc em outras palavras quando os leitores iniciais vão para a base eles entendem que a prática de análise linguística e semiótica está só aonde constam as habilidades de prática de análise linguística e semiótica e não é na base Salvo engano na
página 82 há uma explicação de que as habilidades de análise linguística e semiótica precisam estarem Integradas às outras práticas portanto muitas habilidades de análise linguística e semiótica estão nos eixos da leitura da oralidade da produção de textos e isso Responde à questão sobre o uso reflexão e uso ou seja tanto as atividades metalinguísticas quanto epilinguísticas elas estão Integradas elas trabalham em conjunto nos três eixos no uso na reflexão e no uso porque que a análise linguística e semiótica é uma prática que se integra na leitura que se integra na produção Então não é preciso incluir
outros conceitos no eixo uso reflexão e uso porque nesse próprio conceito de uso reflexão e uso já se encontram Integradas as atividades linguísticas epilinguísticas e metalinguísticas uhum e portanto estão apadas em vários outros eixos né de leitura produção de texto oralidade na seu sim então não é preciso sobre as questões políticas ideológicas né O Que Eu Discuto no livro é que a análise linguística e semiótica ela potencializa esse olhar para entender sentidos que são socialmente instaurados constituídos se eu estou em busca de entender sentidos né a partir dos usos sociais da língua em que eu
vou analisar as relações lógicas da língua mas pensando sobretudo nas dialógicas essas questões afloram porque eu vou entender esses sentidos não no vácuo mas numa D situação de interação que vai provocar essas coerções essas demandas então quando eu coloco lá que é possível potencializar é porque se pensarmos a análise linguística e semiótica integrada a leitura integrada a produção integrada oralidade essas questões em conjunto afloram Basta ver retomo as habilidades de leitura produção de texto e oralidade da bncc que tem integrada elas análise linguística elas potencializam essas questões então há habilidades que falam de ideologia há
habilidades que falam de questões de valores de avaliação social porque ao analisarmos esses recursos da língua ou os recursos multissemióticos nós não estamos só procurando entender os elementos que os constituem sistemicamente né mas sobretudo como esses recursos eles respondem às demandas da interação então às vezes o mesmo verbo a mesma conjunção a o mesmo advérbio vai provocar sentidos diversos à medida que são usados particularizados enunciados em outros textos então para finalizar é possível desde que nós tenhamos sempre em vista a integração das práticas e não um trabalho isolado da análise linguística e semiótica Adail meu
querido precisa abrir o áudio Tá eu vou falar uma coisa horrorosa que é o seguinte pena que a gente não tem linguístico e linguageiro porque eu acho que o grande problema é que linguístico tá sendo entendido como estritamente linguístico saber estritamente linguístico não é É mais do que isso né e e e e veja nós não estamos contra teoria nenhuma Inclusive eu pessoalmente trabalho com semiótica mesmo propriamente dita né com pelo menos duas teorias semiótica uma Mais especificamente e outra às vezes o problema o problema não é esse o problema é deixar muito claro que
as teorias as várias Inclusive a bacteriana não tem nenhum direito de fazer reivindicação de presença ali a CC é um é um apanhado de coisas que estavam em circulação né A minha pesquisa por exemplo essa como é que isso da bncc chega nas escolas sabe ela pode chegar de várias maneiras uma maneira horrorosa de chegar é simplesmente que colaram na colaram né no e depois imprimiram nos conteúdos antigos já tavam na escola o nome de habilidade ou o nome de competência só colam ali e não mudou nada esse é meu problema é óbvio que para
mudar alguma coisa precisa ir lá né e eu e até hoje eu não entendi como é quer dizer só pode ser um documento bom porque todo mundo de um lado e de outro critica pessoa do formal acha que é muito discursivo do discursivo acha que é muito formal eu acho que tá equilibrado né inclusive agora sabe que ultimamente eu tenho dado aula detim eu nunca deixo de falar de S que é para não dizer que a gente tá contra o formal ninguém tá contra nada né É o que eu tava falando outro dia que eu
discuto com todo mundo de todo lugar né tal Porque eu acho que tudo tem uma contribuição a dar né mas vejam há uma perspectiva que não apaga nenhum lado né assim exato que o RT tá falando se o linguístico se aplica a linguagem em sentido amplo sim pois é a semiótico é redundante mas é que esse semiótico é específico também né para se referir ao certos certos usos específicos da linguagem que aí chamado de semiótico né mas isso é muito interessante e de fato a gente precisaria de mais uma Live para para discutir alguns Alguns
desses aspectos né mas eu acho que a ideia é a seguinte agradecer muito a abalim pelo fato de ela propiciar uma discussão eu acho que tem que enviar nota técnica de todo tipo se quiser uma nota técnica de linguística aplicada a gente também faz porque tudo isso é contribuição aí eu continuo dizer que a única objeção é que a gente não pode pedir que um gênero mude porque a gente acha que deveria eu acho que a gente precisaria trabalhar junto para identificar qual é o problema será que de fato as teorias formais e outras gramáticas
sendo esquecida Porque para mim gramática é primeiro a arte de ler e escrever não é corretamente a arte de ler e escrever só e segundo existe uma gramática da língua só que ela não é a teoria gramatical ela não é A nomenclatura gramatical né Então aí fica um problema né E aí para mim ficou uma coisa com uma dúvida eu contestei mas tô com dúvida até hoje o que que estavam chamando de tradicional eu gostaria que houvesse a gente podia fazer a a Live das lives né e colocar todo mundo para discutir junto lá pra
gente tentar se entender aí geral perfeito professor fica aí uma proposta né de fazemos réplicas e tréplicas coletivas né e ou quem sabe do próximo congresso da bralin também seria muito significativo ter termos esse espaço né Eh congresso toda a discussão sobre educação ficou muito restrita a uma leitura talvez eurocêntrica ou estadunidense né Eh não houve uma discussão com linguistas aplicados que já pesquisam há muito tempo educação linguística né Eh mas quem sabe num próximo congresso da da bralin a gente possa coletivamente estabelecer esse espaço né vai ser muito significativo né Eh queridos então eh
última palavra para eh eh finalizarmos despedidas enfim eh Rodrigo eu quero apenas né reiterar o agradecimento a abralin a coordenação de linguística aplicada da abralin Eulália Alexandre pelo espaço é muito importante que nós tenhamos esse espaço é nossas contrap palavras Nossa reação resposta a todas essas discussões em torno do ensino de língua portuguesa no Brasil é muito importante que nós tenhamos sempre em vista a ressignificação a mudança as reações as respostas em torno do ensino e das políticas educacionais discutir a bncc é importante é um documento é lei né Nós precisamos segui-la e portanto a
discussão as lives as inúmeras Produções acadêmicas no Brasil tem mostrado o quanto é produtivo e o quanto é importante a discussão bncc Muito obrigado e Espero que tenhamos outros espaços paraa discussão e essa discussão siga perfeito Rodrigo Adail Então olha é um grande prazer ter estado com vocês aqui né na verdade a gente continua né porque a gente não para né o contato né eu tenho visto uma série de coisas que todo mundo tá fazendo né Acho ótimo a gente insistir depois e propor quem sabe uma uma algum tipo de mesa né na do congresso
né tal do próximo congresso tal aqui eu acho que alguns questionamentos Dari uma nova Live né Depois a gente vai ter acesso a gente vai ler isso quem sabe a gente depis não escreve alguma coisa né coletivamente falando discutindo sobre isso porque é muito interessante a ideia eu coloquei dois links aí de um artigo e antigo que começa a falar da bncc E outro que vai detalhar a minha versão minha e dicom n Carina a versão específica do que é trabalhar cont texto da Perspectiva da enunciação da interação isso é interessante né porque eu acho
que essa é a proposta que eu faço em vez de ficar discutindo a bncc vamos propor como fazer alguma coisa que tem a ver com a BNC não precisa pegar competência e habilidade porque houve também uma briga né competência e habilidade é cognitivo e daí não existe alguma coisa cognitiva que que isso vai contaminar outra perspectiva né então eu acho que tem que ver a coisa equilibradamente o documento serve para nortear falar de conteúdo só o resto a gente decide brigando inclusive né então agradeço muito pela oportunidade né e Acho ótimo né que o CNPQ
me deu uma bolsa de produtividade de pesquisa justamente para discutir a bncc como algo como é que ela chega como é que ela faz que o gênero chegue na escola né Isso é muito interessante né a ideia tá E tá AC pedado do Rodrigo foi muito bom né porque ele vem trabalhando com esse tema de maneira inclusive até artigo nosso foi publicado por ele Capítulo né então isso é muito importante muito interessante Obrigado a todos perfeito quer propaganda eh fora os dois livros que Eu mencionei eu Professora Rosângela Rames Rodriges e a professora Teresinha da
Conceição estamos organizando um terceiro ele tá sem Pronto ele vai passado daqui a dois meses no máximo também sobre prática de análise linguística envolvendo documentos e envolvendo eh as questões da Integração com as outras práticas né com leitura produção de texto e oralidade Então logo sai mais uma produção para contribuir pra discussão pro diálogo vamos lá perfeito Professor Rodrigo já fica o spoiler aqui o anúncio para que fiquem atentos né ao futuro lançamento dentro de pouquíssimo tempo minha querida professora Eulália eh eu vou aproveitar esse espaço também para dizer da satisfação que eu tenho de
trabalhar com Alexandre durante esse tempo todo eu era coordenadora acho que do anos depois a gente trocou e uma parceria de maravilhosa sabe a gente se completa muito respeito muito profissionalismo eu tinha que dizer isso aqui para todo mundo saber é muito bom trabalhar com ele muito obrigada eu espero que a próxima dupla trabalhe tão assim bem que eu digo no sentido de trabalhar tão tranquilamente né nesse sentido mesmo é isso eu já estou convidando a os nossos convidando os nossos colegas né os dois que devem estar nos ouvindo para assumir eh o nosso Nossa
posição o nosso Car Quero agradecer imensamente a Alexandre né a gente continua como membro né da bral membro da da do nosso grupo de trabalho da nossa comissão agora no outro papel né de apoio né E vocês dois mais uma vez Muitíssimo obrigada por terem aceito estão assim concluindo o nosso trabalho também na coordenação uma maneira melhor obrigada a gente eu fico bem feliz com isso bom eu agradeço aqui também né em nome da nossa comissão ao professor Cléber Ataí pela oportunidade pela Raissa pela organização nos Bastidores as nossas duas intérpretes também né E reitero
tudo que a professora olária disse né Eh essa está sendo uma das nossas Talvez uma das últimas atividades em que nós estamos na coordenação da comissão de linguística aplicada foi um uma comissão é uma comissão extremamente produtiva ativa eh No no último congresso organizamos um simpósio temático né Muito significativo sobre linguística aplicada estamos agora organizando uma edição da revista Veredas ainda com resultados eh dessas ações né sobre educação linguística e formação de professores que deve iria sair agora mas por conta de greve teve atraso Então mas ainda esse ano essa edição eh também estará eh
disponível né É a revista do programa de pós--graduação em linguística da UFJF eh que eh simboliza ali esse Conjunto das ações da comissão eh então foram realmente quase 4 anos aí de muito trabalho intenso mas que também a gente traz boas-vindas aos professores Diego e Jorge que vão eh continuar né esse diálogo fundamental eh linguística aplicada e outros saberes né que que compõe a A abral então Eh Agradeço a todos e todas Muitíssimo obrigado Professor Anil Professor Rodrigo a todos que nos assistiram até esse momento que ficaram nessa noite aí já quase 1:40 de de
encontro eh Desejamos a todos e todas um bom final de noite uma ótima semana e que possamos Seguir em diálogo uma boa noite a todos boa noite tudo bem boa noite até mais