será que a sexualidade entra na escola pra cá deve ser trabalhada na escola como fazer isso [Música] oi pessoal aqui é cláudia lopes essa segunda parte do meu vídeo sobre é a questão da sexualidade e orientação sexual na escola a partir da perspectiva histórica cultural e nessa segunda parte vou falar especificamente sobre orientação sexual na escola eu expliquei no vídeo anterior que orientação sexual ela não tem a ver com uma opção mas tem a ver com um a atração é o sentimento afetivo que se tem pelo mesmo sexo sexo oposto ambos os sexos e é
a mesma expressão orientação sexual é a mesma expressão que a gente usa para falar sobre é como discutir sexualidade na escola o documento que eu vou usar pra embasar que essa temática com vocês um documento que agora esse ano de 2008 completa 20 anos é é um dos temas transversais dos parâmetros curriculares nacionais que foram publicados em 1998 um desses temas transversais é a orientação sexual então vou discutir apresentar alguns aspectos desse documento que eu acho que continuam bastante atuais para avaliar essa necessidade da discussão sobre sexualidade na escola então começar observando uma foto essa
falta de uma escola norte americana mas ela traz aí uma situação que é bem familiar para muitas escolas brasileiras né é a famosa fila dos meninos e fila dos meninos é conseguir falar ou se é se tem receio de falar sobre sexualidade na escola é muitas vezes o educadores não estão percebendo que não se trata de uma escolha deles não aqui na escola sexualidade não entra né a sexualidade é comum a manifestação humana ela se um pouco na história a os próprios educadores ao fazerem filho de menino filho de meninas é alda a primeira vez
meninas primeiro vão depois os meninos os meninos vão jogar bola as meninas vão ficar brincando de casinha enfim os educadores quando fazem as opções eles estão trabalhando sexualidade na escola podem não receber está trabalhando de uma forma consciente de uma forma crítica mas estamos trabalhando sexualidade além disso muitas questões do dia a dia foi ontem a missão do temático na escola por exemplo a professora que está grávida ela entra na sala de aula as crianças que com curiosas fazem perguntas e agora é como que ela vai sair dessa questão então é achar que a sexualidade
é algo que pode ficar no portão para fora da escola é uma concepção bastante ingênua sobre o que é a assexualidade né como componente expressivo fortíssimo da nossa humanidade ea escola acaba tendo duas escolhas ou a sexualidade se manifesta os dólares da escola né nos padrões inscritos na porta do banheiro do xingamento do recreio no muro e ou os educadores resolve expor a situação falar claramente sobre a situação dentro do que é âmbito escolar o lançamento da questão é justamente para desmistificar para não compactuar com esse tratamento então e meio escuso né meio escondido que
a sociedade acaba recebendo pela escola é interessante a gente pensar que a curiosidade infantil é algo que nós sentimos a escola então se a criança tem curiosidade sobre a formiga levando a folha ou curiosidade sobre como foi feito no nacional o curiosidade sobre matemática assim todo mundo fica contente sentido agora essa criança demonstra uma curiosidade sobre a sexualidade sobre a relação sexual sobre como os casos os namorados se encontram enfim aí a esse aí então essa curiosidade ruim essa curiosidade a gente tem que afastar ou seja a gente acaba passando das crianças uma mensagem dupla
é a curiosidade é bom mas não é tão bom assim você pode ser curioso mas só dentro daqueles assuntos que o professor apresenta daqueles assuntos que são permitidos pela escola e não é uma postura científica você escolha o assunto os cientistas têm ser curioso sobretudo se é essa postura que a gente quer que as crianças tenham uma postura científica de interrogação sobre a vida sobre o universo de um pode dizer para ela de sair desse assunto eu não falo então qual que é aaa a nossa atitude qualquer um como é que a gente tem que
resolver esse problema a gente tem que ver como a escola pode falar desse assunto sem que as pessoas que estejam envolvidas em os professores têm as famílias enfim se sentirem agredidos por aquilo tem que ser falado de uma forma que seja possível para aquelas pessoas que estejam envolvidas mas não sabe curiosidade infantil não soterrar sua curiosidade ps uma mensagem muito errada que acaba passando para as crianças sem contar na e simão está essa coisa bem negativo essa falta de jeito que sempre acaba mesmo que associada à conversa sobre sexualidade né é aquilo que eu estou
falando em outro vídeo como as outras pessoas reagem como é aquilo que apresentei na animação né as crianças vão construindo uma idéia de que nossa falar sobre isso né não é legal os adultos não gostam os adultos efeitos também não falar nada vou perguntar pro meu colega vou ter uma informação é de um outro jeito existe outro jeito no meu jeito né o adulto poderia ser muito mais da ti poderia esclarecer essas dúvidas maneira muito melhor então você é procura abordar a sexualidade à orientação sexual na escola a idéia é botar dessa maneira mais ampla
essas implicações biológicas psicológicas sociais e até mesmo políticas do tempo é como eu tinha falado um pouco ele falou um pouco no vídeo anterior sobre as questões de violência às questões de gênero efe esse é um tema bastante delicado porque porque a sexualidade é algo é na nossa sociedade é da esfera do privado então se você pensar em orientação sexual de crianças o primeiro lugar para isso acontecer é a família ea família que de acordo com seus valores com os seus julgamentos vai conversar com a criança lá sobre a sexualidade no primeiro lugar então a
escola tem que ser bastante cuidadosa porque ela não está a aqui para tirar o papel da família ou substituir o papel da família não quer falar sobre o assunto falar em você como meu filho não dá né é a sexualidade ela ela a criança quer conversar sobre isso a família ea escola quando vai abordar abordar pessoas na sexualidade ela tem que tá em parceria com a família né ela não pode a fazer isso sem que essa questão fique fora até que todos os envolvidos estejam de fato é envolvido na questão portanto o papel da escola
onde é abordar a sexualidade de uma outra forma é mais mais relacionada com as opções que os alunos fazem por sua crítica com essas questões acontecem na sociedade e não é pra dizer para as crianças a disseminar valores o professor tem determinados valores e terminais vamos transpor as crianças então é poder oferecer um espaço de debate o espaço de conversa sobre esse tema então é muito importante que a escola entenda que é falar sobre a orientação sexual falar sobre sexualidade com os alunos não é conversa informal é parte papel de corredor qualquer temática que a
escola trata é fruto de planejamento tem que ter conteúdo ser contemplado no seu projeto político pedagógico não pode ser aleatório não pode ser sem sentido dentro de uma proposta pedagógica então se uma escola avalia que esse é um assunto importante a ser tratado que a gente precisa pensar como vai conversar e se com os seus alunos com os alunos é isso obviamente tem que ser transformado num objecto de intervenção pedagógica professor vai planejar como vai fazer isso a escola vai planejar a será que a gente vai convidar pessoas para conversar a cena que a gente
vai começar a ler um livro e vai custar 1 vai fazer perguntas a gente vai fazer uma peça enfim isso tem que ser é objeto de discussão é têm se inscrito tem avaliado com qualquer conteúdo na escola o enfoque da escola tem sempre que ser um enfoque é problematizadora enfoque crítico é por exemplo permitindo que as crianças contém suas dúvidas ou que adolescentes falem sobre os preconceitos ah eu acho que fulano é bicho por cima do que você está falando isso não entender o que quer ser [ __ ] é o professor vai fechando ele
vai é tornada solução mais consistente ele vai se apoiando em teoria ele vai possibilitando um espaço de diálogo entre os alunos para kelly aquela maneira que aquela aquele jeito meu preconceituoso meio agressiva por baixo do pano possa ser desmistificado né então essa é a proposta da orientação sexual na escola ela jamais vai ser diretiva ou é faça desse jeito os manteve idade não manteve de idade é isso não é competência da escola competência da escola é fazer pesquisas reflitam com que as crianças aprendam muito menos vai utilizar isso para fazer o encaminhamento psicólogo acho que
seu filho é uma coisa estranha é melhor pra e suéter conceito sohier sala de orientação não é esse o papel da escola então é muito importante né por educadores que decidem trabalhar orientação sexual na escola perceber claramente quais são os limites dessa ação o que dá pra falar aqui nesse grupo que não dá pra falar o que há é o professor me sinto mais à vontade para falar o que o professor não me sinto à vontade para falar isso é extremamente importante antes de começar qualquer ações chega pode considerar por exemplo a questão da educação
inclusiva né é uma criança que tem uma deficiência ano que tenha uma outra questão será que ela consegue expressar as suas dúvidas da mesma maneira que outras crianças têm importante que a escola esteja atenta a isso é essa criança de uma escuta mais sensível para conseguir ajudá la a entender se essas vivências muitos trabalhos são feitos a partir da orientação sexual na escola indicam que isso tem um efeito de diminuição da angústia dos alunos a preocupação dos alunos sobre esses temas é até a própria agitação dos alunos acaba diminuindo porque eles percebem que existir um
espaço para tratar essas questões é o tratamento violento buechel cota também é uma vez que os alunos podem refletir sobre o que é que está por trás desse tipo de tratamento do outro fator que eu acho bastante importante é a própria questão álbum sexual muitas vezes é na escola que a criança ao conversar sobre isso numa roda de conversa uma ação de orientação sexual vai poder saber que aquele comportamento que ela está vivenciando em casa aquelas ações não são ações corretas aquilo não é legal que os adultos não se comporta desse jeito então acaba sem
mecanismo até da criança o poder é é arrastada é poder ter um ser ouvida em relação a um um abuso que ela esteja vivendo dentro de casa eu vou deixar aqui pra vocês nos comentários o link de onde vocês podem achar é o documento os pcns de orientação sexual que eu acho que continua sendo um documento bem interessante é e atual apesar da idade tão para encerrar é eu queria dizer o que falar e orientação sexual na escola não incentiva a prática sexual das crianças muito pelo contrário à orientação sexual prática educativa ela pode educar
sobre contracepção ela pode ajudar a evitar é gravidez na adolescência ajuda a evitar é doenças sexualmente transmissíveis né então é uma prática de esclarecimento e não de incentivo à erotização das crianças como vem sendo muito equivocadamente colocado a gente vive numa sociedade em que as crianças são hipnotizados o tempo todo mas eu posso garantir para vocês que não é nenhum material o suposto que cheguei que exista na escola elas são utilizadas pelas músicas elas são utilizadas pelos programas de televisão elas são utilizadas pelas roupas que os pais dão um jeitinho colocar as crianças aquelas roupas
curtas e sapatinhos de salto alto né é então são outras maneiras que parecem tão inocentes que estão utilizando as nossas crianças não há orientação sexual não há nenhum é material que possa fazer com que uma criança é desperte para a sexualidade até porque a criança o tempo todo imersa na sexualidade é ela vai aprender isso na escola está aprendendo o tempo todo pelas atitudes da família pela forma como os pais reagem pelo que eu assisti na televisão pela cena que ela vendo novela pela música que ela escuta enfim o tempo todo ea escola pode contribuir
para esclarecer é educativa mente com essa questão pela questão da orientação sexual em relação a essa história do chamado kit gay deixando o link pra vocês meio de uma reportagem da revista nova escola bastante interessante é dizendo que foi isso que foi esse projeto o keeffe material e que eu recomendo fortemente a leitura pra enterrar de vez essa discussão à i am baseada em boatos e que acaba contribuindo trio uma visão bastante preconceituosa da o tratamento do tema da sexualidade na escola é claro que a orientação sexual na escola vai se diferenciar de acordo com
as necessidades de cada turma de cada escola de cada faixa etária né eu queria mostrar pra vocês esse livro que é o aparelho sexual e companhia é que é feito em cima desse personagem que é o sep o zé é uma espécie de turma da mônica dá na frança um personagem bastante conhecido e que impressa e nelson o seu suas histórias suas temáticas para ilustrar esse livro sobre é educação sexual é um livro que não é para as crianças não adianta você na escola pública procurar esse livro nunca foi distribuído em nenhuma escola pública e
um extremamente bem feito com informações muito bem cuidadas que só acha a edição brasileira horrorosa é muito pequenininha o tamanho das letrinhas né esse livro é tem seu livro grande temos opções estrangeiras que ele é grande dá para olhar e observar muito melhor ele tem uma linguagem voltada para crianças entre 10 e 15 anos ele não é um livro para crianças pequenas e tem mais essa linguagem do pré-adolescente daquelas brincadeiras bobinas dos pré dos seios é bem interessante tem uma parte que fala sobre abuso principalmente que eu recomendo é muito importante discutir com as crianças
a questão do abuso é muito importante discutir a questão do abuso sexual em crianças a gente sabe que a maior parte dos abusos cometidos são cometidos dentro da família então as crianças à escola acaba sendo um lugar onde a criança pode ter uma visão alternativa sobre isso ea parte que o livro fala sobre abuso sexual é excelente eu recomendo que vocês leiam né no não necessariamente você precisa trabalhar com as crianças você pode até ler pra você se informar é porque é um material com excelente é um material polêmico sim a própria autora nos autores
que são franceses o livro foi lançado em 2001 na frança ou seja já tem 17 anos e eles referem que continua dando polêmica até hoje né a grande polêmica que acabou se criando aí em torno desse livro primeiro ele foi mostrado com parte de boato 11 debate é principalmente por conta dessas figurinha sakineh que é pra você colocar o dedo pra entender como é que acontece aí a relação sexual ou seja é tudo dentro de um recorde muito demorado é uma linguagem muito próxima da criança eu recomendo que vocês leiam pra poder desfazer as impressões
negativas sobre esse material que é um material maravilhoso assim como existem muitos outros não vou recomendar a todos aqui o seu gosto para o vídeo não ficar muito comprido mas eu acho que esse material é preciso fazer justiça em cima é um material muito bom sobre conotação sexual para jovens e adolescentes por fim eu queria contar uma história eu fui professora ana de quarto ano da década de 80 e eu tinha como prática não te levar pra minha sala livros a gente não ficar na biblioteca era um colégio particular a minha classe era uma clássica
pequena e eu tinha em casa porque tinha uma irmã da minha vaidade do que os alunos o um livro que é o que está acontecendo comigo que é a versão adolescente do de onde viemos um livro que foi lançado é na década de 70 e de até hoje é muito interessante e muito engraçado ele tem uma linguagem muito didática e sim porque o livro na biblioteca na sala e os filhos ao mundo simplesmente adoravam lido o livro tinha-se fila de espera pra retirar eles levavam para casa é veio um quase a mãe falar comigo que
a equipe ainda muito legal eu acho que aceitou conversou junk ficou com a maior naturalidade sempre um problema eu fico imaginando ciel professora fizesse isso hoje em dia não era capaz eu tenho que ficar fazendo várias reuniões de pais convencer os pais daquele livro não era pernicioso que ia ajudar talvez converse uma comissão de paz para analisar o livro é provável que a direção à coordenação não permitisse talvez até perder o emprego então fico me perguntando o que aconteceu nesses 30 anos fase é de discussão nessa questão da da sexualidade das crianças né será que
isso é bom que eu tenho é que à medida que esse assunto é tratado de uma forma rasteira na mídia na música é na escola e vai cada vez mais se escondendo você não pode é tratar de uma maneira educativa essa questão e eu acho que nós como educadores temos que nos posicionar joão suíço a gente tem que assim como sexualidade como qualquer termo tem que poder ser discutido uma escola assim por profissionais de educação que tem entre as suas competências apresentar as mais diversas temáticas de falar aquela situação teve para discussão e que elas
possam ampliar aí os conhecimentos e as vivências de todos os alunos e com os dons gente é isso o vídeo ficou um pouco logo mas eu espero que contribua eu agradeço muito a atenção de vocês ea gente se encontra no próximo vídeo até lá