"Nossa, foi muita sorte ter passado nesta prova! " "Não, não, definitivamente eu não mereço estar nesse trabalho" "As pessoas vivem dizendo que eu sou inteligente, mas quer saber a verdade? O que eu faço mesmo é enrolar bem todo mundo" Vem cá, você costuma pensar coisas assim a seu respeito?
Pois se você pensa, cuidado: talvez você sofra da Síndrome do Impostor. Vamos entender juntos o que é isso? Eu sou Marcos Lacerda, psicólogo, e esse é o Nós da Questão.
Vamos lá! as pessoas que sofrem da síndrome do impostor, nunca acreditam nas competências, na inteligência, nas capacidades, nem nas realizações pessoais delas. Elas nunca, mas nunca mesmo, vão acreditar que o sucesso que elas tiveram se deve a elas mesmas, e elas sempre vão achar que foi graças aos amigos, ou por pura sorte, a qualquer evento externo à elas, menos às suas próprias capacidades.
Por isso, elas estão sempre supervalorizando a capacidade dos outros e duvidando das próprias qualidades: é daí que vem o sentimento de ser uma fraude, de estar sempre enganando os outros. Porque na cabeça do impostor, qualquer elogio que ele receba vem de uma percepção errada que ele alimentou no outro. Também é muito comum pessoas que se sentem assim, acreditarem que ninguém vê o fracasso que ela é de verdade, e ficam com muito medo de serem descobertos ou mascarados a qualquer momento.
Quem sofre da Síndrome do Impostor reforça o sentimento de ser uma fraude com duas estratégias: a Overdoing quando elas fazem demais, ou a underdoing, que é quando elas fazem de menos. Por exemplo: numa avaliação, no trabalho ou na faculdade, a pessoa que usa a estratégia de fazer demais vai se preparar de forma dedicada, e com muita antecedência; O que, é claro, vai aumentar muito as chances de que ela tenha sucesso. O problema é que depois ela vai acreditar que o resultado excelente que ela obteve não teve a ver nem com potencial, nem com os talentos dela.