Hoje a gente vai entender de uma vez por todas que que é esse tal de 5G que todo mundo está falando e, não, não é uma arma de controle da mente e nem o culpado pela pandemia de COVID-19. É o novo padrão de internet móvel que promete velocidades muito mais altas e novas tecnologias pra celulares dispositivos inteligentes e coisa que a gente nem imagina ainda como a gente não gosta de ficar só falando a gente veio aqui pra avenida Paulista, no coração de São Paulo, onde tem um monte de 5G pra ver se essa conexão é tudo isso que tão falando por aí mesmo. E quem tá com a gente nesse vídeo de hoje, na verdade, nessa série que estreia hoje é mais uma vez a Petrobras.
Então, é o seguinte, em cada um dos episódios dessa nova série Supertech a gente vai explorar uma tecnologia nova que com certeza vai mudar a nossa vida nos próximos anos. E pra entrar com a gente nessa, ninguém melhor que a Petrobras, que é uma gigante da tecnologia brasileira que transforma conhecimento e inovação, aplicando na prática essas tecnologias de ponta pra resolver problemas da vida real. E pra começar logo com o pé direito, vamos falar do 5G, que é uma tecnologia que tá todo mundo falando ultimamente, que promete uma velocidade super rápida ao alcance dos nossos dedos, vários aparelhos conectados e coisas que a gente nem imagina ainda.
Por outro lado, várias preocupações sobre a segurança desses sistemas. Teve até gente queimando torre de antena por aí. Mas a verdade é que a maioria das tecnologias que fazem o 5G ser possível já existem há muito tempo.
Então, vamos começar com o zero G ou com o pré-um G, enfim. Quando não existia quase nada disso, lá na década de quarenta, mais ou menos, as pessoas já conseguiam fazer chamadas usando o telefone que se movimentavam, mas eles pesavam trinta e cinco quilos e tinham que ficar dentro dum carro. Já era uma ligação via rádio, como o 5G de hoje, cê tinha que passar por uma telefonista na hora de fazer a ligação, esse sistema suportava várias ligações ao mesmo tempo e também não tinha uma rede grande, funcionava só em alguns pontos específicos.
Nas décadas que vieram depois, os engenheiros começaram a trabalhar pra resolver todos esses problemas e aí, sim, surgiu o 1G, o telefone celular de fato. E ele tem esse nome porque o sistema é baseado em várias células. Deixa eu desenhar pra você.
Então, imagina um mapa de uma cidade bem grande e esse mapa foi dividido em várias áreas. Essa área a gente chama de célula e cada uma dessas células vai trabalhar numa frequência diferente, como se fosse uma frequência de rádio diferente. Então, quando você tiver andando por essa avenida, são as antenas que tão comandando essa célula, essa frequência que vão tá ativas pra você.
No momento em que você passar por outro trecho da avenida, você passa a trabalhar numa outra frequência e aí você anda mais um pouco na avenida, você troca de célula, você passa a trabalhar em a frequência e assim o celular vai trocando de antena e vai trocando de frequência conforme você vai andando. OK, qual é a lógica disso? Que era mais fácil ter uma antenona forte que cobrisse todo mundo, ter que separar esse negócio por célula, ficar trocando de antena?
A vantagem de ter tudo divididinho assim é que você pode usar uma frequência de rádio nessa célula, por exemplo, e usar a mesma frequência nessa célula aqui e nessa célula aqui também que uma não interfere na outra, não dá problema e aí você consegue fazer com que muito mais gente a rede ao mesmo tempo. Com todo esse sistema de células, então, a gente pode ter as primeiras redes nacionais de telefone celular e, é claro, o primeiro telefone celular. Ele surgiu nos Estados Unidos, chamava DynaTAC e tinha trinta centímetros de comprimento e mais ou menos uns oitocentos gramas de peso.
Alô? Tá, mas só fala rapidinho porque eu não vou aguentar o peso do telefone por muito tempo, tá bom? O negócio já tava bem chique, não precisava mais de telefonista, só que o sistema ainda era analógico e não era criptografado, isso que dizer que qualquer pessoa com radinho ali conseguia escutar o que os outros tavam falando.
Mas aí chegou o 2G, que já era criptografado e digital. Isso significa que as informações já são trocadas com zeros e uns como a gente viu no Manual do Mundo e isso permite que você transfira qualquer coisa como SMS por exemplo. Então, você já não precisava mais ligar pras pessoas, você só mandava mensagenzinha naquele teclado horroroso que você tinha que digitar cinco vezes pra letra aparecer.
Quem não viveu essa época, dê graças a Deus não ter vivido. A coisa ficou legal mesmo era com 3G, porque aí já tinha uma internet que você conseguia navegar, ver umas coisas enquanto você tá andando na rua e tal e isso causou a explosão dos smartphones. E no 4G, a velocidade da internet já deu aquela turbinada, então você conseguia usar coisas que não dava pra fazer antes.
Tipo, chamada de vídeo, aplicativos de transporte, filmes, séries, tudo na palma da mão. Mas e o 5G? Qual é a diferença dele pro 4G?
A principal diferença tá na velocidade e eu vou desenhar mais uma vez. No 4G, a velocidade máxima é de cinquenta megabits por segundo. No 5G, quando tiver tudo funcionando, a gente vai conseguir uma velocidade de que vai de mil megabits por segundo, podendo chegar em algumas situações até vinte mil megabits por segundo.
Você pode ver que é absurdamente desproporcional. Na prática, que que significa? Que no 4G, se a gente demorasse mais ou menos meia hora pra baixar um filme, no 5G a gente conseguiria fazer isso em alguns segundos, mas essa não é a única vantagem dele.
Com cada vez mais gente tendo acesso à internet, as redes ficar congestionadas e acontece um problema grande, principalmente quando tem muita gente no mesmo lugar, tipo um jogo de futebol, um show. Alô, alô, alô, alô, alô, alô, alô. Sem sinal de novo.
O 5G foi feito pra desafogar esse problema, fazendo com que muita gente consiga se conectar ao mesmo tempo, no mesmo lugar. Outra coisa importante quando a gente fala de internet é a latência. É o tempo que a informação demora pra chegar dum ponto até o outro.
Isso é muito importante quando a gente de jogos online, por exemplo, porque você tá jogando ali, você tem que reagir muito rápido e se a coisa for meio demorada, vai dar tudo errado. Outra coisa que a gente vê quando tem muita latência é aquele atraso, aquele dilei em transmissões ao vivo de programa de televisão. Você já deve ter vivido isso quando o seu vizinho escuta o gol antes de você.
Roubou a bola no meio do campo. Lateral, olha a finta, cruzou no meio do campeão, olha de cabeça, é gol, gol, gol. A ideia é que no 5G, esse atraso seja de mais ou menos um milésimo de segundo, um segundo dividido por mil contra cinquenta a cem milésimos de segundo no 4G.
Pra algumas tecnologias isso é muito importante. Pensa num carro autônomo, por exemplo. Ele tá aí numa situação perigosa, ele precisa se comunicar com o servidor pra tomar uma decisão e isso tem que ser muito rápido.
Por causa de todas essas tecnologias, o 5G é um grande candidato a alavancar a internet das coisas. Que é a gente ter os nossos objetos do dia a dia conectados na internet e interagindo entre si. Por exemplo, uma geladeira que consegue conversar com o supermercado, tem uma máquina de lavar que consegue pegar informações da roupa que ela tá lavando com a fábrica de roupas ao mesmo tempo cruzar com as informações da fábrica de sabão.
Mas não é só em casa que as coisas vão tá conectadas não. O 5G também tem várias vantagens pra monitorar processos industriais em tempo real. E quem sabe bem disso é a Petrobras, que já tá investindo numa rede de cabos de fibra ótica de mais de mil e seiscentos quilômetros pra mais de vinte e nove plataformas no mar e dezessete unidades em terra até dois mil e vinte e quatro.
Qual que é a vantagem disso? É que a transmissão de dados a distância vai ser melhorada dezenas de vezes e aí você consegue controlar robôs e drones em tempo real em qualquer lugar que ele tiver nas plantas e além disso vai dar pra ler mais sensores a distância e fazer mais operações remotas o que aumenta ainda mais a segurança das operações. Mas vamos lá, pra chegar nesses números impressionantes de de baixa latência que eu tô falando, algumas tecnologias muito importantes estão sendo testadas.
Eu vou falar de quatro delas aqui. A primeira coisa são as ondas milimétricas. O 4G trabalha principalmente com ondas entre setecentos e dois mil e cem megahertz.
Se a gente for pensar no comprimento dessas ondas, é alguma coisa entre quarenta e quinze centímetros. Isso aqui mais ou menos, tá? O problema é que essas ondas já tão muito congestionadas e elas também não conseguem carregar muitos dados ao mesmo tempo.
No 5G, a ideia é frequências bem mais altas lá na casa dos trinta mil megahertz ou trinta giga-hertz, o que vai dar um comprimento de onda de alguns milímetros, por isso, a gente chama de ondas milimétricas. Essas ondas vão entregar a melhor velocidade possível pro 5G, mas elas ainda não eram usadas pra telecomunicações. Então, pro 5G a gente precisa de aparelhos novos pra trabalhar nessa faixa de frequência e é por isso que as conexões atuais do 5G ainda não chegam na velocidade total porque algumas delas ainda tão usando a faixa de do 4G.
Outro problema é que essas ondas milimétricas, elas têm um alcance e um poder de penetração menor. Então, elas podem ser bloqueadas por árvores ou até por chuva. Mas aí vem outra diferença do 5G que é usar células menores, células pequenas.
Se a gente diminuir isso aqui, logo de cara, a gente já resolve, o problema do alcance e ainda faz com que muito mais gente ou muito mais coisas também, consigo se conectar ao mesmo tempo no mesmo lugar. A terceira tecnologia é o MIMO massivo. É um nome bem esquisito, mas significa só múltiplas entradas e múltiplas saídas, OK?
Que que isso, né? Significa que unma única torre você consegue ter muitas antenas. Pra vocês terem uma ideia hoje no 4G geralmente se trabalha com doze antenas numa torre, com o massivo, vai dar pra trabalhar com centenas de antenas na mesma torre, isso significa que muito mais conexões podem ser feitas ali.
E a quarta tecnologia é o Beamforming, isso significa a antena, entender onde o usuário tá e aí ela concentra o sinal praquela direção. O detalhe é que nem sempre essa comunicação é feita em linha reta. Às vezes o sinal é refletido por um prédio, algum outro objeto, então a antena manda o sinal pra onde ele pode ser captado melhor, não necessariamente o usuário tá exatamente naquela direção.
Vamos fazer aquele teste que eu prometi no começo do vídeo? Tô aqui na avenida Paulista, cheio de antenas. Aqui o meu celular pega 5G com nível máximo, ou às vezes dá uma osciladinha, fica com três pauzinhos que é quase o máximo.
Teoricamente, é pra ser uma internet de altíssima qualidade. Vamos começar, então, fazendo a coisa mais importante de todas, que é acessar o Manual do Mundo e assistir um boravê, aquele da plataforma de petróleo. Vídeo tá rodando lindão, mas eu quero colocar em full HD, qualidade máxima aqui.
Qualidade absurda, rodando perfeitamente. Eu vou abrir um outro vídeo que a gente tem que foi gravado em quatro 4, tá publicado em 4K. Vamos ver se roda 4K aqui.
Vídeo da pasta de dente de elefante, vou colocar aqui qualidade avançada, dois mil cento e sessenta P. Rapaz do céu. Vídeo pesadaço a gente já viu que rola.
Agora vamos fazer um teste de conexão mesmo, eu vou usar um daqueles aplicativos que tenta usar o máximo da conexão e vai dar um número pra gente, não só essa percepção pessoal. Então, vamos lá, começando o teste aqui. Rapaz do céu, é bem mais rápido que a conexão que a gente usa no Manual.
Seiscentos e trinta e oito mega de downloads, cento e quarenta e um mega de upload. Imagina dez anos atrás se falasse pra você que você poderia andar com um celular na mão e ter essa velocidade de internet? Ninguém ia acreditar.
Mas agora chegou aquela pergunta que todo mundo queria saber. Afinal de contas, esse tal de 5G, faz mal pra saúde ou não faz? Vamos começar do começo.
Primeira coisa é que o 5G é sim uma tecnologia muito nova, principalmente, se a gente for levar em consideração as ondas milimétricas. Então, realmente tem muito menos estudos sobre o impacto na saúde do que tem o 4G que usa praticamente as mesmas ondas que o rádio usa desde que ele foi inventado. Mas não existem poucos estudos não, são vários estudos já medindo isso e a conclusão deles é o que a gente já imaginava na potência e na frequência que a gente usa o 5G não faz mal nenhum pro ser humano.
A verdade é que por mais que essas ondas sejam diferentes das que a gente já usava, não tem motivo nenhum pra gente achar que elas vão ser mais perigosas. Muita gente fala que o problema pode tá na radiação emitida pelas antenas de 5G. Sim, essas antenas emitem radiação, mas ela é muito diferente da radiação de objetos radioativos, como esse prato de urânio, por exemplo, que a gente já mostrou em alguns outros vídeos aqui do Manual do Mundo.
A real é que a palavra radiação é que assusta um pouco, mas se a gente for ver, até a luz que a gente tá recebendo é um tipo de radiação e a gente não fica falando toda que é a radiação perigosa. Outro argumento é que a radiação emitida pelo 5G tá na faixa do micro-ondas, o que não deixa de ser verdade. A preocupação é que essas ondas talvez poderiam esquentar uma parte do nosso corpo e causar algum problema.
A questão é que a gente tem vários outros aparelhos que operam na faixa do micro-ondas, inclusive o wifi e o Bluetooth, tudo isso tem uma potência muito menor que a do micro-ondas e não vai esquentar ninguém. Agora sobre COVID ser transmitida pelo 5G, não tem nem o que falar, num faz sentido nenhum mesmo. Vamos combinar, vai, é impressionante o tanto de tecnologia que é necessária pra fazer funcionar uma coisa invisível que a gente só percebe que existe quando para de funcionar.
Por isso, eu queria agradecer mais uma vez a Petrobras, por ter ajudado a gente a mostrar pra vocês esse mundo ultratecnológico do 5G. E fica ligado porque ainda vai ter mais em cada episódio da nossa série Supertech a gente vai mostrar uma tecnologia diferente que ainda vai mudar a sua vida. Patrocínio da Petrobras.