O que você sabe a respeito da arte brasileira? Assista esse vídeo e se surpreenda com a trajetória artística e visual que temos construído em nossa história! Olá, tudo bem com você?
Eu sou Angélica Ribeiro, artista visual e hoje eu vou te contar a história da arte brasileira (até porque provavelmente ninguém te contou). Mas antes, já se inscreva nesse canal se não é inscrito e ative o sininho das notificações para ser informado sempre que sair vídeo novo aqui no canal. Na escola, nos livros e aqui na internet encontramos os períodos da história da arte mundial.
Vemos obras europeias e estadunidenses, artistas distantes de nós e obras de arte lindas, mas que representam culturas totalmente diferentes da nossa. Entender a arte mundial é importante, mas perceber que a arte nacional é relevante é mais importante ainda. Um aviso: este vídeo é um panorama geral e não abrange tudo da nossa arte.
Contudo traz pontos significativos da história da arte brasileira. Agora, vamos finalmente para o conteúdo: Começando pela arte produzida pelos povos indígenas brasileiros antes da chegada portuguesa aqui, podemos destacar a arte Marajoara e a cultura Santarém. A arte Marajoara abrange do ano 400 à 1350 e é marcada pela qualidade das suas cerâmicas.
Essas cerâmicas compreendiam vasos domésticos, funerários e cerimoniais com decoração feita através de pintura bio ou policromática com desenhos feitos por sulcos e relevos. Ah! Na arte Marajoara haviam tanto objetos figurativos que estilizavam a forma humana quanto desenhos geométricos abstratos.
A cultura Santarém também possuía cerâmicas decoradas com características diferentes. A cerâmica santarena possuía pinturas, desenhos, relevos, figuras humanas e figuras de animais É marcada pelos cariátides, isto é, artes com formas humanas que dão sustentação à parte superior dos vasos. Além do mais, também tem ornamentações em cachimbos e estatuetas.
Após a vinda portuguesa, houve uma redução drástica dos indígenas no território brasileiro. Ainda assim, a arte sobreviveu revelando a cultura dos povos nativos daqui: houveram cerâmicas Juruna e Karajá, trançados e tecelagem Paresi e a plumária Tupinambá. E mais: há máscaras cerimoniais da mitologia indígena e pinturas corporais que revelam símbolos de beleza, hierarquia, funções sociais e cultura dos integrantes de cada tribo.
Vale ressaltar que os indígenas não são um grupo homogêneo: cada grupo tinha (e ainda tem) características artísticas e culturais diversas. Seguindo a história: após a chegada dos europeus no Brasil, qual arte passou a se destacar em nosso território? Foi a Arte Barroca Brasileira.
Afinal, lá na Europa estava acontecendo a Reforma Protestante e a Contra-Reforma Católica. Foi nesse contexto que veio para cá a arte barroca. Afinal, a religião Católica estava perdendo espaço para o Protestantismo e uma forma de voltar a ter domínio cultural e religioso amplo era catequizar o Brasil aqui no novo mundo.
O Barroco no Brasil teve destaque especialmente na região de Minas Gerais com artistas como Aleijadinho e Mestre Ataíde. O movimento trazia características europeias como contrastes intensos, riqueza de detalhes e dramaticidade. Mas aqui temos a mistura características barrocas com o Rococó.
E também, representações com menos rostos europeus e mais faces brasileiras. Do Barroco, vamos agora para a Arte Neoclássica no Brasil, marcante no início do século XIX aqui no país. Na Europa o neoclassicismo retomava conceitos da arte greco-romana, visava harmonia e equilíbrio visual.
No Brasil, o Neoclássico foi um período de muitos estrangeiros vindo para cá visando ensinar brasileiros a utilizarem técnicas de arte da Europa. Ou ainda, visando propagandear nossa terra para o velho mundo. Era arte para mostrar a diversidade natural e um olhar idealizado sobre a escravidão.
Assim tivemos a Missão Artística Francesa. Tratava-se de um grupo de artistas trazendo arte acadêmica para nosso país e institucionalizando o ensino de arte e a formação de artistas. Daí temos nomes como o artista Victor Meirelles que pintou o quadro “A primeira missa no Brasil”.
Nessa época, tivemos a presença de Jean-Baptiste Debret: um artista francês que viajou por todo o território brasileiro registrando em aquarela as paisagens do nosso país. Ele publicou as aquarelas reunidas num álbum intitulado “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil”. Além de registrar paisagens, ele também retratou cenas equilibradas e idealizadas da escravidão no país.
Vale ressaltar que haviam muitas pessoas do continente africano escravizadas aqui. Apesar dos pesares, elas influenciaram bastante nossa cultura com danças, comidas, roupas e muito mais. Ademais, atividades manuais eram entendidas como serviços menores.
A arte e a arquitetura estavam nesse hall das atividades manuais. Isso significa que por vezes podem ter sido delegadas às pessoas escravizadas. Assim, muitos tesouros artísticos nacionais sem autoria definida provavelmente vem de mãos afro-brasileiras.
Aqui também vale mencionar que, por exemplo, o escultor Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como “o Aleijadinho” lá do Barroco, era um homem preto com uma atrofia da qual vem seu apelido famoso. Agora, seguindo a história: chegamos ao realismo na arte brasileira. Um movimento importado da Europa que chega aqui pelo final do século XIX com roupagem bem mais brasileira.
Um movimento de destaque para questões sociais e para os regionalismos do país. É aqui que destacamos Almeida Júnior. Ele foi um artista que aprendeu técnicas europeias de pintura.
Entretanto adaptou isso à luminosidade tropical e ao povo caipira do interior do país. Isso é perceptível em várias de suas obras, como a pintura “O Violeiro” ou a famosa “Caipira Picando Fumo”. Daqui caminhamos para o século XX e chegamos a Arte Moderna brasileira muito conhecida através da pintura “Abaporu” da artista Tarsila do Amaral.
Lembrando que a Arte Moderna no Brasil teve um evento marcante que ocorreu em 1922: a Semana de Arte Moderna. Mas sobre esse evento, já temos um vídeo aqui no canal. Ele está indicado aqui nos cards para você assistir.
Agora, ouça o que vou te falar: Nossa história é bem curta porque somos uma nação recente. Justamente por isso, nossa história da arte ainda tem muitas influências estrangeiras. Isso NÃO significa falta de qualidade!
Observe os exemplos do vídeo: são artes carregadas de bastante estudo, qualidade e aptidão artística. Isso também NÃO significa que nossa arte seja menos importante na história mundial. Significa apenas que é uma arte jovem na história mundial.
Portanto, valorize sua brasilidade! Nós somos criativos, habilidosos e dedicados. Em tão pouco tempo histórico já temos um belo panorama da arte nacional que nos ajuda a entender nossa formação cultural até aqui e nos ajuda a mostrar quem somos para o mundo.
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