e o desenvolvimento depende menos de encontrar combinações ótimas para recursos e fatores de produção dados e mais e invocar e elencar recursos e habilidades que levem ao desenvolvimento que estejam escondidos dispersos ou mal utilizados esse trecho é do livro estratégia do desenvolvimento econômico no livro de 1958 cujo autor é o albert hirschman hirschman é mais um dos autores que eu discuto no livro nove clássicos do desenvolvimento econômico albert estima é o economista alemão estabelecido intelectualmente nos estados unidos nascido em 1915 e falecido em 2012 interessante notar que nem mesmo o it mas se considerava um
clássico do desenvolvimento econômico e inclusive vai demonstrar surpresa a respeito dessa classificação e lá numa entrevista em que ele vai fazer em 1984 ele vai dizer o seguinte que ele da verdade se considerava um rebelde um descendente com relação aos primeiros teóricos da perspectiva do desenvolvimentismo clássico e aquele se refere especialmente a roxa está enrolando né porque justamente a teoria que o íris chama não vai conseguir vai partir de uma perspectiva crítica com respeito a teoria do crescimento equilibrado que será formatada pela rosenstein-rodan inicialmente e que depois será também é reforçada pelo ragnar nurx e
pelo arthur livros e essa perspectiva de desenvolvimento desequilibrado do irismo também se combina aos dois principais males que ele julga que deveriam ser enfrentados para que de fato os países né sub-desenvolvidos conseguissem se alçar a condição de desenvolvimento o primeiro mal que deveria ser enfrentado segundo littmann é a tendência é que os países já desenvolvidos têm em levar conselho e tem sugerir políticas econômicas para os países ainda não desenvolvidos como se essas políticas e esses conselhos tivessem aplicabilidade universal outro mal aqui o estima se refere a justamente ao que ele vai chamar ele de fracasso
mania e o que que ser essa fracassam mania teria a tendência no caso dos países subdesenvolvidos em aceitar esses conselhos e essas políticas econômicas sem criticá-las ou seja tem-se contestarem se de fato esses conselhos e essas políticas seriam mesmo adequadas para o contexto que é tão específico nos países subdesenvolvidos então a fracasso mania de justamente a respeito à ausência de uma postura altiva e de estratégias próprias de desenvolvimento por parte desses países o processo de desenvolvimento portanto da perspectiva do smu o processo desde aquele prato o que ele quer dizer com isso ele quer olá
boa parte das soluções para que o processo de desenvolvimento prossiga vão acontecer ao longo do próprio processo ou seja não dá para esperar iniciar um processo de desenvolvimento dependendo para isso de um plano perfeito e é por isso que ele critica a perspectiva da teoria do crescimento equilibrada representado ali principalmente por rosenstein-rodan porque não inclusive vai dizer olha se os países sub-desenvolvidos estivessem prontos para aplicar um plano tão bem acabado e tão bem definido hora esses países não seria um sub desenvolvidos e por que que eles chamam está fazendo essa observação porque segundo ele um
outro fator que vai ser incrementado ao longo do processo de desenvolvimento iniciado é o fator aprendizado então o aprendizado em tomar decisões tanto estratégicas quanto as próprias decisões de investimento e aqui já vou falar mais adiante com mais especificidade sobre a questão de investimento eles só vão acontecendo ao longo do processo e não dá para esperar uma experiência prévia que apenas o próprio decorrer do processo pode trazer então não ausência da possibilidade de existência de um plano perfeito de desenvolvimento e é por isso que eu irishman vai indicar como uma questão crucial para esse processo
que a determinação e o contexto específico dos países retardatários ou atrasados torna a questão da determinação ainda mais importante e é o que essa determinação se refere a determinação em se organizar e se planejar para de fato promover o desenvolvimento nessas regiões e ainda dentro dessa questão da particularidade do contexto das nações atrasadas ou retardatárias o última estaca que no caso dessas nações o processo de desenvolvimento é menos espontâneo e mais deliberado do que no caso dos países em que esse processo aconteceu o primeiro e por que que é isso é porque os problemas transferenciais
como aqueles que vão emergir ao longo do processo na forma de desequilíbrios e detenções eles são muito particulares ao contexto destas nações atrasadas então a determinação ela é uma condição necessária embora não suficiente para que essa vontade de promover o desenvolvimento se realize por que a determinação ou seja a vantagem deve ser combinada a uma percepção adequada a respeito dos problemas a serem enfrentados e aqui novamente se coloca a importância de superar a tendência que aqueles que pensam política econômica e aplica uma política econômica no contexto dos países subdesenvolvidos têm em querer aprender a receita
de suposta aplicabilidade universal sua forma de exemplo ficar isso aqui no contexto dos países subdesenvolvidos diferentemente do contexto dos países centrais desenvolvidos a conexão entre recursos disponíveis para investimento o departamento digita ela não cidade forma tão espontânea que eu tão garantida no caso dos países subdesenvolvidos às vezes até recursos disponíveis mas não há em contrapartida o incentivo a investir de fato esses recursos a necessidade de bem combinar a disponibilidade de recursos ea possibilidade de efetivar os na forma de geração de capacidade produtiva e de postos de emprego se configura então numa questão crucial fundamental para
que o processo de crescimento e de desenvolvimento desses países inicialmente atrasados de fato gerem resultados interessantes do ponto de vista do desenvolvimento e aqui abram os parentes né da perspectiva do hitt mann é necessário também verificar quais são os recursos que estão disponíveis nesses países e aqui nós sabemos que no caso dos países subdesenvolvidos em sua maioria se tem um recurso que é bastante disponível é justamente o recurso ó e aqui novamente se coloca necessidade repito de pensar estratégias de desenvolvimento que sejam adequadas ao contexto desses países e essa adequação passa necessariamente pela adequação aos
fatores de produção que estão ali disponíveis variável chave para todo esse processo como não poderia deixar de ser é justamente a variável investimento e por que que o investimento aparece aqui não só na teoria do estima mas de todos os outros desenvolvimentista se como a grande variável com potencial de transformação dessas economias a justamente pelo efeito complementaridade que o investimento possui e aqui me vale os mais algumas palavras o albert hirschman falando sobre o que é esse efeito complementaridade de investimento gisele o efeito complementaridade do investimento é portanto o mecanismo essencial pelo qual novas energias
são canalizadas em direção ao processo de desenvolvimento ah e por meio do qual o círculo vicioso que parece com final possa ter quebrado ou seja se é uma variável que tem o potencial dinâmico de transformação dessas economias é justamente a variável investimento ea quem deve tá da nós fazermos um paralelo com a origem do conceito de efeito multiplicador keynesiano da regra emprego como ressalta em anteriormente da perspectiva do íntimo muitos obstáculos ano de surgir ao longo do caminho desse processo de desenvolvimento ou seja o desenvolvimento no contexto de nações subdesenvolvidas ele não é isento de
percalços obstáculos vão acontecer e vão aparecer ao longo do caminho só que eu invés de enxergar esses obstáculos como uma forma de travar esse processo de crescimento de desenvolvimento which mas tem uma outra perspectiva da perspectiva do i tima esses obstáculos essas tensões o equilíbrio que acontecem ao longo do processo na verdade podem se configurar em combustível adicional para que ele continue e a justamente o aprendizado que vai sendo construída e conquistado ao longo do processo por meio daqueles que pensam executam políticas econômicas no contexto dos países subdesenvolvidos é que vai permitir entender a raiz
desses problemas que estão aparecendo e saber extrair da solução desses problemas impulso adicional para continuar nesse processo da ic a autonomia em termos de pensamento e também de planejamento de políticas econômicas e de desenvolvimento se coloca como tão importante porque hora não é receita universal que dê conta de prever todos os problemas que um processo de desenvolvimento de um país retardatalho apresentará ao longo do caminho desse modo o maior problema não está na ausência de determinados fatos e como capital como experiência como habilidade de investimento e por aí vai dar problema segundo estima não é
ausência desses fatores mas justamente não saber fazer uma combinação adequada dos fatores que estão disponíveis trata-se desse modo em última instância de um problema de coordenação e planejamento um dos conceitos centrais o albert hirschman para nós entendermos a sua perspectiva em teoria do desenvolvimento é o conceito de efeitos de encadeamento esses efeitos de encadeamento por sua vez tem total relação com a ideia do efeito complementaridade do investimento da prefeitura da definição do irishman há dois tipos de efeitos de encadeamentos diferentes os efeitos de encadeamento pra frente os efeitos de encadeamento para trás e aqui para
definir os vou utilizar as palavras do próprio autor os encadeamentos para trás referem-se aqui qualquer atividade econômica a área induzir a esforços para suprir por meio da produção doméstica os insumos necessários aquela atividade já usa emcadeamentos para frente reference aqui qualquer atividade que por sua natureza não atenda exclusivamente a demandas finais induzir a esforços para que se utiliza em seus produtos como insumos em algumas outras atividades então são as pensávamos a matriz produtiva de um país como uma grande rede em que os diversos setores produtivos essa economia se interconectam de alguma forma que que isso
é uma tá querendo dizer aqui que quando se investe em determinado setor a depender de onde esse setor se localizar na cadeia de produção ele vai jogar efeito de engajamento tanto para trás quanto para frente ou seja se nós tivermos uma matriz produtiva muito concentrada em setores que produzem bens muito simples e que portanto não precisem passar por muitas etapas é mais produtivo o potencial de geração de efeitos de encadeamento no caso desses setores para trás ele praticamente inexiste agora se nós temos uma matriz produtiva por exemplo concentrada em atividades cujos produtos dependam demais fases
dessa cadeia produtiva o potencial de geração de efeitos de encadeamento para trás é muito maior e é justamente existe má a falta de interdependência entre os setores que compõem uma matriz produtiva uma das características definidoras do contexto de subdesenvolvimento e desenvolvimentista tanto defendem a transformação da matriz produtiva estas nações e bem como seu padrão de inserção externa por meio da complexificação e diversificação da matriz produtiva nessas economias a superioridade na manufatura esse respeito é esmagadora é só pode ser ainda há mais importante razão militão em qualquer completa a especialização dos países subdesenvolvidos na produção de
primários e para encaminhar o fim do vídeo de hoje sinto aqui novamente uma frase bastante marcante do irishman também do livro a estratégia do desenvolvimento econômico ele diz o seguinte a política econômica pode ser pior do que somente ineficaz a inutilidade pode ser substituída abruptamente pela brutalidade pelo desprezo ao sofrimento humano aos direitos adquiridos aos procedimentos legais aos valores tradicionais em suma até no e e precária camada de civilização na ausência de um adequado conhecimento do contexto e que se pretende aplicar uma determinada a política econômica especialmente uma política de desenvolvimento o sonho pode se
transformar em um grande pesadelo