Psiquiatra conta a verdade: TRANSTORNO MENTAL EXISTE? - Juliana Fonseca [EP 016] SME

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Saúde Mental em Evidência
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Video Transcript:
Olá seja bem-vinda seja bem-vindo ao podcast saúde mental em evidência que leva para você informações científicas e acessíveis sobre o universo da psicologia da psiquiatria do comportamento humano e áreas afins hoje a gente tá recebendo a Juliana Fonseca que é médica psiquiatra pós-graduada em terapia cognitivo comportamental trabalha na clínica bhealth tem clínica particular também e hoje vamos entender o que é um transtorno mental certo certíssimo e esse tema é polêmico hein J polêmico polêmico primeiro lugar Obrigado por est aqui com a gente pela sua disponibilidade pelo seu tempo Ju Vamos começar com uma coisa eh
eu sei que no campo da psicopatologia existe uma discussão se os transtornos mentais eles de fato existem se existe digamos vou chamar entre aspas aqui da anormalidade ou se tudo que a gente encontra são simples variações de maneiras de pensar de agir e de sentir e assim por diante como que é isso O que é que é um transtorno mental de fato e como que isso se distingue dessa multiplicidade de jeitos de ser humano Sim esse questionamento é importante Jan e eu acredito que eh este tema deveria ser a primeira aula de qualquer curso de
psicologia por exemplo do que é um transtorno mental O que que é uma doença m e tal porque existem vários termos que são diferentes que T pequenas diferenças por exemplo diferença de doença e transtorno tem pequenas diferenças e talvez até o confundir as terminologias faz com que as pessoas tenham essas ideias dos extremos então de um lado né que você falou né já teve um autor até que você já citou em alguns podcasts que você eh já foi que não existe nenhum transtorno mental que é um construto social né para estigmatizar as pessoas né então
a gente tá eh deixando patológico comportamentos que é do ser humano e o outro lado que coloca em categorias qualquer comportamento que foge da regra e isso é um complicador porque a gente tem influências eh individuais ali de como que a pessoa responde a um contexto que pode alterar aquilo que a gente entende o que é um transtorno mental existem eh contextos culturais que difere como a pessoa vivencia um transtorno mental então Existem várias eh outras outras e maneiras da gente identificar o que que é o que que não é porque não é uma linha
é muito clara de onde o transtorno mental passa a ser de fato um transtorno mental de onde que aquele comportamento passa ser de fato um transtorno mas sim um transtorno mental ou um transtorno psiquiátrico né que seria a mesma coisa é uma condição Clínica onde identificaram vários sinais e sintomas que produz na vida do indivíduo um sofrimento né então o o paciente sofre com aqueles sintomas ou com aqueles sinais que ele apresenta e causa disfuncionalidade na vida dele então a pessoa ela tem ali eh uma consequência no tanto no contexto social eh conjugal laboral então
a pessoa tem prejuízos por conta daqueles sinais e daqueles sintomas e é muito importante entender que esses sinais esses sintomas eles não são não são explicados por outra condição então quando por exemplo um paciente chega uma ansiedade e a gente identifica que ele tem um transtorno do pânico ou uma ansiedade generalizada isso não pode ser explicado por outra doença ou seja ele não pode estar com uma infecção que gera essa essa preocupação essa agitação e ele não pode estar intoxicado por cocaína por anfetamina então um transtorno psiquiátrico além de ter essa definição de quais sinais
Quais sintomas ele precisa causar sofrimento porque senão não é um transtorno se não causa um sofrimento ele precisa ter alguma disfuncionalidade na vida do indivíduo ele não pode ser explicado por outras doenças ou outras condições como uma intoxicação por substâncias e ele precisa ter um tempo determinado de ação então se você me fala assim já eh um paciente chega para você e fala assim J tô deprimido E aí o paciente ele pode trazer a terminologia que ele entender né às vezes é uma tristeza e fala que tá deprimido E aí você pergunta ah mas que
que tá acontecendo aí João que que tá acontecendo Ah minha esposa me largou faz três dias Então esse paciente tá passando por um episódio de fato onde ele tá angustiado com tristeza com falta de prazer às vezes não tá dormindo não tá comendo mas não chega a ser um transtorno depressivo maior porque primeiro tem um contexto no qual ele estava tá acontecendo super recente super recente e não tem essa questão temporal de 15 dias Uhum E aí se você pergunta assim João mas e essa tristeza é o tempo todo na é a maior parte do
tempo todos os dias não pode falar assim olha até parece que é mas quando eu tô trabalhando Você sabe que eu consigo esquecer até que eu não fico triste no trabalho então já nem responde a um critério diagnóstico do transtorno depressivo maior que é a tristeza na maior parte do tempo eh em todos os dias ali durante duas semanas então pra gente classificar o que é um transtorno mental existem todas essas variáveis que a gente precisa identificar E o que mais eh traz pra gente como dificuldades né dentro das classificações que existem que a gente
usa na nossa Clínica eh muitas vezes eles não consideram esses contextos eh que são individuais e que são culturais o que faz com que seja mais difícil essa questão diagnóstica e não é à toa que a gente pega vários pacientes na clínica que tem diagnósticos diversos né então a gente começa se perguntar o quanto que esse diagnóstico é é válido ou o quanto que esse diagnóstico é confiável perfeito perfeito agora deixa eu só pedir para você esclarecer uma coisa você usou a fala a expressão sinais e sintomas que que isso exatamente quer dizer são coisas
diferentes são coisas diferentes apesar da gente usar como sinônimo às vezes né mas dentro da semiologia eh o sinal é aquilo que é visto por outro e o sintoma é aquilo que é referido então por exemplo se o João chega aqui para gravar e fica andando de um lado pro outro coçando a cabeça e mexendo demais noss João você tá agitado que é uma coisa que eu consigo perceber é um sinal né eu consigo ver no João João não precisa chegar e me falar posso chegar todo desarrumado sujo posso chegar numa situação que não é
compatível com aquele não é compatível gente João não é assim sempre que eu vejo ele João às vees até uma coisa mais discreta por exemplo a pupila super dilatada alguma ou você F que ele tá mais tenso assim é uma coisa que eu percebo então o entrevistador ou às vezes até a família vai perceber nossa ó o João não faz mais a barba Uhum ele usa a roupa suja do dia anterior o João parou de se cuidar é uma coisa que eu vejo autocuidado prejudicado é um sinal ali para mim para eu para eu na
dentro da qualquer um que preste atenção tem um olhar minimamente treinado enxerga Exatamente são uma criança autista que tem estereotipias que tem maneirismos né A questão do movimento tics são sinais já o sintoma é aquilo que é referido se o João chegar aqui sentar e não falar nada eu nunca vou saber que você tá com dor de cabeça porque é um sintoma Ju estou com dor de cabeça eu não consigo fazer um exame em você PR para eu perceber a sua dor de cabeça é um sintoma tô com dor no peito minha mão tá tremendo
quando eu chego aqui minha mão fica suando minha boca fica seca enfim são coisas que eu relato para você você relata se você falar assim Ju estou angustiado Uhum que que você tá sentindo João Ah é uma sensação de aperto no peito como se fosse uma névoa dentro do meu peito assim uma sensação ruim é impossível ver isso certo isso não é uma coisa mágica is é uma coisa que tá dentro do meu corpo que a minha uma reação emocional uma reação fisiológica que gera um desconforto real dentro de mim e eu preciso relatar isso
para você para você dizer assim Opa tem alguma coisa aí que talvez não esteja tão a adequada ou dentro de um quadro de normalidade exato e é por isso que é tão importante a questão da entrevista clínica porque na dentro das das síndromes psiquiátricas dentro dos transtornos psiquiátricos algumas coisas terão sinais e outras coisas são apenas sintomas então a gente precisa ter ali eh a entrevista Clínica estruturada preciso fazer as perguntas certas para você conseguir referir os sintomas que muitas vezes tem né o pessoal de casa pode até identificar com alguma coisa que a pessoa
Às vezes tem há tanto tempo Jan que ela nem percebe que aquilo é anormal aham por exemplo um um um paciente que é muito preocupado mas de maneira patológica ele se preocupa com tudo o tempo todo às vezes ele vive aquilo há tantos anos que ele nem percebe que isso é um sintoma de um transtorno de ansiedade generalizada e nem percebe isso como patológico E aí se você vai perguntar para ele fal o pessoal acha que eu sou meio meio preocupado demais que eu sou meio neurótico que eu sou meio sistemático eu fico preocupando antecipando
tudo meio pessimista Então as pessoas vão dando outros nomes outras características outros adjetivos às vezes para definir um sintoma que é de um quadro psiquiátrico né então a diferença de sinais e sintomas é isso sinais eu vejo eu consigo aferir e o sintoma é algo que eu que o paciente precisa me trazer ou eu preciso perguntar para ele me relatar Tá certo Ju Deixa eu aproveitar e te perguntar uma coisa que eh toda vez que alguém fala sobre algum transtorno psiquiátrico em específico sei lá sobre transtorno de cidade generalizada sobre autismo sobre déf de atenção
hiperatividade sobre transtorno obsessivo compulsivo o que eu vejo de sei lá um comentário no YouTube ou até alguém que tá vendo tal fala assim ah eu faço isso então eu tenho esse transtorno Ah eu faço isso isso eu tenho aquele transtorno pel quando você começou a falar em sinais e sintomas Então tá ficando claro que um transtorno ele nunca é fazer uma coisa ou outra né ou ou sentir uma coisa ou outra é um conjunto de coisas uhum porque eu fico pensando né quando a gente pensa em preocupação essa é uma palavra que talvez o
paciente pudesse usar num contexto da ansiedade generalizada Talvez ele pudesse usar no contexto do tror torno obsessivo compulsivo né eu fico preocupado Se eu tô contaminado eu fico preocupado Se eu preciso lavar as mãos eu fico preocupado Se eu tranquei mesmo a porta e nenhuma dessas coisas sozinhas é uma é um transtorno certo você precisa de um conjunto de coisas sim e a gente precisa entender as consequências desses eh desses sinais desses sintomas na vida do indivíduo porque às vezes o que acontece Jan foi importantíssimo você falar Eh que quando algum transtorno entra eh né
acaba ganhando destaque né e a gente pode colocar esses dois últimos anos o destaque do TDH as pessoas leem os critérios diagnósticos ali então pega ali 18 sintomas da da da nove sintomas de desatenção nove sintomas de hiperatividade no dsm5 e começa Nossa isso eu já tive isso eu já tive isso eu já tive e não percebe que não é só uma questão de ter aquele sintoma ou de apresentar aquele sintoma alguma vez na vida mas é de como aquilo impacta no seu dia a dia é um padrão de funcionamento um padrão de funcionamento Então
se a gente for pensar eh o TDH tem um critério diagnóstico e fala que ele perde objetos ele esquece objetos na última vez que eu viei viajei de avião teve uma turbulência no avião eu não gosto eh de viajar de avião e deixei um livro na minha frente na hora da turbulência esqueci esse livro no avião porque foi um momento de estress ali para mim da turbulência sai de avião fugindo do avião né não queria ficar esqueci aquele livro isso preenche o critério de esquece objetos não foi um contexto no qual eu estav esta mais
ansiosa e eu não prestei atenção que eu não tinha guardado meu livro que não é um padrão seu dia não é um padrão qual que foi a última vez que eu perdi alguma coisa muito provavelmente o casaco na casa de alguém ou em algum hospital que eu dei plantão há muitos anos atrás não é um padrão de comportamento no qual eu esqueço chave toda semana ou que eu tenho um prejuízo que toda vez eu tenho que ligar pro chaveiro ou pegar a chave na casa da mãe porque sempre tá perdendo uma chave ou que tem
prejuízo financeiro porque sempre tá perdendo celular ou sempre tá perdendo alguma coisa importante então não basta você pegar um critério e se identificar porque os sintomas eh a gente pode apresentar em algum momento na vida então se sua esposa tá grávida 9 meses o normal é que você esteja preocupado nó tô preocupado que dê certo como será que vai ser o parto como que vai ser depois o pó Será que ela vai conseguir amamentar Nossa será que eu vou ter que trabalhar mais porque eu vou gastar mais com o bebê é normal você estar mais
preocupado que você tá num contexto ali de stress de mudança mesmo que seja algo positivo no sentido que me esposa tá grávida vou vou ser pai então as pessoas elas não podem pegar um sintoma escolher um sintoma ali isolado e se identificaram falando assim Ah então eu sou bipolar ou então eu tenho TDH é até porque eu tô pensando assim eu eu já folie bastante o manual diagnóstico dos transtornos mentais Se for assim eu tenho uns 35 diagnósticos exatamente não eu eu eu ia entrar nesse assunto porque e esse componente né bom como é que
eu eu fico imaginando a audiência né bom como é que eu posso começar a pensar se Talvez eu tenha algum transtorno como é que eu posso começar a me me autoavaliar ou até mesmo observar o comportamento dos meus familiares se bom talvez o meu filho o meu marido ver se tem algum tipo de transtorno mental Claro eh eu acho que cabe dizer que eh as pessoas talvez mais capacitadas para dar esse diagnóstico são Profissionais de Saúde aqui nesse caso eh especialmente médicos psiquiatras psicólogos podem dar o diagnóstico e tudo mais mas eles vão precisar de
uma série de avaliações ou seja tem uma série de Passos até chegar a esse diagnóstico e muitas vezes não vai chegar a diagnóstico algum né às vezes existem muitas pessoas que vão buscar terapia Vão buscar um atendimento médico e não vão não vão ter necessariamente um diagnóstico eh mas eu queria eh eh eh elaborar um pouco mais sobre bom como é que as pessoas poderiam utilizar esse conhecimento que elas estão tendo aqui para começar a pensar e observar as pessoas ou até elas mesmo para que dizer assim será que eu preciso procurar um psicólogo Será
que eu preciso procurar um médico psiquiatra que que eu poderia começar a observar em mim mesmo se acaso eh eu tiver algum tipo de sinal ou sintoma que poderia me Ou pelo menos uma pergunta que poderia me ajudar a pensar um pouco mais sobre isso acho que a gente pode dividir aí em alguns setores primeiro a gente pode ver nessa categoria de sentimento de emoção né se a pessoa sente algo que seja negativo de forma persistente então uma tristeza que é muito persistente uma preocupação que é muito persistente o que que é muito persistente porque
você falou antes Pô eu perdi sei lá um parente querido eu tô triste há três dias ou acabei um relacionamento tô tô triste por sei lá eh C Dias num luto numa situação que pode ser normal quanto tempo geralmente a gente poderia dizer hum Será que isso aqui tá trazendo prejuízo real pra pessoa existe a gente poderia determinar e aqui talvez alguns transtornos outros não como é que a gente poderia estabelecer esse critério de tempo que você falou que eu acho particularmente bem importante sim se a gente for pensar na depressão maior né na depressão
maior então no episódio depressivo unipolar né não não estamos falando bipolar eh teria o critério do de duas semanas né então o paciente ele ele apresenta essa tristeza essa anedonia né que essa falta de de a pessoa não consegue sentir prazer naquilo que dava prazer antes eh no mínimo 14 dias e dentro desses 14 14 dias a maior parte do tempo Além disso vem os pensamentos né nilas ali a pessoa não consegue ver capacidade nela uma sensação de culpa alterações fisiológicas ali de falta de fome aumento da Apetite ou diminuição do do Sono aumento do
sono então a pessoa ela para identificar Será que eu estou passando por algo ela tem que perceber que existia uma vida dela que estava naturalmente ali que ela vivendo a vida dela normal e a partir de algum momento ela não se sentiu bem maisum então ou ela tá sentindo que ela não tá bem tá angustiada tá muito preocupada ou eh os pensamentos estão muito negativos ou os pensamentos estão muito acelerados ou os comportamentos dela não condiz com aquilo que ela acredita ou o comportamento tá mudando isso muitas vezes é visto até por terceiros né das
pessoas chegarem Falam assim nossa Ju você tá diferente você tá irritada você não era assim você era mais doce Por que que você tá irritada e isso de uma forma mais persistente então a pessoa fica ali de 15 dias a 6 meses com o mesmo com o mesmo sintoma Esse é um momento que a pessoa tem que procurar ajuda então quando ela sente que algo não está bem ela tá mudando o comportamento ou ela não tá se sentindo bem de alguma forma perfeito isso no caso geralmente de transtornos de ansiedade e depressivos agora você falou
do TDH do transtorno Déficit de Atenção hiperatividade isso geralmente não é uma coisa que aparece no meio da vida pode até tornar mais proeminente mas geralmente ele é um transtorno diferente porque geralmente ele começa lá na infância né então é uma coisa que tá mais ligada ao neurodesenvolvimento podia versar um pouco sobre isso como é que uma pessoa pode começar a se questionar porque eu acho que a gente tem eu acho Talvez um grande eu eu tenho uma preocupação porque eu vejo que as pessoas estão falando que bom eu eu eu tô um pouco desatento
Tô um pouco impulsivo aqui então logo eu tenho TDH Uhum é assim mesmo ou não não porque o TDH ele é um transtorno do neod desenvolvimento então ele os sintomas eles necessariamente se iniciam antes dos 12 anos e o principal o paciente ele tem prejuízos por conta disso isso não quer dizer que o paciente não vá ter eh sucesso na carreira acadêmica por exemplo tem tem muitos pacientes sem TDH que são doutorandos e tem uma uma vida acadêmica de sucesso Mas acontece que ele tem prejuízos em algumas áreas da vida dele no sentido de relacionamentos
né de ser muito impulsivo para falar para cortar o outro às vezes de não conseguir esperar as coisas acontecerem ou de desistir de várias coisas né então começa um curso não termina começa outra coisa ou aquela pessoa que parece que tá o tempo não suporta o tédio né então ela não consegue ficar parada ali no final de semana tem que arrumar alguma coisa para fazer você você pode parar de falar de mim por favor então eu eu tô falando pro João justamente para não ter essa identificação essa essa identificação E aí o que que acontece
muitas vezes né Se a gente for pegar eh o os manuais diagnósticos né até o dcm5 revisado agora de 2022 existiram mudanças importantes em relação à classificação né Por exemplo dos critérios Diagnósticos do TDH né o o um dos critérios mais importantes foi ter aumentado a idade do do do do início da doença de 7 para 12 anos então isso abriu o leque abriu o guarda-chuva muita gente se encaixou Depois dessa mudança só que o que acontece hoje é o seguinte é muita o o que a gente vive hoje que é uma uma sociedade ansiogênico
ansiedade as pessoas estão com vários erros relacionados à rotina né de alimentação de privação de sono que para mim seria o primeiro assim ponto eh de uma rotina muito acelerada o que isso eh acaba deixando o indivíduo mais desatento mas não necessariamente Essa desatenção é do TDH pode ser uma desatenção que é um sintoma causado pela próprio estilo de vida então quando a gente pega um sintoma específico desatenção desatenção está presente no episódio de mania do bipolar distraibilidade está presente no transtorno depressivo maior que o indivíduo ele fica mais eh desatento porque ele tá muito
voltado para questões internas então ele fica mais desatento ao externo tá presente na demência tá presente na esquizofrenia tá presente pós TCE pós-traumatismo cran encefálico tá presente no TDH tá presente no trabalhador de turno no privado de sono no intoxicado por maconha a a desatenção a desatenção que é só uma característica do é uma característica então se eu for pensar por exemplo se eu for pensar na impulsividade você tem isso pacientes ansiosos onde maisis impulsividade impulsividade pode estar presente um transtorno nos transtornos relacionados ao uso substância Às vezes o paciente fica mais impulsivo ali no
momento de fissura né Eh de abstinência eh transtorno explosivo intermitente o paciente fica mais impulsivo o próprio paciente com transtorno bipolar na fase Mania ele né se expõe mais a risco paciente borderline que se expõe mais a risco border então assim eh um sintoma não significa um diagnóstico então tenho desatenção logo sou o TDH não você tem desatenção do jeito que você tá dizendo se eu tiver desatenção impulsividade isso ainda não é suficiente para falar TDH né sim porque eu preciso entender a história de vida do paciente né então tem tem um um psiquiatra que
eh eu acredito que ele seja um dos mais importantes da história da psiquiatria que é o kreplin que ele foi o precursor ali o pai do dcm na verdade e ele praticamente morou no Hospital Psiquiátrico na época né então ele viu o curso natural da doença então né ele viu o fenômeno acontecendo na frente dele então ele pegava uma Psicose maníaca depressiva né que hoje é o transtorno bipolar mas ele chamou de Psicose Mania depressiva ele viu o paciente em Mania ele viu o paciente em depressão ele viu o paciente eutimia ele viu o paciente
deprimido de novo e ele conseguiu descrever a doença sem nenhum tipo de tratamento porque na época não tinha medicação isso é o qu século XIX século XIX e depois ele pegou o curso natural da esquizofrenia no qual ele chamou de demência precoce porque é justamente a esquizofrenia quando a pessoa tem os surtos psicóticos e não faz tratamento a cada surto ela volta para um nível inferior de capacidade cognitiva Então realmente eh nos dar essa hoje a gente sabe que é uma perda cognitiva não é uma demência mas ele descreveu como uma demência precoce então o
kreplin assim nessa descrição eh da doença ele conseguiu ver a História Natural da doença e é isso que a gente precisa ver pra gente intervir e a gente fazer o mesmo diagnóstico Então se chega um paciente se chega o o Carlos chega no nosso consultório então em momentos diferentes ele chega e fala assim João Eh eu não tô bem eu tô triste faz um mês eu não não faço mais nada eu perdi produtividade no trabalho eu me sinto culpado o tempo todo tem dia que eu não consigo tomar banho eh faz um mês que eu
não tenho relação sexual com a com a minha esposa e o que eu mais gosto de fazer na vida é Gil gitzo e faz um mês que eu não vou no Gil gito qual diagnóstico você vai dar para ele olha só com essas informações nenhum não vou eu não vou finalizar um diagnóstico com 5 minutos de consulta a gente vai ter que acompanhar esse paciente a gente vai ter que avaliar Existem várias coisas que pode a gente pode pensar né fica difícil estabelecer um diagnóstico ali nisso E aí vamos supor que uma consulta de 5
minutos você fala você tem transtorno depressivo maior tá aí eu o problema é dizer né eu levantar eu poderia levantar uma hipótese dentro na minha cabeça mas eu em cinco minutos guardaria para mim essa informação eu não diria para ele isso não diria que para ele aí ele vai no médico e fala assim meu psicólogo falou que eu tenho depressão e que eu preciso tomar remédio aí o psiquiatra ali numa numa numa consulta de 5 minutos passa a ser tralina aí ele vai pro Jean não fez vínculo não gostei de João vou lá no Jean
o o João não me deu um diagnóstico João não me deu beleza aí ele chega pro Jean e fala assim Ô Jean eu tava meio incomodado assim com fui em outro terapeuta mas eu tô irritado cara qualquer coisa hoje me irrita e eu tô com várias coisas na cabeça é que eu abri Três empresas e assim e minha esposa não me entende e aí acabou com esse negócio de minha esposa não me entender Eu não sei cara parece que eu tô com uma vontade ali sexual um pouco aumentada eu acabei até traindo minha esposa uma
coisa mas assim também olha para mim né Tipo eu sou o cara aí o Jan já falei pera aí como que H um mês atrás ele tava depressivo ele começou a ser tralina e ele chega aqui confiante libido aumentado três projetos em Ação falando nem deixa você falar interrompendo que não sei queê Fi não Não parece ser uma depressão maior parece ser um transtorno polar nos parece que mudou a hipótese diagnóstica perfeito Então qual que é essa questão de fazer um diagnóstico de ter uma classificação o diagnóstico ele precisa ser dado com muito cuidado e
foi por isso que eu fiz essa pergunta para você que eu sabia que você não ia dar o diagnóstico eu sou muito preciosista nesse caso porque imagina né o o o curso do tratamento muda eh e e eu acho que é pior o cara vai com uma informação completamente equivocada para casa né então ah o J me deu um diagnóstico de depressão aqui que que vou fazer com isso entende então e muito rápido então tem um Largo caminho antes talvez de de de explicar isso pro paciente organizar o caso organizar o a intervenção em si
então eu acho muito perigoso Talvez um profissional que faça esse tipo de abordagem nos primeiros 5 minutos 15 minutos e o paciente ve at tem uma consulta de uma hora uma sessão adequada ali de 50 eh dentro do tratado brasileiro de psiquiatria eles colocam o tempo ideal de consulta de 45 a 60 minutos então vamos colocar esse tempo ideal muitas vezes esse paciente que não nunca teve um histórico de mania hipomania ele vai trazer o episódio depressivo atual e você vai ter uma hipótese diagnóstica ali de transtorno depressivo maior e é a partir de você
vendo esse paciente de maneiras sucessivas que ISO o diagnóstico pode mudar e às vezes as pessoas não entendem isso também porque às vezes vai num profissional há 10 anos atrás tinha um diagnóstico e depois de 10 anos tem outro diagnóstico o J Deixa perguntar uma coisa você falou assim Bom o paciente chega ele descreve a gente faz as perguntas para ele né e ele vai aqu ele vai dar a gente vai ter uma hipótese diagnóstica de depressão por exemplo Mas vai ter um um tempo que esse indivíduo ele vai ciclar ele vai ter um uma
alteração no humor geralmente por exemplo o transtorno bipolar aqui eh ele vai ter ou uma depressão bipolar ele vai ter quanto tempo mais ou menos que acontece essa essa modificação de sintomas ao longo do tempo quanto ou seja porque aqui eu tô pensando quanto tempo a gente precisaria em média acompanhar esse paciente para realmente ter um certo grau de certeza que é o uma depressão pura ou uma depressão que varia ao longo do tempo como nesse caso bipolar Uhum é na depressão a gente teria que ter esses esses 15 15 dias né de de verificação
agora o de hipomania e Mania Vamos colocar S dias porque um é quatro dias o outro é 7 dias eh mas esse tempo em relação a ciclagem Varia muito Às vezes o paciente fica seis meses em depressão e fica quatro dias ali em hipomania e depois ou fica um tempinho a tímico e já volta a deprimir de novo por isso que é a importância dessa questão cronológica né quando a gente faz essa essa linha do tempo do paciente então desde o tempo zero que é no momento em que ele começou a perceber que alguma coisa
não estava bem até o momento atual o que que aconteceu nesse nesse tempo justamente pra gente evitar erros diagnósticos apesar da gente saber que mesmo assim eles vão acontecer porque às vezes eu vou pegar o paciente num começo do transtorno e eu não consigo prever o futuro não consigo saber o que que vai acontecer lá na frente e o diagnóstico ele vai mudando de nome então por exemplo um paciente que tá há 15 dias Psicótico primeiro episódio Psicótico tem o nome transtorno Psicótico breve depois de 30 dias transtorno esquizofreniforme depois de se meses se mantém
a clínica esquizofrenia Então qual que é o erro paciente às vezes na primeira semana ali de tratamento primeiro mês do episódio Psicótico a gente não consegue nem excluir outras causas de Psicose ganha ali a carteirinha laudo esquizofrenia E aí depois ele vem em consulta fala não mas eu fiquei um mês assim eu tomei remédio depois fiquei bem nunca mais eu tive então não não era esquizofrenia era um episódio Psicótico ali ô Ju aí nesse caso o problema não é do sistema classificatório dos diagnósticos que existem é do profissional fazendo um uso impreciso do sistema é
isso Exatamente é o profissional eh às vezes eu vejo que as pessoas conhecem ali os transtornos principais e os os transtornos que são eh que tem essa questão temporal mais breve Às vezes as pessoas não têm tanto conhecimento frequ ão mes então a tem uma uma ordem assim inclusive o dcm ele é organizado assim dentro de uma ordem Então a gente vai ter esquizofrenia e o transtorno esquizo afetivo e o transtorno bipolar justamente porque o transtorno esquizo afetivo está entre essas duas condições de esquizofrenia transtor bipolar e não é infrequente eu já peguei laudos laudos
médicos escrito lá transtorno bipolar e esquizofrenia não mas esa aí são são são condições que elas não coexistem tá então o que a gente pode ter é um transtorno afetivo eh esquizo afetivo enfim vai ter que teria que pesquisar do paciente então às vezes as as pessoas não têm um conhecimento aprofundado já também peguei diagnóstico de toque que na verdade er um transtorno de acumulação não era um toque mas está dentro do mesmo espectro Então eu acho que essa visão da classificação a partir das dimensões vai ser bem mais útil apesar de ser mais difícil
do que essa dimensão categórica ah perfeito porque quando a gente entende por exemplo o o autismo por exemplo que agora tem o transtorno do espectro eh do autismo muito mais crianças estão sendo diagnosticadas só que a a eh tá muito mais os quadros são muito diferentes entre si e isso às vezes causa confusão mesmo a gente classificando ali eh o quanto que aquela criança precisa de cuidado né nív nível um nível dois nível TRS o nível de suporte que a criança vai precisar mas quando a gente fala sobre espectro mais crianças estão sendo diagnosticadas E
aí a gente entra num ponto que eu não tenho resposta isso é bom ou isso é ruim uhum tá certo depende porque eu acho que se a gente for ver essas essas crianças estão sendo oportunidad de serem tratadas e São não são intervenções medicamentosas são intervenções ali que focam na questão do comportamento no no aprendizado de habilidades sociais que vão fazer muita diferença na vida dessa criança e eu acredito que vários outros transtornos vão caminhar para essa questão mais Dimensional né Se a gente for pensar no transtorno bipolar eh se eu pego 10 pacientes meus
com transtorno bipolar Eles são muito heterogêneos muito muito diferentes muito diferentes se eu pego 10 pacientes com transtorno de personalidade borderline são muito diferentes entre si e às vezes a gente fica com com um tipo de paciente um modelo de paciente como estereótipo do transtorno então se eu penso no borderline a primeira coisa que vem na minha cabeça Nossa uma pessoa muito instável não sei que que se mutila pera aí automutilação ideação suicída tentativa de suicídio é um dos critérios borderline se a pessoa precisa de cinco em nove então ela não precisa ter automutilação ou
aquela pessoa que explode muito não ela não precisa desse critério para fechar o diagnóstico então nesses quadros heterogêneos Qual que é o problema da pessoa que tá assistindo se identificar ou não Por exemplo aquele Episódio de que vocês tiveram de borderline que às vezes a pessoa fala nossa mas eu não sou impossível nossa mas eu nunca nunca me coloquei em risco Tá bom mas são três critérios que você não tem os outros cinco Você pode ter os outros seis Você pode ter Então dentro dessa questão do do quanto que o diagnóstico é heterogêna as pessoas
conseguirem se perceber dentro de um transtorno por isso que elas não devem fazer isso por isso que elas têm que procurar uma ajuda qualificada Mas voltando essa questão do transtorno bipolar eu acredito pela literatura Americana a gente tá vendo cada vez mais o transtor bipolar entrar nessa questão do espectro do do bipolar ah Justamente que vai desde a ciclotimia até o transtorno bipolar né tipo um ali com Mania psicótica tudo mais então a gente vai vendo ali os pacientes com menor gravidade até maior gravidade e qual que é a importância disso muitas vezes o paciente
ciclotímico ele fica estável com rotina ó põe põe o bipolar para dormir na hora certa acordar na hora certa comer certo fazer atividade física e cont lá estress álcool também álcool também intoxicação por qualquer substância muitas vezes o ciclotímico não precisa estabilizador de humor Uhum agora tratamento é rotina hito aí seria igual um diabetes tipo um ou pré-diabetes na verdade né tipo um não o pré-diabetes o pré-diabetes é rotina se eu não você não precisa de hipoglicemiante insulina né ou uma hipertensão arterial ali na no limite ali agora vou falar perde peso controla a atividade
física tudo mais então dentro desse entendimento do que que é o mais patológico dentro desse espectro então a gente vê o nível da gravidade a gente consegue direcionar o tratamento Então não é porque bipolar que vai ser lítio e quetiapina não esse aqui é menos grave esse aqui a gente vai direcionar para contingência para terapia para fazer controle de estress de rotina esse aqui a gente vai ter que psicoeducar que vai precisar de medicação de forma crônica Tá certo vai tomar remédio o resto da vida e ele precisa entender a importância disso para ele viver
bem então dentro da classificação a gente vê uma evolução os os diagnósticos vão ficando mais os critérios vão evoluindo no sentido da gente aumentar até a precisão do do diagnóstico né vai ficando mais detalhado e vai aumentando o número de Diagnósticos há 30 anos atrás tinha eh Homossexualismo no dfm era considerado patológico hoje já não tem mais Mas hoje tem lá por uso de jogos que não tinha 30 anos atrás então coisas saem que era considerado anormal patológico e coisas entram porque é o nosso ritmo de vida hoje e aí uma questão que eu trago
que deixa eu te interromper um segundo sim só para você saber que a Juliana falou Homossexualismo e não homossexualidade porque era assim que constava no manual diagnóstico OK ela sabe muito bem a distinção entre o uso dos termos é hoje Homossexualismo a gente não pode falar gente porque era considerado doença Então hoje o termo correto é homossexualidade essa esse essa mudança de terminologia parece boba às vezes para quem F Nossa mas que bobeira não é muito importante porque um significava doença e hoje a gente considera uma expressão de sexualidade como qualquer outra né então é
algo que já saiu dos do manual diagnóstico há muito tempo então é mais pro pro pro pessoal que bom que você falou né Para ninguém ser cancelado aqui né por conta dessa Fala ô Ju Deixa eu te perguntar uma coisa eh Talvez um pouco polêmica tá eu não quis te interromper uma coisa que você tava falando ali que é o seguinte quando você explicou pro João sobre a diferença entre depressão são e sei lá tá triste porque faz três dias que a minha esposa me abandonou uma das coisas que você trouxe à tona foi ah
precisa ser por duas semanas ou mais eh quando você falou do TDH você falou que eh antigamente o critério era acho que seis ou 7 anos de idade e passou a ser 12 anos de idade E aí a questão que fica é como é que se tomam essas decisões por exemplo por que que a depressão é não é três semanas ou não é uma semana por que que o TDH é 12 anos de idade e não é 11 e não é 13 eh eu tô te perguntando isso com que bastidor aqui na minha cabeça eu
já vi muito leigo já vi muito psicólogo e já vi até psiquiatra dizendo assim transtorno déficit de atenção e hiperatividade não existe isso é uma invenção para vender remédio é um conluio da indústria farmaceutica com os profissionais da Saúde porque remédio para TDH dá bilhões de lucro Então esse transtorno não existe né até o ponto de depressão não existe porque transtornos mentais não existem e essa discussão acho que já tá bem clara que na tua explicação que Poxa existe existe uma uma coisa que é a variedade do ser humano outra coisa é aquilo que traz
prejuízo traz Sofrimento Traz comprometimento traz problemas etc mas pensando nessas delimitações mesmo por que duas semanas e não três porque 12 anos e não 11 Uhum E é até um é polêmico mesmo né porque esses consensos foram feitos através de reuniões ali de cúpulas né de médicos psiquiatras que foram definindo então de fato não teve algo eh no sentido de alguma pesquisa que definiu não é 15 dias é considerado depressão eles definiram fal não por que 15 dias não porque duas semanas já passou já era para ele ter superado esse sofrimento né então foram eles
foram definindo de maneira assim reuniões clínicas ali dos psiquiatras da associação eh americana de psiquiatria que foram definindo esses critérios e baseado na na experiência Clínica dele dentro daquilo que eles observavam então os psiquiatras que não tinham os manuais né o kreplin que eu que eu que eu citei né era um que não tinha manual para ele ele foi descrevendo a História Natural da doença então ele foi descrevendo quais sinais e sintomas aqueles pacientes apresentavam quando não eram tratados né mas ele não descreveu todas as exatamente aí essas reuniões era justamente assim Vamos definir um
transtorno por uso de Instagram não existe viu viu gente tô tô eh confabulando aqui com com com os dois e aí a gente começa você já atendeu vários pacientes que tem um vício ali no Instagram João também e a gente vai definir aqui o que que é patológico então é uma definição a partir são são critérios clínicos que os médicos que que que organizaram o dsm criaram E aí é a partir da da experiência Clínica deles entendi isso é dá dá um pouco de angústia de pensar que é dessa maneira né que foram definidos D
um pouco mas eu fico pensando que por outro lado dá uma angústia porque eu fico pensando Quais são as alternativas né uma alternativa é você pegar uma pessoa bipolar uma pessoa uma não né várias bipolar borderline ansiedade e nunca tratar elas para observar o curso da doença isso seria profundamente antiético eh sob vários pontos de vista né simplesmente porque eu quero descrever e a outra alternativa eh Talvez seja nesses nessas reuniões com sensuais de sei lá alguém já observou um paciente alguns pacientes que passou 15 dias ele não se recupera mais ele tá sofrendo mais
parece que cronifica então melhor tratar deve ter sido considerado alguma coisa nesse sentido né sim exatamente de ver essa questão prognóstico né depois de 15 dias o paciente eh com sintomas depressivos ou depois de do meses Qual que é o prognóstico deu intervir com 15 dias e qual que é o prognóstico de eu intervir com do meses não com 15 dias é melhor o paciente remite mais rápido volta a fun funcionalidade mais rápido e é por isso que a gente já intervém a partir dos 15 dias e não espera Ah vamos esperar se meses para
ver se isso não passa não a gente percebeu que melhora a questão da funcionalidade do indivíduo e reduz o sofrimento quando a gente intervém dessa dessa maneira eh mas até porque deve ter alguém que foi nas clínicas e disse começou faz se meses eu nunca tratei e tô assim né ele não precisa ser induzido a não tratar né a próprio comportamento humano produziu isso né sim e e não é esses quando a gente fala sobre isso a gente fala sobre o surgimento ali do dsm Mas duas coisas que a gente tem que considerar é tanta
validade quanto a confiabilidade então a validade é a gente saber que aquela condição clínica de fato existe é que não há dúvidas e que existe um curso que é prejudicial Então se a gente juntar aqui todos os psiquiatras e e os psicólogos de de Florianópolis e perguntar para eles gente transtorno bipolar causa algum malefício ali na vida do indivíduo eu acredito que 100% vai responder sim a gente tem que tratar a gente tem que intervir a pessoa pode perder bens ali num num num consumo excessivo ali em gastos excessivos a pess pegar uma doença sexualmente
transmissível exato a pessoa num Episódio depressivo pode cometer suicídio por conta do do do transtorno depressivo no episódio depressivo bipolar então sem dúvida a gente tem que intervir então a gente sabe que é um diagnóstico que tem validade Porque existe um curso que já foi visto por várias pessoas e que sabe que o curso natural da doença é muito ruim que a gente precisa intervir a gente precisa intervir para esse paciente ter qualidade de vida e outro ponto que é a questão da confiabilidade é Se o se o mesmo paciente vai ali no mesmo dia
nos três consultórios Então vai no jã de manhã na hora do almoço vai no meu e de tarde no no no João a gente precisa ter esses critérios bem delimitados então chega um paciente no jã de manhã e fala assim cara sabe o que que é eu percebo que desde a adolescência eu sou muito preocupado eu sou preocupado com às vezes coisas que não vai acontecer nisso eu fico muito tenso eu tenho até tensão muscular assim fico duro não consigo dormir fico irritado às vezes eu tenho até sensação de branco na cabeça que eu vou
falar e eu perco as palavras de manhã muitas vezes você consegue fazer o diagnóstico de tag ele passa no almoço tem o diagnótico de tag transtorno de ansiedade generalizada vai no João no final da tarde tem o mesmo diagnóstico então a gente tá falando que é um diagnóstico tem confiabilidade porque passou em três profissionais diferentes e teve o mesmo diagnóstico então agora isso depende da qualidade tanto da categoria diagnóstica quanto dos profissionais não porque por exemplo nesse exemplo eu poderia ser alguém que é péssimo em po pode eh você pode ser um terapeuta por exemplo
que não acredita em doenças e que acha que tudo é uma questão de variabilidade variabilidade ali e você falou não mas você é um indivíduo mais neurótico e não faz seu diagnóstico então Lógico que isso depende da profissional do do profissional da da da da qualidade técnica isso vai ter impactos no tratamento né as ferramentas de de intervenção como terapeuta que eu escolho usar né sim examente o pior eu acho que a comunicação entre os profissionais é porque imagina se eu ten um paciente eu preciso comunicar Pra Ju eu sou psicólogo A Ju é psiquiatra
eu preciso me comunicar a gente tem um paciente comum eu preciso dizer PR Pra Ju ô Ju Olha só eu tenho uma hipótese de agnóstica que segue esses critérios aqui eh eu vou te encaminhar esse paciente já com essa hipótese para que você também avalie e a gente conversar sobre esse caso e talvez a gente possa chegar a um consenso ou não a gente pode inclusive divergir porque a gente tá falando de uma coisa que a gente tá olhando pro mesmo indivíduo e utilizando os mesmos critérios para montar o o caso inclusive intervir né porque
imagina se eu falo de um a partir de um manual e eu você faz fala a partir de outro a gente vai ter uma série de sim é a classificação ela também serve para essa questão da comunicação então dá um exemplo de dos nossos pacientes da behalf João eu atendo pacientes que moram no mundo inteiro brasileiros que moram no mundo inteiro e a minha prescrição não é válida a minha prescrição é válida apenas no Brasil então o que que acontece se eu atendo a Mariazinha que mora em Portugal ou que mora na Inglaterra e eu
dou um diagnóstico ali de tag e eu vou prescrever o exalo prã o que que eu faço eu faço um laudo inglês falando tudo que eu percebi na consulta falando que a paciente tem preferência por uma médica brasileira por questões culturais e que por isso que ela não quer passar por uma psiquiatra inglesa por exemplo britânica eu coloco o Sid da doença ou seja o código internacional da doença ansiedade generalizada é aqui Aqui no Brasil é na Inglaterra é na China em qualquer lugar eu coloco o Cid e eu coloco o tratamento proposto que é
a primeira linha de tratamento aqui e lá e aí o que vai mudar é que aqui a a o e talopram vai ter algumas marcas e lá pode ter outras marcas diferentes e aí eu coloco o nome da substância ali o do do do genérico né E já surgiram o tratamento O que que a a médica vai vai acontecer com a médica isso assim todos os meus pacientes da Bal deram certo dessa maneira ele olha manda e-mail confirmando agradecendo pela sugestão e prescrevem lá no no receituário deles a medicação Agora imagina se a gente não
tiess esse critério diagnóstico se a gente não tivesse um código eu ia ficar descrevendo a história da paciente a paciente se sente preocupada assim não eu já falo o exame psíquico da paciente o que que ela se queixou a queixa atual e o Cid Então essa paciente muitas vezes ela não precisa nem se aprofundar ali na com a médica estrangeira porque ela já entendeu o quadro dela Olha só isso aqui é importante pra população e entender a j tá descrevendo uma situação em qual não necessariamente ela e eh eh eh gosta de fazer o que
faz no sentido tipo assim ah eu vou fazer dessa forma porque eu acho que isso esse é o certo esse é um um procedimento adequado principalmente embasado tanto na literatura científica científica mas principalmente nas necessidades do paciente ou seja ela teve essa visão de olhar as necessidades da Maria que tá lá em em Portugal né enfim tá lá na Europa distante dela eh e e adaptar as condições daquilo que foi baseado em ciência e dentro da literatura científica para as necessidades delas isso que é fantástico acho muito importante ressaltar isso ou seja a Ju não
inventou isso isso é um procedimento adequado ético e resp assim quem não quer fazer falar assim às vezes né tem médico assistindo falar assim nossa Ju mas eu não quero fazer um um um laudo inglês não me sinto seguro até pela língua eu não quero eh fornecer informações e e e mandar uma conduta para um médico estrangeiro não me sinto confortável tá tudo bem desde que você não atenda estrangeiros atenda assim estrangeiros não brasileiros que moram fora então já que existe uma limitação da língua então não atenda brasileiros que moram fora do país né então
eu percebo isso então se você tem essa essa abertura e eu acho Fantástico né porque você acaba conhecendo várias culturas através dos pacientes eu adoro esse tipo de atendimento mas dá muito trabalho Claro dá muito mais trabalho então é a maneira ética e certa fazer então a classificação ajuda nessa comun nessa comunicação quando eu vou te passar um caso João eu posso passar toda a história clínica da paciente mas seria mais fácil eu falar assim ô João eu tô com uma paciente que tem esse diagnóstico e a história dela é esse aqui legal porque aí
parece que já até te un norteia no sentido por onde que você vai até porque a decisão Em relação à psicoterapia ou qual a abordagem ou por onde que você vai começar psicoterapia também se baseia no no diagnóstico perfeito perfeito né você como psicólogo perfeito e e já tocando esse ponto de clínica né de de behav lá lá na na BF a gente tem um formulário Inicial onde as pessoas preenchem né Tem um monte de Formação que as pessoas quando se interessam por algum tipo de atendimento elas colocam informações lá e uma das informações que
a gente começou a mapear foi os motivos pelos quais as pessoas procuram a clínica isso é legal porque a gente consegue olhar isso de maneira um pouco mais sistemática Porque hoje a gente tem lá uma série de motivos já bem estabelecidos que as pessoas geralmente respondem são mais de 11 11 motivos e o campeão desses motivos é exatamente isso que a gente tá falando que é o dia gnóstico ou seja as pessoas estão profundamente interessadas em saber o que elas têm Então as pessoas marcam lá um um sinalzinho lá no no formular dizendo assim ó
eu quero saber o que eu tenho e as pessoas realmente TM essa dúvida tem esse interesse Então eu acho que acho que mais de 80% dos pacientes relatam Exatamente isso ou seja elas querem saber sobre o diagnóstico e a pergunta que eu quero fazer para você é para que serve um diagnóstico né porque a gente começou esse episódio falando assim ó sei lá algumas pessoas ficam achando que isso é apenas um rótulo é uma estigma Por que que é importante diagnosticar O diagnóstico é muito importante desde a parte da gente eh for ver da parte
de pesquisa né porque a gente desenvolve novos tratamentos sejam eh terapia sejam medicamentosos a partir do estudo do diagnóstico então para esse diagnóstico a gente vai tratar com esse tipo de medicação então a gente precisa agrupar as pessoas e dentro daquele meio diagnóstico pra gente tratar pra gente testar a o tratamento mas a parte Clínica é muito importante porque é o que nos norteia Então a partir do diagnóstico ou a partir de uma primeira hipótese por exemplo norteia o que que a gente vai fazer então o diagnóstico seria o objetivo da da da consulta médica
por exemplo né Você vai no no na consulta Então vai passar pela anamnese vai passar pelo exame psíquico e vai chegar ali no final da linha a gente vai ter uma hipótese diagnóstica mesmo que a gente não feche mas a gente vai ter possibilidades do que tá acontecendo com com essa pessoa então o diagnóstico é pra gente traçar o plano terapêutico e pra gente saber prognóstico também o que que vai acontecer caso essa esse paciente não não não tratar o que que pode acontecer com esse paciente eh e com ele tomando a medicação né o
prognóstico é bom o prognóstico é ruim então o diagnóstico é importantíssimo pra gente como como ferramenta ali pra gente propor o tratamento né perfeito ah eu tenho eu tenho uma uma questão em relação ao diagnóstico que foi bem importante bem explicada mas na psiquiatria eu não sei na pscologia a gente já sabe que a gente pode intervir um paciente sem diagnóstico na psiquiatria em algum grau algum tipo de intervenção Existe algum ou seja na em os pacientes que você atende existe pacientes sem diagnóstico tem pacientes que não tem diagnósticos fechados então assim dentro de uma
primeira consulta a gente pode ter hipóteses assim eh E tem alguns pacientes que realmente não tem diagnóstico porque não não tem mesmo Uhum Então um paciente que eu atendi essa semana chegou muito confuso em relação a essa parte de carreira assim infeliz Ah não tô dormindo bem tô cons focar e ele veio em busca da receita do venance assim claramente ele queria o venance que os outros amigos ali do do escritório tomavam né trabalho no mercado financeiro E aí qual que é o problema dele né que essa insônia que ele coloca com essa ansiedade e
tudo mais ele não tem nenhum diagnóstico Se a gente fosse ser bem força Barra sa barra seria um transtorno de ajustamento Talvez né estava se adaptando ali uma empresa Nova Mas o problema dele é um conflito em relação a um estilo de vida que ele não se identifica que é um estilo de vida no mercado financeiro ali o or carolli morando em São Paulo e sabe muito ansioso e não dormindo e tomando muito café e aí ele tem vários erros da rotina dele que estão dando esse sintoma Então qual que é o diagnóstico erro da
rotina não é um diagnóstico né não tá no dsm mas assim síndrome da rotina bagunçada é síndrome da rotina bagunçada E aí se a gente for até é ver assim que diagnóstico seria eh teria que ser mais raro do que é considerado Normal né não pode ter um diagnóstico que esteja presente 99% das pessoas se a gente isola a cidade de São Paulo a capital Qual que é o padrão do comportamento da pessoa que mora em São Paulo qual que é o padrão eh no sentido de do quanto que as pessoas se sentem ansiosas Eu
morei a vida inteira lá né muito maior é você tá sempre com pressa você tá sempre acelerado e sempre atrasado eh você tem que fazer um planejamento ontem tem que fazer um planejamento do horário que você vai chegar porque tem trânsito é um C E aí é um planejamento que não dá certo porque trito daquel dali para cá é assim com a margem de erro é uma hora e naquele dia quebra um camião e vira 1 hora 40 então assim se a gente for pegar até então a gente pega você João mora mora na eh
no lugar mais afastado da cidade no mato cas tem contato com com o animal com a natureza tem tempo de qualidade com sua esposa tem tempo de qualidade com a sua filha trabalha Home Office aí a gente pega o mesmo João mesmo temperamento mesmo tudo mesmo criação o mesmo João coloca em São Paulo trabalhando eh nas mesmas empresas só que presencial uhum com a esposa trabalhando fora sem tempo de fazer comida sem tempo de fazer mercado os dois tendo que se dividir a filha estudando no integral sem você não consegue nem ver seu filho direito
pegando trânsit todos os dias o seu nível de ansiedade vai aumentar não tem jeito eu eu vou ser bem preciso nisso eu às vezes vou para São Paulo eu faço geralmente bate volta ou fico dois três 4 dias não mais que isso eu eu eu faço a mensuração da variabilidade da frequência cardíaca né ao longo do tempo que mede aí infere mais ou menos o nível de estess que eu tô é chegar assim já antecipando a viagem a São Paulo já tô mais estressado quando eu chego lá eu durmo mal e e e eu tô
estressado o tempo todo e levo pelo menos uns dois dias quando eu volto para pra minha rotina a me adaptar de novo então só de estar lá já é estressante para mim porque você não sei eu sempre fui criado no interior já tem já tenho mais dificuldade talvez com isso se eu morasse lá provavelmente eu teria muita dificuldade de me adaptar aqu e E aí se você chega no na primeira semana no consultório e se questionando de ansiedade de insono irritabilidade fal João você pode estar se adaptando então entra no transtorno de ajustamento ali do
dcm você tá se adaptando vamos esperar um tempo né Espera aí sua esposa se adaptar sua filha se adaptar né as coisas vão dar certo foi bom você ter vindo para cá vai crescer que não sei o que a gente tenta ver de forma positiva chega seis meses depois você fala Ju mas olha eu continuo tado ansioso tô preocupado tô assim assim assim assim assim Aí eu vamos supor que eu já bato o martelo do da tag né ansiedade generalizada mas espera aí como que o João era antes de vir para cá será que esse
contexto não tá sendo tão importante tão impactante que talvez ele Deva reconsiderar esse contexto no sentido assim João realmente tá fazendo sentido para você tá aqui não tá porque eu tô crescendo Mas será que não faria mais sentido você ter sua vida diantes e com mais qualidade de vida então o psiquiatra não é seu profissional que é para bater que eu poderia bater o martelo é tag toma a Sertralina toma o citalo pran e volta daqui dois meses ou eu posso fazer esse papel de o grilinho falante ali e fala assim ô João Mas vamos
pesar aqui os prós e contras Ju tem uma dúvida aí e eu tenho duas dúvidas na verdade a primeira Bom vamos lá duas dúvidas primeira delas é a gente sabe que qualquer transtorno mental ele não vendo nada ele tem uma etiologia ele tem causas ele tem fatores de risco etc sendo assim eh não faria sentido dar o diagnóstico nesse caso pro João porque por exemplo ele mudou de contexto e aquele novo contexto de trânsito de medo se assaltado de distância da esposa de Pouco contato com os filhos de tá comendo mais Fest food de tá
dormindo pior todos esses elementos são ali causais de risco pro diagnóstico nesse caso não seria tá não agora que ele tá aqui vamos dizer que ele você faz o pró cont ele fala [ __ ] não vai ter jeito eu vou ter que ficar aqui porque se eu se eu não ficar aqui os caras me demitem eu não faço ideia do que fazer eu vou ter que ficar aqui aí não é o caso de dar o diagnóstico aí já se ele falar não tem a possibilidade eu vou ficar aqui e ele já passou pro critério
de tempo né da tag por exemplo é se meses a gente vai entrar com intervenção medicamentosa a minha crítica e eu entro com diagnóstico né O diagnóstico é esse ele tem todos os critérios entro com tratamento a minha crítica é o psiquiatra terminar aqui entendi a intervenção de Esse é o seu diagnóstico e esse é o tratamento Teoricamente terminou meu trabalho mas esa aí será que a gente não pode falar você tem esse diagnóstico Mas você vê assim você sabe o fator de risco que é o estress que é a privação de sono que é
um estilo de vida que você não se identifica não é do seu valor seu valor é acordar com o passarinho cantando mas aí você com o tempo de consulta você acha que consegue o de consulta um psiquiatra você acha que consegue assim tipo em uma hora 1 hora e meia de consulta você consegue eh eh intervir nesse cenário ou você vai precisar de ajuda de um outro profissional então o meu ponto Era exatamente esse porque quando ela foi descrevendo isso é o tipo de coisa que eu faço como terapeuta e geralmente é uma análise mais
profunda porque na hora de ter que olhar para esses PR não que a tua análise seja Rasa por favor mais profunda no sentido de que precisa de mais tensa né mas por exemplo Putz então para eu fazer esse prós e contras eu vou ter que fazer com ele uma clarificação de valores o que que é realmente é importante para eleum equilíbrio de valores quanto que ele tá de fato consistente com esses valores o quanto que existe uma pressão tipo sei lá a família prefere morar aqui prefere voltar eh mas e né acho que é é
uma é uma análise mais não ess esse paciente assim sem dúvida nenhuma né no caso hipotético do João precisaria da da terapia porque ele precisaria fazer né tanta clarificação de valores o quanto que o trabalho é é importante o quanto que a família é importante o quanto que o sucesso é importante o quanto que o poder social é importante então clarificação de de valores áreas da vida então vamos ver áreas da vida do João o que que é importante aí falou nossa Ju família eu tô aqui 20% da minha energia trabalho 90% ISO Prade zero
e para mim é importante ter um ritual ali que eu participo Então dentro da do processo né com o psiquiatra e eu psicólogo a gente teria assim o que que era mais importante para você e talvez nesse momento talvez você fala assim ó Nessa década da minha vida é importante é fazer isso mas eu tenho pretensão de voltar pro interior e aí isso seria com psicólogo clarificação de valores e perfeito você sabe que lembra que eu falei que eu tinha duas perguntas né quando você respondeu a primeira você já respondeu a segunda porque a minha
dúvida era ainda que você não deu diagnóstico naquele naquela situação ali por novo contexto a minha segunda pergunta ia ser tá mas mesmo sem o diagnóstico Será que não valeria a pena medicar não na primeira consulta o João acabou de mudar para São Paulo ele cinco dias vai no consultório com esses sintomas ele já vai pro terapeuta e eu vou pedir para ele voltar em um mês para ver o nível de Sofrimento sem medicação sem medicação ele vai voltar no Psiquiatra sem tomar medicação e já vai no terapeuta antes dessa consulta de um mês eu
ligo pro pro psicólogo E aí como que tá Ju a gente tá adaptando aqui parece que ele começou a correr de novo a gente tá tentando uhum beleza ele volta na consulta a gente faz ali uma escala de ansiedade e tudo mais não João vamos tentar adaptar ainda alimentação não tá legal não sei o que vamos tentar adaptar sua esposa ainda não conseguiu emprego vamos adaptar primeiro aí esse paciente no quinto mês o psicólogo me liga Ju tá irritado dando patada ele é até na sessão e tá diferente ele volta ali seis meses fecha fecha
os critérios já deu o diagnóstico a gente entra com a medicação Ou seja a medicação entra já com uma com quando a terapia já tá rolando e o psicólogo já vê que não está adiantando só terapia no sentido assim cara me ajuda aqui que só a terapia ou a terapia tá patinando não tá tendo resultado ou sintomas estão mais graves do que a terapia pode intervir E aí a medicação vem até como um complemento ali uma associação entre a terapia e e a medicação como forma de de melhorar ali o o quadro do paciente então
esse teu exemplo eu achei muito legal porque ele ele Explicita duas coisas muito importantes a primeira delas é a necessidade de comunicação e diálogo entre psiquiatra e psicólogo e a segunda dela é como é um trabalho colaborativo que cada um tem uma coisa a contribuir né então talvez o psicólogo tô chamando de psicólogo falando da psicoterapia né Às vezes a psicoterapia é feita por psiquiatra também mas a psicoterapia tem um papel bem grande ali na parte vamos dizer comportamental cognitiva emocional ambiente e ajustes desabilidades etc e o psiquiatra o psicólogo conversando ali para não eu
vou entrar com a medicação tá eu eu vejo como um como se fosse uma prova de revezamento mesmo né fo aproveitar que a gente tá Olimpíadas no sentido que eu não tenho braço para nadar oito piscinas então eu vou dividir então eu chego lá meu colega vai na hora que volta já tem outra fazendo então o psicólogo e e o psiquiatra tem esse trabalho colaborativo onde a gente vai ter um limite ali então a minha a o tratamento medicamentoso Tem um limite onde o paciente vai chegar de melhora e é o limite onde o paciente
vai ter a melhora com a terapia no sentido que Muito provavelmente se nessa primeira consulta vamos supor que eu tô meio cansado meio de saco cheio aí o João Chega fala ah já toma medicação aí que se rapaz não vai acostumar com São Paulo do interior não acostuma com São Paulo e aí eu já passo a medicação E aí o João não vai vai para terapia aí ele toma medicação E aí ele fica até um pouco mais apático com a medicação então ele nem sente tanta irritabilidade de fato ele melhora mas ele não tem mudança
de comportamento ele não volta a fazer atividade física ele não consegue aprender a se comunicar de maneira assertiva com a esposa então ele tem várias outras coisas relacionadas a crenças a comportamentos que ele não está trabalhando em terapia porque ele não tá em terapia Mas tá tomando medicação ou seja não vai melhorar do mesmo jeito então não é que eh a a gente vai atrasar ou tratar e vai colocar só na terapia não a gente não tá atrasando tratamento a gente tá ensinando o paciente o que que é importante para ele até realmente precisar do
tratamento medicamentoso porque pode ser que não precise ele poderia ter uma uma evolução boa na terapia ao ponto de não precisar da medicação você me contou uma vez que você escreve no receituário né Terapia Do mesmo jeito que você escreve o remédio você escreve no receituário fazer terapia examente e geralmente assim e pro paciente que não está em terapia eu eu já entendo mais ou menos o perfil do paciente eu já coloca o psicólogo que eu indico coloca o nome então assim um paciente muito objetivo ali pragmático ó vai no João aqui um cara direto
você vai gostar dele né cara assim vai te explicar você vai tem paciente que tem às vezes não é nem da área de saúde mas ele quer entender ele quer saber o que que acontece no cérebro dele falou não vai nesse cara aqui ó o João Eh neurocientista e tudo mais vai saber te explicar especialista em sono aí pode ir o cara manja noso aqui pode ir então eu já vejo mais o perfil ou não olha vai nesse nesse aqui que é mais acolhedor tem aquele perfil do psicólogo mais paizão sabe então vai nesse aqui
que esse aqui vai precisar disso que você precisa dessa questão da regulação emocional então o psiquiatra também tem esse papel quando o paciente vem e não está fazendo terapia de também direcionar eh para para forçar esse match assim de dessa combinação né de ver qual que é o estilo do paciente Qual que é o estilo do terapeuta que isso e geralmente a gente acerta geralmente a gente acerta a gente sabe exatamente o paciente que ele vai se identificar com cada psicólogo fazer esse encaixe enc e mais às vezes eu você tem P você tem um
caso de TDH Pô você tem um baita especialista em interag você vai mandar paraele para aquele perfil ou você vai ter Sei lá o cara tem uma especialização aqui em transtornos de humor por exemplo você tem já de especialidade essa questão Então essa semana Mamãe pediu a filha dela quadro de dor assim já fez todas as infusões possíveis me diga o psicóloga vai no Zé cha aí o telefone não sei o que ainda mais que para quem não sabe o é o Zé Siqueira e que é sócio da Clínica beh Health que é professor no
ipbe e um dos maiores nomes da dor crônica no Brasil nessa parte do tratamento psicológico e e a e a paciente muito ansioso o Zé super calmo para conduzir para falar doce né o Zé é uma pessoa doce então a gente já sabe que não é só especialista na área mas é uma questão assim que você sabe que vai ter um encaixe ali então é é papel do do psiquiatra assim como do o psicólogo também de fazer olha vai nesse psiquiatra que eu sei que ele vai ter um olhar assim então eu recebo muito encaminhamento
de psicólogo que fala olha esse paciente não quer tomar remédio uhum porque sabe que eu vou ter um trabalho às vezes mesmo se for necessário a prescrição que eu vou ter um trabalho mais lento de conscientização de entendeu o por que esse paciente não quer tomar remédio o que que ele já teve experiência prévia que às vezes é baseado em em crianças mesmo né jo eu queria te perguntar isso daqui eu tenho eu tenho uma imagem mental eh de de avaliar tipo três cenários aqui é o paciente por exemplo o paciente que você recomenda a
medicação e ele aceita numa boa tá tudo certo Segue o o dia tem os pacientes que não querem tomar medicação tipo não isso aqui vai me dar efeito colateral não quero sentir isso sentir aquilo e o paciente que já chega exigindo uma medicação e qual a maior prevalência no teu consultório assim o que que mais tem qual o perfil que mais tem porque isso interfere muitas vezes na condução do caso aí depende do perfil de paciente assim e eu tô atendendo uma de e até por conta do meu posicionamento né em rede social uma grande
leva de pessoas que querem ter o diagnóstico de CDH porém felizmente não possuem né Então vem com essa coisa mandatória de Ah não eu já tenho diagnóstico mas se já foi em outro profissional não eu vi eu tenho mesmo e aí já vem e o que que é difícil João nesse Então vamos falar primeiro desse terceiro ponto desse paciente que não tem um diagnóstico e que vem exigindo medicação e consulta já começa enviesada Porque qualquer pergunta que você faça a pessoa ela responde na tentativa de obter o diagnóstico e aí isso às vezes atrasa o
diagnóstico porque a gente precisa às vezes pedir mais avaliações né avaliação neuropsicológico precisa pedir várias avaliações mandar paraa terapia para investigar mais tempo Porque ela pessoa essa a pessoa se engana se engana e muitas vezes não é uma questão da pessoa querer mentir pro profissional Mas ela tá com aquilo tão uma ideia tão fixa na cabeça de eu tenho TDH por exemplo que ela não se permite pensar na resposta então quando eu pergunto Olha acontece isso isso isso ah acontece assim não pensou na pergunta não deu tempo de raciocinar aí eu preciso chamar a mãe
chamar a esposa e e às vezes o diagnóstico fica até mais tardio por conta disso né então tem essa parcela que nos meus pacientes por conta desse nicho de TDH tem vindo bastante tem a parcela eh que eu recebo muito caso refratário então depressão refratária que tem que ir para quetamina para para ECT então eu pego muitos pacientes que já foram muito mexidos Então já foram em muitos psiquiatras e já teve muitas experiências ruins tanto com profissionais tanto com remédios então quando a pessoa fala Ju eu vim aqui mas eu quero um tratamento que não
envolva medicação Porque Nossa Deus me livre O que que você já teve de experiência que que foi ruim ah eu tomei um lanz Pina me engordou 20 kg então tá bom então eu tô entendendo que o primeiro ponto o remédio não pode te engordar então beleza então a gente tira todas as medicações que aento apetite não vamos tratar seja você tá olhando aqui para aquilo que mais funciona em relação à medicação e e avaliando Qual é a medicação adequado para aquela pessoa sim é prática baseada em evidências né não é só aquilo que tem mais
evidência no sentido de funcionar mas aquilo que a gente vai individualizar no tratamento do que que a pessoa precisa Então a a opinião do paciente importa no sentido de O que que você não quer que aconteça apetite Beleza o que mais de experiência ruim não é porque eu tive um tremor no outro dia nas mãos e eu liguei pro meu psiquiatra meu psiquiatra não me atendeu e eu não sabia se era do remédio eu fiquei apavorado então falta de contato com profissional foi uma coisa que te perturbou isso não vai acontecer você vai mandar mensagem
no mesmo dia em 24 horas no máximo eu vou te responder então não vai acontecer você vai ter o apoio do seu psiquiatra qual que o outro ponto ah Doutor que quando eu tomo meu marido acha ruim porque ele não acredita muito negócio de depressão não ele acha que é que é falta de Deus meu marido é pastor não sei o quê vai fazer o seguinte volta a semana que vem com ele eu vou conversar com ele a gente vai psicoeducar ele juntos então a gente vai quebrando é assim uma quebra de objeção certo porque
quando a pessoa precisa do tratamento a gente precisa entender não basta eu falar não mas você tem que tomar porque esse modelo médico e de o médico ditador de regras de eu mando aqui você tem que fazer o que eu quero que você faça isso já não pega mais tá fora de moda esse tipo de médico é uma questão colaborativa né o paciente me traz o que que ele tem de expectativa e eu mostro para ele o que que tem de possibilidade dentro da expectativa dele a expectativa não Tomar remédio nunca mais paciente é esquizofrênico
não existe essa possibilidade vai tomar o que que é melhor não eu prefiro tomar injeção beleza é uma das opções que a gente tem então o trabalho ele precisa ser colaborativo então esses pacientes que não querem tomar medicação eu escrevo inclusive no papel as objeções e a gente vai traçando metas para quebrar aquelas objeções Inclusive a gente às vezes começa com subdose ou seja não é dose terapêutica não é dose que tá na bula para ir aumentando devagar tem paciente que eu começo com uma gota por dia aumentando uma gota por dia você eu não
ve isso em guidelines ou seja não tem um efeito terapêutico mas tem um efeito de aprendizagem tem um efeito de aprendizagem no sentido assim a gente vai demorar 10 dias para chegar no inst salor para 10 mg uma gotinha por dia isso aí não tá no guideline vai reduzir o os efeitos colaterais é isso para o paciente não achar que ele vai ter efeito colateral para ele perder o medo do efeito colateral E você vai me mandar me mensagem de qualquer coisa que você vai sentir então você passa segurança pro paciente c e tem o
paciente dei o exemplo do do paciente que quer o diagnóstico né que quer o remédio do paciente que não quer e aquele que aceita né É e tem um paciente que é tranquilo que que adere porque esse é o Esse é o é o o padrão ouro do e na tua experiência Clínica quando você prescreve psicoterapia como costuma ser eles gostam não gostam resistem como é que é isso porque assim do que eu sei né tem gente que eu quero resolver meus problemas com remédio tem esse paciente que ele ele tem uma certa versão a
psicólogo e é uma versão que eu profundamente entendo dada a péssima qualidade da de muita muita da Psicologia brasileira eh e tem aquele paciente que que é que não quero remédio jeo nenhum né então o psiquiatra Nossa ele vai me dopar tal mas quando você prescreve a psicoterapia como é que costuma ser a reação assim é a maioria assim que o o meu hum Eu acho que o a o meu a minha clínica hoje é um pouco en viesada porque eu esses pacientes que querem o tratamento interdisciplinar tem procurado mais né então são poucos pacientes
que tem um nível de consciência muito baixo assim de Ai não quero fazer psicólogo ou fiz a terapia não funcionou o que eu sempre explico para esse para para esse tipo de discurso é o seguinte assim com quem que você fez terapia Ah fulan eu não conheço então não não posso falar da da conduta e tudo mais e se você fizer com uma indicação minha que eu sei que essa pessoa trabalha bem que é um bom Psicólogo o que é raro né Assim como bom psiquiatra também acredito que seja raro faz com essa indicação minha
depois você vai me falar o que que você acha quando a pessoa chega na segunda consulta Ah e a terapia Ah não comecei fal você não tá fazendo seu tratamento não tô tomando remédio mas você não tá fazendo seu tratamento seu tratamento tem parte a que é a minha parte é medicação né muitas vezes é necessário a parte B que é psicoterapia e a parte C que é estilo de vida você não tá fazendo você só tá fazendo a a não tá fazendo a b e a c você não vai melhorar então assim esse esse
tipo de paciente que não quer terapia ele nem fica comigo Hum porque eu cobro tanto de maneira sistemática que eu não faço uma sugestão de já ó seria importante seria vê se consegue Legal vê se dá né se der aí no orçamento aí vê aí com a sua esposa se não dá para não ó já você tem esse diagnóstico você vai tomar medicação Você precisa fazer atividade física e você precisa fazer terapia eu preciso conversar com o seu psicólogo você já tem não posso te indicar um Beleza então vou passar o contato para você você
fecha vê se gosta do psicólogo faz uma sessão ali para ver se se combina se rola ali combinou eu vou marcar uma ligação com o seu psicólogo para conversar sobre o seu caso Isso faz parte do seu tratamento não tem como não fazer terapia no seu caso então assim a maneira que eu falo já a pessoa já se sente na obrigação assim nossa eu tenho que fazer não tem jeito então Eh na verdade é é uma é uma não é uma imposição no sentido que a gente não tem poder de obrigar ninguém fazer nada mas
é uma questão que eu deixo claro que o paciente só vai ter benefício se ele fizer e lógico que tem condições que o paciente não tem condição de fazer terapia nem condição financeira às vezes condição de de de de psiquê mes de mente sentido paciente tá completamente Psicótico ali é esquizofrênico não a gente eu já falo pra família ó nesse momento a gente vai tratar com medicação vai fazer terapia ocupacional vai fazer tal tal atividade adiant Nem adianta psicoterapia não tem fazer delirante ele não tem contato nem com pensamento dele né o psicólogo vai ficar
conversando com Delírio não tem jeito então a gente vai fazer esse tratamento na partir do momento que reitiu você vai pra terapia para quê psicoeducação pra gente ver eh pra gente tentar amenizar ali os os sintomas cognitivos que ele pode ficar que às vezes ele fica ali com residual né de fica um pouco persecutório at ajudar na adesão ao medicamento adesão a medicação e redução de danos né de colocar esse indivíduo na sociedade na reinserir ele principalmente pós internação então às vezes a terapia não entra no momento a às vezes entra no momento B Mas
é difícil o paciente que eu falo Nossa não entra porque como eu não atendo idoso talvez idoso num grau de demência assim a terapia não não não teria uma função ali mas como eu atendo mais Eh caso de humor ansiedade dependência química e neurodesenvolvimento é difícil o caso que eu não tenho encaminhado paraa terapia é quase que 100% dos meus casos eh bom e tem uma uma coisa que a gente falou bastante são vários tipos de de Diagnósticos né então você tem aí depressão ansiedade Você tem o os transtornos do neurodesenvolvimento o o o Ju
a gente podia eh dar uma versão resumida assim da de qual de um de uma de uma não da lista de Diagnósticos mas uma visão geral dos dos principais tópicos que a gente poderia pensar porque você falou sobre esquizofrenia você falou sobre transtorno bipolar você falou ansiedade depressão dentro do manual do dsm existe uma uma uma uma organização em grandes partes só para eu acho que situar o a a nossa audiência para que talvez faça um pouco mais de sentido nesse cenário mais de classificação Sim a gente tem categorias assim né de a gente poderia
pensar num modelo assim quase que de de dimensões né então a gente tem o a gente começa né o dcm com os transtornos do neurodesenvolvimento né que inclui o teia TDH deficiência intelectual né dificuldades ali de aprendizagens específicas de es calculi tudo mais então a gente começa com os transtornos que são especificamente iniciados na infância depois a gente tem os transtornos relacionados a deixa a interromper e perguntar o seguinte se começam na infância e eu tô deduzindo talvez passa ser uma dúvida eh da pessoa que tá vendo eh se começa na infância significa a criança
nasceu com esse tipo de transtorno se desenvolve na infância né mas não é porque é uma pergunta difícil essa né porque são são a maioria dessas doenças tem a base neurobiológica muito bem descritas né o TDH por exemplo tem C eh mas é difícil falar que nasceu com né como é que a gente prova isso né como que a gente prova que essa criança nasceu por exemplo uma coisa que eu fico pensando é a construção do cérebro ela é guiada pelo código genético Mas ela é influenciada pelo ambiente que ela tá vivendo né então o
quanto que isso já ia se desenvolver assim o o quanto tanto que esse ambiente nos primeiros anos de vida foram também contribuindo pro cérebro e para um lado pro outro na sua construção gente for pensar por exemplo uma criança que tem uma deficiência intelectual ela nasceu com com com com a deficiência né então o desenvolvimento dela vai ser marcado por essa por essa dificuldades né E por dificuldades que tem níveis diferentes ali de comprometimento então a gente entende que essa criança nasce né Independente se foi causado por alguma coisa né teve um parto ali teve
cordão sofreu hipóxia enfim não desenvolveu ou teve uma condição genética uma síndrome de Down alguma síndrome que explica essa deficiência intelectual pro outro lado pegando esse gancho do Jean eu tenho uma criança com um transtorno opositor desafiante em que a mãe era usuária de Craque na gravidez Então já teve exposição a substância durante a gravidez tabagista eh nasceu prematura e ficou em orfanato até aos 6 anos e foi adotado por uma família que levou no Psiquiatra ó é desafiante não aceita regras é é impressionante bate na gente bate nos colegas é vingativa parece que meu
filho é ruim a mãe às vezes chega assim parece que meu filho é ruim aí tá com transtorno opositor desafiante o quanto que é genético e o quanto que foi um ambiente se expôs na gestação se expôs no parto ficou num num lugar ali que ela foi abrigada mas que não tinha o vínculo afetivo ali das pessoas por mais que tenha o interesse das Tias tudo mais né não era a mãe não era o pai e o quanto que esse ambiente não influenciou nesse nessa nesse neurodesenvolvimento né no desenvolvimento do cérebro dessa criança então tem
vários fatores né os genéticos são muito importantes quando a gente fala sobre é transtorno do neod desenvolvimento né teia TDH isso é mais do que do que provada essa questão hereditária mas o ambiente tem uma influência gigantesca até porque se a criança nasceu com alguma coisa não tem muito o que fazer o que a gente tem agora é um tratamento precoce se possível para intervir na melhora desse indivíduo certo Exatamente exatamente perfeito então nós temos transtornos do neurodesenvolvimento e depois aí a gente tem os transtornos é se eu errar na ordem você me avisa não
não mas a ordem não é importa importa é que eu tô pensando no dcm assim no no Sumário mas assim eu vou falar das categorias os transtornos psicóticos né então o mais emblemático no sentido que o que as pessoas mais Eh mais lembram né a esquizofrenia né seria ali o o o mais conhecido aquilo que as pessoas no senso comum chamam de loucura né seria o que as pessoas chamaram loucura né então a pessoa é delirante né o Delírio é essa perda da do do contato com com a Psicose a perda do contato com a
realidade que que acaba a pessoa tem esses delírios né que são juízos falsos então por exemplo eh eu fico imaginando que que você tá lendo meus pensamentos né um Delírio falso da da é é um juízo falso da realidade isso não tá acontecendo entram aí aqueles estereótipos né ele acredita que é Napoleão Bonaparte sim sim aí a pessoa ela tem eh pode ter Delírios de de diversas formas junto com alucinações né que pode ser auditivas pode ser visuais e dentro dessa dessa Psicose a pessoa tem um um comportamento desorganizado então a pessoa Às vezes não
consegue cuidar de si né por isso muitas vezes não consegue tomar um banho não consegue eh organizar os próprios pertences tem uma desorganização da fala às vezes o indivíduo Psicótico você não entende nada do que ele tá falando porque é é como se ele vivesse num numa realidade que é só dele ali né então os transtornos psicóticos são né dessa categoria da da da Psicose breve esquizofreniforme fria mas a prevalência é baixa aí né a prevalência é mais baixa né 1% ou se tem poucas pessoas né Quanto que é 1% 1% da população certo é
menor aí tem o transtorno esquizoafetivo que eh também Chega a ser polêmico né a existência dele ou não mas a gente considera que é a pessoa que tem um quadro de Psicose depois ela tem um período no qual ela ela tem um pouco período ali de de eutimia e depois ela tem um um episódio é que seria maníaco ali ou um episódio depressivo acompanhado de Psicose ou não então ela tem características da esquizofrenia e ela tem características da do transtorno bipolar mais importante é que ela tem períodos em que ela fica só psicótica sem Episódio
de humor e isso diferencia o principal diferenciador da pesquisa afetiva pro transtorno bipolar e a gente tem a categoria né das das um dos transtornos mais prevalentes né da categoria dos transtornos de humor que a gente tem tanto transtorno eh bipolar quanto o transtorno depressivo maior E aí tem vários outros transtornos de humor relacionados né Eh eh no sentido de de de duração e de subcategorias ali que o que o dcm vai colocando Mas seria os dois mais prevalentes aí a gente tem os transtornos ansiosos onde a gente tem vários transtornos de ansiedade né a
fobia específica Eh que que que para mim assim é até um pouco eh eu nem sei o o o o quanto que a gente consegue usar a fobia específica quanto diagnóstico né porque a gente tava brincando aqui antes da gente começar a gravar né Eu tenho fobia específica de tubarão né Realmente eu não consigo nem ver um filme ali entro no mar Às vezes fico um pouco preocupado e tudo mais mas o quanto que isso é disfuncional o quanto que isso provoca sofrimento uhum ah provoca sofrimento que eu não posso ver um filme provoca sofrimento
quando eu vou para Recife só mas a minha vida é normal Ô Ju vou te contar uma história aqui é uma vez na minha clínica um paciente me procurou para tratar fobia de cobra ele falou cara é exatamente isso que você tá falando eu não posso estar mudando de canal na televisão que se aparecer uma cobra me dá um negócio eu preciso mudar de canal aí eu não posso ver cobra de jeito nenhum né E aí eu falei para ele tá eh Onde que você mora Ah eu moro na Avenida Paulista né tipo ali na
na n na região da Avenida Paulista em São Paulo ali para quem não conhece um centro Urbano né puro concreto ali onde que você trabalha Ah eu trabalho na Faria Lima ali né iden né Muito cimento e prédios você tá com planos assim você quer fazer um Safari você quer ir para pro tal ir pescar não eu gosto de ir pra Alemanha eu gosto de Paris Berlim n Madrid esses lugares que eu viajo assim Estados Unidos tal falei então por que que a gente vai tratar né a fobia de cobra assim o que que você
vai ghar quant o quanto que isso te influencia né né tipo porque uma vez por mês Sei lá o quantas vezes ele tá mudando de canal viê uma cobra ou alguém manda uma uma figura de cobra só para encher o saco dele no WhatsApp dele tal aí ele falou cara você tem razão trata F gastar seu tempo seu dinheiro com coisa melhor n agora se for uma fobia específica em eh de cachorro por exemplo Às vezes isso é é muito disfuncional no sentido que às vezes a pessoa deixa de conviver com amigos com famílias ou
deixam de ir na casa de outras pessoas porque na casa tem um cachorro e a pessoa tem uma fobia e e e fobia assim é é importante a gente diferenciar que não é um medo medo de cobra eu tenho medo de barato Eu tenho fobia é um negócio assim a pessoa tem pavor só dela ver uma foto ela tem sintomas físicos de ansiedade ela Tom agora se esse paciente que chegou para mim com fobia de cobra tivesse fobia de elevador aí já seria um problem tratar né Ele trabalha num prédio na far Lima Ele mora
num prédio no Jardim porque ele vai se expor diariamente a a esse medo né imagina ele sei lá subiu 20 andares de escada para trabalhar esquecer o celular no carro tem que descer 20 andares de escada e voltar ou sei lá hora do almoço que é só descer para tomar um café isso é disfuncional porque além de gerar sofrimento o indivíduo perde tempo ali né no sentido de não entrando no elevador Então dentro dos transtornos ansiosos tem a fobia específica tem a ansiedade social e aí é muito importante dentro da ansiedade social a gente diferenciar
o que que seria uma ansiedade social né do indivíduo que tem o medo de julgamento né que que não consegue se expor ali porque tem um intenso sofrimento ao se expor em situações sociais porque ele acredita que tá sendo avaliado o tempo todo de um indivíduo que é tímido que é mais introspectivo que tem um temperamento ali de realmente não se Expô tanto eh então a gente tem alguns diagnósticos né que é importante a gente fazer essa diferencial do que que é o normal o que que é o patológico então ansiedade social ansiedade generalizada transtorno
do pânico Então dentro da dentro dos transtornos ansiosos a gente tem vários outros transtornos isso é interessante porque geralmente quando a pessoa vai falar que tem ansiedade a João sabe o que que é eu fui na fui no no outro psicólogo ele falou que eu ten ansiedade Meus parabéns porque senão você estava tá vivo né sentindo alguma coisa prevendo o futuro né Exatamente é um sintoma que qualquer pessoa vai experimentar em alguma fase da vida Lógico que tem gente que sente isso com mais frequência tem gente que sente com menos frequência e eh eu acredito
que até em termos evolutivos os ansiosos vão sobreviver mais tempo justamente por conseguir se preocupar e conseguir planejar melhor o futuro pode ajudar na profissão dele pode ajudar na profissão Então você pensa se você chama um convidado aqui e você escolhe um tema pro convidado e o o convidado chega e não não lê nada sobre Ou nem treina mentalmente o que ele vai falar ele chega despreparado aqui perfeito né então ansiedade às vezes é protetora Então você convida uma pessoa que é mais ansiosa a pessoa vai ler vai ver se saiu algum artigo é diferente
Ou vai lembrar uma um percentual para não falar besteira então a pessoa que se preocupa ela vai acabar desempenhando melhor então a ansiedade muitas vezes é protetora nesse sentido e aí é muito legal porque a gente tá chegando perto do final do episódio e vem uma coisa o que você falou nos primeiros minutinhos que é a gradação né porque esse nível de ansiedade se você sentiu ess esse nível de ansiedade você foi lá lembrar uma porcentagem você mais ou menos pensou Poxa acho que é importante eu falar isso acho que é importante eu falar aquilo
se essa ansiedade sobe sobe sobe sobe sobe você chega aqui tem Branco tá com a voz trêmula e se perde fica né não não dá conta porque aí passou do nível né tem um tem um nível Então tem um nível um nível ótimo ali que aumenta desempenho que é esse nível que ontem dei uma relembrada numas coisas que eu queria abri o o aula do Instituto e vi a sua primeira parte de psicopatologia que você faz essa diferenciação foi legal fal Nossa O Joan pensa igualzinho eu a gente tá alinhado muito bom Eh Ou seja
foram nutridos na mesma fonte exatamente a gente nutriu da mesma fonte a fonte da ciência perfeito vi a sua aula falei assim vou jantar no hotel mesmo vou dormir mais cedo porque eu quero estar descansada agora imagina que eu fosse zero ansiedade aí sai vamos supor que se eu se eu tivesse bebendo álcool Aí bebe álcool acorda cansada aí eu nem pesquisei o que que o Jean sabe sobre o assunto ou o que que o Jean pensa eu venho aqui completamente cansada e eu começo a colocar coisas que são Opostas aos seus pensamentos Então pensa
a minha ansiedade me protegeu para est aqui hoje mas não é uma coisa disfuncional tanto é que eu tô tranquilo tô conversando como se a gente tivesse almoçando junto não tô tremendo minha voz tá normal então a ansiedade tem esse fator protetor e a gente precisa entender esse limite e o limite é o limite da funcionalidade e sofrimento só que no sofrimento não é qualquer sofrimento é lógico que antes eu tava no Uber chegando aqui dá aquela coisinha assim nossa que que será é um freezin mas é é uma coisa que no momento que acaba
o podcast ou até agora que não acabou Eu já tô bem legal então assim ao limite da funcionalidade que a gente vê funcionalidade e sofrimento é dizem que e claro que isso talvez não seja baseada em evidências mas dizem que qualquer grande artista Professor qualquer área de uma pessoa que realmente leva a sério o que faz sempre fica com grau de nervosismo Não importa quantas vezes tenha feito e recentemente eu vi um vídeo do James Hatfield que é o líder do Metallica o guitarrista e o cantor do Metallica agora assim a banda tem sei lá
mais de 40 anos ele já tocou sei lá Se somar talvez chegue em bilhão de pessoas para quem ele já tocou e ele tava ali prestes a entrar num show num estádio que ele tá acostumado a fazer e tipo ele tava meio nervoso ele tava fazendo uma respiração diafragmática tava tipo tentando se concentrar claramente ele estava nervoso porque faltava tipo sei lá um minuto para subir pro palco então quantas cara fez isso Sei lá milhares de vezes já tocou para Talvez um bilhão de pessoas e é isso ele Leva a séria ele tá ali num
nível de ansiedade que ele né precisa para talvez performar e isso é esperado né então Eh ainda mais ansiedade que eu acho que é o sintoma mais comum relatado hoje né dentro dos dos consultórios aí é interessante a gente entender o que que é transtorno e o que que é sintoma dentro de sintoma todo mundo aqui já sentiu ansiedade na vida né não tem como não sentir muito bom né outro depois do transtornos ansiosos tem os transtornos do obsessivos compulsivos né a gente também vê como um espectro assim obsessivo compulsivo onde tem vários transtornos Aliás
a até quero voltar para gravar sobre toque Ah acho legal Vamos fazer porque eu vejo pouca gente falando sobre toque trastorno obsessivo compulsivo ó Então já tá convidada para voltar eu me convidei né você viu né João eu convidada para voltar e gravar um episódio sobre transtorno obsessivo é vamos gravar que toque eu vejo pouca gente falar então tem eh os transtornos de personalidade que são transtornos também que eu não vou entrar na na na no mérito mas são transtornos que são muito questionados em relação à validade porque eles são divididos em cluster e e
tem tem muitos pacientes que a gente não consegue fechar o transtorno de personalidade borderline histriônico narcisista a gente vê ele como um cluster ali que ele tem sintomas de vários outros transtornos mas existem os transtornos de personalidade mas a maneira com que eles estão sendo construídos eles têm sido questionados né mas importantíssimo aqui tem até o Episódio de borderline né que é um dos transtornos que a gente mais tem visto na clínica mas é mas é também a prevalência é Baixa também a prevalência mais baixa também tá perfeito eh tem os transtornos relacionados ao uso
de substância né então desde a intoxicação a dependência abstinência então a gente separa cada substância desde a cafeína até a cocaína até as anfetaminas a gente tem eh todos os critérios diagnósticos de intoxicação de abstinência de dependência tem os transtornos relacionados a impulsividade né então pacientes que TM eh transtorno explosivo intermitente né transtornos relacionados a isso transtornos eh relacionados a a parafilias ali dessa parte sexual e esqueci fal falou alimentares transnos alimentares boas anexia nervosa anorexia nervosa bulimia TCA né que é transtorno da compulsão alimentar e é importantíssimo transtorno alimentar é super difícil de tratar
tanto de medicação tanto de psicoterapia aliás eu até recomendo quem tenha transtorno alimentar que procure um psicólogo especialista em transtorno alimentar porque realmente é muito eh a o manejo ele é muito tem que ser especializado né e transtorno alimentar é importantíssimo ó deixa eu dar um recado um dos próximos episódios aqui do saúde mental em evidência é sobre transtornos alimentares com a Natália Calegari tá para sair logo depois desse aqui tá bom e a gente fala a gente tem muitos termos errados né Tem muita gente chega no consultório fala eu tenho compulsão alimentar e às
vezes a pessoa tem episódios ali por desregulação emocional de compulsão mas ela não tem o transtorno da compulsão alimentar então é importantíssimo os transtornos alimentares também identificação e saber mesmo que eles se confundem né entre si né e acho que é isso né pelo pelo menos assim lembrando a grosso modo assic são o voo panorâmico é é esse né do dos transtornos e a gente tá falando baseado no manual de Diagnóstico estatístico aí que tá na na quinta edição né com texto revisado aí de 2022 perfeito perfeito e tudo isso não serve eh simplesmente pra
gente rotular as pessoas serve pra gente ajudar as pessoas contribuir pro tratamento encontrar o curso eh e do desenvolvimento e a gente e saber principalmente aquilo que a pessoa está sentindo tá passando e a gente contribuir pra melhora dela é a ideia do diagnóstico de todos esses diagnósticos não tem nenhuma porque assim a gente vê muito comentário sobre teorias das da da Conspiração né não isso aqui é faz parte da Indústria Farmacêutica um monte de bobagem e que um um um clínico responsável ele vai fazer bom uso disso vai fazer um um uma uma uma
contribuição importante para para que o paciente tenha aí seu resultado então é sempre importante ressaltar a ação do profissional em cima desse tipo de e de literatura do do próprio manual porque isso serve ele ele não é uma uma condição única de cada um colocar aí um um diagnóstico e achar que resolveu o seu problema e é importante né que a gente fala como manual se eu for pegar um manual dessa câmera aqui que tá me filmando e quebrar uma lente e eu pegar o manual eu sou incapaz de usar aquele manual porque eu não
tenho conhecimento técnico e experiência para poder consertar uma câmera eh desse nível ao mesmo tempo você pegar um manual como Lego Ler o manual e achar que pode fazer bom uso manual é uma coisa muito perigosa então o manual ele foi feito para Profissionais de Saúde Mental e ele é um manual que serve como uma isso eu falo muito meus alunos uma bússola então ele direciona as nossas As Nossas ações as nossas condutas ele não é uma Bíblia no sentido de uma verdade absoluta que não pode ser questionada o dcm tem vários questionamentos a gente
eh a gente questiona eh vários pontos ali inclusive de questões culturais que não não são colocadas questões biológicas que não são colocadas mas ele hoje é a nossa melhor bússola a gente Espera que daqui 15 anos a gente tenha novos novos manuais ou ou novos direcionamentos que que entendam mais essa questão trans diagnóstica e da individualidade mas hoje o dcm a gente tá ind 2024 o dcm Hoje é a melhor bússula que a gente tem inclusive eh para quem tem essa preocupação sobre a os transtornos mentais são uma invenção para vender remédio tem uma coisa
que eu acho que vale a pena destacar aqui que é a seguinte sabia que tem uma indústria que fatura Bilhões de Dólares por ano vendendo um tratamento sabe que indústria que é o que é gente a indústria das lentes de óculos e nem por isso não existe astigmatismo não existe hipermetropia não existe certo é uma indústria acho que parece que são três grandes conglomeração só todas as marcas se resumem a Três empresas e eu não vou deixar de usar óculos se eu não enxergar porque eles faturam bilhões e eu acho que você também não deveria
deixar de tomar um remédio caso você precise só porque a indústria fatura bilhões também certo última pergunta tô satisfeito eu acho que a gente já fechou um tempo bem legal e quero agradecer agradecer a Ju a grande parceira eu acho que ela já tá não só aqui nesse podcast mas no próprio MPB a gente tem aí uma parceria em longa data também na BF É sempre um prazer imenso ter você aqui muito bom Ju onde que as pessoas podem te encontrar acompanhar mais o seu trabalho então todas as informações estão no meu Instagram então @
djup psiquiatra pode mandar mensagem lá que tem informação da Clínica se quiser agendar agenda por lá agenda pela clínica bhealth que eu estou disponível para vocês ótimo Então nesse tempo de autodiagnóstico todo mundo achando que tem a b ou c eu entendo que este Episódio é especialmente importante para você separar o joio do trigo né você saber o que de fato é um transtorno do que talvez seja uma característica Talvez seja um comportamento Talvez seja algo momentâneo então encaminha para quem precisa aprender sobre isso tá bom curte compartilha comenta e assim por diante obrigado se
você é é estudante de Psicologia ou psicólogo formado Venha conhecer o inbe o Instituto de Psicologia baseado em evidências no inpe.com temos muitas coisas legais por lá Obrigado pela sua atenção e a gente se vê no próximo episódio valeu
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