Na primeira parte da nossa série sobre Fonética Articulatória, nós abordamos as consoantes do português brasileiro. Mas uma língua não é feita apenas de consoantes, ela também precisa das vogais. E é exatamente sobre elas que nós vamos falar agora.
No vídeo de hoje, eu vou te mostrar como são classificadas as vogais de acordo com a Fonética Articulatória. E você está no Voice Lab! Se essa é a sua primeira vez por aqui, já clica no botão aqui embaixo e faz a sua inscrição porque assim você vai ficar por dentro de tudo o que acontece aqui no canal.
Este é mais um vídeo da nossa série sobre Fonética Articulatória. Se você perdeu os outros vídeos da série, o link para a playlist com todos os vídeos está aqui no card que aparece na tela. Bem, diferente das consoantes, onde nós tínhamos basicamente três elementos para classificar os sons, — o ponto de articulação, o modo articulatório e o vozeamento — para classificar as vogais nós vamos ter quatro elementos.
Mas que elementos são esses? Diferente das consoantes, as vogais são sempre vozeadas. Então, o vozeamento, que a gente usou nas consoantes, não serve para as vogais.
No caso das vogais, a nossa língua não toca em nenhum lugar, por isso, nós também não temos como classificar as vogais de acordo com o ponto de articulação. Outra questão é que as vogais são sempre fluidas, por que não existe nenhum bloqueio na passagem de ar já que não tem ponto articulatório. O que acontece é apenas uma modificação na forma e no tamanho do espaço que o ar tem para passar na nossa boca.
Por esse motivo, nós também não temos como falar em modo articulatório nas vogais, porque elas são sempre fluidas. Como é que a gente faz então? Bem, para classificar as vogais nós vamos olhar para quatro elementos.
O primeiro deles vai ser a altura da língua. Basicamente, é o movimento da língua para cima ou para baixo. Não é a ponta da língua, é a língua inteira, especialmente as partes do meio e do fundo.
O segundo elemento é o deslocamento horizontal da língua. O que isso quer dizer? Basicamente, é o movimento da língua para frente ou para trás.
O terceiro elemento vai ser a posição dos nossos lábios, que são duas só: arredondados, como nas vogal “o”, e não-arredondados, como na vogal “e”, por exemplo. Por fim, o quarto elemento é a abertura ou fechamento do esfíncter velofaríngeo. Em outras palavras, é saber se o seu palato mole está para cima, fechando a passagem de ar para o nariz, lá no fundo da sua boca, ou se ele está para baixo, deixando essa passagem de ar aberta.
Todos esses quatro elementos nós vamos visualizar através desse quadro aqui: Ok, pode parecer um pouco confuso no começo quando você olha para esse quadro solto no meio da tela. Mas a ideia por detrás desse quadro é representar a nossa boca por dentro tendo a língua como base. Desse jeito: Agora sim é mais fácil de entender como funciona esse quadro, certo?
Como você pode ver, a ideia desse quadro é, justamente, organizar os movimentos da nossa língua. Nós também conseguimos saber se os lábios estão arredondados ou não através desse quadro, mas isso é assunto para outro vídeo. A única coisa que nós não conseguimos observar nesse quadro é o fechamento do palato mole.
Porém, de forma geral, qualquer vogal pode ser pronunciada com o palato mole abaixado ou levantado. Então, aqui nesse quadro nós sempre representamos as vogais com o palato mole elevado. Em outras palavras, as vogais orais.
No próximo vídeo da nossa série nós vamos começar a colocar esse conhecimento em prática com as vogais do português brasileiro. Vamos começar com as vogais orais e, depois, vamos para as vogais nasais. Assim você vai conseguir visualizar como essa classificação é feita na prática.
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