Ansiedade e Depressão: Sintomas, Tratamentos e o Papel do Psicólogo - Anna Polak [Ep. 089]

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Se você tem interesse em obter conhecimento acadêmico útil para seu dia a dia em diversas áreas, con...
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salve salve pessoal sejam todos muito bem-vindos a mais um episódio do aslen podcast Muito obrigado pela sua audiência e desde já inscreva-se no canal e deixe o like deixe o like aí no nosso Episódio para que o YouTube entenda que este conteúdo é relevante e nos encaminhe para mais pessoas o nosso Episódio de hoje a convidada é a Ana polak ela é psicóloga professora do Instituto de Psicologia baseada em evidências atua também como supervisora muitas pessoas que de fora da psicologia não sabem mas dentro da Psicologia existe um esquema chamado supervisão onde os profissionais menos
experientes procuram eh o apoio de um profissional mais experiente para discutir casos para elaborar estratégias de tratamento é como se fosse de fato uma mentoria personalizada digamos assim então a Ana que é uma psicóloga extremamente experiente e com alta formação ela atua como supervisora se você é profissional da Psicologia fica a indicação Além disso ela é especialista em psicologia Clínica e neuropsicologia Ana Obrigado pela gentileza de você eh investir o seu tempo aqui no nosso Episódio no nosso podcast Eu que agradeço eslen obrigado pelo convite é um prazer estar com você aqui mais uma vez
admiro demais o teu trabalho né então participar dele também é uma honra obrigada obal Ana eh as estimativas apontam que o Brasil é um dos países mais ansiosos do mundo e um dos países mais depressivos do mundo se eu não me engano na América Latina é é o mais ansioso ou é o mais depressivo e do Brasil do mundo Talvez um dos mais ansiosos né Eh então a gente tem uma população aí significativa sofrendo de problemas em Saúde Mental sem considerar obviamente aquelas pessoas que sofrem de algum problema de saúde mental que não se enquadram
dentro de um diagnóstico eh depois da pandemia principalmente a gente teve um alto grau de acho que a pandemia catalisou esses problemas em Saúde Mental eh muitas problemas muitas pessoas com is muitas pessoas com e uma série de dificuldades você que é uma psicóloga clínica que tá atuando né Na Linha de Frente tratando os pacientes e como é que você assim obviamente a gente tem as estatísticas mas o que que você vê no seu consultório e com mais recorrência que você acha Caramba isso daqui tá realmente muito prevalente aqui e é uma questão que acho
que as pessoas de casa merecem e cuidar para não chegar nesse nível Quem ainda não está lá uhum uhum são múltiplos fatores né Wesley Mas a partir do hábito de vida dos hábitos de vida eu acredito que acabam se desdobrando uma série de dificuldades que as pessoas não têm recursos talvez inicialmente para lidar para manejar para buscar Melhora para saber como lidar para ter alguma expectativa de correção ou de Mudança de Hábito né então acredito que essa seria uma base e a boa notícia é que o acesso à informação também tem ficado cada vez maior
o que pode contribuir pode ser um caminho para essas pessoas chegarem às às vias que podem ajudar né na prática Clínica percebo muitos casos de fato de ansiedade a estatística se confirma né na prática Clínica deve refletir né exatamente então casos de ansiedade Ah e casos depressivos também que ou sobrepostos né nós sabemos também que na prática Clínica os casos se sobrepõem as queixas se sobrepõem ah dificuldades de interação social também permeadas nisso né Então as pessoas também têm uma dificuldade de ter repertório para atuar nos mais diferentes contextos sociais e isso acaba se relacionando
com os quadros também ansiosos então pessoa que tem por exemplo um quadro ansioso de uma forma mais crônica pode acabar tendo um repertório mais limitado para se comunicar né E isso S acaba sendo um fator de manutenção também né perfeit então você acha que em algum nível A as redes sociais T influenciado nisso Ana qual que é a sua opinião sobre esse cenário eu acredito que de certa forma sim né tanto em termos de Hábito né de uso desenfreado não criterioso ah em termos de influência o quanto a pessoa se deixa influenciar né são poucas
as pessoas que criam Ah que estabelecem critérios sobre o quanto isso vai influenciar né restringir a pessoas a temáticas ter referên né mas não a pessoaa acaba se tornando muito vulnerável a qualquer tipo de influência e eu acredito que o longo tempo de exposição também tem contribuído para influenciar né E você você por exemplo uma pessoa que tem algum sei lá pessoa tá sofrendo de ansiedade a pessoa tá sofrendo de eh tem essa parte esse pano de fundo de ansiedade na vida dela no consultório aí não não é experiência de artigo a gente não tá
falando de dados de artigo n no seu consultório mesmo quando você atende a pessoa ali no te nos teus estudos de caso você tem a percepção de que as redes sociais estão atrapalhando mais ou Geralmente essas pessoas são atrapalhadas pelas redes social você você consegue ver isso na prática Clínica ou é uma ou você não não não não percebe que isso acontece eu percebo percebo tanto em termos de eh do paciente criar expectativa sobre como a vida deveria ser n então estabelece um alto padrão de de exigência sobre a própria vida e a realidade não
é sempre aquela que ele espera né então tem essa dificuldade de lidar com a discrepância talvez entre a expectativa que é estabelecida e os recursos que ele tem de enfrentamento sobre o que a realidade oferece né então acredito que sim interfere bastante perfeito perfeito quando você eh se formou na sua qual ano que você se formou me formei terminei a faculdade em 2011 2011 desde então atua na prática Clínica des de então uhum na psicologia e você desde já após a sua formação já entrou pra parte da terapia cognitivo comportamental ou ou você em algum
momento atuou com psicanálise ou na minha graduação eu tive a influência muito forte de anal do comportamento né A minha orientadora da parte Clínica foi a Dra Geovana Munhóz da Rocha que hoje é a Presidente da bpmc atual da atual gestão né a quem eu agradeço muito né ela tiver assistindo um beijo para ela eh que me influenciou muito na na na parte da análise do comportamento a d Paula inê cunh Gomide também mas eu tive um excelente Professor também de terapia cognitivo comportamental que foi o professor Cloves Amorim Então apesar da minha formação e
análise do comportamento ter sido muito forte quando eu iniciei a prática Clínica eu comecei a pesquisar a aplicação disso dentro das demandas clínicas que apareciam né e eu comecei a perceber então que a TCC dentro dos casos que apareciam com maior demanda que eram casos de ansiedade casos de depressão me oferecia mais recursos mais possibilidades né então a ali naquela situação de recém-formado né ah meio que de uma forma intuitiva comecei a buscar ferramentas que suprissem a necessidade da demanda que a clínica estava gerando e fui percebendo que a TCC tinha e mais e suporte
né para essa atuação e para quem não sabe o que que é TCC é a terapia cognitivo comportamental modelo terapêutico que ajuda o paciente a conhecer o seu funcionamento pela perspectiva do quanto o pensamento está relacionado com a nossa forma de se comportar de sentir de interpretar a partir da interpretação das situações que nós fazemos tá e você eh dentro da da da psicoterapia da TCC eh Por que que tem o braço e cognitivo é isso que você disse né E aí tem um braço comportamental onde une algumas coisas da análise do comportamento exatamente ela
foi proposta inicialmente como terapia cognitiva né pelo Iron Beck mas ele sempre foi um pesquisador de um cientista atento à prática baseada em evidências observando aquilo que de fato poderia dar uma sustentação científica né tanto pros fundamentos teóricos da abordagem quanto para as estratégias de intervenção e ele começou a entender então que esta perspectiva integrativa poderia enriquecer a o funcionamento prático ele sempre foi muito atento à aplicação prática né da teoria também então princípios da análise do comportamento foram integrados assim como estratégias de intervenção também Ah por isso a TCC além de observar como o
paciente interpreta situações ele também trabalha sobre como o paciente responde comportamentalmente a estas interpretações trabalhando também no enriquecimento do Repertório para que o paciente tenha mais formas de reagir né diante das situações que para ele são problemáticas E aí no caso de um paciente que a gente comentou lá no início do podcast que eventualmente chega com ansiedade como é que a TCC como é que a TCC lida com esse paciente qual qual que é mais ou menos os passos que um profissional da da terapia cognitivo comportamental deve seguir para lidar com o paciente com ansiedade
uhum primeira questão é a fazer avaliação do paciente para entender a dimensão dos prejuízos que essa ansiedade pode acometer o paciente se chega a ser um quadro psicopatológico em termos de caracterizar um transtorno ou não primeira questão é diferenciar aquilo que é uma ansiedade que é natural do ser humano que é presente na vida de todos mas que em algum nível já traz algum tipo de perturbação e se essa perturbação chega ao ponto de se constatar como um transtorno aí sim nós temos um quadro mais abrangente talvez mais inflexível que pode se apresentar de algumas
formas algumas formas eh bem características né Então temos por exemplo transtorno de ansiedade generalizada que tem como característica essencial a preocupação difusa por diferentes eh contextos da vida muitas vezes questões cotidianas que o paciente tem dificuldade de manejar né acaba sendo um obstáculo para que ele se comporte funcionalmente essas preocupações né temos também o transtorno de ansiedade social que interfere principalmente no desempenho do paciente nas suas relações sociais aqui nós vamos ter aquele paciente que vai ter ansiedade fortemente constatada tanto por exemplo na fase antecipatória dos eventos então o paciente vai ter uma situação de
Exposição social antes daqueles eventos o paciente já começa com uma série de preocupações de aquele nível de elevado de exigência sobre o seu desempenho de expectativa né então ele tem essa ansiedade antecipatória ao longo do evento ele também vai ter então quando ele estiver exposto a a uma interação social a uma fala em público enfim qualquer coisa que possa requerer desempenho dele que ele possa ser avaliado ele também pode ser marcado ali por um uma atenção autocentrada que nós chamamos ou seja ele fica o tempo todo pensando sobre o desempenho dele o que as pessoas
estão pensando sobre ele sobre o desconforto que ele está sentindo muito mais do que os estímulos externos né então por exemplo se eu fosse acometida deste transtorno provavelmente agora eu estaria muito mais preocupada com a minha ansiedade com o meu pensamento será que as pessoas estão pensando sobre mim do que especificamente em interagir com você em prestar atenção no conteúdo né então a TCC ela vai intervir justamente nisso em ajudar o paciente a estar mais atento aos estímulos externos e não tanto a essa essa tensão autocentrada para que o paciente comece a interagir com as
pessoas de uma forma mais funcional né e ainda dentro do transtorno da ansiedade social tem essa o o pós-evento a gente pode fazer um processo de ruminação do pensamento ou seja ele fica ali puxa o que que eu falei ai aquela resposta eu poderia ter dado diferente poderia ter me comportado diferente né então a TCC vai atuar nesses três momentos da do transtorno de ansiedade social também tá E aí por exemplo o paciente chega na sua no no seu consultório primeiro você faz avaliação no caso para ver se tá sendo disfuncional se é um no
caso um quadro psicopatológico exatamente aí beleza você diagnosticou a pessoa com sei lá ou não diagnos mas vocês viu que tem um problema relacionado à ansiedade social que eu tô fazendo o link lá no início que você disse que é uma coisa que a gente tá vendo muito presente na clínica is então beleza A pessoa tem lá o problema de ansiedade social você fez avaliação viu que é isso Qual que é o próximo passo normalmente aí nós vamos avaliar se existem demandas associadas né porque sabemos que os quadros de ansiedade social eles podem ser comórbidos
eles podem ter outras queixas sobrepostas E por que isso é importante para nós conseguirmos definir com o paciente com base nos impactos nos prejuízos que ele tem qual seria a prioridade de tratamento então eu vou estabelecer junto com o meu paciente os objetivos da terapia considerando aquilo que traz mais sofrimento para ele aquilo que é mais an clinicamente ali para ele e a partir do estabelecimento desses objetivos nós traçamos o plano de tratamento selecionando Então as intervenções que tem mais indicações relacionados a queixo do paciente as características dele as preferências né Sempre adaptando o tratamento
àquela pessoa E aí beleza então tô construindo uma sessão de psicoterapia vamos lá isso aí é então beleza foi feita a avaliação foi vendo se tinha as demandas associadas aí depois a gente faz o plano de tratamento né Exatamente esse plano de tratamento envolve inicialmente o quê o plano de tratamento eu preciso considerar Qual é a queixa do paciente e quais ferramentas hoje na psicologia eu tenho que são as mais indicadas para o tratamento daquela demanda Então eu preciso conhecer o modelo terapêutico e as estratégias de intervenção saber quais são as mais bem fundamentadas em
termos de evidências eh de sustentação teórica para conseguir indicar pro meu paciente aquilo que vai dar maior chance de ter resultado Clínica preciso considerar também as características dele Será que essa ferramenta que eu tenho essa ferramenta científica que eu tenho se vai se adaptar à necessidade dele a característica a a o ritmo que ele tem de aprendizagem a linguagem eu consigo eh tornar isso acessível pro meu paciente né Eh e por fim obviamente eu tenho que conhecer eu tenho que dominar essas ferramentas para saber conduzir a sessão então eu vou olhar a necessidade do meu
paciente as ferramentas que eu tenho e vou montar o plano de tratamento de acordo com os principais prejuízos que ele tem e a partir disso nós começamos a aplicar sempre de uma forma colaborativa né então a participação do paciente é muito importante tanto na definição desses objetivos na psicoeducação né então você falar sobre o que vai ser trabalhado o paciente precisa entender essa proposta reconhecer a necessidade assim puxa eu acho que isso vai ser bom para mim eu acho que isso é legal né E aí a gente começa a executar as estratégias e e nesse
momento eh entre aviação plano de tratamento uma coisa que eu vejo que muitos profissionais da Psicologia acabam deslizando é não fazer a formulação de caso aonde que entra ela nesse cenário a formulação de caso ela inicia já no iní já na nas primeiras etapas ali da avaliação porque você começa a levantar as informações que vão vão te ajudar a formular o caso e a formulação do caso é você conseguir delinear as necessidades do seu paciente entendendo como aquele cenário atual se estabeleceu e os fatores que influenciaram pro paciente chegar até ali e aqueles que são
também fatores de manutenção Por que que ele não tá conseguindo lidar com essa dificuldade Por que que ele estagnou ali né O que que tá faltando talvez de repertório de conhecimento enfim para que ele consiga lidar melhor então a nossa perspectiva também é a da colaboração do paciente porque a ideia é que ele se torne mais apto para lidar com as dificuldades nós não queremos que o paciente fique dependente da terapia sempre mas que ele se torne mais hábil no enfrentamento daquilo que hoje é um problema e você você hoje hoje utiliza Qual modelo de
formulação hoje eu utilizo o modelo que combina né princípios da conceitualização cognitiva clássica da TCC aham ah acrescido de alguns outros elementos que a pades a Christine pades também propôs Ah que ela faz ali a verificação de fatores longitudinais então fatores que predispõe o paciente a aquela queixa fatores de proteção fatores também transversais que aí vão explicar o que desencarde aquele problema né fatores que estão servindo de manutenção também ah e e e sempre considerando o contexto da evolução do paciente você vai atualizando isso vou atualizando aham a a a condição do paciente ao longo
de todo o processo terapêutico também perfeito Porque é importante ressaltar esse ponto porque deve ter muito profissional estudante da Psicologia assistindo e é meio estranho você pensar em atender um paciente sem formulação de caso né É porque o que acontece S isso a o grande perigo o grande erro que eu tenho visto até dos profissionais que me procuram paraa supervisão é tentar intervir a partir daquela queixa bruta que o paciente traz então o paciente como eu falo para os meus alunos eles trazem às vezes uma peça solta da queixa dele então eles falam por exemplo
sobre uma situação que aconteceu ah aconteceu tal coisa na minha família e me sinto assim então eles trazem a situação e Uma emoção como se fosse causal né isso como se fosse causal ou trazem só um pensamento puxa Eu Tenho pensado sobre isso isso isso isso e se você pega só aquele aquele componente já já programa uma intervenção já tenta fazer uma intervenção é muito arriscado Porque a partir de um componente Você pode ter muitas possibilidades então por exemplo se um paciente vem com uma descrição de uma de uma aperda uma questão de luto puxa
eu estou na terapia porque eu perdi alguém muito importante da minha família por exemplo se eu só pego essa informação e já quero intervir eu eu corro o risco de errar por quê Porque nós temos pessoas que passam por um processo de luto e que por exemplo começam a fazer isolamento não querem mais interagir socialmente com as pessoas tem pessoas que T dificuldade de retomar a vida então não conseguem resolver problemas da sua vida organizar novamente a rotina tem pessoas que ficam com humor mais deprimido então tem uma demanda de fato eh relacionada ao que
sentem né a baixa de energia não conseguem reagir a Então veja só nesses exemplos eu uma série de de questões que podem ser trabalhadas mas que cada uma vai ter uma intervenção específica para que ela demanda então se eu parto do mesmo paciente que traz uma queixa uma situação de perda eu tenho muitas possibilidades de intervenções a depender da necessidade do paciente é por isso que a formulação de caso nos ajuda no caso da formulação de caso pega essa coisa bruta que a pessoa traz joga ela no no no num esquema específico para refinar e
entender o que que tá alimentando os os eventos antecessores daquilo inclusive de história longitudinal e as coisas transversais de agora que estão mantendo aquilo exatamente eu sempre lusto que aí nós pegamos aquela queixa bruta aquela pecinha solta e vamos começar a descrever o cenário que compõe e que envolve aquela queixa então eu vou começar a entender o que predispôs a paciente a interpretar aquela situação daquela forma porque ela reagiu disfuncional né porque que ela não teve recursos para lidar melhor qual que é a dific diculdade que ela tem então a partir do momento que eu
tenho esse cenário mais clareza sobre esse cenário conhecendo a a própria as próprias limitações do paciente os objetivos dele o que é significativo valoroso para ele eh onde ele quer chegar né Qual é a expectativa dele aí sim eu tenho muito mais tranquilidade para definir ali os objetivos e as intervenções do paciente nas previsões que você faz você vê que o pessoal tem pegado muito essa essa questão bruta essa queixa bruta e atendida em cima dela muito muito a grande parte do do dos da dificuldade dos psicólogos Começa por aí eles pegam aquela queixa e
já buscam Ah eu quero um material a qual formulário que eu posso aplicar qual teste qual intervenção para esta queixa bruta sem ter muita clareza exatamente por essa dificuldade de descrever o cenário de formular o caso como eu digo e também de estabelecer os objetivos porque o psicólogo às vezes até fundamentado pela boa intenção pela bondade né ele pega aquela queixa bruta e ele quer resolver ai como é que eu vou resolver essa situação ele se posiciona como um resolvedor de situações então o paciente tem uma queixa lá puxa eu fui eu tô desempregado Ah
então vem aqui eu já vou indicar vaga eu já vou ligar para fazer contato já quero resolver tem tem eu tenho alunos que passaram por essa situação E trouxeram isso a eu já vou fazer uns contatos já vou ligar ele querendo resolver a situação só que isso é muito complicado porque mesmo que seja dotado de boas intenções nós tiramos a oportunidade do paciente aprender a resolver a ter formas de enfrentamento mais funcionais Então é quase que uma covardia com o paciente se você tira dele a oportunidade de se desenvolver né e e você tenta resolver
pela tua perspectiva que nem sempre vai ser aquela que funciona melhor pro paciente então eh a dificuldade de formular o caso é muito presente e a consequência da dificuldade de formular o caso é a falta de estabelecimento dos objetivos terapêuticos porque se você pega quea bruta você não conhece o cenário eh você tem dificuldade de entender onde que o paciente quer chegar o que que ele precisa eh para conseguir lidar melhor com aquela queixa Inicial E aí a terapia começa a ficar solta e e ser um processo angustiante tanto pro terapeuta quanto pro a que
você começa não tem muita noção se tá ajudando ou não né tá andando e fica aquela percepção subjetiva Ah eu acho que ele tá melhor eu acho que ele tá legal e o próprio paciente também não sabe se a terapia tá contribuindo de alguma forma você sabe que eu usei esse raciocínio pros negócios esses tempo que legal o pessoal lá do ipbe os alunos da pós--graduação a gente tem um happ hour que a gente marca no Zoom uma vez por mês a gente a gente entra no Zoom uma sexta-feira à noite e fica trocando ideia
aí tava lá eu umas 400 pessoas né deu metade quase pouquinho menos da metade da turma lá da pos no caso a gente só faz na pos e E aí eles estavam falando assim no R hour não mas é que após dura do anos a gente quer um tem como vocês abrirem uma mensalidade para depois de 2 anos pra gente continuar assinando e não sei o quê eu falei pessoal vamos usar uma estratégia que vocês trouxeram uma queixa só que eu não sei o que significa essa queixa se eu for só resolver essa queixa eu
vou falar Beleza então paguem mais mensalidade e tá resolvida a queixa só que eu preciso saber o que tá por baixo dessa queixa Vocês estão com insegurança de não aprender em dois anos tudo que a gente vai ensinar a gente tá 1 mês e meio de pós-graduação e vocês já estão pensando em daqui 24 meses tem 25 supervisões com o jã o pessoal fez duas entendeu a gente falou vamos acalmar um pouquinho Vamos diminuir e eu preciso olhar essa queixa de vocês brutas de uma outra forma dentro de um contexto principalmente daqui a do anos
para resolver o problema por outra Ótica sim porque a queixa é uma coisa o que tá fundamentando ela é outra coisa né então sem entender esse contexto inteiro vira uma uma conversa de bar exat que que o seu amigo faz quando você fala que tá mal ele resolve o problema seu não resolve a circunstância né é eu acredito falando né da nossa área que que os psicólogos podem tendem a ter esse posicionamento em razão da da insegurança da própria formação né então se vem ali terminando uma graduação que que talvez tenha deixado muita coisa desejar
em termos de como aplicar isso na prática Clínica Como eu posso transformar isso em um trabalho que me sustente que me dê dinheiro e que eu consiga atender bem os meus pacientes né então pro psicólogo recém formado é muito difícil Ok e tudo isso que eu vi na faculdade sobre todas essas áreas sobre esporte sobre escola sobre social sobre Hospital sobre clínica sobre tantos modelos terapêuticos como é que Eu transformo isso agora no meu trabalho né e e provavelmente essa reação que eles tiveram com após e que eles têm com os próprios pacientes se dá
sobre essa insegurança né O que que eu preciso fazer então eles acabam agindo muito intuitivamente Ah eu acho que eu vou fazer assim né em seg você você teve que estudar muito depois da graduação para sim o meu foco para sentir segura assim atendendo sim o meu foco sempre foi a prática Clínica né então eu eu saí da faculdade já pensando em como estruturar o meu trabalho eu preciso fazer renda eu sempre dependi do meu trabalho né então eu automaticamente saí da faculdade fui buscar supervisão Clínica eu consegui trabalhar na clínica de uma professora minha
e ali eu já tinha supervisão Então mas foi a minha preocupação de já ter acompanhamento desde o início e estudando estudando sempre eu sempre falo para os meus alunos desde que eu me formei eu tô sempre em especializações eu faço uma depois da outra tentando acessar pessoas que que tenham mais experiência que eu que saibam mais sobre determinado assunto fazer contatos né buscar eh ampliar rede de de conhecimento de relacionamento enfim eu acredito que isso isso vai contribuindo tanto pro meu desenvolvimento pessoal me colocando em situações de desafio Eu acho que isso é sempre importante
por mais que a gente aprenda não dá para achar que sabe tudo né isso e eu sempre incentivo eu sei que essa também é uma premissa do teu trabalho sempre incentivar as pessoas a buscarem mais conhecimento a não achar que puxa eu não sei então eu fico sofrendo porque não sei eu sofro porque eu tenho que estudar eu sofro porque a minha formação não foi suficiente coloque em prática comece colocar em prática comece a agir em favor disso e não desista e persista se alguém aprende alguma coisa porque ela não desistiu nesse caminho né de
conhecer e eu acho que os psicólogos e agora estão despertando eh para isso né pela pra importância de de continuar aprendendo de entender que a graduação apesar de todo sacrifício que é feito ao longo dos 5 anos é só o começo Uhum é só o primeiro passo Ô Ana teve uma aula que o deu ao vivo no YouTube gratuita lá pro pessoal sobre eh monitoramento de progresso eu acho alguma coisa assim e aí o chat tava lá bombando e tal e aí o João uma hora falou assim que eh como é que é que que
que a sessão ela tem que ser Digamos que tem que ter uma direção que o tratamento tem que ter uma direção era isso que ele tava falando e tinha umas 4.000 pessoas ao vivo tá tratamento tem que ter uma direção pessoal e tá na mão do profissional da Psicologia dar essa direção pro tratamento colaborativamente com o paciente perfeito parece quando o Jean falou isso pro chat parecia que o psicólogo tava fazendo uma coisa muito errada em ajudar dar o direcionamento na sessão ter um papel ativo porque a impressão que dá é que para os alunos
a média dos alunos da Psicologia o profissional da Psicologia um tem que ter um papel muito passivo Quase que conivente o paciente tem ele é o rei da sessão é ele que direciona para todo lado que ele quiser e a gente não pode botar muitas barreiras assim para tentar balizar o tratamento Inclusive eu lembro que oan nessa aula ele falou assim não vocês podem e devem atuar de forma ativa na sessão E aí todo mundo meio que espantou você tem essa sensação também você que é uma supervisora e fala com muitos profissionais um pouco menos
de experiência que a galera tem um eu não sei se é medo eh eu não sei se é desconhecimento ou eu não sei se é assim uma síndrome do cachorro vira lata tipo profissional de Psicologia não pode a gente não tem tanto poder assim é eu acho que essas são as vias e também aquela que parte do senso comum qual a perspectiva que grande parte da população tem sobre a intervenção do psicólogo aquele que fica quietinho ali enquanto o paciente fala fala fala livremente no filmes é retratado assim né então a no senso comum muitos
têm esta perspectiva ainda na graduação não fica muito longe também dessa proposta são e é predominante muitas vezes também essa ideia de que nós não podemos interromper não podemos atravessar no sentido de interagir com o paciente né Eh então isso vem do senso comum acaba sendo mantido em grande parte durante a graduação mas aí na prática clínica o psicólogo tende a perceber que isso em algum momento deixa de funcionar não é tão efetivo assim porque o paciente traz demandas importantes traz demandas graves muitas vezes e nós precisamos contribuir com o paciente se ele tivesse sozinho
recursos para lidar com aquela demanda provavelmente ele já teria resolvido ou já estaria melhor ah pensando por uma perspectiva da prática baseada em evidência então nós entendemos que existe o que nós chamamos de empir colaborativo o que isso significa então o paciente vai trazer a experiência dele a vivência dele e colaborativamente o profissional vai contribuir com o seu saber com o conhecimento técnico é aqui que a gente forma com nosso paciente uma parceria de trabalho é como quando nós consultamos qualquer qualquer outro profissional de saúde Nós levamos a nossa queixa e Esperamos um direcionamento um
parecer um uma perspectiva sobre tratamento por que não seria assim com a psicologia Porque nós não podemos contribuir com o nosso paciente com todo o conhecimento que temos que a ciência estruturou ao longo de tantos anos sendo que nós temos eh possibilidade de ajudar-lo a manejar aquilo e aí nós vamos construindo então em terapia e mas essa perspectiva ela tem uma certa resistência Por parte dos psicólogos mais uma vez eu acredito que é fundamentada pelo na própria formação é engraçado quando ele fala parece que ele falou uma barbárie assim tipo de outro mundo né de
outro mundo ol aí ele achou estranha a reação do público falou pessoal como assim que que vocês estão falando exatamente parecia que parecia que você juntou exatamente Cara parecia que era outra gente fal quem não são psicólogos e e na prática Clínica é tão interessante é tão recompensador para nós observarmos o paciente evoluindo na sua queixa de na sua demanda a partir da construção que nós fazemos juntos nós construímos ali com ele a compreensão do quadro então ele vai tendo uma perspectiva de entender o seu funcionamento isso é muito legal e principalmente depois quando ele
vai aprendendo a manejar puxa então era isso que acontecia comigo era por isso que eu não consegui avançar pua Se eu tentar fazer isso E aí à medida que o processo terapêutico evolui nós vamos testando ele testa isso na prática né Eu sempre falo paraos meus pacientes eu não quero que vocês sejam excelentes entes aqui durante a sessão quero que vocês tenham resultados lá na vida real então entre as sessões é que a terapia precisa acontecer né o resultado a prática dela E à medida que eles vão vivenciando isso que a vida vai acontecendo eles
vão trazendo esses resultados puxando isso aqui foi legal eu tentei foi bacana consegui fazer diferente agora eu entendo isso agora eu percebo então é muito legal isso quando nós direcionamos a terapia nesse sentido legal você já teve algum paciente que chegou assim Ana E você sentiu que ele tinha preconceito com você não com você mas com com a figura da do um profissional da Psicologia sim isso várias vezes né então assim aquela é ou assim olha eu já passei por tantos profissionais eh ou relatando experiência puxa eu eu só falava eu não sabia se tava
certo eu falava falava falava chegava a final da sessão não sabia se tava certo se era grave se não era grave se eu tinha jeito se não tinha o que que então eu ela ele eles requerem eu me dá um direcionamento um posicionamento O que que você acha do meu caso como é que isso pode acontecer então já tive pacientes que acabavam requerendo tendo uma atitude de confronto assim pera aí mas que que que Como é que você vai né O que que você vai me oferecer aqui como é que a gente vai fazer isso
aqui porque da outra vez não deu certo ah então nesse sentido várias vezes isso aconteceu já e como é que é você você faz normalmente que você trabalha numa psicoeducação forte ali BR sim desde o início é importante que o paciente sa saiba qual tipo de serviço tá sendo proposto né Nós estamos é uma prestação de serviço que nós fazemos o paciente saber o que ele está contratando é fundamental é um passo de honestidade no negócio que você tá estabelecendo com o teu paciente daí você explica Tipo ó a gente tem uma ferramenta x a
gente vai fazer mais ou menos isso isso desde o início então bem bem aberto mesmo sim desde a avaliação né Então essa essa primeira sessão é de avaliação nesse primeiro momento eu vou te fazer algumas perguntas algumas delas podem não fazer muito sentido para você você pode ficar curioso Mas elas fazem parte da avaliação então você pode ficar à vontade para responder da forma que você achar que que deve não tem um certo errado porque o que me interessa é a tua versão sobre isso então eu já começo a psicoeducar desde a sessão da avaliação
aí depois nós partimos pela eh para as impressões diagnósticas é importante que ele Conheça o que tá acontecendo com ele e também sobre a proposta de tratamento então o paciente sai da sessão Inicial ali tendo uma perspectiva sobre o que tá acontecendo com ele o que que pode ser trabalhado eu acho muito justo eh fazer isso com o paciente por e os psicólogos ficam assim ai Ana Mas será que eu não posso deixar para outra sessão Será que eu tenho que já falar com o paciente o que eu posso trabalhar ou não dado uma perspectiva
para ele e eu pergunto pros meus alunos Mas será que vai ter outra sessão uhum Será que ele vai voltar porque se ele sair sem nenhum direcionamento Será que ele vai ter esperança que o processo de fato vai ajudá-lo se você não deu nenhuma informação sobre nada para ele então esse processo psicoeducativo é muito importante o paciente ter pelo menos uma orientação né que que vai direcionar aí perfeito perfeito e no no no quesito de eu sei que seu marido é psiquiatra né isso Eh mas talvez não sei antes ou durante você teve algum caso
de tipo assim sentir que o profissional da psiquiatria não deu tanto valor pro seu trabalho você chegou a ter algum tipo de experiência assim olha pessoalmente para o meu trabalho não não tive nenhum nenhuma evidência assim né porque a a ideia de trabalhar em parceria com o psiquiatra eu sempre prezei bastante né então o que Como qual que é a minha forma de trabalhar quando o meu paciente faz acompanhamento psiquiátrico está em tratamento Eu gosto muito de tratar com o paciente sobre como é esse tratamento psiquiátrico como é que é a perspectiva dele o que
ele tá eh percebendo de resultado de resposta positiva das medicações Qual que é a perspectiva que o paciente tem sobre este atendimento psicoterápico se o paciente tem por exemplo objeções Ah não sei se esse remédio tá ajudando ai não eu acho que ai nem tomo direito tomo um dia outro no dia Eu trabalho com ele a importância do do tratamento psiquiátrico e a própria postura de também trabalhar a importância da terapia me ajuda a fazer com que o paciente ao voltar ao psiquiatra fale bem da terapia perfeito né então ele chega lá pro psiquiatra olha
na terapia porque daí Provavelmente o psiquiatra vai perguntar E aí tá fazendo terapia como é que tá sendo e o meu paciente provavelmente vai estar muito bem preparado ali para falar ó na terapia a gente tá trabalhando isso nós começamos a fazer assim agora eu estou pensando assim e isso para mim sempre serviu como o melhor cartão de visitas perfeito maravil psat é eu digo isso porque infelizmente a gente tem uma pequena parcela ainda de profissionais da psiquiatria que as eventualmente não valorizam muito profissional de Psicologia é pequena bem pequena eh e por outro lado
nós temos acho que uma gama grande de profissionais da Psicologia que Muito provavelmente pela pela baixa preocupação com o profissionalismo acabam não tendo sequer Coragem eu acho que seria a palavra correta de fazer uma conexão com o profissional da psiquiatria que tá atendendo o paciente né exatamente então é é é importante pro profissional da psicologia e pro estudante que esteja ouvindo de não sei se sei lá se colocar no lugar de um profissional da Saúde ex talvez por ter saído do centro de ciências humanas da Universidade ele não se entende como um profissional da Saúde
né e muitas vezes se apequena perfeito exatamente e acho que não é uma posição de de se apequenar exatamente e e o psicólogo tem dificuldade muitas vezes de se comunicar né Eh ter uma insegurança sobre como como eu passo o caso como eu informo sobre o meu caso Então esse apequenamento que você citou eu acho que também é muito fundamentado por uma falta de preparo de conhecimento porque ao se expor a um profissional sempre pensa puxa ele sabe mais do que eu ele sabe mais do que eu então né examente Mas a partir do momento
que eu Poxa eu sei comunicar o meu caso eu sei fazer a descrição uma descrição técnica da da avaliação do plano de tratamento dos objetivos das intervenções a não tem por você ter esse tipo de receio é claro que assim como nós temos em todas as áreas os psiquiatras infelizmente temos também uma parcela de profissionais que desdenham não reconhecem ou até mesmo com fundamento Eu digo às vezes eles têm razão uhum por perceber a Pouca importância a pouca efetividade do trabalho do psicólogo porque a própria experiência deles pode ter apresentado isso e eu vejo isso
na prática não só com meu marido sempre tive muito contato com psiquiatras e eles falam puxa eu mando paraa terapia ele volta lá com uma ideia completamente desconectada do caso dele ou do qualquer perspectiva de tratamento à ve um diagnóstico tão Óbvio o psicólogo vai para outro caminho vai para outro caminho tá trabalhando outras questões que o próprio paciente não entende muito bem puxa mas e essa questão aqui e então também pode ser nossa responsabilidade essa resistência que os profissionais do outro lado possam ter também é por isso que eu falo bastante pra galera do
ipbe eu digo assim vocês tem que estudar num nível que essa comunicação fique agradável e que vocês até se sintam motivadas em fazer essa comunicação né exatamente e lincado com o início do episódio num cenário brasileiro onde a gente tem muitas pessoas ansiosas e deprimidas eh você acha que a gente tá hoje na psicologia com uma efetividade com efetivo para conseguir lidar com essa com esse volume de pessoas Não digo nem com o volume mas com as pessoas com aquelas pessoas que chegam no nosso consultório você acha que hoje a psicologia não os profissionais da
Psicologia a a psicologia tem um ferramental suficiente para conseguir dar conta dos pacientes que chegam a proposta tem a estrutura tem né mas o a a os psicólogos conseguirem acessar isso eu acho que aqui tem uma grande distância né se capacitarem para isso end as ferramentas existem as ferramentas Existem os fundamentos Existem os fundamentos teóricos as estratégias existem mas nós estamos nessa construção nesse nessa aproximação né dos profissionais do fundamento que vai prepará-los para atender essa população porque a demanda é imensa cada vez maior ao que parece e até mesmo acredito que esse aumento da
demanda em razão de uma compreensão sobre o papel da terapia OB serero que tem grande parte das pessoas com menos resistência a fazer é comparado sei lá 2 ex P se formou 2011 era imagina que perfeito exato e e e Mas será que agora falando dos psicólogos né Nós precisamos correr muito para compensar essa distância que havia entre o que existe de ferramentas e o nosso conhecimento né para sim dar conta dessa demanda você acha que um profissional bom de Psicologia assim Clínica o que que ele precisa saber tipo assim eu entendo que tem muita
coisa talvez só falar o mbe inteiro é um bom começo is mas assim enxugando pode enxugar bastante o que que você acha que ele precisa saber quais as competências ele precisa ter sabe o curte ele veio aqui S ele deu o curso no impb de ativação comportamental excelente pesquisador e professor e clínico e ele disse assim ó eu acho que o em termos de abordagem eh o psicólogo de deve precisa saber pelo menos umas três ou quatro assim bem de uma forma mais organizada eh não necessariamente perguntando sobre a abordagem O que que você Quais
são as competências que um bom profissional da Psicologia Clínica tem que ter na sua avaliação perfeito termos de conhecimento para conseguir estruturar como nós fizemos aqui um exemplo né da estrutura da da psicoterapia precisa conhecer ali sobre psicopatologia então conseguir fazer uma annese bem feito exame do Estado mental do paciente entender eh sobre as funções psíquicas do paciente as possíveis alterações quando aquela função está preservada ou não isso é extremamente importante Tem uma função inclusive de descrição do paciente de comunicação nós estávamos falando né com a comunicação com outros profissionais de saúde você conseguir descrever
Tecnicamente o caso do seu paciente é muito importante se você chega para outro profissional e começa a descrever assim ah ele tá ele tá melhorzinho Ah ele não tava muito legal realmente é constrangedor melhorzinho em que pior Zinho em que agora se eu consigo descrever as funções psíquicas que estão alteradas Quais alterações que estão preservadas Então pessoal estudem psicopatologia é importantíssimo ter essa noção né então psicopatologia psicopatologia descritiva a estrutura da avaliação a estrutura da anamnese saber que você pode ali trabalhar com perguntas abertas perguntas mais fechadas e que numa anamnese você vai variar entre
essas modalidades de acordo com o perfil do teu paciente você precisa ter essas Em alguns momentos Você vai precisar manejar estruturar melhor as perguntas em outros você pode abrir e Conduzir de de uma forma adaptada a linguagem é isso que aproxima né o profissional do do paciente ao ponto dele conseguir confiar e contar aquilo que faz parte da da queixa dele então ter essa O Domínio das Ferramentas também para entrevista é muito importante psicopatologia domínio de ferramentas para entrevista isso sequência eu traria o conhecimento sobre a formulação do caso que é transformar Então aquela queixa
bruta que o paciente trouxe em um cenário melhor descrito entendendo os fatores que interferem que mantém que predispõe o paciente a aquele quadro tendo condições de verificar como ele vai evoluir ao longo de todo o processo né então a gente fala aqui sobre formulação de caso e o pano de fundo aí o monitoramento do Progresso do paciente que já começa nessa fase da avaliação Para começar a entender né poxa será que a terapia tá ajudando em Quais aspectos está ajudando e o paciente também perceber porque nós monitoramos a evolução do paciente sempre dando feedback né
É uma parte fundamental do monitoramento você conseguir passar isso pro seu paciente para ele caminhar junto com a gente então formulação de caso monitoramento do Progresso é são as os conhecimentos aí na sequência tá então psicopatologia a ferramentas de avaliação monitoramento de progresso e formulação de casos formulação de caso depois que você tem bem descrito o cenário do paciente eh tá acompanhando como ele evolui nesse ponto eu preciso saber onde eu quero chegar onde eu preciso conduzir para onde eu vou caminhar com o meu paciente aqui o estabelecimento dos objetivos terapêuticos estes objetivos eles precisam
ser bem delineados o paciente precisa entender eh que à medida que determinada questão vai acontecendo eu estou evoluindo porque objetivos que são muito amplos Ah eu quero melhorar o meu casamento eu quero ser feliz eu quero sair do buraco já tinha pass fal assim ai eu quero que você me ajude a sair do buraco Puxa qual buraco que o que que precisaria acontecer né para você se ver fora do buraco então ajudar o paciente a operacionalizar isso é muito importante tornando mais específico mensurável né puxa Então essa semana eu fui três vezes PR academia então
eu consigo ver que a minha vida começou a funcionar novamente porque eu consigo Observar isso se é relevante para o paciente né então tem uma série de de características para traçar os objetivos que são importantes e esses objetivos precisam estar conectados com aquilo que é significativo que é valoroso pra pessoa né então não porque isso tem a ver com a motivação o processo da terapia ele não vai ser confortável pro paciente muitas vezes mas se ele souber o motivo por que que eu tô enfrentando esse desconforto Aí sim se torna muito mais viável ele sabe
que esse enfrentamento vai ter ali uma recompensa que é o contato a experiência com aquilo que de fato vale para ele né E aí depois disso que você então eh tem uma noção sobre entrevista Clínica tem uma avaliação tem uma noção sobre psicopatologia formulação de casa monitoramento de progresso tá ferrando Os estudantes aqui e levantamentos objetivos né lincos aos valores aí imagino que meio que eu gosto de falar com o Jan isso o terreno tá pronto Agora é só tratar é a parte mais fácil né O que que você em termos de você acha assim
um profissional da clínica que saiba muito bem TCC já é um bom mamb baita de um começo para ele para ele atuar na clínica É depende muito da da proposta do profissional né a tccl ela vai ter fundamentos excelentes para diversos e diversas demandas diversas queixas né isso vale do quanto o profissional também tá disposto a se tornar hábil no no domínio do conhecimento dos demais modelos terapêuticos Porque existe a possibilidade de integrar o conhecimento a as estratégias de intervenção ao plano de tratamento da TCC então nós podemos por exemplo ah utilizar atcc um paciente
que vem com ansiedade então eu sei que hoje a TCC ela oferece essa estrutura teórica e de intervenção que tenha as melhores chances ali do paciente ter resultados mas é um paciente que também tem dificuldade na regulação emocional por exemplo tem uma queixa relacionada a isso eu posso integrar estratégia de regulação emocional com este paciente também se eu tiver domínio disso E se for a necessidade do meu paciente também né Então a partir da do momento que nós traçamos os objetivos terapêuticos vem todo o conhecimento dos modelos terapêuticos das intervenções Então nesse caso aqui eu
acredito que você ter conhecimento sobre a análise do comportamento sobre a terapia cognitiva comportamental sobre a terapia comportamental dialética sobre a terapia de aceitação e compromisso a terapia baseada em processos acho que já te dá um bom escopo aí para você conseguir manejar é pelo que você você tá mencionando aqui o Curt também falou isso o Jan também falou aqui quando veio o Zé também falou eh que são excelentes profissionais e professores da da da Psicologia meio que chegou um momento do profissional da Psicologia no Brasil Digamos que usar o chapéu que foi dado a
ele e já que quer ter protagonismo na carreira ganhar mais ser mais valorizado pela sociedade teve o levantamento do senso PSI 2021 se eu não me engano que eu viu milhares de profissionais da psicologia do Brasil e 80% dos profissionais da Psicologia disseram que a profissão não é valorizada não é bem vista não é valorizada pela sociedade eu acho que no momento que você descreve tudo que um bom profissional da Psicologia Clínica isso que eu pedi para você enxugar né tudo que tudo que o profissional da Psicologia tem que ter essa é a versão pocket
né do que um bom profissional tem que saber já é coisa para caramba já isso daí se você fosse montar um cursão de tudo isso umas senh horas Ah é não por baixo e PR mais PR mais então já é coisa PR caramba né já é coisa PR caramba é eu acho que no momento que o profissional da Psicologia vem a público e exige que a sociedade Valorize ele e exige grita por um salário melhor quer um piso não sei o quê quer ganhar mais quer que o profissional que as pessoas valorizem mais o seu
trabalho precisa existir uma contrapartida perfeito e essa contrapartida Pelo jeito é sentar na cadeira e estudar para caramba né exatamente nós temos que valorizar o nosso passe né e o conhecimento é a principal via e mais além desse conhecimento técnico teórico que eu descrevi aqui com vocês eu sempre falo para você eu sempre falo PR os meus alunos assim nós também precisamos de duas coisas além do conhecimento tcnico primeira delas eu falo sempre assim e da importância de nós tratarmos as nossas demandas clínicas Eu acho que isso é fundamental para o psicólogo pra pessoa do
psicólogo porque se você é uma pessoa que sofre muito com ansiedade que sofre com sintomas depressivos que tem aquelas dificuldades Poxa você tá lidando com uma série de obstáculos pro teu próprio repertório paraa tua própria qualidade efetividade ali nas interações sociais né eu vejo Quantos psicólogos recém formados que por exemplo ficam adiando adiando o início da da do trabalho efetivamente porque são inseguros porque são ansiosos porque não conseguem se organizar então tem uma série de limitações né e o segundo ponto que é fundamental que é a comunicação habilidade de comunicação o psicólogo precisa se comunicar
para trabalhar é a nossa via de trabalho Nossa ferramenta de trabalho então eu sempre falo sobre importância de nós sabermos estruturar a mensagem que precisa ser passada você conseguir e se comunicar com o seu paciente em diferentes contextos cada paciente é um né então você precisa aproximar a linguagem entender o que vai fazer o paciente aderir a proposta terapêutica que você tá fazendo Ah é fundamental que você tenha esse manejo para então adaptar dentro da terapia então além do conhecimento técnico tem todas essas eh etapas digamos soft Skills assim que você tem que adquirir para
você né além da Hard Skills você tem que ex isso acrescentaria as habilidades de comunicação do psicólogo e trabalhar com as próprias demandas que o que você tá dizendo é que atender um paciente que tem 45 anos 50 anos e tem um doutorado e Já publicou um livro é diferente em termos de fala do que atender um adolescente exatamente vejo que eu posso F você temar né embora ceder o mesmo tratamento exatamente eu vou partir da mesma do mesmo o raciocínio Clínico de formular o caso de fazer a avaliação de fazer a formulação do caso
os objetivos terapêuticos o meu conhecimento minha bagagem é a mesma mas como eu adapto isso para cada um precisa ser de forma personalizada eh a linguagem é a forma que nós vamos acessar aquele indivíduo para que ele participe do processo nós estávamos falando sobre o empirismo colaborativo como é que eu vou trazer essa pessoa se ele não entende a minha proposta de trabalho se ele não se sente à vontade o suficiente para confiar naquilo que eu proponho para ele Ah só que isso requer um repertório mais variado mais flexível do psicólogo das suas habilidades sociais
isso é extremamente importante uhum perfeito bom então bastante coisa se o profissional da Psicologia já é bastante coisa mas é realmente isso eu defendo essa bandeira de que se a gente Tá exigindo que a sociedade nos Valorize a gente tem que ter uma contrapartida não dá para ficar naquele negócio que se importa muito pouco não é nada profissional não estuda não tá nem aí acho que a contrapartida Deve existir porque a gente consegue exigir com com responsabilidade e fundamentação e é quase que difícil não existir contra a contrapartida da sociedade porque tu vai est prestando
um atendimento muito bom particularmente todos os profissionais que eu conheço e não necessariamente famosos tá que são muito bons tem agenda cheia tem porque o o paciente ele gira por muitos profissionais ruins quando ele encontra um bom além dele ficar ele indica para todo mundo é verdade porque é raro é e a maior eu sempre digo pra galera o maior marketing que um profissional de Psicologia pode ter é o teu paciente indicar para alguém eu sempre digo pensa você que tem na sua casa quando um Qual que é a maior probabilidade de você fazer uma
compra de um tênis Você vê o tênis na propaganda ou o seu amigo melhor amigo fala cara compra é Bom exatamente sim e a contrapartida do psicólogo está na qualidade do do atendimento que Ele oferece e na disposição dele em se capacitar para isso né então eh não adianta requerer você ser mais envolvido na conquista dos direitos e tudo mais ok precisa acontecer mas o que nós estamos fazendo para justificar esse avanço exato exato exato e Ana você é a professora do curso de terapia cognitivo comportamental do inbs você que tá assistindo isso e é
da psicologia estudante ou formado já em psicologia e não conhece o Instituto de Psicologia baseado em evidências o link está aqui no primeiro comentário fixado vou pedir pro Mateus deixar aí para vocês eh é o Instituto de Psicologia onde a gente tem curso de formação para estudantes e pessoas já formadas em em psicologia já graduadas a formação obviamente ela não te dá o título de psicólogo né uma formação de um profissional que já é da Psicologia ou de um estudante que já é da psicologia e também nós temos a nossa pós-graduação que a gente abre
uma turma por ano por aí mais ou menos e já a primeira turma a gente teve 1440 alunos e na formação a gente já tá com quase 4.000 alunos que legal nosso grande objetivo é até 2030 esse é o nosso foco é até 2030 capacitar 50.000 psicólogos o time ficou muito doido quando a gente botou essa meta muit mas fica imaginando se você tem quase 600.000 psicólogos no Brasil sim acho que se a gente conseguir impactar 50.000 e 50.000 pessoas beber da fonte do ipbe eu aposento satisfeito eu falo assim irmão já já tô satisfeito
fiz o meu papel porque se você imaginar 50.000 profissionais capacitados pela mbs e cada um atende 10 pacientes por semana meu é o impacto lá na ponta Impacto exatamente estrondou Você é professora lá no módulo de terapia cognitivo comportamental eh você pode dar uma explicada pra galera O que que tem lá que que você abordou Claro e foi um foi gravado aqui inclusive com o nosso querido Cid que tem aí na ali no áudio e no som sabe mais de TCC que muito profissional da Psicologia ficou ouvindo al certeza foi uma experiência muito legal muito
a equipe toda maravilhosa bom lá no curso então então eh a ideia obviamente é fornecer fundamentos teóricos mas como a preocupação do IPB é sempre voltada para capacitar o psicólogo para a prática né ele saber como é que eu aplico isso OK eu sei a teoria mas como é que eu aplico Então foi uma combinação disso nós partimos ali dos fundamentos teóricos da TCC desde os fundamentos filosóficos também falamos sobre o estoicismo sobre a influência filosófica na formulação do modelo ter terapêutico a base teórica então entendendo muito bem o que é o modelo o modelo
cognitivo da da terapia cognitivo comportamental como ele foi evoluindo com o passar da história na formulação que eu citei anteriormente do Iron Beck que sempre teve essa preocupação integrativa né de atualizar de estruturar o modelo terapêutico de uma forma que a prática fosse beneficiada nós falamos sobre isso a conceitualização do caso veja que ele vai seguindo mais ou menos a estrutura da né a gente usa a avaliação a formulação do caso Ali pela Perspectiva da conceitualização que é a proposta da da TCC como conceitualizar o caso Então como entender como é que aquele paciente que
trouxe aquela queixa Inicial vivencia Qual é a experiência dele por exemplo de um diagnóstico depressivo pacientes que tem o mesmo diagnóstico podem vivenciar isso de uma forma específica única é nessa formulação do caso que nós vamos entender a experiência aquilo que impacta o paciente de fato para que então saibamos estruturar o plano de tratamento daí tem aula sobre Como elaborar o plano de tratamento Ah E aí no segundo módulo nós partimos para a aplicação Ou seja a gente vai articulando a TCC nos quadros de transtornos por exemplo então nós temos ali o módulo com os
mais diferentes transes Então como é que a gente usa TCC nos quadros depressivos no TCC nos quadros ansiosos no TDH no toque nos transtornos relacionados a trauma né então um módulo todo nesta articulação prática da do modelo terapêutico da TCC com os quadros clínicos mais prevalentes e que a TCC tem a a melhor indicação Maravilha e aí temos a aula Bônus ainda porque a gente não não é pouco conteúdo né a gente gosta de estudar a aula bônus fala sobre a terapia cognitiva orientada para recuperação que é o complemento da obra do idon Beck foi
o último agora né isso no ano do seu Centenário foi lançado livre ele acabou falecendo na sequência né que ele faz a proposta de uma Perspectiva Integral do indivíduo ou seja para além do quadro psicopatológico a CTR propõe que as potencialidades as aspirações os valores do paciente também sejam considerados então a CTR propõe que o paciente volte a ter contato com tudo aquilo que é importante para ele mais que o quadro psicopatológico ah adormeceu né tomou o lugar ocupou o espaço ali na no funcionamento dele isso não lembra um pouco a terapia a psicologia positiva
sim o Na verdade o beck fala sobre a influência de diversos modelos terapêuticos nessa estruturação então tem ali a a a influência da da ACT né da terapia de aceitação e compromisso a perspectiva dos valores daquilo que é significativo pro paciente né uma uma vida que vale a pena né que funcione o que que funciona no repertório desse paciente né então ele fala sobre as diferentes eh influências que ele teve principalmente baseado numa em uma crítica que sempre a TCC carregou que era de olhar só para doença na Perspectiva psicopatológica Néo e aqui com a
CTR ele teve esse olhar mais amplo pro pro indivíduo né Tem um cara que é o Martin sellman que fundou a terapia a psicologia positiva e uma das críticas é essa ele falou assim Bom todos os modelos terapêuticos até agora focaram no problema exatamente e eles tem em linhas muito Gerais uns 70% de eficácia né se você aplicar bem a terapia ali tiver tudo redondinho de sem paciente uns 60 70 vão ter resposta eh aí ele falou será que se a gente não olhar pro lado bom do paciente e fortalecer só os aspectos bons sem
mirar só o problema a gente não consegue alcançar esses outros 30% pelo jeito foi mais ou menos um deve ter sido influência na verdade sempre tem influência né não tem como pensar isolado né Sem é e a proposta é bem interessante porque ela tem o foco na construção da resiliência Então ela quer preparar o paciente pro enfrentamento daquele quadro psicopatológico e de outros que possam vai se apresentar futuramente para ampliação para manutenção o a c Ela traz alguns termos até que são diferentes da da terapia cognitiva comportamental clássica Então ela fala sobre Ativar o modo
adaptativo do paciente em empoderar o paciente ou seja fazer com que aquilo que era uma potencialidade por exemplo volte a ter vida então ele fala em energizar isso ele usa esse termo né então é trazer vida de novo para aquilo que até então não tinha ficado ofuscado pela psicopatologia o paciente volta a ter contato e volta a ativar isso na sua vida por meio de ações Então tem que colocar em prática não é meramente reflexivo né pensar naquilo que é importante para mim não precisa ter contato experiência né É experiencial E a partir disso o
paciente eh desenvolver a resiliência porque ele vai ter mais recursos ali de enfrentamento que legal para aquelas dificuldades que até então ele não conseguia enfrentar e aí dentro do modelo de tratamento da CTR é um existe uma grande diferença ou ou é mais o os alvos mesmo é na verdade ele complementa a obra do Beck assim né ele eh traz a perspectiva do modelo modal que é a a perspectiva de que o paciente funciona por modos de funcionamento né o modo seria Vamos pensar no modo avião do celular que nós ativamos E aí todo o
celular funciona de acordo com aquela predominância né então então nós sabemos que ele vai funcionar com aquele modo predominante o o modelo modal do bec tem essa perspectiva então o modo desadaptativo o paciente está em um um funcionamento predominantemente prejudicado por exemplo num quadro depressivo ele tende a ter aquela interpretação aquela reação depressiva diante dos mais diferentes acontecimentos da vida e a proposta da CTR é a ativação do modo adaptativo então que paciente perman no modo adaptativo o maior tempo possível para que a partir disso ele tenha um melhor enfrentamento dos Desafios até a não
fala em sintomas fala em desafios e o que que você acha da terapia baseada em processo Ana qual que é a sua leitura acho extremamente promissora né Eh interessantíssima e muito alinhado com o que nós percebemos hoje eh que a prática baseada em evidências aponta né para olhar o paciente em termos de de componentes né que hoje interferem na qualidade no funcionamento do paciente porque se nós olharmos puramente o diagnóstico nós sabemos que lá na prática Clínica Isso não funciona tão bonitinho como nos livros né às vezes os psicólogos tem também né às vezes tu
olha os critérios de exclusão do ensaio Clínico tu fica até assustado fala onde é que tá esse paciente aí na vida real exatamente eu vejo até tem na na minha caixinha de perguntas o pessoal falou assim Ana o que que você acha da questão do nicho né ah Ah porque no Instagram eu quero falar sobre um nicho Eu quero atender sobre um nicho falou olha em termos de marketing acho que funciona bastante eu acho que é interessante para você se especializar Mas eu sempre faço uma observação na prática Clínica cuidado porque muito difícil que você
tenha sempre um paciente que venha só com aquele quadro do seu nicho né para você sempre ou você vai atender pouquíssimos pacientes porque você vai ter que descartar vários ou você também amplia o seu conhecimento para lidar com essas demandas que aparecem sobrepostas ou comórbidas enfim né e a a perspectiva da terapia baseada em processos ela nos ajuda a entender os casos por essa forma mais real mais prática né como como os casos se apresentam na prática Clínica mesmo eu acho que também dá um grande fôlego para o entendimento da psicopatologia além das caixinhas do
dcm né que psicopatologia não é dsm pra galera exatamente e e quando você traz uma nova forma de entender o paciente você consegue dar fôlego para um um novo jeito de enxergar a psicopatologia que não é necessariamente arbitrário como um dsm e também tipo pô Às vezes você pega um paciente com depressão diagnosticado e um com ansiedade Às vezes o com depressão é mais parecido do que o que do que tem ansiedade do que ele com depressão e outro depressivo você entende a lógica quez sim o depressivo parece mais com esse ansioso do que esse
depressivo com mais depressivo de tão heterogêneo que são os diagnósticos né é isso é por isso que aí a tentativa né no no dsm anterior no quatro os eixos né para tentar organizar agora com os especificadores Ah então você é depressivo mas você tem um especificador Ansioso né você mas também pode ser comórbido né com quadro de ansiedade eh Então essa tentativa obviamente tem limitações importantes né no modelo psicopatológico na descrição eh nos manuais que nós temos em vigência hoje e a terapia baseada em processos e outros modelos trans diagnósticos né que se apresentam hoje
a dbt a act a própria CTR Ela também tem essa proposta trans diagnóstica né Eu acho que ajuda bastante a compreensão e o tratamento é eu acho que a a terapia tá indo a reboque junto né então os dois os dois estão evoluindo junto a forma de olhar a psicopatologia e a forma de intervir uma vai puxando a evolução da outra né sim até porque nós não tratamos só pacientes que fecham o diagnóstico ex Você tem uma noção D do consultório Quantos por cento tem diagnóstico quantos por Cent não tem puxa eu acabo tendo um
viés porque eu trabalho muito próximo de psiquiatras né então eles acabam é acabam tendo quadros já bem estabelecidos assim em termos de psicopatologia Então o meu consultório talvez não não seja tão fidedigno assim a a a maioria né eu trabalho bastante com pacientes que têm diagnósticos mas nessa mesma característica que nós estamos conversando aqui né com eh quadros comórbidos ou com sintomas Associados sobrepostos e você temum paciente com depressão pura olha hoje digamos sem sei lá álcool alguma coisinha é hoje hoje são hoje atualmente eu acho que eu tenho dois pacientes assim que eu digo
depressão depressão né então ali aquele humor deprimido anedonia especificamente e quanto você atende mais ou menos hoje ah de quantidade de pacientes Eu tenho 23 25 pacientes é pouco né é pouco considerando que depressão é o transtorno mais prevalente um dos mais prevalentes é interessante pro público principalmente quem tá em início de carreira uma entender que no consultório vai vir um emaranhado é o cara que tem depressão tem ansiedade Aí usa álcool aí tem problema de sono ex não é aquele paciente do livro né exatamente ou E aí Entre esses dois pacientes que tem a
depressão mais clássica um caso é completamente diferente do outro Exatamente olha só né a manifestação dos sintomas são diferentes as reações Eu tenho um paciente que ele se isola muito mais e outro paciente muito irritado então que ele tem mais dificuldade de relação social e repercussões dessa dificuldade então mesmo dentro de um quadro que seria lá no livro bonitinho né o mesmo a prática Clínica não funciona assim por isso também é ân do psicólogo conseguir dominar Todas aquelas etapas né que nós conversamos aqui para oferecer um tratamento que responda a necessidade desse paciente né Por
mais que tenha um protocolo da depressão tem protocolo da depressão mas nós precisamos adaptar para quem tem mais interesse nisso pessoal a gente tem um episódio aqui no canal com o Jean Leonard que é acho que o título é Se o Mateus tiver aí não sei se dá para botar aqui mas enfim vai você pesquisa aí no no YouTube acho que o título é eh onde começa uma doença ou toda a doença começa assim acho que é isso que ele explica o que é o dsm que a gente tá falando aqui aonde que é o
limite entre o normal e o patológico Quais são as as limitações desse limite né Eh enfim toda a discussão em volta o episódio viralizou recentemente tá com quase meio milhão de views eu acho tava com 30.000 e do nada subiu para caramba nunca imaginei ter meio milhão de pessoas assistindo um podcast sobre Pois é que momento técnico tá ele explica como o dsm é construído o caso de algumas arbitrariedades no dcm que não sei se você sabe que tem um caso lá que precisavam botar um critério o número de nove diagnósticos eu não lembro agora
qual que é a 10 diagnóstico precisava a partir de quantos era a doença é de sintomas a partir de quantos sintomas começa a doença aí os caras decidiram três aí não sabiam porquê daí um daí um falou porque dois é pouco quatro é muito o Jan Ele conta as histórias foi assim que o dsm é construído é numa votação assim É É Então tem muita limitação né são grandes especialistas que votaram para fazer o dsm mas tem muita limitação a gente conta tudo naquele Episódio e é um episódio bem bem legal eh é isso deixa
as suas redes aí Ana legal eh PR galera quer te procurar certo no Instagram é Ana com do NS letra H Ana H polak Poa né então meu @ana hpac tem o meu canal no YouTube também an polac vocês podem acompanhar lá nós fazemos estudos de grandes obras da psicopatologia da terapia cognitivo comportamental um estudo Capítulo a Capítulo também né então leg eh tem bastante conteúdo lá conteúdo intenso com né porque poderia fazer ali é aquele dilema que a gente vive né esl Poderia fazer um conteúdo mais comercial mais sensacionalista mais né Eh Talvez teria
mais visualizações Talvez teria mais seguidores né tudo isso poderia mas eu acredito muito no papel que o meu trabalho tem e que vocês também tem essa perspectiva de capacitar os psicólogos Se nós queremos que a nossa profissão de fato tenha mais espaço mais reconhecimento tem que arregaçar as m mangas estudar trabalhar e a minha proposta de trabalho é exatamente essa né de contribuir Então são vídeos Ali mais longos mais densos mas que foram feitos justamente para fazer essa essa contribuição maravilha então e Se alguém quiser de consulta supervisão tá lá no Instagram no link lá
isso entra lá no noá tem todas as informações também perfeito obrigado Ana pela sua presença aqui obrigada esen Eu que agradeço pessoal Compartilha o episódio com quem você acha tem interesse se você quer conhecer o Instituto de Psicologia baseado em evidências O link tá aqui no primeiro comentário fixado dê like na Live na Live dê like aqui no no no episódio por favor que isso nos ajuda e Reforce o meu comportamento de voltar aqui fazer e Episódio para vocês fechou Nos vemos no próximo episódio e até lá
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