Videoaula3: Constituição do Sujeito - Parte 2: Três tempos do Édipo

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Helena Amstalden Imanishi
Este vídeo trata da constituição do sujeito em quatro tempos na psicanálise lacaniana. Esta é a segu...
Video Transcript:
o olá pessoal na medida amstalden imanishi e nesse vídeo eu vou falar sobre a segunda parte da constituição do sujeito para psicanálise e especialmente a psicanálise lacaniana para quem não assistiu a primeira parte do vídeo eu vou deixar o link na descrição estamos trabalhando com uma constituição em quatro tempos e hoje falarei sobre os três tempos do ético tem uma que leitura de lacan sobre o complexo pode ano também deixo na descrição desse vídeo algumas referências importantes como o lado falecido professor da puc e franklin goldgrub que ajuda a crescer um pouco a leitura que
eu faço dessa constituição sujeito 1 a weapon conceito complexo estruturante da teoria psicanalítica e também polêmico e muito revisitado nesse vídeo faremos apenas alguns cicote tensão de algumas dimensões imaginárias e simbólicas desse conceito ao final desses três tempos quem veremos nascer não adulto porque não se trata do desenvolvimento da criança mas sim da constituição do sujeito desejante que se constitui a partir de uma falta fundamental lembrando que deseja psicanálise está para além do seu aspecto sexual e e na parte 1 desse vídeo falando sobre o conceito o estádio do espelho correspondente ao primeiro momento da
constituição do sujeito que marcaria passagem de um corpo despedaçado de um eu e diferenciado para a imagem unificada do corpo o primeiro tempo do édipo também pode ser identificado ao conceito do estádio do espelho porque em primeiro lugar temos o grande outro dos cuidados a mãe a genitora que caracteriza o primeiro momento discutido no vídeo da parte 1 e logo depois a simbolização da sua ausência porque o processo desse diferenciado o outro implica também perceber que esse outro nem sempre está ali em além do princípio do prazer o freud descreve uma observação que fez durante
algumas semanas do seu método de um ano e meio de idade primeiro a mania de um garoto jogar as coisas ao longe de modo que reunir os seus brinquedos não era coisa fácil depois a organização de uma brincadeira na qual as palavras os sons que a criança me lembrava umas palavras alemãs for e dá a medida que lançava seu carretel para longe da sua vista e o puxava de volta pronto desenvolvem todo uma análise sobre como essa brincadeira ensinava o desaparecimento da mãe e permite ao garoto suportar essa ausência na brincadeira a criança elabora de
forma onipotente sem se preocupar com a realidade e através de uma atividade prazerosa eventos muitas vezes conflituosos e dolorosos o for da falaria das a elaboração e representação pela criança da perda de seu objeto a mãe como um evento doloroso porém necessário é a mãe que vai e vem mas porque ela vai tem sarinha criança o que ela quer que não é apenas a mim está muito claro que outra coisa que mexe com ela é aí que a criança institui a mãe como faltante e desejante por isso para lá cama o primeiro significante fundante do
sujeito o jeito dele gente é o desejo da mãe vejam como de novo a constituição do sujeito da psicanálise e começa a sempre no outro antes de se perguntar sobre o próprio desejo a criança se pergunta sobre o desejo do outro lembrem que aqui estamos falando desse grande outro que falamos no outro vídeo quer dizer não se trata da mãe de carinhoso mas daquele que ocupa esse lugar bom seja se o nome um conceito para falar sobre isso que é da ordem da ausência da mãe o significante do desejo da mãe existiria algum para falar
sobre o que significa o seu desejo sim o significado das idas e vindas da mãe é dado na psicanálise o nome de falo falo não é um órgão do corpo falo nesse momento aquilo que significa o desejo do outro o que esse outro quer o que é isso que outro deseja e que não sou eu nem satisfazer o meu desejo a pergunta inquietante em si o que se faz presente em todos nós nas relações mais significativas e mais cotidianas faz entrada na nossa vida muito cedo o que o meu parceiro meu chefe a minha mãe
é um amigo quer e porque queremos saber isso porque se eu soubesse o que é esse falo eu poderia me fazer me identificar com aquilo que suponho ser o desejo do outro e temos só pra mim é isso que marca o primeiro tempo do édipo a identificação da criança essa identificação imaginária especular com o desejo da mãe o falo e a questão que se coloca nesse momento é ser ou não ser eu falo por isso que na constituição do sujeito a primeira posição que ele ocupa é a de objeto o triângulo edp no clássico claudiano
mãe pai criança ainda não existiria nesse momento mas sim o que lacan formaliza como um triângulo imaginário mãe criança e falo é claro que tudo não é uma ilusão fundamental talvez a primeira é decorrente da crença de que é possível ser tudo que o outro ou de que é possível encontro absoluto em que nada falte lembrando que esses tempos da constituição do sujeito é são pensados a partir da clínica dos adultos e inseridos no desenvolvimento da criança a psicanálise faz uma aposta ambiciosa de nossas fantasias e desejos adultos que parecem tão múltiplos e variados fundamentam-se
em apenas algumas fantasias fundamentais como me identificar a shake sou exatamente aquilo que o outro deseja essa ilusão de ser o falo permanece na nossas fantasias que conscientes mas são apenas fantasias há uma diferença a significativa estrutural se algo falha nesse processo e a criança permanece identificada com aquilo que significa o desejo da mãe a privação do falo pelo pai aceitação disso pela criança esse é o que permite instalar o segundo tempo do édipo ea passagem para o terceiro do contrário a criança fica identificado especularmente a objeto de desejo da mãe é uma posição que
marcaria e seria característico da psicose temos então no primeiro tempo do ético o sujeito ocupando a posição de objeto determinado pelo primeiro insignificante fundante do sujeito do desejo da mãe e o início do complexo de édipo em sua vias em si aumente imaginária já que o que se coloca para criança ainda não é a questão do pai mas sendo falo essa relação essencialmente do ao imaginar e especular que permite pensar umas este primeiro tempo como integrando conceito do estádio do espelho aqui nesse segundo tempo é que nós temos propriamente o início da fase fálica uma
das fases do desenvolvimento psicossexual postulada por freud em três ensaios sobre a teoria da sexualidade de 1000 15 fase na qual se daria um complexo de édipo para froid nesse segundo tempo é essencial que intervém no segundo significante fundante do sujeito que lacan chamou de o nome do pai a criança se identifica desse lugar que falo e passa agora atribuir que isso que a mãe deseja é algo que o outro tem ou não tem ela faz a seguinte associação mãe ausente igual presente junto ao pai e passa supor que esse terceiro tem eu falo o
importante dessa mudança de ser falo para ter o falo é a de que ela corresponde no processo de constituição do sujeito a passagem da posição de objeto para de sujeito mas por ora não é um sujeito dividido e sim absoluto absoluto porque em um primeiro momento a criança não vai se conformar com a entrada desse terceiro é como se a criança participe da ilusão de um dia ter tido uma relação de exclusividade com a mãe o primeiro tempo do édipo na qual que estava em jogo era apenas o sujeito o outro e o falo agora
ela tem que lidar com a presença de um terceiro que intervém nessa relação do ao e lidar com a perda de seu objeto para o outro a criança percebe que seu lugar foi ocupado por um intruso mas antes de aceitar essa perda ela vai lutar é por isso que o sujeito desse tempo é absoluto ele descobrirá a existência de uma função normativa o famoso não dirigido a criança mais irá reivindicar seu lugar de sujeito e o direito de dar a mãe o que ela deseja no primeiro tempo na posição de objeto a criança estava preocupada
em ser ou não ser eu falo agora na posição de sujeito sua questão será ter ou não ter o falo falo passa então a significar o poder que limita sua pretensão de exclusividade amorosa em oposição ao triângulo imaginário mãe criança falo temos nesse tempo triângulo simbólico a partir de volta se o pagamento com manifestações de amor incondicional a ausência de limites e de amor condicional a função normativa os agentes desses vértices do triângulo podem ser a mãe e o pai substitutos ou ambos é mais importante do que as pessoas são as atitudes bem como também
o grau de ambiguidade é de coerência ou contradição que pode ser maior ou menor no nível simbólico esse pai enquanto um significante composta uma função normativa simbólica terceiro representante da lei isso teria consequências fundamentais na constituição do sujeito em primeiro lugar é uma lei que promove a desidentificação da criança com falo e faz a criança se confrontar com a castração ou seja com essa falta constitutiva que nos estrutura como sujeitos desejantes além disso ao funcionar como privador do falo da mãe o pai enquanto simbólico dirige o olhar da criança para percepção de que a mãe
também está submetido a uma lei no primeiro tempo da mãe que vai e vem também existe uma lei é também a mãe é dependente de uma ordem simbólica que permite acesso ao seu objeto do desejo mas é ainda uma lei e não controlada agora nesse segundo tempo não se trata mais de uma lei caprichosa autocrática mas da entrada do pai como mediador daquilo que está para além dela e de seu capricho a mãe também responde a um tribunal superior como expressa lacan o significante nome-do-pai quanto o símbolo da lei é aquele que estabelece uma hierarquia
dos desejos humanos que a criança não deve tentar se sobrepor e nem pode e também líquida pelo menos empates é a fantasia da criança de que é possível ser o valo ter falo sim e o tempero tempo corresponde a saída do complexo de édipo a criança ingressa na condição desejante e internaliza a lei normativa pode agora seguir com seu processo de socialização forjando para seu futuro novos dramas e novos objetos para o seu de todas essas crianças fábricas ser solteiro falo permanece em nossas fantasias inconscientes e retratam a nossa dificuldade em abandonar esse ideal de
completude essa crença de que seria possível possuir esse objeto máximo do desejo representante do amor incondicional nesse tempo que se daria o processo de sexuação a condição sexuada metaforizar ia o ingresso da criança na região da falta lembrando que a identificação ea construção da identidade e da identidade sexual ela deve ser pensada como um processo e é sempre inacabado que envolvem expectativas em conscientes tanto dos adultos em relação a criança cômoda própria criança por já identidade está ainda no processo de construção uma tarefa que será sempre mais ou menos acabada assim como aceitação da condição
de exigente e que é portanto uma condição marcada pela falta este quadro funciona como um pequeno resumo do que falamos essa tentativa de abordar tantos conceitos neste pequeno tempo envolvidos na constituição do sujeito da psicanálise i
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