no dia de entregar a guarda dos meus filhos que foi a sentença saiu o juiz me deu a guarda o juiz me chamou numa outra sala e porque assim ele não conseguia ficar permanecer em nenhuma audiência nenhuma audiência ele conseguiu ficar até o fim todas as audiências que eu passei com com o pai dos meus filhos ele foi expulso de dentro da da audiência e tiveram que colocar ele para fora porque ele tumultuava ele gritava ele me xingava então o juiz colocava ele para fora porque pedia para parar o advogado dele não conseguia contornar a
situação então botava ele para fora ficava no para terminar a audiência só com o advogado porque não tinha condições de dele aqui junto na na audiência então no dia que eu ganhei agarda o juiz me levou numa sala o juiz não foi nem o promotor falou assim Dona Silene a senhora a senhora vai sair daqui com seus filhos mas eu já vou falar PR senim hoje a senhora não vai voltar paraa sua casa a senhora vai para algum lugar qualquer lugar Dona cene Mas a senhora tem que sumir a senhora tem que desaparecer porque onde
a senhora for os o Senhor irá atrás da senhora e foi dito e feito eu eu fomos pra casa da minha mãe da casa da minha mãe a gente foi foi para uma praia conseguimos de um de da noite pro dia o lugar para eu ficar fiquei lá uma semana Arrumaram o dinheiro arrumaram eu só sei que eu fui lá quando eu cheguei lá que a gente finalmente tava lá que um cunhado levou que a gente chegou lá você sabe o que que meus filhos pediram para mim chuta ninguém vai saber que meus filhos pediram
para mim eles pediram para mamar no meu peito mamou um aqui e mamou o outro quando o outro largou o peito o outro veio mamar só vi os olhinhos piscando o que isso significa eu não sei mas eu entendi que era a falta da mãe a falta da gente ficar junto de novo a falta da gente ficar eles só piscava o olho porque eles foram tão torturados tão torturados a não querer a mãe que a mãe era isso que a mãe era aquilo que quando eles ficaram sozinhos comigo eles mamaram pediram para mamar o peito
era uma foi uma uma coisa assim indescritível não dá pra gente falar sabe só eu e eles que vivemos aquilo quando a gente voltou para casa depois de uma semana ali que eu dormi aquela noite ali naquela casa que eu fiquei com com a casa voltei pra minha casa ele teve que sair da casa com a mulher eu voltei para aquela casa quando nós dormimos aquela noite ali naquela casa de manhã cedo já escutei os grito lá fora Filho o pai tá aqui para pegar vocês vou tirar vocês estão presos aí eles estão presos gente
chama a polícia meus filhos estão trancado aqui nessa casa e Parará Parará e aquele grito que que eu fiz eu fechei a porta fui lá para lá pra frente passei a porta de trás vinha pelos fundos entrei fui lá na frente aí eu fui para falar com ele para ele parar com aquilo né quando quando eu cheguei perto só só foi aquele catarro todo na minha cara porque era uma das coisas que ele fazia em casa era jogar catarro no meu rosto quando eu estava com ele esse dia ele conseguiu escarrar e eu não não
tive a quando eu vi aquele catarro pegou no meu óculos e tudo quando eu tava assim tirando sabe assim atordoada ele entrou na casa da vizinha que era uma casa que no muro era baixinho não dá não pulou no primeiro na primeira entrada ele foi p pular lá do fundo era um muro de uns 5 m alto alto aí eu tinha eu fui correndo do outro lado para entrar e trancar a porta certo mas não deu tempo quando eu fui para abrir a porta que eu tentava achar a chave para abrir ele pulou caiu bem
na minha frente aí eu apanhei que nem um apanhei foi soco foi pontapé me jogou no chão que eu caí eu aqui com a chave presa na argolinha aqui nos dedos ele foi arrancando arrancando os pedaços da minha da minha pele e foi arrancando a chave abriu a porta entendeu catou dois dos meus filhos um ficou trancado se fechou trancou a porta do quarto e e se escondeu dentro do guarda-roupa o mais novo aí ele levou os outros dois abriu o portão ninguém segurava ele daí o que que eu fazia eu falava filho abre a
porta do carro e sai até eles conseguir sair sabe abre a porta do carro e sai filho pelo amor de deus eu pedi assim Gente me ajuda gente chama a polícia ele tá levando meus filhos daí eu falava eu não sou prostituta Gente me ajuda não deixa levar meus filhos me ajuda porque eu tava voltando para aquela mesma casa onde eu passei tudo aquilo mas não teve junto os meus meninos saíram chorando porque tavam tudo confuso e o outro eu não sabia onde tava eu só sei dizer que ele levou as cri levou o mais
velho e o do meio e aí os vizinhos a minha vizinha veio me consolar porque eu Eu não eu só chorava daí foram entrar cadê cadê cadê o mais novo cadê cadê ele não abria a porta aí de tanto ela F ass seu pai já fui embora já foi pode abrir a porta abre a porta aí ele abriu a porta aí daí se via que ele tinha saído dentro daí ele mesmo falou que ele tava dentro do guarda-roupa que ele ficou com medo quando o pai dele veio buscar aí eu fiquei com esse entrei na
justiça para pegar os outros teve que entrar com Mação teve que a polícia buscar os meninos ainda ficou uma semana sem eles eh ele entregou as crianças com com a polícia na casa da mãe deles foi lá que foi encontrado as crianças entregou as crianças aí fiquei com meus três ali passou no outro final de semana Olha só levou uns 10 dias para mim para mim conseguir essas esses dois quando foi para pegar quando eu eu saí de casa para buscar as crianças na escola ele tinha levado os três na escola isso depois de de
uns dias que eu consegui meus filhos de volta eu fui até a escola não tava nenhum dos três na escola nenhum dos três então eu sou a terceira filha mais nova eh de pais sergipanos vieram aqui migraram aqui para São Paulo trabalharam meu pai trabalhou muito muito machista mas uma pessoa muito trabalhadora logo que ele chegou aqui minha mãe já engravidou da primeira segunda terceira filha tudo seguido né meu pai era daquele homem que saía pro baile arrumava a mulher e voltava para casa tratava mal a esposa entendeu teve três filhos seguidos minha mãe não
tinha ninguém para ajudar ela não tinha rede de apoio nenhuma ela se virou Como pode moravam de aluguel conseguiram construir a casa deles numa cidade aqui do ABC Paulista E lá eles se fixaram E lá nós crescemos meu pai muito bravo não deixava a gente sair na casa de vizinha a gente podia brincar na rua mas quando chegava nós tinha que estar dentro de casa tudo quetinha tudo bonitinha sem dar um pi crescemos eh sem ter nenhum tipo de liberdade assim de expressão em casa era só o que ele falava do jeito que ele queria
e acabou a história Era assim minha mãe era aquela pessoa que sofria calada e quando ele não estava ou quando tinha outras pessoas ela contava toda a história dela pra gente porque seu pai fez isso fez aquilo fez aquilo outro que seu pai é assim é assado então eu cresci com muito medo do meu pai porque ele era muito bravo embora ele não batesse nem nada medo de arrumar o assim quando fiquei adolescente arrumar o namorado porque ele ia não ia deixar ele ia me quebrar o meu pescoço conforme ele falava Então tinha muito medo
e e revoltada com as coisas que ele fazia com a minha mãe porque minha a mãe deixava ela não tinha com quem desabafar Então ela desabafava com as filhas então eu achava que nenhum homem prestava entendeu que que a gente só ia sofrer no casamento era isso que eu que eu achava e andava direitinho né porque não podia ser diferente mulher casava cedo no assim eu casei em 1980 né Eu tava com 18 anos eu comecei a namorar assim com meu marido né com 16 anos tinha acabado de fazer 16 anos conheci ele e namorei
que meu pai falava Se Namorar vai casar a filha minha se é se for para namorar tem que casar era assim que ele falava é assim que ele falou pro pro meu primeiro namorado né então assim foi um nós éramos muito presa entendeu tinha que ser tudo do jeitinho que o meu pai queria não tinha liberdade para nada para nada [Música] eu conheci eu arrumei o meu primeiro emprego né eu fui trabalhar no na no mapping na época ali na Conselheiro Crispiniano né era um bom trabalho eu era datilógrafa e eu fui trabalhar como datilógrafa
né numa num setor de ai não me lembro bem mas era setor financeiro da empresa e aí eu conheci a irmã a irmã dele conheci a irmã dele como era em São Paulo ela morava em Santo André e eu morava em Mauá aí o que acontece logo falaram para ela que tinha alguém do abc porque ela não sabia pegar o treem na estação da Luz ela não sabia ir andando né e eu sabia porque eu vinha vinha e voltava andando da até a o mapping né E até a Estação da Luz foi assim que eu
con Porque daí eu fui ensinar para ela voltamos e começamos a fazer esse trajeto ela podia pegar o trem que para ela era mais fácil do que ônibus então foi assim que eu conheci e essa moça né que acabou virando a minha cunhada né e depois uma das pessoas que marcaram muito a tragédia que foi meu final do meu casamento né então daí ela pegou e falou ó vem aqui na minha casa no final de semana né vem né Eh Vem conhecer minha família né e eu não saía para canto nenhum né porque não podia
então aí durante o dia meu pai deixava a gente pod dia ir né E aí eu fui na casa dela aí parei numa estação de trem ela vinha lá para para me buscar e aí ela demorou muito para vir me buscar aí quando ela chegou ela chegou com ela tinha chorado muito ela tava com o rosto todo inchado os olhos inchados umas marcas assim no braço e E aí eu falei assim nossa O que aconteceu com você né ela chorando falou assim não que meu irmão me bateu eu falei misericórdia né mas o que que
foi isso ela falou ol ele me bateu aqui nos meus braços e com cabo de vassoura e eu falei misericórdia mas o que que aconteceu aí ela falou assim não é porque eu tava limpando a casa agora cedo era um sábado e eu deixei a a fala a vassoura de atravessado na porta sabe na porta ela tava limpando ela foi lá buscar um pano e deixou de atravessado ele veio com tudo e tropeçou naquela vassoura aí ele brigou brigou comigo e eu e eu sem querer coloquei no mesmo lugar daí ele tropeçou de novo daí
ele pegou a vassoura e me bateu e eu fiquei assustada né mas tudo bem fui lá na casa ah fui bem acolhida né para mim era uma novidade sair de casa sabe eu não saía para canto nenhum aí a mãe dele muito bacana me tratou bem e tudo a gente ficou lá tomou um café e de repente apareceu aquele rapaz sabe assim na na porta né e eu levei um susto que daí eu só escutei falando essa é sua amiga que você ia trazer você não vai me apresentar aí ela tava ainda magoada com ele
porque ele tinha batido nela eu nem sabia que era aquele irmão ela tinha dois irmãos aí ela falou essa é cene minha amiga né E aí foi assim que eu conheci ele e daí no no na segunda-feira ela já levou um bilhetinho dele para mim né até achei estranho ela levar porque ela tava magoada com ele mas ela levou o bilhetinho e ele falando lá no bilhetinho que que gostou muito de mim não sei o qu depois outro bilhetinho e todo dia ele mandava um bilhetinho para mim dizendo que queria conversar comigo foi assim Foi
eu não mandava bilhete mas ele mandava todo dia um bilhetinho por ela quando a gente se encontrava na estação para ir trabalhar eu achei eu eu tinha uma pessoa isso eu nunca falei mas você tinha uma pessoa na que era eh irmão de uma amiga minha de escola que ela tinha um irmão que eu era tinha uma apaixonite sabe coisa assim que nossa ele era lindo sabe eu e eu ficava encantada com ele quando eu olhei aquele que foi meu ex-marido né Eu achei parecido muito parecido então eu dei alguma importância por causa disso você
acredita Foi por causa eh da da aparência que ele tinha tinha raspado o cabelo tava Car e aquela pessoa que eu tinha aquela paixão Assim de adolescente que que que eu nunca nunca poderia ter Sabe aquela pessoa que eu você nunca vai ter mas que você nós de longe você gosta que Nossa o coração né ele [Música] parecia aí então ela pegou e me convidou para ir lá na não acho que foi numa festa de São João alguma coisa assim da escola alguma coisa assim e eu lembro que eu fui com uma roupa toda marrom
e ele foi com uma outra roupa toda marrom e aí chamou a atenção de todo mundo né falou assim nossa um par de vaso vocês dois né E aí ele lá num cantinho lá ele me pediu em namoro né pediu para namorar comigo é foi assim eh o primeiro namorado assim que eu tive entendeu o restante que eu tive antes dele foi na escola nos bailinhos que tinha que a gente ia escondido do meu pai eh eu eu cheguei a beijar outros rapazes né dois ou três rapazes mas namorado aí foi que a gente começou
a namorar e ele foi logo daí eu falei para ele né Eu falei assim olha eu não posso namorar meu pai não deixa Se meu pai souber que eu tô namorando ele vai me matar aí ele pegou e falou não eu vou falar com o seu pai mas eu eu tava meio ressabiada com ele por causa do que eu tinha visto e se eu tivesse se eu hoje se eu conhecesse uma pessoa naquelas condições que eu conheci eu jamais teria aceitado namorar percebe Então mas assim eu eu tinha feito 16 anos e eu fui criada
para casar e casar e viver para sempre que mulher era sofredora mas que tinha que casar e era assim que era dava até só o primeiro grau e acabou a história Era uma era estranho né hoje em dia não é mais assim mas começou assim ele foi lá na na casa da minha mãe do meu pai né e eu lembro muito bem no dia que ele foi para me pedir namoro nós ficamos tudo escondidinha né lá fora da sala e os dois sentados assim e ele me pedindo namoro e eu escondidinha para ouvir e morrendo
de medo aí ele eu meu pai falou assim filha minha quando namora tem que casar namorou tem que casar daí ele pegou e falou assim ó não sei se eu vou casar com a sua filha só tô pedindo ela em namoro mas meu pai aceitou a gente começou a namorar em casa entendeu ele vinha a gente ficava assim no televisão né E conversando e tal e depois eh ficava um pouquinho lá fora antes dele ir embora para namorar dar uns beijos assim depois ele ir embora e foi assim o meu namoro entendeu sem sexo sem
nada era era namorar e namorar em casa e ele ia lá no meu trabalho para fugir dessa rotina ele ia lá no trabalho e a gente vinha ele descia no ABC na na cidade de Santo André e eu continuava no ônibus até Mauá E aí a gente ia namorando dentro do [Música] ônibus e assim foi a gente nunca brigou por 2 anos né Eh foi 1 ano e meio de namoro e aí com 17 anos ele me pediu noivado teve aquela festinha do noivado em casa né E aí um ano depois eu tava casada com
ele com 18 anos então durante o namoro uma coisa me chamava muita atenção né mas eu eu e assim eu achava que eu podia ajudar ele eu era aquela pessoa que ia ajudá-lo sabe foi uma característica minha a vida toda né de querer ajudar as pessoas então ele tinha muito problema com a família dele ele me contava que ele falava que ele era uma pessoa eh incompreendida pela família ele me falava que a mãe dele gostava mais das irmãs do que dele e que por causa disso ele era injustiçado então lá ele falava que tinha
muita eles discutiam muito entre eles entendeu E que ele era uma pessoa incompreendida pela família então muitas vezes ele chorou ele chorou para mim falando das brigas das das discursões que tinha e eu acho achava aquilo muito Fi assim nossa coitado né porque na casa do meu pai não tinha briga não tinha briga era do jeito da que era nós aceitávamos e ponto final né Apesar que tinha a minha irmã mais velha era revoltada Ela acabou se desenvolvendo uma pessoa revoltada com o jeito do meu pai tratar a gente entendeu mas até então a gente
era tudo comportada não tinha nenhuma briga meu pai e minha mãe nunca brigavam sabe assim brigar brigar na nossa frente não era uma coisa de até porque o que ele falava era lei né então não tinha muito discussão eu achava estranho um filho brigar com um pai ou discutir com um pai né mas a a dinâmica da família dele era totalmente diferente né e eu tinha dó dele entendeu eu tinha dó da da daquele homem aquele rapaz tão tão incompreendido né e uma das coisas que que ficou muito marcante no no relacionamento com ele uma
coisa legal foi e depois de noiva meu pai deixar eu ir ver o mar saí com com a família dele porque tinha família e eu vi o mar com 17 anos pela primeira vez e eu estava já era noiva dele né Então para mim foi marcou muito porque eu tinha tinha muita vontade de ver o mar e meu pai tinha meu pai a gente eu depois eu vi entender né meu pai não deixava e brigava não mas é porque ele tinha medo que a gente morresse AF folgada você acredita então com isso ele não deu
oportunidade pra gente conhecer o mundo conhecer nada não não não deu oportunidade pra gente entendeu que era ele que dava o de comer era ele que que sustentava então era para ser do jeito dele então deixava a gente sair e com ele a gente eu fui ver o mar pela primeira vez Então foi um momento muito marcante na minha vida Pô o pé no mar ver as ondas do mar né até hoje me fascina mas eu tinha 17 anos e eu lembro bem desse desse dia numa dessas vezes eu saí do trabalho eu lembro que
eu ia passar na casa dele Nossa já pensou eu não I direto paraa casa eu vou passar na casa dele porque a gente eu ia passar lá daí ele ia comigo na casa dos meus pais sabe eu só ia passar pegar ele e a gente ia pra casa tudo de ônibus né tudo de ônibus o trem e acabou a história e aí quando eu cheguei lá no portão que eu eu escutei uma briga uma discursão e eu abri de mancinho o portão a casa tinha duas casas no fundo né que era de filhos que moravam
lá no fundo e tinha a casa da frente que era dos pais onde morava os filhos solteiros o pai e a mãe aí eu fui indo pela beiradinha aqui do Corredor da para entrar lá no fundo da casa daí eu vi uma cena que marcou demais a o meu namoro com ele uma discussão entre a mãe dele que era uma senhora né acho que ela devia ter uns 60 anos na época e a cunhada dele que era casada com o irmão dele que tava grávida do segundo filho já de gravidez avançada aí eu sei que
tava uma briga entre as duas e ele mandando a cunhada calar a boca e ela não calava porque elas est as duas estavam discutindo a sogra com a com a nora né E aí ele para e eu fiquei assustada daí dali a pouco ele catou ela por aqui né e ela grávida Aquilo me chocou foi puxando ela e empurrou ela para dentro da casa dela Cala a boca fica aí e ela caiu no nas cadeiras da cozinha porque era aquela casinha quarto sala cozinha né quarto sala cozinha outra casa e eu quando ele jogou ela
eu eu fiquei indignada porque eu falei meu Deus essa mulher vai perder essa criança ou vai entrar em trabalho de parto onde já se viu jogar uma mulher grávida dessa maneira né aquilo foi demais eu eu peguei e voltei para trás quietinha e falei eu vou sumir dessa família eu não quero mais esse namoro entendeu quando eu estava abrindo o portão o a filha mais nova né que era minha a irmã dele veio nunca vou esquecer tava tudo escuro eu achei que ninguém tinha me visto mas não ela foi atrás de mim e falou assim
pegou assim no meu ombro e falou assim Silene leva os leva né o seu namorado meu irmão embora daqui porque a hora que o meu outro irmão chegar e souber o que você viu né então vai os dois vão brigar então tira ele daqui para não dar confusão por favor eu falei não eu vou embora eu falei para ela eu não quero isso para mim ela pegou e falou por favor começou a chorar pedindo implorando para mim tirar o irmão dela antes que o outro irmão chegasse que era o o pai da da criança que
ela tava grávida né e de fato aí eu levei ele embora e ele de vez de eu de eu de eu ir embora não eu voltei atrás fui ouvir toda a as queixas dele né entrei lá eh tentei aaz igar as coisas com a com a mãe dele que tava falando que tava passando mal que ia ter um ataque cardíaco e levar ele embora e a gente foi conversando conversando sobre o que tinha acontecido mas hoje em dia o que eu teria feito com mas eu não era a pessoa de hoje né eu era aquela
pessoa então eu deveria ter caído fora sabe que assim ido embora e virado aquela página não não ia dá certo mas segundo Elo da Corrente que tava se fechando né A primeira vez quando ele agrediu a irmã e depois quando ele agrediu a cunhada né então eu ia conhecer essa mão pesada ali na frente não ia demorar muito [Música] não é engraçado né Eu sabia que que eu tinha que fazer tudo aquilo né que era ficar noiva casar era um script né se você perguntar se eu tava feliz não eu não tava Feliz era o
que eu tinha que fazer não sei se você as pessoas conseguem entender isso gostava gostava dele entendeu amar eu acho que não amar amar assim aquela coisa eh é que tira o fôlego não sei não é era aquela pessoa que eu tinha que casar eu ia casar e ponto final e o resto a vida ia fazer eu ia fazer tudo para dar certo ia cuidar bem daquele homem cuidar bem da casa eh queria ser mãe e assim a vida ia seguir o fluxo né Eh mas eu sentia principalmente no dia do casamento eu sentia que
eu estava eh como se eu tivesse nadando e tava tava pronta para me afogar era isso que eu senti eu não tava feliz não não estava feliz eh eu tava eu era uma atriz fazendo a minha parte era isso não tinha muita perspectiva eu ia fazer tudo direitinho mas achava que era aquilo né era só aquilo eu tinha achava que era só aquilo que era a vida entende mas não tinha aquela felicidade a minha noite de núpcias eh que né Realmente a gente teve a gente foi pra praia grande né no no Sindicato dos Comerciários
e e foi no sem prazer uma coisa estranha era isso achei muito estranho o sexo entende eh eu só fui conhecer mesmo o prazer do sexo muito depois de de de ter me separado dele né mas eu fazia direitinho eu seguia a cartilha entendeu era quando ele queria e do jeito que ele queria na hora que ele queria e era só isso era bem isso tava trabalhando trabalhava eh voltava paraa casa direitinho né construí dois cômodos lá no fundo da casa da M nem dele Olha que coisa linda não é que coisa maravilhosa eu lá
uma cozinha um quarto e um banheirinho no meio e uma lavanderia do lado com um tanque a mãe dele tinha a máquina de lavar e e eu mas eu não podia usar a máquina de lavar da mãe dele porque segundo ele né que ele me falou que não não pode eu falei Posso usar a máquina da sua mãe porque eu trabalhava até de sábado né não é para lavar as roupas de cama ele falou não mulher não mas como lavar aí o tanque não vai usar da minha mãe não é da minha mãe é para
ela quando eu puder eu compro a nossa não usa a nossa porque minha mãe não vai gostar que você uso a máquina de lavar dela e eu ouvi a conversa assim eh eu cheguei a ouvir uma vez a irmã dele falando Ah ela pediu para falando de mim ela pediu para usar máquina que coisa que é folgado dessa Essa mulher do essa esposa né que Mulher folgada então eu não usava então lavava tudo na mão para não usar a máquina de lavar da mãe dele né então era as coisas eram bem delimitadas aí era bem
basicamente assim né A vida não tinha muita não passeava era de casa pro trabalho mas ir na casa dos meus pais e meus pais vinham lá almoçavam ali naquela cozinha pequenininha depois iam embora a gente ficava e assim seguiu por do anos até que eh nós estávamos nós estávamos eh já com apartamento em vista né que nós estávamos comprando os dois eu trabalhava ele trabalhava eu era auxiliar de escritório ganhava pouco ele já ganhava bem melhor né trabalhava na roda e na parte de hoje seria ti mas naquela época comecinho né de computadores eram computadores
enormes né ele trabalhava lá e a gente conseguiu e comprar um apartamento na planta em São Bernardo né e e a gente tava guardando para mudar para lá então o dinheiro tava bem curto e E aí de repente a gente teve a primeira a primeira discursão e foi a primeira vez que ele bateu em [Música] mim a gente estava com 2 anos de casado fazendo 2 anos e ele comprou um jogo de de sofá de canto pra mãe dele porque a mãe os pais passaram a família passou a ser maravilhosa é isso que eu senti
a família agora não tinha problema agora o alvo eh que pelo menos da atenção dele passou a ser eu e eu e isso eu reparei porque ele falava tanto da família que era incompreendido e de repente ele tava nossa não pode usar a máquina da minha mãe que foi ele comprou esse jogo de de sofá pra mãe e eu cheguei para ele e falei assim escuta gente não tem dinheiro para nada a gente tá tentando ver como que a gente vai fazer para mudar comprar móveis lá pra nossa o apartamento e como é que você
compra um um um jogo pra sua mãe né e não me falou nada aí ele pegou e falou daí ele pegou e falou assim olha eu faço o que eu quiser só é o meu o meu dinheiro aí eu peguei aí começou uma discursão entre eu e ele como assim ele não vai falar nada para mim entende eu achei aquilo para mim naquele momento sou como um absurdo muito grande e aí ele e ele queria se você fica quieta que eu que mando aqui eu que decido as coisas aí a aquela pessoa aquela mulher que
né eu tinha 19 anos 19 para 20 anos 19 anos eu tava 19 anos e pouco eu fui começar a dizer assim eu fui começar a poder falar né não era meu pai então eu podia falar para ele falei não eu não concordo você não tinha que ter comprado eu acho isso um absurdo aí foi a primeira vez que ele me bateu Ele mandou eu calar a boca eu disse que eu não ia calar a boca daí já meteu a mão em mim eu caí aqui no pro lado do banheiro sabe daí eu fui em
cima dele ele me empurrou e eu comecei a chorar porque eu tinha ele tinha batido em mim né me empurrado empurrou duas vezes mandou calar a boca Daí eu entrei dentro do banheiro e comecei a chorar aí eles escutaram lá na casa aí vieram Eu lembro que eu tava dentro do banheiro chorando sabe inconformada com aquilo e aí eles começaram a falar do outro lado sabe assim do quintal assim falando daí ele falando olha aí essa louca falou mãe que eu não podia comprar o sofá paraa senhora você acha que pode mãe é o meu
dinheiro como que não posso da e a mãe dele é lógico ouvindo isso ela a que absurdo quer dizer que não pode comprar um sofá pra mãe que criou Mas que que é isso onde já se viu Mas que absurdo Z é que você tem que falar com o pai dela sabe aí que eu chorava mais daí eu me eu me sentia acada você entendeu e dali pra frente foram 9 anos 9 anos onde eu não pude falar nada e quando eu contrariava ele era só soco e pontapé foi assim que eu vivi até o
último dia com esse homem e depois na separação mesmo foi muito mais que isso né mas dali ali foi dali pra frente foi só isso foi Ladeira abaixo Fui Morar naquele apartamento quando eu cheguei lá no apartamento eu soube que eu estava grávida do meu primeiro filho entende naquela confusão toda eu engravidei do meu primeiro filho e de vez de estar feliz eu estava triste porque Embora eu quisesse ser muito mãe e eu já tava com 20 ia fazer 20 anos eu achava que já tava tarde para ter um filho entende eu tinha até medo
de não poder ficar grávida porque no primeiro ano eu Tomei anticoncepcional eu tomei só que daí eu comecei a ter um problema de saúde começou a nasceu uma mancha enorme no meu na minha perna e aí o o médico falou que aquele era um problema vascular e que eu teria que parar de tomar o medicamento né Microvlar porque era muito perigoso né e eu não tinha muita informação eu parei de tomar o remédio e realmente levou mais um ano para eu engravidar então quando eu engravidei eu não sabia direito se eu ia engravidar ou não
porque eu tinha não podia tomar o medicamento né o anticoncepcional e e assim eu fiquei grávida do meu primeiro filho eh foi uma felicidade muito grande porque eu sempre soube Separar uma coisa que eu fiz na minha vida foi separar o mundo que eu tinha com os meus filhos com os filhos que eu Ger que eu tive que eu iria ter era eu e as crianças quando nasceu o primeiro filho era ele era meu mundo percebe era uma razão para viver não importava mais se não era feliz não importava mais se quando a gente brigava
ele me batia não importava o importava era aquela criança e era por ela que eu ia viver entende aí nasceu primeiro um um garoto lindo maravilhoso eh foi um parto que você vai pro hospital não sabe se vai ser parto normal ou não lá eles me deixaram e e no final da história na naquela naquela noite eh é fria Eu lembro que eu estava tendo muitas dores dores assim e eu não gritava eu só tinha eu lá no pré-parto e aguentava aquela dor até uma hora que eu achei que eu não ia mais suportar e
calada com medo de chamar as enfermeiras porque erae convênio assim básico de firma né sabe como é que é aí mas chegou uma hora que eu senti que eu tinha evacuado sabe aí chamei a enfermeira apertei lá aí ela veio e falou assim para mim eh não você não evacuou eu falei eu falei não morrendo de vergonha de falar que eu tinha evacuado sabe aí ela pegou fal assim não mas eu vou chamar a Parteira daí veio uma uma moça né meia gordinha assim com óculos e com ard de que tava dormindo né mas até
aí tudo bem daí veio ela colocou uma coisa espetou eu lá dentro e começou a falar tem mecônio tem mecônio né Eu Não me responsabilizo eu lembro bem dessa desses essas três frases mecônio meconio e ela dizia que ela não se responsabilizava aí eu chamei a moça que me dava mais atenção a a enfermeira né auxiliar e falei o que que é mecônio né eu eu não fazia ideia a gente não tinha internet não tinha nada era só Pais e Filhos o máximo que que eu tava lendo para saber como cuidar de uma criança e
aí ela falou assim seu bebê seu bebê fez cocô dentro de você então o seu parto tem que ser uma cesárea aí passou um tempo sabe e eu nem sabia do Risco meu filho tava correndo aí eu fui levada pra sala foi feita uma cesárea e meu filho nasceu igual um velhinho todo enrugadinho certo porque ele ele não chegou a aspirar Olha que bom ele ele senão ele teria morrido poderia ter morrido por contaminação do mecônio né mas graças a Deus eh ele acabou vindo pra mamada normal e só ficou assim Parecia um velhinho ele
parecia um velhinho foi difícil para mim foi o primeiro filho eu não sabia muita coisa eh VM aquelas pessoas lá no apartamento para ver vinha e vinha gente vinha os amigos a família dele e vinha gente que fumava e aquela bagunça em casa ninguém respeitava uma mulher no puerpério né assim dando de mamar e e e sem saber muita coisa o menino que não pegava direito o peito porque não tinha o bico e aquela gentarada só sei que para mim foi tão confuso muito confuso sabe tanto é que eu não tinha leite eu eu o
menino mamava mamava e e não tinha leite muito estranho isso né Aí ele o menino chorava de fome e eu dava o chazinho né de camomila ele engolia aquele chá dali a pouco já tava chorando e foi uma loucura uma coisa de doido sabe o que eu lembro foi de muita gente na minha casa tanto é que eu nem visito quando tem bebê só depois porque assim não se faz o que foi feito comigo sabe eh eu não faria hoje hoje eu tenho uma outra visão Graças a Deus eu nunca fiz isso porque para mim
foi um tropeço muito grande até que uma uma das pessoas né uma pessoa muito bacana falou assim para mim Toma Ovo Maltine toma ovo maltino com leite e eu nunca tomei leite na minha vida da minha mãe falou que desde que eu saí do peito eu não queria mamadeira sair do peito era no copinho que davam para minim as coisas mas Leite assim que eu pude me entender por gente eu não gostava de leite Então imagina desde pequena não tomava Leite daí de repente eu tinha que tomar leite para aquela criança mas eu fiz pelo
meu filho eu fiz que não foi fácil lembro que eu tomei assim na marra aquele leite aí P Ovo Maltine né mexia mexia e eu dou esse conselho se você não tiver nenhum tipo de alergia ovo maltino que ainda existe eu não tenho contraindicação mulheres no que saem do hospital eh percebe que não tem leite porque o sistema nervoso abalado faz com que o leite seque e foi isso que aconteceu comigo mas o ovo maltino você pode estar com leite seco se você tiver o estímulo da amamentação ele vai transbordar é o remédio certo leite
com ovo maltin foi o que me tirou daquilo aí eu comecei a ter ter muito leite Aquele filho mamava mamava reg Goitá mamava era uma beleza né aí a gente vai pegando gosto pela coisa é aquele aquela coisa mais linda do mundo né aquela casa cheirando a criança né e eu tava muito [Música] feliz tem aquele pai daquela criança não tem tem aquele pai daquela criança que você ama tanto mas você sabe que tem um convívio muito deficiente com o pai daquela criança e e não mudou e não mudou com com o nascimento do meu
filho o que aconteceu aconteceu que eu não podia tomar anticoncepcional Porque eu tive um problema vascular segundo eu estava amamentando então o que que ele precisaria se a gente tivesse relação sexual embora eu ainda tivesse ainda numa tinha engordado não é tava fragilizada que que acontece ele queria ter relação sexual de qualquer maneira e não iria usar o o o bendito do preservativo então quando ele vinha querendo e eu falava você trouxe o preservativo ele dizia que não ele me obrigava ter relação sexual sem o meu consentimento entende Teve um dia que eu disse que
não ia que não ia ele pegou Eu lembro que ele me empurrou me jogou da cama pro chão falava que precisava de um tarugo que aquilo não era mulher que era melhor um tarugo ele falava isso na parede do que eu daí depois eu vim saber que ele tava dizendo que preferia um buraco na parede para ele ter relação sexual do que com que mulher é essa mas não era questão daquelas brigas era porque eu não podia engravidar de no não podia engravidar não não podia usar anticoncepcional então para ter relação sexual Eu precisaria que
ele usasse o preservativo senão iria engravidar com o filho pequeno e aí e foi e foi o que aconteceu das poucas vezes que a gente teve relação sexual eu engravidei do meu segundo filho a base de briga de muita briga de de de eu eu engravidei a base da pancada essa que foi a verdade foi exatamente o que eu tô te falando tanto é que uma das vezes que já tinha passado três meses nessa luta de então que nossa foi exatamente o que eu tô falando sem tirar nem pô eu lembro que eh ele brigando
por causa disso ele acabou me jogando no chão eu caí só que eu estava GR vida já e não sabia aí o que aconteceu Ele começou a me chutar me chutar com raiva de mim porque eu não queria ter relação sexual com ele por causa desses motivos aí foi aí eu tive um pequeno sangramento e eu sabia que eu tava grávida mas por causa dessa disso que eu apanhei eu tive um sangramento foi isso que me levou a procurar o no médico Porque eu a eu fui procurar o médico contei o mesmo médico que tinha
feito pré-natal esse médico me acompanhou sabe Ele sabia da do que acontecia aí ele pegou e pediu um exame de gravidez o meu filho tinha 4 meses eu já estava grávida de 3 meses eu fiquei um mês o período que ele não me procurou só então quando ele me bateu aquele sangramento foi porque eu já estava grávida eu quase perdi esse meu filho meu segundo filho eu fiquei grávida dessa forma como é que você vai amar um homem desse fala para mim como você vai amar quando o meu filho segundo nasceu o o o o
mais velho tinha 1 ano e do meses já tinha nascido o outro aí os outros os outros fala assim no Nossa é muito amor né mal teve um filho já engravidou de novo mal sabiam eles O que é que acontecia mas eu não contava para ninguém eu não contava porque primeiro eu falava assim eu pensava F assim eu não vou voltar pra casa do meu pai meu pai nunca vai aceitar eu meu pai era bravo Entendeu meu pai era bravo como é que meu pai Eh meu pai ia aceitar uma filha com um filho para
trás de separar a minha mãe suportou tanta coisa do meu pai e sempre falava eu não quero ser uma mulher desquitada eu lembro eu acho que nem existia divórcio nem sei eu só sei que eu aguentei firme aquilo só que quando Meu filho nasceu o segundo nasceu eu porque assim ele ele eu ele ele ele mandava eu boca eu discutia com ele ainda discutia e isso fazia com que ele me batia ou eu achava que era isso entende era uma justificativa então eu comecei a ficar desesperada com dois filhos eu tinha que melhorar Aquela aquele
relacionamento tinha que melhorar então eu comecei eu era católica eu naquele apartamento minúsculo que a gente morava eu eu comecei a cender vela para Santa Terezinha para São Judas Tadeu que aquilo que minha mãe falava né que eles ajudavam na nas nossas na na nas noss nosso sofrimento na na nas coisas que a gente precisava então eu eu comecei a ficar desesperada eu pedia muito para Deus e daí eu pedia para Santa Terezinha para São Judas Tadeu eu acendia a vela entendeu para pros pros Santos né para que eles me ajudassem cheguei a acender vela
de sete dias sem entender direito porque a gente era católico mas ia na missa né fez primeira comunhão eh foi batizado e tudo mas depois que eu casei não ia mais na igreja católica né não ia para canto nenhum só ia trabalhar e voltava E aí quando meu eh Quando nasceu meu primeiro filho depois de quatro meses eu eu pedi para me mandarem embora do trabalho né então eu trabalhei até é o meu filho ter 4 meses quando eu fui voltar eu pedi para eles me mandarem embora porque eu não conseguia e nem ele queria
o pai dos meus filhos que eu deixasse meu filho sozinho numa creche né porque era mais precário as coisas não é que nem hoje tem escolinha então eu parei de trabalhar para criar o meu filho logo em seguida eu engravidei do segundo filho e a vida era só de briga de agressão ele vinha para cima de mim Eh eu eu não vou negar que cada vez que ele vinha para cima de mim eu também me defendia e era aquela luta era uma luta física até que eu que eu recebi umas pessoas na minha casa bateram
lá não sei nem como conseguira entrar porque era apartamento tinha vários apartamentos vários prédios eraa um conjunto habitacional E aí a a mulher bateu no meu portão na minha porta tocou a campainha lá e eu fui até era de uma igreja que faz uma pregação de casa em casa e e eles me falaram sobre uma vida eterna de de paz uma vida eterna onde haveria um paraíso aqui na terra onde a única coisa que precisava é que eu acreditasse né que Deus tinha um plano na minha vida e que se eu aprendesse da Bíblia eh
eu ia ter direito a esse paraíso aqui que um dia ia ser um paraíso que a gente estava vivendo nos últimos dias que era por causa eh todo o sofrimento da Terra ia acabar e se eu aceitava o estudo bíblico Imagina eu tava vivendo um uma vida que eu tinha vergonha ali do dos vizinhos do andar sabe eu achava que era era a minha função era melhorar o casamento afinal de contas eu tinha duas crianças não dava para viver mais daquele jeito aí eu comecei a fazer estudo bíblico quando eu tinha o meu filho segundo
filho [Música] pequenininho para ele foi muito bom esse estudo porque eu aprendi que a gente tinha que através da Bíblia né que a gente tinha que eh perdoar quanto Jesus diz né quanto Senhor quanto eu tenho que perdoar quantas vezes eu tenho que perdoar o meu próximo sete vezes como diz a lei né E aí Jesus ensina né não 70 x 7 que é isso que a gente tinha que perdoar o nosso próximo E aí eu aprendi que eu não tinha que discutir com meu marido que ele era o cabeça do casal que eu tinha
que ser eh uma mulher eh submissa ao marido totalmente submissa e eu achei que Fazendo esse papel entendeu eu ia restabelecer a paz que eu não tinha no meu casamento certo eu tive uma vida mais ou menos normal um ano e eu já tava no meu segundo filho aí eu vestia É como se eu fosse um cavalo é assim que eu me sinto alguém colocasse aquela cela em mim e ele subiu em cima e eu fiquei com aquelas doutrinas daquela igreja tampando o meu olhar eu não via mais nada eu tinha que ser submissa ali
eu teria que aguentar tudo e aí foi aí que piorou a minha situação mas assim eu não reagia mais a ele se ele me batesse ele podia me matar eu não reagia eu apanhava quieta e calada sem nem gritar é assim que eu me transformei foi isso que eu virei e assim foi por uns 3 anos 3 anos e meio como não podia deixar de ser que que que que aconteceu a primeira vez que eu lutei lutei para não engravidar porque eu sabia que eu tinha um bebê muito pequeno eu engravidei do terceiro filho quando
o do meio tinha 6 meses ou ou seja quando o meu filho mais velho tinha 2 anos e 7 meses eu já tinha três filhos a terceira gravidez foi uma gravidez Mais Hoje seria de risco né Mas o médico deixou claro que eu não poderia mais engravidar eu só tinha 23 anos eu tive o terceiro filho com 23 anos ou seja o médico deixou claro mandou chamar o meu ex-marido lá o Dr Berton E ele disse assim para para ele olha sua mulher não pode mais engravidar o útero dela tá flácido tá grande e ela
vai eh ela a gente vai fazer o possível para ela não para ela levar essa gravidez até o fim mas o eu aconselho o senhor a fazer a vasectomia aí eu lembro desse dia como se fosse hoje ele aqui do lado aqui falou assim que ele não ia fazer não que que então quando nascesse que era para ele fazer uma cirurgia para que eu não engravidasse mais certo ele falou mas ela só tem 23 anos ele falou não tem problema eu não vou fazer aí os dois começaram uma discursão que eu fiquei foi acabou ficando
muito acalorada porque o médico falou como é que o senhor engravida ela como o senhor faz isso ela tem dois filhos pequenos eu lembro bem disso e o médico ficou inconformado com aquilo eu lembro que ele falou a gente vai mas você não vai poder mais engravidar cene vamos ver se vai até o fim essa gravidez porque você acabou de ter um segundo filho e foi de fato no quando chegou acho que no sétimo mês eu comecei a ter contrações contrações tive que fui pro hospital depois estive alta porque aí comecei a tomar medicamento até
o fim da gestação para levar a gestação até o fim e lembrando que o meu filho do Meio não parou de de mamar porque ele não aceitava parar de mamar ele não aceitava eu amamentava ele e a gravidez evoluiu ele só parou de mamar no dia que eu fui internada para ter o segundo o terceiro filho e quando eu voltei ele viu o irmãozinho mamando e eu falei para ele filho agora é seu irmãozinho e ele nesse período Foi a única vez que ele teve afta na boca ele teve três afit na boca ele não
conseguia não tava conseguindo chupar então isso ajudou ele não ele entender que a dali pra frente o peito era do irmão dele mas eu fiquei eu eu amamentei direto entendeu do segundo filho quando nasceu até o terceiro filho parar amamentação eu continuei tendo leite e o Ovo Maltine né nesse período indo lá na Natal igreja né coloquei a canga nas costas e ele subiu em cima e a gente via aquele inferno né era um inferno por a gente acabava brigando muito porque ele estava fazendo faculdade uma faculdade que nunca acabava eu conheci ele fazendo a
faculdade de administração eu já tava no terceiro filho no terceiro ano de casamento no quase quarto ano de casamento e ele nunca terminava essa faculdade eu boba não entendia então eu falava quando ele chegava eu falava assim você foi pra faculdade ele falou ah não fui fui pra casa da minha mãe daí no outro dia você foi pra faculdade não fui pra casa da minha mãe Ah eu fui no não vinha para casa e nem ia pra faculdade estava pagando aquele dinheirão lá na faculdade né ninguém não entendia isso aí a gente brigava eu apanhava
porque eu tava brigando por causa da faculdade do dinheiro da faculdade que a gente precisava e ele não queria que eu brigar que eu discutisse nada toca na cen Até que a gente saiu daquele apartamento construiu uma casa eu tava já tendo problemas porque o apartamento eu eu com três crianças não podia nem sequer descer porque era mamadeira era a eu tinha que amamentar fazer mamadeira pros outros fazer comida era comidinha na era papinha pros outros então quando eu vi o dia já tinha passado entendeu daí tinha que às vezes descia lá embaixo com eles
era era era assim um andando aqui do lado e dois no carrinho e até lá onde as crianças brincava porque era Conjunto Habitacional não é que nem hoje tem playground era tudo diferente e eu e eu ficava tão triste de ver meu filho crescendo meus filhos crescendo sem sair para fora sem um quintal que eu comecei a me sentir sufocada ali naquele apartamento daí graças a Deus a gente eh vendeu vendi um um um terreno sabe peguei o dinheiro que eu tinha guardado da da da minha rescisão compramos um terreno e Santo André e construímos
uma casa uma casa grande mas fomos morar sem terminar só rebocado colocamos uma cerquinha uma de balaustra e fomos e ali foi um alívio porque as crianças podia brincar podia naquela parte cimentada andar de tonquinha né E aquela era minha cidade era ver meus filhos bem mas o meu pai tava ajudando meu pai ajudou desde o começo da construção da primeira vez que alguém entrou lá foi o meu pai e os pedreiros meu pai que que que assim o que vai fazer o que não vai fazer era o meu pai ele era um mestre de
obra porque Ele tinha experiência ele construiu a casa dele e aí eu fui me aproximando mais e mais cada vez mais do meu pai entende os fil filhos pequeno e meu pai era carinhoso e e nós dois passamos a ter dali pra frente e um relacionamento que eu não tinha tido que eu não conhecia né então meu pai foi importante para mim como minha mãe sempre foi minha mãe sempre foi mas meu pai foi daquele momento dos anos de 1987 é de 85 para frente né E aí eu eu sou muito grata né meu pai
faleceu ano passado mas eu sou muito grata todo apoio que o meu pai me deu aquele homem tão tão duro tão ele passou a ser um amigo né Que que foi muito importante na minha vida meu [Música] pai aí a gente eu fui morar lá mas os problemas foram juntos eh eu estava indo lá na igreja eh ia com os três criança eh tinha poucas roupas que a gente tudo dinheiro contado sempre com muita modéstia eh tinha aquela casa grande tava começando a as coisas engrenar né então era uma vida de de muito eh eh
sem sem muito não não não passeava era tudo muito regrado não tinha dinheiro para nada né ia lá na igreja eu voltava com aquelas crianças e e e aquelas brigas era só briga e eu falava Nossa a gente com uma casa del foi terminando a casa sabe foi terminando a casa e meu pai sempre lá eu fazendo comida para aqueles pedreiro tudo eu sempre fui uma mulher muito trabalhadeira certo trabalhava então em casa eu era que nem um homem sabe era juntando bloco era juntando areia e carregando areia e e vamos vamos carregar esse monte
de pedra vamos levar lá pro fundo quando chegava os caminhão já ia pegando os blocos ia levando só não conseguia levar pacote de de cimento né mas de resto eu fazia aí e ele quando chegava nos finais de semana qu dizer era o meu pai lá a semana toda e os pedreiro e a Silene trabalhando e fazendo comida para todos eles eu fazia comida vinham tudo comer na cozinha aí o que acontece meu pai tava mais presente na minha vida no meu dia a dia e ele quando chegava final de semana que a gente precisava
recolher er era material de construção lá para dentro chegava no sábado ele fazia a feira e depois já sumia pra casa da mãe dele pra casa da mãe dele era assim foi assim é uns do anos naquela casa chegava em casa ô tô indo lá pra casa da minha mãe só que chegou uma hora que eu tive que falar para ele falei assim escuta Olha a quantidade de coisa porque a casa era grande construiu também lá no fundo foi uma casa maravilhosa que a gente construiu sabe mas depois que ergueu toda a casa tinha a
parte do fundo para fazer então era bloco continuava chegando o bloco de cemento a gente precisava tirar para poder levar lá pro fundo PR as pessoas não levar e ele falava assim Ah não você dá conta era assim que era era assim que era a nossa vida pintar aquelas janelas eu saí eu punha o corpo para fora erguia a janela tirava para poder envernizar aquelas janelas para preparar a a madeira e depois envernizar e depois colocar eu não sei como eu mas eu conseguia fazer eu fiz das quatro janelas dos quatro quartos foi eu que
fiz Quem pintou Todas aquelas grades preparar o ferro depois passa eh pintar preparar antiferrugem depois pintar foi todo eu que fiz com três criança pequena e ele final de semana pá pra casa do pai dele chegava em casa quando ele vinha quando ele vinha naquele dia à noite de madrugada chegava bêbado bêbado porque lá na casa do pai pai dele junto com a família eram gente boa mas eles se reuniam todos e lá eles tomavam eles bebiam cachaça mesmo porque o pai dele bebia muito o irmão dele também bebia era alcoolista os dois aí ele
também ia Nessa onda com cunhado com não sei quem e bebia bebia era caipirinha entendeu cachaça tudo filho de de e de da eles eram europeu os pais né os avós Vieram lá da Espanha Então tudo aquela coisa era truco e bebida truco e bebida e ele vinha embriagado quantas vezes ele chegou em casa não dava nem para discutir a hora que ele chegava porque ele chegava alguém trazia depois comprou um carrinho ele vinha não sei como vinha porque era bairro próximo né aí chegava era vomitando vomitando vomitando se largava lá na na na cama
e eu ficava ali assustada de ver aquilo aí quando ele acordava eu ia falar que aquilo tava errado eu apanhava porque não podia falar nada ele fazia o que ele queria que ele só tava indo na mãe dele você entendeu Aí aí depois eu vi saber que não era bem assim a história né aquela faculdade que ele não ia pra faculdade ele não tava ele tava indo era encontrar uma pessoa assim entendeu e depois mas isso eu só vim saber [Música] depois a gente tava vivendo momentos muito difíceis né meu pai uma vez chegou em
casa Aí ele perguntava assim fia o que que é isso esse roxo aí no seu braço Ah não pai é que eu fui fazer assim eu bati bati eu falava que eu batia tudo na maçaneta aí um dia ele ele ele ficava assim outro roxo ele perguntava e eu negava não não é nada mas teve um roxo no olho que ele pegou e falou assim para mim ele não perguntou ele chegou e falou assim aquele cabra tá ali batendo aí eu eu sempre fui assim não gosto de mentir né enquanto ninguém perguntava nada você entende
como que é quando ele perguntou eu fiquei entre falar a verdade ou mentir eu calei quando ele falou assim aquele cabra tá ali batendo aí eu calei e comecei a chorar aquele choro de anos de que eu não não chorava sabe era tudo assim não eu engolia aquilo tudo e só tentando bu ser cada vez mais paciente porque ele batia era porque ele tava nervoso porque ele é nervoso eu deixo ele nervoso é por isso que eu apanho E aí o que acontece naquele dia eu comecei chorar chorar chorar aí ele pegou meu pai falou
assim arrume tuas coisas que eu não criei filha para viver embaixo de pancada arruma tuas coisas e vamos pra nossa casa pra sua casa porque eu não quero ver você assim filha arruma suas coisas vamos embora aí eu olhei PR pros lados eu via meus filhos na escolinha dois na escolinha o outro pequenininho eu eles tinham uma casa eles tinham um quintal eu tinha aquelas panelas né eu ainda tava pegada nas panelas na casa eu ainda tinha que ser massacrada mais um tanto até até chegar uma hora que era ou viver ou morrer eu ainda
não tinha chegado naquela condição viver ou morrer eu precisava ainda passar mais um pedaço para entender que eu existia que eu tinha chegado no meu limite que eu não queria mais apanhar que ele não ia mais chegar em mim e bater em mim de qualquer jeito ele não ia fazer mais aí eu falei pai eu não posso deixar não posso sair daqui pai ele não vai deixar eu ficar com as crianças porque quando eu cheguei a falar para ele em separação numa dessas brigas ele falava para mim que se eu se eu quisesse ir embora
eu fosse ele falava pode ir mas as crianças não sai daqui de jeito nenhum as crianças vão ficar comigo então eu tinha muito medo por quê Porque as crianças eram a minha fonte de alegria até porque lá lá na igreja eu só porque assim no começo na igreja eles falavam da Vida Eterna no Paraíso mas depois que você tá que você aprendeu todas as doutrinas que você leu todos os livros fez todos aqueles cursos você o que acontece se você deixar de frequentar a igreja a igreja é Deus Deus é igreja percebe então se você
se afastar da igreja você se afasta de Deus se você se afastar de Deus você tá condenado a destruição Eterna no Armagedom então lá na igreja eu só tinha tinha muito medo desse tal Armagedon muito medo eu estava na igreja por medo no final da história eu sabia que eu estava lá por medo então eu preparava toda as as reuniões mas eu eu eu tinha muita esperança na vida eterna mas eu tinha muito medo de perder a minha salvação eu achava que eu tinha que ir lá na igreja para garantir a minha salvação porque se
eu não fosse Deus eu ia ser destruída por Deus que minha vida seria uma maldição então a minha alegria a minha alegria era meus filhos eu era aquela mãe que os filhos ela eu via alegria na convivência com meus filhos eu punha eles três na na na mesa para dirigir estudo bíblico para falar sobre aquelas histórias bíblicas entendeu era muito zelosa e aquilo era minha alegria o pai não era minha alegria era aquilo que eu precisava manter eu era casada eu tinha que me submeter mas a minha alegria o meu prazer da vida era meus
filhos e ele sabia disso ele sabia que o meu ponto fraco era meus filhos e um outro ponto fraco era a igreja no caso que eu devia eh me reportar não é então meu pai meu pai não conversou mais sobre isso eu disse que eu iria continuar ali na com ele mas só que quando meu pai falou assim para mim que ele me dava apoio ele alegrou o meu coração porque eu sabia que se caso acontecesse alguma coisa eu teria para onde ir na casa dele né então e isso e aquilo me encheu de uma
certa coragem que eu não tinha foi engraçado foi alguns degraus que eu fui subindo Eu lembro que uma vez a o fim né Como que começou o fim Começou assim chegou um dia que era era um sábado e eu sabia que ele ia amanhecer o dia ele ia fazer a feira ia trazer a feira e ir embora ia almoçar e ia pra casa do pai dele aí eu peguei e falei cheguei nele e falei assim eh olha se hoje você sair daqui e for pra casa dos seus pais para beber para jogar enquanto eu tenho
tudo isso aqui para fazer em casa de madeira que os pedreiros deixaram eu preciso juntar tudas essas madeira lá fora porque pode juntar rato pode tinha um monte de serviço juntar varrer tudo aquilo juntar Aquele monte de coisa colocar no saco para depois desprezar para levarem eu falei eu preciso que você faça isso comigo dessa vez eu não vou ficar aqui sozinha fazendo esse serviço não se você for na casa dos seus pais a gente se separa eu não suporto mais isso aí ele pegou e ficou com raiva ficou com muita raiva de mim aí
a irmã dele chegou no comecinho da tarde né 2 horas tal para buscar ele como sempre aí ela chegou e eles subiram lá para cima para conversar e acho que ele falou para ela né que eu tinha que eu não estava deixando ele ir da Ela desceu e começou a brigar comigo como que não vai Como assim que você não vai deixar eu peguei e falei para ela porque nós temos muita coisa para fazer ele sai todo final de semana sou eu que me acabo aqui ó tem tudas essas coisas para fazer aqui em casa
tem que pintar tem que não sei o que tem que tirar esses Entulhos tem essas madeiras pesada do zim eu preciso que ele ajude aí ela saiu batendo o pé foi embora com muita raiva aí quando eu subi lá para cima quando eu subi lá para cima ele tava deitado aí eu fui falar para ele vamos lá me ajudar vamos me ajudar ter tanto serviço para fazer me ajudar lá com aquelas madeira pesada aí quando eu vi só foi o braço dele erguer sabe e foi a aquela pancada que eu levei assim que eu voei
longe catou eu pelo pescoço sabe e e pá e pá e pá quando eu vejo assim eu ele ele catou Tirou a cinta aquela aquela coisa né de tirar a cinta e pá e pá em mim que eu viro assim eu vejo o pai dele os meninos abriram a abriram a porta o pai e o pai dele estava parado assim na na porta do quarto quarto para de bater nela aí ele parou é ela não quer que eu vá na sua casa sabe ele para para para para daí eu sabe quando você fica assim sem
chão eu peguei falei vou falei para você que você não ia me bater mais eu falei para você que você não ia me bater mais catei a minha molho de chave e saí chorando do meio da rua ur uma delegacia aí no caminho eu não sabia onde era a delegacia eu sabia que era pro lado de lá e mas eu não sabia exatamente o nome da rua eu sabia que eu ia andando eu ia chegar lá mas não sabia o nome da rua aí quando eu tô tô andando eu acho eu devia estar chorando é
nervosa e e falando comigo mesma aí passou passou um carro e parou aqui do meu lado era um rapaz dono de uma eh como fala eletrônica que ele havia feito um conserto de de um rádio de uma televisão e de mais um aparelho que havia queimado lá em casa por causa que meu marido tinha ido lá mexer na parte elétrica e deu um mexeu no não sei só sei que deu um problema elétrico Queimou tudo que tava ligado certo Acho que foi a geladeira não sei e aí a gente procurou essa pessoa para fazer o
conserto desses eletrodomésticos entendeu E essa pessoa parou assim parou e assim Dona Silene né olhou assim parou assim e falou Dona Silene aí eu olhei eu vi aquele rapaz sabe daí ele saiu do carro sabe e perguntando para mim por que que eu tava daquele jeito Por que que eu tava chorando certo aí era a primeira vez fora fora os irmãos da igreja que eu conversava que eram homens meu pai e poucas pessoas que ali não era da nossa convivência que aquela pessoa me ouviu entendeu e eu ali parada no meio da rua eu contei
tudo o que tava acontecendo que eu não suportava mais porque ele me batia porque eu não queria porque ele me bateu de novo porque eu vou na delegacia porque sabe aquela coisa mas mas ele foi e começou a me acalmar sabe acalmar você não olha uma mulher não se bate nem com uma flor não se como a gente vê você lá ele falou eu nem sabia ele falou eu passo lá em frente eu vejo você eh na janela ele falou assim eu eu pensava assim nossa que Casa Bonita eles devem ser muito felizes aí Nossa
eu não podia imaginar que você vivia uma vida dessa mas que que é isso você não pode deixar ele te bater sabe e e começou a conversar comigo conversou conversar comigo o que que aconteceu eu voltei para [Música] trás o pai dele já não tava mais lá aí eu peguei e falei para ele daí voltei ele falou ah não foi na delegacia falou eu encontrei viu eu falei PR ele eu encontrei encontrei o eletricista ele falou para mim que com uma mulher não se bate nem nem no com uma flor ele ficou indignado com o
que você faz comigo sabe mas para que que eu fui falar uma coisa dessa Olha do jeito que eu estou lhe falando sabe o que que ele fez naquele mesma H que eu falei isso para ele daqui pra frente só coisas insanas insanas que não tem a menor que não deveriam acontecer com ninguém mas ele chamou meus três filhos tudo pequenininho cinco 6 7 anos estavam fazendo tá chamou e falou assim olha sua mãe é uma vagabunda ela encontrou com um homem agora sua mãe sua mãe abriu as pernas para esse homem porque sua mãe
é uma prostituta entendeu e eu não quero mais sua mãe porque sua mãe é uma vagabunda foi exatamente o que ele fez ali na mesma hora eu lembro que ele tava sentado na no quarto que tava lá no quarto na cama ele chamou meus filhos e eu fiquei fiquei fechando os ouvidinhos deles fechando o ouvido deles entendeu Para não ouvir aquelas aquelas coisas que eles não tinham capacidade para ouvir ali dali minha filha eu era vagabunda eu tinha amante quanto tempo que você sai quando você sai com ele ali foi só eh acusações coisas assim
você sai com ele o que que vocês para onde vocês estão indo Ah então quando eu tô tô fora de casa você tá saindo com com esse cara E aí virou isso daí eu aí eu apanhei pro causa dessas coisas apanhei até quase morrer até quase ele me matar aí foram coisas absurdas né que que nenhuma mulher deve passar eh chegava de noite né ele me me obrigava a ter relação sexual eh batia no guarda-roupa deixou o guarda-roupa tudo torto de tanto bater falava que ia que tinha uma arma lá que ele ia acabar comigo
que ia me você não vai fazer não vai fazer eu vou pegar a arma eu vou pegar a arma então eu ficava assim tremendo você ent aí eu eu eu fui definhando foram 4 meses que eu fui eu fui eu fui ficar com 45 kg eu tinha pele e osso só P daí sim meus pais já meu pai já não tava mais lá já já tinha acabado a obra aí eu comecei a falar comecei a falar pra minha família tudo isso que tava acontecendo da da da de como ele tava fazendo comigo como ele como
que eu tava sendo tratada e era todo dia era todo um dia ele chegava bem entregava uns bilhetinhos que eu guardei inclusive servu de de testemunha perdoa ontem o que fiz com você eu não sei o que deu em mim eu não vou fazer mais isso deixava lá o bilhetinho eu ia guardando aqueles bilhetinho dentro de uma dentro de um livro aí na outro dia ele chegava E aí o que que você decidiu o que que você decidiu eu vou me separar eu quero me separar Ah você vai separar sua vagabunda sua isso e era
eu lembro que um dia ele me pegou depois de ter perguntado o que eu ia fazer tentou me jogar da escada lá de cima para baixo eram mais ou menos uns 13 degraus entendeu a então era aquela gritaria né eu pedindo pelo amor de Deus não faça isso me joguei no chão segurava no chão e ele tentando me puxar para para jogar eu para fora nessa nessas nesse nesses dias todos eu lembro de uma vez que ele me jogou na cama subiu em cima de mim eu não podia mexer meus braços nem minhas pernas entendeu
começou a bater bater bater bater bater tanto no meu rosto até eu não consegui mais ouvir então eu só ouvia um zumbido um zumbido mas a que aquilo me deu tanta tanto ódio porque eu não conseguia me levantar e só batendo no meu rosto eu pensava assim meu se ele me soltar agora eu vou descer lá embaixo eu vou pegar uma faca eu não posso sabe assim mas ele bateu tanto que ele quebrou dois dentes meus da minha boca aí eu lembro que nesse dias quando ele me largou no outro dia eu fui até a
igreja e contei tudo lá na igreja pros pros anciãos o que tava acontecendo ah das coisas que ele tava me acusando que ele me sempre me bateu mas que agora tava insuportável que eu não tava mais aguentando aí eles foram lá em casa chamaram ele para conversar né para conversar daí ele pegou e falou ela é uma vagabunda Essa mulher tem amante eu não bato nela não ela que se joga pela parede ela ela fica fazendo de conta que eu que bato nela mas eu não faço nada disso aí eu fui vendo aí aí fui
conhecendo o lado dele né mentiroso e outras outras coisas mais ao invés deles me darem o apoio que eu precisava que aconteceu eles me chamaram lá na igreja certo falaram para mim tal dia na igreja às 8 horas eu fui aí se reuniram lá do do três três homens e começaram a fazer pergunta se eu tinha amantes se eu não tinha sabe eh O que eh Quem era aquela pessoa que tinha dado aquela palavra amiga para mim e é certeza que a irmã não tem nada com essa pessoa eu falei eu não tenho nada com
ele é uma pessoa que só me falou só falou para mim que o homem não pode bater numa mulher eu não tenho nada com esse homem não tenho nada aí eles F assim então a gente vai desassociar a irmã por quê Porque a irmã muita gritaria na sua casa os vizinhos já chamou a atenção dos vizinhos daqui a pouco é polícia na sua casa Então a gente vai desassociar a irmã mas depois irmã depois de ter passado todo esses problema a irmã pode voltar foi exatamente o que eles falaram para mim então de uma hora
para outra eu não acreditei naquilo Eu não acreditei porque eu achava que uma pessoa para ser desassociada ela precisava ter cometido um pecado muito grave ter sido orientada não praticar mais aquele pecado e aí ela continua praticando após ela ser é orientada Então ela é desassociada para seguir a vida dela e já que ela não tá nos padrões da igreja então que ela não não vai permanecer mais lá na igreja e era isso que eu sabia era isso que eu pregava aí de repente foi isso que eu ouvi e tanto é que eu continuei indo
nas reuniões dessa igreja até o dia que eu fui desassociada eu assisti a minha desassociação com os meus três filhos do meu lado segurando na minha irmão e aí eu aprendi que a igreja não é Deus eu aprendi que aquela igreja não representava o Cristo ela não me ensinava os caminhos de Cristo porque Cristo eh eu lembro que dessa passagem que dizia Através disso sabereis que sois meus discípulos se estiverdes amor entre vós então eu sabia que eu não estava no lugar C Eu sabia que eles não iriam estar do meu lado e que eu
teria que me virar sozinha sem eles que quando eu precisei deles eles viraram as costas para mim E foi exatamente isso que aconteceu e aí eh depois no desenrolar de tudo que aconteceu eh eu tive ajuda de pessoas de várias igrejas de várias de Umbanda de de eh pessoas que eram católicas que eram evangélicas de São vizinhos que não importava a religião né quando eu voltei a morar na casa dos meus pais aqueles vizinhos antigos de longa data me deram todo o apoio que eu precisava me davam carinho abraço Aconchego porque eu vim uma mulher
totalmente destruída mas antes de acabar esse casamento eu já tinha sido desassociada eu estava muito fragilizada mais ainda aí eu conversei Eu lembro que eu conversei por telefone com a minha mãe minha mãe foi lá junto com a minha irmã mais velha que é a única que tinha carro e foi me buscar entendeu e eu ainda tava presa lá com aquelas coisas mas mesmo assim sem entender por Eu sabia que eu tinha que ir embora né aí Botou tudo numa trouxa porque não tinha n não tinha sacola não tinha mala aí foi botando tudo dentro
de um de um lençol tal roupa roupa enfiou dentro daquele fusca e eu fui pra casa da minha mãe certo tava com um rxo desse tamanho na coxa de um empurrão que ele me deu e eu bati com tudo na madeira da cama o roxo era desse tamanho era muito grande marcada de de de roxo tava uma coisa de louco aí eu fui pra casa da minha mãe deixi umas crianças e eu fui pra delegacia né na Delegacia da Muler e fazer o boletim de ocorrência aí quando eu voltei disso que foi chegando na minha
mãe eu já encontrei com Eu já vi meus filhos num outro carro entendeu que era o carro que a gente tinha que tinha comprado um eu não lembro era tipo Brasília sabe que tinha lá e aí meus filhos dentro do carro perto da casa da minha mãe passou o Fusca que é onde eu tava com a minha irmã e ele passou com o nosso carro e eu vi meus filhos dentro do carro no banco de trás aí chegamos na casa da minha mãe o que houve O que houve Ele abriu a janela abriu a janela
porque as crianças quando quando ele chegou e fazer aquela grita estaria lá que ele queria os filhos dele ah os nossos filhos aí eles trancaram tudo a porta sabe E aí ele foi tudo para debaixo da cama do meu pai certo os meninos aí ele viu as crianças dentro do quarto daí ele abriu ele conseguiu abrir a janela do meu pai o vidro conseguiu abrir e foi pegando um por um e botando no carro levou os três e para eu pegar esses meninos de volta você não faz ideia como é que foi ele ligou para
lá falou que se eu não voltasse eles iam paraa Espanha que eu nunca mais ia ver meus filhos foi botando todo mundo eh ele me ligou falando assim que ia levar as crianças paraa Espanha que era para mim ir naquele dia tal hora acho que era umas 2 horas da tarde lá para casa pra gente conversar ele tava com as com as três crianas lá aí eu cheguei lá eu minha mãe não falei nada PR minha mãe que eu ia porque senão ela não ia deixar aí eu fui lá na casa né na casa quando
eu cheguei o que que ele fez ele ajoelhou no chão ele aquele homem que tinha tava fazendo tudo aqu ele ajoelhou no chão que tava falando que eu era uma vagabunda que ol tinha el ajoelhou no chão e pediu perdão para mim olhou a mostrou assim a nossa casa ele fala olha aqui a nossa casa que a gente construiu ele falou ontem eu fui comprei três bicicleta pros meninos porque meus filhos não tinha brinquedo Ele não achava que brinquedo era necessário meus filhos foam muito carente de brinquedo ele comprou três bicicleta ele falou assim essa
é sua casa não joga fora o nosso casamento eu vou mudar eu não vou mais bater em você eu não vou mais bater em você vamos ficar junto aí eu voltei atrás eu voltei atrás e não voltei pra casa da minha mãe resultado quando eu não apareci apareceu a minha mãe e minha irmã lá no portão aí só que engraçado de vez ele ser aquela pessoa bondosa que ele falou que ele seria é nada ele falou fica aí quando ele viu a minha irmã chegou lá fora e falou assim a sua irmã vai ficar aqui
aqui a casa dela ela não vai sair para falar com vocês porque vocês estão tirando vocês estão desvirtuando ela aqui a casa dela vocês deixam nós viver a nossa vida em paz e vão embora daqui daí a a minha irmã falava cene vem aqui falar que é isso Silene vem falar que é isso Silene vem vem você pode falar você tá presa aí eu tava mesmo d a pouco vem ela e mais a polícia a minha irmã a minha irmã foi firme ela foi lá e falou com o policial e o policial foi lá com
carro de polícia daí a polícia entrou lá dentro daí Perguntaram para mim se eu tava presa eu falei assim olha ele ele a hora que minha irmã chegou ele pediu para mim ficar aqui dentro ele fechou a casa mas quando você chegaram Ele abriu Ele abriu a porta ele ele tá pedindo uma segunda chance para mim e eu vou dar essa segunda a chance mas eu não tinha noção do que eu tava falando eu ainda tava apegada aquela família entende aquela família aí o que acontece aí a eles foram embora a minha irmã saiu chorando
chorando porque eu tava lá ela falava assim você tá deixando uma oportunidade Seu amigo vai te matar Silene vem embora com a gente vem embora com a gente a polícia lá na frente dali a pouco foi indo embora todo mundo ficamos [Música] nós mas olha passaram-se 4ro meses foi a pior coisa que eu fiz na minha vida se ele me bateu até aquele dia aí cada dia que eu vivi por 4ro meses com ele eu apanhei todos os dias todos os dias coisas assim de me jogar na cama me obrigar eu não querer fazer sexo
enfiar a mão totalmente na minha vagina torcer as minhas entrenas lá dentro é esse tipo de coisa eu passei dentro da minha casa com ele dentro da minha casa com ele jogar pelas escadas chegava em casa enchia o copo d'água uma leiteira de água jogava na minha cara era era era coisa assim de puxar assim ó a comida toda ele Puxava a a a toalha da mesa puxava jogava tudo no chão e era assim daí chegava e falava assim vai e aí o que que você decidiu que que você decidiu que a gente vai separar
ou não vai sua vagabunda sabe era assim eu não sabia mais o que fazer eu já tava eu já tinha perdido o apoio da minha família eu achava a polícia já tinha vindo eu tinha dito que não ia voltar já tinha feito um boletim de ocorrência e não dei prosseguimento aí eu teve aí ele ch chegou um dia para mim e falou assim você tá muito triste o que que você tá pensando em fazer eu peguei eu eu estava mesmo eu tava assim entregando os pontos eu achava que eu ia morrer então que eu morresse
junto com meus filhos porque se eu fosse embora ele ia embora ele ia lá pegava meus filhos de volta então o que que eu precisava fazer era ficar se eu fosse morrer Qual o problema eu morreria junto com meus filhos a última coisa que eu viria era meus filhos então Tava bom tava ótimo não tenha problema pode bater pode bater eu sei que isso aqui vai acabar em morte então deixa bater a gente eu não tenho mais nada eu só tenho meus filhos ele vai me tirar meus filhos então eu vou morrer com meus filhos
aqui nessa casa e aí foi e assim foi aí até que um dia ele chegou em casa eu tava fazendo o arroz e varrendo a cozinha tentando levar aquilo não ele pegou e falou assim não um dia antes ele falou assim olha aqui ó você tá muito magra você tá muito triste né Silene olha aqui olha isso aqui que eu pego aquele jornal tava escrito assim mãe mata os filhos e se suicida no Diário do Grande ABC ele falou assim é isso que você quer fazer você vai se matar quando ele falou aquilo para mim
que eu olhei nos olhos dele eu enxerguei o que ele tava fazendo ele tava me levando à loucura porque ele sabia que eu não conseguia deixar aquelas crianças entendeu que eu que eu ia que eu ia cometer alguma coisa eu ia morrer eu ia me matar é assim que ele achava é isso que ele falou para mim com aquele artigo no no jornal entende quando eu vi aquilo que ele falou aquilo eu olhei para ele espantada sabe assim Eu de vez dele me tirar a força Ele me deu força não sei se você consegue se
alguém consegue entender isso mas naquele caos todo eu consegui entender o que ele queria que eu morresse entende eu sabia que aquilo ia acontecer mas eu não sabia que era isso que ele queria eu não atribuía me induzia a fazer alguma coisa com a minha própria vida aí no outro dia ele chegou eu estava fazendo o arroz assim eu nem eu vivia vivia eu só vivia eu não sabia o que ia ser quando ele chegasse eu não ia embora eu sei antes de falar no último dia eu sei que minha mãe nesses últimos dias minha
mãe foi em casa só que ele tinha colocado na minha cabeça que que eu não podia receber minha família e aqueles 4 meses foi de de pura tortura sua mãe ninguém pode vir aqui se eles vierem aqui eu vou saber e quando eu chegar você vai ver o que eu vou fazer com você ele falava isso para mim então eu tava com medo de tudo eu tinha medo de tudo e de repente a minha mãe chegou lá minha mãe chegou lá eu abri o portão falei mas a senhora não pode vir aqui mãe a senhora
não pode a senhora sabe não quer que vocês venham aqui aí minha mãe entrou lembro que minha mãe uma pessoa cheia de Sabedoria sabe olhou assim Filha vamos embora Filha a mãe não sabe mais o que fazer a mãe ontem foi no centro espírita para pedir ajuda porque eu sei que você vai morrer e o homem lá filho o homem recebeu a a mãe porque porque de ver o meu desespero ele ela falou para mim ela me contou isso ela disse assim que ele fez uma uma sessão espírita só para minha mãe e nessa sessão
espírita eh eu eu preciso contar isso nessa sessão espírita que tava minha mãe esse senhor e um ajudante esse essa pessoa eh esse esse senhor Espírita incorporou alguma Entidade que é que se parecia com uma cobra ele só se rastejava e falava assim pra minha mãe que já tava tudo Consumado que não adiantava falava em ria não adiantava Não adiantava minha mãe lá que ele aquela entidade ia me matar ia me matar ia usar ele para me matar que já tava no fim que não adiantava mais que ele tinha sido muito bem pago há 10
anos e ria há 10 anos eu tô muito bem pago e agora não adianta mais ela vai morrer ela vai morrer sem minha mãe falar nada aí minha mãe de manhã de manhã no outro dia foi lá falar filha ele vai matar você aqui tem um espírito mal aqui nessa casa ele vai matar você aí eu peguei e falei pois mãe eu vou morrer aqui mãe eu sinto que tem cheiro de sangue aqui nessa casa mas eu vou morrer com meus filhos se eu for paraa sua casa ele vai fazer igual ele fez ele vai
lá vai pegar as crianças e eu não vou ver mais meus filhos aí eu não vou morrer eu não vou morrer sem eles então então que adianta então eu vou ficar aqui e vou morrer com meus filhos com os meus filhos minha mãe foi embora chorando e quando ele chegou à noite em casa sabe o que ele fez eu tava fazendo o arroz e rendo a casa Aí ele chegou me jogou na parede que não era a primeira vez eu lasquei a cabeça na parede já não conseguia ele é forte tentando equilibrar meus pés ele
me pegou pelos pescoços e falou assim o que que você decidiu o que que você decidiu eu peguei quando ele me largou falei eu vou me separar eu vou me separar eu quero me separar ele falou então você vai agora agora foi Me puxando Eu segurei no armário com medo que o armário caísse pegasse alguma meus filhos mas eu ainda me segurei na área de serviço eu tentei me agarrar no tanque eu fui me agarrando na na nas na janela nas Grades da janela Ele foi indo para que a casa era grande foi indo lá
na frente eu com chinelinho com uma roupinha no corpo aquela roupa Ele abriu o portão e me empurrou que eu caí na rua rua na rua abriu o portão e me jogou quando ele me jogou para fora quando ele me jogou para fora eu ergui eu levantei do chão falei acabou olhei assim com portão trancado Olhei pro meu filho meu filho do Meio carteira da mãe me pego o óculos da mãe e a carteira da mãe Ele trouxe o cruzei a carteira aí eu peguei e falei a mãe volta aqui para pegar vocês a mãe
volta para pegar vocês e saí andando falei agora eu vou voltar eu vou pra casa da minha irmã vou primeiro na casa da minha irmã aí depois eu vou pra casa da minha mãe mas meus filhos e meus filhos Eu saí atordoada mas não dava para voltar mais para trás porque o que que eu ia o que que ele ia fazer comigo o que ele ia fazer comigo se eu se eu conseguisse entrar naquela casa não era morte era morte aí quando eu tava no meio do caminho no meio do caminho perto de de um
supermercado que tem lá ele agarrou aqui no meu braço ele agarrou aqui no meu braço e falou volta voltas aí eu não porque eu eu eu eu disse assim para mim mesma agora eu vou na justiça entende eu vou lutar pelos meus filhos eu vou lutar pelos meus filhos aí ele saiu puxando aqui no meu braço me levou quase em frente o supermercado onde passava um monte de gente e me deu uma surra no meio da rua com chute e pontapé me jogou no chão e começou a me chutar e falava essa mulher é uma
vagabunda essa mulher é uma vagabunda ela tem amante para vocês todos saberem que essa mulher é uma adúltera é uma vagabunda Olha que vagabunda e pá e pá e chute e chute de me eu Caída no Chão eu só eu só vi aquele monte de gente uns falava assim que pouca vergonha ninguém ali que juntou ali me deu a mão para me levantar para dizer não faça isso com essa mulher ninguém ninguém quando todo mundo já tinha saído eu levantei do chão e fui andando até encontrar um [Música] táxi o tax chegou na casa da
minha irmã não é isso E aí eu olhei pra minha irmã e falei assim minha irmã agora acabou acabou ela pegou Foi um momento muito forte né ela falou acabou pode vir minha irmã pode vir foi lá pegou a chave abriu pagou o homem e entrei para dentro da casa dela ali eu fiquei depois fui pra casa da minha mãe mas ela assim me acolheu ainda um tempo na casa dela para mim ficar mais forte eu tava pesando 45 kg o meu peso hoje tá com 70 kg né mas sempre foi 65 eu quando eu
separei dele eu pesava 45 kg então assim a gente precisa chegar a esse ponto para para terminar uma relação né e eu tava vivendo uma uma doença né aquela coisa simbiótica da de uma relação né você fica o outro precisa fazer com que você fica você permanece e aumenta aquela aquela aquele círculo vicioso aí eu fui fui pra casa da minha irmã Finalmente né Eu não saí da casa mas eu ele me da casa e e a partir dali eu deixei que outras pessoas me ajudassem entendeu que elas me ajudassem a passar por aquilo eu
tava sem os meus filhos Eu não eu fiquei sem os meus filhos eu não tinha nenhuma roupa tudo dali pra frente foi tudo que que eu recebi das outras pessoas né Elas me ajudaram a passar por aquilo mas o que que o que que foi estranho em tudo isso O que foi estranho que quando em seguida entrei com uma ação né fui procurar o advogado entrei com uma ação no Fórum de uma ação de de de guarda de de guarda dos meus filhos meus filhos ficarem comigo uma ação de separação que que aconteceu a gente
entrou com a ação tinha tudo para dar certo o que que aconteceu o fórum ficou de no ano de 1990 quem quiser pode procurar entrou de férias férias e não foi entrou de greve de greve aí quando voltou tava uma pilha de processo parados e eu sem ver meus filhos aí depois os processos começaram a correr certo começaram a correr já começou a ter audiência de repente outra greve do Poder Judiciário do Poder Judiciário na cidade de Santo André aqui em São Paulo então todas as ações ficaram paradas aí foi julgada uma ação que assim
extraordinária né Eh de visitas para que eu visitasse os meus filhos porque eu estava sem eles percebe E até ter a audiência aquele processo chegar a ser a ser visto e julgado então o juiz deu para que eu visitasse meus filhos porque eu estava eu estava fora da casa percebe então ah aí eh esse período na casa da minha mãe eu não eh eu não Vivi eu só eu só chorava eu eu só eu chorava dia e noite porque eu sentia falta das crianças e eu não tinha não não não tinha como ele ter audiência
porque tava de greve então eu saía de cá da casa da a minha irmã fez isso por 2 anos ela pegava o carrinho dela punha eu dentro e nós íamos lá visitar as crianças podia trazer as crianças até a casa da minha mãe ficava o sábado de 15 em 15 dias o juiz deu uma ação assim por liminar assim não teve uma audiência aí eu ficaria com as crianças de 15 em 15 dias Mas aí você imagina como que ele agiu você acha que foi simples para mim chegar lá pegar minhas crianças não quando eu
a primeira vez que eu cheguei lá e buscar as crianças ele nem entregou as crianças tá eu tive que ir na polícia porque ele ele não queria cumprir nada tá aí a segunda vez ele entregou mas entregou assim aí ah ah as chegaram aí filho as prostitutas chegaram aí vamos lá vamos lá com a prostituta vamos vamos filho vamos então ele e ele falava lá da janela daquela casa entendeu que era a nossa casa ele falava para todo mundo ouvir então passava a gente na rua e me via eu e minha irmã aqui e ele
chamando nós de prostituta de vagabunda na maior altura entendeu daí as crianças vinham tudo assim entendeu entrava dentro do carro e a gente ia pra casa da minha mãe aí você via que eles estavam tudo tenso dentro do carro quando ia chegando lá vendo os primos que você eles iam voltando a ser os meus filhos mas eu percebi eu falava PR minha mãe falava assim mãe meus filhos não vão ser mais as M as pessoas mãe eles estão sofrendo uma lavagem cerebral do pai e o pai tava fazendo eu falei mãe ela falou não filha
a gente vai conseguir a gente vai conseguir e passava mais um final de semana eu só sonhava que meus filhos estava caindo de um precipi tava morrendo afogado eu acordava de madrugada gritando vinha meu pai e me abraçava me abraçava filha calma calma calma calma filha vai dar tudo certo daí eu falava com a minha mãe mãe Essa justiça mãe quando que vai ter o a audiência Quando eu vou poder pegar meus filhos mãe eu não posso mais ficar sem meus filhos mãe me ajuda mãe começava a dar crise de pânico em mim aí ia
buscar Eles chegava lá era só ouvir essas essas coisas absurdas Teve um dia que na hora de devolver as crianças não tinha tido audiência ainda caiu uma tempestade tão grande que encheu ali Avenida do Estado ali no começo da Avenida do Estado o carro não passava então a gente até a gente conseguir chegar lá para devolver as crianças de Santo André Nós levamos mais de 1 hora e meia resultado quando a gente chegou não tinha ninguém na casa então nós saímos para fora os meninos eu e a minha irmã e ficamos olhando para dentro da
casa falando se acho que não tem ninguém o que que a gente faz a gente volta para trás meu Deus e se a gente leva embora de volta e depois ele vai com a polícia o que que a gente faz sabe quase a gente tá voltando de repente ele ele vem do lado de fora ele vem nós pegou a gente de surpresa entendeu aí quando eu virei assim ele tava em cima da minha irmã ele jogou a minha irmã no chão ainda tava chovendo a enxurrada descendo a rua Aquele monte de água ele jogou a
minha irmã no chão e começou a bater nela bater no rosto dela e e soco no rosto dela e eu monte em cima das costas dele para tirar ele os meninos tudo gritando quando eu consegui tirar ele virou me deu um soco um soco no meu olho que o negócio já ficou vermelho já senti que que tinha inchado e e aquele desespero os meninos gritando ele abriu o portão e entrou com os molequ e foi lá para dentro resultado eu fui na delegacia na saindo de lá fui na delegacia fiz boletim de ocorrência e vamos
que com o boletim de ocorrência até que teve a audiência finalmente 2 anos a foram 2 anos e 3 meses para ter a audiência de da da guarda das crianças depois foi da Separação aí fomos discutir a guarda daí já tinha passado do anos o juiz pediu um trabalho eh um trabalho eh social e e psicológico da da nosso né das Crianças com a mãe um eh a psicóloga assistente social também foi na casa dele foi na na conhecer a a mulher que ele já estava né porque eu separei dele num dia num dia era
uma sexta-feira na terça-feira nós fomos no fórum eu e a minha irmã depois que ele tinha me julgado para fora a gente foi no fórum aí o que acontece a hora que eu lá no foró ele tem uns Pilares sabe lá na cidade de Santo André tem muitos Pilares aí de longe eu já enxerguei ele ele tava vindo com aquela irmã dele que me apresentou ele e com uma moça aí e ele tava muito juntinho a moça estava segurando no braço dele e lendo e falando alto sabe assim aí nós se escondemos eu e minha
irmã daí eu falei cled ele tá vindo Eu sempre tive a até o fim até hoje eu tenho muito medo da lembrança dele eu tenho eu tinha medo dele aquele homem no final do casamento a única sensação que ele me passava era de pavor e de medo só isso que eu tinha então quando eu vi de longe já aquele medo queria me esconder aí passou aquela moça como eu tava pegando meus depois eu passei a pegar meus filhos de 15 em 15 dias eles falaram meu pai tá namorando eu lembro que ele tinha uma namorada
antes de mim naquela época 1980 ele tinha uma namorada e ele desistiu dela ele não queria lá na faculdade que é a faculdade que ele nunca terminou aí meu F assim ah mãe Ele estudou é é uma moça que Ele estudou na época da faculdade então essa mesma moça que Ele estudou foi que ele que ele que ele ficou que ele casou depois com ela né daí ela pergunta é né isso daí aconteceu como né mas não importa eh eu até fiquei feliz quando soube que ele estava namorando eu falei ele vai deixar eu em
paz né mas aí as coisas não foram bem assim então tudo que ele tudo que um homem podia fazer para eu não ficar com a guarda dos meus filhos ele fez tudo tudo eu não tive mais sossego nenhum sossego então quando eu ia lá buscar era aqueles palavrão os ele ensaiava as crianças para contar musiquinha ah na casa da minha avó na minha avó eh são são todas sabe musiquinhas assim ele ensinava para meus filhos quando meus filhos vinham ele fim mãe o o papai ensinou uma musiquinha disse que é para mim cantar para vocês
daí quando vinha Era essas musiquinhas era só essas musiquinhas aí eu eu eu a gente conversava falei assim mãe o que que vai ser dessas crianças meu Deus eu não podia fazer nada a gente falava falava filho não é assim não é assim mas eu sentia que o mais velho era o mais influenciado era eu sentia que eu tava perdendo mais velho sabe assim você via que ele gostava daquilo sabe ele tava muito influenciado teve uma vez que eu fui buscar as crianças só saiu o mais velho e o mais novo novo certo aí eu
eu falava assim e já virou as costas a pessoa virou as costas e eu falei cadê ninguém respondia daí conversei o que aconteceu com o seu irmão Ai mãe não posso falar não posso falar fom entrando dentro do carro o que aconteceu Ah ele quebrou o braço mas ele fez uma cirurgia no bracinho no braço pequeno pequeno meu filho tava com 7 8 anos aí eu peguei e falei não onde que tá tá tá hospital aí eu falei Cleusa Vamos para lá vamos para lá aí chegamos lá no no hospital né E aí pedi para
entrar dei o nome do meu filho para saber se meu filho tava internado falou que tava eu falei assim então eu quero ver meu filho eu quero ver meu filho a moça falou não qu é a senhora eu falei assim eu sou a mãe e sen tem um documento tá tá aqui não é sabe que é o pai da criança ele proibiu a sua pres aqui infelizmente a senhora não pode entrar eu falei como que eu não posso entrar como que eu não vou entrar daí começou aquela discussão na recepção do Hospital eu falei não
eu vou entrar eu vou entrar é meu filho o que eu não sei o que aconteceu eu parece que ele fez uma cirurgia eu quero saber eu quero saber e começou aquela aquela confusão e eles por um hospital assim foram procurar outras pessoas e me deixaram entrar aí quando eu entrei tava o meu meu filho deitadinho com um braço engessado ele tinha feito uma cirurgia porque lá na casa ele caiu da do no quintal tinha um uma no final do quintal tinha outra construção né de uma edícula mas era uma edícula embaixo que vinha para
dentro do quintal aqueles cômodos sabe você olhava por cima você não sabia mas no fundo tinha grade é pois é foi daquela grade que ele subiu que ele caiu lá embaixo enquanto estava lá com o pai certo e por causa disso não dava porque foi uma uma uma fratura exposta teve que fazer cirurgia colocar pino e tal e aí quando eu cheguei ele tava deitadinho lá aí eu fui chegar no meu filho mas quem que estava lá do lado o pai eu nunca estive tão próxima aí quando eu fui chegar que eu fui chegando oi
filho oi filho ele começou a arrodear a cama arrodear a cama não deixar eu p a mão no meu filho e falava assim filho não filho não fala com ela não deixa ela encostar em você ela temes ela temes filha ela é prostituta ela temes não deixa filho não deixa e assim eu não conseguia chegar no meu filho não consegui encostar no meu filho não consegui Aí ele começou a xingar xingar tão alto que entrou os enfermeiros lá para saber o que tava acontecendo Eu não pude falar com o meu filho [Música] para você ver
a dificuldade que eu tive naqueles dois anos que eu Visitei meus filhos resultado disso teve a audiência Eu graças a Deus teve audiência na audiência quem estava na audiência que é um dos pontos relevantes que eu gostaria de falar quem estava na audiência um daqueles anciãos que me que me que me eh expulsaram né da igreja né que é que me desassociaram né Eu não entendi porque que aquele homem estava ali não não tinha menor não tinha menor cabimento daí eu eu ficava assim mas o que que se a pessoa tá aqui o que que
essa pessoa tá aqui então foi aquela audiência que você leva testemunha que você não sei o quê você entendeu Aí o quando foi a vez desse dessa pessoa falar então o juiz perguntou se se conhecia o casal ele falou que conhecia que ele era Ancião da igreja e por que que ele estava ali ele conhecia assim a a fundo a o a problemática do casal né o juiz foi foi ver essa parte ele pegou e falou assim não é que eu trabalhei veio com com o seu Alonso né com com o marido né dela nós
trabalhávamos na Petrobras que é uma grande mentira então foi a primeira coisa absurda que eu ouvi que ele conhecia intimamente o pai dos meus filhos porque ambos tinham trabalhado na Petrobras anos atrás ele nunca tinha trabalhado na Petrobrás então não existia uma uma relação de amizade assim antes da minha separação Aí perguntou para ele se ele sabia é alguma coisa se eu tinha algum caso com alguma pessoa durante o casamento ele falou que sim que eu tinha um caso que eu mesma disse que eu tinha um caso eu mesma disse se ele sabia se eu
se eu se alguma vez ele havia me batido o juiz falou não nunca tinha batido ele ele me viu com os dois dentes quebrados quando eu fui procurar a igreja foi uma das pessoas que viu meus dois dentes afundados para dentro aqui da frente tá então ele não conhecia ele sabia que ele tinha me batido ele me viu machucada esse homem ele foi servir de testemunha a favor dele então o que que como que eu me senti ali sentada naquela audiência tá eu falei eu tô perdida entende falei eu tô perdida Olha que ABS até
onde vai entende a coisa mais absurda do mundo essa foi uma testemunha daí daí só que perguntou assim para ele o senhor sabe se ela era uma boa mãe se ela cuidava dos filhos ou se tinha algum problema ela era uma mãe assim que não ficava com os filhos não cuidava falou não até que eu saiba ela era uma ótima mãe foi isso as perguntas com essa pessoa aí tinha uma outra pessoa uma pessoa que eu ajudei porque eu na época que eu tava morando lá no final do meu casamento eu tinha ajudado essa senhora
que tinha filhos na mesma idade e como a gente tava com aquele carro então quando eu ia buscar as crianças na escola eu trazia o filho dela mas assim foi pouquíssimo tempo porque foi naquele ano de 1990 eu fiquei só 4 meses ali naquela casa e aí até começar o ano letivo né então eu eu eu vi muito pouco essa mulher e peguei eu só pegava a criança e deixava e vinha paraa minha casa essa mulher tava lá no fórum Aí perguntou para essa mulher se ela conhecia falou que conhecia assim a gente o que
que ela tinha em relação a nós não eu é porque essa e ela né essa pessoa eu né no caso ela tem amante ela tem amante ela deixa os filhos sozinh em casa ela deixava os filhos sozinh em casa e eu passava na frente da casa dela os filhos dela estava pela grade do portão pedindo para com comida porque eles estavam passando fome porque a mãe estava lá com Os Amantes dela saía e deixava as crianças sozinha passando fome então eles pediam para mim para mim dar comida para eles então eu ia lá na minha
casa trazia bolacha dava as coisas para ele porque eles estavam tudo com fome porque a mãe tava com Os Amantes dela foi isso que eu ouvi Exatamente isso aí o juiz falou assim para ela dona fulana a senhora sabe que falso testemunho eh numa audiência passível de não sei quantos anos de de reclusão não sei o que não sei o que não sei o que lá ela olhou assim então até até o juiz estava vendo que aquilo era um absurdo o que que a gente viu no final dessa história A análise socioeconômica da da cente
social mostrou que seria bom que eles ficassem com a mãe e que durante as as as idas nela na casa deles eh ouviu as crianças cantarem musiquinhas que ofendiam a moral da mãe e da da família materna as mulheres da família materna a assistente social pôde ver ouvir da boca das Crianças as musiquinhas que ofendiam a moral da da minha das minhas irmãs e da minha mãe entende uma alienação parental de toda todas as formas então com isso aí como foi a sentença do juiz o juiz em relação a Dona Alda ele desacreditou ela no
dia da da audiência agora quanto aquele pastor da igreja aquele ancião eu não vou esquecer eu não tenho eu não tenho mais esses papéis mas eu nunca esqueci quando eu cheguei no fórum que eu fui ver essa assim que saiu que tava onível pra gente ver a sentença eu estava lá no fora eu fui lá e as meninas me me deram eu tive acesso né as meninas do fórum tava escrito assim interessante notar o comportamento claramente machista adotado pelo pastor da referida igreja não deu ouvidos a sua não deu ouvidos a frequentadora da da denominada
seita religiosa quanto as questões de agressões feitas pelo marido interessante notar que o mesmo vem a favor do agressor diante do do eh Diante de Mim do meretíssimo assim interessante então deixo bem claro que mesmo que se tivesse havido um relacionamento extraconjugal que não foi provado isso não significa que a que a aut que a autora né né caso não seja digna e não tenha condições e ostente condições de criar os seus filhos não se seja digna e tenha condições de criar os seus filhos então Eh o que eu posso falar assim que naquela época
né Espero que isso não seja mais a ele quis dizer o quê que eu não era digna de ter meus filhos porque eu era uma mulher que tinha amante e no final da história não era só um amante não eram vários amantes mas nesse período de tempo o que que esse homem fez ele foi muito mais longe do que isso ele foi procurar aquele tal eletricista lá de eletrônica foi na casa dele falar PR PR na cara dele da mulher dele Falar que eu era amante do marido dela e olha que ela tinha filhos adolescentes
essa mulher foi na casa da minha mãe para saber dessa história levado pela irmã dele entende na casa lá da minha mãe para me colocar eu nem sabia disso quando eu chego na casa da minha mãe tá a irmã dele junto com uma senhora aí quando eu entro meu pai meu pai deixou entrar minha mãe deixou entrar porque não sabia do que se tratava Daí ela começou a falar pro meu pai que que sabia que eu tava saindo com o marido dela umas barbaridades Sem Fim resultado resultado você imagina a implicação que foi para aquele
homem tudo isso na vida dele daquelas crias daqueles meninos que eles tinham já eram adolescentes que eu acabei conhecendo nessas condições a minha sorte que eu pude falar com essa mulher que eu pude dizer para ela que aquilo tudo era uma mentira que ele queria provar aquilo que era tudo que a gente achava para dizer que eu não era digna de ficar com a guarda dos meus filhos no dia de entregar a guarda dos meus filhos que foi a sentença saiu o juiz me deu a guarda o juiz me chamou numa outra sala e e
porque assim ele não conseguia ficar permanecer em nenhuma audiência nenhuma audiência ele conseguiu ficar até oo fim todas as audiências que eu passei com com o pai dos meus filhos ele foi expulso de dentro da da audiência e tiveram que colocar ele para fora porque ele tumultuava ele gritava ele me xingava então o juiz colocava ele para fora porque pedia para parar o advogado dele não conseguia contornar a situação então botava ele para fora ficava no para terminar a audiência só com o advogado porque não tinha condições de dele aqui junto na na audiência então
no dia que eu ganhei a guarda o juiz me levou numa sala o juiz não foi nem o promotor falou assim Dona Silene a senhora a senhora vai sair daqui com seus filhos mas eu já vou falar pra senhora hoje a senhora não vai voltar pra sua casa a senhora vai para algum lugar qualquer lugar Dona Lene mas a senhora tem que sumir a senhora tem que desaparecer porque onde a senhora for os o Senhor irá atrás da senhora e foi dito e feito eu eu fom pra casa da minha mãe da casa minha mãe
a gente foi foi para uma praia conseguimos de um de da noite pro dia um lugar para eu ficar fiquei lá uma semana Arrumaram o dinheiro arrumaram eu só sei que eu fui lá quando eu cheguei lá que a gente finalmente estava lá que um cunhado levou que a gente chegou lá você sabe o que que meus filhos pediram para mim chuta ninguém vai saber que meus filhos pediram para mim eles pediram para mamar no meu peito mamou um aqui e mamou o outro quando o outro largou o peito o outro veio mamar só vi
os olhinhos piscando o que isso significa eu não sei mas eu entendi que era a falta da mãe a falta da gente ficar junto de novo a falta da gente ficar gelho ele só piscava o olho porque eles foram tão torturados tão torturados a não querer a mãe que a mãe era isso que a mãe é aquilo que quando eles ficaram sozinhos comigo eles mamaram pediram para mamar o peito era uma foi uma uma coisa assim indescritível não dá pra gente falar sabe só eu e eles que vivemos aquilo quando a gente voltou para casa
depois de uma semana ali que eu dormi aquela noite ali naquela casa que eu fiquei com com a casa voltei pra minha casa ele teve que sair da casa com a mulher eu voltei PR aquela casa quando nós dormimos aquela noite ali naquela casa de manhã cedo já escutei os gritos lá fora Filho o pai tá aqui para pegar vocês vou tirar vocês estão preso aí eles estão presos gente chama a polícia meus filhos estão trancado aqui nessa casa e Parará Parará e aquele grito que que eu fiz eu fechei a porta fui lá para
lá pra frente passei a porta de trás vinha pelos fundos entrei fui lá na frente aí eu fui para falar com ele para ele parar com aquilo né quando quando eu cheguei perto só só foi aquele catarro todo na minha cara porque era uma das coisas que ele fazia em casa era catarro no meu rosto quando eu estava com ele esse dia ele conseguiu escarrar e eu não não tive a quando eu vi aquele catarro pegou no meu óculos e tudo quando eu tava assim tirando sabe assim atordoada ele entrou na casa da vizinha que
era uma casa que no muro era baixinho não dá não pulou no primeiro na primeira entrada ele foi p pular lá do fundo era um muro de uns 5 m alto alto aí a eu tinha eu fui correndo do outro lado para entrar e trancar a porta certo mas não deu tempo quando eu fui para abrir a porta que eu tentava achar a chave para abrir ele pulou caiu bem na minha frente aí eu apanhei que nem um apanhei foi soco foi pontapé me jogou no chão que eu caí eu aqui com a chave presa
na argolinha aqui nos dedos ele foi arrancando Arrancando os pedaços da M da minha pele e foi arrancando a chave abriu a porta entendeu catou dois dos meus filhos um ficou trancado se fechou trancou a porta do quarto e e se escondeu dentro do guarda-roupa o mais novo aí ele levou os outros dois abriu o portão ninguém segurava ele Ô e eu daí o que que eu fazia eu falava filho abre a porta do carro e sai até eles conseguir sair sabe abre a porta do carro e sai filho pelo amor de deus eu pedi
assim Gente me ajuda gente chama a polícia ele tá levando meus filhos daí eu falava eu não sou prostituta Gente me ajuda não deixa levar meus filhos me ajuda porque eu tava voltando para aquela mesma casa onde eu passei tudo aquilo mas não teve junto os meus meninos saíram chorando porque tavam tudo confuso e o outro eu não sabia onde tava eu só sei dizer que ele levou as cri levou o mais velho e o do meio e aí os vizinhos a minha vizinha veio me consolar porque eu Eu não eu só chorava daí foram
entrar cadê cadê cadê o mais novo cadê cadê ele não abria a porta aí de tanto ela fal assim seu pai já foi embora já foi pode abrir a porta abre a porta aí ele abriu a porta aí daí se que ele tinha saído dentro daí ele mesmo falou que ele tava dentro do guarda-roupa que ele ficou com medo quando o pai dele veio buscar aí eu fiquei com esse entrei na justiça para pegar os outros teve que entrar com Mação teve que a polícia buscar os menino ainda ficou uma semana sem eles eh eh
ele entregou as crianças com com a polícia na casa da mãe deles foi lá que foi encontrado as crianças entregou as crianças aí fiquei com meus três ali passou o outro final de semana Olha só levou uns 10 dias para mim para mim conseguir essas esses dois quando foi para pegar quando eu eu saí de casa para buscar as crianças na escola ele tinha levado os três na escola isso depois de um de uns dias que eu consegui meus filhos de volta eu fui até a escola não tava nenhum dos três na escola nenhum dos
três aí eu fui conversar com a com a com a a diretora da escola porque de alguma maneira ela facilitou aí nesse dia da escola logo depois que ele que ele que a polícia tinha trazido os três de volta para mim aí eu fui lá na escola que ele estava estudando e a pé porque eu não tinha carro ele tinha ele já tinha uma condição financeira muito boa né ele junto com a mulher dele então eu tava numa tremenda desvantagem percebe aí eu cheguei lá na escola Cadê as crianças não vi não vinha não vinha
Daí eu entrei lá daí eles falaram que não sabia que eu que eu tinha guarda que tinha entregue as crianças pro pai só que ele foi lá e buscou as Crianças antes do término da aula levou os três aí eu saí desesperada da escola para ir em casa buscar um dinheiro entendeu e eu tinha que andar muito porque era em outro bairro entendeu Aí eu eu quando cheguei na avenida principal vi um carro de polícia eu pedi ajuda pro policial mas gente você passar tudo isso não pensa que é fácil você sair de uma escola
que você sabe que a que de alguma maneira a professor a diretora facilitou a saída deles porque que eu saiba ela sabia que a guarda tinha passado para mim porque era eu que tava levando as crianças mas foi entregue para eles antes do término da aula aí eu pedi pelo amor de Deus parei parei o carro de polícia na frente pedi ajuda eles me levaram até em casa para mim pegar minha bolsa e me deixaram no fórum aí lá no fórum eu eu eu achava que lá eu ia conseguir resolver mas de fato eu consegui
falar com pessoas lá do fórum liguei pro meu advogado falei para ele eu falei para ele assim Doutor não é para isso que eu queria voltar que eu ia ter meus filhos para ficar nessa casa e sem eles o que que eu faço comecei a chorar desesperar daí ele entrou de novo com outra ação para buscar as crianças os três né E aí ele perdeu o direito a perdeu perdeu o direito à visitação ele não podia levar as crianças ele só podia ver as crianças no portão e quando ele ia visitar as crianças no portão
gente não foi fácil até essas crianças voltarem para mim quando foi para para pegar para pegar as crianças para ficar com as crianças no portão ele fazia tudo aquele xingamento lá na frente aí ele começou a pegava a cabeça do mais velho segurava assim do outro lado e ficava falando sistematicamente com o mais velho com quando os outros chegavam perto ele afastava-se não é eu quero falar com ele falava falava falava e o menino não podia mudar a cabeça de lugar tinha que ouvir ouvir ouvir ouvir ouvir aí ele levava planta de uma casa você
via que ele tava mostrando onde que ia ser o quarto dele ele fala falava quando ele entrava mas cabeça já atordoada sabe a cabeça atordoada do meu filho ele queria ele queria levar os meus filhos embora ele ligava no meu trabalho que eu já tava trabalhando né voltei a trabalhar como auxiliar administrativo consegui um emprego estava trabalhando ele ligava no meu trabalho e falava que eu era uma vagabunda que eu roubava que era para ter cuidado comigo então eu trabal trava como auxiliar administrativo e foi meu primeiro emprego depois e eu trabalhava junto com a
gerente de enfermagem que trabalhar no hospital e e ela falava para mim falei não aguento mais seu ex-marido Olha se eu fosse atrás das coisas que ele fala eu te mandava embora agora mesmo mas cene ele é uma increnca não ele ligava ele o telefone lá não parava da sala dela de ele conseguiu saber onde eu trabalhava e ele ligava Fi assim meu Deus se você me mandar embora o que que eu vou fazer aí que eu não vou conseguir cuidar do meus filhos né mas ela me deu toda a força mas foi difícil chegou
uma hora que ela falou olha o senhor vem aqui para falar essas coisas eu não vou atender mais o senhor e quando o senhor chegar aqui eu vou chamar a polícia daí ele P Assim ah porque você é uma vagabunda também igual ela então era assim então ele fez de tudo para para eu ser mandada embora do meu emprego sabe eu ia eu comecei voltei a estudar ele ia ele ia atrás de mim de carro jogava o carro atrás de mim deixava o carro quase que num ponto morto você não ouvia o som quando eu
vi o carro tava atrás de mim sabe eu tinha que correr dele ele foi a e eu consegui uma pessoa para olhar meus filhos uma moça ele ia atrás dessa moça na porta da escola para tirar para poder pegar o os meus filhos ela já era mais uma menina que veio do Norte ela já era tinha pulo firme um dia ele foi buscar tentar pegar o o mais novo eles saíram ele bateu nela na porta da escola todo mundo viu Machucou tudo as costas Teve teve fez boletim de ocorrência ele elas saíram correndo depois dele
ter batido nela meu filho correu ela correu atrás desceram a rua ela foi abrir o portão ele chegou junto na hora dela abrir o portão aí um policial paisana passando viu aquela aquela confusão aquele homem ali no portão tentando abrir e tentando ali né naquela briga toda no portão ele tirou ele e falou não senhor não pode fazer isso não não e aí ela conseguiu entrar para dentro por causa desse policial foi feito o boletim de ocorrência nunca T só teve de todos os boletins de ocorrência que acho que foram uns 12 só teve uma
audiência um só que teve audiência e ainda o juiz queria que eu fizesse um acordo com ele Ah senhora vamos fazer um acordo um acordo um acordo eu peguei e falei ass eu não vou fazer acordo nenhum com ele eu quero eu quero que esse homem não faça mais isso que ele não se aproxime de mim que ele não Não faça que ele não não encoste mais a mão em mim né ele tinha me batido batido na minha irmã lá na na frente da casa aí o juiz falou assim falou ah nós precisamos de um
acordo aqui uma uma conciliação aqui não sei o quê eu peguei e falei assim pois seu juiz eu não vou fazer conciliação nenhuma com ele eu vou pedir Justiça cada vez que ele me bater que ele agredir a mim ou qualquer um alguém da minha família eu vou vir aqui nesse mesmo lugar e vou pedir [Música] Justiça mesmo a gente representando o juiz não deu sequência no no no inquérito e das outras vezes que ele me bateu também não deu eu andava pela rua ele me cercava um dia eu tava andando em Santo André ele
tava atrás de mim eu comecei a andar pela rua ele ia atrás de mim ô sua vagabunda que que você tá fazendo aqui tá rodando bolsinha Ô vagabunda fala aqui comigo eu fui indo assim na rua atordoada dele tanto atrás de mim falando falando até que eu consegui um policial tinha um policial perto de uma loja e eu fui assim direto no policial e pedi ajuda pelo amor de Deus e fori maior briga para fazer ele ir embora e deixar eu eu eu na rua sabe livre ele sair embora e o o policial falou vai
lá no fórum faz uma vai lá conversa fala olha o que ele tá fazendo com você então foi assim até que o meu primeiro filho estava indo no psicólogo que o meu trabalho eu ganhava pouco mas eu tinha um bom convênio tava indo no psicólogo tava indo no psicólogo e eu também tava passando nós todos aí ele começou a falar que queria ir embora que queria morar com o pai que queria morar com o pai que queria morar com o pai que eu queria morar com o pai qu eu falei não filho você não vai
fazer uma coisa dessa se você fizer isso a mãe vai morrer a mãe vai morrer filho e lutando e trabalhando ganhando pouco pagando alguém para ficar com as crianças só Deus sabe até que ele o o o psicólogo me chamou e falou falou Dona Silene eu quer muito morar com o pai quantos anos ele tinha 10 ele falou assim e ele e o meu filho em casa ficou insuportável ele batia nos irmãos ele gritava eu fui Vendo um pedacinho ali você entendeu chegou num ponto para você ter ideia que não tinha mais o que fazer
ele não teve um dia que ele ele pediu tanto para morar com o pai dele que eu tive que que deixar quando eu falei que deixava ele foi lá e fez também pegou uma coberta encheu uma um lençol encheu das roupas dele para morar com o pai eu saí quando o dia que ele foi embora eu quase morri eu me batia pelas paredes me batia pelas paredes rodando rodando não acreditava naquilo que estava acontecendo mas eu não podia fazer nada o menino não queria passou do anos o meu mais novo a gente já tinha vendido
a casa separou porque ele condicionou quem ficasse com a guarda ficaria com a casa a casa passaria a ser dos filhos Us e fruto de quem permanecesse com a guarda isso foi o que ele falou no início quando ele perdeu a guarda ele tratou de pedir a venda da casa eu fui conversar no fórum falei com o promotor promotor falou Olha eu sei que tem uma sentença dessa F mesmo promotor mas dona Silene o que ele quer é a casa não é os filhos é a casa que vocês têm ele tá inconformado que a senhora
tá morando lá cada vez que ele passa lá na frente e ver a senhora isso para ele é por isso que ele não deixa a senhora em paz aí eu resolvi então deixar vender a casa fomos Compramos uma casa lá perto da minha mãe uma casinha simples e ele construiu uma Big de uma casa se casou os meu filho mais velho morando com ele um quarto ele deixou um quarto para cada filho um computador em cada quarto coisa que eu não tinha que eu não podia dar resultado quando eu chego em casa cadê o meu
filho mais novo tava com 12 anos cadê cadê mãe meu pai passou aqu e levou ele embora e eu cata o ônibus de volta isso eram umas 2:30 da tarde toca ir lá pra casa dele num sol quente sol quente e meu filho foi junto comigo cheguei lá toquei a campainha filho filho daí ele desceu ele 12 aninhos virou assim para mim eu quero morar com meu pai filho você não falou nada pra mãe você simplesmente vem embora filho a mãe não vai aguentar a mãe quase morreu quando foi embora agora você vai embora filho
eu tenho 12 anos eu posso decidir minhas lágrimas cair assim num escadão ali ó naquele sol aquele sol não faz isso com a mãe filho a mãe vai morrer filho eu posso escolher Mãe eu quero morar com meu pai foi morar com o pai passou 7 meses 7 meses meu filho que voltou comigo mais o do meio com comigo me amparando falando jamais eu vou fazer o que meus irmãos fizeram com você Mamãe eu nunca vou fazer isso eu nunca vou te deixar passou 7 meses 7 meses eu cheguei em casa eu vi aquele rolinho
da que a gente era assim não tinha nem dinheiro para fazer cópia de chave então a chave deles quando a gente precisava que o outro ficasse com a chave eu trancava e jogava a chave enroladinha no papelão no no no papel no jornal jogava ali então quem via pensava que não era nada era a chave quando eu cheguei do trabalho eu vi aquele molhinho de de pedaço de papel de jornal jogado aí eu peguei eu falei não acredito eu não acredito a a entrei para dentro peguei era a chave de casa a chave do portão
aí eu peguei entrep dei Você tem uma ideia ele tinha levado até a certidão de nascimento ele pegou tudo eles pegaram tudo tudo ele pegou tudo tudo as coisinhas dele tudo tinha S meses que o irmão dele tinha ido quando eu cheguei que que o meu filho do meio está não estava nem um recado nem nada eu já entendi eu fui pro meio pra cozinha eu tinha uma cachorrinha veio 14 anos comigo a lesse aí eu sentei no chão da cozinha eu chorei o choro mais dolorido da minha vida porque eu tinha lutado tinha passado
tanta coisa com o pai deles eu lembro que uma vez eu falei assim pro meu filho mais velho filho a mãe não aguenta mais a mãe vai separar do papai ele falou assim não mamãe separa aquele rostinho tão lindo tudo pode mamãe na vida mamãe se a gente quiser tudo pode eu lembro dele falando e ainda eu continuei naquela coisa louca por causa deles até que o pai me tirou de dentro da minha casa naquelas condições eu lutei tanto para fica com eles naqueles dois anos foi tanta pancada ali naquela casa nomes e nomes a
gente estava na nossa casinha humilde sabe e meus filhos foram indo embora o o último a embora ele falou assim mãe meu pai oferece tanta coisa para mim mamãe tanta coisa mamãe que você nem não tem ideia a casa do meu pai é linda eu tenho um quarto solo tem outro quarto o Vit tem um quarto tem o computador a casa do meu pai tem micro-ondas naquela época ninguém tinha daí eu saí falando assim filho mas ó caso seu pai tem uma geladeira tem olha aqui ó nós temos uma geladeira sua casa casa do seu
pai tem uma mesa com cadeira olha aqui a nossa mesa tem um armário filho olha aqui você tem sua cama você não entende né mãe você não entende outro dia ele vinha da casa daí já tinha já tava pegando as crianças fala assim ele tava com 14 anos ele falava assim para mim mãe meu pai oferece tanta coisa para mim eu peço as coisas para ele ele falar que não vai me dar mas se eu for morar com ele ele vai me dar ó mãe eu sou muito forte viu porque ó mãe para resistir o
meu pai tem que ser forte ele falava assim para mim então eu sabia que ele estava sendo assediado com coisa e eu ganhando eu falava assim filho não desiste da mamãe logo a mamãe vai ser auxiliar de enfermagem você vai ver a nossa vida vai melhorar eu vou ter dinheiro filho eu vou ter dinheiro para dar para vocês pra gente comprar as coisas que vocês querem filho então não desista da mamãe dá uma chance pra mamãe os seus irmãos vão voltar eles vão voltar filha aquele dia a resposta foi aquela ele foi embora eu sentei
ali no chão da cozinha eu chorei um choro mais amargo que uma mãe pode sentir eu senti que eu não valia nada porque eu não tinha dinheiro eu não podia concorrer meus filhos eram pequenos eles eram manipuláveis eles eles cederam qual criança que não vai ceder ao computador a videogame a um monte de coisa se minha casa era simples se tudo que eu ganhava Era para eles não tinha dinheiro para divertimento não tinha mas o que mais mas eu nunca deixaria a minha mãe eu nunca deixaria a minha mãe sozinha quando meu pai era bravo
com a minha mãe a gente se agarrava Neva nela e falava assim mãe a gente nunca vai te deixar entende mas só que eu aprendi o inverso disso que a gente a gente manipula uma criança entendeu e ela vai fazer o seu jogo e se você não for uma pessoa equilibrada entendeu você pode você pode destruir a infância de uma criança entende que no final da história ele acabou fazendo isso tudo tudo isso de fala mal de criança eh meus filhos Eles eh eu tinha assim a gente percebia O que é eles ficaram adolescentes assim
diferentes sabe não respeitava era tudo era era uma vagabunda tudo eles olhavam assim com com um olhar assim pra mulher assim diminuindo a mulher sabe era bem bem isso mas naquele dia eu eu eu sentei lá no chão eu chorei tudo que eu tinha que chorar peguei e falei assim senhor não vale mais a pena eu viver eu cheguei até aqui senhor e a única coisa que eu pedi pro senhor foi meus filhos e agora o meu último filho foi embora como o senhora acha que eu vou viver agora senhora acha que eu consigo viver
eu briguei com Deus eu falei eu não consigo eu não consigo viver isso é demais para mim sem os meus filhos não tem razão para continuar nada entendeu peguei e fui lá e chorei chorei porque na minha cabeça falei eu vou me forcar agora eu vou acabar com essa com essa minha e agora agora eu fui até onde eu pude Mas agora eu não posso mais eu não posso mais ser eles eu não posso e fui na minha cabeça eu vou subir eu vou amarrar o lençol aqui nessa escada eu vou pendurar lá e acaba
com tudo isso aí eu chorava mais mais porque eu tava desistindo da vida e eu queria tanto viver mas ver como que eu podia viver Jesus sem ter aquelas meus filhos Um Pedaço de Mim ali comigo razão para mim poder fazer uma comida uma razão para eu voltar para casa como eu podia não dava mais naquele desespero a minha cachorra ela começou a ir em cima de mim ela ir em cima de mim ela lambia meu rosto ela lambia ela lambia eu não conseguia respirar e eu queria chorar eu queria planejar e ela lambia ela
lambia Ela olhava para mim só vi o rosto da minha cachorra a minha cachorra uma coisa fora uma coisa transcendental eu não sei gente só eu que passei aquilo eu posso falar para você aquela eu senti que a que a l tava pedindo para mim não fazer aquilo Deus estava mostrando através da minha cachorra que eu podia que eu ia ser forte que eu tinha mais isso para passar e que eu ia conseguir aí ela ela não deixava eu respirar eu tive que parar de chorar ela fez eu ergui o rosto para cima eu tive
que tirar meu rosto ela erguia meu rosto para cima e eu voltei a respirar respirar respirar e aquela cachorra foi a minha salvação eu sei que ela foi a minha salvação eu não me pendurei naquela escada de Caracol porque eu senti a mão de Deus através da minha cachorra era Deus falando Você consegue você consegue você consegue minha filha e aquela noite foi a noite mais triste da minha vida que dali paraa frente eles nunca voltaram a morar comigo [Música] nunca eu tenho um filho de 42 anos um filho de 41 e um filho que
vai fazer 40 o tempo passou eles entraram logo em seguida com uma ação para eu pagar pensão alimentícia o pai nunca pagou um tustão de pensão alimentícia nunca nemum tustão quando eu falava assim eu vou pô o seu pai para pagar pensão para ajudar a gente se você colocar o nosso pai a gente vai embora morar com ele não faça isso não faça isso pois quando eles foram morar com o pai a primeira coisa a ação que eles representaram dos três contra mim pedindo a pensão alimentícia e eu paguei pensão alimentícia até o mais novo
completar 18 anos eu paguei e nessa época eu cada vez que eu ia trabalhar e fui trabalhar naquele hospital que um dia eu tinha ido que o meu que não deixaram que ele fic falando que eu era uma que eu tinha antes não deixou encostar no meu filho eu fui trabalhar lá de auxiliar administrativo lá eu fiz o meu curso de auxiliar de enfermagem lá eu lá eu fiz a minha faculdade eu paguei a pensão alimentícia até o meu filho mais novo fazer 18 anos eu paguei lá eu consegui fazer o meu curso um dia
você vê eu era uma pessoa tímida mas quando como que eu me salvei com o apoio da minha família com amor do meu pai da minha mãe das minhas irmãs os meus amigos do trabalho quando eles falavam eu ia chegando tava saindo um hospital muito grande fala assim Bom dia cene eu pegava aquele Bom dia e trazia no fundo do meu coração foi assim que eu consegui passar um dia por vez eu falava assim Bom dia e eu dizia assim olha essa pessoa tá falando bom dia dia para mim que coisa boa eu existo daí
vinha outro falava Bom dia cene e eu Bom dia chegava lá oi ó vamos fazer isso aquilo aquilo me trazia de volta um simples bom dia me me me dava a força que eu precisava o carinho o abraço da minha família dizendo para mim meu advogado chegou a falar falou assim isso não é filho cene filho não faz isso com a mãe aí minha mãe falou eles só tão fazendo isso por causa do pai Doutor Por causa do pai deles só por isso senão eles não faziam isso com a mãe deles mas chegou um dia
eu formada com meu carro eles se [Música] reuniram eles se reuniram no shopping eu nem sabia aí eu não sei acho que eu já tinha celular celularzinho começo celular 2005 ou 2006 eu só sei que eu fiquei sabendo eles me falaram que tal dia a gente ia se encontrasse eu podia ir eh no cinema com eles com ele com com um só foi o do meio o último a embora aí quando chegou lá eu encontrei com ele né ele tava junto com um amiguinho um um amigo um rapaz já já Tudo homem né 2000 2005
2006 aí ele pegou e falou assim falou assim mãe eu falei nossa oi ah é meu amigo eu fiquei assim ele falou assim mãe a gente tem uma surpresa para você que eu olho assim Vinha vindo o meu mais novo junto com um amigo todos eles vieram com um amigo aí eu fiquei o que isso filho Espera mãe o último a chegar foi o mais velho aí ele eles a gente não vai no cinema não mas a gente quer conversar com você aí me levaram eu fui assim porque eu já era uma pessoa dura né
já tinha endurecido eu não procurava mais foi o meio que eu que eu achei para passar Na faculdade ninguém sabia que eu era mãe eu não falava não falava nada e daí Porque eles se afastaram e eu eu endureci o meu coração era como se eu não tivesse filho era o único meio que eu tinha de vir sobreviver mas nesse dia eles me levaram numa na lanchonete Zinha do cinema Aí tinha uma mesinha Redonda alta assim ali pouco estavam os três em volta de mim aqueles amigos tudo em volta eles sentaram os amigos ficaram meio
de Fora sabe aí os três assim eu olhei os três Daí eles foi assim mãe mãe eu quero pedir perdão para você mãe você perdoa eu ter abandonado você aí veio o outro me abraçou como nós nós três e nós quatro abraçado e eles falando mãe perdoa a gente mãe você perdoa a gente porque a gente deixou você mamãe eu peguei e falei assim Para eles eu falei já passou filho já passou já passou eles se afastaram assim daí tiraram uma sacola assim e me deram uma coisa que porque eu sofri muito sem as fotos
dele porque eu não tinha nem foto deles pequeno e eu era aquela mãe que todo mês eu tirava foto do primeiro ano depois o nascimento do outro e como eu fiquei sem nada daquela casa porque eles levaram tudo de mim quando eu mudei só tinha o esqueleto da casa e quando ele me tirou de dentro de casa até eu voltar passou mais de 2 anos eu não tinha eu eu sobrevivi com roupa sabe que os outros me deram aí ele sumiu com tudo as fotos das Crianças eu não tive acesso à aquelas fotos logo foi
vendida aquela casa que que eles fizeram eles fizeram um álbum um álbum enorme com pegaram dividiram as fotos entre eu e o pai deles e colocaram a foto eu grávida grávida do mais velho mais velho pequenininho até depois a gravidez do Meio meu filho pequenininho tomando banho do terceiro e vieram com aquelas fotos que fazia tanto tempo que eu não via mas foi em 1990 esta falando 2006 quando eu queria ser forte sabe porque eu tinha conseguido vencer eu tinha me formado eu tava trabalhando como enfermeira ganhando aquele salário que eu nem imaginava que um
dia eu podia receber eu já tinha trocado de carro entende não tinha mais nada que eu devesse que eu não pudesse dar para eles mas quando eu vi a foto deles que fazia tanto do tempo da nossa história aí eu chorei chorei chorei chorei mas chorei de felicidade porque ali tava a história nossa e eu tava diante daqueles três rapazes entende que estavam de braços abertos para para dizer assim mãe perdoa a gente porque a gente deixou você mas nós estamos aqui mãe nós estamos aqui com você Eles não voltaram não voltaram a morar comigo
mas eles voltaram hoje são são meus amigos eh estão do meu lado eh cada um vive na sua casa mas assim o que eu precisar de deles e se eles precisarem de mim hoje eu tenho netas eu sou apaixonada pelas minhas netas eu pude ver meus filhos eh se tornarem homens eh eu não pude ver eles aquele período que realmente eles foram tirados de mim mas hoje eu estou com eles e ele não teve essa oportunidade o pai dos meus filhos porque ele acabou desenvolvendo uma doença e morrido por causa dessa doença ele morreu em
2011 ele chegou a ver o filho casar o filho do meio mas ele não viu as netas então eu sou uma privilegiada porque eu eu estou estou aqui firme e forte né para est do lado dos meus filhos para poder brincar com as minhas netas para poder sorrir com elas e e Me enxergar nelas de viver isso né que eu no passado achei que eu não ia nem viver né Então olha só quanta coisa né aconteceu eh eu passei tanta violência depois meus filhos foram embora não entenderam né o eu acho que eles não tinham
maturidade para entender né e fizeram a escolha deles eu tive que perdoar tudo isso e depois que ele morreu eu comecei a sonhar muito com ele sonhar todas toda a noite eh e aí num desses sonhos isso aconteceu eu olhava para ele era o mesmo homem que eu tinha me separado né Eh aquela fisionomia porque passaram-se muitos anos né mas uns 20 anos então eu vi ele daquela forma e eu não tinha medo dele no meu sonho aí eu não tinha medo no meu sonho e no meu e era espantoso né porque eu tinha muito
medo da memória dele de tudo que era relacionado a ele e daí no sonho eu eu olhava para ele ele não falava ele só olhava para mim e eu olhava nos olhos dele eu falava assim Alonso vamos nos perdoar eu perdoo você e você me perdoa se eu fiz alguma coisa para você vamos ser amigo vamos ser amigo em nome dos nossos filhos nossos filhos sofreram tanto não foi então então a gente vai ser amigo você vai ser meu amigo eu perdoo você eu perdoo você aí eu acordo não foi e isso aconteceu desse jeito
e aí eh eu não tenho mais acho que nenhum momento eu demonstrei ódio por ele mas eh eu consegui me libertar dele entende então eu não tenho mais o Fantasma dele na minha vida eh eu olho pros meus filhos a gente consegue conversar sem voltar mais as histórias do passado nem de nada eles falam do Pai com amor e eu acolho esse amor né Eu nunca fui de falar mal do pai não fiz isso ele sabem disso mas hoje eu consigo viver eh e eh a a memória do pai deles é de uma maneira tranquila
entende porque eu acredito que e eu me libertei entende com com o perdão com o perdão eu me libertei Você gostou dessa história quem faz esse canal são mulheres reais como você se una a nós nessa missão de fortalecer mulheres que estão sofrendo nas suas relações E mostre que elas também podem dar a volta por ca construiu uma nova história se você quiser contar sua história no nosso canal basta preencher o formulário de agendamento de gravação que tá aqui na descrição do vídeo e não perca a próxima história que é da cásia uma mulher íntegra
Leal fiel que investia tudo que ganhava para construir o patrimônio da família mas saiu com uma mão na frente e outra atrás porque bom não vou dar spoiler se inscreva no nosso canal ative as notificações para não perder nada C [Música]