Processos de Avaliação - Aula 3 - Avaliação da aprendizagem

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Aula 3 - Avaliação da aprendizagem: retrospectiva histórica Curso de Licenciatura em Ciências e Mat...
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[Música] bem dando continuidade à discussões que nós iniciamos no encontro passado relativas à ação de aprendizagem hoje nós vamos nos dedicar a uma retrospectiva histórica eh relativa à produção de conhecimento eh do campo Eh agora focalizando em questões específicas do campo Educacional mas focalizando em avaliação da aprendizagem e essa retrospectiva histórica nós vamos fazer com base em dois conjuntos de contribuições o primeiro deles nós vamos trazer de forma muito suscinta eh algumas contribuições das pesquisas do campo da avaliação de aprendizagem produzidas no Brasil que revelam desde a década de 193 30 onde a gente tem
a pesquisa eh feita no país de forma mais sistematizadas Quais foram os aspectos que ganharam ênfase da produção do conhecimento relativo à avaliação da aprendizagem por outro lado nós vamos também nessa retrospectiva trazer alguns elementos da nossa legislação Educacional e para ilustrar como a legislação vem historicamente tratando desse tema eh e vocês podem tá me perguntando Mas para que uma retrospectiva histórica né Eu queria alertá-los de que eh esses elementos eh fazem sentido no processo de reflexão sobre o tema de avaliação de aprendizagem porque muitas da as características presentes nesse nesse conjunto de reflexões Produções
e Estudos que marcaram historicamente o o campo da avaliação Educacional e particularmente da avaliação da aprendizagem eu diria que até hoje tão presentes em nossas concepções em nossas práticas né então é com esta finalidade que nós nós vamos iniciar explorando essas ênfases presentes na pesquisa Educacional e posteriormente eh na legislação eu sistematizei em alguns estudos que produzi tentando recuperar esse histórico algumas eh etapas ou fases que eu diria que eh marcaram a pesquisa Educacional e foi possível perceber que marcaram a pesquisa relativa a avaliação da aprendizagem né então desde os anos 30 quando eh nós
começamos a ter umas pesquisas eh produzidas de forma mais temática no Brasil até meados dos anos 50 o que nós tivemos foi um uma preponderância do recurso as contribuições do campo da Psicologia para pensar as questões educacionais e como isso se traduziu nos estudos relativos à avaliação da aprendizagem na elaboração de medidas de testes que visavam quantificar conhecimentos e habilidades dos alunos né então a a A grande preocupação nesse momento e consequentemente as principais iniciativas relativas à avaliação de aprendizagem eh focalizavam a produção de instrumentos de mensuração de capacidades e habilidades dos alunos ou seja
julgando-se conhecer essas medidas julgava-se conhecer eh o desenvolvimento eh dos alunos né Então nesse momento nós podemos dizer que o foco era a medida de capacidades individuais nos anos 50 meados de 50 até meados de 60 o principal a principal área de conhecimento que aliment a pesquisa Educacional foi a sociologia e nessa época as pesquisas se voltaram principalmente para analisar as relações entre educação e sociedade as questões relativas às desigualdades econômicas sociais e e a contribuição e ou não da educação nesses processos em realidade eh o conhecimento relativo à área de educação não se voltou
essencialmente para aspectos internos da escola né ou seja para as práticas internas da escola e nesse sentido as contribuições específicas relativas à avaliação de aprendizagem não se fizeram presentes ou seja essas essa perspectiva de avaliação enquanto medida até os anos 60 né quando então nós temos em meados de 60 e entrando pelos pela década de 1970 até meados de 70 com uma forte presença das contribuições oriundas da economia para pensar eh questões educacionais né então inspirados na teoria do capital humano Eh toda uma discussão da educação enquanto meio de Formação eh dos trabalhadores quanto meio
de formação para inserção eh no mercado de trabalho né e é nesse período em que eh se tem toda uma discussão inclusive que dizia que o problema da educação sequer eram questões relativas a financiamento né Eh Ou falta de recursos que na verdade a educação ia mal porque tava mal administrada E então de uma forma muito suscinta né que eu tô colocando para vocês eu inclusive convido para lerem eh textos que Tragam explicações mais completas né dessa eh síntese que eu tô apresentando para vocês mas a questão que se colocava é Como elaborar eh de
forma mais eficiente os planos de ação então a ideia do planejamento Educacional se faz muito presente nas Produções do campo da educação e a avaliação nesse momento eh ganha um uma grande eh intensidade de estudos que se voltam à discussão da avaliação como parte do currículo né e portanto as discussões relativas à avaliação a eh como Definição dos objetivos educacionais avaliação como meio de controle do alcance ou não dos objetivos estabelecidos e o o as Produções do rer permearam de forma dominante a a produção de conhecimento conhecimento na área e diros assim é um momento
em que questões técnicas se tornam preponderantes no debate da avaliação estando ausentes discussões que remetessem a aspectos políticos da avaliação nesta eh trajetória rápida né que eu apresentei para vocês dos anos 30 a 70 Eu costumo dizer que a gente não teve de fato uma ruptura na concepção de avaliação né Eh elas eh se alinham no sentido de iniciar com uma visão de mensuração por meio dos Testes voltados para medidas de aptidões de habilidades dos alunos para uma concepção voltada paraa dimensão tecnológica da avaliação eh com ênfase em seu caráter cientificista e nos métodos e
procedimentos operacionais e eu costumo dizer que elas não operaram efetivamente uma ruptura entre si Mas elas caminham na busca de maior eficiência da avaliação aí nós poderíamos ter uma uma marca importante nessa história da produção de conhecimento sobre avaliação da aprendizagem no Brasil eh talvez em meados dos anos 80 em que nós temos estudos que se alinham numa perspectiv mais sociológica e que partem de um princípio de que a escola tem um potencial não só de meramente reproduzir características da sociedade dominante inclusive e particularmente reproduzir desigualdades sociais mas que a escola tem um espaço de
produção e de interação capaz senão de romper com as questões estruturais da sociedade brasileira como injustiças desigualdades mas de contribuir paraa construção de um outro projeto de sociedade então esses estudos eh nos anos 80 no campo da educação eles passam a valorizar bastante o conhecimento sobre as concep AES e práticas internas da escola e aí tem lugar dentre outros aspectos que foram pesquisadas os estudos de como vinha sendo praticada a avaliação escolar Afinal para que avaliação Para que que ela vem servindo o que que vem sendo avaliado né E nós tivemos aqui eh uma contribuição
muito grande eh de estudos que trouxeram revelações das tendências dominantes das práticas avaliativas nós vamos nosso próximo encontro nos dedicar a isso né que embora sejam revelações trazidas lá nos anos 80 né já algumas décadas eh em realidade eu acho que elas são muito atuais para que a gente eh desenvolva nossas reflexões sobre o que afinal vem significando fazer avaliação de aprendizagem para nós então nós vamos nos dedicar a isso no no nosso próximo encontro e a partir dos anos 90 os estudos relativos à avaliação de aprendizagem tendem a reiterar né a necessidade de refletir
sobre o que vimos fazendo e redirecionar as práticas avaliativas Mas se agregou a a questão da avaliação de aprendizagem as iniciativa a necessidade de refletir sobre as iniciativas de avaliação externa e em larga escala né então inicialmente eh por meio de iniciativa do governo federal e posteriormente de governos estaduais e alguns governos municipais eh vem sendo feitas as avaliações externas da escola que não devem ser confundidas com avaliação de aprendizagem mas que também tem se eh estado presente eh no debate relativo à avaliação no contexto das escolas sobre isso vocês terão futur aí no decorrer
da discussão dos processos de avaliação uma discussão específica né E só para eu não vou me alongar eu queria chamar a atenção de como a legislação brasileira foi historicamente se apropriando das contribuições produzidas nos estudos de avaliação né então quando a gente pega a legislação vigente nos anos 30 50 né avaliação eh ela nem aparece o termo avaliação né ela aparece o termo mesmo medida né eh como atribuição de notas resultante do desempenho em Provas e exames quer dizer não se tem qualquer perspectiva de eh avaliação numa visão mais ampliada né e a finalidade dessa
medida que era destacada era essencialmente uma finalidade classificatória do aluno quer dizer eu aplico provas aplico exames com a intenção de classificá-los tendo em vista a decisão de promoção ou aprovação eh do aluno né e é interessante depois para quem eh tiver interesse em aprofundar essa discussão vê como eram colocados alguns princípios do processo avaliativo né então um deles por exemplo era a ilidade que não deveriam ser considerados quaisquer variáveis que pudessem interferir na nota obtida pelo aluno então vejam não é uma noção de avaliação é uma noção de medida né a ideia da imparcialidade
né inclusive isso era buscado a uma uma imparcialidade como se a avaliação pudesse ser neutra Imparcial ela é inclusive contava com a participação de um avaliador externo à escola eh para fazer as avaliações finais né tô chamando atenção desses aspectos por quê muito se afirma hoje a necessidade de que a avaliação tem que ser neutra de que a avaliação é imparcial que é inflexível que o principal é a nota obtida pelo aluno eh não é ausente do nosso debate questões que estão postas lá nas nas décadas eh iniciais do século passado né então por isso
que eu acho que tratar da retrospectiva tanto da produção do conhecimento quanto da legislação não é meramente para ter uma informação de natureza histórica é pra gente pensar Quanto isso ainda se faz presente nas minhas concepções nas minhas práticas Quanto isso ainda se faz dominante nas concepções e práticas da escola em que eu atuo né nos anos 60 já vem uma ênfase numa perspectiva um pouco ampliada em relação à ideia de medida chamando-se a atenção de que a verificação da aprendizagem deveria se dar de forma contínua cumulativa ao longo do ano letivo ou seja não
apenas olhando o resultado final mas chamando a atenção para que a avaliação deveria ser algo que acompanhasse o desenvolvimento do aluno durante todo o ano letivo né E aí já surge ao invés de se se dar rece a princípios de imparcialidade objetividade neutralidade surgem princípios como o princípio da continuidade na no para buscar uma um olhar compreensivo do desenvolvimento dos alunos outro aspecto destacado é que a avaliação não deveria se limitar aos exames e provas que o professor deveria recorrer a outros meios a outros instrumentos de avaliação né Eh e ainda e aqui o profess
é o responsável embora ainda se tenha previsto um acompanhamento dos processos avaliativos por uma comissão examinadora externa né caminhando para as visões mais atuais relativas à avaliação Que Elas começam a ser veiculada desde dos anos H 70 né particularmente com a com a LDB 5692 e que são aspectos que são reiterados hoje pela LDB vigente que é eh a o o alerta de que a avaliação deve abranger aproveitamento e assiduidade Mas ela tem que ser vista como um processo que Visa a c companhar o alcance dos objetivos propostos tendo como referência metas estabelecidas devendo servir
aprendizagem dos alunos vejam ao invés de se pô luz na ideia de medida de verificação de quantificação se aprendeu ou não aprendeu se põe luz na avaliação enquanto um processo que tem como proposto acompanhar o envolvimento dos alunos eh tendo em vista os objetivos pré-estabelecidos e apoiar decisões que promovam o desenvolvimento de todos os alunos né ou seja ela fornece dados para apoiar decisões de promoção ou retenção mas também é muito destacada A ideia é muito destacada a ideia de que ela deve apoiar o Rep planejamento do trabalho escolar ou seja não meramente Fazer uma
avaliação com fins de decidir aprovação reprovação com fins de atribuição de uma nota mas na verdade uma avaliação que sirva para eu acompanhar o desenvolvimento dos alunos e tomar decisões de eh planejamento ou replanejamento do trabalho visando ao desenvolvimento de todos os alunos e portanto a perspectiva de continuidade de amplitude da relação que deve existir entre objetivos e avaliação eh preponderância de aspectos qualitativos e não apenas uma perspectiva quantitativa de medida eh São princípios que estão presentes na legislação e eu deixaria para vocês refletirem a partir e com base né nesses elementos que eu trouxe
de forma muito cinta Como já disse eh sobre elementos históricos do campo da avaliação da aprendizagem essa questão né no que se refere à avaliação da aprendizagem as práticas escolares tendem a conservar marcas de orientações remotas remotas ou apontam sua superação Então essa questão fica como um convite eh paraa reflexão de [Música] vocês [Música] 2
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