No vídeo de hoje eu quero falar a respeito da divindade de Cristo. Já apresentei nos vídeos anteriores o mistério da Trindade, a interação da Trindade, defendendo tanto a unicidade de Pai e Filho e o Espírito Santo como um só Deus, mas ao mesmo tempo a distinção das pessoas. Depois passamos a falar a respeito da pessoa de Cristo e defendemos num vídeo específico, a preexistência de Cristo, um dos grandes argumentos da sua divindade de que ele é preexistente à sua encarnação, por quê?
Porque a Bíblia nos mostra que Deus se fez carne, o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Agora, ao discorrer a respeito da divindade de Cristo, eu quero começar de um texto que já usei quando falava sobre a Trindade. Em Atos 20.
28, o apóstolo Paulo, conversando com os presbíteros de Éfeso no encontro que tem com eles em Mileto, diz: “Atendei por vós e por todo rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a Igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. ” Então mostramos o Espírito Santo, constituindo esses homens bispos sobre o rebanho, e a função deles deveria ser pastorear a Igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue. Aqui nós temos a menção de Pai, Filho e Espírito Santo trabalhando em prol da Igreja e dos remidos.
Quando a Bíblia diz que Deus comprou a igreja com o seu próprio sangue, sendo que a Escritura o tempo todo enfatiza que essa compra se deu através do sangue de Jesus, obviamente, a Bíblia está reconhecendo a divindade de Cristo. Em 1ª Pedro 1. 18 a 20, nós lemos: “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais nos legaram, mas pelo precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós.
” No final do verso 20, ele diz: “que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus. ” Vemos aqui a ênfase de que fomos comprados pelo sangue de Cristo. Mas, como afirmamos, o versículo anterior de Atos 20.
28, fala que Deus comprou com seu próprio sangue. Porque ao mesmo tempo que há uma distinção quando falamos isso no vídeo sobre o mistério da Trindade, que há uma distinção de pessoas ao reconhecimento de um só Deus. E de fato, quando falamos da divindade de Cristo, precisamos reconhecer, além do argumento da preexistência já apresentado, outros argumentos que claramente enxergamos nas Escrituras.
O primeiro deles, que eu quero defender aqui, diz respeito aos nomes e títulos que são atribuídos a Jesus. Já vimos em Atos 20. 28, quando a Bíblia fala do sangue de Deus, está chamando Jesus de Deus.
Mas no livro de Hebreus 1. 8, nós temos uma declaração que aponta diretamente para Jesus, o Filho. Aliás, ele diz no verso 8 exatamente o seguinte: “mas acerca do Filho”, dois pontos e agora faz uma citação: “O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de equidade é o cetro do seu reino.
” Então, esse é mais um texto onde Jesus é apresentado como Deus. Mas no Evangelho de João 8. 58, texto que já usamos falando da preexistência de Cristo, o Senhor Jesus faz outra declaração.
Ele diz: “Em verdade, em verdade vos digo antes que Abraão existisse, Eu Sou. ” Aqui Jesus não está apenas dizendo: “Eu já existia, eu preexisto. Eu sou anterior a encarnação”, mas Ele usa o nome com o qual o próprio Deus se revela.
Por exemplo, a Moisés, lá na sarça Deus, Ele se revela dizendo: “Eu sou, é o meu nome. ” Então aqui temos mais uma vez um testemunho, Cristo, tomando sobre si uma nomenclatura que é atribuída somente ao próprio Deus. Além de ser apresentado como Deus, além de intitular-se “Eu Sou”, Jesus é chamado nas Escrituras de Senhor.
Aliás, no Novo Testamento a expressão “Senhor” passa a ser usada praticamente o tempo todo em relação a Cristo, mas em todo o Antigo Testamento é usada em relação a Deus, o Pai. Em Mateus 22. 43 a 45, lemos: “Replicou-lhe Jesus: Como, pois, Davi, pelo Espírito, chama-lhe Senhor”, está falando do Cristo, “dizendo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés?
Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele o seu filho? ” Jesus está aqui argumentando e tentando demonstrar que ele não era apenas filho de Davi, mas Senhor sobre Davi, Senhor sobre todos nós. E essa forma como a Bíblia o intitula também defende a sua posição.
Em Mateus 1. 23, nós vemos que, por ocasião do nascimento de Cristo, quando a sua encarnação se deu, ele é chamado pelo Anjo de Emanuel, que significa “Deus conosco”, Deus habitando conosco num corpo humano. Então, mais uma vez, nós temos um título, um adjetivo que mostra esse lugar que pertence somente à Divindade.
Assim como em Apocalipse 19. 16, a Bíblia o chama de “Rei dos Reis e Senhor dos Senhores”. Mas além dos nomes e títulos, eu quero destacar, em segundo lugar, as suas obras.
Obras são atribuídas a Cristo, que elas, na verdade pertencem somente a Deus. Só Deus pode executá-las. Então, nós podemos falar aqui da criação.
O Evangelho de João diz, no capítulo 2 e no versículo 3: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele, nada do que foi feito se fez. ” Nós precisamos reconhecer que o texto está falando do Verbo, o texto também diz assim: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. ” Então há um reconhecimento claro de Jesus, o Verbo, como Deus.
Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem Ele, nada do que foi feito se fez. De quem a Bíblia está falando? O verso 10 diz assim: “O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.
Veio para o que era seu,” está falando dos judeus, seu povo, “e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. ” E agora o verso 14 diz: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como a do unigênito do Pai.
” Então, olhamos para esse texto e reconhecemos Jesus sendo apresentado nas Escrituras como Criador. Não apenas aí, em Colossenses 1, o apóstolo Paulo, movido pelo Espírito Santo, fala as mesmas verdades, faz a mesma declaração. Eu vou ler do verso 15 até o 17: “Este é a imagem do Deus invisível”.
Se você olhar os versículos anteriores, está dizendo que “Deus nos libertou do império das trevas, nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual”, no Filho do Seu amor, “temos a redenção, a remissão dos pecados”, então, está falando de Jesus. A Bíblia diz: “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e sobre a terra, as visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados e potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.
Ele é antes de todas as coisas e nele tudo subsiste. ” Aliás, a Palavra de Deus enfatiza não apenas Jesus participando da criação, mas da sustentação de todas as coisas criadas. Quando a Bíblia diz: “Nele tudo subsiste”, não só passaram a existir, mas permanecem por causa dele.
Aliás, essa mesma declaração é feita também no livro de Hebreus, onde lemos em Hebreus, 1. 1 a 3: “Havendo Deus outrora falado muitas vezes e de muitas maneiras aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e pelo qual também fez o universo. ” Por meio de seu Filho ele fez o universo.
“Ele que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas”. Então, além de ser chamado de “a expressão exata do seu ser”, do ser divino, a Bíblia mostra que ele fez o universo e que ele sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder. Muito importante olharmos e reconhecemos a criação, a sustentação de todas as coisas, algo que é atribuído em toda a Escritura a Deus, sendo diretamente mencionado e relacionado com a pessoa de Jesus.
Também temos um outro argumento, falando das obras realizadas por Jesus, obras que são atribuídas só a Deus, que é perdão de pecados. Em Marcos 2, nós lemos do versículo 5 até o 7: “Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados. Mas alguns dos escribas que estavam assentados ali, arrazoavam em seu coração: Por que ele fala deste modo?
Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um que é Deus? ” Quando eles fazem essa pergunta: “Este homem está blasfemando?
” e questionam: “Quem pode perdoar pecados, senão que é Deus? ” Eles estão certos. Só Deus pode perdoar pecados.
O que eles não entendem é que Jesus está fazendo essa declaração justamente porque ele está na posição e na autoridade de perdoar pecados porque é Deus. Era Deus encarnado e não meramente um homem. No evangelho de Lucas 7.
48, também vemos Jesus fazendo uma declaração, como dizem as Escrituras, a uma mulher pecadora na casa de Simão. Nós vemos a declaração de Jesus direta e pontual: “Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados. ” Então, essas atribuições dadas a Cristo de perdoar pecados, o que pertence só a Deus, mais uma vez entra na relação das obras que só Deus pode realizar.
Uma outra a ser destacada diz respeito à ressurreição dos mortos. No evangelho de João 5, Jesus fala a respeito disso. Eu quero começar lendo no verso 21, Jesus diz: “Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos”, ele atribui isso ao Pai, “assim também o Filho vivifica aqueles a quem Ele quer.
” Verso 25: “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão. Porque, assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo”. Ter vida em si, ressuscitar, da mesma forma que o Pai o faz, o Filho também o faz.
Então, nós temos aqui essa sustentação bíblica de Jesus operando esse tipo de obra, ressurreição de mortos, mas também vemos a questão do julgamento aparecendo. No mesmo capítulo 5 de João, dessa vez, no verso 22, Jesus diz assim: “E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento, a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. ” Aqui ele não está apenas falando de fazer o que o Pai faz, ele está falando de algo que o Pai deixou de fazer, comunicou totalmente ao Filho para que o Filho faça e seja honrado da mesma forma como o Pai é honrado.
O verso 27 ainda diz: “E lhe deu autoridade”, está falando de Deus, “E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem. ” Então nós reconhecemos em Jesus essa realização de mais uma obra pertencente a Deus, sendo equiparado com Deus, para poder receber a honra que o próprio Deus tem. E podemos ainda destacar o envio do Espírito Santo.
No evangelho de Lucas 24. 49, depois da sua ressurreição, o Senhor Jesus declara aos seus discípulos: “Eis que envio sobre vós a promessa do meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder. ” A promessa era de Deus, o Pai, mas Jesus diz: “Quem executa sou eu.
Quem envia o Espírito Santo sou eu. ” E nós precisamos reconhecer que, mais uma vez, a Escritura está apontando na mesma direção. Em João 20.
22, depois de aparecer aos seus discípulos já ressuscitado, a Escritura diz que Jesus sopra sobre eles e diz: “Recebei o Espírito Santo. ” Em Atos 2, nós temos agora um outro momento dos apóstolos pregando, proclamando a mensagem do Evangelho e, no verso 33, nós vemos a seguinte declaração: “Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isso que vedes e ouvis”, é o discurso depois de Pentecostes, e a Bíblia está dizendo que Jesus recebeu a promessa do Pai, mas quem derramou o Espírito sobre nós foi o próprio Jesus. Então, a forma como a Trindade interage, e já falei nos vídeos anteriores, mostra e revela algo importantíssimo para nós a respeito de como um só Deus se manifesta através de três pessoas distintas e cada uma delas é chamada e apresentada nas Escrituras como Deus, inclusive o próprio Jesus.
Aliás, esse é o nosso terceiro tópico: Igualdade na Trindade. Os textos que falam da igualdade de Jesus com o Pai, com o Espírito Santo precisam também ser destacados como um argumento de que Jesus é Deus. Ele diz em João 10.
30: “Eu e o Pai somos um. ” Essa declaração é poderosa. Depois, no evangelho de João 14.
23, nós temos novamente o Senhor Jesus afirmando: “Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. ” Jesus está dizendo: “Eu e o Pai juntos habitaremos na vida dessa pessoa. ” Temos também a igualdade mencionada com o Espírito Santo em textos que já apresentamos em vídeos anteriores falando sobre a Trindade.
Mas eu quero destacar dois deles. Um, na “Grande Comissão”, Jesus manda fazer discípulos de todas as nações então ele diz, em Mateus 28. 19: “batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
” Em 2ª Coríntios 13. 13, nós temos a “bênção apostólica”: “Que a graça do Senhor Jesus, que o amor de Deus, o Pai, a comunhão do Espírito Santo, seja com cada um de vós. ” Então nós percebemos Jesus sendo apresentado sempre como um com o Pai e com o Espírito Santo, não apenas um em essência, quando a Bíblia diz: “Há um só Deus”, e ele é chamado de Deus, mas também vemos essa interação, a maneira como se movem em conjunto.
Quando Jesus diz em Mateus 28. 19 que os discípulos das nações que fossem feitos, deveriam ser batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ele não estava repetindo o que eu classifico de uma “fórmula batismal” a ser declarada e repetida como se fosse um ritual. Ele deu uma ordem e uma instrução.
E quando nós olhamos o livro de Atos e vemos a forma como essa instrução foi cumprida e obedecida, porque os apóstolos sabiam exatamente o que o Senhor os tinha mandado fazer, mas por quatro vezes, no livro de Atos Atos 2. 37, Atos 8. 12, Atos 10.
47 e Atos 19. 6, nós vemos que na hora de executar essa ordem, a Bíblia estava falando sobre “batizaram as pessoas em o nome do Senhor Jesus”. Sempre a ênfase é: “em o nome do Senhor Jesus”, em todos os quatro textos.
Você não vai achar nenhum texto dizendo que eles batizaram em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A pergunta é: eles desobedeceram a Jesus? Não, pelo contrário, eles obedeceram a Jesus.
E esse é justamente o ponto. Por quê? Pai e filho são títulos, podem indicar alguém, mas não é nome.
Eu gosto sempre de usar esse exemplo. Eu sou filho de Juarez e Zeni Subirá. Eu sou pai de Israel e Lissa Subirá.
Mas, apesar de ser tanto pai como filho, esse não é meu nome. Meu nome é Luciano. Eu tenho um nome com o qual me identifico, mesmo que eu seja pai e mesmo que eu seja filho.
Então a uma pergunta a ser feita é: Qual é o nome que representa e expressa a Trindade na Terra? É o nome de Jesus. A Bíblia diz: “Há um só nome dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”, Atos 4.
12, está falando do nome de Jesus. Quando Romanos 10. 13 diz: “Todo o que invocar o nome do Senhor será salvo”, está falando do Senhor Jesus.
Nós precisamos entender que ao receber a salvação no nome de Jesus, não estamos negando a Trindade. Entendemos que Ele representa a Trindade. Por exemplo, expulsamos demônios no nome de Jesus.
Jesus diz: “Em meu nome vocês vão expulsar demônios. ” Nós vemos Paulo repreendendo aquele espírito de adivinhação de uma mulher em Filipos, dizendo: “Em nome de Jesus, eu te ordeno que saia dela. ” E saiu.
Mas quando Jesus expulsava demônios, ele diz que ele fazia aquilo pelo dedo de Deus, ou seja, era o poder de Deus, Ele diz que fazia aquilo pelo Espírito Santo. Tanto que, quando as pessoas o acusaram de expulsar demônios por Belzebu, o maioral dos demônios, Jesus disse que eles estavam blasfemando contra o Espírito Santo, que é quem estava operando. Então, o nome usado é de Jesus, mas o dedo de Deus, do Pai, e o poder do Espírito Santo está lá.
Por quê? Porque o nome de Jesus representa a Trindade na terra. Oramos pelos enfermos em nome de Jesus, e ninguém diz que porque invocamos o nome de Jesus para ser salvo, porque oramos ao Pai em nome de Jesus, porque oramos pelos enfermos em nome de Jesus, ou expulsamos demônios em nome de Jesus, que estamos negando a Trindade.
Mas há um grupo que tenta dizer que se batizamos as pessoas em nome de Jesus, estamos negando a Trindade. Não, esse argumento não se sustenta e nós precisamos entender que é justamente o contrário, mostra a igualdade que Jesus tem na Trindade e a capacidade de representá-la aqui na Terra. Em quarto lugar, eu quero explorar o elemento adoração.
Toda adoração que é comunicada a Jesus e a Bíblia faz questão de registrar, de mostrar pra gente que acontece, ela precisa ser entendida por um prisma. Então vamos lá. Em primeiro lugar, a Escritura nos aponta que Deus não divide glória com ninguém.
No livro de Isaías 42. 8, a Escritura diz isso: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura. ” Deus está aqui falando contra a idolatria, Ele está dizendo que os falsos deuses não eram deuses e que ele não divide a sua glória e a sua honra com ninguém.
Isso é fundamento bíblico. Olhamos para o evangelho de Lucas 4. 8, e vemos que quando Satanás está tentando Jesus no deserto, ele tenta propor que Jesus se prostre diante dele para adorá-lo.
Jesus responde o quê, Lucas 4. 8? “Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto.
” Jesus está citando a própria Escritura, está pontuando: a adoração pertence somente a Deus e mais ninguém. Em Apocalipse 19. 10, nós temos um outro texto que sustenta a mesma verdade.
João, depois de ter recebido palavras de revelação por intermédio de um anjo que o próprio Jesus enviou, o verso 10 registra: “Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso”, o anjo falando, “sou, conservo teu e dos teus irmãos, que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus”. “Adora a Deus.
” O anjo está dizendo: “Eu não posso receber adoração. A adoração é dirigida somente a Deus. ” Estamos aqui resumindo, não estamos tentando ser exaustivos sobre o ponto, mas a Bíblia é clara de que a adoração é dirigida somente a Deus.
Ponto final. Agora, dito isso, nós precisamos reconhecer que Jesus é adorado desde o seu nascimento. No evangelho de Lucas 2, nós vemos naquele cenário conhecido dos pastores que estavam no campo em Belém, a Bíblia diz nos versos 13 e 14: “E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.
Há uma adoração sendo conduzida a Deus pela chegada de Jesus. E de repente alguém pode dizer: “OK, é Deus que está sendo adorado e não o menino. ” Fato.
Mas quando olhamos para a própria Escritura, nós percebemos que ela também aponta numa direção muito clara. Não houve adoração dirigida somente a Deus porque Jesus chegou na Terra. Houve adoração dirigida ao próprio Jesus.
A Palavra de Deus nos mostra como aqueles reis magos foram dirigidos sobrenaturalmente para achar Jesus, quando ninguém, nem Herodes, nem as autoridades dos judeus, sabiam da chegada do Messias. E a Bíblia diz, no versículo 11: “Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. ” Mas quando a Bíblia fala a respeito de adoração a Jesus, nós não podemos mera e simplesmente olhar para esse momento onde, na chegada de Jesus na Terra, lhe foi oferecido culto e achar que esse é o único cenário.
Em Apocalipse 5. 8 até 14, nós lemos o seguinte: “e quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e qutro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro”, uma referência a Cristo, “tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos, e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto, e com teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação. E para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra.
Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono a ao Cordeiro seja o louvor, e a honra e a glória, e o domínio pelo séculos dos séculos. E os quatro seres viventes respondiam: Amém!
Também os anciãos prostraram-se e adoraram. ” Adoração sendo oferecida ao Cordeiro, a Cristo, e não somente a Deus, o Pai. Aliás, concorda com isso a declaração que nós temos na Escritura, inspirada pelo Espírito Santo, mas que nos foi comunicada por Paulo na sua carta aos Filipenses 2.
A partir do versículo 5, ele diz: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, ais um texto que atesta a divindade de Cristo, “não julgou como usurpação o ser igual a Deus”. Outra tradução diz: “algo ao qual deveria se prender; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz. ” Verso 9: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.
Não se trata de uma adoração dividida ou disputada. Trata-se de uma adoração compartilhada. Nós vemos também a adoração na Terra sendo oferecida a Jesus durante os dias do seu ministério.
O evangelho de Mateus nos relata lá no capítulo 15 e no verso 25, que uma mulher que estava com a filha oprimida, perturbada, precisando de intervenção de Jesus, a Bíblia diz: “Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me! ” Diferente do anjo, lá em Apocalipse, que orienta João dizendo: “Você não pode se prostrar diante mim, você não pode me adorar”, nós não vemos Jesus em momento nenhum dando a mesma orientação, por quê? Porque Ele é digno.
Ele é merecedor de todo o culto e de toda a adoração. A Bíblia diz que quando Jesus se revela e aparece às mulheres no túmulo por ocasião da ressurreição, Mateus 28. 9 diz: “E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve!
E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram. ” Mais uma vez, aqui a ênfase de adoração. No versículo 17 a Bíblia diz assim, vou ler o 16 e o 17 para fazer mais sentido: “Seguiram os onze discípulos”, então nós temos aqui o time dos 12 menos Judas, “Seguiram os onze discípulos para a Galileia, para o monte que Jesus lhes designara.
E, quando o viram, o adoraram”. “Quando o viram, o adoraram. ” A adoração está sendo oferecida ao Senhor Jesus.
Em momento nenhum existe uma orientação: “Isso não pode ser feito. Isso não pode acontecer. ” No evangelho de Marcos, no capítulo 14, nós lemos a partir do versículo 3, de uma mulher em Betânia, na casa de Simão, o leproso, que derrama um perfume caríssimo nos pés do Senhor e naquele momento ela está prestando culto, ela está mais do que oferecendo oferta, ela está oferecendo adoração e uma adoração diferenciada.
Em Lucas 17. 16, nós temos um daqueles 10 leprosos curados por Jesus, que volta, retorna ao seu encontro e a Bíblia diz que ele se prostra com o rosto em terra aos pés de Jesus. Nós temos mais uma vez uma cena de adoração.
Nós temos mais uma vez alguém se posicionando e dando glória não apenas a Deus, a Bíblia fala dele glorificar a Deus, mas adorando o Senhor Jesus. Interessante é que durante os dias do ministério de Jesus, até mesmo os demônios eram obrigados a reconhecer sua pessoa e se curvar diante dele. Marcos 5.
6, quando fala daquele gadareno endemoniado, a Bíblia diz: “Quando, de longe viu Jesus, correu e o adorou, exclamando com alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes! ” Por quê?
Jesus tinha dito: “Espírito imundo, sai desse homem! ” Quem está falando é o espírito maligno. Mas a Bíblia diz que ele se prostra, que Ele adora a Jesus.
E esse é mais um argumento que sustenta a divindade de Cristo. No próximo vídeo vamos falar de como esse Deus se fez carne, habitou entre nós e vamos discorrer sobre a humanidade de Cristo, porque Ele é 100% Deus, 100% homem, isso é um fundamento da nossa doutrina.