[Música] [Música] [Música] Olá eu sou a Silvan Silva Eu Sou professora e historiadora sou especialista em Relações raciais e fui contratada pela Secretaria Municipal da educação paraa elaboração do currículo educação antirracista povos afro-brasileiros então eu convido a vocês para fazermos juntos a leitura desse documento e conversarmos um pouco sobre as temas que aparecem aqui conceitos e pra gente a nossa prática cotidiana na educação eh da cidade de São Paulo eu gostaria então de começar essa nossa conversa sobre o documento Contando um pouco para vocês como foi essa construção que foi uma construção coletiva com a
participação dos educadores e educadoras da rede no primeiro momento fizemos a escuta né de eh professores e professoras que estão já há bastante tempo trabalhando com essa temática nas suas unidades escolares buscamos conhecer fazer a leitura de currículos de educação antirracista publicado em outras cidades em outros estados eh observando como esses documentos foram eh construídos né para que a gente eh enfatizasse no nosso documento a trajetória que é a trajetória de implementação da lei 10.639 que esse ano faz fez né completou 20 anos eh de existência Então já tem um processo longo de implementação eh
dessa legislação em todo o país porém a gente tem eh uma diversidade imensa de eh intencionalidade nas unidades escolares para de fato fazer a implementação dessa lei Então esse primeiro momento de escuta foi justamente para saber né em que pé estamos como é que nós estamos nessa construção de fato de uma educação antirracista e de uma implementação de uma lei que já existe há 20 anos Então qual é o conhecimento que nós temos sobre essa temática enquanto educadores e educadoras que temos por função profissional né cumprir essa legislação que é uma legislação Educacional que surgiu
por conta da força do movimento social negro que vem desde os finais do século XIX buscando oferecer eh para crianças jovens e adultos negros e negras uma educação que seja potente que seja capaz eh de fazer com que as pessoas negras também tenham todo o desenvolvimento intelectual o máximo possível no interior das unidades educacionais então partindo dessa premissa de que existe uma legislação que precisa ser cumprida e que portanto precisamos estudar sobre essa legislação estudar sobre os conceitos que existem em torno de todas as temáticas em todo o currículo escolar que a gente fez essa
primeira conversa com esse grupo de educadores e educadoras o currículo de educação antiracista povos afro brasileiros vem então com essa intencionalidade de continuidade desse processo de implementação da Lei 10.639 então o nosso objetivo que a leitura o estudo e a utilização desse documento como umr para fazer de fato cumprir essa lei nas nossas unidades educacionais é o objetivo né então é importante que a gente tenha em mãos o documento que a gente faça a leitura do documento mas muito mais importante ainda é que a gente possa no nosso cotidiano escolar fazer utilização desse documento como
um instrumento então que os conceitos que foram chamados aqui paraa conversa que as práticas que estão sendo divulgadas aqui nos depoimentos nos exemplos de boas práticas eles possam de fato serem utilizados para que repensemos no nosso cotidiano da nossa unidade Educacional em que pé estamos nessa implementação da Lei como é que nós podemos então olhar para nós mesmas e nós mesmos enquanto educadores e educadoras eh como estamos nesse processo de implementação da Lei 10639 quais são as práticas que fazemos cotidianamente que podemos dizer que estamos então sendo educadores e educadoras antirracistas qual é a nossa
contribuição nesse processo que é um processo histórico né conforme a gente conta aqui no texto da apresentação é um processo que vem desde o período de pós abolição do Brasil nessa integração da população negra nas unidades educacionais então é um processo que é longo que é histórico e que ainda Precisa em muitas unidades educacionais eh ser de fato intensificado e colocado em prática essa educação que a gente chama de educação antiracista como tem sido as Relações raciais no interior da nossa eh unidade Educacional Nós pensamos sobre isso nós temos ações que são intencionais para que
a gente de fato consiga avançar nesse processo Como tem sido isso então esse documento ele surge com esse objetivo de leitura estudo e uma instrumentalização para que colocamos a educação antiracista na cidade de São Paulo na prática partindo então do pressuposto de que esse documento ele faz parte de um longo processo né de implementação da Lei 10.639 ele começa com a apresentação de um breve histórico então das lutas entre graves e processos de implementação dessa lei nessa primeira parte nós podemos eh aprender um pouco mais sobre essa construção do movimento social Negro para que a
população tivesse de fato um bom acesso nas unidades educacionais desde o final do século XIX contando até chegar na publicação da lei que é de 2003 Então para que todas as pessoas compreendam que isso não é algo feito agora deste momento ou que a lei surgiu do nada em 2003 foi uma construção longa e esse processo tá contado aqui de maneira sucinta nessa primeira parte de apresentação do documento para que de fato a gente compreenda que essa implementação de um currículo preocupado com em contar a história afro-brasileira e africana é algo que vem de muito
tempo né para que a gente compreenda que a gente não pode mais eh demorar para fazer de fato essa implementação e que a gente possa fazer da melhor forma possível conhecendo os passos que já foram dados né é aquela frase da Jurema Verneck nossos passos vem de longe de fato vem então nessa primeira parte é pra gente compreender um pouco esse processo de construção de uma educação que respeite todas as pessoas que estão presentes dentro da unidade Educacional e todas as pessoas se compreendam como importantes e necessárias e com uma história a ser contada com
conhecimentos eh científicos artísticos tecnológicos que precisam ser conhecido por todas as pessoas Então essa primeira parte é pra gente ter essa compreensão e aí na sequência ao pensarmos a estrutura desse documento né como o que não poderia ficar de fora os destaques que teríamos que dar eh os conceitos que foram surgindo então nos últimos anos e que são necessários serem entendidos para que a gente consiga de fato fazer essa educação antiracista vão estar presentes na parte um que tem por título desvelando conceitos para educação antiracista Então quais são esses conceitos que nós precisamos ter a
compreensão de como eles de fato funcionam né na nossa vida prática estão aqui nessa parte os conceitos de raça e racismo o que que significa né esses conceitos eh o conceito de preconceito discriminação Qual é a diferença de preconceito e discriminação e um conceito que surgiu mais recentemente nas nossas conversas e práticas eh que é o conceito de branquitude branquitude pra gente compreender o conceito de branquitude pra gente pensar que na nossa sociedade pessoas brancas também possuem raça né porque tem tem um equívoco que existe quando a gente vai falar de educação das relações étnico-raciais
de educação antirracista que é acreditar que esse é um assunto para pessoas negras ou para pessoas indígenas e as pessoas brancas não são racializadas pessoas brancas não TM raça então compreender qual é o lugar das pessoas brancas nessa conversa Tod né se estamos falando de racismo se estamos falando de Relações raciais Tod todas as pessoas eh fazem parte desse processo nesse item em que falamos dos conceitos de branqueamento branquitude epistemicídio e práticas pedagógicas nas unidades educacionais eh nós então nos propomos a pensar né como foi essa construção das nossas sociabilidades no nosso país Um país
que teve durante mais de 300 anos eh uma escravização de pessoas negras e que nesse processo de Abolição Como foi essa integração houve integração e como a gente pensa no nosso currículo escolar essa construção dessas relações entre pessoas eh negras e brancas que não é algo que normalmente no cotidiano nós paramos para refletir e vamos utilizando os conteúdos e vamos eh fazendo as nossas práticas muitas vezes sem essa reflexão né então esse convite aqui que fazemos nesse momento é para que a gente Pense Como foi o processo de branqueamento das Nossa da nossa cultura que
teve um longo processo de branqueamento da cultura Negra nessa inserção da população no pós-abolição então pra gente conversar um pouco sobre isso a gente utiliza também a o estudo da Sueli Carneiro quando ela fala do conceito de epistemicídio que aparece pela primeira vez eh no livro do Boaventura Souza Santos mas aqui no Brasil quem vai trazer para para nós Esse estudo é a Sueli carneiro e o que que significa epistemicídio né Essa morte de diversas culturas de origem africana nesse momento do pós-abolição então a gente pensar que houve um processo de branqueamento da nossa cultura
que houve um epistemicídio de muitas culturas no nosso país faz com que a gente entenda o porquê de pensarmos em uma educação antiracista Então esse é o convite que nós fazemos nessa parte é do documento logo em seguida aparece um outro conceito que tá muito em voga agora que é o conceito de lugar de fala nós percebemos que alguns educadores e algumas educadoras muitas das vezes eh dizem Ah eu não preciso trabalhar isso porque não é o meu lugar de fala em muitas conversas e em muitos contextos a pessoa se utiliza desse conceito de uma
maneira equivocada que o lugar de fala todas as pessoas possuem C cada um vai falar agir de acordo com o seu lugar de fala então não confundir lugar de fala com protagonismo às vezes esse conceito ele é utilizado para pessoa se esquivar daquela situação então chamamos Atenção para isso para a compreensão correta do conceito de lugar de fala e aqui nós dizemos que todos os educadores e todas as educadoras possuem lugar de fala sim para falar sobre a história e cultura do povo brasileiro e todos possuem lugar de fala para fazer e desenvolver uma educação
antirracista na sua unidade Educacional cada um e cada uma vai fazer do seu lugar de Fala Ninguém pode se esquivar faz parte desse processo educadores e educadoras brancos negros indígenas todos fazem parte do processo Então essa compreensão precisa eh existir e para isso colocamos esse tópico com esse conito é o lugar de fala Na continuidade também trazemos um outro item que é práticas antirracistas nas unidades então aqui vai ser comentado né como tem sido essa implementação da Lei nas unidades escolares dizendo que não podemos nos esquivar ninguém vai se esquivar cada um no seu território
vai fazer as ações de acordo com aquilo que é possível sabemos que cada território possui os seus problemas as suas questões então cada um vai adequar as sugestões que estão postas Aqui de acordo com a sua própria realidade tá então essa foi a nossa intencionalidade nesse tópico falando um pouquinho agora para vocês da parte dois do documento das intenções as ações no cotidiano da Unidade Escolar a gente vai falar desse processo que que percebemos que muitas vezes acontece que é o educador e a Educadora tem até uma boa intenção em fazer implementação das ações porém
eh não compreende tem dificuldade ou não sente ainda que eh tem subsídios necessários para fazê-lo então que nossa intenção com esse documento é que seja um instrumento e que ajude a todas as educadoras e educadores a se sentirem capazes de fazer essa implementação então por isso que a gente buscou nessa escuta é compreender quais eram os conceitos de eh menor compreensão quais eram as maiores dificuldades para de fato fazer essa implementação e uma delas era sobre as formas de designar as pessoas né como é que eu devo chamar eu chamo de preto negro eh como
como é a forma de designar as pessoas então a esse é um assunto muito em voga hoje também assim como o conceito de lugar de fala por conta da implementação das cotas raciais no nosso país esse debate se intensificou muito então as pessoas querem saber como é que eu como eu sou quem eu sou eu sou pardo eu sou negro Eu sou branco como é que eu me classifico Então nesse nesse capítulo aqui a gente conversa um pouquinho sobre isso o logo na sequência na página 61 a gente continua com essa discussão né quem é
preto quem é pardo e também trazemos uma tabela da maneira como os professores e auxiliares técnicos se autodeclaram aqui na rede Municipal Então a nossa intencionalidade aqui nesse momento é que cada unidade Educacional possa fazer também essa conversa como é que nós educadores e educadoras nos definimos negros pardos brancos Por Quê Como é essa construção eh como é esse olhar que nós temos para nós mesmas e esse tema ele é muito importante porque ele essa construção da nossa identidade ela é um processo que vem desde pequenos desde a educação infantil Então como é que a
criança vai construir esse pertencimento e essa identidade dela e nós como educadoras e educadoras sabemos como é o nosso pertencimento pensamos sobre isso compreend temos o nosso próprio pertencimento Então existe uma vasta literatura sobre esse assunto existe um debate muito forte sendo feito hoje e as pessoas nas redes sociais acabam eh trazendo esse debate de uma maneira forte Então os adolescentes as pessoas que têm um contato forte com rede social vai trazer essas dúvidas pra escola né então a gente precisa ter essa compreensão desse amplo debate que é feito sobre o pertencimento racial no nosso
país que é um país de muita migena de muita mistura Então essa compreensão das pessoas que são negras de pele clara pessoas negras de pele escura se eu sou pardo ou se eu sou branco como essa classificação que o IBGE faz essa construção ela é feita desde pequenininho lá na creche Então precisamos conversar sobre isso e ter essa compreensão também eh na nossa própria unidade Educacional até para quando chegar o momento do censo escolar a gente saber o que marcar e quando é perguntado pros professores Qual é a sua classificação de raça cor você responde
o questionário Por que não responde então é importante a gente pensar conversar sobre isso porque esses eh levantamentos do quesito raça cor eles estão relacionados com políticas públicas investimento verbas então é um tema eh é bastante importante pra gente de fato levar a sério nas nossas unidades educacionais Outro ponto de atenção para nós é a compreensão de que a educação antirracista os conteúdos e as práticas elas precisam ser realizadas nas unidades educacionais de Janeiro a Janeiro durante todo o ano escolar e nós percebemos que em algumas unidades educacionais essa temática ainda está muito vinculada ao
20 de Novembro então nós precisamos eh ter essa compreensão de que um currículo escolar uma unidade Educacional que de fato pratica educação antirracista é aquela que tem essa preocupação cotidiana todos os dias eh na sua Unidade Escolar então para por isso na página 86 nós temos esse item né De Janeiro a Janeiro educação antirracista para além do 20 de novembro essa compreensão de que é um processo que deve envolver todos os educadores todas as educadoras e todos os componentes curriculares durante o ano todo não é uma data comemorativa isso é muito importante de ser enfatizado
pensamos essa parte três que fala das interseccionalidades na educação antirracista nós achamos importantes consideramos importante falarmos de algumas dessas intersecções que ocorrem entre raça e outras temáticas que nos compõe enquanto humanos na nossa própria humanidade então nós tendemos a olhar as pessoas nas suas caixinhas né então se eu vou falar por exemplo eh de estudantes com deficiência né pessoas com deficiência os pcds eh Nós esquecemos que essa pessoa ela também possui raça ela também possui gênero então que a gente possa nesse momento conseguir fazer com que nosso olhar olhe paraa complexidade daquela pessoa e tudo
aquilo que ela representa então quando a gente fala interseccionalidade nós estamos aqui trazendo um conceito da Kim cresal com o objetivo de que a gente possa eh compreender que as algumas pessoas possuem diversas intersecções e essas interseções elas vão interferir e eh na maneira como essa pessoa vai transitar pela vida então nós fizemos aqui três destaques de interseccionalidade a interseccionalidade de raça e gênero para pensarmos como esses temas aparecem no currículo escolar e nas nossas práticas cotidianas a interseccionalidade da educação antiracista e os estudantes com deficiência e a interseccionalidade com a educação de jovens e
adultos então pra gente pensar eh nas nossas unidades educacionais se esse atendimento né tem sido feito pensando nessas intersecções também então essa parte três que fala das interseccionalidades ela tem esse objetivo de olhar então paraas especialidades né desses três componentes aqui a gente Traz essa conversa de uma maneira eh mais aprofundada e em todas as sessões possuem as referências das pessoas que vêm estudando essas temáticas e também aqui no nosso material Um item chamado ampliando repertórios em todas as partes eh do nosso material esse item ele ajuda a que a gente compreenda outras pessoas que
estão pensando sobre isso então tem sugestões de links de vídeos para que a gente possa pensar e aprofundar o conhecimento para cada item desse que tá posto aqui no nosso material a quarta parte é ela vai falar especificamente dos conhecimentos em cada componente curricular Então qual é a nossa chamada Aqui é para que a gente pense que todas as áreas do conhecimento devem trabalhar com a educação antiracista devem trabalhar com os conhecimentos produzidos pela população negra e pela população africana então tem uma breve chamada eh para cada área de ensino destacando quais são as possibilidades
de se trabalhar com as temáticas no seu próprio componente curricular então tem lá falando sobre filosofia africana história afro-brasileira história da África e geografia eh como que as professoras e professores que trabalham nesses componentes curriculares e trabalham com essas temáticas podem fazer a abordagem então tem algumas sugestões e também alguns conceitos na sessão aprofundando conceitos que vai aparecer durante todo o documento eh essa sessão para que a gente possa pensar Quais são os principais conceitos para trabalhar eh em cada área específica E aí eu gostaria de chamar a atenção para um conceito eh em específico
aqui quando a gente tá falando da área de filosofia história mas que a gente vai utilizar esses conceitos em toda a nossa prática para pensar Inclusive a nossa prática e o nosso lugar no mundo que é o conceito de colonialidade né porque eh nós carregamos em nós na nossa prática ainda no nosso modo de se comportar no mundo aquilo que o anibel kirano vai chamar de colonialidade o que que é essa colonialidade né que vai fazer com que a gente tenha um olhar específico para as coisas no mundo essa hierarquização que nós fazemos das culturas
dos conhecimentos ela tem a ver com esse processo de colonialidade que o que ano vai explicar pra gente que é mesmo após o processo de colonização Econômica terminar as relações que foram construídas durante esse processo de colonização elas vão permanecer durante muito tempo na sociedade então esse que ele chama de colonialidade é aquilo que faz com que nós olhemos paraas culturas que não são advindas por exemplo de países europeus como se fossem culturas menores como se fossem saberes a serem desconsiderados Então se no epistemicídio lá que a gente falou da Sueli carneiro e do Bo
Aventura Sousa Santos tá falando de morte morte apagamento de culturas aqui no conceito de colonialidade a gente vai falar de herarquia de culturas então mesmo aquelas culturas que não foram apagadas que não foram destruídas durante o processo de colonização elas vão permanecer Mas elas vão permanecer sobre um olhar que é colonizado um pensamento da da da colonialidade ele vai fazer uma hierarquia né daquelas culturas que são mais ou menos importantes e nós fazemos isso cotidianamente na nossa prática porque nós somos pessoas que passamos por um processo de colonização então ter essa compreensão desse conceito é
importante pra gente atuar nas nossas disciplinas porque às vezes a gente age de uma maneira que é racista sem perceber por conta das escolhas que fazemos E isso não é aleatório né a gente tá falando falando de um processo que é coletivo de uma sociedade então por isso que é tão importante a compreensão desse conceito para que de fato a gente consiga eh praticar educação antiracista nos nossos componentes curriculares e na nossa prática cotidiana então nessa parte quatro vamos apresentando o olhar para as disciplinas para todos os componentes né filosofia Geografia História e é bem
importante que nós possamos pensar também nas disciplinas que ah historicamente não conseguem se reconhecer como participant de um currículo antiracista e aí um desse destaque que a gente pode fazer aqui é pro Ensino de ciências da matemática e das suas tecnologias né nós sabemos que na nossa rede nós temos diversas unidades educacionais que já fazem ao longo dos anos um trabalho bem intenso nessas áreas mas em outras unidades educacionais ainda existe uma certa dificuldade em compreender como ess como essas disciplinas se relacionam com esses conteúdos que estão vinculados a população afro-brasileira e africana Então nesse
item o destaque é para que a gente compreenda que existe uma produção também intensa antiga recuper toda essa ciência produzida no continente africano e também produzida aqui pela população negra brasileira para que a gente possa trazer pra nossa prática cotidiana então chamamos a atenção para que o ensino de ciências matemática e suas Tecnologias também estej eh voltado pra educação antiracista na sequência temos a o item linguagem oralidade né trazendo as contribuições também dos povos africanos na língua que falamos hoje né tem a referência da lélia Gonzales falando do protuguês do como o nosso português falado
no Brasil tem influência das línguas banto africana então pra gente pensar nas na área de linguagem Quais são os conteúdos que podemos trazer né como é que conversamos com nossos estudantes com as nossas estudantes ao longo do processo de escolarização E também o respeito que temos que ter paraas diversas formas de linguagem e compreender como é que se dá eh a construção desses diversos modos de falar esses diversos modos de escrever eh de acordo com as diferentes populações Então tem um item que chama oralidade nesse item pra gente compreender que populações tradicionais africanas Assim como
as populações tradicionais indígenas tem toda uma construção de pensamento que ela é feita por meio da oralidade né então ess a a própria forma de construção do pensamento é uma construção que é feita de maneira oralizada que difere bastante daquela construção que a gente tá acostumado vinda de povos europeus cartesiana com uma lógica diferente totalmente diferente e de populações que estão mais acostumadas com oralidade que faz parte da sua construção é cultural a oralidade isso tá presente o tempo todo nas nossas unidades educacionais então ter essa compreensão né de que nossos e nossas estudantes chegam
de um processo que é na maioria das vezes um processo Cultural de oralidade E aí como que nas disciplinas e nos momentos em que a gente vai trabalhar com as linguagens Qual é o nosso olhar de educador para essa construção é antira ou também fazemos a mesma hierarquização que normalmente é feita então chamamos Atenção para isso aqui nesse item eh paraa compreensão do valor da oralidade né E aí a gente lembra da Conceição Evaristo que traz o seu conceito de escrevivência né a importância da oralidade eh na vida de pessoas negras e como é que
isso vai passar pro papel então nós temos aí uma das maiores escritoras brasileiras que vai explicar isso para a gente então tem o item aqui para que a gente procure também a lei da Maria Martins que vai conversar sobre essa influência das línguas africanas no nosso na nossa língua portuguesa Então esse item é bastante importante pra gente pensar sobre isso bem como a literatura né pensar a literatura produzida por autores e autoras negros e negras eh e também literatura africana mas a a própria produção Nossa brasileira aqui que é feita por autores e autoras negros
e negras tem a parte de musicalidades também e corporalidades para que a gente possa olhar com cuidado para essa hierarquização que muitas vezes fazemos daquilo que é europeu eh como um balé e daquilo que vem das populações negras como uma capoeira como é que a gente hierarquiza isso estamos hierarquizando ou Estamos dando o mesmo valor compreendemos o quanto é importante eh essas corporalidades trazidas por crianças e adolescentes negros para essa escola como é que é o nosso olhar pro gingado do corpo negro né paraa dança a gente tem polêmicas recentes aí sobre as danças que
jogadores negros fazem quando fazem o gol né no futebol essa corporalidade negra ela é compreendida na Essência porque populações negras tradicionais antes do período da escravização falavam com o corpo então nós compreendemos isso compreendemos que passamos por um processo eh de colonização que fez com que a rigidez do corpo seja lida com seriedade e que a Ginga do corpo seja lida como malandragem como é esse processo né então essa parte da corporalidade eh vem nesse sentido da gente compreender porque nossas salas de aulas estão pletas de crianças e adolescentes negros com gingado Qual é nosso
olhar pro gingado dessas crianças e desses adolescentes é também de hierarquização cultural ou a gente compreende que tem muito de racismo nisso né E aí no né no último item né vai falar da educação infantil do Olhar paraa educação infantil trazendo brincadeiras brinquedos interações e aprendizagens na vivência da educação infantil que tem todo a temos que ter toda uma preocupação aqui na educação infantil também para os cuidados que temos com bebês e crianças né o afeto o colo como é esse contato nosso enquanto cuidadores cuidadoras educadores educadoras para esse bebê negro para essa criança negra
e o tratamento com cabelo da menina negra do menino negro Como tem sido feito nas nossas unidades né esse entendimento de um corpo negro sem o olhar eh racista que normalmente ao longo dos anos se tinha né nas nossas unidades educacionais estamos atentas e atentos para isso nessa fase é muito importante toda a materialidade presente na sala de aula e em toda a escola né tudo que tá presente na escola precisa representar o país que nós somos né um país com uma imensa maioria de população negra então estamos tendo esse Cuidado para representar todas as
crianças presentes ali nas materialidades E aí os brinquedos né a gente pode também eh observar que nós na maioria das vezes trazemos hierarquização e colonialidade também na escolha desses brinquedos e a última parte eh em que a gente faz apenas umas algumas considerações e faz o chamamento né de todos os educadores e educadoras para que possamos então seguir na trilha de uma educação antiracista então compreender que já existe um caminho traçado que veio de antes e que nós estamos aqui na continuidade desse processo então o nosso chamamento é vamos vir todos aqui pra trilha da
construção da educação antirracista por meio do estudo e por meio da prática do que tá posto aqui nesse documento a gente tem centenas de pessoas aqui porque todas as pessoas que são citadas aqui eh autores autoras pensadores pensadores eh vocês podem perceber que o destaque aqui é sempre para pessoas negras e paraa produção eh de pensadores negros e negras e africanos né então pra gente compreender que isso daqui foi construído por muitas cabeças e muitas mãos ao longo de muito tempo então que a gente consiga de fato entrar nessa trilha e fazer a construção utilizando
o documento na [Música] prática [Música] [Música] gostaria de convidá-las e convidá-los para uma conversa sobre esse item chamado estado laico e racismo religioso no espaço escolar esse item que aparece no documento ele tem por objetivo que a gente consiga avançar né nessa temática dentro das nossas unidades educacionais para que a gente de fato consiga implementar um currículo e uma prática antiracista e nós sabemos que essa temática Ela traz alguns debates né algumas confusões alguns equívocos então é importante que nós possamos nesse momento eh fazer uma leitura atenta do que tá posto aqui no documento inclusive
acessar também eh todos os tópicos que colocamos aqui como eh sugestão de ampliação de repertório então tem uma página inteira aqui em que a gente traz sugestões de livros sugestões de vídeos e apresentação de estudos que são feitos eh com relação a essa temática eh do racismo religioso na sociedade brasileira como um todo mas especificamente trazendo o nosso olhar e o nosso cuidado paraa Nossa prática escolar Então nesse momento aqui eu faço um convite para que a gente possa ser eh o mais honesto possível e o mais profissional possí a tratar dessa temática no interior
das nossas unidades educacionais né nós sabemos que eh nos últimos tempos tem crescido a violência contra as pessoas eh de matrizes religiões de matrizes africanas e Então essa conversa ela não pode acontecer dentro das nossas unidades educacionais crianças adolescentes adultos sejam eles estudantes ou professores ou educadores educadoras não podem eh sofrer dentro das nossas unidades educacionais racismo religioso por conta do seu pertencimento Esse é um ponto o outro ponto é como a gente olha pro nosso currículo enquanto cultura eh enquanto conhecimento histórico cultural filosófico para essas temáticas que envolvem um jeito de ser e de
fazer eh da as pessoas que vieram do continente africano e que lá possuíam as suas eh formas de expressão de religiosidades E que ao chegar aqui no Brasil por conta da escravização forçada vão construir aqui uma outra forma de organização eh dessa forma de desenvolvimento das suas espiritualidades né isso a gente percebe que ocorre com as diversas etnias do continente africano assim como ocorre com as diversas ET nias que estavam aqui nas Américas né os povos originários os povos indígenas então quando nós olhamos para essas pessoas quando nós olhamos para essas construções que nós chamamos
de religioso mas que a gente poderia falar de espiritualidades e de forma de estar no mundo eh dessas pessoas que são diferentes muitas vezes de nós como é que nós estamos eh olhando também de maneira hierarquizada de maneira colonial de maneira racista quando a gente vai pensar nesse eh nesses conteúdos que são conteúdos também culturais né Nós estamos falando de uma forma de ser de estar no mundo de um grupo de pessoas Então como é que nós estamos olhando para isso estamos muito acostumados né a entrar nas instituições públicas e nos depararmos com um grande
fixo na parede e na maioria das vezes isso é tranquilo isso passa desapercebido pelas pessoas porque isso é uma prática antiga no nosso país de muito tempo e que é considerado como algo cultural por durante muitos anos a enorme maioria da população que tem eh a sua cultura vista como hegemônica eh considerar que essa representação de um crucifixo é algo que já faz parte da cultura brasileira e não é então uma expressão religiosa Porém quando a gente quando nós nos deparamos com símbolos de religiões de matrizes africanas muitas das vezes o olhar não é o
mesmo muitas das vezes eh não é considerado como Algo que faça parte da cultura Então esse é um segundo ponto e um terceiro ponto é as manifestações que as pessoas trazem no seu próprio corpo com relação ao seu pertencimento seja pertencimento de suas espiritualidades das suas religiosidades porque todas nós e todos nós carregamos um corpo nesse corpo nós carregamos diversas formas de expressões daquilo que acreditamos daquilo que somos então é muito comum nós olharmos as pessoas com camisetas com imagens de Santos de santas católicos com crucifixos brincos de crucifixo e colares com crucifixos que representam
a forma daquela pessoa estar no mundo aquilo que ela acredita e que ela tá carregando esses símbolos no seu próprio corpo como uma manifestação a da sua cultura e que tá vinculada a sua religiosidade quando isso ocorre com as pessoas que são das religiões das religiosidades de matriz africana isso não é encarado com a mesma naturalidade então pessoas com fios de conta pessoas com filá com turbantes pessoas que estão com roupas brancas eh características de um processo da sua de manifestação da sua religiosidade muitas das vezes é mal visto é alvo de brincadeiras que hoje
compreendemos que não são brincadeiras né porque existe um conceito que explica isso que é o racismo Recreativo então quando a gente tá rindo das pessoas que estão eh vestidas com trajes com elementos das suas religiosidades que são de Matriz africanas nós estamos praticando então racismo religioso Como é o nosso olhar e o nosso cuidado no interior das unidades educacionais para isso Então veja que eu destaquei aqui três pontos principais né pra gente começar essa conversa sobre racismo religioso que precisa realmente da nossa honestidade intelectual e profissional para ter uma compreensão para agirmos no nosso cotidiano
escolar da melhor forma possível Então nesse item aqui nós falamos da laicidade do estado brasileiro porque nós não vamos ter nas nossas unidades manifestações de religiões sejam elas católicas evangélicas ou de matrizes africanas no sentido de práticas que seriam do templo que seriam do terreiro que seriam dos espaços religiosos mas dentro da Unidade Escolar nós vamos ter manifestações que as pessoas vão carregar no seu próprio corpo e isso já é comum pra gente aceitar Essas manifestações quando estão vinculadas às religiões cristãs então isso também precisa ser naturalizado e respeitado quando tiver relação com religiões de
matrizes africanas Esse é um ponto e outro ponto que eu destaquei aqui e reforço é compreender que isso faz parte da cultura das pessoas que prof peão essas religiosidades matrizes africanas e que muitas das vezes quando a gente vai falar de alguns de algumas nomenclaturas ou mesmo a chamada né para os os orixás se a gente vai falar sobre exu se a gente vai falar de Xangô se a gente vai falar de Oxum eh apenas para citar alguns né desses deuses e deusas que a gente chama de deuses e deusas por conta da nossa própria
colonialidade então a gente sempre faz referência aquilo que é vinculado à religião cristã para que se tenha um entendimento né a própria palavra religião né que a gente utiliza eh paraa compreensão eh dessa construção cultural que é diferente daquela construção europeizada que foram trazidos aqui pelos colonizadores né a se vocês observarem aqui nesse no nosso material nesse documento de educação antirracista tem uma citação importante que é do pastor Henrique Vieira que escreveu um livro chamado amor como revolução em que ele vai destacar isso nessa publicação dele né dessa importância eh de respeitarmos compreendermos eh no
espaço escolar em todos os espaços mas ele vai citar eh especificamente aqui a importância né dos professores eh que rejeitam né implementar ele vai dizer eh é comum os professores tentar implementar a lei 10639 no livro dele ele vai dizer os professores sofrem rejeição por conta eh dos preconceitos Então se formos falar com honestidade e seriedade sobre esse tema nas nossas escolas precisamos considerar todos esses pontos compreendendo aquilo que é representação de do que a pessoa é que ela carrega no seu corpo nos seus símbolos precisamos considerar aquilo que é parte da cultura então se
eu tô trazendo eh lendas de orixás Eu trabalho com lendas de outros povos também então eu não estou fazendo aqui eh uso da mesma maneira que é feita num terreiro ou como é feita em um templo eu estou fazendo a utilização dessas nomenclaturas dessas lendas dessas histórias como prática Cultural de um povo então é é ter essa compreensão dessas dimensões para que a gente consiga avançar nesse processo de implementação de uma educação antiracista e que a nossa sociedade possa então ao longo dos anos eh conviver com as pessoas das diversas religiões das diversas religiosidades eh
sem sofrer violência né então os diversos pertencimentos eles precisam ser respeitados na prática cotidiana no currículo escolar e como cultura que representa um [Música] [Música] povo [Música] sendo assim então importante compreendermos esse documento de educação antirracista eh considerando as relações étnico-raciais no interior da Unidade Escolar considerando as nossas práticas cotidianas e observando os conteúdos que trabalhamos no currículo escolar de todo o componente curricular né de todos os níveis de ensino chamando atenção então paraos nossos estudantes de todo e qualquer é faixa etária para a descolonização dos saberes e dos conhecimentos produzidos por povos africanos eh
durante muitos anos né lá no continente e depois a continuidade da produção desses conhecimentos e saberes aqui já no nosso país no continente europeu essa construção continua né então que nós possamos aprofundar esses conhecimentos que todos e todas estudant antes sejam elas das disciplinas das ciências biológicas da Matemática das linguagens de todas as disciplinas de todos os componentes curriculares eh conheçam e compreendam essa produção feita por povos africanos e por pessoas eh negras aqui eh já nascidas no Brasil e que construíram né Eh a história do país ao longo dos anos dessa maneira então precisamos
por exemplo como tá posto aqui na página 160 do nosso documento que o pai da Medicina considerado pai da Medicina é o egípcio Inep e o que a gente conhece hoje como uma produção toda feita na Grécia tudo que a gente tem como conhecimento se a gente for observar os livros didáticos e os manuais a gente tem referência de nomes e povos gregos apenas Então essa descolonização dessa produção é bastante necessária e urgente para que a gente conheça também os nomes das pessoas africanas que produziram conhecimento milhares de anos antes dos gregos né então a
história do mundo e da humanidade não começa na Grécia a história da humanidade começa no continente africano então obviamente existe muita construção intelectual tecnológica no continente africano Antes desse encontro né então a história da humanidade do mundo da tecnologia os africanos não estavam lá adormecidos dormindo esperando essa chegada dos europeus para começarem a pensar a construir essa produção eh africana pré-colonização é antiga e longa mas muito pouco conhecida por nós então nós temos aqui também na sugestão de leituras e de aprofundamento dos conhecimentos ampliando os repertórios eh Três livros principais da professora Bárbara Carini que
é a professora também eh fundadora da escolinha Maria Felipe em Salvador que é a primeira escola registrada como uma escola eh afro-brasileira aqui no nosso país ela vai falar Eh sobre a descolonização dos saberes e a apresentar a história Preta das coisas Então essa é uma das referências mas existem muitas outras né Tem uma coleção eh produzida por autores e que é organizada pela professora Elisa lark Nascimento que vai falar da matriz africana do mundo e também vai trazer essa produção de conhecimento tecnológico e cultural eh dos povos africanos antes do período da colonização então
é uma extensa produção tecnológica intelectual que muitas das vezes a gente nos conhece e que ficamos Por isso hierarquizando os saberes considerando que só só os europeus produziram conhecimento e que esse conhecimento produzido pelo Europeu é mais importante do que os dos demais povos né então nós gostaríamos muito de chamar atenção Para isso para essa compreensão inclusive para essa produção feita aqui né quando os escravizados eh São trazidos a força para trabalhar aqui no nosso país eles trouxeram esses conhecimentos com eles então quando os colonizadores escolhiam quais eram os povos que eles iam trazer Esses
povos possuíam conhecimentos técnicos eh específicos para trabalhar nas minas para trabalhar nos engenhos e inclusive fizeram a construção de instrumentos né com o conhecimento que eles já tinham anteriormente no continente africano e a gente pode observar eh um pouco disso e uma das formas da gente Observar isso talvez seja visitando o museu afo Brasil por exemplo que tem uma parte específica falando sobre essa eh construção tecnológica dos escravizados aqui eh no continente já então a gente observar Quais eram esses instrumentos Quais eram esses materiais que foram elaborados e também as técnicas que eram utilizadas lá
no continente e que foram utilizadas aqui eh no processo de escravização então tem muita história e conhecimento para ser contada de um outro viés né que não seja o viés apenas do europeu como se toda a história da humanidade tivesse trazida na Grécia Então essa é a proposta também de um currículo e de uma prática eh antiracista nas unidades educacionais é muito importante que ah tenhamos a compreensão de que esse processo de descolonização dos saberes ele precisa ser feito desde sempre né desde os bebês desde a educação infantil eh Quando nós vamos trabalhar com as
crianças esse processo de descolonização dos saberes tem que estar presente nas nossas escolhas né como já falamos anteriormente referente à materialidade presente nas escolas eh para ser feito o trabalho na educação infantil sabemos da importância que essas materialidades têm e parte importante dessas materialidades são os brinquedos então quando nós trabalhamos por exemplo com bonecas eh qual é o olhar que nós temos para Essas bonecas que são trabalhadas nas nossas escolas Elas têm a representação da nossa população quando estamos falando então de bonecas Por exemplo quando nós olhamos para as bonecas pretas Será que nós conseguimos
conseguimos reconhecer beleza nessas bonecas Será que o nosso olhar ele não tá carregado eh dessa colonialidade desses preconceitos eh de racismo mesmo voltado para Essas bonecas Essas bonecas elas são representação de pessoas né Então as pessoas são diversas diversos tipos de cabelo texturas de cabelo formato de nariz formato de boca e Obviamente as bonecas vão ser uma representação daquilo ela não vai ser exatamente o rosto de uma pessoa ah como ela é especialmente as bonecas que são feitas de tecido de pano mas às vezes eh nós temos um olhar que é diferenciado quando Essas bonecas
de pano são brancas ou quando são bonecas pretas eh durante muito tempo Essas bonecas pretas estiveram vinculadas também ao preconceito do racismo religioso a esse olhar preconceituoso que pode est carregado de racismo né então quando a gente pensa naquilo que utilizamos na nossa escola e a gente vai trazer a diversidade nós conseguimos eh olhar para essa diversidade de uma maneira generosa de uma maneira antirracista como tem sido o nosso olhar para esses brinquedos para Essas bonecas temos em mãos então aqui a o documento orientações pedagógicas educação antirracista povos afro-brasileiros eh o convite eh a leitura
e o estudo desse material que é uma produção coletiva feita com educadores e educadoras da rede e que esse documento vocês receberam impresso n unidades escolares mas que também está disponível no site da secretaria eh Municipal de Educação para que vocês possam baixar o pdf fazer a leitura atenta observar todas as sugestões de materiais que estão postas lá em links que vocês possam assistir os vídeos que são sugestões de vídeos que estão disponíveis eh nas plataformas digitais eh artigos que também estão disponíveis então tem a uma grande quantidade aqui de sugestões de materiais de estudo
e de uso compreendendo esse material como um instrumento um instrumento ele precisa para funcionar de ação né então nós precisamos utilizar esse documento para de fato colocar em prática nas nossas unidades escolares a educação antirracista promover relações étnico-raciais que sejam relações respeitosas de todas as pessoas e de todos os a os estudantes que estão nas nossas unidades escolares Então esse é o convite que eu faço a vocês de estudo desse material e de colocá-lo em [Música] [Música] prática [Música]