ao longo da maior parte da nossa existência o movimento era uma questão de sobrevivência caçar coletar alimentos atravessar longas distâncias o exercício físico fazia parte da nossa rotina Mesmo em tempos não tão distantes grande parte dos trabalhos exigia esforço físico constante o sedentarismo por outro lado é um luxo moderno mas nossos corpos não foram feitos para essa inatividade a ciência de já comprovou os inúmeros benefícios da atividade física especialmente para os músculos e o sistema cardiovascular Mas e o impacto no cérebro Esse é um universo ainda mais fascinante antes de mergulharmos no tema é importante
destacar que muitos dos efeitos do exercício sobre o cérebro ainda não são completamente compreendidos grande parte do nosso conhecimento vem de estudos realizados em modelos animais que fornecem em pistas valiosas mas nem sempre refletem exatamente o que ocorre em seres humanos mesmo nas pesquisas com humanos há inúmeras variáveis envolvidas como o tipo de exercício sua intensidade os métodos de coleta de dados duração e a faixa etária dos participantes para compreender os efeitos do exercício no cérebro é essencial revisitar a distinção básica entre os dois principais tipos de de atividade física os exercícios aeróbicos e os
resistidos os exercícios aeróbicos são caracterizados por movimentos contínuos e sustentados ao longo do tempo utilizando predominantemente a via Aeróbica para produção de energia corrida ciclismo e natação são exemplos clássicos já os exercícios resistidos como a musculação envolvem movimentos de alta intensidade e curta duração embora diferentes em suas características é importante destacar que muitos esportes combinam ambos os tipos de exercício e o mais relevante as evidências mostram que ambos oferecem benefícios significativos para o cérebro dado o vasto volume de estudos publicados sobre o tema priorizamos como Fontes principais artigos de revisão e metanálises que sintetizam e
analisam os resultados de múltiplas pesquisas para os interessados os links dos estudos mais relevantes estão disponíveis na descrição agora Vamos explorar os efeitos macroscópicos que o exercício pode provocar no cérebro prepare-se para entender como o movimento transforma essa máquina incrível que nos define conforme envelhecemos o volume cerebral naturalmente começa a diminuir essa redução é atribuída em parte a perda de neurônios e a diminuição do volume celular no entanto o exercício físico surge como um poderoso mecanismo de proteção contra esse declínio pesquisas observacionais apontam para a preservação do volume cerebral e até mesmo para o aumento
de algumas regiões específicas um exemplo notável é o hipocampo uma estrutura essencial para a memória que apresenta maior volume em indivíduos fisicamente ativos Além disso há evidências que indicam a preservação do córtex cerebral a camada externa Onde estão localizados os corpos neurônios estudos de intervenção reforçam esses achados mostrando que a prática regular de exercício não apenas previne a atrofia cerebral mas também promove o aumento do volume em áreas cruciais do cérebro a sub branca do cérebro é responsável pela conexão entre diferentes regiões permitindo a comunicação eficiente entre os neurônios estudos indicam que o exercício físico
não apenas preserva essa estrutura mas também estimula seu crescimento potencialmente melhorando A conectividade cerebral se o exercício é capaz de modificar fisicamente o cérebro faz sentido que também influi seu desempenho e de fato pesquisas demonstram que a prática regular de atividade física impacta positivamente diversas funções vamos ver quais são a cognição é uma das funções mais beneficiadas pelo exercício estuda em diferentes populações mostram melhorias no aprendizado nas habilidades executivas e até no raciocínio matemático e o mais interessante tanto exercícios aeróbicos quanto resist trazem esses benefícios uma metanálise comparando indivíduos que passaram por treinamento cognitivo isolado
com aqueles que combinaram treinamento cognitivo e atividade física revelou que o segundo grupo teve um desempenho superior Além disso os resultados indicaram que atividades aeróbicas favorecem mais a atenção enquanto exercícios não aeróbicos apresentam o melhor impacto na cognição e no Equilíbrio mas os benefícios Não Param por aí o exercício também aprimora as chamadas soft Skills ou seja as habilidades interpessoais e a forma como lidamos com os outros em testes de tomada de decisão uma metanálise revelou que atletas ativam menos áreas corticais do que não atletas sugerindo que a prática esportiva otimiza eficiência neural em outras
palavras o cérebro dos atletas exige menos menos esforço para executar a mesma tarefa tornando-os mais rápidos e eficazes nas respostas cognitivas mas como explicar as mudanças estruturais e funcionais do cérebro induzidas pelo exercício para entender isso precisamos analisar as adaptações fisiológicas que ocorrem no sistema nervoso diante da atividade física um dos mecanismos fundamentais é a melhora do fluxo sanguíneo cerebral impulsionada tanto pela saúde vascular quanto pela eficiência cardíaca estudos comparando indivíduos sedentários e fisicamente ativos mostram que o exercício aumenta a perfusão cerebral garantindo melhor suprimento de oxigênio e nutrientes para os neurônios nesse aspecto os
exercícios aeróbicos parecem ser mais eficazes reduzindo significativamente o risco de acidentes vasculares encefálicos o exercício potencializa o processo de angiogênese Ou seja a formação de novos pequenos vasos que repercute na melhor irrigação cerebral além disso a atividade física otimiza a conectividade neuronal ao fortalecer a atividade sináptica evidências de experimentos em animais e estudos com técnicas não invasivas em humanos indicam que o exercício estimula a formação de novas conexões entre os neurônios tornando-se um potente agente sinaptogênese a produção de substâncias como dopamina serotonina e noradrenalina que impactam diretamente a cognição o humor e a motivação além
de potencializar a conectividade e a sinalização neuronal o exercício físico também induz a neurog gese especialmente no hipocampo estrutura essencial para a memória e o aprendizado esse efeito neuroprotetor é ainda reforçado pela ação antioxidante do exercício reduzindo o estresse oxidativo que prejudica as células cerebrais estudos demonstram que tanto os exercícios aeróbicos quanto os resistidos desempenha um papel importante nesse equilíbrio oxidativo por fim a atividade física atua como um poderoso modulador do sistema imunológico reduzindo processos inflamatórios que estão diretamente ligados a neurodegeneração indivíduos fisicamente ativos apresentam menores níveis de marcadores inflamatórios como il6 proteína C reativa
e fator de necrose tumoral alfa o que contribui para a proteção do cérebro contra o envelhecimento e doenças neurodegenerativas mas se formos mais específicos mudanças fisiológicas dependem de alterações ao nível molecular e algumas moléculas são bem conhecidas sendo a principal delas o fator neurotrófico derivado do cérebro mais conhecido por sua forma abreviada bdnf muito do que é conhecido do bdnf vem de estudos com modelos animais mas estudos em humanos também vem se acumulando o bdnf inibe a degeneração neuronal bem como induz a neurog GES e formação de sinapses o bdnf é produzido no cérebro mas
não exclusivamente nele sendo encontrado também na retina rins próstata e até mesmo na saliva sabe-se também que os níveis de bdnf diminuem com envelhecimento Mas qual o impacto do exercício nesta molécula tanto estudos em animais como em humanos já observaram o aumento dos níveis de bdnf em resposta ao exercício embora não se saiba bem como esse processo ocorre como o bdnf preserva neurônios e sinapses isso pelo menos em parte explica a preservação e até mesmo o ganho de volume cerebral frente ao exercício isso ajuda a explicar o motivo pelo qual os exercícios diminuem o risco
para as demências incluindo o Alzheimer sua principal forma no entanto só o aumento do bdnf certamente não é a ún única resposta para todos os benefícios do exercício para o cérebro e o Alzheimer não é a única condição que possui o risco diminuído ou mesmo já sendo observado para o parkson e os transtornos depressivos esse esquema resume e relaciona as diversas variáveis influenciadas pelo bdnf veja que é um sistema integrado que se influenciam mutuamente dê uma pausa no vídeo se quiser compreender melhor nos últimos anos um grupo de moléculas tem ganhado cada vez mais atenção
as miocinas elas são citocinas liberadas pelos músculos durante a contração atuando como verdadeiros mensageiros que con o sistema muscul a diversos ógãos do corpo entre elas a que se mais destaca é a Irina descoberta em2 a Irina exerce efeitos amplos influenciando positivamente o metabolismo lipídico a saúde óssea e a função hepática durante a atividade física seja aeróbica ou resistida seus níveis aumentam na circulação sanguínea e ela tem a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica chegando ao cérebro lá ativa o bdnf fator neurotrófico derivado do cérebro estimulando genes neuroprotetores e desencadeando uma série de benefícios como
a melhora da plasticidade sin o aumento da diferenciação neuronal e a redução da inflamação neste esquema podemos visualizar como a irisina é liberada pelos músculos durante o exercício entra na corrente sanguínea atravessa a barreira encefálica e exerce seus efeitos no cérebro no entanto é importante destacar que boa parte do que se sabe sobre essa molécula vem de Estudos em modelos animais e muitos de seus mecanismos ainda não são completamente compreendidos já mencionamos que o exercício físico reduz o risco de Alzheimer Mas como isso acontece o Alzheimer é marcado pelo acúmulo de placas de Beta amiloide
e pela alteração da proteína tal que comprometem a função neuronal estudos mostram que a prática regular de exercício não apenas reduz a formação desses agregados mas também acelera sua eliminação agindo diretamente nos processos que levam a degeneração ou seja além de fortalecer o corpo o exercício protege o cérebro contra a principal causa de demência muitos podem estar imaginando que para obter os benefícios do exercício é necessário programas complexos e academias embora elas sejam ideais principalmente para quem busca maior intensidade estudos demonstram que ser mais ativo em sua vida diária já conta muito estudos utilizando aceler
Ô metros que medem a atividade geral mostram que indivíduos mais ativos possuem maior volume cerebral e espessura do córtex estudos em que o número de Passos dados por dia são contados mostram que indivíduos que andam pouco tem maior risco de morte por qualquer causa e de demências e o mesmo é encontrado quando se testa a força de preensão Palmar com o dinamômetro aqueles indivíduos com menos força estão em maior risco de mortalidade geral e declínio cognitivo assim os exercícios não são um remédio apenas para os seus músculos e coração são um remédio para o seu
cérebro ajudando a preservar suas capacidades cognitivas e prevenir o declínio cognitivo Obrigado por assistir o vídeo e até a próxima