E aí [Música] Olá sejam bem-vindos ao nerdologia meu nome é Mila Laranjeira eu sou cientista da Computação professora de vingadora de ciência no canal peixe-babel e enterra de redes sociais quem tem privacidade é rei Hoje a gente vai ver como uma mudança dos termos e condições do WhatsApp revelam muito sobre a indústria da tecnologia era 2018 uma era distante pré pandemia onde a maior preocupação do brasileiro era saber se o Mark Zuckerberg mais conhecido como o cara do Facebook tinha sido substituído por uma máquina incapaz de expressar emoções nessa mesma época uma outra coisa eu
tava acontecendo o escândalo da empresa quebra de analítica uma empresa de consultoria política que na tentativa de usar máquina das redes sociais para influenciar o comportamento de leitores afirmava ter um algoritmo capaz de mapear o perfil psicológico de usuários do Facebook a ideia vendida pela quebra de analítica era a partir de D o perfil como sua localização idade religião junto com dados de uso da rede social como postes like sou compartilhamentos tentar prever o seu perfil psicológico e político Será que você é uma pessoa neurótica que entra em pânico facilmente que aceitaria votar no candidato
apoiado pela quebra de analítica Se você visse no Facebook que o outro candidato tem um plano maligno de dominação ou talvez você seja um pessimista insatisfeito com a situação do seu país nesse caso ele se mostraria um candidato deles como a oportunidade de mudança se parece algo tirado da ficção científica é porque é a série de livros fundação de Isaac asimov e já ganhou uma adaptação de rádio e esse ano tem a tão esperada a série de TV nos conta sobre a psico-história uma ciência fictícia que mistura estatística com sociologia e permite prever numericamente um
grande precisão o comportamento de grandes populações uma série Originalmente escrita na década de 1940 em 2018 a campanha de marketing da quebra de analítica como Santo Graal de candidaturas políticas para tentar alcançar seus objetivos eles precisavam de dados muitos dados e ao contrário do que a gente gostaria foi muito fácil conseguir não precisou hackear ninguém foi só pedir através de um teste de personalidade do Facebook centenas de milhares de pessoas nos Estados Unidos concordaram em ceder não só os dados do seu próprio perfil como também os dados de toda a sua rede de Amigos pasmem
até 2015 qualquer pessoa com habilidade para desenvolver uma aplicação de internet poderia pedir autorização para você e pegar dados de toda a sua rede de amigos sem o consentimento direto dele Olá tudo com aval do Facebook graças a essa brecha gigante de privacidade de dados junto com usuários que não leem os termos e condições a quebra de analítica reúne informações de mais de 80 milhões de pessoas nos Estados Unidos depois de dois meses de intensa cobertura da mídia as investigações que aconteciam nos Estados Unidos e no Reino Unido a Cambridge analytica declarou falência já o
Facebook e pagou uma multa de 500 mil libras por sua negligência ao permitir Com tamanha facilidade o acesso a dados sensíveis de seus usuários e agora eu quero que você se pergunte você gostaria que a quebra de analítica tivesse sucesso no seu objetivo que eles realmente fossem capazes de prever o seu comportamento a ponto de influenciá-lo e mais do que isso você daria seus dados com esse propósito Pois é esse é o objetivo que move a indústria de tecnologia há décadas e inclusive e principalmente o próprio Facebook no livro The End of Legends capitalismo a
Xuxa zuboff nos conta como as gigantes da tecnologia se tornaram bilionários usando nossos dados como commodity nosso comportamento na internet é o produto é essencial que alimenta a ferramenta de marketing mais lucrativa da história e segundo a shoshanna assim como Terra trabalho ou dinheiro são sujeitos à legislação para defender a sociedade dos excessos do capitalismo assim também deveria ser com o chamado capitalismo de vigilância que negocia os nossos dados em nenhum impedimento legal bom Quase nenhum a Europa possui a legislação mais robusta da atualidade para proteção de dados a gdpr baseada nela em setembro do
ano passado o fatídico 2020 o Brasil colocou em vigor em geral de proteção de dados lgpd fazendo com que empresas brasileiras e estrangeiras que atuam no Brasil tivessem que rever os documentos mais ignoradas da sociedade moderna os termos e condições foi nesse movimento de mudança que o WhatsApp uma das empresas do Facebook atualizou sua política de privacidade esclarecendo informações que assustaram muitas pessoas o novo texto deixa explícito que a plataforma não só coleta uma série de dados como sua foto de perfil atualizações de status contatos entre muitos outros como também compartilha esses dados com o
Facebook mesmo que você não tenha perfil na rede Vale lembrar que as mensagens do aplicativo usam a criptografia ponta-a-ponta Ou seja quando você envia uma mensagem ela é criptografada enviada para o celular seu contato e só então descriptografada em as palavras nem o próprio WhatsApp consegue ler suas mensagens esse compartilhamento entre empresas da família Facebook acontece há muitos anos mas agora a gente consegue saber de forma mais clara quais dados e com quais propósitos pode agradecer lgpd por isso o que não significa que essa mudança do WhatsApp foi de todo positiva a transparência por si
só não é suficiente para que os termos e condições estejam dentro da Lei apesar da questão ainda está sobre de baixo entre os juristas a lgpd considera que o uso de dados sensíveis com o objetivo de obter vantagem econômica está sujeito à regulamentação basta que a recém-criada autoridade Nacional de Proteção de dados criar um regulamento julgando a prática indevida Além disso tanto lgpd como o marco civil da internet consideram a nossa relação com redes sociais como uma relação de consumo dando espaço para o que a defesa do consumidor também entrar na jogada nesse sentido te
obrigar a aceitar os novos termos em sua forma original e sem nenhum controle sobre quais dados vão ser compartilhados E como eles podem ser utilizados está sendo atualmente questionado pelo Procon de alguns advogados já se manifestaram publicamente considerando a prática abusiva o PROCON questiona principalmente a diferença entre os termos de uso brasileiros em relação à União Europeia e ao Reino Unido países onde a privacidade de dados dos cidadãos segue resguardada vale o lembrete que não é só para o Facebook que a gente precisa se preocupar a monetização sobre dados de usuário está no DNA da
gigantes da tecnologia como bem colocou a britânica Kaiser uma das principais informantes no caso da quebra de analítica e que estreou no documentário privacidade hackeada nossa relação com as redes sociais é como um bumerangue o cuidado vai é analisado e volta na forma de uma mensagem direcionada para influenciar o seu comportamento seja para nos recomendar o que ler assistir ou comprar as bigtec respiram a cultura de influência esse metodologia teve a consultoria do táxi denker Servidor Público especialista em Direito Administrativo e divulgador científico do direito no YouTube não se esqueçam de curtir esse vídeo e
compartilhar no Zap da família assine nosso canal para conhecer mais sobre os impactos das redes sociais e até a próxima tchau E aí [Música]