salve salve pessoal sejam todos muito bem-vindos a mais um episódio do eslen podcast Obrigado pela sua audiência hoje eu tenho aqui na mesa um convidado pra gente falar sobre psicologia psicoterapia o Zé Siqueira é psicólogo clínico e mestre em psicobiologia pela Unifesp e também é um dos psicólogos parceiros da Clínica bhealth e que é a nossa clínica de atendimento psicoterapêutico online inclusive se você eventualmente precisar O link tá aqui na descrição do vídeo Zé Obrigado cara obrigado por você vir aqui obrigado por você disponibilizar o seu tempo e Obrigado também por você desde o início
já te agradeci Em outro momento mas vou fazer publicamente desde o início aceitar eh colaborar conosco na clínica beh Health colaborar conosco no viver de Psicologia que é um curso que a gente dá para psicólogos onde você dá suas aulas lá também no no viver de Psicologia presencial então Obrigado desde tá aqui até por aceitar essas nossas empreitadas nos outros lugares além do podcast o que eu agradeço eslin é um prazer enorme tá aqui e Agradeço também por tudo que foi acontecendo nesses últimos meses assim eu eu lembro que quando eu comecei a entender o
que que você tava propondo com a Health com viver de Psicologia Falei pô que interessante isso quero me aproximar desses caras né conheci o João na ufsk também e falei pô acho que esse é um caminho para eu tava me mudando para Florianópolis falei ah eu acho que esses caras eu quero estar perto deles e aí legal e eu tá aqui no podcast tem a ver com isso sabe e É uma honra poder participar desse projeto como um todo legal legal obrigado Zé vu Zé psicobiologia Unifesp que que você estudou no mestrado cara é curioso
esse nome né psicobiologia não eu também sou eu também sou é o mestrado em neurociências aqui na ufsk que eu fiz é na subárea porque tem as áreas que são mais moleculares e neuroquímicas de célula e a minha era na psicobiologia então também sou mestre em psicobiologia só que em neurociências ol somos colegas então é exatamente cara desde que eu me formei eu tava interessado em entender relação corpo aspectos psicológicos emoções fisiologia eu queria entender um pouco disso que acontecia E aí comecei a trabalhar com dor também né com pacientes com dores crônicas e descobri
que tinha esse departamento de psicobiologia lá no Unifesp tem um professor que é um um psicólogo que dava aula ele até aposentou agora mas ele dava aula durante muito tempo na psicobiologia eu fui me aproximando dele Professor Dr José Roberto Leite ele me ajudou muito nesse começo de carreira assim e aí fiz especialização em medicina comportamental com ele lá na Unifesp a gente já emendou com o mestrado nisso eu já dava aula sobre aspectos psicológicos em dores crônicas lá no einste fazer um grupo E aí a gente rodou um ensaio com esse grupo e tal
foi um processo quase natural assim não foi muito pensado não o seu mestrado foi o parte desse ensaio Clínico ou foi uma revisão foi o ensaio Clínico ver ah foi o ensaio você era um dos cabeça doens é basicamente o que a gente pegou era um grupo de psico é ainda existe até hoje esse grupo eu comecei com ele em 2016 E aí o que o o ponto é o seguinte ó a gente pega pessoas com dores crônicas e traz para um grupo e trabalha com eles questões relacionadas à Mudança de Comportamento aumento de qualidade
de vida durante oit semanas a gente faz isso é baseado num protocolo de act que é um assunto que a gente pode conversar mais daqu vamos entrar depois e o que eu faço é pegar os alunos da pós-graduação em dor do Einstein que são Profissionais de Saúde de profissões Diferentes né então tem médico enfermeiro fisioterapeuta eh educador físico psicólogos e eu treino esses profissionais para eles oferecerem esse programa pros pacientes Ah que legal basicamente eu sou um treinador de act para esses profissionais E aí eles colocam em prática o que a gente vai discutindo no
treinamento mas no seu mestrado era isso era isso era no na época do meu mestrado era era menos em relação aos alunos que estavam ali peguei ex alunos e aí a gente fez com os pacientes Entendi então desde 2016 é com pacientes a gente tem grupos de 10 a 15 pessoas cada grupo Uhum E a gente fica oito semanas depois renova vem mais pessoas legal Aliás se você você que tá ouvindo aqui quiser entender mais sobre dor e aspectos fisiológicos da dor e até neurobiológicos da dor tem um episódio com o Thiago Eh que ele
destrinchou todas as vias de dor o que é dor o que é dor crônica Como caracteriza enfim todos os problemas e qualidade de vida nesse Episódio aqui eh a gente vai tentar um dos braços que eu quero levantar aqui eh inicialmente é uma terapia que é um pouco mais recente na história das psicoterapias que a gente chama de psicoterapia de aceitação e compromisso ou terapia de aceitação e compromisso na sigla act Então quando vocês ouvirem a act aqui para quem não é da da Psicologia entenda que é um nome de uma psicoterapia específica que tem
bastante evidência para tratar dor crônica Embora esteja saindo várias evidências para outras coisas também Eh cara como é que uma psicoterapia pode ajudar um paciente com dor bom ponto né e o que que é a acte né é essas duas perguntas elas vão se relacionar bastante mesmo porque eu comecei na psicologia a partir da TCC mais clássica terapia cognitiva comportamental e e tem muito muita consistência já na literatura a respeito da evidência de TCC clássica para dor crônica então isso já era meio estabelecido tem metanálise da cin e tal dava pra gente apostar que a
gente faz alguma diferença mesmo para esses pacientes com dores crônicas mas eu comecei a ver ali 2014 2013 e alguns artigos interessantes apontando trabalhos de act para dor começou a me chamar atenção e eu acho que postura de psicólogo que trabalha com prática baseada evidência tem que ser meio isso né começa a aparecer estudo fica atento assim vê o que que tá acontecendo né foi a minha a minha postura calhou deu fazer um um estágio na universidade de Washington mais ou menos nessa época e começou a surgir a act perador crônica ou não começou a
surgir começou a surgir para mim né eu comecei a descobrir E aí eslen como eu já ia fazer estágio eram umas duas semanas na universidade Washington Então eu queria ficar um pouquinho mais por ali né e comecei a investigar que que tinha de workshop de curso perto de Seattle e tinha um workshop de act para dor crônica em Portland que é do lado de Seattle eu falei ah acho que ali tem um algo para eu aprender foi com Kevin vus que é um psicólogo que pesquisa muito publica muito sobre act dor E aí eu fui
fazer esse workshop aí as peças foram se conectando para mim Respondendo a sua pergunta então primeiro que que a psicologia pode ajudar no paciente com dor crônica bom para quem já teve aula com o Thiago por exemplo sabe que dor é algo complexo e multidimensional a gente costuma associar dor só com algo que a gente sente no corpo mas envolve algo muito mais complexo do que isso envolve as nossas memórias a nossa previsão do que que vai acontecer quando a gente lesiona por exemplo envolve um planejamento a respeito do que a gente faz como é
que a gente vai agir e tudo isso acontece no cérebro em fração de segundos assim que é basicamente seu cérebro tentando identificar Qual o grau de perigo do que tá acontecendo no seu corpo naquele momento ou seja de Base a gente já sabe que fatores psicológicos vão influenciar nesse cálculo Uhum que o cérebro tá fazendo a TCC busca fazer essa influência muito a partir dos pensamentos das crenças então por exemplo é comum a gente aprender que quando a gente tem dor a gente precisa parar o que a gente tá fazendo precisa repousar precisa tomar remédio
e aí se a gente tá com dor Então não é pra gente tá ativo até em questão de Esquiva comportamental né total e essa esquiva Tem uma função importante porque se a gente tá lesionado é importante a gente cuidar para melhorar isso funciona razoavelmente bem na dor aguda mas na dor crônica isso isso começa atrapalhar porque se você tá com uma dor de cabeça e aí você vai dar uma deitada e no dia seguinte você tá bem tá tudo certo é uma esquiva é mas funcionou Uhum agora imagina uma pessoa que tem 15 anos de
dor e tudo que ela faz é deitar tomar remédio vai em 36 médicos nenhum dá resposta para ela já fez três cirurgias piorou depois da cirurgia são casos que eu atendo assim são casos de muito tempo tentando tratar uma dor que não tá indo embora a TCC busca então atuar nessas crenças at TCC é muito mais do que isso mas para resumir o foco principal da TCC mais clássica é atuar nessas crenças eu diria que o que destoa talvez é não é nem Talvez o foco principal dela mas no contexto das psicoterapias Talvez o que
o que mais diferencia ela das demais é a o foco nas crenças né boa é para simplificar bem é isso né a act veio com uma proposta diferente e foi isso que me chamou atenção nos primeiros artigos que eu lia porque o foco da ACT Não Era exatamente em mudar a maneira como a pessoa tava pensando a respeito da dor mas era muito mais de entender o que a pessoa vale o que a pessoa valorizava mais na vida o que que deixava a vida dela mais significativa e começar a trabalhar no sentido dela se aproximar
desses valores mesmo enquanto está com a dor e aí Isso foi um um baita achado para mim assim porque quando eu comecei a trabalhar com dor às vezes eu aprendia um sei lá respiração diafragmática e aí eu achava que aquilo ia diminuir dor e com pacientes que estavam com dor muito intensa durante muito tempo na verdade isso piorava quando eu tentava fazer com o paciente olha vamos fazer agora respira vamos ficar aqui e tal Porque o paciente ficava ansioso e quando ele percebia que porque ele ficava assim a dor vai a dor vai diminuir a
dor vai diminuir dor jogava atenção para aquilo né jogava a expectativa vai lá em cima exato E aí qual o problema dor e atenção estão diretamente conectados né tanto é que quando a gente tá com a atenção voltada para outra coisa parece que a dor nem tá ali né então é isso se você você tá fazendo uma respiração diafragmática que seja com a atenção na dor às vezes a dor vem pior e aumenta a ansiedade e a gente vê um loop né aliás provavelmente a gente ainda vai falar muito sobre esses Loops né Essas ciclos
de retroalimentação que acontecem com processos psicológicos Esse é muito clássico da dor parece que quanto mais eu tento lutar contra a dor que eu tô sentindo nesse momento mais dor eu vou sentindo a procura trazer um outro caminho em relação a isso e foi assim que eu fui me aproximando da ACT e fui descobrindo que act vai muito além de ser simplesmente um tratamento para dor crônica né a gente pode usar para muitos outros diagnósticos e quando a gente pensa em prática baseada em processos aí a gente já tá olhando não mais para diagnósticos né
mas para como o sujeito funciona como um todo é um modelo bem interessante a gente vai mais pro final e para essa parte eu faço questão da gente tratar ela um pouco aqui eh ainda dentro da ACT Zé quando a gente escuta quando a gente digo e tô aqui me colocando na posição de um leigo que tá nos ouvindo escuta terapia de aceitação e compromisso muitas vezes a pessoa entende como uma conivência ou uma passividade Ah então é só eu aceitar que tem dor como é que esse cara tá me falando que eu devo aceitar
a minha dor sendo que me incomoda talvez até você já tem tenho ouvido esse tipo de de questionamento e eu tô me colocando aqui na na no no na pele do ouvinte O que que significa aceitação e compromisso dentro desse desse protocolo interventivo Qual que é a a epidemiologia a epistemologia por trás disso boa você sabe que é muito comum de ouvir isso e por isso eu nem falo essa palavra pro paciente principalmente com dor crônica Eu não falo para nenhum paciente a aceitação aceitação é uma palavra que eu não costumo usar eu acho que
é meio ruim também né cara o nome é ruim não por causa da palavra em si mas por como ela é entendida é é porque existem vários significados possíveis para aceitação essa aceitação que tá no nome da terapia o Steven Reis que é quem que propôs a act né Ele diz que é como se fosse que é um desses significados que é o ato de você rece receber um presente que te é que é ofertado para você ativamente é uma escolha de receber aquilo e aí eu não tô querendo dizer que é escolher aceitar receber
a dor mas é escolher receber o que a vida tá proporcionando pra gente nesse momento então geralmente em livros de act quando vai falar quando vamos falar sobre aceitação começa falando sobre o que não é aceitar e aí nesse sentido é ruim o nome esl porque tipo Se a gente pudesse voltar atrás no tempo chegar pro Steven Reis ó vou interpretar errado isso daí cara exato falar esse nome vai dar ruim né talvez a gente poderia falar isso para ele né porque tem muito mal entendido nessa palavra e tem aqui no Brasil ainda tem aquela
frase Aceita que dói menos né que é o oposto da quando a gente aceita dói não é não é aceitar para doer menos então tem muitos Mal entendidos a respeito dessa palavra mas eu eu eu disse para você né Eu não falo essa palavra pros meus pacientes o compromisso também não falo a palavra compromisso Então as duas palavras do nome da terapia Eu nem uso na prática Clínica Eu não falo pro aente Vamos fazer um exercício de aceitação mas como eu já entendo o que que tá querendo dizer essa palavra aceitação o que eu trabalho
com o paciente é que que tá acontecendo agora o que que você consegue mudar o que que não dá para mudar aceitação tem a ver com você lidar com o que você não vai conseguir mudar o seu passado é um bom exemplo disso o passado não muda o passado você não vai conseguir mudar você vai receber o que a vida te deu você você vai ficar lutando contra uma coisa que você não tem a menor possibilidade de lutar contra então tem dois pontos importantes sobre aceitação primeiro não é se resignar e achar que não tem
o que fazer no momento em que você você para de lutar contra o que você não vai mudar abre um universo de possibilidades a respeito do que você realmente pode fazer para mudar coisas que podem ser mudadas né Uhum segundo ponto é que você não precisa aceitar tudo tem coisa que não é para aceitar nem na forma de resignação e nem na outra assim Tem coisa que a gente fala não concorda eu não quero que esteja assim eu quero que mude isso então é curioso que a aceitação muitas vezes é considerado um posto da mudança
né e não necessariamente você pode aceitar e mudar ao mesmo tempo aceitar como você tá agora e mudar daqui paraa frente então tem essa postura muito ativa nisso e você falou no começo que ela é Ela é recente ela é relativamente recente Mas você sabe qual foi o primeiro workshop de act foi em 82 Olha só cara tem 40 anos olha só que que o ST re fez mas era esse nome mesmo sabe qual era o primeiro nome era comprehensive distancing distanciamento abrangente esse nome vem de uma prática do Aron Beck aham o que mostra
ainda mais a genialidade do Beck né o be inura é terapia cognitiva e praticamente Funda o elemento central da ACT que que é comprehensive existance sem você observar o pensamento é como se fosse um primeiro passo paraa terapia cognitiva se você quer mudar o seu pensamento o primeiro passo é você distanciamento abrangente nesse sentido que você olha pro seu pensamento você não tá mais misturado e essa é a base da ACT Então ele deu esse primeiro workshop em 82 começou a treinar pessoas aliás parece que o beck participou da do planejamento de algums desses ensaios
E aí de 82 para 99 o primeiro livro de act é em 1999 são 17 anos ele treinando que que o cara fez ao invés dele sair publicando já e e já treinando no sentido mais estrito de oferecer curso certificado e tal esse nunca foi o interesse do re interesse dele era tentar entender o que tava acontecendo Então ele dava workshop treinava fazia ensaio Clínico tentava entender que que acontece quando eu treino esses psicólogos outra coisa que ele fez foi estudar muito Filosofia de ciência e propondo uma abordagem nova para estudar pensamento a partir da
análise do comportamento a formação dele era análise de comportamento era um cara um comportamentalista né É E aí ele também tá ali maturando a nesse momento entre 82 e 99 tá maturando o que ia ser a rft né teoria das molduras relacionais que é essa abordagem sobre o pensamento que parte de princípio ccia básica mesmo comportamental reforçamento e como é que a gente consegue entender como as pessoas aprendem a falar e como a linguagem influencia um comportamento humano a partir dos princípios básicos da análise do comportamento isso tudo por volta de 9 uns quebrado é
de 82 até 99 é esse período em que ele vai amadurecer tudo isso em 99 publica o primeiro livro de act olha só mas por que que você teve contato e eu também só por volta de 2014 demorou para vir pro Brasil é isso talvez a gente não bebia de fontes lá de fora ou os ensaios clínicos começaram a acontecer por volta de dessa época 2010 2011 E aí permitiu com que as pessoas falassem mais talvez acho que tem vários motivos viu Wesley nunca tinha pensado sobre essa pergun porque eu também só fiquei sabendo em
2015 2016 Mas ó sabe que sabe sabe o que você me fez pensar esse animal que nós somos a gente é meio avesso à novidade por base né Então vem alguém propondo alguma coisa qual é a frase que eu mais ouço quando eu tô explicando act ou prática baseada em processo para alguém que já tem uma formação de base ah não mas isso aí é guest out ah não mas isso é análise do comportamento pura não isso é cognitivismo né Então a primeira reação que a gente tem é nada de novo e não é mentira
é verdade não ex uma sobreposição enorme né ex e no começo do livro de 99 de os autores são três autores né o sten re principal Mas eles falam assim a gente não está propondo nenhuma técnica nova não é isso que a gente tá propondo a gente tá propondo uma maneira de organizar isso que já vem sim e eles citam vem da gest vem da análise do comportamento vem da terapia cognitiva a gente não tá inventando a roda mas quando quando chega e E aí tem um pouco do Steven reyes que ele começa a falar
de um jeito como vou revolucionar a psicologia ele tira sarro dele mesmo que ele faz isso aí a primeira postura de quem já né imagina você estuda 30 anos uma abordagem chega um cara com uma abordagem no e fala que vai revolucionar fala pera aí não vou abrir mão da minha para ler a sua né Você precisa me provar antes e quando eu fui lá na universidade Washington o pessoal lá era da TCC mais clássica e aí eu aí eles falaram Ah que que você vai fazer depois e tal falou ah vou num workshop de
act E aí os psicólogos estavam lá fal ah tal parece que tem um ensaio ou outro aí tudo mas ainda não tem consistência isso o comentário deles foi isso Eu fiquei até meio triste falei [ __ ] tô super empolgado para fazer o negócio eles assim né então tem mas no workshop tinha na lista do comportamento de 30 anos de profissão aprendendo ali uhum né E tinha foi foi muito interessante esse workshop porque tinha pessoas que eram já da ACT fazia muito tempo o Jason Loma que é um cara que publica muito em act tava
lá como aluno para entender act em dor crônica então tinham caras muito bons em act para dor crônica e para entender como é que é a aplicação para dor crônica e tinha pessoas muito boas em dor que queram entender a act né Eh então eu eu acho que tem a ver com isso viu Wesley a gente demorou porque também demorou para entender um pouco qual seria o lugar da ACT o que que ele tava propondo e e foi chegando né a gente foi ouvindo mais aqui no Brasil eu ouvia ainda ouço mas hoje ouço bem
menos muita resistência por exemplo em 2004 o Steven Reis propôs o conceito de terceira onda que aí já não era nem mais falando de act né mas era act dbt dbt e também teve uma enxurrada de crítica Como assim terceira onda né Tem eu ouvi autor do Brasil falando assim se é onda é água é tudo a mesma coisa então não quer dizer nada terceira on entendeu é se você eh muita gente fala hoje sobre a baseada em processos também acho que é uma uma resistência natural né Mas como você falou um um cara que
trabalha uma pessoa que trabalha com prática baseada em evidência tem que ficar de olho eh pelo menos deixar isso no radar e ser flexível a mudanças caso surgirem novas eh eu sempre falo que ciência é um jogo de convencimento se me convencer que que aquilo lá tá certo e funciona eu vou usar sem problema nenhum é um jogo de convencimento só que qual é o ponto aqui né tem que tá claro Quais são as regras para convencer né Aham não não sim isso até quando saiu o seu Episódio já tem episódio do Leo Costa e
do Igor eckert então o pessoal que assistiu já sabe que é o ensaio Clínico já viram lá mas aí eu já tô adiantando a discussão da prática baseada em processo que vai inclusive falar talvez a gente precise revisar as algumas das regras para convencer alguém em psicologia em psicologia baseada em evidência né que aí também já gera outras resistências e a gente mas é natural eu acho que a baseada em processos a resistência é muito maior porque você quebra um padrão de Diagnóstico acho que isso é uma coisa bem agressiva assim para para muita gente
né Como assim a gente vai trabalhar sem a ideia do diagnóstico a gente vai chegar lá deixa eu te perguntar Zé e a a terapia de aceitação comisso a act ela tem como Pilar de intervenção ou via digamos assim eh mais ou menos o quê por exemplo a TCC clássica seria uma alteração de crenças centrais e uma modificação de contingências Isto é o braço de cognitivo mexem em pensamentos automáticos e e crenças crenças nucleares crenças centrais crenças eh intermediárias né que na maioria das vezes são alguns padrões de resposta compensatória e no braço comportamental da
terapia cognitiva comportamental é basicamente mudar algumas contingências ambientais por estímulo de reforço e punição e coisas assim a act e como é que como é que é o lugar por onde ela tenta passar para atingir o o desfecho não sei se minha pergunta ficou Clara é esse afastamento é qual então ó para resumir em uma expressão duas palavras é promover psicológica então flexibilidade psicológica é o processo central na a gente pode explorar um pouco mais isso o que que é flexibilidade psicológica pode ir pode ir n tudo bem Já então beleza ó a gente pode
então vamos fazer em duas etapas essa exploração A primeira é tem um conceito Central flexibilidade psicológica vamos transformar em três agora Uhum a gente pode E aí foi bom você falar dos braços ó porque a gente vai fazer braços aqui também tem um braço aqui que a gente pode pode chamar de abertura tem um braço Central aqui que a gente pode chamar de consciência é awareness é uma palavra que às vezes a gente fica meio na dúvida de como traduzir né a que consciência é bom boa então vamos lá é para quem é da análise
do comportamento mais clássica talvez tenha problema já partir daí n com a primeira que é consciência exato mas vamos lá abertura consciência e engajamento transformamos em três tá que que é abertura abertura tem muito a ver com o que a gente conversou sobre aceitação que é essa aceitação no sentido de viver o que tá para ser vivido agora né eu tô recebendo o que a vida tá me dando nesse momento posso planejar posso querer mudar tá tudo certo mas nesse momento eu tô vivendo isso isso é abertura processo central prestar atenção o que que tá
acontecendo onde eu tô orientar o outro braço comportamento aí tem a ver com compromisso que é você se engajar em atividades que estão conectadas com os seus valores entendi com o que é importante para você então Ó a partir desses três a gente viu o que é lidar com o que tá para ser lidado ali tá presente e engajado em comportamentos que estão conectados com seus valores podemos transformar mais seis esses três cada um desses três viram outros dois na abertura tem um que é aceitação propriamente dito então por exemplo eh participar de Podcast tô
vou dar vou me oferecer como exemplo aqui participar de Podcast não é algo tranquilo para mim uhum não é eu não tenho a bagagem de Podcast que você tem por exemplo então é natural que quando eu vou participar de um podcast eu esteja ansioso aen me mandou a mensagem e falou ó chego duas horas aqui eu falei já tô aqui é pi que 1:20 foi 1:20 eu tava aqui ansiedade falei deixa eu me programar deixa eu chegar direito e tal se eu falasse assim Putz ferrou com essa ansiedade eu não vou poder participar do do
programa do podcast minha cabeça não vai deixar eu vou ficar eu tenho que primeiro me livrar da ansiedade para depois vir eu não viria eu falava lesl não dá para eu participar Talvez o ano que vem eu participe participe Obrigado pelo convite então aceitação significa eu lidar com a minha ansiedade nesse momento né o segundo ali da abertura é eh desfusão desfusão tem a ver com a parte mais cognitiva da coisa que é isso a gente pode depois falar um pouco sobre RT que isso é muito baseado nos achados de rft a linguagem funciona pra
gente de um jeito que a gente tem um aprendizado a propósito da rft é que a gente tem um aprendizado diferente do aprendizado mais convencional dos animais que não usam linguagem condicionamento respondente condicionamento operante é como se fosse um outro aprendizado que é relacional a gente vai formando redes de relações entre as coisas então o copo já não é mais um copo eu olho pro copo eu tenho a ideia de comer o copo lemb mória do copo e essas redes elas vão se expandindo e a palavra faz muito isso com a gente a ponto de
eu falar uma palavra se maçã e vem a rede de relações para cada um vai ser diferente então quando eu penso Ah estou ansioso Pode ser que dispare aqui uma rede de relações que é sentir ansiedade é terrível eu não vou dar conta de participar do podcast como é que eu posso desusar tem a ver com comprehensive distancing olhar pro pensamento é você perceber que o que o pensamento veio e não lutar contra ele mas entender que é só fruto automático de um aprendizado muito antigo uhum às vezes são coisas que os nossos pais Falaram
pra gente Décadas atrás e vem na cabeça eu gosto de falar que é quase como se fosse uma câimbra tipo tu foi mexer o braço e deu uma câimbra aqui porque aquele movimento já acontecia antes e FAD digou mas não significa exato hist parte do processo de de desfusão é entender que aquele pensamento tem uma história porque a gente também se relaciona com o pensamento de um jeito né que a gente acha que a gente controla o nosso pensamento né Eu escolho pensar isso você não escolhe pensar isso aliás 99,9 por do que acontece no
nosso corpo a gente não ter menor escolha né aliás 0,01 de escolha a gente pode até discutir filosoficamente Mas mesmo isso tipo você não sabe como é que você pisca o olho você não sabe como é que você movimenta o seu a sua perna na corrida o seu corpo faz o pensamento é um pouco isso ele puf ele aparece Então desfusão significa você não ficar tão misturado com o seu pensamento né Ficou claro ficou esse é o primeiro item né esse é o primeiro é isso o primeiro braço ali quebrou em dois que é aceitação
e desfusão do is isso que no caso é do braço da abertura é o braço da abertura abertura aceitação e desfusão desfusão boa vamos pro do meio então agora né com cons cência que que é consciência O primeiro é prestar atenção no momento presente é tá aqui o que também a Rigor não explica muita coisa porque a gente sempre tá no momento presente né Mas a gente pode estar aqui e pode est Perdido nos pensamentos e planejando coisas ou lembrando de coisas do passado e a gente esquece de ter contato com o que realmente tá
acontecendo isso tem a ver com conceito de mindfulness por exemplo né Eh mas Tem muita gente que fala assim ah mas eu não consigo meditar mas não precisa meditar para você trabalhar esse processo é aprender a ter uma atenção aberta flexível e voluntária então é a gente desenvolver uma atenção em que a gente esteja atento ao que precisa de atenção naquele momento agora eu tô no podcast eu quero prestar atenção nas perguntas que você faz na maneira como eu tô respondendo ess Meu foco tá né Agora vamos pro esse o deai eu tô falando de
baixo que é como se fosse um hexágono tá agora esse seis imagina um hexágono a gente viu os dois daqui agora a gente tá vendo os dois centrais o o de baixo é o mais difícil da gente entender vamos ver se eu consigo explicar bem ele é o self que que é o self é quem a gente é então por exemplo quem é wesling né como é o wesl como é que você responde essa pergunta isso tem a ver com esse processo E aí tem o self como conceito que é o processo mais patológico do
self e o self como contexto que é um caminho mais saudável qual a diferença se eu perguntar que Wesley e você começar a me responder ah eu sou assim assim assim assim se você ficar preso nessas coisas você tá falando sobre conceitos que definem quem você é tipo eu sou psicólogo corro é é o mais fácil de explicar né é o mais fácil de explicar é isso mas e você não correr continua sendo você é entend se você parar de correr se você deixar de ser psicólogo né E aí o problema é que às vezes
não é nem eu sou psicólogo corro às vezes é eu sou muito ansioso uhum ou às vezes é eu sou uma pessoa que ajuda todo mundo eu sou bonzinho às vezes é eu sou raivoso qualquer Eu costumo falar assim ó pega uma frase eu sou três pontinhos qualquer coisa que você colocar depois desse começo pode te prender positivas ou negativas eu sou inteligente eu acho que se te prender quase sempre vai ser negativo né porque vai gerar um problemão enorme ali Esse é o ponto central da ACT quando prende tipo eu sou uma pessoa com
dor exato sou P sof sou um paciente eu sou um paciente eu sou uma pessoa que sofro eu sou uma pessoa que sofro dor sei lá né ou ou eu sou uma pessoa que não sofre nunca também pode te prender né porque às vezes você vai sofrer se você perde alguém que você ama você não vai sofrer vai deixar de ser você então a pergunta Central que a gente faz nesse processo é assim você é assim sempre em todas as ocasiões com todo mundo em todos os lugares não é verdade qualquer coisa que a gente
fala aqui a gente não vai definir quem a gente é sempre com todas as pessoas em todos os lugares então o self como conceito é a gente pegar um conceito e achar que a gente é aquilo Então qual que é o self como contexto e a gente aprender que a gente é um contexto na verdade a gente tá em transformação o tempo inteiro o mundo tá em transformação o tempo inteiro a gente também tá em transformação o tempo inteiro então a Rigor nada nos define nem as células do nosso corpo definem quem a gente é
porque elas são trocadas o tempo inteiro também então não é nem o nosso corpo o nosso corpo muda uhum né Então pega desde que você nasceu bebê até agora o que que permanece que você chama de eu né Essa é uma pergunta filosófica mesmo né existencial é onde a act mais se aproxima de abordagens da Psicologia que vão pro existencialismo mesmo assim para discussões mais de da vida mesmo assim que que é a vida né então por isso que eu digo que ela é mais complexa Essa é esse esse é um é um deve dar
deve dar algumas sessões aí trabalhando em cima disso né dá muitas sessões e muitas vezes eu lembro de eu não sei se é verdade ou se é mito mas dizem que perguntaram PR RBE se era muito comum mudar a crença central do paciente disse que ele falou que não era muito frequente não que a criança Central continuava ali de alguma forma é ele ele meio que falava que baixa o volume né exato então Em alguns momentos ela volta e isso tem muita você você vê que apesar de parecerem propostas muito diferentes elas se encontram porque
act também tem isso sim você não vai deixar de ter algum pensamento que tá relacionado com essa história porque o self é meio essa história que a gente conta a respeito de quem a gente é então isso vai tá presente Aí talvez a gente consiga baixar o volume e principalmente Em algumas ocasiões a gente responder diferente que é a principal proposta da ACT aprender a responder de forma diferente ao que aparece seja um pensamento automático ou seja uma emoção ou uma história que eu conto a respeito de quem eu sou uhum né eu não me
prender você falou bem assim quando prende é patológico a vida vai restringindo eu gosto dessa imagem que é como se fosse um funil Uhum Então processo patológico na act é a sua vida vai afunilando vai restringindo você vai diminuindo as suas perspectivas E aí imagina esse desenho tem um funil E aí você pega um pivô pivô é tipo aquela roda que você coloca numa numa P numa dobradiça de porta né para ela fazer esse movimento Então imagina um funil que tá assim Aí você pega um pivô e consegue fazer isso aqui rodar para cá ó
Então o que tava restringindo a gente faz ampliar o objetivo da ACT é fazer esse movimento legal né pegar algo que tá restringindo a sua vida e ampliar sua vida e assim no em última eh em última em última análise eh é tudo isso em todos oses subb braços depois a gente tem que falar do último ainda no primeiro os dois subb braços no segundo os dois subb braços é objetivando melhorar o o topo da pirâmide lá que é a flexibilidade comportamental Então quando você abre um pouco mais esse funil o sujeito fica com mais
repertório explora novas coisas antes não fazia só pro pessoal entender o o poder prático disso tá o que que muda na prática Às vezes o cara tinha um ele se colocava como uma pessoa por exemplo eu nunca vou conseguir fazer corrida porque eu tenho dor crônica e às vezes ele entende que era uma limitação psicológica na medida em que consegue expandir isso consegue se expor a esse novo esse novo contexto essas novas contingências que vai melhorar ele vai melhorar o sono um exemplo né claro então seria esse isso é a flexibilidade comportamental você mexe nesses
parafusos para tentar melhorar isso esse topo e e pensando nesse topo imagina que esse hexágono tá aqui na mesa uhum tem seis lados e a gente tem cordas para puxar para ir pro topo se você puxar uma só fica meio Bamba se você puxar outra aí a gente a gente combina aqui eu você Gabriel cada um pega duas e a gente vai puxando às vezes um puxa um pouco mais uma o outro compensa aí então A ideia é que esse hexágono ele vá levantando por si só agora O interessante é Quando você puxa um você
mexe nos outros então olhar para um processo na act também é saber que a gente tá tá mexendo aqui mas tá mexendo no todo também legal e a gente vai e se puxar um demais pode ser ruim porque por exemplo se o cara for muito aberto a experiência muito demasiadamente mas não souber meio que existe ele em contextos diferentes Pode ser que a prisão dele leve ele num lugar que seja enfim né pode acabar bagunçando esse Total Então antes da gente ir pro braço direito po podemos fazer uma curva só para falar um aspecto importante
sobre ruim bom saudável não saudável a act se baseia na teoria da evolução como princípio inegociável é a base da ACT sempre foi desde o começo e a Teoria da Evolução a gente pode o o modo como Steven re organiza isso me ajuda muito a entender Teoria da Evolução porque ele fala de quatro coisas aqui por que que ajuda a organizar porque se ele falasse os 49 princípios da teoria da evolução você não lembra mas quatro dá Vamos pensar nos três principais é variação seleção e retenção isso é a base da teoria da evolução isso
é a base da ACT saúde é promover processos que ajudem na variação seleção e retenção e tem o quarto elemento que é o contexto sempre no contexto sempre pro que o contexto pede um animal com pena em determinado contexto vai ser selecionado ali a pena vai ajudar em outro não uhum né então a base da teoria da evolução é isso para pra gente se adaptar a gente precisa variar primeiro ponto seja a variabilidade genética ou comportamental as características de uma espécie ou comportamento humano o Skinner já propôs isso aí o analista do comportamento ouviria isso
e diria Skinner propôs é verdade isso é o Skinner já tá falando sobre isso mesmo então beleza variou então primeiro primeiro sinal de saúde variação se a gente fizer tudo do mesmo jeito sempre já não é saudável né segundo saber selecionar o que ajuda O que funciona a act é muito pragmática nesse sentido eu não quero discutir o que é certo o que é errado em termos de conceitos e tal eu quero saber o que vai funcionar perfeito tanto que eu nem entro na na briga sobre se existe mente não existe mente importa pouco na
clínica importa pouco demais se você fosse um pesquisador num congresso tudo bemato exato na arte na clínica quando a gente tá com o paciente o paciente Fala minha mente fica bagunçada vamos falar de mente vamos usar essa C palavra né então beleza ó selecionar o que importa é é o William James mesmo assim né é pragmático nisso sentido que funciona e o terceiro é retenção porque é manter o que tá funcionando só que para manter o que tá funcionando a gente precisa tá atento às contingências e o problema da linguagem é que a gente vai
criando regras a respeito do mundo aí o nosso comportamento fica mais governado pelas regras o que eu devo fazer quando eu tenho tenho dor o que eu tenho que fazer para ser um bom corredor o que eu tenho que fazer para ser um bom psicólogo e às vezes a contingência muda e a gente continua se comportando do mesmo jeito ou seja mesmo num contexto onde a resposta é punitiva as regras orientam você a caminhar para aquela direção e você perpetua um padrão de comportamento errado para caramba exato você perpetua o padrão de comportamento errado disfuncional
né no caso é errado mas é dá pra gente falar errado na act porque lembra o critério de certo e errado para act é o O que funciona e o que não funciona ah e aí esse é um bom gancho pra gente ir pro lado direito porque para entender o que que significa funcionar a gente precisa olhar pro lado direito do hexágono que é o engajamento que é o engajamento que é engajamento Em Quê Como é que Eu determino Qual é a forma melhor de eu me comportar então o primeiro processo do engajamento Ali é
valores identificar os seus valores e isso é muito pessoal e não é fácil não é uma conversa fácil com os pacientes porque é muito comum da gente também Responder o que é socialmente aceito e a gente precisa ir além disso é o o psicólogo experiente sabe que o paciente às vezes não sabe e às vezes tá mentindo né você tem que ter é exato Não Para Não por ser mau caráter mas porque ele não entende nunca nunca refletiu e demanda uma digestão absurda chegar numa resposta dessas né é às vezes ele fala o que você
quer ouvir ou que vai julgar que você achea melhor pro prognóstico dele ou que parabenize ele se é um cara que gosta de ser aceito enfim é complexo você tem que ser bem perspicaz é e e o que que ajuda a gente nisso na prática Clínica como é que a gente identifica que a gente tocou no ponto que realmente importa para aquela pessoa quando vem uma resposta emocional comportamento não verbal ali uhum o não verbal é curioso isso porque para identificar valores a gente vai precisar usar o verbo porque é o é a f que
a gente tem na terapia mas para identificar se a gente realmente tá tocando em algo importante é não verbal então é muito comum esl de eu pedir pros meus pacientes em alguns momentos fecharem os olhos e só perceber o que acontece no corpo quando fala sobre isso ou ter uma memória de algum momento importante da vida e perceber o que o corpo tá mostrando que a gente sente no corpo né porque o perigo é a gente ficar só falando blá blá blá a respeito de Ah o que importa na vida é o amor e as
pessoas sendo que isso é só um conjunto de palavras não é isso e a rft ajuda muito nisso né porque a rft propõe que a palavra Então ela começa a ter um um uma função pra gente como ser humano que é quase que trazer aquele estímulo que não tá presente a gente traz para agora pro bem e pro mal a gente falou como uma memória pode trazer um uma ativação né Eh emocional por exemplo então eu lembro de alguma coisa ru vem Uma emoção mas tem pro lado positivo também né você lembrar e você falar
sobre algo que você valoriza É como se você tivesse trazendo aquilo pro presente e aí a resposta emocional vai vir E e essa esse terceiro braço ajudaria no no terceiro item da dos princípios da seleção que é a a retenção a gente tá engajado com os valores e portanto ele Talvez seja motivado em continuar executando aqueles comportamentos isso tem tudo a ver com motivação falou a palavra certa o identificar valores é é a o processo central na act para trabalhar com motivação Porque se você tiver conectado com o que importa para você com o que
faz a sua vida ser significativa você vai est muito mais motivado Bom você sabe muito Eu já vi você falar muito sobre isso na RD né falta o último uhum o sexto o primeiro também o primeiro desse último braço então é identificar valores identificar valores isso o que que é importante para você e o último é o comportamento engajado nos valores no que importa então Lembra que eu falei que era um gancho a gente sair da teoria da evolução e vir para cá quando a gente pensa variação seleção e retenção de acordo com o contexto
Para quê Para se engajar em comportamentos que tão conectados com o que a gente mais valoriza na vida isso é saúde pract e Isso mudou muito a minha forma de enxergar o meu papel como psicólogo Porque antes eu achava que o meu papel era para diminuir sintoma a pessoa tá muito ansiosa ela precisa diminuir a ansiedade ela tá deprimida ela precisa diminuir a depressão agora esse não é mais meu objetivo Central Não é isso que eu trabalho agora o meu ponto é como é que eu posso ajudar a vida dessa pessoa pessoa ficar mais rica
mais Amp isso isso não teria uma relação com a psicologia positiva da do sellman Martin sellman foi um cara que inicialmente eu não sabia cara mas parece que ele trabalhou bastante com desamparo aprendido no início ele criou o conceito de des ele diz que não né ele fala não não fui eu Mas ele foi os primeiro pelo menos a éi ele fez muito e ele a se ele não criu ele é o nome mais associado a desamparo aprendido né sim aliás tem uma aula no reservatório de dopamina desaro aprendido que eu explico os negocin dos
cachorros lá e cara tu entender aquilo ali às vezes te dá um é quase como se abrisse um uma possibilidade de comportamento que você tava negligenciando por achar que tava preso numa coleira que não existe né e o cigman ditos de forma bem geral assim ele argumenta pra criação dessa ele meio que abandona o desamparo aprendido e vai pra psicologia positiva na no argumento de Que bom tentamos de várias formas com TCC clássica com alguma não sei se ele chega a citar na época as ondas Eu acredito que sim que o livro é novo e
a gente tem um muro na psicoterapia que é 70% 70% dos pacientes melhoram e 30 não se você faz uma média aí dos ensaios clínicos e das metanálises e tudo mais usando algumas tccs dependendo do caso principalmente a TCC clássica de fato você vai ver metanálises ou ensaios clínicos mais ou menos 70% dos pacientes melhoram 30% não como é que a gente vai empurrar esse muro mais pra frente como é que a gente vai empurrar esse 70 cruzar os 70% daí ele parte do pressuposto que na minha visão minha hipótese é que a gente não
deve utilizar uma psicoterapia focada nos sintomas mas criar novas psicoterapias que melhoram o que já tá bom pros sintomas sumirem Talvez assim todas até agora focaram nos sintomas talvez a gente tem que focar um pouco para cruzar os 70% pelo que você me fala mais ou menos não não sei se a act mas o seu padrão de atuação e de novo provavelmente tá tudo sobreposto né Uhum eh mas me soa mais ou menos como isso né tem a ver mas eu sempre tomo muito cuidado em relação à psicologia positiva porque eu acho que não foi
a proposta do seliman Inicial mas muita gente entende que psicologia positiva é enxergar o mundo de maneira positiva não não acho que não ée não acho que ele não seria o cara [ __ ] desenvolveu exato e eu li eu li comportamentalista como é que ele iria falar isso e eu li dois livros dele não lembro os n o Florescer que é o último e li um primeiro também que é um azul não lembro o nome mas eu cheguei a ler os dois então eu entendi que não é não não é Também entendi que não
é mas eu já vi tanta gente criticar a psicologia positiva exato os nomes a gente tem que ir ensinando esse povo a dar nome melhor Esley vida é porque dá essa visão de que parece que o paciente vai chegar lá e vai falar tô sofrendo e você vai falar não olha o lado positivo disso e tal não é mas cara tem que ser muito ignorante não no sentido pejorativo mas de ignorar informações para achar que um uma um uma fala verbal assim Iria mudar a forma que o paciente se relaciona com as contingências o cara
não pode saber nada mes ser absurdo seliman acreditar nisso é é total mas tem esse mal entendido então eu procuro tomar cuidado com essa Associação assim e E se alguém acha que tem a ver com essa ideia de ver o lado positivo eu só digo que a a a base filosó filosófica da ACT act parte de um pressuposto que é a vida é muito difícil é a base da ACT você quer trabalhar com act você tem que entender que viver é muito difícil e que a gente vai sofrer muito ao longo da vida você sabe
eu sei e não é que a gente sabe porque a gente leu em livro porque a gente já sofreu a gente sabe o que é sofrimento a gente é sabe o que é chegar num momento da vida e falar [ __ ] não tenho ideia de como as coisas podem melhorar aqui né e eu falo isso pros meus pacientes assim eu já vivi momentos em que eu falo pô tem que acontecer alguma coisa melhor aqui porque eu não tô enxergando coisa boa né então e todo mundo sabe isso assim né quem quem tenta ignorar isso
na verdade é que não tá enxergando o mundo como é a gente vai sofrer então o ponto da é como a gente lida com esse sofrimento inevitável da vida isso não quer dizer que a vida seja sofrimento e acabou não a vida é maravilhosa tem muita coisa boa para viver na vida mas não dá para eu eu às vezes mostro uma folha de papel assim pro paciente fala ó que tem as coisas ruins que a gente tá conversando e aqui tem as coisas boas não dá para destacar uma da outra né a mesma folha é
a mesma folha aí o ponto ó Isso é um exercício de aceita a Eu não falo aceitação mas eu faço isso e às vezes é com uma situação específica imagina uma situação que é difícil e boa ao mesmo tempo Aí você põe as coisas difíceis e as coisas boas na mesma folha e aí eu dou pro paciente e falo ó é isso você pode pegar dobrar e colocar no bolso e ficar com você você pode pegar jogar fora amassar e jogar fora e nunca mais olhar para isso você tem essa escolha o que não tem
a escolha de separar agora agora talvez fique mais claro o que que a gente tá querendo dizer com a aceitação né é se você tá diante de uma coisa que é boa e ruim ao mesmo tempo e você quer não adianta só tentar destacar você vai ter que lidar com isso né com a parte boa e ruim da vidum Ô Zé o Skinner como você mencionou anteriormente quando você tava falando sobre a esses três ou quatro principais pilares da evolução a gente também teve tem um episódio com o professor Alberto aqui o Beto que falou
sobre evolução quem quiser assistir tá lá você vê que se alguém zerar os episódios ou for acompanhando vai pegar uma construção porque veja o Adriano veio aqui e falou sobre a história dos estudos sobre memória desde o pavlov William James Skinner como se isso se relaciona com a neurobiologia neuroplasticidade que tem tudo a ver com isso daqui né quando você fala de variação perpetuação é neurop pura então acho que é uma grande faculdade de comportamento tá sendo esse podcast eh o Skinner para mim ele foi um cara muito genial a muito à frente do seu
tempo à época porque o que ele fez já falei isso várias vezes porque o que ele fez foi eh basicamente propor uma teoria paraa origem do origem a manutenção do comportamento muito próximo ao que o Darwin propôs paraa morfologia das espécies Então se o Darwin falava que o bico tem uma variação morfológica ou seja uma variação como você falou uma interação diferencial com o meio o bico cava aqui o mais curto mais grosso bico da ave né o mais curto mais fino o mais mais grosso dependendo do terreno algum desses bicos vão funcionar e vão
ser perpetuado via genética o Skinner falava bom isso também acontece com o comportamento e aí ele meio que fala que o comportamento é quase como se fosse a evolução acontecendo ao vivo aham porque você tem no nível ontogenético ali você tem variabilidades de comportamento você chega numa festa lá e faz umas piadas ali diferentes tipos de piada em tons de humor um mais ácido e um mais mais alegre e você vê a resposta do público PR aquilo se a galera te punir falar pô cara isso daí Pega mal o cara aqui e tal a piada
com câncer a mãe dele tem câncer sei lá alguma coisa assim te punem socialmente você teve uma interação diferencial dessa desse comportamento de emitir essas piadas com o contexto alguns desses comportamentos vão ter uma retenção por meio de neuroplasticidade ou seja ele armazenou que não pode esse Mas pode esse e ele vem a repetir Aquilo num uma probabilidade maior de repetir o que ele julga que foi bom agora se ele tem um comportamento de regra pré-estabelecido que não as piadas boas são as piadas ácidas Talvez ele Ignore a punição social como você falou anteriormente né
as regras que a gente vai aprendendo muitas vezes é capaz de estabelecer uma operação com o contexto e aquelas contingências mesmo punitiva elas às vezes não é suficiente para inibir o seu comportamento porque você já tem uma regra estabelecida tudo isso o Skinner disse mesmo tem algum analista do comportamento aqui que pode estar falando mas cara isso daí já deve deve você deve ouvir muito talvez até essa galera lá em Washington quando você tava lá falava pô mas é Mais do Mesmo e tal e é verdade qual que seria o então Assumimos né que seria
acho que muito muito eh muito egoísta até do Reis eventualmente acho que ele provavelmente nunca falou isso assumir que ele fez uma coisa nova ele é realmente um avanço sobre ombros de Gigantes né ele está sobre ombros de Gigantes Skinner Beck etc Darwin Darwin é exato assim como o Skinner teve no Ombro do darv e assim vai e o darvy teve em outros é a ciência se produz sendo construída em cima de alguém que já fez qual que seria o na sua análise tá não sei se existe a resposta mas na sua análise mesmo você
não precisa ser provado cientificamente ou não na sua análise nos estudos sobre act qual que seria o item que o Skinner mostrou que o Darwin já tinha o Core mas no comportamento portanto esse aqui Parabéns Skinner você mostrou uma coisa nova tudo isso aqui o Darwin já falou mas você mostrou nesse lugar aqui qual que seria o do o do Reis na na act Ó tem algumas maneiras de responder essa pergunta começando pelo vamos começar pelo Darwin a genialidade do Darwin foi fazer justamente essa inversão causal da explicação causal que você citou né a gente
geralmente quando a gente tá conversando a gente pergunta para alguém por que isso aconteceu a pessoa vai recorrer ao que aconteceu antes né Ah então isso aqui aconteceu e a pessoa reagiu assim né não é a preocupação do Darwin né Darwin não quis explicar como é que em algum momento as aves começaram as aves daquele lugar daquela ilha de Galápagos começaram a desenvolver esse bico não é a pergunta do Darwin a pergunta do Darwin o que aquele bico proporcionou para aquela ave naquele lugar perfeito perfeito e é justamente a genialidade do Skinner também de pegar
essa ideia e falar isso explica o comportamento também a gente não precisa e isso é genial porque se se você tá querendo explicar algo a partir do que aconteceu no passado e a gente não consegue mudar o passado a gente tá preso em uma explicação que às vezes tem pessoas que fazem isso né ah eu sou assim porque aconteceu tal coisa na minha infância fica presa ali né não tem o que fazer não dá para mudar o passado mas se você pensar o que que tá mantendo esse comportamento per isso esse é o a grande
proposta do Skinner mesmo e é o que tá na act Então isso é total do Skinner isso não tem mudança nenhuma o que que o Reis propõe como diferença em relação à análise do comportamento mais tradicional da parte filosófica se você lê lá ele faz uma mudança mas talvez não seja tão significativa para muitas pessoas o Skinner fala que o objetivo da análise do comportamento é prever e controlar o comportamento o Reis fala que é prever e Influenciar Porque ele acha que essa palavra controlar Pode dar ruim aham então isso ele muda é ele ia
tomar bastante hate se usasse o controlar e usasse conceito de consciência por exemplo já ia chocar em termos de debate de nerd ia ser um [ __ ] do problema nos jantares deles com charuto e vinhos caros e gravata borboleta acho que ia gerar uma dor de cabeça para ele Total então aí ele pois prever e Influenciar ao invés de prever e controlar como Skinner falava e ele cita isso quando ele fala o que que a a act traz de novo e aí isso ele tá falando da parte filosófica porque ele dá um nome diferente
também E aí o analista do comportamento pode ficar puto com ele porque é isso assim né Eh ele fala de contextualismo funcional Esse é um bom nome né é um bom nome porque é contexto função mas é análise do comportamento contexto e função tá no Skinner Então beleza é verdade tá em termos eh de ciência experimental então a gente tá indo Filosofia de ciência agora experimento mesmo né de ciência básica rft o reis ele argumenta que ele tá propondo algo muito diferente do que a ideia do comportamento verbal do Skinner não diferente no sentido de
propor algo do zero ele fala que ele tá expandindo o que o Skinner começou a propor quando ele falou de comportamento verbal Tem muita gente que discorda que não acha e tem gente que discorda pros dois lados um que fala que ele tá fazendo o que o Skinner fez e o outro fala que ele tá basicamente fazendo o que o cognitivista faz caramba mas aí é confuso é é um sinal de que ele tá Às vezes é bom incomodar dois lados opostos né Se falar ah beleza então eu não tô fazendo nada que se ajusta
muito ao que já tá sendo proposto então a rft o Reis propõe que é algo muito novo eu não sou tão versado em ciência básica para defender nenhuma das posi uhum colocando aqui o que ele propõe pra clínica aí tem uma mudança interessante que é pegar mais leve com as palavras agora na clínica eu posso usar termos menos técnicos né só fal mais perto pouquinho que é o quê pegar mais leve com as palavras é o quê é saber que a palavra Tem uma função e a palavra ela e Depende das redes de relações que
são criadas para aquele paciente específico então por exemplo na Act A gente usa muita metáfora como uma estratégia de intervenção porque a metáfora é um jeito criativo de você usar a palavra e a frase mas para tentar tirar ela do aprisionamento dela não sei seo faz sentido para você o uso de metáforas é uma prática sistem na act uhum e pensando nessas palavras quando a gente olha os seis processos da ACT aceitação desfusão contato com o momento presente self como contexto valores e Ação comprometida com os valores Esses são termos da ACT então aí não
dá para discutir de que essa organização com esses nomes com esse hexágono de um jeito que você visualiza os casos desse jeito Isso é act Uhum E aí tem várias estratégias que as pessoas foram criadas a partir desses conceitos estratégias clínicas que também podem ser da ACT mas também é muito baseado em técnica que já existia na gestal da TCC clássica da análise de comportamento então isso também tem muita tem coisa nova mas tem coisa que não que é só é eu acho que todas elas é assim né na ciência na filosofia da da psicoterapia
digamos assim na filosofia da ciência daquilo bebeu de outras fontes o próprio behaviorismo se ramifica em alguns tipos e aí na parte da Clínica é uma forma diferente de estruturar frente a um contexto novo psicopatológico ou de demanda nova e até onde eu vejo não há problema nenhum né foi uma pergunta de fato PR não foi nada provocativa assim foi de fato só para entender é uma coisa que eu não estudo muito então queria entender o que que o Reis avançou de fato nesse nesse campo então você você você comenta que em termos de ciência
da filosofia por trás da ACT ela é muito parecida com com o behaviorismo e pega alguns aspectos do cognitivismo e em termos de aplicabilidade Clínica aí de fato ela parece Abrir bastante de diferença por conta da estrutura e da forma que você vai intervir com essas ferramentas eu concordo realmente é eu acho que é por aí eu acho que é por aí legal e tem e tem um um ponto interessante que é dito na act que é é quase que uma regra tô usando uma palavra meio que proibida quando a gente fala de comportamento verbal
mas é quase que uma regra uma boa tem regras que são boas essa aqui é não adianta você trabalhar algo com o seu paciente se você não tá trabalhando na sua vida não existe isso aham tipo Imagina você no Instagram falando o que você fala e não correndo não fazendo as coisas que você faz é gera um não é é as pessoas se conectam com você porque ve você fala e que você tá fazendo Você tá mostrando não é e na Act A a atitude minha num atendimento tem que tá Envolvida com os seis processos
eu tenho que corporificar ali aquilo né essa atitude de aceitação de desfusão de presença legal né então enquanto eu tô trabalhando com meu paciente Eu também tô exercitando na hora né e e eu acho essa proposta bem interessante porque não é essa ideia de que eu sou profissional de saúde o meu paciente tá doente então eu tenho algo que eu vou dar pro meu paciente para ele melhorar não é nós somos seres humanos estamos discutindo sobre coisas difíceis de lidar e a gente vai juntos aqui exercitar Essa maneira de olhar pro que tá acontecendo e
de agir diante do que tá acontecendo para mim isso é fazer psicoterapia e assim é acredito que essa postura e talvez principalmente na act pelo que você tá falando essa postura ela é reforçada ela é motivada pela própria abordagem Clínica ou seja nos livros deve ser sugerido que você faça isso né então você é motivado a fazer Imagino que essa postura Clínica Deva eh favorecer acredito que eu talvez o principal componente Clínico paraa melhora do paciente que é o vínculo na medida em que você se comporta desse jeito o paciente vai vincular com você porque
ele vai ver que você tá sendo empático que você tá se preocupando que você tá conectado com ele né não é aquele jaleco branco distante assim com uma caneta e olhando de cima para baixo então vínculo terapêutico Nesse contexto aí deve ser uma maravilha né cara deve ajudar bastante mesmo é explícito isso na act mesmo então quando se fala sobre relação terapêutica na acte Essa é a esse é o fund mesmo é o Pilar a gente tá exercitando da mesma maneira quee legal esse workshop que eu fui lá em Portland em 2 14 o Kevin
vals começou o workshop com um slide em que ele falava o que você tá trabalhando com seu paciente é a mesma coisa que você tá trabalhando em você mesmo então assim é o mesmo trabalho vocês dois estão trabalhando o mesmo Ponto Zé eh você falou antes né de eh flexibilidade cognitiva flexibilidade psicológica perdão que aí você abriu aquele aquele leque ali de subb braços de braços e subb braços eh quando a gente você comentou também outras vezes durante a sua fala que a que a flexibilidade psicológica é um processo dentro da ACT né Eh recentemente
o reis que inclusive é o cara que você citou várias vezes aqui que foi o criador da ACT né que é um comportamento metalista que desenvolveu a act por anos ensinou ensinou E hoje é o pai da ACT ele tem mais recentemente sugerido uma nova proposta psicoterapêutica que para mim é uma quebra eh pelo menos aí nos últimos 30 anos assim talvez 40 anos uma quebra na forma de pensar psicoterapia e a psicoterapia baseada em processos Inclusive é o que você falou flexibilidade psicológico é um processo na act né Eh mexer nos pensamentos automáticos ativação
comportamental são coisas que a gente faz em outras abordagens eh a psicologia baseada em processos ela pressupõe que em vez de você usar um conjunto de técnicas de um pacote de técnicas fechadas para tratar um um diagnóstico fechado que você utilize modificações em processos psicológicos para chegar num desfecho Clínico E para isso acho que o maior a maior ruptura dela é de fato a eh a não necessidade de de um diagnóstico para você conseguir usar esses essas abordagens essas essas estratégias para modificação de processos porque quando você eh Por exemplo fala act é muito bom
para dor crônica eh comportamental dialética é bom para borderline TCC clássica para ansiedade e depressão a gente tá direcionando um pacote de intervenção para um uma pessoa que tem um diagnóstico que cumpriu os critérios do manual diagnóstico estatístico em transtornos mentais que é o dsm Porém na clínica muitas pacientes Não tem diagnóstico eles vêm com sofrimento o cara vai trocar de carro o cara vai mudar de cidade o cara não sabe se separa o emprego dele tá tá uma merda e enfim e aí você vai ver não tem diagnóstico e a decisão Clínica Quando se
usa uma lógica diagnóstica vai ficar confusa que que eu vou fazer com esse cara aí se ele não tem um diagnóstico e eu sei que essa abordagem funciona para tal Diagnóstico como é que você vê essa esse avanço da da psicoterapia o próprio Reis né já vem falando disso como é que você vê essa psicoterapia baseada em processos que tá surgindo aí é eu fico muito entusiasmado de acompanhar porque isso sim é evolução das espécies pura inclusive no livro eles citam lá as variações é pura evolução das espécies né total e e me anima bastante
porque eu tô vendo a coisa nascer assim né Isso é muito interessante se acompanhar uma proposta evoluindo a cada ano então eles chegaram no terceiro livro né faz 10 anos mais ou menos que eles publicaram eles eu tô me referindo Principalmente ao Reis e ao Hoffman né Stephan Hoffman eh eles publicaram o primeiro livro e deu para ver que eles estavam querendo criar algo novo mas não tava claro o que que eles estavam propondo Eles já viam problema com o dsm já tava claro isso desde o começo da proposta mas não tava muito claro como
é que isso ia se desenhar na prática no segundo livro eles aí o segundo livro já é Beyond né para lend do dsm assim já é explícito o caminho mas também ainda no não tinha muito um modelo para seguir e o terceiro livro que é aprendendo prática baseada em processo ou psicologia baseada em processo aí a gente já consegue ver algum modelo sendo desenhado que é isso que você falou parece que tom uma forma né É aí ali eles guiam o terapeuta mesmo né aplicar na CL aí aí já tem algo mais prático surgindo e
muito interessante e o Reis fala que ainda tem muita coisa para evoluir assim el ainda vão desenvolver muito essa ideia né mas já é uma proposta muito interessante por quê que a gente vê alguns problemas na prática baseada em evidência em psicologia atual Essa não é uma crítica a prática baseada em evidência em psicologia pelo amor de Deus se não é falar joga tudo no lixo né não é essa postura então o principal problema é que a psicologia foi se desenvolvendo como prática baseada evidência a partir de como você falou protocolos criados para tratar diagnósticos
específicos ensaio Clínico randomizado compara grupo de intervenção grupo Controle qual é a diferença compara intervenções diferentes a que tiver resultado mais interessante é padrão ouro a outra fica ali como uma segunda opção e tal a prática acabado evidência vai muito além disso mas estô falando como a gente entende o que é evidência científica em psicologia Qual que é o problema disso primeiro o dsm não explica a etiologia causal de um transtorno Então quando você olha depressão você não consegue saber qual é a causa da depressão né você não sabe qual é o elemento que define
ou como ponto de corte Claro a respeito de quem tem depressão quem não tem não tem tem um exame clínico e pior não tem um tratamento específico né não é assim tem esse remédio que é só pra depressão tem esse remédio que é só pra borderline na prática o que a gente vê é que na ansiedade o paciente vai tomar antidepressivo né então tem uma confluência aí entre tratamento e diagnóstico isso indica que as vias neurobiológicas estão meio as mesmas estão disfuncionais em vários né exato É algo mais global e a crítica é como é
que você divide tudo isso em caixinhas se o cara que tá na caixinha de ansiedade toma um remédio porque tá na depressão e melhora será que eles deveria né seria uma crítica que os caras fazem são São perguntas né que a gente faz e aí tem como o Steven Reis vem dessa base da análise do comportamento a formação de base do Steven Rey é fazendo estudo de caso Clínico mesmo de sujeito ali ele e o paciente é longitudinalmente analisando a diferença para aquele paciente naquele contexto uhum quando você traz essa discussão para protocolos para síndrome
você faz um estudo transversal pegando muitas pessoas ao mesmo tempo e medindo elas tem um problema aí estatístico que eles estão propondo e que a gente não sabe solucionar muito bem ainda que é eles eles usam um termo que eu demorei para entender um pouco do que eles estavam querendo dizer que é teia ergódica que é lá do final do século XIX e e não vem da Psicologia vem da física que é se você tá estudando gases vamos ver se eu consigo explicar de um jeito que fique claro né E você vai estudar as o
comportamento das moléculas de determinados gases e você tem um padrão ao longo do tempo de variação desses gases e tal você tá estudando esse grupo e você quer prever o comportamento de uma molécula você só consegue fazer isso se for ergódico que é tem que ter uma variabilidade igual pro grupo e pro e pra molécula então Todas aquelas moléculas têm que variar igual o grupo varia uhum não é o que acontece em psicologia Ficou claro essa explicação da teoria ergódica não tem essa ergodicidade acho que é esse termo que eles usam em psicologia porque as
pessoas são muito diferentes Uhum Então variabilidade entre pessoas não explica variabilidade na pessoa uhum se você quer analisar um grupo não necessariamente você pode fazer uma transposição rápida para prever variabilidade naquela pessoa aham Então esse é um problema estatístico de pesquisa em psicologia e eles estão apontando isso tem uma metáfora que eu acho que fica até mais claro imagina que tem um grupo de pessoas numa calçada em frente um prédio de 10 andares e você dá uma tarefa para essas pessoas você tem que chegar do atrás do prédio na na calçada da rua que tá
atrás do Prédio você não dá mais nenhuma instrução aí vai ter uma pessoa que vai pra direita vai contornar a quadra e vai chegar atrás do Prédio a outra vai pela esquerda mas não é outra imagina que 50 pessoas fizeram isso 70 fizeram aquilo vai ter gente que vai a entrar pela porta do prédio e aí tem um porão que vai conectar com o décimo andar aí ele sobe no 10mo andar e desce pela escada de incêndio e vai ter um outro que subiu no segundo andar e não tem saída e ficou preso aí teve
que voltar e fazer mas aí ele fez a volta e chegou ou seja se você fizer essa mesma se você der a mesma instrução para um grupo de 5.000 pessoas vai ter uma variabilidade enorme dos Cam que elas fizeram e quando você pega um grupo média desvio padrão o erro é você achar que isso explica o comportamento de cada indivíduo né Tem outra discussão que eles fazem que é a relação que existe entre velocidade a velocidade com que uma pessoa digita com que uma pessoa não com que um grupo Você mede um grupo e você
chega a uma correlação entre velocidade de digitação e diminuição dos erros ou seja quanto mais rápido menos erro não mas o que explica isso tem que digitar rápido então você chega para uma pessoa fala digito mais rápido que você puder que você vai errar menos são mais treinados né exato não é então falta um elemento importante aqui que se você transpõe rapidamente o achado de um grupo para um indivíduo você pode cair nesse erro de falar ah tem correlação entre velocidade de digitação e diminuição de erro então quanto mais rápido o meu paciente o meu
aluno de digitação digitar menos Ele comete Não essa correlação não indicaria uma uma sugestão de prática né exato na uma aplicação né é uma metáfora que a gente usa para ver existe então moral da história assim existem enormes desafios pra gente transpor achados em grupo para prática Clínica com que tá ali na minha frente querendo melhorar a vida del É eu gosto de falar assim Zé alguns problemas que eu concordo acho que a eu sou um grande entusiasta assim tô bastante empolgado para ver o que que vai se não funcionar eu vou ser o primeiro
a falar mas eu sou um grande entusiasta inclusive no viver de Psicologia lá que você é professor também eu dei uma aula sobre psicoterapia baseada em processos nesse último livro do do do Reis do Hoffman se você é aluno de psicologia psic ólogo psiquiatra algum profissional que trabalha com saúde mental comportamento e tem interesse em adquirir o curso viver de Psicologia próxima Tur bar em janeiro de qualquer maneira para você receber todas as informações e desconto e ser os primeiros a se inscrever e você pode ir lá no meu link do Instagram no link da
Bio ali do Instagram vai ter tanto Instagram do viver de Psicologia para você saber o que é a gente tem evento presencial networking é bem maneiro o Zé também tá lá sempre e você tem acesso uma lista de espera então se for do seu interesse tá lá no meu Instagram eh eu sou um grande entusiasta eh acho que é um avanço importante mexe em umas feridas que a saúde mental deixou meio que engavetada por muito tempo e para mim as críticas são muito contundentes quando me falaram assim eu comecei a pesquisar e ler falei caramba
Como assim alguém critica o dsm cara os professores falaram que era Bíblia da Psicologia ó isso aqui psicologia é aqui que você vai saber tudo você vai saber se um cara tem um problema mental ou não aqui e aí chega agora uma galera falando que pô isso daí talvez seja meio equivocado aí eu fiquei pensando assim falei cara mas todos os ensaios clínicos hoje são construídos em cima do dsm se esses caras dizem que isso tá errado a gente não não é jogar no lixo mas teria que repensar muita coisa ou pelo menos olhar com
muito mais cautela os achados que tem ali né depressão por exemplo foi o exemplo que você comentou antes se você pega 10 pessoas com diagnóstico de depressão Cara às vezes Nenhuma é igual a outra bicho você tem o mesmo diagnóstico mas uma come muito uma come pouco uma dorme muito uma dorme pouco outra é melancólica outra não outra você fala cara eu não e as 10 tem o mesmo diagnóstico Então esse é um problemão outro problema e quando você e cria um medicamento para tratar algum tipo de problema que tem um biomarcador que a saúde
mental para quem não sabe é o nosso maior calcanhar de Aquiles é um biomarcador a gente não faz um exame de sangue em alguém e fala você tem depressão não tem como até agora pelo menos e a galera argumenta que mas vocês nunca vão conseguir fazer um exame de sangue e descobrir se alguém tem depressão porque depressão é uma coisa muito Ampla vocês T que quebrar isso em várias coisinhas E aí vocês fazem um exame de sangue e falar você tem sei lá pouca flexib idade comportamental pouca não sei alguma coisa pouca pouca motivação alguma
coisa mais experiencial é pouca esquiva ou muito esquiva alguma coisa mais específica porque depressão como é que vocês vão achar um biomarcador para um negócio desse tamanho então é outra crítica que eles fazem a o dsm ele tá ceifando a capacidade da Saúde Mental avançar porque vocês estão utilizando um diagnóstico que não reflete a a a neurobiologia do problema tanto é que ansioso e depressivo estão tomando o mesmo medicamento E vocês estão tratando como grupos separados como é que vocês vão conseguir encontrar algum tipo de medicamento novo se vocês estão juntando são tão separando coisas
que muitas vezes tá junta então Existem algumas críticas contundentes tem pessoas bem contundentes mesmo falando que até tá atrasando o dsm tá atrasando o avanço da Saúde Mental Embora tenha sido muito útil hoje em dia infelizmente tá um problema o o Reis até fala que você usa um protocolo de comportamental pro seu paciente com depressão você vê lá nos score do back de depressão que ele melhorou você dá alta cumpriu o protocolo bonitinho fez o padrão ouro seu paciente deprime depois porque tu não investigou outra coisa você ficou muito centrado naquilo E então a gente
não tem esse biomarcador né O diagnóstico é um problema existem erros diagnósticos enormes mas eu acho que até para não me alongar aqui eu acho que é que esse é um tema que eu sou bastante as então junto nessa eh eu acho que o problema é assim quando você faz um ensaio Clínico para testar um novo medicamento para diabetes por exemplo ou para problema renal tireoide diabetes vão usar o caso e o medicamento ensaio Clínico chega no resultado de que pacientes que têm diabetes em tal grau que a Glicemia foi tal eles são assim não
tem tal comorbidade tem tal idade tal massa corporal um grupo muito parecido esse recebeu metiformina na dose de 500 mg por dia melhorou o Clínico que tá lá no no consultório dele quando ele for dar a metiformina pro paciente ele vai dar exatamente a mesma que usaram no ensaio Clínico por quê Porque tem um laboratório enorme garantindo que aquela pílula é igual à aquela outra e na mesma dose o Clínico não precisa ser um cara muito bom ele pode ser um imbecil cognitivamente falando é o remédio ele só tem que falar Toma duas vezes por
dia e ele nem sabe remédio que que é ele só viu no exame o numerozinho hum 300 mg 300 e de glicose 300 por a glicose sanguínea tá em 300 Então esse paper falou que é isso eu vou ter que te dar duas vezes aqui vê a tabelinha bonitinha no guid Line as as instituições até resumem o ele dá um algoritmo se é tanto dá tanto ele vai lá e dá ele pode ser um cara ignorante não estudou porcaria nenhuma não sabe nem a fisiopatologia da doença de que tá tratando na psicologia não é assim
cara não tem como na psicologia como é que você vai pegar e vai fazer lá você é um cara por exemplo que ensina os profissionais da saúde do Einstein ou ensinou no seu mestrado a aplicar act [ __ ] eu adoraria aprender act com você para aplicar no meus pacientes Mas e o cara que mora lá no interior do Sergipe exato lá no no sei lá na Bahia no interior que tá atendendo paciente ele não tem um zé para explicar o como usar act ele tem que estudar Tomara tenha ensinado na faculdade que eu acho
que não foi e ele tem que aprender sozinho então a diferença é essa para mim esse é um problemão cara porque não é o não é a mesma pílula usada no ensaio é a interpretação que ele teve do livro que talvez outro cara escreveu do Zé exato saca para mim é um gargalo enorme assim cara é um gargalo enorme esses problemas estão aí né esses problemas estão aí e é como você falou não é jogar fora o que já foi feito a gente só precisa reconhecer que tem limitação e e discutir as limitações e o
que eu acho mais interessante da terapia baseada em processo é apontar esses problemas e aí falar vocês estão vendo que tem esses problemas vocês estão percebendo isso que que a gente faz com isso E aí eles estão apontando uma um possível caminho uhum podem ter outros podem ter tem muitos outros caminhos para pra gente poder superar esses desafios né mas a terapia baseada em processo é uma proposta de um e assim é Pelo que eu entendi ali na prática é é voltar a fazer uma análise funcional é isso que é interessante né a gente avançou
avançou avançou vamos quebrar em várias criar ondas inclusive o próprio Rei sugere isso E aí meio que Eli Opa trabal talvez a gente tenha que voltar um pouco lá e ver a função do do comportamento no contexto que ele aconteceu é análise funcional é fazer análise funcional basicamente se for o que que é prática baseada em em processo é fazer análise funcional talvez com essas palavras que eles estão sugerindo multinível né redes multidimensional as redes né mas é fazer análise funcional E como é que você vê o gargalo do Diagnóstico como é que vai desenhar
o ensaio Clínico em cima disso é você sabe o que é interessante porque para pra gente estudar processos o melhor a melhor maneira Por enquanto estatisticamente é a gente aprender a fazer estudo de mediação vão ter outros métodos mas ainda por enquanto o que eles fizeram o Reis o Hoffman o karotti eles pegaram CCO 55.000 estudos de Psicologia identificaram quais T estudos de mediação quais são confiáveis eles conseguiram reduzir acho que é uns 1000 estudos se eu não me engano E aí fo foram ali analisando um por um e vendo Quais são os os processos
que mais tinham relação com mediação tô fazendo esse desenho aqui assim porque mediação é basicamente Imagina você aplicou um protocolo de TCC para depressão Então você mede pré o protocolo né Você mede Como é que tá a depressão do paciente no começo como tá no final a segunda pergunta que a gente tem que fazer é o que será Então se mudou o que será que pode pode ter gerado essa mudança Então imagina isso aqui ó que tem um caminho aqui para chegar aqui e qual será o processo que tá aqui que gerou essa mudança um
triângulo né é um triângulo isso então o que a gente quer identificar que processo que pode tá aqui isso é estudo de mediação tem uma análise estatística complexa ali mas basicamente é isso eles foram revendo um por um mas sabe qual foi o critério que eles usaram para entrar nesse estudo estudos que T com eh ensaio Clínico randomizado com efetividade para protocolos porque é a é é como se produz Ciência Hoje em psicologia Uhum Então eles não estão querendo jogar fora no sentido de falar assim não nada do que foi produzido vale o Hoffman que
é um dos coautores da terapia baseada em processo ele produziu uma metanálise de metanálise sobre TCC assim ele não é louco de jogar fora um trabalho que ele fez que é um dos mais mais importantes na história da TCC né o que eles estão propondo é tipo vamos ver o caminho que gerou isso que até então de fato foi um pouco negligenciado a gente queria saber se funciona e tudo bem acho que houve uma época que saber que funciona era importante porque a gente o Hans eisen que lá em 52 publicou aquela meta-análise mostrando que
psicoterapia funcionava tanto quanto lista de espera passagem do tempo e eslen você imagina o que que é para eu um psicólogo chegar numa aula do Einstein para falar sobre psicologia e dor e falar olha tem uma metanálise da cocin estudando TCC paraa dor e os resultados são esses a gente tá proporcionando E aí tem um neurocirurgião que tá me ouvindo tem um anestesista tá me ouvindo então fiz A Terapeuta que tá me ouvindo e quando eu falo tem uma metanálise da cocin que tá mostrando isso e tá mostrando que o que a gente faz em
terapia para pacientes com dor crônica promovem mudança isso é efetivo é uma linguagem que o os outros profissionais de saúde vão entender né então Léo Costa por exemplo se eu falar isso pro Léo mostrar ele vai entender essa linguagem que é diferente de eu chegar e falar ah eu trabalho com meu paciente ele melhora e tal tá mas o que que que é que que é a melhora para começar né O que que é melhora quantas pessoas melhoraram ou foi um que melhorou né então não é jogar fora isso né Isso é muito importante a
gente ter estudo para entender tá esse tipo de protocolo tá funcionando para quê em que sentido beleza aí eles fazem esses estudos de mediação identificaram 16 processos que se repetem assim que tem replicação também pelo menos quatro vezes em quatro estudos diferentes e aí eles vão encontrar técnicas que a gente já faz então tão os três os seis processos da ACT lá né agora qual que é a base paraa proposta deles a ideia tem umas palavras que são um tanto difíceis mas a gente pode discutir elas aqui que é quando você pega protocolo para tratar
a síndrome a gente tá falando de análises nomotéticas nomotéticas são leis Gerais então uma análise nomotética você pega 5 pessoas aplica uma escala você começa a medir isso e você tira leis Gerais daquela análise análise de grupo quando um analista do comportamento tá fazendo um estudo de caso único isso é ideográfico ideográfico é análise do caso individual então quando eu tô com meu paciente eu quero analisar esse paciente ao longo do tempo então é transversal vou ver ao longo de 3 meses como é que ele tá evoluindo se meses como é que ele tá evoluindo
Então isso é uma análise ideográfica que eles estão propondo na na prática na terapia baseada em processo a gente fazer análise ideográfica enquanto a gente tá Endo de preferência com medidas repetidas ao longo de muito tempo e E aí como não é a preocupação não é nomotético não importa tanto se é uma escala validada pra gente dar um diagnóstico não é essa discussão você pode por exemplo combinar com o seu paciente de ver o quanto você conseguiu tá mais ativo hoje vamos dar uma nota sei lá um jeito de medir isso E aí você vai
acompanhando ao longo da semana e vai vendo quanto vai mudando beleza a a partir dessas análises ideográficas de muitos pacientes ao longo de muito tempo a gente vai extraindo leis Gerais que é a lógica é interessante porque não é ir do grupo pro individual é do individual pro grupo pras leis Gerais que é o que a análise do comportamento fez sabe qual é o exemplo que eles deram de um conceito eles chamaram Eles criaram uma nova palavra ess coisa de criar palavra mas isso acontece idion idion nómico que é idiográfico e nomotético na mesma palavra
idion nómico que que significa idion nómico é isso Você sai de estudos de caso único e vai criando leis Gerais aí eles dão exemplo de um conceito em relação a organizar e sistematizar o trabalho do psicólogo é incrível né e o que o dsm fez também né permitiu que a gente conversasse a mesma língua desenhasse os ensaios clínicos eu acho cara na aula do vdp que eu dei sobre terapia baseada em processos eu tive que fazer toda a construção do raciocínio expliquei historicamente as ondas onda 1 onda 2 onda 3 essa suposta onda 4ro que
vem agora que é baseado em processos e eu tipo tomei um cuidado enorme assim cara porque você você dá uma aula falando que o dsm não é é o menos pior porque é isso ele é o menos pior não significa que ele é ruim mas não significa que ele é excelente ele é só é o menos pior é muito difícil porque um vai sair dali e falar pô Weslen falou que de ser meio inútil o outro vai falar pô então eu tive que tomar um cuidado e acho que é o que você tá tentando mostrar
aqui você tá falando não a gente não vai excluir tudo que aconteceu mas a gente vai pegar tudo que aconteceu e olhar para uma nova lente para tentar tirar novas conclusões né e eu já depois de começar a estudar bastante terapia baseada em processo eu já dei aula de dcm e eu entrei em crise antes de dar aula e falei que que eu vou falar pros alunos né Aí eu falei ah sabe quer saber o que eu vou fazer eu vou ler bem o dsm mesmo aí eu pegava os diagnósticos e ia lendo e é
maravilhoso você fizer isso com dsm tem muita informação ali e é muito rico e muito melhor que Sid tem um código é e a galera normalmente ler só os critérios diagnósticos você tem que você tem que ler as características essenciais tem discussões epidemiológicas importantíssimas diferenças entre gêneros tem é muito R diagnóstico diferencial diagnóstico diferencial a relação entre diagnóstico é super rico aquele trabalho é maravilhoso o dsm defendendo o dsm aqui o problema tá em você pegar aquilo e pegar aquele código ou pegar aquela aquele nome e achar que isso define a pessoa isso tem a
ver com que a gente discutiu sobre act Se você pegar um nome qualquer palavra e achar que isso define quem você é aí já é um problema aí você já tá indo pro caminho errado e eu acho que o a fronteira confusa é uma [ __ ] de uma alimentação do dsm é uma fronteira muito confusa que no final do dia é o Clínico que vai definir e pega protocolo para síndrome aí chega um paciente no meu consultório que tem dor crônica mas tem história de trauma Então tem tept de repente tem alcoolismo eh e
ansiedade e ansiedade social uhum não é difícil de ver combinações assim no consultório que que eu faço Qual o protocolo que eu uso aí eu vou usar uma combinação de protocolos isso é fazer prática baseada evidência né eu tô fazendo um mix da minha cabeça né é um espaço mais apertado que você tem que trabalhar e difícil né Cara eu acho que a prática baseada evidência o Léo explicou muito bem aqui é justamente isso né você conseguir tomar uma decisão Clínica quando o cara chega com depressão sem comorbidade embora seja um pouco raro assim mas
existem algumas pessoas com depressão sem comorbidade realmente aquele depressivo clássico e tal barbada em termos de tomada de decisão Clínica [ __ ] é um historinha para BO e dormir vou aplicar aqui a terapia cognitiva comportamental se é um cara mais inativo fazer ess ativação comportamental melhorar o sono mas mesmo aí tem diferença porque para alguns você vai focar mais na ativação comportamental out mais na reestruturação cognitiva mesmo nesse caso Ainda Existe diferença mas quando o cara é depressivo é alcoolista cheira cocaína tentou se suicidar várias vezes aí você vai investigar tem TDH [ __
] aí cara você começa a mexer num que é o que acontece no na clínica na clínica você vê esse cara aí você vai procurar um estudo Clínico que tentou uma psicoterapia que testou uma uma forma de psicoterapia para um cara que tem depressão TDH cheira cocaína usa álcool tentou suicídio não tem esse estudo Clínico exato com todo com esse perfil que chegou na tua mão e exatamente aqu ele não tem tem Tá ligado tem E aí e e e por que que a proposta da da terapia baseada em processo é interessante porque ao invés
de pensar isso eles propõem seis dimensões né então Então vamos olhar pensamentos afeto atenção self self eh motivação e comportamento aberto comportamento explícito em duas em duas em dois níveis né que é biofisiológico corpo aham e social sociocultural que é as relações pensa então fica um quadro assim né com as seis dimensões e variação seleção e retenção no contexto Por que que é importante pensar em variação porque é como eu ajudo o meu paciente a mudar isso e a maioria dos processos que eles identificaram nos estudos de mediação estão relacionados a variação tem menos estudos
de processos que ajudam a selecionar O que é efetivo e eu adorei o final desse último artigo que eles fizeram que foi no ano passado com esses estudos de mediação no finalzinho eles falam assim a gente ainda Precisa desenvolver maneiras de identificar como o que que é selecionado assim como identificar o que que qual o critério para selecionar se é efetivo ou não e eles propõem uma Teoria de Motivação que eu adoro você deve conhecer SDT self determination Theory teoria da autodeterminação que eles falam uma coisa relativamente Simples que são três necessidades básicas humanas Eu
adorei que eles propuseram isso como uma possível maneira de discutir que é eh todo ser humano de alguma maneira tem a necessidade de se relacionar com outros e eles falam que isso tem a ver com seleção do self ou seja o seu self é como você você se define perante os outros então tá diretamente conectado a uma necessidade de pertencer Uhum você precisa ter um um contraste eu preciso ter alguém próximo para também saber quem eu sou saber quem eu sou não é maravilhoso Isso é uma ideia né Muito Antônio Damásio tentou uma vida inteira
caracterizar com clareza isso acho que contribuiu de uma forma interessante isso é muito legal né Eu defino quem eu sou no contato com as outras pessoas isso é muito forte e e é uma necessidade muito importante pra gente para todo mundo em graus diferentes cada um tem um jeito diferente de se relacionar com os outros Mas como é reforçador pro ser humano quando realmente se sente conectado com alguém né Essa cois de olhar no olho e falar Eles sugeriram isso como um um critério pra seleção em relação a self mas aí no caso Ah tá
em relação só a dimensão self só self porque é um problemão cara não é aí eles pensaram o outro do self da da SDT é competência como se f como se fosse uma necessidade básica do ser humano você vê uma criança brincando e ela tá ali Descobrindo a coisa e querendo ficar melhor naquilo ou você correndo né eu também a gente quer ficar melhor a gente estuda para ficar melhor a gente quer tá mais competente uma necessidade básica tem a ver com comportamento seria um critério de seleção para comportar explícito mesmo né para ação ou
seja eu quero que a minha ação seja de uma forma cada vez mais competente mas adaptativa nesse sentido e o terceiro é autonomia isso é da SDT competência autonomia e relações são três necessidades básicas autonomia tem a ver com motivação é você sentir que você escolhe fazer o que você tá fazendo Diferente de quando você sente você tá simplesmente sendo levado a fazer alguma coisa faz sentido né a gente se é motivação intrínseca né o SDT fala bastante disso assim que é fazer aquilo é motivador por si só para mim eu tenho autonomia eu escolho
fazerum Beleza então são três aí ele fala a gente ainda Precisa discutir os outros três e mesmo esses é um bom modelo é é uma maneira interessante da gente tentar identificar né então isso é seleção e retenção envolve identificar o que vai manter a pessoa eh com aqueles comportamentos e atitudes que aconteceram as mudanças que aconteceram no processo de psicoterapia que a gente não quer que as pessoas estejam com a gente por décadas e décadas a gente quer fazer um trabalho promova mudança e depois ela vai manter o que funciona e mudar o que não
o que para de funcionar aí volta pra variação e eu acho que o Bacana também é que eles e eles sugerem eu até ensinei lá na aula e acho que essa parte me explodiu minha cabeça assim cara quando você pega e desenha o diagrama em rede eh com as flechinhas a flecha que tu você acha que mais influencia no comportamento a que menos a que volta e tal A flech que mais influencia fazero quase como se fosse uma lógica em gráficos de neuroquímica né a flecha que a proteína que mais sinaliza tá mais grossa a
outra que inibe eles fazem a mesma coisa o que inibe é tipo um tezinho assim e e e aí foi a parte que explodiu minha cabeça cara A hora que você pega o diagrama que você montou e joga em cima como se fosse uma um tabuleiro de xadrez dessas dimensões aí F [ __ ] merda Esses caras são un gênio com isso cara genal porque você pega o as dimensões psicológicas que estão disfuncionais por exemplo no quesito atencional ou no quesito self ou no quesito comportamento e joga em cima e aí você tem uma visão
é um mapa comportamental do seu paciente você sabe o que tá influenciando na cognição o que tá influenciando no Afeto O que que tá conando no self no comportamento aberto no comportamento explícito e aquilo permite com que você tenha uma é um jogo de xadrez porque aí você tem critérios que eles dão lá tipo você tem que mexer nesse se ele tem várias flechas para outros ou se ele é um central ou não sei o qu e permite com que você tenha uma tomada de decisão Clínica muito mais Sniper né você em vez de dar
um tiro de 12 que vai pegar meio que em tudo você Ah então é esse aqui que tá o cara tem esse probleminha aqui eu vou nesse aqui e meio que começa a desmontar o o diagrama conforme você vai mexendo é sensacional cara é sensacional também expal é um avanço muito muito significativo mesmo que mesmo que só só teórico é muito significativo a proposta lógica de olhar sabe e muda a maneira com que a gente enxerga o processo de psicoterapia mesmo assim Explode a cabeça nesse nível né exato porque uma coisa a gente ter uma
visão linear dos fenômenos como se um fator causasse o outro aí eu tenho que eliminar a causa para aquilo ficar bom esse é um raciocínio linear quando você faz um desenho em rede a gente não tá falando que a gente quer procurar a causa inicial de tudo para eliminar a causa Inicial E aí tudo se resolve a gente quer entender como esses processos se interrelacionam né exatamente e a gente vai olhando pros nós Exatamente porque esses processos vão formando nós né um causa o outro que causa o outro que causa o outro que causa o
outro causa outro e aí eles estão num loop né Eu falei que a gente ia falar de loop né eu eu gosto daquela metáfora que é como um microfone perto de um amplificador né o som sai do o som são sai do amplificador entra no microfone dá volta fica mais alto no amplificador vai aumentando então quando a gente vê um sistema que tá com nó e invariavelmente quando a gente faz a rede a gente vai ver vários nós a gente vai ver ali o foco da intervenção E aí tem os eles dão inclusive como você
falou eles dão os critérios para como é que a gente pode né escolher o na minha análise os critérios muito tipo você não pode causar nenhum dano e e e tem um que eu adoro é sabe mexer naquele né aprendeu a fazer que aí até tá no Pilar da expertise clínica da pbe é uma é um link né você tem treinamento sabe mexer não vai velho vai por outro caminho exato exato outro critério é quais são os nossos que estão mais emaranhados eu fui soltar pipa com meu filho semana passada na praia do Campestre um
vento danado e aí tem a rabiola né Aham Ô Coisa danada quando enrola né aí a rabiola enrolou e tô lá eu tentando tir virar e isso é uma boa metáfora de como funciona o processo de psicoterapia porque às vezes você vai quem já tentou diz Maranha rabiola de pipa sabe do que fone de ouvido fone de ouvido fone de ouvido é mais comum para todo mundo pess mas o ponto é que rabiola tem um problema que tem as os plastiquinhos e vai fazendo nó e o plastiquinho fica preso no nó E aí você tem
que descobrir qual é o nó que tá prendendo os outros nós porque se você erro nó você aperta mais do que é fone de ouvido acontece isso também né então você tem que descobrir se eu puxar aqui e soltar um pouco vai soltar um pouquinho aí o outro nó solta também né então olhar pros nós é muito interessante E aí quando eu olho qual que tá mais emaranhado eu tenho alguma estratégia que eu posso desemaranhar esse esse nó né só para exemplificar o que que é um nó a pessoa começa a ficar deprimida E aí
ela começa a pensar eu deveria estar bem porque as pessoas estão saindo estão se divertindo e eu tô aqui em casa eu não deveria est assim aí isso vai piorando o sintoma de depressão quando eu falo alo que deprimida não tô falando do diagnóstico né Falando de sintomas de depressão é comportamento deprimido E aí aí ela vai ficando triste e aí quando ela sai quando ela não sai ela vai ficando mais triste ainda aí vai aumentando ainda mais o pensamento de eu deveria sair tá todo mundo saindo fica um nó que a pessoa não consegue
sair disso Uhum Então a gente pode abordar pelo Pensamento a gente pode fazer uma ativação comportamental o ponto não é qual é isso é legal porque o ponto a discussão aqui não é qual é o o protocolo certo para pacientes com depressão né a discussão é para aquela pessoa que tá com esse nó aqui uhum por onde vai ser melhor intervir eu vou pelo pensamento eu vou aqui com alguma agenda começar a fazer agenda começar a ter tarefa Ah ela bebe ela dorme mal exato aí tem outr os outros fatores que vão interferindo né então
por onde a gente vai encontrar eu acho isso Libertador mesmo porque eu não tô só aplicando um protocolo eu tô olhando pro casa falando Ah por onde eu vou e dá para ir mudando de ideia né você falar ó tentei por aqui mas o paciente tá muito resistente com essa ideia aqui e se eu começar por aqui e de repente ele vai melhorando sono por exemplo né Se for melhorando o sono será que vai ter mais disposição aí vai conseguir fazer é realmente dá uma flexibilidade até pro trabalho porque às vezes você fica preso em
protocolo fica até Ansioso né de não tá cumprindo o protocolo e tem bastante isso na psicoterapia exato e quando você pensa em protocolo aí você não precisa ficar preocupado com o protocolo é só Ten o treinamento para abordar esses processos que estão acontecendo e e o desafio é quais são os processos que precisam ser abordados aqui para esse caso específico né é eu acho que nesse contexto construir uma boa rede é fundamental né ter uma boa para conseguir Ô Zé eh você tem um um canal pra galera aí onde é que o pessoal pode te
encontrar se quiserem trocar uma ideia com você você tá atendendo ainda tô eu atendo eu tenho atendido menos mas ainda atendo atendo alguns pacientes aliás deixa deixa eu dar um um depoimento de alguém que atende pacientes da be Health e tem uma coisa muito interessante que acontece Esley invariavelmente assim quase todos os pacientes que eu atendo chegam e falam ó eu tava numa crise ferrada não tava conseguindo sair da cama comecei a ver vídeo do comecei a cuidar do meu sono legal é meio caminho andado assim sa a Ju veio aqui quem assistiu quem assistiu
o episódio do talvez que é o da Ju da ps patra da behal ela falou a mesma coisa falou não os pacientes que vem da beh Health é maravilha porque já tão psico educado antes de você e aí o que a gente faz na psicoterapia com paciente que já chega assim é ir ajustando E aí o processo Ajuda também porque onde precisa de um ajuste um pouco maior aqui ali né mas é incrível a quantidade de pessoas que ouço isso então atendo cada vez atendo menos mas atendo ainda e tô no Instagram não tão frequentemente
produz o conteúdo no Instagram é Zé Siqueira tudo junto e no YouTube tem uma série de vídeos que eu tenho feito também menos regularmente do que eu gostaria mas pretendo cada vez mais Faz igual eu faz uma gaveta enorme aí Exato eu ten que pedir desculpa pros convidados que vem aqui porque o episódio do Zé você tá assistindo agora mas foi gravado H uns dois meses atrás aí que saiu até Tá gravado já vai ter vários vídeos no meu canal É aí ó eu já vou produzir bastante fui eu me baseei em você também fui
pedir ajuda do Lutz Lutz me ajudou demais a entender como o YouTube funci que cara que manja né meu Ah L demais demais é antes do Lutz e depois do lut é ele realmente sabe muito e aí o que eu quero discutir no especificamente nos vídeos do YouTube é o que significa promover cuidado com a saúde O que significou no passado o que significa agora e o que que a gente pode pensar pro Futuro assim o que que vai ser cuidado da Saúde sabe aí uhum Eu gosto muito de Filosofia e e Arte também e
ciência obviamente E aí eu eu procuro sempre fazer uma mistura dessas três coisas legal Você já leu um livro tá ligado Eric candel né Opa que ganhou Nobel de fisiologia e medicina por mostrar os mecanismos eh da formação de uma memória né as mecanismo celular da formação de memória sugeriu a síntese proteica longterm potentiation o cara realment ente deu um avanço bizarro assim no entendimento eh ele é um fã da Psicologia assim um fã da psicanálise adora os estudos do Freud acompanha toda a literatura acompanha não sei se ainda mas pelo menos na época ele
era e e ele porque o Freud era um psiquiatra né então na época ele o Freud era um neurologista era um neurologista então na época neurologista o que o Freud escreveu foi genial para caramba naquela época era um avanço gigantesco com o que se tinha e o candel Diz que lê pensando que está vivendo na época então ele fica numa num Euforia assim imagina você nessa época pensar isso porque o Freud tem algumas alguns papers sugerindo em 1870 e alguma coisa 1880 sugerindo a existência da do da potenciação de longa duração que só foi caracterizada
na década de 80 e o mecanismo foi caracterizado pelo candel e o Freud sugeriu cento e poucos anos na aquele projeto para uma psicologia científica outroo aind é num outro artigo que incrível ele desenhou assim no no projeto para uma psicologia científica acho que ele sugeriu que como que seria a estrutura dos neurônios alguma coisa assim eh mas assim Fantástico então ele ele se imagina lendo naquela época tá ligado e é realmente absurdo na act isso que você acabou de descrever é self como contexto é eu como perspectiva porque a gente tem essa capacidade incrível
não n porque tu tu xinga o cara se tu tá vivendo hoje mas se tu se coloca no lugar dele é genial que ele escreveu né exato e o eu como perspectiva é incrível porque tem assim eu aqui e agora mas a gente consegue imaginar come é ser você aí depois isso exato isso né como é ser o freudo na época dele exato exato né e isso é muito rico porque a gente cresce muito e por isso que eu gosto tanto de arte não e eu te su arte faz é eu quero L é um
livro eu não lembro o nome cara do livro eh mas se você colocar lá livro que sem seus técnico a princípios de neurociência os livros técnico dele eh não é ele não escreveu muitos livros assim fora desse contexto de livro técnico para estudante e para pesquisador é um livro que ele tenta explicar a arte pela neurociência Ah eu preciso ler candel né cara daí ele bota umas imagens ele fala olha mand depois eu eu depois te mando o link ele ele bota um por exemplo uma imagem de um quadro e aí ele tenta explicar como
que o nosso cérebro interpreta aquele quadro que é que não tem uma figura muito clara e por que aquilo é muito legal para algumas pessoas Acho que você vai curtir eu fico fascinado com eu ficaria 5 horas discutindo sobre isso é uma intersecção entre arte e ciência ele conseguiu fazer um livro sobre isso cara isso é quando a gente tá falando de valores do que que é significativo pra gente eu tenho cada vez mais claro para mim que nesse momento meu caminho é faz essas discussões entre filosofia ciência e Arte cada vez mais misturado simal
legal e o mundo tá cada vez menos né cara o mundo tá cada vez menos fazendo isso porque o mundo tá cada vez mais como eu gosto de falar 880 é ou não é não tem um talvez vamos ver em que contexto aonde para quem quando que jeito em que intensidade não tem mais isso é se você é se se você por exemplo se você não apoia o governo tal você é do outro exato não tem um não vamos ver o que que cada um propõe falta pensamento dialético né a gente precisa aprender mais eu
acho que esse essa estrutura de pensar é um problemão pra saúde mental cara inclusive o paciente que chega para nós a parte dos pacientes a gente ensina a pensar em contexto calma cara mas você ficou ansioso aonde como que foi essa ansiedade você tá se culpando por ter ficado ansioso por uma reunião com seu chefe às vezes é uma reunião importante que você não teria como não ficar ansioso você ficou ansioso vindo no podcast aí vai ficar Seti batando [ __ ] eu sou merda fiquei ansioso saca Então tem que ter esse aonde quando agora
se você tá ansioso no final de semana jogando pipa com seu filho na praia aí talvez seja interessante você procurar uma ajuda porque é um contexto que não deveria existir uma ansiedade exato A não ser que por exemplo os S deu eu tava vendo uma entrevista dele recente que ele deu um exemplo que eu achei bem interessante ele tava contando que ele perdeu o irmão dele faz uns meses na época da entrevista fazia uns dois meses e aí ele contou assim ó dois dias atrás ou seja do meses depois ele foi num jogo de basquete
eu acho que era de basquete e o o time da Universidade dele lá né da Universidade de nevada ganhou e na hora que ele tava gritando e berrando e feliz com uma cesta que fizeram lá Ele olhou e viu uma cadeira vazia e lembrou do irmão na hora porque o pensamento funciona desse jeito né Essas redes de conexões você olha cadeira vazia irmão e aí ele falou que naquele momento ele tá muito triste e muito feliz com o basquete ele falou assim eu preciso tratar isso é é não porque eu olhei lembrei do meu irmão
a a vida dele tava acontecendo ele tava no jogo né talvez eslen nesse seu exemplo se eu deixar se eu começar a deixar de empinar pipa com o meu filho porque eu não queroo Mas sentir ansiedade aí precisa de tratar porque minha vida Tá filando isso exato Então acho que é o o esse padrão é é realmente o jeito que que muitas pessoas estão vivendo hoje pode influenciar né Essa o desenvolvimento desses padrões rígidos de comportamento que a longo prazo vai ser complicado pra gente finalizar Zé eh você é um cara otimista velho com o
futuro do mundo assim eu sou otimista nesse sentido de quem sabe que a vida é difícil não acho que vai deixar de ser difícil acho que sempre vai ter mas sua visão assim sobre eh e redes sociais pessoas mais distantes eh a as novas gerações às vezes tendo um comportamento disfuncional com a rede social propriamente eh excesso de álcool e excesso de drogas eh talvez a a galera como rede social dá um grande holofote né para é um megafone para muitas pessoas é não sei também se você vive fora da bolha ali da psicologia e
tal mas tem muitas pessoas que propõem que a felicidade é uma coisa específica e tu tem que ter tal coisa Às vezes para ser feliz e outras pessoas compram isso e Infelizmente essa galera tem muita voz eh não sei você pensa sobre isso às vezes eu penso muito você como é que é a sua análise do mundo assim mas sabe que eu eu penso mas não no nível de ser otimista ou pessimista assim fica alerta é porque tanto o otimismo quanto o pessimismo para mim não importa você ter uma visão positiva sobre o futuro ou
negativa sobre o futuro para mim dá na mesma sabe por o ponto é agora o que que tá acontecendo o que que a gente vê que precisa ser cuidado e como a gente tá cuidando uhum que essa discussão importante o que vai acontecer né né eu tenho pensamentos otimistas e pessimistas mas eu não me apego muito a isso não é o que me move o que me move é que que tá acontecendo agora e o que eu acho que é importante cuidar e como eu estou cuidando e quando eu tô atendendo o paciente isso tá
Uhum presente no que eu tô fazendo quando eu tô gravando um vídeo no Instagram isso tá presente quando eu gravo o vídeo do YouTube tá presente quando eu tô aqui eu acredito que eu tô exercitando isso e quando eu vejo um paciente que fala eu tava não conseguia sair da cama eu vi vídeo do Weslen e sair eu tenho certeza que você tá praticando isso de tornar o mundo melhor assim sabe isso é eu acho que é para isso que a gente tá aqui né legal legal Zé para deixar Público aqui ó esse episódio vai
sair daqui uns meses nós para deixar Público aqui quando que vai sair o 21 km ah é público é um é um é uma operação motivadora você vai est vai ter aquilo ali motivando você é a primeira vez janeiro fevereiro Ah tem que dar um mês eu coloquei um bem não específico no começo da nossa não mais ou menos aí mais ou menos ó a gente tá agora em setembro mais ou menos quando aí eu eu vou falar para você e você fala você tem mais experiência que você vai falar se é um um objetivo
realista vamos pensar em março você corre você corre o eu tô correndo 10 tranquilo aham 15 você tem ideia de um pece que você faz em 10 em 10 eu tô fazendo cinco e pouco 5 e 5:30 5:20 10 km aí sem sem parar vai vai vai tranquilo par vou vou mant no cinco e pouco assim legal legal Ah cara vai vai Márcio vai vai fogado se você pegar uma Assessoria pelo menos uns dois duas vezes por semana compromisso agora com é pelo menos uns dois vezes por semana vai fogado vai fogado tem uma boa
estrutura Vai Vai tranquilo Zé Obrigado cara valeu demais por ter vindo aí acho que foi um episódio muito rico e pessoal que quer te acompanhar então o Instagram Instagram é Zé Siqueira e YouTube é Zé Siqueira também essa série de vídeos chama máquina do Cuidado máquina do Cuidado se não achar zes queira no YouTube vai põe máquina do Cuidado se acha esses vídeos legal e pessoal Muito obrigado pela sua presença e nos vemos no próximo episódio curta que o YouTube entende que isso é importante você reforça o meu comportamento de vir aqui gravar os vídeos
para vocês chamar os convidados parece que não não dá mas D um trabalhinho a gente fazer toda a agenda né vi a pessoa aqui então é importante para nós nos vemos no próximo episódio e até lá