[Música] Boa noite a todos eh é um prazer est com vocês hoje aqui né dando início ao nosso ciclo de debates Educação Especial na Perspectiva da educação inclusiva que é um uma uma iniciativa né do GT 15 da Associação Nacional de pós-graduação e pesquisa amped né em parceria com a Associação Brasileira de pesquisadores em Educação Especial aqui agora representada né pelo professor Washington nozu eh eu sou a Flávia faal de Souza eh professora da werge coordenadora do gt15 eh sou uma mulher branca de cabelo grisalho um pouco ondulado na altura acima na verdade né cabelo
curto assim na altura do queixo eh tô usando um óculos Preto eh tô também com um cordãozinho preto com uma blusa eh marrom Clara e e com os desenhos pretos né E agradeço mais uma vez a presença de todos aqui eh a temática de hoje da gente na mesa é políticas de Educação Especial na Perspectiva da educação inclusiva Panorama dos últimos 10 anos né Essa é a primeira temática né né de um ciclo de cinco lives que nós vamos ter até o mês de dezembro tá então a gente tem essa agora no dia 4 né
a gente tem uma próxima no dia 24 que vai discutir né o papel do profissional eh de apoio à inclusão a gente tem uma em outubro que vai est discutindo a formação de professores uma em novembro que a gente vai estar problematizando as questões clínicas e pedagógicas e uma última em dezembro que a gente vai est eh trabalhando as perspectivas futuras né da educação especial eh na Perspectiva da educação inclusiva no Brasil a partir dos debates do Plano Nacional de Educação que tá em processo de construção né então acompanhe as mídias sociais né da anped
da bpe a gente vai est divulgando né sempre a cada semana que a gente tiver tendo né a os eventos a gente vai tá lembrando né mas já anotem aí na agenda tá bom eh muito obrigada eu passo a palavra então pro professor Washington nozu da Associação Brasileira de pesquisadores em Educação Especial Boa noite a todas as pessoas virtualmente presentes eu sou o Washington uma pessoa de pele clara olhos e cabelos escuros uso um cavanhaque rente a pele também uso um óculos de grau de armação retangular na cor preta estou usando uma camisa social na
cor rosa falo com vocês aqui do escritório da minha casa em Dourados no Mato Grosso do Sul em nome da Associação Brasileira de pesquisadores em educação especial abpe eu gostaria de cumprimentar a todas as pesquisadoras pesquisadores interessadas e interessados nesse ciclo de debates Educação Especial na Perspectiva de educação inclusiva um evento uma a em parceria do gt15 da anped e também da abpe eh como bem colocado pela professora Flávia trata-se de um evento de cinco eh encontros né com cinco mesas redondas discutindo temáticas retrospectivas atuais e quiçá futuras sobre a Educação Especial na Perspectiva da
educação inclusiva e para essa noite para ab aí com chave de ouro nós temos aí a três grandes referências da Educação Especial no Brasil professora inicia Mendes da UFSC professora Mônica caçá da ufms e a professora rosalba Garcia da UFSC três grandes referências e três grandes pesquisadoras sempre muito atuantes no gt15 da da anped e também na abpe então Gostaríamos né professor professora Flávia de agradecer ao aceite da professora inissia da professora Mônica e da professora rosalba que gentilmente aceitaram a abrilhantar esse ciclo de debates nessa discussão sobre política de Educação Especial na Perspectiva de
educação inclusiva desejo aí um excelente evento para todos nós né e e é isso então vamos a vamos a o que interessa né a vocês estão aqui né pra gente tá ouvindo as professoras as contribuições que elas vão trazer com certeza muitas né para ajudar a gente pensar né e a entender esse Panorama né dos últimos 10 anos e enfim pra gente ir eh construindo aí né Eh eh enfim assim o perdi a palavra mas pra gente se abrindo né Eh de certa forma construindo conceitos construindo ideias né paraa gente poder eh ter os debates
que se que vê a seguir de alguma forma mais organizados mais sedimentados né Então a nossa ideia nessa primeira temática é essa né e por isso as três professoras que tanto vem contribuindo com a nossa área né com a nossa formação né então só pra gente já eh deixar claro né a a gente organizou as falas da seguinte forma a primeira professora a falar vai ser a professora inissia Mendes da opcar né seguida pela professora Mônica caçar da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e a gente tem então um fechamento com a professora rosalba
Garcia da Universidade Federal de Santa Catarina eh qualquer questão que vocês queiram estar fazendo podem ir fazendo pelo chat a gente tá acompanhando o chat tá e depois quando terminar as três falas a gente vai ter um tempo para responder perguntas para abrir o debate para a gente poder dialogar né Eh sobre essa temática tão importante e Aproveitando né que hoje a gente tá com três pesquisadoras três professoras tão importantes paraa Nossa área né assim como o professor nozu eu também agradeço imensamente né Eh o aceite de vocês estarem com a gente hoje aqui nessa
noite tá bom muito obrigada eh e convido então professora enisia Mendes que as três professoras dispensam a apresentação né mas convido então professora enisia Mendes para ficar com a gente nesse momento né professora da Universidade Federal de São Carlos Boa noite e muito obrigado professora enicéia Eu que agradeço ó Flávia eh eu sou uma senhora idosa já já tá na hora de me aposentar eh Tenho cabelos castanhos eh Claros né uso óculos sou branca Estou vestindo numa camisa preta e tô aqui no escritório da minha casa na cidade de São Carlos no interior de São
Paulo Então eu sou da Universidade Federal de São Carlos e atuo há muitos anos já há 35 anos vai fazer que eu tô na universidade mas estão mais de 40 anos aí na área de educação especial aqui em casa eu tô no meu escritório que tem eh do lado eh direito de vocês né é um uma estante depois aqui tem uns quadros e um sofá e e tô aqui então no no interior da minha casa eh eu preparei uma apresentação eh pode subir o slide por favor eh para falar elencando aí eh cinco pontos e
e eu vou enfocar mais a política do Ministério da Educação né e elenquei cinco pontos de destaque pra gente analisar um pouco os dados e dos últimos 10 anos né de 2014 aí a 2023 então eu eu eh optei por falar sobre o financiamento a gente pode analisar a política de diferentes ângulos né mas eu vou enfocar a política nacional e vou discutir um pouquinho a questão de do financiamento da evolução das matrículas dos serviços de apoio da formação de professores e da regulamentação em termos de diretrizes documentos oficiais que surgiram aí nos últimos 10
anos né então vamos lá paraa questão do financiamento se a gente analisa o os 10 Anos Antes desse período que a gente tá eh considerando agora né Nós vamos ver que eh principalmente no segundo governo do do Lula teve muitos programas muito financiamento né educação inclusiva direito à universidade de implantação de salas de recursos de formação de professoras né da rede renafor o BPC na escola o plano nacional de Direitos da pessoa com deficiência que é o viver sem limite Então teve vários projetos programas ações né quando a gente começa em 2013 eh a gente
vai viver aí uma crise econômica e política né em 2014 a presidenta Dilma se reelege pro segundo mandato numa eleição de disputada né no meio a protestos contra o governo em 2016 tem um impeachment depois assume de 2016 a 2022 o governo temer né que que colocou a peec 55 que a gente chama de PEC do fim do mundo né com restrição eh do dos dos orçamentos todos né de financiamento e eh a gente vai ver que de 20002000 2018 a 2022 permaneceram permaneceu a o programa o único programa que permaneceu foi o da do
renafor né que é de formação de professores do ae que é feito através de transferência eh descentralizada para as instituições eh de ensino superior federais Então ela oferta com a oferta de cursos né de de aperfeiçoamento de especialização e ao invés do programa de sala de recursos que mandava equipamento para as escolas a gente vai e vai ver inaugurado o programa O pdde né o programa de dinheiro direto na escola sala de recursos multifuncionais e escola acessível depois esse escola acessível também vai ser extinto e tem também um programa avamec que era um conjunto de
cursos Auto instrutivos né que tinha acho que 12 cursos lá de 2023 a 2026 a gente vê que ficou o renafor e o pdde né hoje a gente tem praticamente dois progr dois carros chefes de programa eh de financiamento do governo Federal para as redes né uma é de formação de professores né E aí Tá previsto 130 113 milhões cursos que vão atingir praticamente 180.000 professores e o pdde sala de recursos com previsão de de aplicação de 770 milhões isso aí dá um potencial para contemplar 38.500 escolas públicas eh a gente tem na verdade 106.000
escolas públicas com matrículas de estudantes então em quro para 4 anos ainda é uma uma quantia modesta de escolas contempladas e as escolas São contempladas entre 20.000 a 45.000 no prazo aí dos 4 anos do governo né que é uma quantia que eh é pouco né para para fazer as coisas outra modificação que a gente teve né Eh a gente teve modificação nas regras do fundeb e praticamente em 2023 que é o aumento do fator de ponderação que passou de 1,20 para 1,40 então Eh um aluno da do público al da Educação Especial a rede
recebe paraa matrícula dele 40% a mais do que um aluno por exemplo de Ensino Fundamental e a contabilização da uma dupla matrícula quando o aluno frequenta o atendimento educacional especializado e as classes comuns né que isso vem desde 2010 isso foi mantido em 2023 Então teve essa modificação que implica num aumento de orçamento mas o recurso do fundeb ele é fixo né então para uma rede ela pode ganhar mais se ela tem matrícula de estudante se ela aumenta as matrículas de estudante mas ela pode perder de outro lado ou outra rede vai perder porque a
quantia do do recurso é fixa né Então essa foi a questão do financiamento eh depois eu vou fazendo minhas conclusões né aqui a gente vê a evolução de matrículas de estudantes da educação especial né então é um gráfico que tem três curvas a primeira não é bem uma curva né é um é um platô que é o número de estudantes de matrículas em classes e escolas exclusivas né que a gente sai de 186 vai para 154 então há uma diminuição ao longo dos últimos 10 anos depois tem a matrícula dos Estudantes escolarizados em classe comum
que sai de 699.000 e vai para 1617 1.617 7.000 né no prazo de 10 anos e aí você vê uma curva bem um pouco acima que a ela praticamente acompanha o número de matrículas na classe comum que significa que o aumento da matrícula eh no Brasil Ali tá se dando eh efetivamente nas escolas comuns né E aí se a gente fori ver quem são esses estudantes do público da Educação Especial então tem aqui um gráfico de de pizza né que de que compara a composição do público em 2014 e a composição em 2024 né O
que que a gente dá em 2014 nós tínhamos 13 diferentes categorias né em 2023 transtorno global de desenvolvimento síndrome de red síndromes de aspr e transtorno desintegrativo foi tudo englobado dentro do te então a gente passou a ter 10 categorias né O que chama mais atenção em 2014 nós tínhamos mais da metade de estudantes identificados como aluno com deficiência intelectual né e em em 2023 diminuiu esse um pouco menos que a metade mas a gente viu um crescimento muito grande dos alunos notificado com Transtorno do do espectro do autismo né que é uma faixa ah
laranja que era só uma fiaz inha da Pizza em 2014 e hoje tá mais que a metade de do público em 2023 né E você vê que sobra menos de 1/4 da pizza para se distribuir entre as outras categorias né Isso era eh antigamente era um pouco mais da metade né quase que 3/4 e e hoje 3/4 não né mais mais de um mais da metade e hoje ela tá quase reduzido a menos de 1/4 a distribuição dos dos alunos das outras categorias né das outras oito categorias de estudantes Então tem um um número maior
aqui de deficiente de alunos com deficiência física e de baixa visão isso é proporcionalmente né então o que acontece eu mostrei ontem aqui uma curva ã para vocês verem o crescimento né a curva do crescimento das matrículas na classe comum de de e alunos com deficiência intelectual é esse Verde então o que que a gente vê aí aqui eu tô apresentando aqui um gráfico com três curvas a primeira curva que é o o dos alunos de com deficiência intelectual a gente vê que é uma aceleração crescente que significa o quê o tem aumentado gradualmente né
essa esse número de alunos notificados como aluno com deficiência intelectual mas um dado que eu esqueci de falar lá no gráfico de de pizza é que 78% de todos os estudantes matriculados hoje eles caem ou na categoria de terra ou de deficiência intelectual né e sobra 22% pros outros conjuntos de oito categorias aí se a gente for ver a evolução das matrículas a gente vê que o crescimento das matrículas de de deficiência intelectual é uma curva crescente com uma aceleração eh comum né que que é fixa os alunos das outras categorias a gente vê que
começa tem um crescimento bem pequeno começa com 91.000 alunos e vai para 94 39 313 e vai para 394.000 Então tem um crescimento muito pequeno Inclusive tem uma queda né E que tá tendo uma ligeira recuperação mas a gente vê que é um praticamente um platô o número de alunos com deficiência visual eh cegueira baixa visão surdez deficiência auditiva sur do cegueira deficiência múltipla deficiência física quer dizer tirando deficiência intelectual e todo as outras o né a gente vê que não cresceu o número de matrículas eh muito e a gente vai ver um número expressivo
um crescimento assim vertiginoso exponencial de matrículas de estudantes com deficiência intelectual né com Transtorno do espectro do autismo Principalmente nos últimos 3 anos né então a gente se questiona Será que tá tendo evolução do acesso né os alunos com transtorn do espectro do autismo teve um crescimento de que 575.377 2.215 matrículas e as outras categorias todas somadas o crescimento foi de 81.746 51% é dos alunos com autismo 33 com os alunos com di e 17% do resto né Eh o número de crianças com autismo aumentou 18 19 vezes em relação a 2014 ao longo desses
10 anos dobrou o número de alunos com di e aumentou apenas 1/4 25% o os outros em relação a 2014 né então dá pra gente questionar Será que tá realmente tendo evolução até da matrícula do acesso né Eh tem aqui uns fatores de notificação mas não vou falar sobre isso não aí com relação a serviços de apoio a ela prevê então que o aluno tenha Eh que que ficar o tempo integral aí na classe comum né que é são 5 horas diárias em geral 5 dias por semana e mais o aee no no contraturno que
tem que ser complementar ou suplementar ou em sala de recursos multifuncionais ou em em centros de aee né E e aí o fundeb Ele conta o dobro se o aluno tem a e e se ele tem eh matrícula na classe comum se a gente for analisar a proporção de escolas com sala de recurso nos últimos 10 anos a gente sai de 13,6 de escolas que tinham na verdade assim se a gente for de 2013 tinha 24% 24,4 das escolas tinham sala de recurso e quando a gente chega em 2022 são 31,7 quer dizer 1/3 das
escolas T sala de recurso e esse número tem pouco variado ao longo dos últimos eh é 8 anos né é desde 2016 que praticamente não aumenta o número de escolas com sala de recurso e se a gente vou ver o número de alunos com eh que recebem o aee Esse número é 47% dos alunos então tem 53% apenas e só na classe comum com a ressalva de que nos últimos 10 anos teve um uma diminuição de 2,7 pontos percentuais no número de estudantes com que estão recebendo o aee aí tem um ponto também a ser
considerado que é o número de matrículas de estudantes da Educação Especial na educação integral eu fiz dois gráficos de barra o primeiro fala do aumento das matrículas de educação integral da população geral escolar na educação básica então em azul tá o número total de matrículas de estudantes em laranja tem o número de de de estudantes que que estão em educação integral em escolas de tempo integral né A gente vai ver que de 2014 a 2023 teve uma evolução muito pequena de de matrículas né cresceu um pouquinho se a gente vai pro pras matrículas da Educação
Especial que é o gráfico da direita Então são um outro gráfico de barra mostra em 2014 o número total de matrículas na Barra Azul né que dá cerca de 800.000 e a aí um número muito pequenininho de estudantes na educação integral quando a gente vai para 2023 a gente já vai ver que cerca de 1/3 das matrículas de estudantes da Educação Especial já estão na escola de tempo integral então crescimento de matrículas na educação integral de estudantes do público da Educação Especial foi muito maior do que a a da população escolar geral né O que
que isso implica implica o seguinte a eh escola integral não tem contat turno como é que fica o ae né nesses casos a política do MEC de educação integral e e educação especial elas estão conflitantes né então o que a gente percebe desde 2016 a proporção de escolas não aumenta que tem sala de recurso né apenas 13 pode ofertar o a você tem 47% dos alunos de 4 a 17 anos eh mas esse número deve ser maior Porque aqui não conta alunos de zer a TRS crianç 03 e jovens com 18 anos ou mais né
mas a gente tem 47% e tem 53% que não tem nenhum tipo de suporte né de 2000 2000 então houve o decréscimo isso já falei e você tem uma tendência eh crescente de matrículas em tempo integral então isso impacta no financiamento né impacta na oferta do aee tá e relação à formação de professores até eh de 1994 a 2009 nós tínhamos cursos específicos de Formação inicial de professor de Educação Especial nas licenciaturas e e pedag tinha uma licenciatura e uma pedagogia com habilitação e educação especial né Eh depois disso desde 2003 o ministério ele ele
reforçou a política de formação continuada na forma de curso de especialização eh privados ou às vezes também com oferta pública né mas o que que isso aconteceu houve uma ênfase na formação do professor do ae enquanto se negligenciou um pouco a formação do professor de ensino comum né Eh a o recrutamento de professores de de ae ele dependia de você conseguir conquistar pedagogos né eu falo dependia de pedagogos arrependidos ou seduzidos pela área de educação especial e a às vezes muitas pessoas assumiam a a a a a a sala de recurso ae mas hora que
tinha uma oportunidade ia embora isso cria rotatividade de mão de obra difícil de Formação né os professores pesquisa que a gente fez com 2.000 professores de sala de recurso a maioria era pedagogo especializado em psicopedagogia nem formação e especialização tinha né e na medida que os alunos foram alcançando níveis mais elevados que eles começaram a atingir Ensino Fundamental anos finais ensino médio a educação profissional tecnológica até a educação superior os pedagogos também começaram a ter dificuldade de competência para apoiar porque eles têm formação naem educação infantil e anos iniciais né então a gente tinha aí
um déficit de professores especializados e a partir de 2013 a gente observa algumas mudanças nos modelos de Formação né Aumentou a demanda por professores especializados conforme esses alunos começaram a ingressar mais nas escolas e a ao níveis mais elevados né fez emergir novos cursos de Formação Inicial específico principalmente em I privadas né nas públicas hoje só tem a Federal de Santa Maria a Federal de São Carlos e a Rural do Rio de Janeiro eh também surgiram os mestrados profissionalizantes os mestrados profissionais né do profei da UFRN e da UFAL e em 2023 teve uma um
par for Equidade Educação Especial foram aprovados 32 cursos de licenciatura em educação especial inclusiva com oferta de 1790 vagas então a gente começa o período com uma ênfase assim na formação continuada né que eu acho que não resolvi o problema da formação e a gente tem algumas outras perspectivas de ampliação de oportunidades de cursos de formação de profissionais na área na em relação à formação de professores de ensino comum eu só citei aqui vários documentos que que desde 1994 né no conjunto A gente tem três leis e três resoluções e uma portaria começa com uma
portaria do MEC recomendando a inclusão de de conteúdo nas disciplin nas disciplinas de formação de professores depois a LDB eh você tem a várias leis tudo eh sugerindo o pne a lbi né que tem um item específico eh abncc você tem vários dispositivos legais eh recomendando não que seria obrigação de alterar os cursos de formação de de professores da da eh das licenciaturas né Eh a formação Inicial e daí mas você tem pouco efeito na verdade nessa nessa nesses dispositivos aqui né então tem três leis três resoluções sem resultados para mudar substancialmente né quando tem
uma disciplina ela mais provável que tenha nos cursos de pedagogia eh tem mais cursos eu acho que de libras do que de de sobre educação especial educação inclusiva né e e tem aí a promessa do plano vi sem limites que promete aí formar de 63.000 professores e 16.000 gestores de Educação Especial na na rena no renafor e de 8.250 professores de sala comum isso não é nada porque o Brasil tem mais de 1 mil. mil professores com estudantes com matrícula de estudantes do público da educação especial né e e ainda promete 100% de capacitação dos
profissionais dos nnes né nas redes de instituições federais do ensino superior Vamos ver em termos de regulamentação né Eh a gente fez uma análise de de 2013 a 2012 e de 2013 a 2022 dos documentos Todos que saíram desde leis decretos notados técnicos resolução portaria parecer técnico Medida Provisória documento norteador né tem nesse livro aqui que eu tô colocando que é de acesso livre tem esse estudo dos documentos que foram publicados em relação à política nacional de Educação Especial na Perspectiva da educação inclusiva né O que que a gente observa eh reduziu o número de
de documentos né até o presente Eh esses documentos 41 documentos que foram publicados 30 notas técnicas só até 2018 praticamente que tem documentos né Você tem um período aí difícil 2013 eu só destaquei os os mais importantes documentos 2014 teve o pne o Decreto que regulamentou a o a lei Berenice Piana eh em 2015 teve 10 documentos Mas o mais importante é a lbi né e a nota técnica para organização da oferta no do ae na educação infantil em 2016 você tem notas técnicas eh e um documento do MEC eh abordando a política os resultados
da política em 2007 você já começa o o não aparece mais documento tem a narrativa de que tem que revisar a política né foram contratados Consultores para fazer uma proposta nova e 2018 rola aquele documento da política educacional inclusiva mas ela não foi publicada né ela foi para consulta pública mas não virou nada em 2009 Você tem o Decreto que extinguiu a secadi em 2020 você tem a pandemia e o decreto 10502 né que tentava flexibilizar aí o princípio da inclusão Eh aí o decreto foi revogado em 2023 né em 2023 também tem o plano
viver sem limites e o plano de afirmação e fortalecimento da política nacional que na verdade é uma cartilha e um PPT né Mas de fato a gente tem 7 anos sem documentos oficiais norteadores diretrizes da política de Educação Especial a gente teve eh legislação importante aprovada nesse principalmente aí nos últimos anos nesses últimos 10 anos e a gente não tem diretriz paraos pros sistemas eh de ensino né então conclusão em em relação ao financiamento houve retração do orçamento e isso impacta o avanço das políticas locais eh o acesso à escola as matrículas crescem Principalmente nos
últimos 3 anos mas em decorrência do aumento da notificação de alunos com té então houve mudança na definição eh pessoas que não eram considerados autistas começaram a ser considerados né então a gente não sabe se elas já estavam na escola antes e não eram notificadas né então não dá para dizer que que que que tá vendo de fato o avanço na na no acesso de de estudantes né apesar do momento de matrícula os serviços de apoio o modelo de ae contraturno em sala de recurso ou centro de ae já mostrou seu esgotamento principalmente para escolas
pequenas e não urbanas falta apoio qualificado na classe comum isso gera atencion momento na escola aumenta a precarização dos apoios que a gente vai ver com a contratação indiscriminada de profissionais de apoio com o aumento da judicialização nãoé eh as redes de ensino Elas começam a Inovar e criar outros modelos de e para solucionar seus problemas por exemplo a e colaborativo de docência segundo Professor Itinerante que são um serviço de apoio mais no contexto da classe comum né Eh há ainda uma definição de como deve ser o o em escola de tempo integral em relação
a financiamento como se organiza os apoios né se se precisa de intérprete o tempo inteiro eh como é que você como é que as famílias vão eh equacionar o problema dos atendimentos intersetoriais também com a e e com a escola de tempo integral e e É um cenário que predispõe a a terceirização do ae né a a o desvio para para pro centro de atendimento paraas instituições prestarem a ae e E isso também aumenta a desigualdade das políticas locais porque aí cada município ou rede estadual vai buscar o seu o seu modelo né E daí
com isso você aumenta aí a as desigualdades a formação de professores Considero que houve um avanço né com o aumento da eh a gente sai de uma política de formação continuada que favorecia o aliger momento a precariedade a privatização né porque a maioria dos cursos era privado e e a formação do professor de ensino comum a gente não tem muito muito muita evolução né a regulamentação a gente tem conflitos entre políticas a gente tem falta de diretrizes né E falta documentos norteadores então o que que a gente a gente vê no período eh e tem
o pnl aí né no período anterior a gente vê um período de centralização com aumento de financiamento a a a profusão de diretrizes né agora o que que a gente tá vendo um um momento de descentralização desregulamentação e ampliação das das desigualdades Isso é uma tendência né quem Analisa política por exemplo o Ball fala de heterarquia fala que hoje não é o ministério que define a política você tem um conjunto de atores uma rede que define como é a política né De qualquer forma embora isso seja você tem grupos privados tem as Fundações tem n
interesses que acabam influenciando as políticas mas ainda assim eu acho que o MEC ele tá numa posição muito proativa muito reativa né e vou e deixando protagonismo para Estados municípios para o Congresso Nacional com m 300 pls com o Conselho Nacional de educação né A exemplo do parecer 50 ten qu na ausência de diretriz alguém vai atar exposição Então embora a gente compreenda o o a a restrição orçamentária teria muita coisa para se fazer no mec que não tá sendo feito né isso que passei do tempo Flávia não foi super correto niceia agradece muito a
professora nissia assim dados importantíssimos eh questões fundamentais pra gente estar pensando né Eh eu acho que tem teve um um um Panorama histórico muito aprofundado com muitos muitas informações importantes e muitas reflexões importantes Enia professora Enia continua com a gente aqui né já tem algumas perguntas mas a gente vai abrir as perguntas para mais tarde tá quando a gente todo mundo tiver falando né então muito obrigada professora Enia daqui a pouco a gente volta e agora então eu conv né a professora Mônica caar da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul Mônica mais uma vez
muito obrigada passo a palavra para ti Muito obrigada Flávia é um prazer est aqui eu gostaria de começar a agradecendo o convite Gentil convite feito pelo GT1 e feito pela Associação Brasileira de pesquisadores em educação especial é um prazer realmente estar aqui com vocês com Flávia com o professor Washington também queria agradecer ao Fábio que aí tá no na retaguarda a Juliana e a Natasha que estão aqui conosco eh bom meu nome é Mônica caçar Sou professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul no Campus do Pantanal na cidade de Corumbá eh eu tô
na minha casa eu eu sou uma mulher tenho 63 anos sou bem magrinha minha pele é morena clara cabelos castanhos escuros bem lisos cortados bem curtinho eh tô usando um óculos de leitura eh tô usando um fone de ouvido para tentar evitar o som de Fora eh tô vestindo hoje uma blusa que é cor de cereja sem manga Aqui está muito quente atrás de mim tem uma estante branca com vários livros e uma tela de computador diz Obrigada atrás de mim bom é um prazer grande como eu já falei tá aqui antes de começar minha
apresentação eu queria apenas fazer um registro da minha indignação com a situação ambiental absurda que parte do país está passando inclusive aqui nós em Mato Grosso Sul e que nós vemos diminuir gradativamente a capacidade hídrica do Pantanal Então gostaria de deixar meu registro aqui gravado inclusive bom Eh Fábio por favor poderia subir minha apresentação Obrigada Fábio bom eh eh minha minha fala hoje eh tem um caráter bastante provocativo não necessariamente com respostas à questões que eu vou trazer eu gostaria então de hoje compartilhar com vocês alguns aspectos da nossa política que tem bem vindo à
cabeça a partir de leituras dos nossos colegas aqui leituras de trabalhos de rosalba leitura de de trabalhos de niceia e de outros colegas de Washington Flávio enfim de vários colegas aqui e de colegas também no campo da saúde e é sobre essas eh inquietações que eu gostaria então de hoje dividir com vocês Tá então vamos lá bom nós eh e vamos discutir um pouquinho sobre as condições de atendimento escolar para estudantes com direito à educação especial no Brasil eh queria já começar com esse título pelo seguinte quando eh eu fui Eh escrever o título eu
pensei eh condições de atendimento ao público alvo da Educação Especial aí eu fiquei pensando que na verdade eh o meu foco não queria não eu não gostaria de de debruçar o meu foco foco ao público ó da educação especial porque justamente é essa que é a questão que eu gostaria de H eh duvidar quer dizer trazer a dúvida para vocês ou compartilhar com vocês essas eh eh dúvidas em relação ao que que significa educação especial no nosso país e o que que significa Educação Especial numa política que é universal uma política educacional Universal tá Então
vamos lá então por isso eu coloquei o título de condições de atendimento escolar para estudantes com direito a acesso a educação especial no Brasil então nós estamos aqui diante de políticas de acesso Universal eu delimitei a política educacional e o Sistema Único de Saúde embora a questão que vai me levar agora é a questão Educacional mas trago a questão de saúde porque ela vai permear o que eu gostaria de compartilhar com vocês então a nossa política educacional ela é obri ela fala da do acesso Universal a todo brasileiro quer dizer toda toda a população ela
é especialmente obrigatória para crianças e jovens de eh 4 a 17 anos Isso significa que inclui parte da Educação Infantil todo Ensino Fundamental e todo ensino médio ela é gratuita deve ser gratuita nas instituições públicas e também nessa política Universal Pelo menos é garantida existe a garantia de oferecimento de atendimento educacional especializado então nós olhamos a totalidade da educ da política educacional com essa rapidamente com esse perfil por outro lado nós temos também um sistema universal de saúde que é o sistema único de saúde e que tá ali garantido que a saúde é um direito
fundamental do ser humano devendo o estado prover as condições indispensáveis para o seu pleno eh exercício e existe ali a garantia então de assistência terapêutica integral e aí eu chamo atenção nisso e a universalidade do acesso a todos os níveis de assistência e necessidades bom então estamos aqui num país que nos garante essa acessibilidade bom no entanto eh as a meu questionamento começa ldar eh vem justamente agora quando a gente começa a pensar de fato se o nosso atendimento é universal ou não tá E aí eu busco aqui é um slide eh para quem não
tá eh Seguindo os slides os slides estão servindo apenas como ponto de apoio para minha Fala então o que está no slide eu estou relatando quer dizer eu tô falando e tem um slide aqui que tem o título antecedente Salamanca 1994 percepção de uma escola para todos então aqui eu trago um trechinho do texto original em espanhol publicado com apoio da Unesco em 1994 e que falam o que vocês todos conhecem de a importância de que todas as crianças jovens e adultos com necessidades educacionais ou educativas especiais estejam no sistema comum de educação é assim
que estava ali no momento e que os sistemas educativos deveriam ser desenhados e eh os programas aplicados de modo que que leve em conta toda a diversidade da população todo mundo conhece isso daqui e que as pessoas com necessidades eh educativas especiais deveriam ter acesso à escolas comuns né e que deveriam integrá-los ou como foi depois traduzido incluí-los e eh a partir de uma pedagogia centrada no do aluno então nós temos aqui o que todo mundo sabe também uma proposta de educação que vem no espírito então do que passou a se chamar educação inclusiva de
que a escola é universal ela é para todos e é para todos com todas as suas características qu dizer toda a população com indiferente das suas características essa seria a tendência eh proposta ali nesse documento de 1994 então quando nós vamos olhar a política de Educação Especial aliás perdão antes chegar na política de Educação Especial quando nós nos voltamos à LDB brasileira Ou seja a política educacional brasileira nós temos ali no no artigo 58 entende-se por educação especial para os efeitos pá modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educandos com
deficiência transtornos globais do desenvolvimento ou as habilidades de superdotação E aí para esses alunos haverá oferecimento de serviços de apoio especializados na escola e essa população então teria direito a currículos métodos técnicas e recursos educativos então a gente vê que na LDB de 96 a população que tem direito a um currículo método técnicas e qualquer tipo de apoio especializado é apenas o educando com deficiência transtornos globais de desenvolvimento ou as habilidades superdotação que mais tarde vai ser definida claramente na política nacional de educação Especial na Perspectiva da educação inclusiva de 2008 então nós temos uma
uma uma uma política educacional que é universal mas ao mesmo tempo ela é restritiva para receber pessoas crianças e adolescentes que não eh eh que TR Tragam condições diferenciadas Nem todas as condições diferenciadas TM direito a um atendimento educacional especializado tá então a população com direito a ser atendido Pela Educação Especial são os educandos com deficiências E aí todo mundo já conhece tá dentro de uma escola para todos e aí compartilho com vocês motivos da restrição hipóteses de trabalho então levanta aqui duas hipóteses que não são excludentes inclusive que têm sido discutidas pela literatura primeira
hipótese restrição da população para evitar a patologização da infância Então você restringe com medo de que toda a criança seja enviada para educação especial então diante do processo pelo pelo que o país passou década de 70 80 e 90 é um cuidado eh necessário você Tá com que todos os alunos sejam eh transformados em deficientes E aí eh encaminhados para educação especial que nós já tivemos isso na história Então essa seria uma hipótese a segunda hipótese seria recursos escassos para efetivação dos atendimentos como nós temos poucos recursos você delimita a população que teria direito a
ser atendido pelo quer dizer receber um atendimento educacional especializado E aí você tenta com esse pouco recurso atender uma parte da população argumento sustentação da hipótese um restrição da população para evitar essa patologização o que nos leva a entender essa possibilidade a própria eh os próprios documentos orientadores do ministério educação deixa muito claro de que eh para que o aluno eh seja entendido como público alvo da Educação Especial e seja inclusive cadastrado como tal no Censo escolar não é necessário o laudo médico é necessário apenas um dos um dos documentos o plano de ae o
plano de Educacional individualizado ou uma avaliação biopsicossocial da deficiência ou um laudo médico então fica muito claro nos documentos orientadores que o laudo médico não é necessário talvez com uma tentativa de não transformar a situação do atendimento educacional especializado numa patologia ou ou na preocupação de transformar todo aluno em deficiência ou em pessoa com deficiência e isso tá muito claro por exemplo eh na na no glossário da Educação Especial por exemplo do INEP que diz cabe destacar que o laud do médico não é documento obrigatório para o acesso à educação ao atendimento educacional especializado nem
para o planejamento de ações educacionais que devem estar acessado em princípios pedagógicos e não clínicos Então tá claro tá clara aqui a orientação pedagógica e tá claro também a a a orientação de que do acesso ilimitado precisou de atendimento educacional especializado a criança deveria ter acesso tá e tem ainda uma chamada atenção ausência do laudo médico não pode impedir o acesso do aluno à educação Ou seja a matrícula escola e nem o atendimento educacional especializado ou seja não é porque a criança não tem laud do médico que vai deixar de ter atendimento educacional especializado bom
mas sustentação agora da hipótese dois a questão dos recursos escassos o que também nós encontramos na literatura aqui eu trago um trabalho eh de Barbosa e sardanha publicada em 20 em 2020 e é uma fala de um depoimento docente no trabalho das das autoras diz assim o aluno a a depoimento da professora o aluno só vai ser atendido aqui na sala de recursos se ele tiver um laudo especificando a deficiência se o aluno não tiver nenhuma deficiência ele não é atendido na sala de recurso tá então literatura tá cansada de nos mostrar isso a explicação
eh um artigo de pav e do mades nos ajuda a entender a exigência do laudo cria um fôlego para as secretarias tanto no sentido financeiro quanto no que se refere ao recrutamento de pessoal ou seja impedindo com que eh exigindo um laudo que geralmente não é na área da Educação que se consegue mas na área da saúde por isso eu chamei a atenção aos SUS você diminui a lista de espera você barra um pouco a solicitação para que enquanto isso eh se enrole porque aí tem crianças e famílias que ficam anos atrás de laudo e
não conseguem porque o SUS também não dá conta da demanda E aí ocorre eh Um dos problemas que é eu vou chamar aqui como comércio de laudos mas a gente vai chegar nisso daqui a pouquinho tá e o que que acontece Então o que acontece é que a hipótese da escassez de financiamento de recursos fica muito claro fica muito Evidente na situação da delimitação de quem vai ter o atendimento ou não numa educação que deveria ser Universal tá E essa questão da ação fica tão evidente que inclusive aí novamente eu tô aqui num documento do
INEP orientador do INEP ali do censo escolar que diz o seguinte atenção pessoas com transtornos funcionais específicos como transtorno de Déficit de Atenção hiperatividade discalculia disgrafia dislexia bem como as dificuldades de aprendizagem não devem ser declar ao Censo escolar como tendo deficiência a questão é perfeito isso não é uma deficiência a questão é que se eles não são declarados como deficiência Eles teriam direito a alguma forma de atendimento educacional especializado então vai se criando uma situação em que para ter direito a alguma forma de atendimento educacional especializado você precisa de um laudo mesmo que documentos
orientadores não exigem o laudo mas na verdade exige porque se não tiver o laudo ele não tem direito a ter atendimento educacional especializado por quê Porque o atendimento educacional especializado no país está vinculado à existência da Educação Especial que por sua vez está está vinculada a existência de um determinado grupo de pessoas entendidas como pessoas com deficiência pessoa dos eh transtornos do espectro do autismo altas habilidades e superdotação E aí então Volto à questão dos laudos o SUS é público ou privado ou seja como está também a questão da organização do SUS na no vínculo
com os laudos que são solicitados pelos estados e municípios para que de fato o aluno tenha direito a um atendimento educacional especializado Então por um lado tem o que eu tô chamando de comércio de laudos porque o SUS não dá conta e aí tem surge ido clínicas e clínicas para possibilitar laudos os mais variados paraa população seja de teia seja de deficiência intelectual que são os dois as duas populações que nós temos aqui um grande número de de pessoas com esse tipo de Diagnóstico tá E temos também eh uma privatização do SUS eh trazida aqui
por uma pesquisa de Machado falando o seguinte organização de grupos empresariais que além de diversificar a atuação do setor de saúde lograram indicar quadros para órgãos públicos e ocupar espaços com a crescente influência sobre a agenda política em vários âmbitos então o Privado não está só ali no atendimento o privado está dando cartas na política na política o quê pública na política que deveria ser de acesso Universal então não há possibilidade de se construir um sistema de fato público Universal sem enfrentar interesses econômicos que reforçam os espaços dos mercados no setor e padrões do consumo
dos serviços de saúde tá bom educação e saúde agora terminando terminando não chegando a essa questão das da minha das minhas eh angústias divididas com vocês educação ela é universal a todos independentemente das características e condições dos Estudantes me parece que não ela me parece que ela é universal sim no sentido de que a matrícula está garantida por lei inclusive no sentido de que caso aquela criança por algum motivo tem a necessidade de alguma forma de atendimento educacional especializado a universalidade c por terra porque o atendimento educacional especializado é visto apenas como uma responsabilidade da
Educação Especial e a educação especial organiza a política Educação Especial se organiza a partir de um grupo de população ela é restrita a uma determinada população e quem não está dentro dessa população não há previsão de qualquer outra forma de atendimento educacional especializado então atendimento educacional especializado está vinculada a ideia de Patologia da forma como não poderia poderia não estar mas acaba estando da forma como é construída e emcada toda a política educacional sustentada inclusive eh em integração com a política de saúde porque afinal de contas a política de saúde funciona com a identificação de
um Cid se não tem Cid não tem atendimento e a essa lógica do Cid tem entrado dentro da escola que deveria ser para todos independente das suas características tá então o artifício que se impõe para que a criança o jovem o adulto que tenha alguma necessidade Educacional especial para que tenha algum tipo de atendimento educacional eh especializado se impõe o artifício do laudo médico aí a busca do laudo para recebimento de alguma forma de atendimento o que tem sido o que tem ocorrido inclusive nas questões ligadas à judicialização de que não é apenas para o
atendimento educacional especializado é para profissional de apoio e outras formas de atendimento E aí nisso o que nós percebemos que existe os casos de judicialização tanto na educação quanto na saúde que perpassa eh a população que é o público alvo da educação especial e no caso da educação tentando buscar essa garantia do atendimento educacional especializado no caso da Saúde tentando buscar as garantias de de saúde no caso das terapias então Eh o que que nós temos aqui nos processos de judicialização vem A grande questão a medicina deveria decidir a forma de atendimento educacional porque quando
você eh traz necessariamente a obrigação de um laudo para o atendimento educacional especializado você está fazendo uma avaliação biomédica daquela pessoa e não pedagógica por deficiência e atendimento educacional especializado não estão necessariamente no mesmo patamar existem pessoas com deficiência que não tem sempre necessidade de receber um atendimento educacional não especializado em todos os momentos como existem pessoas sem deficiência que T necessidade Em alguns momentos na vida de receber um atendimento educacional especializado no entanto as formas de judicialização para conseguir esse atendimento acaba fazendo com que o modelo médico de deficiência prevaleça sobre as questões educacionais
e eh tem depoimentos em escolas dizendo os alunos já vê com laudo e muitas vezes indicando o tipo de atendimento pedagógico que ele deve ter bom eh tô já quase chegando ao fim queria chamar a atenção de uma questão interessante levantada por um artigo desenvolvida por uma pesquisadora Cristina merlette ela é do campo da Saúde ela faz uma ela faz um histórico interessante sobre o laudo médico e a questão do teia ela lembra nas pesquisas ela foi fazendo levantamento que o laudo médico já teve anteriormente o impacto contrário à educação essa criança tem o laudo
de tgd transtorno global de desenvolvimento associado a epilepsia por exemplo então não cabe na escola ela não tem condições de frequentar a escola regular Esse é era o papel do laudo após principalmente 2012 ela ela faz uma revisão de que o laudo passou ter outra função no campo escolar e assistencial porque a família busca o laudo para ela ter direito à escola porque a lei obriga que ela tenha direito à escola e é que ela também tenha uma vaga garantida e tenha também o seu atendimento educacional especializado garantido isso ela chama atenção não significa que
não tem vários consequências nefastas no laudo que muitas crianças recebem sem inclusive sem o suporte adequado bom E aí concluo mesmo com a minha hipótese atual que a forma Então como a política educacional e a política de Educação Especial na Perspectiva de educação inclusiva inclusive já levantado por Alves e duat em 2011 e ainda mais o SUS do MOD que eles são toda essa política é gerida Pelos poderes executivos tem colaborado para o aumento da medicalização na educação e aí a política Educação Especial na Perspectiva da educação inclusiva talvez ao delimitar um grupo populacional por
sua condição deficiência também favoreça ISO Será que não seria hora da gente criar uma política de Educação Especial com foco nas ações de atendimento às especificidades e não em um determinado grupo populacional então termino aqui dividindo as minhas angústias atuais com vocês muito obrigada espero não ter passado muito do tempo obrigada mesmo imagina Mônica a gente que agradece as excelentes contribuições né na verdade a gente agradece por você partilhar as suas angústias com a gente né Eh muito pertinentes e muito importantes e eu fico pensando muito né ouvindo Enia te ouvindo né assim o como
é é preciso a gente pensar n algo que a literatura vem apontando né todas as pesquisas vem apontando eh paraa questão do eh do dos sujeitos né que hoje são focalizados nas políticas de educação esp e pras formas de atendimento né e sobretudo quando a gente pensa no trabalho coletivo né como é que o trabalho coletivo vai encontrando ou não sustentação nesses cenários né no cenário que niceia tava apontando anteriormente agora né com as reflexões que você traz né então só tenho agradecer a sua fala você partilhar com a gente as angústias e as reflexões
porque elas são extremamente importantes aí pra gente tá construindo e pensando junto né o conhecimento no nosso nosso campo Muitíssimo obrigada Mônica daqui a pouco a gente volta pro debate tá bom eh dando continuidade então eu convido agora a professora rosalba Garcia da Universidade Federal de Santa Catarina né para est encerrando né as falas agora da nossa noite né e agradecer imensamente antes rosalba só é porque a gente tem mais de 300 pessoas acompanhando a gente nesse momento no YouTube né a gente vê pessoas do Brasil inteiro né manifestando aqui e paraa gente é um
prazer muito grande assim eh ter vocês com a gente né ter gente todo mundo aqui nesse momento pensando junto né E aí eu acho que isso só marca eh o como nós da educação né em especial né pela pelas falas não pelas pelas manifestações aqui no chat no chat nós professores da de instituições públicas seja de Educação Básica ou de ensino superior né A somos e estamos extremamente comprometidos né com a política nacional de Educação Especial na Perspectiva da educação inclusiva com a educação pública brasileira né Eu acho que nesse momento é importante a gente
reafirmar né a importância né dessas reflexões né E de de ter todos aqui pensando junto com a gente rosalba muito obrigada por você tá aqui hoje com a gente obrigada Flávia boa noite boa noite para quem tá nos assistindo eh vou começar então aqui me descrevendo Eu sou uma mulher branca de 60 anos então Meus cabelos estão mistos entre castanho e grisalhos eh ão são curtos na altura da nuca repartidos ao ao lado pro lado direito eh eu tenho uma pele clara uso um óculos redond de armação Redonda um aro preto e tô vestindo numa
camisa em tom de brancoa e rosa tô também na minha casa e e atrás de mim tem uma estante de livros bom eu queria cumprimentar né as as colegas que que me antecederam a inia e a Mônica né pela por essa composição mas queria não só cumprimentá-los mas agradecê-las né pela pelos elementos que Já trouxeram eh para pro nosso debate hoje aqui e também queria começar cumprimentando reconhecendo né a a a importância desse momento eh oportunizado tanto pelo gt15 da amped como pela bpe né Eh considerando fundamental esse debate né esse balanço das políticas eh
e numa numa situação que eu vejo muito particular né que é eh reunir as duas associações científicas brasileiras do campo da Educação Especial no momento em que eh nos é exigido como como pesquisadores desse Campo pesquisadoras desse Campo tomadas de posição né então acho que isso é bem importante aqui para nós eh e principalmente no sentido de que a gente possa eh estabelecer uma relação de autonomia né nos na forma como nós vamos eh eh participar né da das formulações das políticas públicas pressionar ou não pressionar como é que nós vamos nos posicionar em relação
a isso né Eh também quero dizer eu não vou trabalhar com nenhum tipo de de apresentação de de slides vou fazer aqui uma conversa com vocês a partir de um um um um registro né de reflexões mas que essas reflexões não são apenas minhas né são de de coletivos e aqui eu quero cá então o grupo de estudos sobre educação especial o gep que é vinculado ao grupo de estudos sobre política educacional e trabalho o gepeto ambos eh em funcionamento no centro de ciências da Educação na Universidade Federal de Santa Catarina e também dizer que
as reflexões que eu vou apresentar aqui elas eh pelo menos em parte já foram compartilhadas né com os pesquisadores colegas de várias universidades que são vinculados ao ciclo interinstitucional de debates sobre a educação especial na atual conjuntura eh agradecer Natasha e Juliana e o Fábio também que está na no nosso apoio aqui então vamos lá pessoal vamos começar aqui algumas ideias mas eh com a tarefa de manter vocês que já devem estar cansados e cansadas manter vocês aqui Ah ainda né ativos na na transmissão bom a tarefa que eu né capturei que nos foi nos
foi colocada eh era de compreender o panorama dos últimos 10 anos das políticas de Educação Especial no Brasil né Eh mas pra gente poder fazer isso e Mônica e enice já indicaram esse caminho nós precisamos recuar um pouco mais né então Eh vamos recuar um pouco mais para procurando trabalhar com a seguinte tese né que nos últimos 10 anos nós temos a Constituição de forças políticas que atuam na educação especial em embate de posições de concepções de definições acerca de como deve ser formulada e implementada a educação especial no Brasil né E E essas forças
atuando dessa forma força as políticas organizações sujeitos individuais e coletivos eh atuando eh nessa nessa relação de embate geraram nos últimos eh 30 anos vamos vamos trabalhar com essa com esse recu né Eh a produção e consolidação de um consenso na área da Educação Especial e que consenso é esse o Consenso da perspectiva inclusiva então eu vou trabalhar com essa tese aqui expor um pouco para vocês como é que a gente chega nisso eh e e e boa parte do que as colegas que me antecederam trouxeram de forma de dados de descrição de alguns elementos
vão conversar com isso que a gente vai trazer aqui então nós temos desenvolvido né Essa Ideia de que vem sendo produzido no Brasil um consenso em torno de uma perspectiva inclusiva paraa Educação de uma mod geral e paraa educação especial de modo específico e aqui eh fazer uma indicação do né teórico conceitual né Nós estamos trabalhando com a ideia de produção e disseminação de consenso eh a partir da das formulações do Antônio gram né Para quem a produção do Consenso é um aspecto constitutivo próprio né da ação intelectual no processo de produção de hegemonia Então
nesse sentido a a produção e disseminação de um consenso de um conjunto de ideias se apresenta sempre vinculada a uma tarefa educativa organizativa diretiva e conectiva dos intelectuais que em seu conjunto constróem e difundem uma determinada ideologia né então eu não vou analisar hoje nenhum programa específico da Educação Especial mas vou trabalhar com essa ideia de projeto político concepção né então uma relação uma discussão mais de pano de fundo tá eh nesses 30 anos nós identificamos que participam da formulação e disseminação do Consenso sobre a perspectiva inclusiva vários grupos e forças políticas que se organizam
eh de diferentes maneiras primeiro organizações multilaterais né Unesco Banco Mundial ocde eh essas organizações multilaterais elas falam atuam em nome do Capital internacional então o interesse sobre a educação pública é o interesse de classe de uma classe capitalismo né n duas classes que estão organizadas na sociedade capitalista os burgueses e os trabalhadores né Vamos trabalhar com essa com essa simplificação eh Então essas organizações multilaterais vê formulando políticas públicas para a educação da classe trabalhadora mas tem lado né tomando lado então ainda que tratem de direito à educação né eles estão falando disso a partir de
um lado da moeda eh um segundo grupo que se organiza em nível nacional o empresariado né então a Mônica já falou um pouco aí a nce também mencionou eh e aí como é que como é que os empresários têm se organizado e atuado na educação mediante institutos Fundações empresariais eh um terceiro grupo organizações políticas de pessoas com deficiência tem atuado né Eh em prol de difundir uma de de elaborar uma perspectiva de educação inclusiva né vinculado aos seus interesses políticos né Eh um outro grupo organizações de instituições associações federações que atuam no atendimento das pessoas
com deficiência né E que atuam hoje fortemente no âmbito do Legislativo né no Congresso Nacional eh movimentos sociais diversos né representativos de muitas pautas e pautas legítimas pesquisadores acadêmicos professores da educação superior professores da Educação Básica que também se organizam né e mais recentemente olha só que curioso quem tem falado pela educação inclusiva organizações industriais como Sesi organizações comerciais como Cesc e organizações financeiras como P COB então só para trazer um pouco esse Panorama né a nce falou falou sobre isso né quem tá formulando a política né a sociedade civil articulada a sociedade política né
então não é o governo não é o estado estrito que corresponderia a governo mas há uma disputa de concepções há uma disputa pelo projeto Educacional especificamente na Educação Especial nós vamos então para tratar desses 30 anos identificar Três Gerações de políticas de perspectiva inclusiva certo com variantes de concepções e de definições do que seja uma perspectiva inclusiva constituindo então ao longo desse período um consenso mas dentro desse consenso uma disputa pelo conteúdo e pela forma desse consenso né então o fato de ser um consenso não quer dizer que não tenha conflito interno primeiro vamos lá
na década de final da década de 90 né as políticas de universalização do Ensino Fundamental dos anos 90 no Brasil né a a Mônica mencionou isso articuladas as orientações do movimento internacional de educação para todos essas políticas internacionais vão contribuir no Brasil paraa formulação das diretrizes nacionais para educação especial na Educação Básica aquele documento lá de 2001 que todo mundo já estudou nesse momento né naquele momento a proposição tava colocada tava apoiada numa diversificação de serviços de Educação Especial de acordo com as condições individuais dos Estudantes então aí a gente já nota que há um
reconhecimento do direito à educação escolar posto na Constituição Federal e vai tá né vai est presente na LDB mas esse reconhecimento ele já é de do direito ele já está transmutado em serviços né Eh serviços que desde a década de 90 no Brasil já podem ser prestados pelo setor privado e aí a gente vai chamar aqui a o entendimento de uma lógica gerencial atendimento serviços focalizados isso tem a ver com a fala da Mônica a Mônica trouxe isso né a política é Universal mas a o modo como a política é gerida é numa lógica gerencial
com serviços Então focalizados não é para todo mundo né Eh Então já então já estamos falando aí de um regime de políticas neoliberais e de uma lógica gerencial da gestão Educacional no Brasil isso significa para educação especial focalização dos atendimentos alguns grup tem atendimento outros não apesar daquele slogan da universalização né então esse slogam ele amálgama traz essa articulação de aceitação dessa política Mas a forma como a política vai sendo implementada não né Aí nós temos a focalização Então essa seria para nós a primeira geração de política de perspectiva inclusiva paraa educação especial no Brasil
ela coinci com o período histórico do Governo dos dos mandatos do governo FHC eh a segunda geração de política de perspectiva inclusiva na Educação Especial brasileira ela está formulada nas diretrizes nacionais para Educação Especial na Perspectiva inclusiva de 2008 é o que para muitos de nós seria a política de perspectiva inclusiva né Eh as ênfases dessa política estão no acesso à educação escolar a permanência e a participação dos estudantes na educação escolar regular classe comum com apoio do atendimento educacional especializado então tem fortemente colocada aqui uma tese de acessibilidade escolar e curricular com a manutenção
da gestão gerencial isso não se altera né de forma que aí então o atendimento educacional especializado agora é proposto numa forma de atendimento único né na sala de recursos eh prioritariamente na sala de recursos multifuncionais eh mas o aee continua sendo proposto de forma focalizada e não universalizada né a nce trouxe esses dados né 40% dos Estudantes 31% das escolas eh longe de ser universalizado essa segunda geração ela corresponderia ao período histórico que aglutina os dois primeiros mandatos do governo Lula e os mandatos de governo Dilma mas a gente estende para um p né para
2013 a 2016 então a terceira geração de políticas de perspectiva inclusiva na Educação Especial brasileira está formulada no decreto 10502 de 2020 eu sei que aqui é polêmico né nem eh Como assim a rosalba tá dizendo que o decreto 1052 é uma proposta inclusiva Não eu não estou dizendo isso eu estou dizendo que no Brasil foi formulada uma política uma proposição que se diz se intitula como de de eh o decreto traz né a a a instituição de uma política equitativa inclusiva e de aprendizado ao longo da vida né esse decreto que é o decreto
do do presidente do então Presidente Jair bolsonaro ele contesta a política de 2008 mas ele não é uma proposta genuinamente Nacional ele tá articulado a agenda 2030 do desenvolvimento ável da Unesco né Eh a NC mencionou né a crise a crise do Capital né que a gente vai ter em 2008 mas que no Brasil vai ter vai cheg vai chegar os efeitos dela um pouco mais tarde aqui no Brasil e nós vamos ter toda o Né o o uma crise de hegemonia o impeachment da Dilma né a partir de um golpe eh de estado e
que então aí nós temos eh uma um um um momento né Nós temos um momento em que eh as políticas educacionais também vão ser revistas mas num numa num movimento numa direção mais restritiva ainda do que estávamos tendo né Eh e que na educação especial também isso vai acontecer também né então Eh essa contestação da da política de 2008 ela tá muito ela vai ser apresentada né na como aparência que ela vai ter é a aparência de atualização ou de revisão da política de 2008 né da política em curso e a crítica principal que nós
apreendemos nessa proposição é a crítica da escola aquela escola Projetada pela Constituição Federal a aquela escola universalizada que a Mônica mencionou né Então as políticas desse período elas vão estabelecer essa crítica à escola esse pensamento político que contesta a política de 2008 paraa educação especial é o mesmo pensamento que defende as variantes escola cívico-militar educação domiciliar ou Home schooling né E para educação especial Então vai defender Educação Especial substitutiva e segregada por tipo de gente né veja que aí a gestão gerencial ela ela flerta com a medicalização né Eh e vai isso tudo vai estar
amalgamado né pelos falso sentido da Liberdade da família escolher a escola Além disso essas políticas elas conservam as políticas neoliberais que já estavam em curso a focalização dos serviços agora de novo propostos em variedade na lógica do gerencialismo esse conservadorismo dessas políticas ele tá articulado a aquilo que a gente pode chamar de um reacionarismo das ideias né ideias e valores e no campo econômico a austeridade fiscal né O que reduz violentamente os investimentos nas áreas sociais na educação e a Profundas desigualdades aia mencionou as questões do financiamento então eu trago aqui uma primeira síntese né
Nós podemos dizer então que essa disputa pelo projeto de educação especial no Brasil nos últimos 30 anos são disputas hegemonizado por forças sociais burguesas né um embate interno à burguesia no qual nós vamos identificar duas frentes de ação né duas frentes de ação burguesa primeiro a frente social Liberal com atuação nessas duas primeiras gerações que Eu mencionei né Eh e a segunda uma frente de ação Liberal Ultra conservadora que corresponderia à terceira geração é importante dizer também que embora eu tenha relacionado essas gerações de políticas de perspectiva inclusiva com uma temporalidade dos governos essa é
uma indicação didática né pra gente relacionar se localizar no tempo histórico Porque não são os governos né que determinam a predominância das forças políticas mas é justamente a aglutinação de forças políticas em torno deste ou daquele bloco no poder que determina linha de ação política eh então aqui tô pensando né Com base na na na na concepção de estado integral né proposta pelo Antônio grames que articula a sociedade política e sociedade civil de modo então que não basta mudar o governo sem mudar a aglutinação das forças políticas que é de certa forma o que nós
estamos vivendo né nesse momento no Brasil então com essa análise de de fundo a gente passa então a identificar nos últimos 10 anos primeiro a consolidação de um consenso pela perspectiva inclusiva nas políticas de educação especial mas também um alinhamento dessas disputas pelo projeto político liberal em suas variantes social liberal e Liberal eh Ultra conservadora Então a gente tem uma Conservação da ordem e um conservadorismo reacionário né Essa Essas são as forças em disputa eh ainda que hajam disputas pelo de projetos né pelo conteúdo e forma da Educação Especial inclusiva então eu vou destacar agora
dois pontos que estão consolidados como parte desse consenso o primeiro ponto é que a educação especial hoje em termos de concepção ela é pensada na lógica de gerencial de oferta de serviços específicos sejam vários ou seja um para grupos específicos de estudantes Esse é esse é um ponto consolidado o que significa dizer que nós não temos uma relação orgânica da educação especial com a Escola de Educação Básica mas também é importante destacar que a própria Escola Escola de Educação Básica ela eh também é proposta numa loja fragmentária né de acordo com uma concepção burguesa de
escola com suas próprias finalidades pro pensamento social Liberal né tá sendo proposto o que o pensamento social Liberal tá propondo é uma inclusão escolar sem ensino sem apropriação de conhecimentos conhecimentos escolares no máximo uma perspectiva de aprendizagem individualizada já a fração Liberal ultraconservadora propõe que a depender da condição individual alguns sujeitos não se beneficiam da escola né então então isso a que aqui tem um Requinte de de crueldade né Eh então nós estamos nesse embate entre não escolarização né o não reconhecimento do direito à educação escolar e o reconhecimento do direito à educação escolar mas
sem ensino e sem a apropriação de conhecimento o segundo ponto consolidado se refere à subordinação do projeto Educacional da educação especial ao empresariado desde 2008 quem articula a política educacional no Brasil é o Todos Pela Educação né o pensamento Empresarial E isso também é verdadeiro paraa Educação Especial Então a gente tem que tentar entender né a lógica de de mercado e como ela se expressa né a medicalização da vida que a Mônica menciona medicalização dos sujeitos mas também a privatização de diferentes serviços a comercialização de todo tipo de material dos próprios atendimentos né disponibilizados na
órbita das redes de ensino e das unidades escolares atendimentos de todo tipo eh das avaliações diagnósticas e também de forma muito Evidente da formação de professores Então vou rapidamente falar do momento atual né tô tentando trazer essa essa esse essa consolidação desse consenso pra gente pensar um pouco o momento atual então nós estamos considerando como o momento atual formal aqui para nossa exposição o terceiro Mandato do governo Lula que começa em 23 eh nesse nós temos desdobramentos das da correlação de forças que permeia as Três Gerações certo então esse embate continua presente a proposta que
tá anunciada hoje né aia mencionou é a implementação do plano de afirmação e fortalecimento da política nacional de Educação Especial na Perspectiva da educação inclusiva que fo em novembro de 2023 E para isso o governo articulou a comissão nacional de Educação Especial na Perspectiva da educação inclusiva que não é uma comissão formuladora da política é uma comissão consultiva né constituída por 25 representações dessas 25 representações quatro são das associações científicas né do nosso do nosso campo da educa da área da Educação e do campo da Educação Especial Então isso é algo que eh nos toca
diretamente nos compromete nas nossas posições políticas observamos que a formulação da política atual embora retome a proposição de 2008 ela aglutina os interesses políticos de acordo com essas correlações de forças estabelecidas né acomodando tanto as demandas das frações sociais liberais como das liberais ultraconservadores então vamos fazer um uma síntese bem do bem bolado aqui o que que tá mantido nessa disputa a concepção de aprendizagem individualizada o ae de contraturno de caráter complementar suplementar a classe comum a ênfase nos recursos de acessibilidade e daí a n já nos indicou que 80% dos estudantes da Educação Especial
hoje n na na escola regular são estudantes que para quem os recursos não são tão importantes como são importantes as mediações pedagógicas né então é trabalho de classe comum e não de sala de recursos eh A então a ênfase nos recursos e não nos processos de ensino aprendizagem eh mas nos últimos anos nós temos que pensar também que dos efeitos do Decreto 10502 muitas redes de ensino reorganizaram seus serviços de Educação Especial na Perspectiva proposta por aquele decreto né trazendo então paraas redes de ensino uma perspectiva Mercantil privatista e uma uma nova concepção de que
o direito à educação inclusiva também pode ser reconhecido nas formas segregadas de institucionalização né Eh as PR as próprias instituições né mantidas pelas apaz eh trazem esse slogan né as apaz atuam no sentido da inclusão escolar né da educação inclusiva portanto nós estamos trabalhando aqui com a hipótese desse novo velho consenso formulado pela e para a Educação Especial na Perspectiva inclusiva no Brasil um direito à educação que não propõe escolarizar ou que propõe escolarizar sem promover formação escolar que forma sem ensino que valoriza aprendizagens limitadas e formatadas a cada tipo de gente valorizando a obstaculização
do desenvolvimento como reconhecimento das Diferenças humanas então tem muitas contradições nesse esse momento na delicadeza do momento que nós estamos vivendo né eu vou para agora paraas questões finais né apresentar então dois desafios e uma síntese tô tentando cumprir o tempo aqui então no plano geral né o primeiro desafio no plano geral eh é preciso nós precisamos né nos nos colocando aqui politicamente nós precisamos disputar a concepção de Educação Especial é preciso afirmar a modalidade como importante para o desenvolvimento humano Genérico e não apenas para aquisição de habilidades isoladas é isso que a escola a
escola regular de Educação Básica faz hoje então se nós estamos lidando com inclusão escolar nós precisamos disputar a concepção de escola também a educação especial deve estar subordinada à formação escolar ela não pode ser autônoma em relação à educação escolar mas não nos parâmetros da escola burguesa então é uma tarefa imensa né é preciso formular uma concepção de educação e de Educação Especial que antagonize com o projeto Liberal E para isso nós precisamos fazer parte constituir né as lutas anticapitalistas não é possível consensualizada E isso não se faz sem o compartilhamento e a apropriação dos
conhecimentos necessários para que se compreenda a realidade social com vistas à sua transformação Então veja quando a gente fala em apropriação de conhecimento escolar não é uma perspectiva conteudista é uma perspectiva que possibilite compreender a realidade e propor formas de transformação não é a educação que vai fazer a revolução mas a gente precisa e entender Em que mundo nós vivemos né bom essa é uma grande tarefa no plano imediato né pra gente não ficar com algo inacessível no plano imediato por dentro dos limites do projeto Liberal é preciso afirmar a educação especial como pública estatal
gratuita na escola regular não substitutiva não segregada laica com exclusividade do financiamento público e para todos os estudantes que dela necessitarem portanto universalizada Então essa é uma concepção pra gente disputar nesse sentido é preciso distinguir a educação especial das demais modalidades educacionais que estão aglutinadas nas na secadi a secadi hoje é um espaço uma estrutura do Ministério da Educação que aglutina as modalidades acontece que todas as outras modalidades são substitutivas e elas têm justificativas culturais para serem para serem substitutivas a educação especial não né Essa aglutinação da Educação Especial na secadi junto às demais modalidades
substitutivas qual é o problema o problema é que ela favorece e naturaliza a posição conservadora reacionária de defesa da segregação e da segregação escolar da Educação Especial segundo desafio disputar a formação Inicial e continuada né a NC trouxe dados da formação assim como a formação de todas as professoras no Brasil a formação pro campo da Educação Especial está apropriada pelo mercado predominantemente eh na forma EAD e orientada pelo rebaixamento formativo da bncc e das diretrizes para formação de professores é preciso disputar o projeto de formação de professores para discutir e superar sua fragmentação E aí
já tô quase terminando mesmo nesse sentido nós precisamos repudiar é o termo o termo é forte mas é isso repudiar diretrizes específic porrea ampo de conheciment que não invistam naqueles elementos necessários para formação para docência Lembrando aqui né os elementos quem vamos buscar para pensar isso né saviane que vai dizer dois elementos básicos o domínio dos conteúdos do campo específico de conhecimento e o preparo didático pedagógico então para finalizar mesmo eu apresento então um desafio aqui que para mim é Um Desafio síntese né e síntese sempre quer dizer que é o fim e é o
começo Como apoiar um desses projetos desses dois projetos social Liberal ou liberal conservador projetos burgueses Como apoiar um desses projetos sem entrar em conflito com os nossos objetos de investigação e com os resultados das nossas pesquisas e as colegas que me antecederam trouxeram muitos elementos para isso na condição de associações científicas aqui anped e abpe né estamos assumindo a de organiza de forças sociais que sejam representativas da classe trabalhadora para elaborar um projeto de Formação abrangente para além dos interesses do mercado para educação especial no Brasil eu acho que essa é uma questão pra gente
se ocupar n encerro então aqui Fico à disposição pro debate agradeço aten de vocês obg pela na verdade pelo Panorama que você traz pelas reflexões que você aponta né Eh que também são angústias né Porque vão nos angustiando eh e e eu vou chamando enquanto isso Mônica e anissia né para se juntarem a nossa por causa adiantado da hora mas acho que é muito importante você a a tua fala Traz uns umas costuras possíveis né com a fala de anissia e de Mônica e colocam jogam para um cenário né do campo político pra gente pensar
junto e pra gente amadurecer e que são questões que eh eu acho que você termina apontando né de como enfrentar né E aí eu venho pensando muito assim como a gente se mobiliza hoje em termos de coletividade né em termos de coletivo né como é que é possível nessa nossa vida eh corrida Insana de mil atributos né de mil eh do do um tempo que não nos cabe né como é que a gente encontra espaço na nossa docência porque para mim Isso faz parte da nossa docência né E aí eu fico pensando como a nossa
docência também é de certa forma capturada por pelo outro né pela lógica que nós atuamos hoje enquanto pesquisadores enquanto docentes né então acho que essas são questões para mim que me fazem pensar muito né no nosso papel na nossa função política né e e na quantidade de atributos e Correria né enfim que a gente é tomado Hoje o tempo inteiro né então eu agradeço muito eh eu vou falar menos e eu vou ler mais as perguntas porque senão a gente vai falando né Tem várias perguntas no chat assim eh primeiro Só passando né para enice
Mônica e rosalba né vários elogios né a composição as contribuições as reflexões que são muito potentes não não temos dúvida né eu vou fazer um arranjo aqui de três perguntas tá E aí vocês vejam como é melhor de responder acho que seria legal as três comentarem tá bom eh as duas primeiras perguntas são do Fábio Fábio merlet tá ele vai pergun perdão é que eu li o Fábio que tá apoiando a gente não é do Ícaro do Isaac sag é que eu tô vendo que o Fábio tá passando para mim tá gente foi um erro
aqui de de remetente desculpem né Então a primeira pergunta é do Isaac saglia né Eh perdão a primeira pergunta é do Ícaro Belém como avançar numa educação pública inclusiva em meio a um contexto de privatização da educação especial e de medicalização desses estudantes tá a segunda então do Isaac sagli que foi dirigida a Mônica mas eu acho que cabe a todas pelo pelo andar das falas eh estas questões em torno da dos alunos com necessidades educativas especiais dimensiona as crianças estudantes denominados outros na política de 2008 como colocado na política este público não está no
alvo Mas é uma necessidade educativa especial tá eh e vou para uma pergunta que foi postada há pouco tempo pela Renata cherer que é a educação especial centrada na deficiência e tendo como resposta única o atendimento no ae parece provocar poucas mudanças na forma de organizar o ensino quais apostas para os próximos 10 anos é no ponto né não sabemos né Mas vamos lá deixa com vocês podem começar gente bom vou começar aqui porque vocês estão no silêncio eu vou fazer um alguns comentários né Eh em relação a à pergunta do Ícaro Eu acho que
rosalba já indica alguns caminhos muito potentes no meu ponto de vista de enfrentamento dessa situação né e eu acho que a a última parte principalmente da fala dela eu até tava brincando mandei uma mensagem para Rosal falei Rosal você como se eu tivesse colocado um óculos para enxergar melhor Obrigada viu rosala mas ela ali no final ela ela conclui a fala dela dando alguns caminhos importantes e eu acho que é por aí mesmo eh a clareza da situação macro para que a gente consiga entender esse cotidiano escolar que não é ele ele não se autoexplicação
pra gente entender o que ocorre na política eh Educacional geral e na política Educação Especial ela tem uma explicação que ela ultrapassa apenas as as questões escolares e a rosalba nos possibilita olhar isso e perceber possibilidad de avanço então em relação ao IOR eu falo isso em relação eh eh o Isaac e a Renata eu vou tentar eh responder juntos é realmente esses outros os outros eh São ignorados e se você parte do princípio de que você tem uma educação que seja universalizada Universal eh qualquer pessoa com qualquer condição qualquer aluno com qualquer condição teria
direito de ser atendido nas suas necessidades educacionais e que eh e que não importa se tem se essas educacionais são decorrentes ou não de alguma deficiência não faz diferença na escola a diferença na escola é que o aluno tá precisando eh ser atendido em alguma determinada necessidade Educacional e não importa se ele tem alguma deficiência ou não mas na escola é isso que conta é a questão pedagógica que conta e não a questão da definição médica aliás queria chamar mais uma outra questão também nós estamos lidando com uma educação seja ela pública seja ela privada
mas uma educação geral em que nós temos altos índices de não acesso ao conhecimento nem mesmo a leitura escrita com garotada que já tá terminando o ensino médio e que não tem certamente deficiência nenhuma e certamente também não tem problema de aprendizagem nós temos que rever a Educação do nosso país e a forma como está organizada e eu acho tantos elementos que a professora inici trouxe quanto que rosalba trouxe também que elas trouxeram nos dá elementos para entender que a educação brasileira precisa tomar outro rumo e aí mais uma vez eu retomo a o final
da Fala da professora rosalba nos dando pistas de como enfrentar essa situação tá E acho que é isso já falei demais sen não não dou tempo para ninguém meninas pode falar ainda tô recuperando a garganta aqui eu cansei a Natasha e a Juliana eu acho assim que tem eh tem um contexto Marco que é muito difícil você encontra dentro desse desse modelo né Mas sempre tem alguma margem de né a gente fala de comer pelas beiradas é esse que dá para fazer né dá para ver onde é que você consegue identificar por exemplo os gargalos
né O desvio de recurso hoje público ele acontece na privatização do ae por exemplo você terceirizar o ae paraas instituições especializadas aí uma matrícula do fundeb vai para instituição outra vai pra escola pública quando poderia ficar na escola pública né você tem isso você tem tem os eh todo o trabalho de secretarias a a a contratação de consultorias de Formação né de que que a gente poderia estar fazendo parceria com universidades e e forçando né as Universidades ter ofecer o oferta mas não compra de material didático compra de pacotes programas né E então tem toda
aí uma via de privatização da educação nãoé nem da educação especial mas que também acontece né tem o a área de autismo tem uma área de mercado imensa né hoje e autismo virou mercadoria hoje então se vende curso se vende consultoria Assessoria se vende atendimentos Clínico se vende atendimento terapêutico nas escolas se vende cursos né tem toda uma um interesse aí comercial e entrando na escola e querendo colocar profissionais de Clínica Bem da escola né é uma coisa que a gente pode eh fazer né criar Barreiras fazer resistência e as formações né os cursos de
eh de especialização à distância eh de que que cobra r$ 99 por mês né você tá tá na cara que é um curso que não tem muita qualidade né então procurar hoje já você já tem mais oferta de formação e Universidad pública esses programas que estão aparecendo né Eh você já tem mais opções né e e deixar de fazer esses cursos aligeirados precarizados então começar a identificar né onde é que tá os os o onde é que até onde a gente a gente pode né fazer e eu acho que é isso os profissionais de apoio
hoje por exemplo eles são terceirizados né na maioria dos lugares Eles são de empresas então ele não é um profissional da escola oão patrão dele tá fora da escola como é que você vai formar supervisionar eh né um profissional que não é da escola então tem muitas criando-se empresas né de contratação desses profissionais Então essas essas coisas esses aspectos dá para identificar agora queria chamar atenção também que é que tá relacionado que a Mônica falou e a a Rosal a questão da da da definição mesmo Do que que é educação especial né a gente eh
quer fazer uma política avançada de inclusão mas ainda centra todo problema como se tivesse no aluno né e meia dúzia de aluno no critério vamos atender ele separado ali na no puxadinho da escola na sala de recurso e a escola não muda o professor tá lá com monte o professor de ensino com tá com um monte de de aluno um monte de dificuldade não sabe lidar com a diferen a diversidade né então a gente defende que a educação especial ela seja um ela tem um trabalho para melhorar a capacidade da escola de responder à diversidade
num trabalho de colaboração né não é um trabalho de atender aluno não é então a gente trabalha nessa perspectiva colaborativa de trabalhar com recurso de acessibilidade né de dar acessibilidade pro Ensino de de de foco no currículo padrão seja ele ruim ou bom mas é o que as outras crianças estão tendo né não é não é conteúdo separado substitutivo né porque a substituição não acontece só quando você tira o aluno da sala uh se ele tá na sala fazendo um quebra-cabeça enquanto os outros estão aprendendo matemática isso é substituição se ele não tá fazendo nada
isso é substituição né então não é um local não é o o o o CEP que vai dizer se a pessoa tá incluída tá excluída Então tem que fazer essas reflexões né então tem que mudar tem que mudar a perspectiva do que que é educação especial né de que ela tem ela é um serviço à disposição da escola não é de pessoas né e redefinir o que que seria o ae né E esse atendimento criar outras formas eh que vai em conta uma um modelo mais social né de deficiência não no modelo médico centrado na
pessoa que você tem que consertar ela e não a escola né vou tentar elaborar aqui que essa eh é a Renata e não acho que eu não peguei o primeiro nome não sei se foi o Ícaro que perguntou como avançar na na educação pública então eu gostei dessa ideia do como avançar e no que apostar né Acho que são São perguntas muito felizes assim gostei demais dessa dessa ideia dessas duas ideias né Eh então eu acho que uma uma preocupação pra gente ter uma uma preocupação e uma ocupação né é esse dar-se conta que o
projeto de educação e de Educação Especial que está em curso ele não é o projeto que vai desenvolver o humano Genérico e isso nos diz respeito nós temos que ter posição sobre isso nós temos que ter posição sobre isso né quando a Mônica fala em Universal universalização universalização significa todo mundo se é todo mundo não pode ser numa sociedade dividida em classes sociais né então porque vai ser para todo mundo de maneira diferente e diferente não é no diferente no reconhecimento da diferença para bem é diferente para mal né diferente no sentido de desigual né
então assim a gente tem que projetar tem que projetar Qual é o nosso projeto né projeto é uma coisa que a gente faz que não necessariamente a gente executa mas nós temos que formular projeto pensar a concepção né A minha provocação hoje É nesse sentido no sentido de nós nos organizarmos né Essa essa Live é é eh promovida por duas associações científicas como essas associações científicas estão organizadas para disputar um projeto político para educação especial porque produção científica para isso nós temos né Nós todas aqui apresentamos dados reflexões né então nós estamos estamos eh comprometidas
com as críticas teórico-metodológicas que nós fazemos essas críticas teórico-metodológicas Elas têm um um elemento político né como universidades públicas que representamos aqui né são associações científicas na maioria dos nossos Associados são professores de universidades públicas nós temos compromisso com quem com a concepção burguesa de escola não né com atendimento para quem tem laudo não então nós precis nós não podemos ter compromisso com o governo gente nós precisamos ter posição Clara de qual é o nosso projeto eu sei que é difícil ter consenso entre nós mas a gente precisa ter a a coragem né a coragem
política de buscar formular né não não não cabe a gente ficar nesse momento tão delicado né assim eu acho que a delicadeza do momento é que o o não avanço o não avanço dessa retomada que nós estamos vivendo Eh abre um corredor para os tais retrocessos e os tais retrocessos também estão sendo estão ganhando significado de perspectiva inclusiva né Então isso que a nce fala estar na escola estar na escola sem uma atenção pedagógica mais direcionada isso é perspectiva inclusiva nós vamos nós vamos assinar embaixo disso né então eu acho que avançar na educação pública
e apostar num projeto pros próximos 10 anos isso depende basicamente de organização e não é só nossa nas associações científicas é lá nas redes de ensino também né porque lá nas escolas nas unidades escolares nós estamos desenvolvendo práticas sociais nós estamos desenvolvendo uma política de Educação Especial lá nas escolas então nós precisamos nos organizar lá também eh muito Obrigada né rosalba Mônica e anissia n eh na fala de vocês eu fiquei pensando muito até pela minha fala anterior que um dos motivos da organização desse ciclo foi exatamente esse né um disparador né um espaço de
abertura de diálogo para além né do dos grupos das associações né de como a gente eh abria canais de de de de conversa né justamente para provocar eh e pensar junto né o que a gente quer a partir de agora né como é que a gente se organiza né enquanto eh campo acadêmico Campo Educacional movimentos sociais né que de fato precisam né Eh é urgente se colocar disputar espaços né Entrar na disputa política né na disputa discursiva sobretudo nesse momento né eh de de influenciadores de influências né de pós de redes sociais né então como
é que a gente se coloca né e disputa a partir do conhecimento que a gente produz no nas pesquisas nos estudos né Nós nas pesquisas nos estudos os professores da Educação Básica também como é que produz o conhecimento no chão da escola como a gente diz né E como é que esse olhar essa eh eh essa provocação essa ind daação o próprio incômodo que os professores trazem pra gente o tempo inteiro né de que educação inclusiva a gente já já vem construindo e que educação Inclusive a gente quer né porque quando a gente vai pra
escola né todos nós estamos pesquisa em escola a gente escuta o tempo inteiro dos professores né enfim a sobrecarga de trabalho né o o o de a vontade de querer fazer e o medo receio ou não saber mesmo enfim por uma série de questões né porque o tempo inteiro da fala eu fico eu fiquei me questionando e fico pensando que é a gente não vive numa sociedade onde onde a ideia do direito ao outro né do direito a todos né é uma ideia unânime é uma ideia hegemônica muito pelo contrário né o direito é de
poucos né então como é que a gente consegue construir espaços de diálogo espaços de movimentos sociais ou espaços ehir luta política mesmo né Para que de fato a gente possa estar construindo eh uma educação universal uma educação de todos né porque eu acho que que rosalba traz no final né pra gente pensar se a gente olha historicamente o discurso divulgado né da universalização da educação ele tá posta tá posto já desde os anos 90 né E como é que esse discurso foi sendo disputado esse campo político foi sendo disputado né E a gente não foi
ganhando tanto espaço como a gente queria né então como é que a gente se organiza né Eu acho que eh essa é uma questão são importante pra gente levar de reflexão né Eu acho que a gente no ciclo de debates né a gente ainda tem mais quatro encontros o próximo encontro no dia 24 agora de Setembro onde a gente vai estar discutindo né fazendo um diálogo sobre a questão do profissional de apoio a inclusão né que eu acho que também é uma temática que vai levar eh para pontos que a gente já levantou aqui hoje
né mas eu acho que é um dever de casa que a gente fica em eh de forma coletiva né a gente tá falando tanto de uma educação que individualiza de uma educação privativa né privativa privacion enfim né essa hora já tô confundindo aqui as palavras mas como é que a gente vai pensando em termos de coletividade de coletivo de construção né de de espaços de formação de de espaços de organização de disputa dessa política que pra gente é tão cara se não fosse não não estaríamos mais de 300 pessoas durante 2 horas numa quarta-feira num
terceiro turno aqui nos ouvindo aqui né Eh comentando no chat o chat não para de de ter né referências de ter conversas depois é importante que a gente Leia né então eu acho que eu encerro o dia de hoje né porque a gente já passou até das nossas 2 horas né agradecendo imensamente ao Fábio que tá por trás né de toda a estrutura aí organizando para a gente o ciclo né a a a Juliana e a Natália que estão aqui fazendo o trabalho de tradução e interpretação de língua de sinais brasileira né agradecendo imensamente né
a Enia Mônica e rosalba né pela disponibilidade de estarem aqui com a gente de estarem partilhando né os conhecimento reflexão ideias angústias enfim Isso faz parte da construção coletiva né e que vocês fazem parte da construção coletiva né da construção da educação especial né no Brasil agradecer as mais de 300 pessoas que estão aqui profissionais professores enfim né interessados na pais pessoas com deficiência interessados na temática né E reitero a minha provocação né que a gente saia daqui hoje e Vá se preparando pros próximos encontros né acompanhem nas redes sociais da bpe e da unpad
né o as próximas temáticas os próximos eh e as próximas datas que a gente vá se preparando e pensando né como é que a gente se organiza como é que a gente se mobiliza né para poder disputar espaços que hoje podem ser importantes né para que a gente possa de fato tá lutando pelo menos né na construção de uma educação universal para todos né que tenha como foco coletivo na construção do trabalho pedagógico Muito obrigado a todos e boa noite [Música] gente