12 HISTÓRIAS DE TERROR PERTURBADORAS | RELATOS REAIS (ESPECIAL DE 3 HORAS)

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Evocando Medo
Hoje separei 3 horas de Histórias Assustadoras contadas por pessoas que viveram experiências sinistr...
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H histórias que surgem como um desabafo inesperado carregadas de memórias que não se explicam mas que deixam uma marca profunda esta em especial começa com um retorno ao aconchego do Lar um reencontro com as raízes e com a calma de um lugar querido mas entre as conversas e rotinas algo começou a surgir algo que escap o controle e de alguma forma parecia pedir atenção boa noite Dom Quero compartilhar uma experiência que Vivi há alguns anos algo que ainda hoje me deixa pensativo e por vezes inquieto meu nome é Augusto e hoje tenho 35 anos a
história que vou compartilhar aconteceu há alguns anos quando ainda frequentava a universidade Aproveitei as férias de verão para escapar um pouco do Ritmo acelerado da cidade visitar meus pais no interior estava esgotado e precisava desligar a mente Além disso sentia muita saudade dos meus amigos de infância e esperava que eles também fossem para o povoado para que pudéssemos planejar algo juntos naquela ocasião Decidi não avisar meus pais sobre a visita simplesmente comprei uma passagem de ônibus e parti pela manhã a distância entre a cidade e o povoado era considerável a viagem levou cerca de o
horas quando finalmente cheguei já eram quase 6 da tarde da estação Peguei um táxi direto para casa Minha mãe quase perdeu o fôlego de susto ao abrir a porta mas sua felicidade em me ver foi Evidente meu pai também ficou contente ainda que fosse mais contido nas demonstrações já fazia mais de um ano desde minha última visita só percebi o quanto sentia falta do povoado ao retornar o jantar naquela noite foi um verdadeiro banquete para AL Conversamos por horas sobre a Minha Vida na cidade Os desafios da universidade e o que havia mudado por lá
entre as pessoas na casa Rafaela parecia especialmente emocionada ao me rever ela trabalhava com minha família há 5 anos e era uma presença de grande confiança para minha mãe quando me viu me abraçou apertado e disse com os olhos brilhando que alegria ter você aqui de novo algo que notei foi a presença de outra pessoa ajudando Rafael uma jovem que devia ter mais ou menos a mesma idade que eu naquela época eu nunca a tinha visto antes mas ela logo capturou minha atenção enquanto recolhiam os pratos percebi seus gestos discretos Rafaela notando meu interesse se
apressou em fazer as apresentações esta é Amanda ela apenas esboçou um sorriso tímido Antes de voltar ao trabalho Amanda parecia ser reservada quase invisível nos movimentos depois de recolher tudo ela deixou a sala sem dizer muito naquela mesma noite perguntei à minha mãe como Amanda havia começado a trabalhar lá minha mãe explicou que a história Era um pouco complicada Amanda era sobrinha de Rafaela a mãe dela tinha falecido há alguns meses e Rafaela Assumiu a responsabilidade pela jovem trazendo-a para trabalhar junto dela segundo minha mãe Amanda passou por muitas dificuldades e teve dificuldade para se
adaptar no início aos poucos no entanto foi se sentindo mais à vontade com a família embora ainda mantivesse um jeito reservado e ansioso não entramos em muitos detalhes naquela noite depois de mais um tempo conversando fomos Descansar Nos dias seguintes aproveitei para reencontrar meus amigos saí com uma amiga de infância e depois encontrei o pessoal da época do colégio às vezes cruzava com Amanda pela casa geralmente enquanto ela fazia a limpeza ela aparecia por lá cerca de qu vezes por semana e era inevitável que nossos caminhos se cruzassem no corredor ou enquanto eu descansava na
sala como já mencionei Amanda tinha um jeito bastante reservado nunca iniciava conversas e evitava me olhar diretamente Eu não esperava outra atitude dela mas às vezes a situação ficava um pouco desconfortável já que nemum simples cumprimento era trocado entre nós Admito que ela chamava minha atenção era muito bonita com cabelos compridos que chegavam à cintura Em algumas ocasiões eu conseguia ouvir suas conversas com Rafaela e sua voz soava Alegre e cheia de vida ainda assim eu evitava qualquer interação que pudesse deixá-la desconfortável ou intimidada conforme os dias passaram Decidi não pensar muito nisso e continuei
me ocupando com os encontros com meus amigos numa sexta-feira à tarde enquanto meus pais estavam fora fazendo compras eu fiquei em casa na noite anterior havia bebido com amigos e acordado tarde por volta das 2as da tarde sentindo uma forte dor de cabeça levantei e fui direto para o chuveiro depois fui à cozinha procurar algo para comer e para minha surpresa dei de cara com Amanda cumprimentei boa tarde ela respondeu e foi a primeira vez que trocamos palavras desde que eu tinha chegado comecei a procurar algo para comer nos armários mas não encontrei nada talvez
percebendo isso ela perguntou quer que eu prepare algo para você Eu recusei dizendo que poderia comer algo do café da manhã foi então que Amanda explicou que nada havia sido preparado já que meus pais tinham saído cedo acabei pedindo que ela fizesse algo simples pois não queria que gastasse muito tempo Especialmente porque minha fome não era grande alguns minutos depois voltei à cozinha atraído por um cheiro delicioso sentei-me à mesa e provei a comida que está estava incrivelmente saborosa perguntei quem havia lhe ensinado a cozinhar e ela respondeu depois de uma breve pausa que tinha
aprendido com a mãe esse comentário me lembrou da história sobre a perda de sua mãe então mudei de assunto para não deixá-la desconfortável logo depois Ela mencionou que precisava ir embora pois tinha muito trabalho a fazer perguntei sobre Rafaela e Ela explicou Rafaela saiu para resolver umas coisas após isso fui para a sala de cansar um pouco minha dor de cabeça já estava passando e acabei adormecendo no sofá não sei quanto tempo dormi mas fui abruptamente acordado por um som de algo se quebrando levantei ainda atordoado e percebi que o barulho parecia vir de um
dos quartos fui até o corredor e vi Amanda parada na porta de um dos cômodos olhando para dentro com uma expressão tensa quando me aproximei ela virou para mim vis mente assustada com o rosto pálido perguntei o que aconteceu no início ela hesitou em responder parecendo desorientada olhei para dentro do quarto mas não vi nada ou ninguém Ali Amanda me seguiu como se ainda procurasse algo sua expressão continuava confusa e suas mãos tremiam levemente perguntei de novo mas ela apenas me olhou com os olhos arregalados o medo Evidente Decidi não insistir e falei tudo bem
você não precisa me contar se não quiser ela me fitou por alguns instantes e quase sussurrando contou que havia visto uma mulher no quarto disse que era uma mulher de pele muito escura parada no canto ao lado do guarda-roupa Amanda explicou que estava limpando o criado mudo e ao levantar os olhos percebeu que a mulher a encarava fixamente foi isso que a fez derrubar o abajur agora estilhaçado no chão achei aquilo estranho abri o armário para conferir Mas como esperado não havia nada ali embora pudesse imaginar que fosse fruto da Imaginação dela sua expressão não
deixava dúvidas estava genuinamente aterrorizada sugeri deixarmos a bagunça para depois mas ela insistiu em recolher os cacos do chão imediatamente Fiquei na porta observando enquanto ela terminava e depois a acompanhei até a sala tentei tranquilizá-la Que tal sair um pouco para espairecer Pode ser que o estresse esteja te afetando Amanda ainda visivelmente abalada olhava constantemente para os cantos e para as janelas como se Esperasse que algo surgisse de repente para distraí-la perguntei como tem sido para você trabalhar aqui ela comeou a responder que estava bem mas era evidente que não conseguia se concentrar a conversa
não durou muito até que ela anunciou vou até o jardim tomar um pouco de ar aquela situação me deixou intrigado o que Amanda teria visto sua reação parecia indicar algo realmente assustador na próxima vez em que vi Rafaela aproveitei para perguntar sobre o comportamento de Amanda relatei o episódio enfatizando o pânico que Ela demonstrou Rafaela que estava cozinhando enquanto eu me apoiava na geladeira ficou visivelmente desconfortável com o assunto depois de uma pausa explicou desde que a mãe de Amanda morreu ela começou a ter visões normalmente sempre a mesma figura uma mulher de pele escura
que aparece para ela Rafaela contou que no início tudo parecia normal quando Amanda foi morar com ela mas com o passar das semanas a garota começou a acordar assustada no meio da noite chegou ao ponto de não conseguir mais ficar sozinha tamanha era sua angústia sem saber o que fazer Rafaela cogitou levá-la a um curandeiro ou alguém que pudesse fazer uma limpeza espiritual acreditando que talvez fossem causando os pesadelos e visões no entanto Amanda sempre recusava afirmando que aquilo logo passaria apesar disso Rafaela acreditava que os Episódios só pioravam Com o tempo ela percebia que
Amanda tentava esconder o quanto estava sendo afetada mas os sinais eram Claros O que Rafaela me contou ficou na minha cabeça senti-me compelido a observar mais Amanda imaginando como devia ser difícil para ela lidar com tudo isso ainda mais estando rodeada por pessoas que não conhecia bem talvez lhe faltasse confiança para se abrir e revelar o que estava realmente passando certa tarde enquanto eu estava na cozinha reparei que Amanda estava no jardim dos Fundos costumavam limpar o Jardim A cada 15 dias e dessa vez era ela quem fazia o serviço ao olhar pela janela vi
que estava ajoelhada perto de algumas flores mas notei algo curioso Amanda olhava um jard como chamasse sua atenção olhei na mesma Dire mas não vi nada além de um pequeno arbusto ainda assim elaa fixando o olar naqu ponto como tentando entend via noar aconte semel enant Amanda mes notei seu olar fixar-se um da sal como se estivesse vendo alguém parado ali porém não havia ninguém naquele lugar ela parecia tensa e inquieta o tempo todo isso me fez acreditar que ela realmente enxergava algo que ninguém mais conseguia perceber Será que eram as Visões de que Rafaela
havia mencionado não sabia como abordar o assunto com ela então deixei o tempo passar sem tocar diretamente no tema certo dia entrei na cozinha e ouvi Amanda Chorando Baixinho perguntei você precisa de ajuda ela rapidamente tentou disfarçar enxugando as lágrimas enquanto lavava a louça e respondeu não está tudo bem naquele momento comecei a pensar que talvez Amanda estivesse enfrentando algum problema psicológico não sabia exatamente como tinha sido a perda da mãe dela mas imaginava que pudesse ter sido traumática e deixado marcas profundas Ainda assim eu sabia que não era a pessoa certa para tentar entender
algo tão complexo tentava me aproximar de forma Sutil Mas Amanda mantinha distância e parecia não querer ajuda também não queria ser insistente ou invadir seu espaço então achei melhor deixar que Rafaela fosse o suporte de que ela precisava estava mais ou menos na metade das minhas férias quando numa noite saí com meus amigos pegamos o carro de um deles rodamos pelo povoado E acabamos parando em um Mirante para conversar bebemos bastante e quando me deixaram em casa eu mal conseguia me equilibrar um dos meus amigos Até se ofereceu para me acompanhar até à porta mas
recusei fiquei um tempo tentando acertar a chave na fechadura antes de finalmente conseguir entrar dentro de casa fazia um frio incomum mais gelado do que lá fora caminhei em direção ao meu quarto mas ao passar pelo corredor me pareceu ver uma sombra em frente a uma das portas virei o rosto rapidamente mas não havia nada ri comigo mesmo achando que era só efeito da bebida Entrei no quarto e me joguei na cama pouco depois comecei a sentir náuseas e corri para o banheiro passei vários minutos ali ajoelhado ao lado do vaso sanitário me sentindo muito
mal o banheiro tinha a pia e o chuveiro separados por uma porta de correr azul translúcida depois de vomitar permaneci sentado no chão tentando me recuperar o ambiente estava gelado e ao tentar me levantar apoiei as mãos no vaso foi nesse momento que de relance vi uma sombra perto do Box levei um susto tão grande que quase perdi o equilíbrio mas me segurei no vaso quando olhei diretamente para o box não havia nada ainda assim um calafrio percorreu meu corpo como se o álcool tivesse desaparecido instantaneamente o que euva parecia a silhueta de alguém do
outro lado não sei como consegui dormir depois disso mas na minha cabeça preferi acreditar que era apenas a bebida me pregando Peças na manhã seguinte perguntei a minha mãe se ela tinha ficado acordada na hora em que cheguei ela respondeu que não que já estava dormindo há muito tempo e quis saber o motivo da minha pergunta evitei entrar em detalhes dizendo apenas que era curiosidade o passar dos dias trouxe uma inquietação difícil de explicar era como se o ambiente da casa ficasse mais carregado tudo começou com uma sensação estranha mas logo evoluiu para algo mais
palpável repetidamente eu me deparava com com uma silhueta escura a primeira vez aconteceu no banheiro quando voltei para casa embriagado depois ela começou a aparecer em outros cmodos muitas vezes enquanto meia no celular percebia pelo cant do ol um movimento entre um ambiente e outro porém ao olhar diretamente não havia ninguém Em algumas ocasiões chegi a inspecionar os quartos Mas eles estavam sempre vazios é difícil descrever com exatidão em certos momentos a figura parecia apenas um Contorno Negro envolto em algo como uma fumaça em outros era mais nítida quase como se fosse uma pessoa nunca
a Vi completamente eram sempre vislumbres rápidos nesse mesmo período Amanda deixou de visitar a casa Quando questionei Rafaela sobre isso Ela me contou que a garota estava muito doente com febre alta e sem forças segundo Rafaela Amanda já tinha procurado um médico e estava tomando remédios então provavelmente se recuperaria em breve mas uma ideia incômoda não me deixava em paz por algum motivo eu sentia que o que eu via estava relacionado ao que perturbava Amanda não sabia se devia compartilhar isso com Rafaela algo me dizia que as duas coisas estavam conectadas quando tentei descobrir mais
sobre Amanda e o que ela enfrentava Rafaela foi evasiva o que só aumentou minha inquietação pensei bastante no estado de de Amanda lembrando de como ela parecia sempre atenta como se alguém ou algo estivesse constantemente perto a sensação eraa perturbadora e imaginar que eu estava experimentando algo semelhante me enchia de medo numa noite enquanto estava deitado no quarto tentei relaxar ouvindo música a porta do quarto estava aberta e eu olhava distraidamente para ela enquanto quase cochilava Foi então que vi claramente a silhueta passou pelo corredor bem diante de mim meu corpo inteiro gelou e prendi
a respiração saltei da cama com o coração disparado e corri para o corredor eram cerca de 11 da noite mas não havia ninguém fui até a sala e encontrei minha mãe assistindo televisão não podia ser ela ela vestia branco e o que passou diante do meu quarto estava completamente de preto minha mãe notou meu estado e perguntou o que aconteceu descrevi o que havia visto apesar de ter sido um instante breve tive certeza de que era a mesma figura que vinha me assombrando minha mãe preocupada foi buscar um Rosário que tinha pertencido a minha avó
ela me entregou e disse durma com isso e se algo acontecer de novo Reze o Pai Nosso depois completou Se quiser pode dormir no meu quarto eu relutei em aceitar mas o medo era maior a presença dela Me acalmou mesmo assim nas noites seguintes o sono virou um problema ficar deitado era um tormento e sensação de estar sendo vigiado continuava forte passei a fechar todas as portas da casa com a impressão constante de que a qualquer momento algo ou Alguém poderia espiar por elas sempre que meus olhos recaíam sobre uma janela a sensação era de
que algo surgiria do outro lado talvez um rosto isso me deixava em constante Alerta antes de dormir adotava um ritual fechava a porta do banheiro trancava a do quarto e cobria a janela com um lençol para bloquear qualquer visão do lado de fora minha mãe preocupada chegou a entrar no meu quarto certa vez com um pequeno frasco de água benta borrifando a pelo cômodo enquanto repetia você não é bem-vindo aqui esta casa pertence a uma família que crê em Deus Mas em vez de me tranquilizar aquilo só aumentava minha ansiedade eu temia que a presença
que me atormentava pudesse se enfurecer com os atos dela uma madrugada acordei repentinamente minha garganta estava seca e engolir saliva era doloroso o quarto estava mergulhado na escuridão já que o lençol na janela bloqueava qualquer luz externa logo percebi algo ainda mais estranho a luz que eu tinha deixado acesa agora estava apagada resolvi me levantar para beber água e reacender a luz mas ao me mover na cama senti um peso ao meu lado como se alguém estivesse sentado ali aquele pedaço do colchão estava afundado e ao virar para olhar trombei no que parecia ser um
corpo o contato era frio um frio que parecia vir de dentro minhas mãos trêmulas se moveram hesitantes quando toquei o que estava ao meu lado senti outra mão era gelada e de dedos incrivelmente longos um Pânico tomou conta de mim E recuei de imediato fiquei paralisado o medo me prendendo a cama a respiração pesada de alguém preenchia O Silêncio do quarto meu corpo inteiro estava em Alerta e o desconforto no estômago era quase insuportável de repente Ouvi uma voz feminina sussurrando ao meu lado no início eram palavras sem sentido mas logo reconheci era o Pai
Nosso no entanto entre os versos surgiam risadas leves roucas como se viessem de alguém que fumava há décadas o som era ao mesmo tempo discreto e aterrorizante Eu queria gritar mas parecia impossível minha boca se abria mas nenhum som saía apenas o som do meu coração que batia forte e irregular preenchia o quarto tentei me mover Mas cada vez que eu mexia um centímetro a coisa ao meu lado se aproximava ainda mais quando tentei levantar senti uma mão segurar meu braço os dedos eram grandes e envolviam minha pele com força o toque era gelado e
áspero como se fosse feito de algo inumano meus olhos se encheram de lágrimas e eu me sentia sufocado o sussurro continuava intercalado pelas risadas que zombavam de mim o tempo parecia congelado e os segundos se arrastavam como horas eu mal conseguia respirar e a presença parecia se mover ainda mais perto Senti seu hálito frio contra o meu rosto era um cheiro pesado e junto com ele veio um rosnado baixo gutural as lágrimas escorriam dos meus olhos enquanto minha mente se enchia de pavor eu conseguia ver muito além do vulto mas sabia era ela a figura
que me atormentava estava ali a centímetros de mim zombando da minha impotência o toque gelado daquela figura pousou no meu rosto seus dedos frios e úmidos deslisar pelas minhas bochechas provocando arrepios que pareciam durar uma eternidade finalmente o quebrou-se aquele momento aterrorizante soltei um grito estrondoso que rasgou minha garganta com dor em poucos segundos minha mãe entrou desesperada no quarto no exato instante em que a luz do corredor invadiu o ambiente senti Aquilo me soltar o quarto estava vazio apenas eu lá dentro minha mãe alarmada perguntou o que aconteceu sem conseguir me controlar Pulei da
cama e saí correndo do quarto ela me olhava confusa e assustada enquanto eu tentava explicar gritando que havia uma mulher ali essa figura segurava meu braço e rezava sussurrando bem perto ela revistou o quarto e garantiu que não havia ninguém tentou me convencer de que fosse um pesadelo mas era impossível tudo tinha sido real demais eu sentira o toque daquela mão ouvir suas risadas e até sua respiração o pior foi quando minha mãe notou algo no meu braço havia uma marca vermelha como se tivesse pressionado um metal quente contra a pele não havia explicação lógica
naquela noite o medo me foi fora Deão meus pais e eu ficamos na sala até amanhecer todos confusos e assustados aproveitei para contar a eles o que vinha pensando tinha certeza de que essa figura estava conectada à Amanda ela também via essa mulher como era possível que agora eu também fosse alvo esperamos ansiosamente por Rafaela durante a manhã mas ela não apareceu minha mãe tentou ligar para elaas vezes sucesso enquanto isso decidiu jogar água benta por toda a casa e cogitou até chamar o padre da igreja para abençoar o lugar mas nada nos preparou para
a notícia que chegou naquela tarde Amanda tinha falecido Rafaela a encontrou em seu quarto ela havia partido ainda de manhã no hospital a notícia me deixou completamente abalado parecia surreal Rafaela estava devastada e minha mãe também sentiu muito pois tinha um carinho especial pela garota embora soubéssemos que Amanda estava doente Ninguém imaginava que ela chegaria ao ponto de dar fim ao próprio sofrimento eu sempre percebi que algo a perseguia algo que a deixava em constante vigilância como se estivesse sempre sendo seguida nos dias seguintes a casa mergulhou em um clima de luto meus pais passaram
muito tempo consolando Rafaela pedi desculpas mas não fui ao velório lugares carregados de tristeza e aquela energia pesada me deixa desconfortável Além disso sentia que seria impróprio fazer perguntas naquele momento as respostas teriam que esperar minha mãe me contou que nem Rafaela sabia ao certo o que tinha acontecido a explicação mais provável era que Amanda não suportar a perda da mãe sua maior companheira Talvez o vazio fosse grande demais apesar disso algo não se encaixava Amanda sempre foi reservada mas o que a atormentava parecia Ir Além de uma dor emocional era algo que ainda permanecia
Sem Explicação enquanto meus pais passavam o tempo ao lado de Rafaela eu ficava em casa sozinho no início isso me deixava inquieto temendo que após aquela experiência assustadora na madrugada as aparições voltassem mas para minha surpresa os dias seguintes foram tranquilos Às vezes parecia ver uma sombra no canto do olho ou através das janelas mas logo percebia que era minha mente pregando peças provavelmente pelo Estado de alerta em que eu ainda me encontrava a verdade é que aquela sensação de estar sendo observado tinha desaparecido o clima pesado que me acompanhava Parecia ter ido embora como
se tivesse partido junto com Amanda minha mãe preocupada Chegou a me perguntar se eu continuava tendo pesadelos disse que não ela insistia que tudo não passava de sonhos ruins Mas eu sabia que era mais do que isso mesmo assim optei por concordar com ela era mais fácil acreditar que tudo não passara de um pesadelo até hoje Amanda ainda ocupa meus pensamentos às vezes sonho com ela não com a figura de preto mas com a própria Amanda caminhando pela casa como se nunca tivesse ido embora a lembrança dela me traz um misto de tristeza e carinho
era uma garota reservada mas nas poucas conversas que tivemos percebi o quão Gentil ela era não consigo entender o que a assombrava ou porque aquilo a escolheu como aquilo chegou até ela houve algo ou alguém que trouxe isso acho que essas respostas nunca virão só espero de coração que agora Amanda esteja em paz onde quer que esteja antes de irmos para o próximo relato se você é novo por aqui não se esqueça de se inscrever no canal e ativar o Sininho para receber as próximas histórias sua presença é importante e e seu apoio é essencial
bem vamos continuar meu nome é Samara e hoje quero contar a vocês sobre a experiência mais assustadora que já vivi Espero que minha história sirva de alerta Especialmente para quem aluga Imóveis troca de casa com frequência ou se expõe a situações Descobri que esse tipo de coisa pode acontecer com qualquer um que viva de aluguel Sou natural de Sorocaba quando tinha 26 anos consegui sair da casa dos meus pais graças a um emprego que conquistei aluguei um apartamento no terceiro andar de um prédio a poucos metros da Avenida Paulista isso em 2009 os primeiros dois
meses foram tranquilos mas logo comecei a perceber algo em comum certa manhã a escovar os dentes notei sangue na pia tenho gengivas sensíveis então achei que fosse por causa disso só que no dia seguinte as manchas estavam lá novamente mesmo tendo limpado bem a pia na noite anterior examinei o banheiro inteiro inclusive o teto mas não achei nada na verdade já tinha visto essas manchas antes mas nunca dei muita importância Uma Noite no entanto algo aconteceu que mudou completamente minha percepção de segurança e tirou minha paz nas madrugadas Acordei ao ouvir barulhos vindos da caixinha
atrás do espelho do banheiro acima da pia detalhe importante eu morava sozinha levantei-me um grande erro porque se fosse um invasor poderia ser perigoso mas não pensei nisso na hora fui até o banheiro tudo estava escuro mas os barulhos continuavam abri a porta de repente e procurei o interruptor no mesmo instante senti um tapa no rosto a dor foi forte mas o foi ainda maior caí no chão e quando me levantei percebi que apesar de estar sozinha a sensação de uma presença Ali era real acendi a luz e olhei em volta o chuveiro estava vazio
o banheiro deserto quando olhei no espelho vi a marca vermelha na minha bochecha como se uma mão enorme tivesse me atingido um medo incontrolável tomou conta de mim Liguei para uma amiga Marina que morava há uns 10 minutos e implorei para ela vir dormir lá comigo quando ela chegou e viu meu rosto Ficou visivelmente assustada mas se Manteve firme e decidiu passar a noite ao meu lado com a presença dela a casa pareceu mais tranquila e conseguimos dormir na manhã seguinte Acordei com ela ao meu lado notei que seus olhos estavam abertos Mas ela não
se mexia entrei em Pânico e a sacudi perguntando o que estava acontecendo após um longo suspiro ela se sentou ofegante e explicou que tinha acabado de passar por uma paralisia do Sono algo que nunca havia vivido antes disse que durante o episódio ouviu a voz de um homem vindo do Corredor chamando seu nome foi isso que a despertou Ela me perguntou se eu não tinha escutado nada respondi que não então ela contou que naquele momento em que estava imóvel mas já de olhos abertos ouviu alguém entrar e sair do banheiro na segunda vez que as
portas fizeram barulho escutou uma voz masculina chamando pelo nome dela nos levantamos com o dia já clareando achávamos que algo estava no banheiro e resolvemos revistar cada canto o espaço era pequeno quase sem móveis então verificamos debaixo da pia e no único armário que tinha lá não encontramos nada foi então que minha amiga subiu colocando os pés na tampa do vaso para olhar por cima do armário com espelho o mesmo de onde vieram os ruídos de repente ela disse Samara isso aqui é seu ela me mostrou uma caixinha verde esmeralda pequena com aparência de porta
joias peguei-a e respondi que não que nunca tinha visto aquilo Antes quando abrimos percebemos que era uma urna dentro havia um pequeno saco com cinzas e uma etiqueta com o nome de um homem junto com sua data de nascimento e falecimento prefiro nem repetir o nome porque só de lembrar já sinto arrepios largamos a caixinha na hora e deixamos onde estava liguei para a proprietária e expliquei o que tínhamos encontrado ela pediu muitas desculpas e garantiu que o nome na etiqueta não era de ninguém da sua família mas sim do pai da família que alugava
o apartamento antes de mim ele tinha passado seus últimos anos ali gravemente doente e acabou falecendo no local depois disso a família se mudou para Campos do Jordão aparentemente deixando a urna para trás sem que apri soubesse ela ficou surpresa dizendo que desconhecia completamente a existência daquelas cinzas ainda naquela tarde a proprietária veio buscar a caixinha eu não quis tocar nela novamente contei que algo nos assustava E que ao encontrar as cinzas fazia sentido imaginar que poderia ser o espírito daquele homem a proprietária também se mostrou incomodada mas levou a urna consigo pedindo para eu
avisá-la caso acontecesse algo novamente para pensarmos no que fazer apesar de ainda sentir um certo medo e nunca mais me sentir totalmente à vontade no escuro n semel volt aconte depois daqu TZ só quisesse que encontos a cinzas mas eu não entend por meac qu erae enquanto vivo pergun ficam sem ainda assim sou grata por não ter passado por mais situações assustadoras como essa Mas e você se encontrasse algo assim na sua casa como reagiria porque não é todo dia que alguém se depara com uma urna cheia de cinzas ainda mais acompanhada de eventos tão
estranhos estava sozinho em casa em uma noite típica de férias de inverno resolvi assistir TV na sala de sol um espaço menor e aconchegante que usamos para filmes e séries essa sala tem uma porta que dá acesso à entrada lateral da garagem as persianas estavam fechadas e eu sob um cobertor assistia a algum filme qualquer que nem me recordo de repente a luz externa acendeu temos uma lâmpada com sensor de movimento instalada lá fora e isso me deixou apreensivo baixei o volume da TV para tentar captar algum som Mas sabia que era Improvável ouvir algo
do lado de fora levantei um pouco as persianas para espiar e à primeira vista tudo Parecia em ordem não havia como desligar aquela luz incômoda então só me restava esperar que apagasse sozinha Pensei que talvez algum animal tivesse acionado o sensor um guachinim ou gambá talvez mas a ideia não parecia convincente para aliviar a preocupação calcei os sapatos e fui até a entrada lateral verificar ninguém estava lá respirei aliviado e voltei ao sofá para tentar relaxar e continuar vendo TV alguns minutos se passaram e o silêncio foi quebrado por um estrondo um balde cheio de
algo caiu lá fora logo em seguida o sensor de movimento acionou a luz novamente se antes eu estava só inquieto agora estava apavorado algo ou alguém estava lá fora torcia para que fosse só um animal mas o medo de que fosse outra coisa me paralisava o sofá estrategicamente posicionado como o único ponto cego da porta lateral parecia minha única proteção não tinha coragem de me levantar e olhar diretamente até desligar a TV me aterrorizava já que o controle remoto estava na mesa de centro longe demais para alcançar sem me expor meus olhos se fixaram nas
persianas fechadas ou melhor no que vi através delas o contor nítido de uma figura humana estava parado do outro lado os braços ligeiramente afastados do corpo não consigo descrever o frio que senti no estômago e a aceleração do meu coração com movimentos leves tentei me levantar do sofá sem chamar atenção mas antes que pudesse atravessar a porta que conectava a sala de sol à sala de jantar a figura começou a bater violentamente na janela queria fazer algo gritar ou espantar quem fosse mas o medo de sair lá fora era maior com a voz trêmula gritei
vou chamar a polícia as batidas pararam por um instante e percebi a sombra se mover em direção à porta lá estava uma mulher idosa de aparência perturbadora com cabelos desgrenhados do lado de fora por um momento o medo diminuiu mas logo voltou com força total quando ela começou a esmurrar o vidro da porta gritando de forma enlouquecida sem pensar duas vezes fechei a porta da sala de sol com força e disquei para a polícia expliquei em Pânico que havia uma senhora descontrolada Tentando invadir minha casa do outro lado da linha me instruíram a trancar em
um quarto seguro armado com algo para me proteger até que os policiais chegassem todos os meus piores medos sobre invasões de casa se concretizaram no momento em que ouvi o som de vidro se quebrando lá fora próximo ao banheiro esperei alguns instantes com o coração disparado até o silêncio retornar então bem devagar e sem fazer barulho destranquei a porta do banheiro e a abri apenas o suficiente para espiar ao olhar para a sala de estar vi a figura dela uma mulher idosa com os cabelos completamente desgrenhados parada no centro do cômodo bem diante de uma
janela estilhaçada assim que nossos olhares se cruzaram ela avançou na direção do banheiro apavorado gritei do jeito que qualquer garoto de 17 anos Faria e batia a porta com força trancando novamente ela começou a esmurrar a porta sem parar enquanto murmurava coisas desconexas que eu não conseguia entender lá dentro eu só conseguia chorar e implorar baixinho para que ela fosse embora depois de um tempo que pareceu infinito houvi Batidas na porta da frente rapidamente abri a pequena janela do banheiro e gritei por socorro dois policiais se aproximaram guiados pelos meus os gritos desesperado pedi que
entrassem pela janela quebrada nos fundos da casa eles tentaram me acalmar dizendo que tudo ficaria bem E logo desapareceram na direção dos Fundos pouco depois os socos na porta do banheiro cessaram e Ouvi uma confusão começar lá fora os policiais gritavam ordenando que a mulher se afastasse quando a situação parecia controlada saí cautelosamente do banheiro a mulher já estava sob custódia incapaz de mais resistência era evidente que sua mente estava em desordem algo refletido nos olhos enlouquecidos que me encararam por um breve instante antes de eu desviar o olhar mais tarde soubemos que ela morava
com outra mulher em uma casa próxima essa mulher aparentemente responsável por cuidar dela nunca era vista pelos vizinhos e pouco se sabia sobre elas descobriu-se que a idosa sofria de graves problemas de saúde mental e precisava de cuid dados especializados meus pais decidiram processar a mulher mais jovem acreditando que era sua responsabilidade impedir que algo tão perigoso acontecesse no entanto o processo foi perdido o que foi frustrante apesar disso a idosa Foi retirada do bairro e internada em uma instituição que oferecia o tratamento necessário era um alívio saber que a ameaça havia sido resolvida mas
o Episódio deixou cicatrizes difíceis de esquecer se esver gostando dos relatos não se esqueça de já deixar o seu like ele é muito importante bem vamos continu meu nome é Matias Herrera e o que estou prestes a relatar aconteceu com minha irmã Clarice por volta de 2000 quando vivíamos em um pequeno Vilarejo nas proximidades do porto de Veracruz naquele período nossa família desfrutava de uma vida tranquila Clarice era uma mulher determinada trabalhadora e de personalidade forte Ela estava casada com Ramon havia pouco mais de 5 anos juntos construíram uma vida estável uma casa simples e
acolhedora dois filhos adoráveis e um pequeno negócio familiar que lhes proporcionava uma vida confortável mas como muitas vezes acontece a serenidade pode ser frágil e algo que ninguém esperava logo abalaria a nossa paz essa reviravolta teve início com Sofia nossa vizinha uma jovem atraente porém cercada por rumores e Mistérios morando sozinha na casa ao lado ela era motivo de conversa no vilarejo uns diziam que tinha casos com homens mais velhos outros afirmavam que se dedicava a práticas ocultas o que ninguém negava era o seu jeito magnético de cativar e Influenciar quem estivesse à sua volta
foi em uma tarde de agosto que tudo começou Clarice chegou em casa aos prantos algo raro de se ver considerando sua força habitual relutante no início Ela acabou nos contando após muita insistência que havia encontrado uma carta escondida no bolso de Ramon A autora Sofia na carta ela declarava seu amor por ele e pedia que deixasse Clarice para ficarem juntos no dia seguinte Clarice confrontou Ramon mas ele negou tudo disse que Sofia Era apenas uma vizinha simpática e que a carta não passava de uma brincadeira sem sentido mesmo assim algo mudou ele começou a se
comportar de maneira estranha chegava cada vez mais tarde em casa evitava discussões e parecia distante Clarice tinha certeza de que algo estava acontecendo mas mas carecia de provas Além de sua intuição os dias passaram e o ambiente em casa se tornou sufocante a presença de Ramon se tornou Rara e quando estava por perto seu comportamento era errático a intimidade entre os dois desapareceu enquanto isso Sofia parecia estar em todos os lugares na feira na igreja e com frequência à frente de nossa casa exibindo um sorriso que parecia provocar Clarice Foi então que os acontecimentos Tom
um rumo estranho certo dia enquanto preparava o jantar Clarice ouviu um barulho no quintal ao investigar encontrou um amontoado de cinzas junto com uma pequena escultura de Cera o detalhe assustador a figura parecia ser uma réplica de Ramon aterrorizada ela se livrou do objeto e limpou tudo mas o desconforto não foi embora pouco tempo depois Ramon comeou a adoecer primeiro dores de cabeça e febres inexplicáveis Depois vieram pesadelos recorrentes Nos quais ele dizia ser perseguido por uma figura sombria apesar das consultas médicas nenhum exame apontava algo anormal foi nesse ponto que minha mãe que acreditava
em forças espirituais e rituais sugeriu que procurássemos ajuda de um curandeiro apesar do ceticismo Inicial Clarice acabou cedendo fomos procurar Raimundo um homem respeitado no Vilarejo por sua sabedoria quando ele ouviu nosso relato sua expressão se tornou sombria ele afirmou que Ramon Provavelmente estava sob influência de um feitiço e tudo indicava que Sofia estava por trás disso Raimundo explicou que esses rituais não apenas manipulam a vontade de alguém mas também debilitam física e emocionalmente Até que a pessoa fique completamente vulnerável sem perder tempo começamos a agir Raimundo realizou uma limpeza espiritual na casa e entregou
a Clarice um amuleto protetor Além disso pediu que ela espalhasse sal nos cantos de todos os cômodos e queimasse incenso todas as noites para fortalecer a proteção do lar por um breve período Ramon demonstrou melhora os pesadelos cessaram e sua energia parecia voltar mas Sofia não estava disposta a desistir certo dia enquanto Clarice retornava do mercado Sofia a abordou na frente de casa Sem Rodeios afirmou que Ramon lhe pertencia e que nada do que Clarice fizesse mudaria isso Clarice tomada pela Fúria tentou agredi-la mas Sofia apenas riu e disparou ele já esteve comigo você não
tem mais poder sobre ele naquela noite a situação de Ramon piorou os pesadelos voltaram ainda mais aterrorizantes agora ele dizia ver claramente o rosto de Sofia na figura sombria que o perseguia em seus sonhos ela murmurava palavras incompreensíveis que o faziam se sentir aprisionado Clarice desamparada temia perder o marido para sempre foi numa noite que o desespero atingiu seu ápice minha mãe e eu fomos despertados por um grito aterrador ao chegarmos ao quarto de Clarice encontramos Ramon no chão em meio a convulsões sua pele estava gelada os olhos abertos mas sem foco como se ele
estivesse em outro lugar Clarice desesperada tentava segurá-lo enquanto chorava sem outra opção chamamos Raimundo ele chegou rapidamente trazendo uma mala repleta de instrumentos e ervas o ritual que se seguiu Foi algo que Jamais esqueceremos Raimundo acendeu velas e murmurou orações em voz baixa espalhando água benta pelo quarto em seguida posicionou um espelho diante de Ramon o que aconteceu a seguir parecia saído de um pesadelo conforme raimund entoava suas palavras o espelho começou a embaçar como se uma respiração invisível estivesse tocando sua superfície então sombras começaram a surgir movendo-se de forma frenética formando figuras impossíveis de
identificar Ramon parou de convulsionar mas caiu em lágrimas repetindo o nome de Sofia sem parar Raimundo conseguiu acalmá-lo e nos explicou que havia conseguido bloquear parte do feitiço mas não o suficiente para anulá-lo completamente disse que para desfazer o que fora feito seria necessário enfrentar quem havia iniciado o trabalho foi nesse momento que decidimos que era hora de confrontar Sofia mesmo sem saber o que isso significaria na manhã seguinte a tensão em casa era quase palpável Ramon permanecia deitado com uma expressão de medo e exaustão que nos gelava sempre que tentávamos conversar sobre o ocorrido
ele desviava o olhar e repetia a p não quero falar sobre isso Raimundo no entanto nos reuniu na sala e nos alertou que a situação era mais grave do que imaginávamos Sofia havia ultrapassado todos os limites e ignorar o problema não era mais uma opção essa mulher não age sozinha há uma força que ela está manipulando mas que não domina completamente se não agirmos logo o preço será mais alto do que podemos suportar as palavras de Raimundo nos encheram de medo mas também nos deram coragem para agir minha mãe e Clarice decidiram confrontar Sofia diretamente
Raimundo as alertou que qualquer confronto poderia ser perigoso mas mesmo assim elas estavam determinadas a enfrentá-la quando chegaram à casa de Sofia ela já as esperava no jardim da frente com um sorriso sarcástico e um olhar que transbordava arrogância A Fúria de Clarice quase transbordou sabemos o que você está fazendo isso precisa parar exigiu minha irmã com firmeza Sofia respondeu com uma risada carregada de desprezo parar nem chegamos ao ponto mais interessante querida não se preocupe seu marido está exatamente onde deveria estar ele pensa em mim deseja estar comigo nunca foi feliz ao seu lado
as palavras atingiram Clarice como uma faca deixando-a à beira das Lágrimas minha mãe tentou intervir bu para a razão mas Sofia permaneceu inabalável ela deixou claro que não tinha intenção de desistir e estava disposta a fazer o que fosse necessário para manter Ramon sob seu controle naquela mesma noite Raimundo resolveu intensificar sua ajuda ele decidiu realizar um ritual mais poderoso para proteger Ramon e todos nós pediu que trouxéssemos uma peça íntima de Ramon água benta e uma vela preta enquanto preparava tudo na sala nos alertou de que o ritual poderia provocar uma reação violenta tanto
de Sofia quanto da entidade que ela havia invocado quando o ritual começou o ambiente da casa mudou drasticamente o ar parecia denso quase impossível de respirar a chama da vela preta tremulava de forma assustadora como se uma força invisível a estivesse atacando Raimundo começou a entar Orações em uma língua desconhecida enquanto traçava símbolos com água benta ao redor de Ramon que permanecia em sono profundo de repente um estrondo sacudiu a casa as janelas vibraram e uma rajada de vento apagou todas as velas exceto a preta Ramon começou a se contorcer no chão como se algo
o prendesse ele gritava o nome de Sofia implorando para que o deixassem em paz nesse momento Raimundo ergueu o espelho utilizado anteriormente e o posicionou diante de Ramon o que vimos nos deixou paralisado no reflexo do espelho não era Ramon que aparecia havia uma figura escura com olhos brilhantes e um sorriso assustador parada atrás dele o quarto foi tomado por um cheiro forte de enxofre enquanto as paredes rangeram como se estivessem prestes a ceder não olhem para o espelho fechem os olhos gritou Raimundo mas era impossível desviar o olhar a figura no espelho movia os
lábios embora nenhum som ID finalmente Raimundo entoou uma última oração e com um som alto e seco o espelho se partiu em pedaços Ramon parou de gritar e caiu em um sono profundo o cheiro desapareceu e o quarto voltou ao normal ainda assim Raimundo nos advertiu isso foi apenas uma solução temporária enquanto Sofia continuar obsecada por Ramon tudo isso vai persistir A Entidade que ela invocou não vai embora facilmente precisamos encontrar uma forma de romper o vínculo entre eles na manhã seguinte Ramon despertou Confuso com poucas lembranças dos eventos anteriores apesar de estar mais calmo
permanecia vulnerável à influência de Sofia diante disso minha mãe e Clarice decidiram procurar um padre para abençoar nossa casa e buscar proteção no entanto ao chegarmos à igreja local O sacerdote demonstrou hesitação já ouvi histórias sobre Sofia a situação é mais grave do que parece isso está além do que posso lhe dar há algo maior agindo aqui e ajudar vocês poderia trazer sérias consequências para mim ele falou com um tom que misturava temor e preocupação desesperadas elas voltaram para casa e relataram o ocorrido a Raimundo ele compreendendo a relutância do padre insistiu que não podíamos
desistir propôs um plano mais ousado invadir a casa de destruir qualquer objeto ou Altar que ela estivesse usando para manter o feitiço ativo Raimundo nos orientou a esperar até que Sofia saísse de casa quando a noite caiu juntamos coragem e seguimos adiante Clarice minha mãe Raimundo e eu a casa de Sofia estava às escuras e mergulhada em um silêncio desconcertante entramos pelo quintal forçando a porta dos fundos Raimundo nos guiou diretamente ao quarto principal lá encont Um Altar improvisado repleto de velas pretas figuras de Cera e fotografias de Ramon e de outras pessoas no centro
uma tigela com um líquido escuro e de odor nauseante parecia o ponto focal de tudo sem hesitar Raimundo começou a desmontar o altar apagando as velas quebrando as figuras e recitando Orações em voz firme contudo antes de terminar um grito ensurdecedor ecoou pela casa era parada na porta com o rosto contorcido de ódio vocês não têm o direito de estar aqui ele é meu sempre foi bradou avançando sobre Raimundo Clarice e minha mãe tentaram segurá-la mas Sofia Parecia ter uma força sobre humana ela conseguiu empurrar Raimundo derrubando o espelho que ele carregava Foi então que
o ambiente mudou drasticamente o cômodo foi tomado por sombras em movimento a temperatura caiu bruscamente e as paredes começaram a estremecer Sofia no entanto parou subitamente como se algo invisível a tivesse imobilizado Raimundo com esforço levantou-se e concluiu o desmonte do Altar no instante em que terminou Sofia caiu ao chão gritando de dor aproveitamos o momento para fugir da casa do lado de fora Raimundo nos disse com seriedade fizemos o que era certo mas o preço para ela será alto Sofia brincou com forças que não compreendia agora terá que lidar com as consequências após o
confronto a tensão em nossa casa diminuiu e a aparente calma retornou porém não demorou para que os rumores se espalhassem Sofia foi encontrada desmaiada em sua casa e levada ao hospital pelos vizinhos permaneceu em coma por vários dias e quando finalmente despertou estava completamente diferente no vilarejo diziam que Sofia havia perdido a sanidade os médicos não conseguiram seu estado mas aqueles que conheciam sua ligação com a bruxaria acreditavam que ela havia pago um preço terrível por mexer com forças Além de sua compreensão Sofia nunca mais foi a mesma parecia viver sob uma nuvem sombria isolada
e alheia ao mundo ao seu redor enquanto isso em nossa casa Raimundo demonstrava inquietação apesar de ter desmontado o altar de Sofia ele sabia que o preço de interferir em forças tão obscuras era alto quem mexe com essas coisas nunca sai ileso comentou uma noite enquanto observava Ramon meu cunhado ainda estava debilitado já não mencionava pesadelos ou vozes mas Raimundo estava preocupado com os efeitos que o ritual poderia ter deixado em todos nós poucos dias depois algo inesperado aconteceu Raimundo faleceu de forma repentina em sua casa a notícia nos atingiu como um golpe devast embora
fosse idoso Ele sempre teve uma saúde robusta não era fácil descartar a ideia de que sua morte estivesse relacionada ao ritual alguns acreditavam que a entidade invocada cobrara sua vingança outros que ele havia esgotado suas forças enfrentando algo tão poderoso a perda de Raimundo criou um vazio enorme além de nos deixar ainda mais vulneráveis Apesar de ele ter enfraquecido o vínculo entre Ramon e Sofia sabíamos que o trabalho não havia terminado Foi então que por indicação de um vizinho buscamos a ajuda de um bruxo chamado Uriel sua aparência não inspirava a mesma confiança que Raimundo
mas a urgência da situação nos Forçou a aceitar quando Uriel chegou a primeira coisa que fez foi examinar Ramon o dano é profundo mas pode ser reparado afirmou após um longo silêncio em seguida questionou sobre os objetos utilizados por Raimundo e o que aconteceu durante o ritual no fim Balançou a cabeça com um semblante sério o que ele fez foi admirável mas também imprudente ao desmontar o altar sem selar os vínculos corretamente ele deixou uma brecha que pode ter afetado qualquer um de vocês essas palavras nos deixaram apavorados Uriel explicou que embora o ritual tivesse
enfraquecido a ligação entre Sofia e a entidade esta ainda estava presente em um nível mais profundo fundo sustentando-se nos fragmentos de energia coletados para libertar Ramon de vez precisamos fechar essa brecha completamente o ritual conduzido por Uriel foi diferente do realizado por Raimundo Ele nos disse que a energia da família era essencial e que todos precisavam participar preparou Um Altar improvisado na sala com velas brancas Incenso E uma tigela de água benta posicionou Ramon no centro dentro de um c de sal e iniciou as orações enquanto queimava ervas aromáticas a tensão na casa era palpável
o ar parecia pesado e uma estranha sensação de apreensão nos envolvia durante o ritual Ramon começou a tremer e murmurar palavras incompreensíveis Uriel nos pediu que permanecemos Imóveis independentemente do que acontecesse em um momento assustador Ramon abriu os olhos abruptamente seu olhar estava vazio mas seus lábios se moviam como se estivesse conversando com algo invisível então ele soltou um grito que ecoou pela casa e caiu no chão Uriel não interrompeu suas orações e pouco a pouco a tensão no ambiente começou a diminuir quando finalmente concluiu o peso no ar desapareceu e tudo voltou ao normal
Ramon despertou exausto mas com uma expressão que não víamos há semanas sinto que se foi disse ele com a voz fraca Uriel confirmou que o ritual havia surtido efeito mas nos alertou de que a recuperação de Ramon seria lenta e gradual ele também nos recomendou realizar limpezas espirituais periódicas para evitar qualquer possibilidade de recaída com o passar do tempo Ramon começou a se restabelecer foram necessários meses para que ele recuperasse sua energia e equilíbrio emocional mas por fim conseguiu superar os traumas daquela experiência retomou seu trabalho e o convívio familiar embora carregasse consigo um profundo
sentimento de culpa por ter colocado todos em perigo devido a uma escolha impulsiva Ramon faleceu em 2020 em decorrência de complicações causadas pela covid quanto a Sofia sua vida nunca voltou ao normal ela permaneceu isolada e segundo os poucos que chegaram a vê-la havia perdido completamente a sanidade eventualmente deixou o vilarejo e nunca mais ouvimos falar dela essa experiência deixou uma marca profunda e indelével em nossa família aprendemos Que Há Forças com as quais não se deve brincar e que o amor quando distorcido pela obsessão pode se tornar destrutivo de maneiras inimagináveis até hoje carregamos
uma imensa gratidão por Raimundo cujo sacrifício e coragem nos ajudaram a escapar de um período tão Sombrio em nossas vidas Reinaldo e eu dividimos o apartamento e nos conhecemos através do trabalho vivemos H cerca de 15 minutos do escritório e diariamente compartilhamos o carro no trajeto vou direto ao assunto recentemente um novo vizinho chegou à casa ao lado isso faz apenas Du semanas Não vimos ninguém mando eun chegamos a ver o rosto dele nem sequer sabíamos se era um homem uma mulher ou quantas pessoas haviam se instalado ali mais tarde acabamos deduzindo que era um
homem no terceiro dia resolvemos ir até a casa vizinha para nos apresentarmos no entanto ao batermos na porta ninguém respondeu o carro dele estava na garagem então imaginamos que estivesse em casa mas por algum motivo não quis atender quando estávamos voltando pela entrada Reinaldo chamou a atenção coando para eu olhar para a janela ao lado da porta levantei os olhos e percebi alguém levantando levemente a persiana nos espiando troi um olhar com Reinaldo desconfortável e seguimos noso camin concluindo que aquilo era no mínimo estranho desde aquele momento ficaro para nós que a convivência com esse
vizinho não seria tranquila naquela mesma noite por volta de uma da manhã fui despertado por ruídos vindo de Fora como a região é quente e deixamos as janelas abertas o som era Claro meu quarto no andar de cima tem vista para o Quintal do Vizinho que era exatamente de onde vinha o barulho lá estava ele um homem corpulento vestindo um moletom com capuz o que era incomum considerando que fazia cerca de 22º C ele serrava vigorosamente um grande pedaço de madeira a cena era surreal bati na porta do quarto de Reinaldo que também havia sido
acordado pelo barulho ele tinha que trabalhar cedo no dia seguinte e aquilo parecia completamente fora de propósito a serra continuou por um bom tempo até decidirmos pedir educadamente que ele parasse Fomos até o portão do quintal em vez de bater na porta da casa assim que batemos o som da Serra cessou ficamos esperando que ele viesse atender Mas isso não aconteceu pelo menos o barulho parou então Voltamos para dormir alguns dias depois Acordamos no meio da madrugada com novos ruídos Mas desta vez eram gritos no início demorei a entender o que era mas ao olhar
pela janela percebi que vinham de dentro da casa vizinha vi o homem no quintal novamente desta vez correndo para dentro da casa enquanto arrastava algo que não conseguia identificar ele então parou e olhou diretamente para a minha janela recuando quando percebeu que eu o observava imediatamente corri para o quarto de Reinaldo ele já estava de pé também acordado pelos gritos sem hesitar ligou para a polícia para relatar o que estava acontecendo enquanto ele falava no telefone Fiquei parado próximo à porta de repente ouvimos um estrondo vindo da parte de baixo da nossa casa A Porta
dos Fundos tinha sido aberta Reinaldo gritou ao telefone para a atendente mandar ajuda imediatamente informando que o homem tinha invadido nossa casa ele permaneceu na ligação enquanto tentávamos ouvir se os passos subiam às escadas os passos eram Claros ecoando pelo andar de baixo de volta ao quarto de Reinaldo fechei a porta cuidadosamente ele pediu à atendente que avisasse os policiais para entrarem pelos fundos com urgência antes de desligar como não havia tranca na porta encostamos nosso peso contra ela prontos para impedir qualquer tentativa de entrada os passos na escada ficaram mais apressados ouvi a porta
do banheiro se abrir logo depois se fechar novamente em seguida os passos vieram direto na direção da porta do quarto do Reinaldo o homem começou a forçar a entrada usando o ombro e batendo com algo pesado foi exatamente por isso que não tentamos confrontá-lo diretamente não tínhamos ideia do tipo de arma que ele poderia carregar apesar de todo o esforço ele não conseguiu arrombar a porta depois de algumas tentativas frustradas ouvimos os passos descendo adas seguidos por um silêncio desconcertante esperamos alguns minutos antes de abrir a porta para espiar Não vimos ninguém no corredor de
repente um grito ecoou vindo do andar de baixo com uma voz firme polícia aliviados descemos correndo as escadas mas ao chegar não encontramos nenhum policial no entanto percebi alguém agachado atrás da nossa mesa de jantar gritei para Reinaldo correr de volta comigo para o andar de cima antes de alar as escadas a pessoa atrás da mesa se levantou e começou a nos perseguir desta vez nos trancamos no banheiro onde ao menos podíamos fechar a porta com segurança não ficamos lá por muito tempo porque novamente ouvimos a mesma voz lá embaixo polícia dessa vez soava Genuíno
o homem que tentava abrir a porta do banheiro parou de repente e o silêncio se instalou no andar de cima gritamos com toda força estamos aqui em cima aqui em cima logo dois policiais subiram ordenando que o homem largasse a arma o som de uma faca caindo no chão foi a próxima coisa que ouvimos quando os policiais nos mandaram sair abrimos a porta eles o algemaram e o levaram até a viatura Reinaldo e eu explicamos que tínhamos ouvido gritos vindos da casa ao lado e pedimos que verificassem o local armados Os policiais entraram na casa
vizinha pouco depois outra viatura chegou à nossa rua seguida por mais duas ficamos horrorizados ao ver os policiais saírem da casa do homem com uma mulher chorando incontrolavelmente descobrimos que ela estava trancada no porão gritando por socorro também Vimos que havia um corpo em um saco o mesmo que o homem tinha arrastado no quintal nunca soubemos todos os detalhes daquela noite quem era a mulher ou de quem era o corpo mas não temos dúvidas de que aquele homem passará o resto da vida preso a casa dele agora está disponível para alugar e tudo o que
desejamos é que desta vez alguém comum e Tranquilo venha morar ali Meu nome é Henrique em 2016 dificuldades financeiras me obrigaram a deixar o apartamento em que vivia para procurar algo com aluguel mais acessível acabei encontrando uma casinha simples num bairro próximo era modesta praticamente vazia mas suficiente para o que eu precisava e cabia no orçamento não havia grandes problemas aparentes E imaginei que o preço baixo fosse pela ausência de móveis levei o básico que tinha e me mudei duas semanas depois combinei uma pequena reunião com amigos para celebrarmos passamos uma noite agradável com conversando
Depois do jantar acomodados como podíamos entre a sala e a Copa usando todos os lugares disponíveis de repente todos nós em uníssono viramos em direção a um armário embutido no corredor que levava ao quarto depois do banheiro o motivo duas batidas secas que vieram de lá o silêncio que se seguiu foi quebrado por um som de algo arranhando desesperadamente a madeira não conseguia dizer ao certo o que era o barulho parecia o de um cachorro Tent sair mas ao mesmo tempo soava perturbador como se não fosse um animal comum um dos meus amigos se levantou
e eu fui atrás enquanto os outros tentavam justificar o som talvez ratos um gato preso ou algo parecido quando estávamos quase no meio do caminho perto da cozinha a poucos passos do armário todos ouvimos de forma Clara o riso de uma mulher vindo lá de dentro a reação foi instantânea saímos correndo para fora deixando toda as luzes acesas não era tão tarde devia ser por volta de 7 horas da noite mas o céu já estava escuro um dos meus amigos sugeriu que eu ligasse para o locador explicando o que tinha acontecido quem sabe não houvesse
alguém escondido lá dentro fiz a ligação o senhor que atendeu Parecia ter cerca de 50 anos coloquei no viva voz para que todos pudessem ouvir relatei o ocorrido enquanto mantínhamos os olhos fixos no corredor agora visto de fora da casa Ele ouviu em silêncio pediu um momento mas esqueceu de cobrir o microfone completamente dava para escutá-lo falando com a esposa de novo a louca voltou para aquela casa e ela respondeu intrigada o quê mas não foi ela que morreu há dois meses sim mas ela ainda está lá troquei olhares com meus amigos ninguém sabia o
que dizer não parecia piada até porque envolvia algo sério como um contrato de aluguel o homem Voltou ao telef e com um tom mais sério perguntou se eu tinha onde passar a noite garantiu que nada aconteceria aos meus pertences e que compreendia bem o que estava acontecendo disse que no dia seguinte conversaríamos na casa e que ele providenciaria outra residência mais nova e mobiliada no mesmo bairro pelo mesmo valor como forma de compensação Foi então que um amigo meu ainda no viva voz decidiu perguntar o que havia acontecido naquela casa relutante o ador começou a
explicar os antigos moradores relataram que uma mulher aparecia durante a noite batendo na porta principal deixando todos aterrorizados descreveram sua aparência e até me mostraram uma foto nela a mulher aparecia de forma assustadora com os cabelos completamente desgrenhados Espiando pela janela nunca viram essa mulher entrando de fato mas era evidente que ela estava ali depois Aram o corpo dela na vizinhança confirmaram que era a mesma da foto ninguém sabe quem ela era ou como morreu um casal Alugou a casa depois de mim mas não duraram nem 24 horas lá dentro ligaram para o proprietário desesperados
contando que aquela mesma mulher aparecia dentro da casa saindo do armário tanto de dia quanto de noite ela puxava os cabelos da moça e depois corria de volta para o armário fechando a porta atrás de si no final eles arrumaram tudo rapidamente e foram embora pois reconheceram que se tratava da mulher da foto o proprietário nos disse que não tinha dúvidas de que era ela pediu desculpas novamente e insistiu para que eu não dormisse na casa naquela noite garantiu que na manhã seguinte me ajudaria a mudar para outra residência foi sem dúvida a experiência mais
surreal que já vivi nem eu nem meus amigos conseguíamos processar aquilo acatei o conselho dele Passei a noite fora e no dia seguinte com a ajuda do locador e dos meus amigos me mudei para um novo lar continuei morando naquele bairro por muitos anos mas aquela casa permaneceu vazia e esquecida com o tempo transformando-a em um lugar abandonado nunca tive coragem de tocar no assunto novamente com o proprietário por medo de soar desrespeitoso imagino que até hoje a Casa Esteja do mesmo jeito sem ninguém se atrever a viver lá e você já lhe ofereceram uma
casa ou apartamento por um valor que parecia bom demais para ser verdade e depois descobriu algo estranho que justificava o preço compartilhe sua história nos comentários durante um período Vivi em um pequeno apartamento em uma cidade do interior a poucos passos de uma praça central era um prédio discreto onde no térreo funcionava um salão de beleza ninguém morava no térreo o espaço era usado apenas para fins comerciais no segundo andar havia dois apartamentos o meu e o de um vizinho a ausência de moradores no térreo à noite desempenhou um papel importante nesta história como você
logo entenderá após TR meses vivendo ali um homem mudou para o apartamento ao lado eu tinha 25 anos e ele parecia ser um pouco mais velho nossas conversas eram Breves e esporádicas já que raramente nos encontrávamos mas pouco depois de sua chegada algo perturbador começou a acontecer no meio da madrugada eu acordava com o som de um bebê chorando era um choro tão alto que atravessava as paredes grossas do prédio meu sono virou um caos interrompido noite após noite até que completei quro meses no no apartamento eu evitava conversar com ele sobre o choro Afinal
como abordar um assunto tão delicado Além disso nunca vi crianças entrando ou saindo do apartamento dele tampouco qualquer sinal de que ele tivesse companhia como uma esposa ou namorada então como aquele som podia vir de lá até que certa tarde ele apareceu à minha porta visivelmente constrangido Oi vizinho me desculpa incomodar mas preciso dizer algo às vezes chego atrasado no trabalho porque o choro do seu filho me atrapalha a dormir se precisar de ajuda com ele pode contar comigo sou enfermeiro surpreso respondi acho que houve algum engano também ouço esse choro mas parece vir do
seu lado ele ficou tão confuso quanto eu confirmou que não tinha filhos ficamos intrigados como podíamos ouvir algo tão próximo se Nenhum de nós tinha crianças Além disso o som não parecia vir de nenhum outro lugar próximo antes de sair para trabalhar ele prometeu voltar mais tarde com uma amiga que segundo ele poderia ajudar de alguma forma enquanto isso resolvi sair também pois a ideia de ficar sozinho no apartamento já começava a me inquietar Quando retornei naquela noite hesitei em Entrar meu vizinho apareceu e me entregou velas e um pequeno frasco de óleo explicou que
sua amiga sugerira um tipo de ritual acender as velas nos pontos onde o choro era mais forte e deixar o óleo por perto agradeci e fiz exatamente como ele orientou naquela noite o choro foi mais intenso do que nunca parecia que alguém carregava o bebê pelo apartamento do meu vizinho para me distrair Liguei a TV em alto volume e tentei dormir apesar das interrupções constantes Finalmente consegui descansar após aquela madrugada o som desapareceu no dia seguinte encontrei meu vizinho que relatou que a noite também tinha sido PES ada para ele mas parecia que o ritual
havia funcionado graças a isso conseguimos ter paz novamente ficamos mais próximos depois disso e mesmo tendo deixado aquele prédio continuamos Amigos até hoje se aquele som realmente viesse do espírito de uma criança só posso torcer para que ela tenha finalmente encontrado descanso Porque sem dúvida nos tirou muitas noites de sono muita gente comenta que quando ouvimos o choro de crianças em situações assim pode não ser exatamente uma criança talvez algo bem diferente mas e se for mesmo um bebê tentando se expressar com o único recurso que tem o choro qual seria a sua opinião sobre
isso boa noite meu nome é Andressa ten 42 anos e jamais imaginei que o amor algo que sempre vi como puro e Inviolável pesse sear em uma for destrutiva durante mos anos minha vida girou completamente em torno deha fil Laura desde o instante em ela n formamos umaia inseparável não apen mãe e famos também confidentes amigas e para cada uma de nós nossa única família Laura se casou ainda jovem com 22 anos com Mauro um homem que parecia o genro perfeito ele era gentil dedicado e tinha um jeito cativante que conquistava qualquer um ao seu
redor quando anunciaram o noivado tive a certeza de que minha filha havia encontrado alguém que a trataria com o mesmo carinho e amor com que eu sempre a tratei Mauro ocupava um cargo importante como gerente em uma empresa renomada na Cidade do México e minha filha mesmo com um trabalho mais simples parecia verdadeiramente feliz ao lado dele a notícia do casamento trouxe alegria para toda a família e eu estava certa de que ela teria uma vida repleta de realizações a felicidade aumentou quando um ano após o casamento Laura me contou algo que transformaria minha existência
eu seria avó apesar de só ter tido uma filha resultado de complicações de saúde que me impossibilitaram de ter mais filhos após Nascimento aquele Neto representava a continuidade da minha história a chegada de Valentina minha primeira neta trouxe um brilho especial Às nossas vidas e pouco depois a chegada de Paola completou essa felicidade me sentia plena uma filha bem sucedida um genro exemplar e duas netas que se tornaram o centro da minha existência contudo como tantas vezes acontece a sensação de perfeição durou para sempre as primeiras rachaduras surgiram dentro do meu próprio casamento Otávio meu
marido sempre foi um homem carinhoso e dedicado Mas aos poucos comecei a notar mudanças em seu comportamento no início eram detalhes sutis chegadas tardias explicadas com desculpas banais como trânsito ou reuniões inesperadas mas essas ausências logo se tornaram mais constantes Além disso ele passou a ser mais frio e distante comigo e sua atenção parecia se dissipar minhas suspeitas aumentaram até o dia em que encontrei por acaso um recibo de hotel em meio às coisas dele a confirmação de sua traição foi um choque profundo na mesma noite decidi enfrentá-lo diretamente Otávio não negou confessou estar envolvido
com outra mulher mais jovem e declarou que estava apaixonado por ela ele sequer demonstrou arrependimento apenas arrumou suas coisas e saiu abandonando-se após mais de duas décadas juntos senti como se o chão tivesse desaparecido sob meus pés nas semanas seguintes mal conseguia dormir ou comer consumida pela dor e pelo vazio no auge do meu sofrimento uma vizinha sugeriu que eu procurasse Dona Hana uma senhora conhecida por suas habilidades como curandeira diziam que ela tinha o dom de enxergar o que os outros não podiam decidido a buscar qualquer tipo de consolo ou explicação fui até ela
Dona Hana me recebeu com um olhar tranquilo e me convidou a sentar à sua frente com um baralho antigo e desgastado ela começou uma leitura revelou que Otávio acreditava ter encontrado nessa nova mulher algo que sentia ter perdido comigo a chance de começar outra família também mencionou que essa mulher esperava um filho dele algo que ele sempre quis e que infelizmente eu não pude oferecer as palavras de Dona Hana foram incisivas como lâminas afiadas ela me aconselhou a não tentar segurá-lo a deixá-lo ir pois insistir em algo assim só resultaria em mais sofrimento saí de
sua casa com o coração em pedaços mas carregando uma fagulha de esperança resolvi seguir em frente com o divórcio e preservar o que ainda restava da minha dignidade as negociações com o advogado dele foram desgastantes Mas no fim consegui manter a casa onde vivíamos o carro e parte considerável das economias no entanto o vazio permanecia não era o dinheiro que eu almejava mas sim a segurança e o afeto que havia perdido minha filha Laura e seu marido Mauro foram Pilares nesse período Difícil eles me convidaram a morar com eles evitando que eu enfrentasse a solidão
relutei no início mas Acabei aceitando a ideia de estar perto das minhas netas me deu forças para tentar recomeçar assim deixei as lembranças dolorosas da Cidade do México para trás e me mudei para a casa deles em toluca nos primeiros meses tudo correu de forma harmoniosa Mauro demonstrava gentileza e Laura fazia o possível para me acolher durante o dia trabalhava em um Modesto cargo administrativo em um escritório local e à tarde cuidava das minhas netas enquanto Laura e Mauro estavam fora Pouco a Pouco sentia que minha vida começava a encontrar uma nova direção mas isso
mudou quando Mauro Perdeu o emprego a empresa onde trabalhava iniciou cortes de pessoal e ele foi dispensado Laura tentou apoiá-lo garantindo que ele logo encontraria algo novo mas os dias se arrastaram viraram semanas e em seguida meses com mais tempo em casa Mauro passou a estar mais presente e nossas interações antes Breves e casuais começaram a se tornar mais frequentes o que inicialmente eram apenas conversas inocentes logo evoluiu para algo mais Mauro com seu charme característico tinha uma forma de me ouvir que fazia com que eu me sentisse compreendida no começo Achei que ele apenas
buscasse conforto emocional mas logo percebi que havia algo mais nesses momentos a tensão Sutil a princípio foi se tornando Evidente uma noite enquanto assistíamos Visão na sala nossas mãos se tocaram de maneira acidental ele não afastou a mão e eu também não esse pequeno gesto foi o marco inicial de algo que jamais deveria ter acontecido depois disso nossa relação mudou Mauro passou a procurar maneiras de ficar sozinho comigo não apenas por acaso mas de forma intencional momentos simples na cozinha ou na sala passaram a carregar um significado diferente o pior de tudo foi que mesmo
ciente de que aquilo era errado eu não fiz nada para detê-lo pelo contrário me sentia envaidecida por sua atenção o que começou com pequenos gestos se transformou em algo mais intenso uma tarde enquanto preparávamos café nossas mãos se tocaram novamente dessa vez não foi acidente quando nossos olhares se cruzaram Ficou claro que havíamos ultrapassado um limite que não poderia ser desfeito naquela noite o sono me escapou uma tempestade de Emoções culpa ansiedade e medo tomou conta de mim Cheguei a pensar que criar distância entre nós poderia impedir que aquilo se aprofundasse mas já era tarde
demais Mauro começou a me procurar com mais frequência nos momentos em que Laura não estava por perto e o tom de suas palavras deixava claro o que ele queria certo dia Enquanto estávamos sozinhos ele desabafou disse que desde que havia perdido emprego se sentia sem rumo mas que a minha presença e minhas palavras o ajudavam a enfrentar as dificuldades apesar da aparente sinceridade na voz dele eu sabia que aquilo era apenas um pretexto mesmo assim deixei que aquilo continuasse o que comeou como uma relação desconfortável e confusa seou um envolvimento clandestino passamos a nos encontrar
escondidos sempre cuidando para que Laura não percebesse eu me via presa em um turbilhão de sentimentos conflitantes por um lado sentia uma conexão com Mauro que não experimentava havia muito tempo por outro o peso da culpa por trair a confiança da minha filha me esmagava os dias se transformaram em semanas e o Segredo continuou Mauro começou a se afastar de Laura mesmo vivendo Sob O Mesmo Teto as brigas entre eles se tornaram frequentes e Laura que sempre fora resiliente e decidida começou a demonstrar sinais de desgaste sua saúde declinava de maneira alarmante algo que a
princípio atribuí ao estresse do casamento mas logo percebi que era mais grave do que isso Laura começou a fraquejar o cansaço que parecia passageiro evoluiu para um quadro mais preocupante ela perdeu peso rapidamente sua pele ficou sem cor e os olhos mostravam um esgotamento impossível de ignorar apesar de vári as consultas médicas nenhuma explicação conclusiva foi dada algumas hipóteses apontavam para problemas imunológicos mas nada fazia sentido completamente enquanto isso minha culpa só aumentava intimamente eu sentia que minha relação com Mauro estava ligada ao sofrimento de Laura sem saber o que fazer resolvi voltar a visitar
Dona hanana a curandeira que havia procurado após a traição do meu marido quando entrei ela me recebeu com um olhar que parecia atravessar minha alma antes mesmo de explicar o motivo da visita Parecia que ela já sabia Contei sobre minha relação com Mauro e o estado debilitado de Laura Dona hann ouviu em silêncio mas suas palavras foram diretas disse que meu comportamento não era apenas errado mas estava trazendo energias negativas para toda a minha família suas palavras pesaram como um alerta grave perguntei se havia algo que eu pudesse fazer para interromper aquilo e ajudar minha
filha ela recomendou que eu cortasse qualquer vínculo com Mauro e deixasse a casa de Laura imediatamente afirmou que ainda era possível reparar o estrago mas que eu precisava agir sem demora caso contrário as consequências seriam terríveis saí de lá ainda mais confusa e perdida sabia que precisava tomar uma atitude mas não encontrava forças para isso Mauro continuou a me procurar e eu incapaz de Resistir mantive nosso relacionamento às escondidas Enquanto isso o estado de saúde de Laura se deteriorava a cada dia e o peso da minha culpa crescia junto com sua fragilidade em um momento
de desespero tomei uma decisão que mudaria tudo se Dona Hana não queria me ajudar eu encontraria outra solução após ouvir rumores e seguir recomendações discretas fui até Dimas um bruxo conhecido que vivia em um bair da sua era pequen e mergulhada na penumbra decorada com objetos esotéricos que pareciam observar cada moviment meu quando expli o quee não demou surpres disse que amarrações erli Ainda mais quando envi pesso meso assim conord emiz o trabal o ritual foi feito em segredo mas nas primeiras semanas nada mudou de forma visível gradualmente porém Mauro começou a se afastar de
Laura ele passava mais tempo comigo e nossos encontros se tornaram mais frequentes no entanto algo sinistro acompanhou essa mudança a saúde de Laura se deteriorou rapidamente ela ficou tão debilitada que mal conseguia sair da cama seu cabelo Começou a cair sua pele ficou sem vida e nenhum médico conseguia explicar o que estava acontecendo mas eu sabia enquanto Laura lut contra essa doença misteriosa Mauro me buscava com mais urgência e entrega parecia alheio à situação da esposa totalmente focado em mim apesar de sua compania eu não conseguia ignorar o peso da culpa sabia que as consequências
do meu desejo estavam destruindo minha filha a culpa crescia a cada dia sufocando qualquer prazer que eu pudesse sentir Laura Estava à beira do colapso enquanto Mauro estava mais próximo de mim do que nunca sentia-me presa em uma armadilha que eu mesma havia criado então algo inesperado aconteceu uma manhã enquanto estava em casa recebi uma ligação de Laura sua voz antes fraca soava surpreendentemente firme ela pediu que eu a visitasse Naquela tarde pois precisava conversar comigo meu coração apertou mas aceitei ao chegar à casa dela a encontrei sentada na sala com uma postura mais confiante
do que havia visto em semanas sua aparência tinha mudado a pele estava mais saudável e os olhos mais brilhantes ela parecia outra pessoa Laura me contou que no auge do desespero por sua saúde havia procurado ajuda uma amiga a indicou a uma curandeira nos arredores da cidade e ao chegar lá a mulher foi direta sua doença não era natural mas resultado de feitiçaria senti um frio percorrer meu corpo enquanto ouvia suas palavras Laura continuou explicando que a curandeira realizou uma limpeza espiritual para identificar a origem do mal que a afligia durante o ritual Ficou claro
que a bruxaria vinha de alguém próximo a ela e para minha surpresa e horror esse alguém era eu ela revelou que a princípio recusou-se a acreditar mas a curandeira mostrou sinais que confirmavam a ligação entre minha presença e os eventos recentes convencida Laura concordou em devolver o trabalho à fonte de onde veio sem saber que o efeito recairia sobre mim desde aquele dia Laura começou a melhorar visivelmente enquanto eu sentia minha saúde declinar agora era eu quem estava pagando o preço por tudo o que havia feito meu corpo antes vigoroso começou a ceder tudo começou
com dores de cabeça que pareciam inofensivas mas logo vieram manchas dolorosas na pele olhos avermelhados e uma exaustão que não me deixava os médicos não sabiam explicar mas eu tinha plena certeza o feitiço que lancei para separar Laura de Mauro estava agora cobrando seu preço de mim Naquela tarde Laura foi direta ao revelar o que sabia contou que havia descoberto sobre meu envolvimento com Mauro nossos encontros secretos e deixou claro que não podia me perdoar as palavras dela me feriram profundamente Mas eu sabia que não havia como justificar o que fiz Laura disse que não
queria me ver nunca mais nem a mim nem a ele e afirmou que pediria o divórcio lutando para ficar com tudo o que tinham construído juntos aquele foi o último dia em que vi minha filha no dia seguinte ela e suas filhas Se mudaram para outra cidade sem me dizer para onde iam desde então nunca mais tive notícias delas não sei se minhas netas ainda se lembram de mim ou se Laura contou a elas o que aconteceu esse vazio se tornou um dos fardos mais pesados Que Carrego com Mauro a também se desfez rapidamente o
que parecia um romance apaixonado se transformou em uma convivência amarga ele se tornou distante frio e muitas noites chegava com cheiro de bebida e perfume barato apesar de saber que ele me traía não tive coragem de confrontá-lo brigávamos cada vez mais presos em um ciclo de mágoas e acusações aquilo que um dia chamei de amor virou apenas dor e arrependimento eventualmente Mauro perdeu qualquer interesse que ainda tinha por mim passava as noites fora e quando estava em casa mal dirigia a palavra a mim enquanto isso minha saúde piorava as erupções de pele se transformaram em
feridas dolorosas meu corpo estava enfraquecido e a febre constante drenava o que restava de minhas forças Eu sabia que tudo aquilo era consequência das escolhas erradas que fiz um castigo Pelo mal que causei desesper procurei novamente Dimas o homem que havia feito o trabalho Inicial ele me olhou sem surpresa e explicou que as forças que invoquei eram mais fortes do que eu imaginava e que agora estavam me destruindo pedi sua ajuda para reverter o feitiço Mas ele foi firme nada poderia ser feito e eu teria que carregar as consequências pelo resto da vida voltei para
casa derrotada perdi minha filha minhas netas e de fato até Mauro restou-me Apenas a solidão e um arrependimento que me consumia os dias que se seguiram trouxeram um declínio ainda mais acentuado meu corpo parecia definhar as feridas se espalhavam meus olhos estavam Fundos e sem brilho meu cabelo caía em tufos e cada dia ao me olhar no espelho era um choque sentia que meu corpo estava se desfazendo como se algo dentro de mim fosse lentamente devorado deixando apenas um vazio irreparável Mauro não fazia mais esforço para disfarçar Sua Indiferença seu comportamento deixava claro que minha
presença o incomodava ele passava quase todas as noites fora retornando apenas para dormir algumas horas sempre com o cheiro forte de álcool impregnado se antes eu já me sentia só agora essa solidão parecia me engolir por completo embora soubesse que não poderia continuar assim a força para mudar parecia Um Sonho Distante em um dia particular difícil resolvi buscar ajuda novamente Apesar do receio de encarar Dona han e de seu possível julgamento senti que não havia outro caminho quando cheguei à sua casa fui recebida com o olhar calmo de sempre mas dessa vez notei um toque
de compaixão antes mesmo que eu pudesse falar ela afirmou saber porque eu estava ali Dona Hana explicou que o feitiço que eu havia solicitado não só tinha prejudicado minha filha mas também tem deixado marcas profundas na minha alma ela disse que ao lidar com energias tão intensas e sombrias é inevitável que ela se voltem contra quem as invoca minha saúde deteriorada segundo ela era um reflexo tanto físico quanto espiritual desse desequilíbrio eu estava sendo consumida pela culpa e pelas forças negativas que desencade perguntei se havia algo que pudesse ser feito para mudar minha situação para
aliviar a maldição que eu mesma havia atraído ela suspirou pensativa e explicou que embora não pudesse garantir uma solução existia um ritual capaz de aplacar as energias que me destruíam no entanto isso exigiria um sacrifício algo que eu precisaria estar preparada para entregar o sacrifício Ela explicou não era material mas emocional eu deveria abandonar completamente Mauro e tudo o que ele representava cortar todos os laços e aceitar a solidão como parte do processo de cura advertiu que o ritual não apagaria o mal causado mas poderia impedir que as forças negativas continuassem a avançar sem hesitar
percebi que não poderia seguir daquele jeito Por mais que a ideia de abrir mão de Mauro fosse dolorosa sabia que era o único caminho Dona Hana me deu orientações detalhadas e alguns itens que eu deveria usar destacando a importância de seguir cada passo com precisão naquela noite segui suas instruções acendi as velas posicionei os objetos e recitei as palavras que ela havia me ensinado durante o ritual uma sensação opressiva tomou conta de mim como se toda a dor e angústia acumuladas ao longo dos meses se manifestassem de uma só vez quando terminei senti um alívio
breve quase imperceptível como se parte do Peso tivesse sido retirada sabia porém que aquele era apenas o início depois disso isso reuni coragem para encarar Mauro disse que não havia mais espaço para ele em minha vida que nosso relacionamento havia terminado no começo ele parecia não levar a sério mas ao perceber minha determinação juntou suas coisas e saiu sem dizer nada o vazio que ficou não trouxe alívio imediato mas uma tristeza profunda Ainda assim eu tinha certeza de que havia feito a escolha certa sem Mauro na minha vida voltei meu foco para tentar me recuperar
tanto por dentro quanto por fora passei semanas reclusa tentando juntar os pedaços de mim mesma meu corpo ainda trazia as marcas do que causei mas parecia que ao menos o pior havia passado cada dia era uma batalha mas me apegava à esperança de que algum dia poderia encontrar um pouco de tranquilidade após a partida dele o silêncio tomou conta da minha casa o lugar que antes parecia cheio de vida agora era um espaço vazio e sufocante embora Mauro tivesse ido embora as consequências de nossas escolhas continuavam a pairar no ar além de perder minha filha
e minhas netas perdi também qualquer propósito que um dia senti ter mesmo assim Tentei lembrar das palavras de Dona Hana aquilo era o início do meu caminho para a cura aos poucos percebi que a solidão apesar de dolorosa também oferecia uma chance sem Mauro ou ou minha família fui obrigada a confrontar os fantasmas que eu mesma criei comecei a dar Passos tímidos em direção a uma rotina saía para caminhar pelo bairro mesmo que meu corpo ainda estivesse frágil e cada movimento fosse exaustivo retornei ao trabalho em meio período em uma função administrativa o que Ao
menos me fazia sair de casa e me ocupar com algo minha saúde no entanto continuava sendo um lembrete Cruel Do que eu havia feito as a febre vinha e ia e o cansaço nunca me abandonava os médicos seguiam sem respostas concretas oferecendo apenas medicamentos para aliviar os sintomas Mas eu sabia que o problema era muito mais profundo meses depois recebi uma carta de Mauro nela ele se desculpava por tudo o que aconteceu contava que havia refletido sobre nossas escolhas e reconhecia que destruímos mais do que poderíamos consertar disse ainda que tentou se reconciliar com Laura
mas ela se recusou a ouvi-lo ele mencionava que planejava se mudar para uma nova cidade em busca de um Recomeço longe de tudo o que aconteceu a carta me deixou dividida fiquei aliviada ao saber que ele também buscava deixar o passado para trás mas não pude evitar lembrar que eu jamais escaparia do peso das minhas próprias decisões enquanto Mauro tinha a chance de começar de novo Eu sabia que meu caminho seria longo e repeto de obstáculos com o tempo procurei formas de lidar com a culpa que me consumia passei a frequentar mais sões com Dona
han buscando não apenas aliviar meu corpo mas também entender como poderia reparar o mal que causei dessas conversas ela me disse algo que mouha perspectiva a vida não vai devolver o que você peru Mas você pode encontrar paz se aceitar seus erros e aprender a viver com eles inspirada por isso decidi buscar maneiras de ajudar outras pessoas mesmo com minha Saúde Limitada comecei a fazer pequenas ações que poderiam impactar Quem estava à minha volta doei roupas e alimentos para quem precisava e ofereci meu tempo como voluntária em um centro que ajudava mulheres em situações difíceis
essas iniciativas não apagavam meu passado mas me davam um propósito uma sensação de que algo de bom podia nascer de tudo aquilo durante esse período também procurei notícias de Laura e das minhas netas por mais que tentasse não encontrei nenhum sinal delas era como se essem desaparecido de vez e entendi que Era exatamente isso que Laura desejava por mais que doesse respeitei sua decisão não tinha o direito de impor um reencontro minha saúde embora um pouco melhor continuava frágil as feridas começavam a cicatrizar mas o cansaço e as febres persisti como lembretes constantes do que
vivi às vezes me perguntava se algum dia estaria completamente curada mas tentava me apegar às pequenas conquistas uma manhã sem dor uma noite de sono tranquila ou uma conversa a colhedora no centro comunitário um dia no mercado avistei uma mulher que me pareceu familiar por um instante achei que fosse Laura meu coração acelerou mas ao me aproximar percebi que era apenas uma estranha ainda assim aquele momento me fez refletir sobre como a vida continua mesmo quando sentimos que tudo está estagnado entendi que embora minha família estivesse Perdida para mim eu ainda tinha a chance de
Reconstruir algo novo aos poucos passei a focar no presente criei rotinas simples valorizando Prazeres cotidianos um bom livro Uma xícara de café quente pela manhã as cicatrizes do meu passado ainda estavam ali vis Mas aprendi a aceitá-las como parte de mim não podia apagá-las mas poderia conviver com elas sem que definissem quem eu era com o tempo descobri consolo nas pequenas coisas Meu Trabalho meio período e o voluntariado no centro comunitário se tornaram âncoras na minha rotina ajudar outras pessoas me trouxe um senso de propósito que eu não sentia há anos no entanto nem tudo
era superação Algumas Noites eram difíceis repletas de solidão e arrependimento as marcas físicas da doença me lembravam constantemente do que fiz minha pele agora livre das feridas abertas ainda exibia manchas e cicatrizes permanentes meu cabelo antes volumoso agora era fino e ralo muitas vezes escondido sob lenços mas o que mais doía era a ausência da minha família não havia dia em que eu não pensasse em Laura e nas meninas perguntava-me se estavam felizes se haviam encontrado paz após tudo o que eu causei certo dia enquanto arrumava a casa encontrei um álbum de fotos antigo ao
folheá-lo vi imagens de Laura e das netas que reacenderam sentimentos contraditórios felicidade pelas lembranças boas e tristeza pelo que perdi seus sorrisos me transportaram para um tempo antes de minhas escolhas arruinar em tudo naquele momento decidi fazer algo que vinha adiando por medo escrever Laura na carta reconheci meus erros de forma direta sem buscar justificativas admiti todo o sofrimento que Causei e confessei que não esperava Perdão meu único objetivo era expressar o quanto ainda a amava e como me doía ter machucado alguém tão importante prometi respeitar a decisão de Laura de me manter afastada mas
escrevi que se algum dia precisasse de mim eu estaria disponível não sabia se ela leria ou sequer receberia a carta mas enviá-la trouxe uma Inesperada sensação de alívio como se um pedaço da culpa que carregava tivesse se dissipado com o tempo meu corpo ainda longe de estar completamente curado começou a mostrar sinais de melhora as febres e o cansaço foram diminuindo aos poucos e passei a acreditar que esse Progresso era um reflexo do caminho que escolhi trilhar continuei frequentando as sessões com Dona Hana que sempre me incentivava a seguir adiante e a acreditar que as
mudanças mesmo pequenas poderiam trazer alguma luz para Minha Vida Certa vez no centro comunitário uma senhora me agradeceu pela conversa que tivemos na semana anterior contou que por causa do que conversamos encontrou forças para tomar uma decisão importante Suas palavras me emocionaram profundamente pela primeira vez em muito tempo senti que minha existência podia ter um impacto positivo foi ali que compreendi que embora não pudesse mudar o passado eu tinha a chance de buscar Redenção ajudando outras pessoas os dias foram se transformando em meses e embora a ausência da minha família continuasse a doer aprendi a
conviver com ela no centro comunitário construí novas amizades com pessoas que assim como eu estavam reconstruindo suas vidas esses vínculos se tornaram uma rede de apoio essencial para mim ajudando-me a focar no presente e encontrar força nos momentos difíceis um dia enquanto caminhava pelo parque vi uma menina brincando com sua avó a cena me trouxe memórias dos momentos que vivi com minhas netas antes de tudo desmoronar Mas em vez de tristeza senti gratidão por ter tido a oportunidade de viver aqueles instantes entendi que não fazia sentido me apegar ao passado deveria em vez disso valorizar
as pequenas coisas que ainda tinha a apesar de todo o progresso as noites nem sempre eram fáceis as lembranças do que perdi me assombravam perguntava-me se Laura algum dia reconsiderar sua decisão e me permitiria voltar a fazer parte de sua vida sabia que não podia apressar esse reencontro mas me apegava à esperança de que com o tempo as feridas que causei poderiam começar a cicatrizar enquanto isso continuei construindo uma vida simples mas cheia de propósito aceitei meus erros e me esforcei para conviver com as consequências minha vida Jamais Seria a mesma mas compreendi que ainda
era possível encontrar algum grau de paz no tempo que me restava um ano após enviar a carta já havia me resignado à ausência de resposta entendi que talvez nunca mais tivesse notícias de Laura ou das minhas netas embora isso me despedaçar por dentro mantive a decisão de não insistir já havia causado danos sufici e procurar por elas só traria mais sofrimento minha rotina aos poucos encontrou um equilíbrio permaneci no trabalho voluntário auxiliando mulheres que como eu enfrentaram traições perdas e momentos de desespero compartilhar minhas experiências com elas foi transformador ao ouvir suas histórias e dividir
as minhas percebi que minha dor não era solitária e que ao ajudar outras pessoas também consegui aliviar minhas próprias feridas em um dia como qualquer outro enquanto organizava uma atividade no centro comunitário uma jovem se aproximou de mim ela parecia ter a idade de Laura e o rosto marcado pelo choro revelava o peso de uma dor profunda contou que enfrentava uma crise no casamento e se sentia perdida enquanto ouvia sua história um desejo intenso de ajudá-la tomou conta de mim não era apenas empatia Mas a sensação de que ao estender a mão para ela estava
também curando uma parte de mim mesma ao final da conversa ela agradeceu emocionada dizendo que se sentia mais preparada para lidar com sua situação aquele momento me trouxe uma clareza Renovada eu não poderia apagar o passado mas poderia fazer a diferença no presente os meses seguintes trouxeram uma melhora gradual na minha saúde as cicatrizes físicas continuavam visíveis mas a força que antes me faltava começou a voltar consegui retomar pequenos Prazeres caminhar com mais frequência preparar refeições com calma ouvir músicas que me faziam sorrir o passado ainda estava ali mas Aprendi a deixá-lo ser uma sombra
e não um peso constante um dia enquanto fazia compras no mercado ouvi alguém chamar meu nome Quando Me virei reconheci uma antiga vizinha da época em que Laura ainda morava perto de mim depois de uma breve conversa sobre a vida dela criei coragem para perguntar se ela sabia algo sobre minha filha para minha surpresa Ela contou que havia ouvido que Laura se mudara novamente desta vez para uma cidade mais distante disse ainda quecia estar bem mesmo sendo uma informação vaga saber que Laura e as meninas estavam bem troue uma paz Inesperada tomei aquilo como um
sinal eu precisava seguir em frente e confiar que um dia a vida Talvez nos proporcionasse um Reencontro com o tempo percebi que as lembranças mais dolorosas começaram a perder a intensidade meus erros continuavam parte de mim mas deixaram de ser a totalidade da minha história no centro comunitário as mulheres que frequentavam o espaço tornaram-se como uma família suas histórias de superação e resiliência me mostraram que todos merecemos uma segunda chance mesmo quando achamos que não somos dignos dela um dia enquanto preparava um pequeno vento no centro uma das voluntárias me entregou uma carta meu coração
acelerou ao reconhecer a caligrafia era de Laura na carta ela não pedia desculpas tampouco prometia reconciliação mas reconhecia meu arrependimento contou que ainda precisava de tempo para processar tudo o que aconteceu mas que talvez no futuro pudesse considerar voltar a falar comigo aquela carta foi um farol de esperança Não significava que tudo seria acertado de imediato mas confirmou que havia uma possibilidade mesmo que distante de Reconstruir nosso laço guardei a carta com cuidado como um lembrete de que o caminho para a redenção é longo mas a luz no fim do túnel sempre existe ao olhar
para o que ainda estava por vir percebi que minha vida nunca seria perfeita e isso era aceitável aprendi a encontrar valor nos instantes de tranquilidade e nas chances de estender a mão a quem precisava as marcas em meu corpo e na minha alma continuavam lá mas agora as via como símbolos das lições que a dor me ensinou e da força que consegui encontrar mesmo nas horas mais escuras Boa noite Dom me chamo Cícero nasci e cresci em um bairro simples de Guanajuato uma cidade mexicana num pequeno apartamento onde morava com minha mãe meu pai saiu
de nossas vidas quando eu tinha apenas 6 anos apesar disso minha mãe nunca deixou que o vazio e a tristeza tomassem conta de nossa casa o lugar era modesto mas ela sempre fazia questão de torná-lo acolhedor ela costumava pegar flores no mercado para decorar os ambientes e usava um produto de limpeza com cheiro de lavanda que impregnava todo o espaço esse aroma para mim era como um amuleto uma barreira Invisível contra qualquer negatividade meu quarto era meu refúgio pequeno e sem luxo era onde eu desenhava e escrevia em meu caderno deixando fluir tudo o que
se passava na minha mente era o meu cantinho meu escape o lugar onde eu podia ser eu mesmo minha mãe sempre dizia que eu tinha uma forma única de enxergar o mundo e me incentivava a sonhar e criar sem medo seus olhos transbordavam confiança em mim e isso era o suficiente para me fazer acreditar em quem eu era jamais imaginei que algo pudesse abalar O Elo que nos unia tudo comeou a mudar quando ela me contou que estava conhecendo alguém com os olhos brilhando falou de Marcos um homem gentil e trabalhador alguém que segundo ela
traria segurança e felicidade para nós embora eu sentisse uma estranha inquietação disse a ela que se estava feliz eu também estaria quando Marcos veio nos visitar pela primeira vez ele parecia um homem agradável e amigável alto e de voz Calma trouxe-me um caderno para desenhar sua mãe me disse que você tem um talento incrível disse ele entregando o presente com um sorriso minha mãe parecia Radiante então engoli qualquer desconforto e apenas agradeci Marcos tinha um filho chamado Edgar um adolescente um pouco mais velho que eu cheio de energia e entusiasmo enquanto eu passava horas no
meu quarto rabiscando e escrevendo ele explorava cada canto do apartamento como se já fizesse parte de tudo a energia dele era intensa quase sufocante e seus olhares avaliadores me deixavam inquieto no início ele quase não falava comigo mas era impossível ignorar a maneira como parecia medir cada movimento meu Marcos por outro lado mostrava-se solícito ele consertava coisas que há muito estavam quebradas e parecia empenhado em mostrar que podia ser um bom parceiro para minha mã ainda assim havia algo no jeito dele que me deixava desconfiado como se cada gesto de bondade tivesse um propósito escondido
já Edgar ocupava os espaços com tanta naturalidade que era irritante agindo como se não precisasse pedir permissão para nada certo dia enquanto eu desenhava na sala Edgar apareceu por trás de mim olhou meu caderno por alguns segundos antes de dizer não tem nada mais útil para fazer Ele riu e saiu deixando um clima pesado no ar minha mãe que estava na cozinha não percebeu nada era como se ela estivesse alheia a essas pequenas tensões com o passar do tempo a paz que antes preenchia Nosso Lar começou a desaparecer as noites tranquilas foram substituídas pelos sons
de Edgar treinando com pesos improvisados e por sua risada estridente que ecoava pelos cômodos Marcos aos poucos começou a fazer comentários sobre o tempo que eu passava desenhando sugerindo que eu deveria fazer algo mais útil minha mãe cada vez mais empenhada em agradá-lo parecia se distanciar de mim ignorando o que eu sentia e dizia cheguei em casa certa tarde vindo da escola e deparei com meu caderno de desenhos largados sobre a mesa da sala as páginas estavam dobradas algumas rasuradas com Palas marcadas em letras grossas inútil ridículo Não precisei de muito para saber que era
obra de Edgar quando o confrontei ele apenas deu de ombros Relaxa é só uma brincadeira Marcos que estava sentado ali por perto resolveu acrescentar algo Talvez você precise aprender a não se apegar tanto às coisas faz parte de crescer embora o Tom dele fosse Sereno as palavras cortaram fundo a cada dia que passava eu me sentia mais deslocado dentro de casa minha mãe ainda tentava cuidar de mim deixando meu prato preferido no meu quarto ou dobrando minhas roupas com mais atenção mas era evidente que não era o suficiente para preencher o vazio crescente o cheiro
de lavanda que antes me dava conforto havia desaparecido substituído por uma atmosfera pesada e sufocante numa noite enquanto tentava pegar no sono ouvi vozes vindo do quarto de Marcos e da minha mãe ele falava alto com uma raiva Evidente enquanto a voz dela mal passava de um sussurro captei apenas uma frase dele eu faço tudo por essa família e você deveria me agradecer por isso na manhã seguinte minha mãe fingiu que nada havia acontecido mas havia algo diferente nela um olhar exausto misturado com algo que parecia ser puro medo eu me refugiava cada vez mais
nos meus desenhos Mas mesmo essa válvula de escape estava perdendo a força certa tarde enquanto limpava a sala encontrei um envelope Escondido entre as toalhas dentro uma carta escrita pela minha mãe as palavras me congelaram se algo me acontecer cuide de Cícero ele é tudo para mim me perdoe filho coloquei a carta de volta no mesmo lugar e nunca mencionei que a tinha encontrado minha mãe ainda era a mesma pessoa carinhosa que eu sempre conheci mas era evidente que algo estava consumindo-a por dentro Eu sabia que precisava fazer alguma coisa mesmo com meus 14 anos
embora não tivesse ideia de como agir o ambiente em casa ficava cada vez mais insuportável as discussões entre Marcos e minha mãe se tornavam constantes ainda que ela tentasse escondê-las de mim era um ciclo de tensão que parecia não ter fim em um desses dias difíceis notei a presença de Leonel um vizinho idoso que morava no final da Rua ele sempre me chamou atenção por ser uma figura peculiar vivia em uma casa pequena mas seu jardim era cheio de adornos intrigantes gárgulas e imagens religiosas desgastadas pelo tempo costumava ficar sentado em sua cadeira de balanç
lendo livros comas sombrias num dia especialmente ruim depois de mais uma discussão Ema saí para andar e tentar clarear a mente quando percebi estava parado diante do portão de Leonel ele sentado como sempre em sua cadeira me observava Sem Rodeios disse seus olhos carregam um peso que não deveriam carregar Nessa idade a voz dele era calma mas firme como Se conseguisse enxergar direto dentro de mim antes que eu pudesse responder ele me convidou a entrar foi a primeira vez em muito tempo que alguém parecia genuinamente interessado em como eu estava me sentindo a casa dele
era como outro universo as paredes eram forradas de estantes repletas de livros antigos e objetos que eu nunca tinha visto antes velas com formas inusitadas cristais de cores escuras e um globo que parecia conter um líquido negro cada detalhe Parecia ter saído de um sonho estranho eu me sentei em silêncio ouvindo enquanto ele dizia As pessoas sempre procuram um jeito de escapar do que as A tormenta algumas conseguem mas nunca sem pagar um preço eu não entendia completamente o que Leonel queria dizer mas suas palavras ecoavam dentro de mim com o tempo comecei a visitá-lo
regularmente Especialmente nos dias em que tudo em casa parecia desmoronar ele nunca me perguntava nada diretamente mas tinha o estranho dom de dizer exatamente o que eu precisava ouvir contava histórias de pessoas que enfrentaram dificuldades inimagináveis e de alguma forma encontraram um caminho porém ele sempre acrescentava escolhas t você TZ não esteja preparado para enfrentar enquanto isso minha vida em casa só piorava Edgar se tornara ainda mais invasivo e Cruel entrando no meu quarto sem permissão Mexendo nas minhas coisas e fazendo piadas cruéis sobre meus desenhos Marcos ao invés de intervir apenas minimizava o que
acontecia são coisas de irmãos dizia ele mas Edgar não era meu irmão e Marcos definitivamente nunca foi meu pai uma noite depois que Edgar destruiu várias das minhas páginas e Marcos mais uma vez o defendeu algo dentro de mim desabou tranquei no quarto tentando processar o misto de raiva e desespero era insuportável mas eu não sabia como mudar a situação então lembrei-me das palavras de Leonel há formas de transformar tudo mas cada escolha exige um preço no dia seguinte voltei à casa de Leonel Ele abriu a porta antes que eu dese bater como se já
soubesse que eu estava vindo Você voltou disse ele com um sorriso contido enquanto fazia sinal para que eu entrasse desta vez a casa parecia mais sombria e um aroma de incenso forte pairava no ar sentei-me e despejei tudo como me sentia como parecia não haver saída para minha situação Leonel escutou tudo sem interromper balançando a cabeça ocasionalmente até que falou existem meios de mudar isso mas você precisa ter certeza uma vez feito não há volta Ele retirou um livro grande de capa de couro de uma prateleira e o colocou Diante de Mim este livro contém
o que você procura mas não se engane as forças que ele evoca não são bondosas sempre há um custo abri o livro com cuidado as páginas estavam envelhecidas e cheias de símbolos que eu nunca tinha visto antes algumas imagens pareciam se m ver Sob a Luz fraca é um ritual explicou Leonel para chamar algo maior que você mas precisa ter clareza no pedido e aceitar o preço que será exigido ele detalhou o que Eu precisaria objetos pessoais dos envolvidos um espaço onde pudesse ficar sozinho e a determinação de seguir o processo sem interrupções com foco
absoluto está preparado para isso ele perguntou eu assenti mesmo com medo crescendo dentro de mim naquela noite esperei que todos em casa estivessem dormindo peguei uma camiseta de Edgar um relógio de Marcos que ele sempre deixava na sala e uma foto minha com minha mãe tirada há anos e guardada em uma gaveta escolher incluir minha mãe foi doloroso mas algo em mim acreditava que ela também era responsável pelo que estava acontecendo no quintal Sob a Luz da Lua comecei a seguir as instruções desenhei os símbolos do livro no chão com uma pedra branca coloquei os
objetos no centro e recitei as palavras que tinha memorizado o ar ficou pesado o frio tomou conta de mim e a Escuridão parecia crescer ao meu redor primeiro vieram os sussurros depois uma voz profunda que parecia Ressoar dentro da minha mente você me chamou e aqui estou o que deseja meu corpo inteiro tremia mas juntei toda a coragem que conseguia encontrar e respondi quero que todos eles desapareçam a voz Serena e firme replicou assim será mas lembre-se toda a dívida precisa ser paga sem aviso a atmosfera voltou a ser como antes mas algo indiscutivelmente havia
mudado eu não sabia ao certo o que esperar mas tinha uma certeza inquietante o que fizera havia alterado minha vida de maneira Irreversível na manhã seguinte o ambiente parecia deslocado havia algo de incomum na casa como se um fio invisível houvesse desordenado nossa rotina o ar mais frio do que o habitual e o silêncio ainda que não Total carregavam uma tensão sufocante minha mãe parecia alheia àquela estranheza pelo menos no início mas eu sentia que algo se desenrolava nas sombras Marcos foi o primeiro a mostrar que algo estava fora do lugar Naquela tarde enquanto treinava
com Edgar no quintal um estrondo ecoou fui às pressas e o encontrei caído arfando e segurando o peito ele explicou que tropeçar nos pesos ao tentar erguer algo além de suas forças era a primeira vez que o via assim tão fragilizado deve ter sido só um incidente bobo afirmou minha mãe ajudando-o a entrar mas a partir daquele dia Marcos começou a definhar a tosse tornou-se uma companhia constante e seus gestos perderam a firmeza característica apesar da insistência de minha mãe para que ele procurasse um médico Marcos recusava-se não preciso de ninguém me dizendo o que
já sei não é nada Edgar por outro lado tornou-se impaciente e agressivo passava horas a fio treinando com uma obsessão que parecia escapar a lógica uma noite fui despertado por gritos vindos do quintal ao sair vi Edgar ajoelhado com o rosto entre as mãos não aguento mais sussurrou assim que me notou levantou apressadamente e trancou-se no quarto sem dizer mais nada a tensão na casa só aumentava Marcos e Edgar mal trocavam palavras enquanto minha mãe parecia carregada pelo peso de tudo aquilo foi então que algo inesperado aconteceu uma tarde enquanto cada um seguia com sua
rotina a polícia bateu à nossa porta trouxeram a notícia Edgar fora encontrado desacordado em um galpão onde treinava tentara levantar mais peso do que suportava e sofreu um acidente fatal Minha mãe ficou devastada com a perda Marcos disfarçava sua dor com raiva mas o luto de minha mãe era Evidente durante as noites seus soluços abafados ecoavam pela casa mas havia algo no olhar dela que ia além da tristeza algo que sugeria medo como se ela soubesse que aquilo não era mera coincidência Marcos por sua vez não demorou a seguir um caminho semelhante sua saúde deteriorou-se
rapidamente o apetite desapareceu e ele parecia encolher dia após dia numa noite ouvi o bradar do quarto durante uma discussão com minha mãe esta casa está amaldiçoada foi a última vez que ouvi sua voz tão cheia de vida na manhã seguinte Marcos foi encontrado sem vida imóvel na cama minha mãe tentou se manter firme mas logo Começou a adoecer também primeiro vieram dores leves depois febre persistente e uma exaustão que a IMP dia de se levantar eu fazia o possível para cuidar dela mas parecia sempre insuficiente Uma Noite ao levar um copo d'água ela segurou
minha mão com força surpreendente para seu estado com um fio de voz disse me perdoe Cícero aquele foi o último som que ouvi de minha mãe após sua morte a casa foi tomada por um silêncio insuportável cada cômodo parecia impregnado com as lembranças dolorosas como se as paredes tivessem absorvido o medo e a angústia andar pelos corredores era como percorrer um mausoléu o que antes era um lar agora parecia uma lembrança sombria do que eu havia perdido apesar de tentar seguir adiante a culpa não me deixava em paz sabia que minhas ações não apenas Tiraram
a vida de Marcos e Edgar mas também acabaram com minha mãe guardei os itens que usei no ritual o relógio de Marcos a camiseta de Edgar e uma foto de minha mãe eles eram mais do que simples objetos eram lembretes do peso que minhas escolhas haviam trazido então um dia uma carta Inesperada chegou mudando tudo o envelope discreto continha uma mensagem escrita com cuidado por uma mulher que dizia ser mãe de um filho de Marcos um garoto chamado Raul de 14 anos na carta ela explicava que Raul enfrentava dificuldades desde a perda do pai e
pedia minha ajuda sei que isso não é sua culpa mas ele não tem mais ninguém qualquer você minha primeira reação foi ignorar como Poderia ajudar alguém tão próximo de Marcos depois de tudo o que aconteceu no entanto os dias se passaram e a figura de Raul não saí da minha cabeça decidi procurá-lo quando finalmente o encontrei fiquei surpreso Ele era magro com um semblante cansado e melancólico havia algo no olhar dele que espelhava uma parte de mim o peso de carregar mais do que deveria para sua idade você é parente do meu pai perguntou desconfiado
assenti sem conseguir formar uma explicação naquele momento percebi que Raul não tinha culpa de nada ele era apenas mais uma vítima das circunstâncias ajudar Raul foi um desafio no início a culpa me consumia cada vez que olhava para ele pois suas feições me faziam lembrar de tudo o que aconteceu apesar disso algo dentro de mim me impulsionava a continuar talvez fosse minha maneira de buscar Redenção de tentar compensar ao menos em parte o estrago que causei no começo minha ajuda foi prática contribuí financeiramente com o básico mas logo Ficou claro que Raul precisava Dea seu
olhar vazio e seu silêncio diziam o que ele não conseguia expressar resolvi estar presente de maneira mais significativa mesmo que isso significasse entar os fantasmas que me assombravam toda vez que o via Raul vivia com a mãe uma mulher gentil mas desgastada pelas dificuldades Ela recebia minha ajuda com gratidão mas mantinha uma distância respeitosa nunca questionando minhas motivações eu era grato por isso sempre que saía da casa deles sentia que deixava para trás um pedaço de minha própria carga embora soubesse que ela jamais sumiria por completo com o tempo Raul começou a se abrir ainda
que de forma tímida não era de falar muito mas suas ações mostravam que Ele começava a confiar em mim aceitava meus convites para caminhadas e ocasionalmente compartilhava pequenos detalhes sobre sua vida contou como Marcos esteve ausente por boa parte de sua infância mas que mesmo assim ele mantinha a esperança de um dia ter uma relação verdadeira com o pai essa Esperança morreu com Marcos deixando Raul preso entre a tristeza e a incerteza toda vez que Raul mencionava Marcos uma sensação pesada se instalava em meu peito ele não sabia a verdade sobre o que aconteceu e
eu jamais planejara contar para ele Marcos era um pai difícil mas ainda assim seu pai não havia razão para manchar essa Lembrança com os segredos sombrios que eu carregava os meses passaram e Raul começou a mostrar sinais de transformação a poucos recuperou sua energia e redescobriu sonhos que havia abandonado sua mãe me confidenciou que Ele Voltara a ler um hábito que deixara de lado após a morte do pai ver sua recuperação me trazia uma alegria misturada com um pesar profundo eu estava contente por ele mas a lembrança do meu passado me lembrava de que as
marcas em minha alma jamais desapareceriam enquanto Raul seguia em frente eu ainda lidava com os restos das trevas que pairavam sobre minha vida a casa onde tudo aconteceu fora demolida logo depois que me mudei mas o peso das minhas ações persistia Algumas Noites acordava com a sensação de uma presença no quarto Nunca havia nada lá mas parecia que o ritual deixara uma cicatriz invisível impossível de apagar em uma tarde tranquila enquanto caminhávamos pelo parque Raul fez uma pergunta que me desarmou por que você faz isso por mim ele não parecia desconfiado apenas curioso Demorei a
responder e por fim disse às vezes ajudar alguém é a única forma de ajudar a si mesmo Raul não insistiu mas o olhar que lançou me fez perceber que ele compreendia mais do que aparentava com o tempo ele encontrou um novo propósito começou a ir bem na escola e desenvolveu interesse por engenharia um caminho que jamais considerara quando compartilhou comigo sua nova ambição vi em seus olhos algo raro Esperança saber que contribuí para isso me deu a sensação de que minha vida ainda podia ter algum valor mesmo que apenas por tê-lo ajudado a encontrar o
dele ainda assim as sombras não desapareceram completamente certa noite um sonho perturbador me deixou atordoado eu estava no quintal da antiga casa envolto por uma escuridão tão densa que mal enxergava então ouvi novamente a voz do ritual a dívida ainda não foi paga acordei ofegante tomado por um frio intenso olhei ao redor mas tudo estava quieto tanto a paz era ilusória à medida que o tempo passava os sinais começaram a reaparecer movimentos no canto dos olhos sussurros ininteligíveis e a sensação constante de ser observado eu me esforçava para focar em Raul e sua jornada mas
não podia ignorar que algo continuava fora do lugar um dia enquanto ajudava Raul com um projeto escolar recebi uma ligação de um número desconhecido a voz do outro lado era familiar era Leonel Achei que estava na hora de termos uma conversa disse ele num tom enigmático ele sugeriu que nos encontrássemos em uma cafeteria do outro lado da cidade um lugar que eu nunca havia visitado naquela noite não consegui dormir direito tentando imaginar o que Leonel queria depois de tanto tempo desde o ritual ele havia desaparecido e Eu nunca esperava ouvir falar dele novamente algo em
seu Tom deixava Claro que aquele encontro não era uma simples coincidência Sabia que não poderia ignorá-lo mas temia profundamente o que viria à tona a cafeteria ficava em uma parte esquecida da cidade um lugar que parecia existir à margem do mundo ao entrar vi Leonel no fundo sentado em uma mesa envolta por sombras que pareciam se agarrar a ele os anos não tinham deixado marcas visíveis seu cabelo ainda estava Impecável o olhar penetrante e a calma desconcertante intacta sentei-me à sua frente sem palavras ele foi o primeiro a romper o silêncio eu sabia que mais
cedo ou mais tarde você viria disse mexendo lentamente sua xícara de café o Tom Seguro me incomodava profundamente antes que eu pudesse responder ele continuou como tem lidado com as sombra Cícero A pergunta foi como um golpe inesperado parecia que ele me observava de longe durante todo esse tempo busquei manter a calma e contei que minha vida mudara depois do ritual mas que ainda carregava o peso de tudo não fazia sentido mentir Leonel sempre parecia ver Além das Palavras as consequências nunca desaparecem por completo ele afirmou inclinando-se na minha direção o que você fez não
afetou só quem estava naquela casa Você alterou algo muito maior um equilíbrio que não deveria ter sido tocado achou que poderia pedir algo sem pagar o preço inteiro mas a dívida ainda está pendente um calafrio percorreu meu corpo todo esse tempo acreditei que o preço já havia sido pago a morte de Marcos Edgar e minha mãe além da culpa que me consumia diariamente mas segundo ele aquilo não era suficiente o ritual não afeta apenas os outros Ele marca você Cícero sua alma carrega essa cicatriz e ela não desaparece facilmente tentei me justificar Contei sobre Raul
como eu estava tentando reparar o mal que causei ajudando-o a reconstruir sua vida mas ele apenas Balançou a cabeça descartando minhas palavras a redenção não vem do que você faz depois ela está no que você invoca ao cruzar a linha ele continuou explicando que o ritual não apenas retirou Marcos e Edgar de minha vida mas abriu uma porta que eu não tinha controle para fechar as sombras os sussurros não eram fruto da minha mente mas vestígios do que eu havia despertado e enquanto aquela porta permanecesse aberta eu jamais estaria livre foi então que percebi a
profundidade do meu erro a decisão que tomei anos atrás não só destruiu vidas Mas deixou um vazio que não poderia ser preenchido Leonel no entanto não havia terminado Ele puxou um pequeno livro de couro da bolsa e o colocou na mesa entre nós aqui está a verdade de que você precisa disse ele com firmeza se quiser fechar essa porta terá que enfrentar o que invocou mas aviso o preço será ainda maior peguei o livro com as mãos trêmulas era menor do que o anterior mas ao abri-lo senti algo inquietante as palavras pareciam vibrar mover-se diante
dos meus olhos os símbolos eram familiares Mas agora pareciam ainda mais ameaçadores Leonel me encarava a expressão impossível de cifrar pense bem antes de agir disse ele levantando-se lentamente não há volta Cícero e desta vez as consequências podem ser muito mais graves ele se foi sem esperar por uma resposta deixando-me com o livro e uma avalanche de pensamentos aquela noite voltei para casa com o livro escondido sob o casaco coloquei-o sobre a mesa da cozinha e passei horas encarando-o sem coragem de abrir novamente a as palavras de Leonel ecoavam em minha mente estaria eu preparado
para pagar um preço ainda maior o que significaria afinal enfrentar aquilo que eu mesmo havia desencadeado os dias seguintes Foram dominados pela incerteza Raul continuava sua vida alheio ao turbilhão em minha cabeça ver seu sorriso me dava momentos de paz mas também me lembrava que qualquer decisão minha agora poderia afetá-lo profundamente não podia arriscar algo que colocasse sua vida em perigo naquela noite decidi que não podia mais carregar esse peso abri o livro e Comecei a ler as instruções lembravam as do primeiro ritual mas havia algo mais íntimo e sombrio dessa vez não se tratava
de expulsar alguém mas de encarar a entidade que respondeu ao meu chamado e negociar minha liberdade o ritual exigia um espelho uma vela preta e símbolos do meu passado peguei o relógio de Marcos a Edgar e a foto da minha mãe os mesmos objetos do primeiro ritual agora carregavam um peso quase insuportável preparei tudo em silêncio desenhando o círculo no chão quando tudo estava pronto acendi a vela posicionei os objetos no centro e encarei meu reflexo no espelho as palavras do livro eram difíceis mas eu as pronunciei com toda a clareza que consegui reunir assim
que terminei senti a mudança no ar o frio tomou conta do ambiente e a Escuridão pareceu envolver cada canto então aquela voz retornou tão profunda quanto a primeira vez você voltou o que deseja agora meu corpo tremia mas não havia espaço para hesitação quero fechar a porta a resposta veio rápida firme e implacável isso tem um preço e não será pequeno o ar ficou mais pesado o frio parecia penetrar minha alma Eu sabia que o preço seria alto mas a incerteza do que enfrentaria aterrorizava a voz continuou eu dei o que você pediu eliminei todos
eles da sua vida mas ao fazer isso você também me trouxe para a sua essa porta que abriu não é apenas uma passagem é um laço para selá-la terá que me oferecer aquilo que mais valoriza pensei em Raul em como ele se tornara meu único ponto de esperança lembrei-me Da minha mãe de Marcos e Edgar e de tudo o que já havia perdido agora essa entidade exigia mais meu coração se revoltava contra a ideia mas eu sabia que fugir não era mais uma opção tomei uma decisão que parecia inevitável fechei os olhos e com a
voz firme apesar do Medo respondi me leve em troca o ambiente pareceu estremecer e a voz carregada de um tom misto de aprovação e escárnio respondeu decisão corajosa Mas essa não é uma troca comum seu sacrifício deve ser absol luto não apenas seu corpo mas sua presença neste mundo será apagada cada rastro da sua existência será esquecido Você aceita minhas mãos tremiam mas eu a senti a entidade não hesitou um frio cortante atravessou meu corpo e senti como se uma parte de mim estivesse sendo arrancada à força a escuridão ao meu redor tornou-se densa engolindo
tudo antes que tudo desaparecesse pensei em Raul em seu sorriso na dem na vida cheia de possibilidades que ainda o aguardava se minha ausência garantisse sua liberdade então o preço Valeria quando abri os olhos tudo havia mudado a casa estava vazia Desprovida dos vestígios do ritual os símbolos no chão haviam sumido e a vela não passava de Cera derretida Saí para o quintal e o ar parecia diferente leve como se anos de opressão finalmente tivessem se dissipado nos dias seguintes notei que as pessoas que um dia me conheceram não me reconheciam Mais era como se
minha existência tivesse sido apagada tentei me aproximar de Raul mas ao vê-lo à distância percebi que ele estava bem conversava e sorria com a mãe acompanhado de um homem que pelo jeito assumira um papel de pai em sua vida afastei-me sem intervir meu sacrifício havia funcionado com o passar do tempo compreendi a profundidade do que fizera meu vínculo com a entidade estava rompido e Raul estava livre para viver sem as sombras do meu passado embora minha existência tivesse sido apagada encontrei consolo em saber que ele estava seguro agora eu era apenas um observador vagando pelas
ruas sem ser notado testemunhando a vida continuar sem mim apesar da solidão não me arrependia fiz o que precisava ser feito e embora as sombras nunca tenham retornado nas noites mais silenciosas às vezes eu sentia uma presença ao meu lado não parecia ameaçadora mas tampouco amigável era um lembrete constante de que embora a porta estivesse fechada o preço de minhas escolhas permaneceria comigo minha história termina aqui não há Redenção plena tampouco um final feliz Há apenas a certeza de que algumas decisões por mais dolorosas que sejam são inevitáveis e assim sigo pelo mundo em paz
com o fato de que meu sacrifício garantiu a liberdade de outros das sombras que eu mesmo libertei na primeira semana em que me mudei para o bairro da Lapa em São Paulo aluguei um pequeno apartamento térreo na Rua Guaicurus o preço baixo considerando a localização me fez pensar que que era por causa do tamanho reduzido Fora isso tudo parecia normal enquanto organizava minhas coisas poucas ainda guardadas em caixas decidi empilhar algumas decorações em um armário embutido por Acidente deixei uma caixinha de ferramentas cair no chão o impacto fez uma das Tábuas do piso de madeira
levantar o que me assustou a princípio pensei que teria que pagar pelo conserto mas ao me abaixar para pegar a caixa notei que a tá não estava apenas solta ela escondia um espaço vazio embaixo curiosa movi mais algumas tábuas que estavam praticamente soltas e descobri algo inesperado havia uma pequena escada que levava para baixo desci com cautela abaixo do apartamento encontrei um cômodo inacabado com paredes de concreto bruto e um teto tão baixo que eu precisava me curvar o espaço tinha cerca de 5 por 4 m um porão Talvez no início pensei que fosse algo
abandonado Mas então reparei em uma fiação elétrica fixada rente ao encontro entre as paredes e o teto esses cabos subiam em direção ao meu apartamento e também atravessavam uma parede recém fechada com concreto segui os fios até um pequeno buraco nessa parede e ao me aproximar escutei vozes do outro lado senti um calafrio subi as escadas correndo decidi seguir o trajeto dos cabos no apartamento mas eles apareciam dentro das paredes não pareciam fiação comum e sim cabos de um circuito fechado de câmeras de vigilância por trabalhar com isso reconheci os padrões estranho era que ninguém
havia mencionado a existência de câmeras no prédio não vi nenhuma nos dois andares e nos dois apartamentos do local e o pior aquele porão tinha acesso direto ao meu apartamento Aquilo me deixou alarmada eu pagava o aluguel semanalmente então peguei as coisas e saí no mesmo dia não queria descobrir o que aquelas câmeras monitoravam nem quem mais poderia ter acesso à aquele espaço estranho deixei tudo como estava inclusive as tábuas soltas no piso o proprietário nunca tentou entrar em contato pelo contrário ele me bloqueou meses depois Passei pela Rua Guaicurus e vi o prédio interditado
com faixas de interdição ficou assim por um tempo antes de virar uma loja aparentemente o imóvel foi vendido ou transformado até hoje prefiro não pensar no que poderia ter acontecido se eu tivesse ficado ali talvez tenha escapado de algo muito mais perigoso do que imaginava E você já viveu alguma experiência assustadora enquanto alugava um imóvel O que costuma verificar antes de escolher uma casa ou apartamento O que acha importante para evitar situações que podem ser causadas por pessoas mal intencionadas ou quem sabe algo sobre atural sou proprietário de uma casa pequena situada em um amplo
terreno na Zona Rural do Estado de Nova York durante o inverno costumo passar temporadas lá para aproveitar a prática de esqui Embora tenha um vizinho próximo nunca trocamos uma palavra uma cerca separa nossas propriedades do outro lado da casa há uma vasta área de Floresta que parece se estender Sem Fim mais adiante na mesma Estrada vive outro vizinho com qu conversi algumas vezes poisar o Goo peloi foi assim que nos conhecemos em janeiro passado fiz minha primeir àa naqua ao me aproximar da porta de entrada escutei o som de uma criança rindo vindo da direção
da casa do vizinho isso chamou minha atenção já que não sabia que eles tinham filhos entrar naquela casa após tanto tempo é sempre um processo peculiar precisei cuidar das tarefas de sempre ligar o aquecimento a água e garantir que tudo estava em ordem após a longa viagem de cerca de 4 horas desde Connecticut dormi profundamente na primeira noite na manhã seguinte após um café reforçado me preparei para esquiar ao sair de casa notei algo curioso uma grande bola vermelha estava repousando na Neve do Gramado da frente não a havia visto no dia anterior então presumi
que fosse dos vizinhos peguei a bola e a arremessei de volta por cima da cerca depois segui para a Estação de Esqui onde passei o dia com meus amigos Quando retornei já à noite o cansaço tomou conta no entanto ao caminhar até à porta percebi que a bola vermelha estava novamente no mesmo lugar no meu Gramado achei estranho mas mais uma vez joguei-a para o outro lado da cerca naquela madrugada por volta de duas ou 3 horas acordei com o som de Risadas infantis vindo do lado de fora algo parecia Fora do Comum levantei e
fui até a janela do quarto para verificar não vi nenhuma criança mas o som parou ainda assim percebi algo familiar no gramado vesti um roupão calcei os chinelos e fui até lá era a bola vermelha novamente no exato lugar diante um arrepio percorreu minha espinha em vez de devolvê-la levei-a para dentro da casa e deixei-a na sala de estar a noite seguiu em silêncio depois disso na manhã seguinte antes de sair para esquiar decidi me apresentar ao vizinho e perguntar sobre o que estava acontecendo fui até a casa dele e bati na porta quem me
recebeu foi um senhor idoso simpático e aparentemente inofensivo perguntei sobre o som de Risadas e a bola vermelha ele me olhou olhou com surpresa e disse que não havia crianças por perto senti um calafrio diante dessa resposta agradeci nos despedimos E voltei para casa deixei a bola vermelha na sala de estar e segui para mais um dia de esqui com meus amigos Quando retornei exausto e já me preparando para voltar no dia seguinte não dei muita atenção às coisas apenas joguei minhas malas no sofá e fui direto para a cama porém mais uma vez despertei
no meio da noite com o som das mesmas risadas corri para a janela e para meu espanto lá estava a bola vermelha novamente no gramado Desci correndo até a sala para verificar se a bola ainda estava lá dentro procurei em todos os cantos mas ela não estava mais lá até hoje tenho certeza de que a deixei na sala antes de sair de repente uma estranha sensação de não estar sozinho tomou conta de mim Liguei todas as luzes da casa enquanto empilhava as pressas minhas roupas molhadas na mala não me preocupei em dobrá-las só queria estar
preparado para sair caso algo mais assustador acontecesse fiz uma checagem completa portas e janelas todas trancadas aquilo não fazia sentido mas o desconforto persistia resolvi deixar as luzes da casa acesas apagando apenas as do quarto quando voltei para lá aproximei-me da janela e olhei para fora foi então que além da bola vermelha repousando na neve enxerguei uma figura que parecia ser de uma criança estava parada imóvel olhando diretamente para a janela onde eu estava abaixei me imediatamente e fechei a persiana com pressa depois percorri a casa Fechando todas as outras apesar do Coração Acelerado tentei
me acalmar e ignorar o que havia visto foi uma batalha longa mas o cansaço acabou vencendo o medo e eu finalmente adormeci na manhã seguinte Dispensei o café da manhã coloquei minhas coisas no carro o mais rápido possível e parti sem sequer olhar para a bola vermelha ainda ali no gramado nunca tive problemas com roubos naquela casa então achei que não havia motivo para preocupação imediata mas algo não me deixava em paz como alguém conseguiu entrar e tirar a bola da sala de estar sem deixar qualquer sinal ainda hoje as risadas infantis que ecoaram naquela
casa me perseguem no entanto o que mais me marcou foi aquela perturbadora a criança parada na neve no meio da escuridão se a bola tivesse simplesmente desaparecido de dentro de casa seria apenas um evento curioso Mas aquela presença à distância deixou tudo muito mais desconcertante antes de irmos para o último relato Se ainda estiver por aqui Comente o horário que está assistindo gosto de saber quem assiste Os relatos até o final bem vamos continuar me chamo Juliana cresci em uma família simples nos arredores de Guadalajara no México em um bairro humilde mas onde a tranquilidade
costumava reinar meu pai trabalhava como pedreiro e minha mãe vendia tamales em uma esquina movimentada do centro da cidade éramos cinco ao todo meus pais minhas duas irmãs mais velhas luí e Rebeca e eu a mais nova nossa casa era pequena feita de tijolos sem acabamento e compartilhávamos quase tudo até mesmo o colchão onde dormíamos o bairro era mais que apenas um lugar onde vivíamos era uma verdadeira comunidade as vizinhas frequentemente dividiam comida e nos momentos difíceis sempre havia alguém para oferecer ajuda perto de casa havia um centro com unitário mantido por uma igreja local
aquele espaço foi essencial para nós ali recebíamos cestas básicas roupas de segunda mão e até consultas médicas gratuitas Além disso o centro oferecia atividades Como dança folclórica aulas de informática e oficinas de artesanato para mim aquele lugar era um ponto de esperança em meio à nossa vida difícil embora vivêssemos com pouco nunca passamos fome de verdade sempre havia alguém para nos oferecer um prato de comida ou um copo quente de atole naquela época eu não compreendia completamente o tamanho do esforço dos meus pais para garantir o mínimo para nossa família hoje sei que eles sacrificaram
muito mais do que deveriam para nos proporcionar um futuro melhor minha infância foi dura mas cheia de esperança Principalmente quando via outras crianças aprendendo novas habilidades ou dançando com alegria nas apresentações do Centro Comunitário meus pais eram pessoas muito religiosas mas nunca nos impuseram sua fé para eles a espiritualidade era algo íntimo que cada um deveria descobrir por si mesmo apesar das longas horas na construção meu pai fazia questão de nos ensinar o valor do esforço minha mãe com seu carrinho de tamales nos mostrava que embora a pobreza fosse dura ela não nos definia quando
fiz 13 anos as coisas pioraram meu pai sofreu um acidente no e ficou incapacitado por meses minha mãe Precisou se desdobrar para sustentar a casa com a venda de tamales mas não era suficiente decidi então que precisava fazer algo inspirada por uma história que vi na televisão sobre uma jovem que vendia doces para pagar seus estudos comecei a produzir mazapanes e vendê-los nos ônibus no início não foi fácil meus doces se desfaziam e muitas vezes pensei em desistir porém com a ajuda das mulheres do Centro Comunitário aprendi técnicas que melhoraram meu trabalho aos poucos fui
ganhando confiança Minhas irmãs luí e Rebeca não partilhavam do meu desejo de ajudar para elas sustentar a casa era responsabilidade exclusiva dos nossos pais mas eu não enxergava dessa forma por dois anos vendi mas panes o dinheiro que ganhava não só ajudava em casa mas também me permitia economizar para comprar material escolar e roupas apesar das adversidades nunca perdemos nossa fé minha mãe sempre dizia que enquanto estivéssemos Unidos seríamos capazes de superar qualquer obstáculo quando completei 18 anos conheci Mateus um rapaz que frequentava a igreja do nosso bairro ele era auxiliar do pastor e tinha
uma forma de falar que transmitia confiança Apesar de eu não ser muito presente nos cultos Gostava de ir ocasionalmente para agradecer a Deus pela minha família Mateus e eu começamos a namorar e depois de um ano juntos ele me pediu em casamento nessa época eu já não vendia mais mazapanes pois havia conseguido um emprego como recepcionista em um escritório de advocacia no centro de Guadalajara esse trabalho aconteceu graças a um encontro inesperado certo dia enquanto entregava mazapanes em um escritório ouvi um senhor reclamando que não conseguia acessar arquivos no compador ele era o Dr Álvares
dono do escritório oferecia ajuda lembrando-me do que tinha aprendido nas aulas de informática do Centro Comunitário organizei os documentos e o auxiliei com a agenda impressionado ele me ofereceu uma vaga fixa E aceitei sem pensar duas vezes esse emprego foi um divisor de águas na minha vida aprendi não só sobre leis e administração mas também passei a admirar o Dr Álvares que embora era um homem justo com o salário consegui ajudar mais minha família e ainda economizar para o futuro enquanto isso Mateus e eu fazíamos planos para o casamento com grande entusiasmo ele havia começado
a construir uma casa simples no terreno da família e mesmo sem estar totalmente pronta decidimos nos casar e nos mudar para lá após o casamento mudamos para o terreno da família dele onde também morava Donato seu pai que era pastor da igreja Donato tinha ideias muito rígidas sobre o papel de uma mulher casada para ele Meu Lugar era em casa cuidando do marido e das tarefas domésticas mas eu nunca concordei com essa visão sempre soube que queria continuar trabalhando ajudar meus pais e construir uma base sólida para nossa vida juntos no início Donato e eu
tínhamos muitos desentendimentos ele criticava o fato de eu não acompanhar Mateus aos cultos e por dedicar tanto tempo ao trabalho mas eu permanecia firme explicando que minha fé se expressava por meio das minhas ações e dos meus valores não apenas pela presença física na igreja Mateus por sua vez sempre me apoiou embora preferisse que eu estivesse em casa quando ele voltasse do trabalho ele compreendia minhas razões e me defendia diante do Pai com o passar do tempo encontramos um equilíbrio Mateus trabalhava em uma fábrica de velas meso pesada se esforçava para ajudar em casa muitas
vezes preparava o jantar enquanto eu encerrava meu expediente nossa relação era construída com amor e parceria por 5 anos levamos uma vida tranquila aos poucos moldando o futuro que sonhávamos durante esse período o Dr Álvares teve um impacto importante na minha vida mesmo com a saúde debilitada ele continuava trabalhando e se recusava a se aposentar Emas acompanhei o a consultas médicas e o apoiei em seus tratamentos meu horário de trabalho frequentemente se estendia mas nunca reclamei sentia uma imensa gratidão pela oportunidade que ele me havia dado e me preocupava com sua saúde quando finalmente decidiu
se aposentar ele se certificou de que eu tivesse um futuro estável ajudando-me a conseguir outro emprego em um escritório diferente ele fez questão de garantir que eu estivesse em boas mãos mostrando mais uma vez a generosidade e a justiça que sempre admirei nele foi nessa fase que recebi a notícia que mudaria nossas vidas de maneira definitiva eu estava grávida não esperava por isso embora Sonhasse em ser mãe um dia havia outros planos que queria realizar antes como cursar direito um sonho que vinha sendo adiado para ajudar minha família e manter meu trabalho no início a
descoberta trouxe incertezas mas logo se transformou em uma alegria imensa difícil de descrever no entanto essa felicidade foi ofuscada rapidamente desde os primeiros meses comecei a notar que algo não estava certo sofria com náuseas severas tonturas constantes e uma fraqueza que parecia me consumir minha pressão arterial era instável e os médicos passaram a me acompanhar de perto no quinto mês veio o diagnóstico pré-eclâmpsia a partir daí convulsões e o risco de crises tornaram-se parte do meu cotidiano precisei abandonar o trabalho e depender totalmente de Mateus e da minha irmã Luísa que se mudou para nossa
casa temporariamente para nos dar apoio minha rotina passou a girar em torno das visitas ao hospital e do esforço constante para manter minha saúde sob controle apesar de tudo só pensava no bem-estar do meu bebê orava diariamente pedindo forças e proteção uma noite internada no Hospital Vivi algo que jamais esqueceria Mateus chegou mais tarde que o habitual com uma expressão de profunda perturbação Ele contou que nos corredores do hospital foi abordado por uma mulher que parecia saber detalhes íntimos sobre nossas vidas coisas que ela não tinha como conhecer segundo ela tanto eu quanto nosso bebê
corríamos perigo Pois havia espíritos sombrios em meu quarto tentando nos levar a mulher afirmou que a única forma de nos salvar seria recorrendo a um trabalho de magia negra Mateus sempre um homem de fé ficou abalado a precisão das palavras daquela mulher o deixou inquieto e ele me perguntou repetidamente Se achava que aquilo poderia ser verdade fiquei Furiosa mas não pude evitar sentir um leve arrepio de medo no entanto minha decisão foi firme recusei qualquer ideia de recorrer à magia negra agarrei-me à minha fé com mais força apesar disso aquele encontro pareceu trazer algo Sombrio
para nossas vidas como se tivesse plantado uma semente de dúvida que começava a crescer depois dessa conversa notei que Mateus estava diferente ele que sempre foi calmo agora parecia constantemente inquieto embora tentasse agir com serenidade seus olhos revelavam um conflito interno entre sua crença e o medo implantado pelas palavras daqu aquela mulher poucos dias depois enfrentei uma nova crise minha pressão subiu de forma alarmante e os médicos precisaram agir com urgência durante a madrugada enquanto tentavam estabilizar minha condição meu coração parou por alguns segundos estive à beira da morte não me lembro de muita coisa
apenas flashes vozes agitadas luzes intensas e a sensação de estar desaparecendo quando recobrei a consciência vi Mateus ao meu lado segurando minha mão com força lágrimas escorrendo pelo rosto apesar de ter sobrevivido aquele Episódio deixou marcas profundas em todos nós no dia seguinte a mesma mulher surgiu novamente no hospital Mateus a encontrou mais uma vez no corredor mas dessa vez ela foi ainda mais direta afirmou que se não aceitássemos sua proposta Algo pior aconteceria nos próximos dias havia uma convicção em suas palavras como se soubesse exatamente o que o futuro reservava Mateus cada vez mais
abalado compartilhou tudo comigo procurando uma orientação embora eu permanecesse firme na minha rejeição à magia negra não podia ignorar a precisão assustadora das previsões dela naquela noite comecei a ser atormentada por pesadelos em todos eles a mulher descrita por Mateus aparecia segurando meu bebê ensanguentado e carando com um sorriso que gelava minha alma eu acordava gritando coberta de suor com o coração disparado pela manhã mal conseguia mencionar o sonho sem cair em lágrimas essas visões se tornaram recorrentes cada vez mais intensas minha saúde já frágil deteriorou-se rapidamente dias depois sofri uma nova crise Severa os
médicos determinaram que seria extremamente arriscado continuar a gestação e decidiram por um parto prematuro de Emer para tentar salvar minha vida e a do bebê enquanto eu era preparada para a cirurgia Mateus estava em completo desespero ele me revelou que a mulher havia reaparecido insistindo que aquela era nossa última oportunidade segundo ela se não seguíssemos suas instruções nem eu nem o bebê sobreviveríamos foi nesse momento tomado pelo medo e pela angústia que Mateus cedeu e decidiu fazer o Que Ela mandava acreditando que era a única chance de nos salvar após a cirurgia acordei Fraca com
o corpo exausto e a Mente Confusa meu primeiro pensamento foi no bebê mas não me deixaram vê-lo ele estava em estado crítico na UTI Neonatal dias depois Mateus confessou o que havia feito disse que a mulher prometeu que só cobraria Algo Se eu sobrevivesse e ele aceitou acreditando que não havia alternativa embora eu não apoiasse sua decisão compreendi o desespero que o levou a isso meu amor pelo meu filho filho era tão intenso que naquele instante não consegui julgá-lo apenas rezei para que o preço pago seja ele qual fosse nos permitisse continuar como uma família
os dias seguintes foram Uma Prova de Fogo nosso bebê a quem chamamos de Isaque travava uma luta pela vida contudo contra todas as expectativas ele começou a apresentar sinais de recuperação após semanas de incertezas na UTI os médicos finalmente nos deram a notícia que tanto esperávamos ele estava fora de perigo e logo estaria conosco quando enfim o segurei nos braços senti que cada sacrifício tinha valido a pena meu pequeno Isaac era a prova viva de que a vida pode florecer mesmo nas situações mais escuras contudo junto à alegria persistia um sentimento inquietante o que fizemos
para salvá-lo teria um preço e mesmo sem saber o que nos aguardava uma parte de mim sentia um medo profundo do que estava por vir após levarmos Isaque para casa parecia que a vida voltava ao eixo minha saúde foi se restabelecendo aos poucos e Mateus e eu tentamos retomar nossa rotina Apesar de o pacto e tudo o que envolvia aquela mulher ainda pairarem em nossas mentes preferimos não tocar no assunto ignorar parecia ser a única forma de manter a falsa sensação de que aquilo nunca havia acontecido no entanto no fundo ambos sabíamos que não seria
possível escapar das consequências do que fizemos nos primeiros anos Isaque cresceu saudável e cheio de vida era um menino curioso com uma energia contagiante mas quando completou 5 anos as coisas começaram a mudar ele passou a ter terrores noturnos acordando no meio da noite gritando que havia pessoas em seu quarto observando por mais que tentássemos acalmá-lo os episódios e ele passou a temer o momento de dormir sempre que fechava os olhos dizia enxergar figuras sombrias e ouvir vozes que o chamavam preocupados decidimos buscar ajuda Mateus sugeriu procurar um pastor mas depois do que vivemos eu
duvidava que alguém da igreja pudesse compreender nossa situação seguimos a indicação de um centro espiritual onde uma mulher afirmou que o pacto feito por Mateus era a origem dos problemas segundo ela uma entidade ligada ao acordo estava perseguindo Isaac propôs realizar Um trabalho espiritual para protegê-lo e sem hesitar aceitamos durante semanas seguimos suas orientações por um tempo os terrores cessaram mas a tranquilidade foi breve quando Isaac completou S anos os episódios retornaram com ainda mais intensidade dessa vez as visões não aconteciam apenas à noite ele passou a relatar sombras pelos cantos da casa e passos
que o seguiam mesmo quando estava sozinho seus relatos nos encheram de pavor mas estávamos perdido sobre o que fazer em desespero buscamos ajuda em outro lugar apenas para ouvir a mesma coisa o pacto que fizemos estava cobrando seu preço e não havia como desfazê-lo podiam ser realizados rituais para aliviar o peso mas a entidade nunca deixaria Isaac em paz cada nova tentativa parecia esmagar um pouco mais nossa esperança e todos que consultável ou tarde quando Isaque chegou aos 14 anos o ambiente em nossa casa estava insustentável Mateus e eu quase não nos falávamos consumidos pelo
estresse e pela culpa mesmo sem compreender exatamente o que estava acontecendo Isaac parecia carregar o peso de tudo aquilo aquele ano foi uma provação cada dia era marcado pelo medo e cada noite uma luta por um pouco de paz no aniversário de Isaac nada ocorreu semanas e meses se passaram sem qualquer evento estranho começamos a acreditar que talvez nossos esforços e orações tivessem dado resultado até mesmo cogitamos que a mulher poderia ter mentido e que tudo não passava de Coincidências aterrorizantes no entanto Essa ilusão se desfez completamente no ano seguinte no aniversário de 15 anos
de Isaque quando Isaque completou 15 anos algo dentro de mim despertou inquieto havíamos atravessado um ano relativamente tranquilo sem grandes acontecimentos mas eu não conseguia me livrar da sensação de que algo obscuro ainda nos rondava Mateus sempre tentando me confortar dizia que nossas orações tinham funcionado que Deus estava cuidando de nós apesar de suas palavras uma parte de mim permanecia fada como se pressentisse que a calmaria era ilusória no dia do aniversário dele Isaac saiu com alguns colegas da escola para passear no shopping era um sábado comum aparentemente sem presságios despedi-me dele com um beijo
na testa Escondendo a ansiedade que tomava conta de mim Mateus mesmo também agitado esforçava-se para agir com leveza repetindo que Devíamos ter fé a tarde transcorreu sem incidentes mas por vol das 7 da noite nosso mundo desabou com uma ligação uma voz desconhecida nos informou que Isaac e seus amigos não haviam retornado para casa e que seus telefones estavam desligados por um instante meu coração parou Mateus tentou me tranquilizar dizendo que provavelmente era apenas um atraso mas eu sentia que algo estava errado minha intuição se provou verdadeira naquela mesma noite algumas horas depois a polícia
chegou à nossa porta com a notícia que nenhum pai está preparado para receber Isaque e seus dois amigos haviam sido encontrados mortos em um terreno baldio nos arredores da cidade o relato era insuportável eles haviam sido brutalmente torturados e assassinados as autoridades sugeriram que o caso poderia estar relacionado a disputas de gangues comuns na região Mas eu sabia que não era apenas isso aquilo não era uma coincidência a dor e a cul me atingiram com força devastadora não conseguia afastar a ideia de que tudo aquilo era o preço do pacto que fizemos Mateus embora tentasse
se mostrar firme estava destroçado no fundo ambos sabíamos que havíamos falhado com nosso filho fizemos tudo o que podíamos para protegê-lo mas no fim nada foi suficiente os dias seguintes foram um tormento indescritível no velório de Isaque mal conseguia me manter de pé olhar para aquele pequeno caixão cercado de flores e velas era como enfrentar um pesadelo Sem Fim as palavras de consolo dos amigos e familiares não preenchiam o vazio esmagador dentro de mim minha mente era invadida por pensamentos sobre tudo o que jamais aconteceria vê-lo crescer realizar seus sonhos formar sua própria família tudo
isso foi arrancado de nós após o enterro Mateus e eu evitamos falar sobre o pacto a simples menção ao assunto trazia de volta Nossa culpa algo insuportável de encarar cada um lidou com a dor à sua maneira Mateus buscou Refúgio na igreja agarrando-se à fé que um dia o guiou eu por outro lado não conseguia encontrar paz meus dias eram um esforço constante para continuar de pé enquanto as noites eram povoadas por pesadelos que não me deixavam descansar com o passar do tempo comecei a questionar tudo será realmente foi o pacto que levou Isa ou
somos apenas vítimas de um mundo cruel e imprevisível não havia respostas apenas uma dor incessante que me acompanhava a cada instante Apesar de nossas diferenças Mateus e eu permanecemos juntos sabíamos que ninguém mais entenderia o que estávamos vivendo contudo o peso da culpa e da perda era esmagador vivíamos com a certeza amarga de que de alguma forma responsáveis pelo de nosso filho após a morte de Isaque minha existência perdeu qualquer propósito cada canto da casa carregava um Eco dele seu riso os brinquedos espalhados os desenhos deixados sobre a mesa da cozinha Mateus tentava me consolar
Mas eu sabia que sua dor era tão insuportável quanto a minha sempre que tentávamos falar sobre o que aconteceu O Silêncio nos dominava carregado de culpa e arrependimento aquela mulher e Suas palavras me assombravam sem trégua Prometemos a nós mesmos que poderíamos fugir das consequências que nossas orações e sacrifícios bastariam para protegê-lo no entanto cada lembrança de Isaque vinha acompanhada de perguntas que pareciam gritar dentro de mim foi uma punição pelo pacto ou apenas o acaso Cruel da vida embora nenhuma resposta fosse certa eu sentia que a sombra daquele acordo pairava sobre nós os meses
passaram mas o vazio só crescia apesar do apoio da família e dos amigos não havia consolo Mateus afundou na igreja buscando um perdão que nem ele sabia se merecia eu por outro lado mergulhei em uma busca incessante por respostas fui a médiuns centros espirituais igrejas e até praticantes de magia ouvi de tudo alguns diziam que a alma de Isaque estava presa outros garantiam que ele havia encontrado a paz mas todas essas palavras soavam ocos incapazes de aliviar minha dor um dia enquanto mexia nas coisas de Isaque encontrei um caderno lá ele havia escrito sobre seus
sonhos e medos entre as páginas um desenho me fez congelar era uma figura sombria com olhos penetrantes os traços eram infantis mas a reconheci imediatamente era a mulher do pacto Isaque nunca a tinha visto mas ali esta ela como uma lembrança de que sua presença nunca nos deixou com o passar do tempo Mateus e eu nos afastamos soframos mes perv ela de formas opost seic inteiramente à igreja organizando sermões e eventos religiosos enant eu evit queris relacionada à fé não porque não acreditasse mais mas porque cada oração me lembrava de que havíamos falhado em proteger
nosso filho minhas noites eram um martírio constante sonhava com Isaac mas também com aquela mulher nos pesadelos ela ria de mim sussurrando que sempre soube o desfecho eu acordava em meio ao suor e ao vazio com o coração disparado um ano após a morte de Isaque Mateus sugeriu uma missa em memória dele relutante concordei mesmo sem saber se teria forças durante a cerimônia enquanto o sacerdote falava de aceitação e fé experimentei uma paz Inesperada como se por um breve instante a pressão em meu peito tivesse diminuído naquela mesma noite porém algo inexplicável aconteceu Mateus e
eu estávamos vendo fotos de Isaque quando ouvimos um som vindo do quarto dele desde sua morte a porta permanecia fechada intocada com o coração acelerado Subimos para verificar ao abrir a porta o ar parecia denso sufocante sobre a cama havia um pequeno papel dobrado Mateus o pegou e ao abri-lo Lemos uma mensagem escrita em uma caligrafia desconhecida o trato nunca acaba aquela mensagem nos paralisou completamente Mateus buscava desesperadamente explicações Racionais cogitava uma invasão ou talvez uma brincadeira cruel mas eu sabia Nas Profundezas da minha alma que aquilo era um lembrete do pacto um aviso de
que nossa ligação com aquela mulher estava longe de terminar nos dias que se seguiram a sensação de sermos vigiados tornou-se insuportável barulhos ecoavam pela casa à noite passos lentos no corredor murmúrios abafados vindos das paredes e Em algumas ocasiões o som de um choro distante Mateus tentava se manter firme mas o medo era Evidente em seu olhar quanto a mim quase não dormia sempre que fechava os olhos era invadida por imagens de is e daquela mulher buscando respostas Procurei um dos centros espirituais que já havia visitado antes mas dessa vez Sem Rodeios relatei tudo o
pacto os sinais a morte de Isaque e a mensagem deixada no quarto dele a mulher que me recebeu uma senhora de aparência frágil mas com olhos que refletiam sabedoria ouviu cada palavra com atenção quando terminei ela respirou fundo antes de falar um pacto desse tipo não se rompe disse com voz firme as forças que o celam sempre encontram uma forma de cobrar o que acreditam ser delas pode levar anos mas elas não esquecem senti um nó se formar em minha garganta perguntei se havia alguma forma de interromper isso de proteger a nós mesmos ela Balançou
a cabeça lentamente com pesar a única coisa que podem fazer é resistir fortalecer a fé e se manter firmes mas entendam as consequências de um pacto não acabam com a morte de alguém elas podem perseguir até mesmo as próximas gerações Suas palavras me deixaram aterrorizada era isso que significava que Isaque não havia sido o último que nós ou até nossos descendentes estaríamos presos a esse ciclo Quando contei a Mateus O que a senhora disse ele reagiu com incredulidade misturada a indignação não podemos deixar isso controlar nossas vidas afirmou com determinação precisamos enfrentar isso Juliana não
dá mais para viver assim embora admirasse sua coragem não consegui compartilhar sua confiança havíamos tentado lutar antes e tudo o que conseguimos foi perder nosso filho naquela noite enquanto Mateus dormia tomei uma decisão que H meses evitava ajoelhei-me ao lado da cama e rezei fazia muito tempo que não fazia isso talvez por sentir que Deus nos abandonara mas naquele momento de desespero supliquei por respostas por qualquer sinal que trouxesse um pouco de alívio na manhã seguinte enquanto limpava o quarto de Isaac descobri algo que nunca havia notado um pequeno caderno escondido sob o colchão ao
abri-lo encontrei desenhos e anotações que à primeira vista pareciam desconexos contudo conforme folheava as páginas percebi um padrão emergindo havia repetidas referências à sombras a uma mulher de olhos sombrios e algo que ele chamava de O Guardião no final do caderno uma frase escrita à mão me arrepiou profundamente eles Prometeram e ela virá buscar o que é dela naquele dia percebi que nossa batalha estava longe de acabar apesar de todos os esforços para proteger Isaque as consequências do pacto ainda nos cercavam o que julgávamos ser um sacrifício para salvá-lo revelou-se insuficiente restava noos apenas esperar
e Nos preparar para o que viesse mesmo sem ideia de como encarar o que estava por vir nos meses seguintes Mateus e eu seguimos caminhos distintos ele mergulhou na igreja buscando redenção e um propósito na fé eu por outro lado me aprofundei em pesquisas sobre pactos e entidades tentando encontrar qualquer pista que pudesse lançar luz sobre o que Apesar de nossas diferenças permanec ligados por algo maior o amor por Isaque e a necessidade de impedir que o horror Se repetisse embora o passar dos dias trouxesse uma aparência de normalidade eu sabia No íntimo que estávamos
longe de estar Livres a promessa pairava no ar latente aguardando o momento certo para se manifestar e mesmo sem saber quanto tempo ainda nos resta todas as noites eu rezo para encontrar forças para resistir e para encarar o que quer que esteja a espreita quando o dia inevitável chegar ei pessoal obrigado por ouvirem clique no Sininho de notificações para ser alertado de todas as futuras narrações lanço vídeos novos todos os dias por aqui espero te ver nos próximos agora na tela vou deixar outros dois bons vídeos que sei que irão gostar te vejo por la
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