E aí [Música] E aí Oi Oi pessoal tudo bem com vocês sejam bem-vindos a mais um vídeo aqui no Lego as letras e se você está aqui Provavelmente você assistiu a primeira parte deste vídeo que é a apresentação sobre as intermitências da morte de José Saramago então Neste vídeo aqui eu vou trazer algumas análises algumas reflexões mais aprofundadas sobre a obra com spoilers então se você tem problema com esponjas a sexta apenas ao primeiro vídeo no qual vou apresentar a obra de forma geral um pouquinho sobre o enredo que vai acontecer mais sem spoiler sem
estragar a sua experiência de leitura aqui vou trazer detalhes vamos falar ler alguns trechinhos então inevitavelmente teremos detalhes da obra do enredo coisas que vão revelar aí a sua o que vai acontecer na história então se você tem problema pois pode das está apenas o primeiro vídeo e volte aqui depois que ler o livro porque vale muito a pena a gente pensar juntos sobre essas coisas então como eu já comentei em outros vídeos Eu gosto bastante de fazer algumas pesquisas além de né da obra além e esse livro aqui eu ligou de amigos então a
gente também chegou a algumas conclusões em conjunto ali na nossa discussão sobre a obra Então eu vou deixar para vocês aqui na descrição do vídeo alguns podcast que eu escutei sobre o livro coisas que que agregaram a minha experiência o conhecimento sobre a obra e com as quais eu compro de discordar Então vou falando aqui com você sobre essa sobre essas informações sobre o que o interpretei aqui então então em um dos podcast só me engano eu escutei sobre é seu objetivo do Saramago de trazer aqui na nesse livro duas grandes questões como os seres
humanos lidam com a morte e como a morte lida com seres humanos e eu achei bem interessante isso porque de fato o livro e meio que dividido em duas partes Como disse no primeiro vídeo do nesse primeiro nós vamos ver as consequências da falta da morte em um determinado país EA segunda parte a gente vai ter essa humanização da Morte lidando com os seres humanos de uma forma muito mais direta porque ela vai se interessar por um em particular eu achei bem legal essa proposta dessa do lidar com a morte porque é um tema que
vem assombrando os seres humanos desde o início da nossa resistência até porque o próprio Saramago vai colocar aqui no livro que é o nosso diferencial e o nosso grande incômodo em relação a morte é que a gente toma conhecimento dela de uma formacional assim é até onde a gente sabe é os seres humanos lidam com a morte com essa toda essa dificuldade e por conta da de vivenciar a experiência da Morte Através da morte do outro e não da própria Claro então tem essa questão da sua Nossa dificuldade de lidar com isso E desde sempre
o ser uma vem refletindo sobre o assunto desta Nossa dificuldade vai aparecer aqui na primeira parte da obra como eu falei lá no vídeo de apresentação nós vamos ter esses efeitos dessa a mortalidade nos mais diversos setores e eu achei legal porque ele vai mostrar e nós de certa forma apesar de toda a dificuldade de lidar com esse com esse fato da vida é muito setores acabaram vivendo às custas da Morte e basicamente dependem na morte para funcionar Então como o setor de funerárias como a procurar o da dinâmica dos hospitais embora eles tenham o
propósito final de cuidar da vida né de manter a vida de promover a saúde tudo mais eles acabam sofrendo com a superlotação Porque as pessoas não morrem Então pensa essa questão muito os Leite ficamos preocupados asilos casas de repouso previdência a própria instituição política na monarquia também tem essa questão da hereditariedade e pressupõe a morte do antepassado não é para vim sucessor então todos esses aspectos práticos eu achei bem legal e é bem engraçado até o início da sua obra você dá várias ri O Começo porque ele é bem irônico mostrando essas consequências já não
lado filosófico ele vai trazer esse ponto bem entrelaçado com a questão da religião com uma crítica bastante contundente a instituição da Igreja Católica sentido de que ela depende da no conceito da ideia da morte da própria morte para sobreviver como instituição então é curiosa essa análise eu gostaria de trazer aqui uns trechinhos pra vocês desse pedaço então aqui por exemplo um trechinho que o Cardeal está conversando com o primeiro-ministro ele diz sem morte ouça-me vem Sem o primeiro-ministro sem morte não há ressurreição e sem ressurreição não a igreja então é pesado né vamos ver aqui
mais um outro triste que eu achei bem interessante que é o seguinte as religiões todas elas por mais voltas que eles dermus não tem outra justificação para existir que não seja a morte precisam dela como do pão para a boca então Apesar dele focar bastante da Igreja Católica ele vai te trazer esse essa nem a morte para todas as religiões fosse a gente for lembrar que por exemplo do antigo Egito gente tudo estava baseado na vida após a morte a construção das pirâmides era essa coisa da vida após a morte Então apesar desse enfoque mais
para religião católica aqui nessa obra ele também vai trazer essa observação a respeito das demais religiões e como eu disse imagina lembrem lá né não até no Egito desde o antigo Egito a gente já tem essa ideia da vida após a morte então pressupõe a própria morte para não tem um outro trecho que ele logo em seguida vem dizendo Esse é um deles conceituados integrante do setor católico disse tem razão senhor filósofo É Para Isso mesmo que nós existimos para que as pessoas levem toda vida com medo pendurado ao pescoço e chegado a sua hora
acolheu a morte como uma libertação o paraíso eu tô dando as internações Por que não tem. De interrogação né pessoal como eu disse a a escrita de Saramago é bem particular Mas vocês podem perceber que não tem dificuldade para a gente entender o diálogo então o Paraíso Paraíso ou o inferno ou cousa nenhuma o que se passa e depois da morte importa nos muito menos que o que geralmente se crer a religião senhor filósofo é um assunto da terra não tem nada que ver com o céu não foi que nos habituaram ao ouvir algo teríamos
que dizer para tornar atractiva a mercadoria isso quer dizer que em realidade não acredita na vida eterna fazemos de como são vejam aí a crítica que ele vai fazer então como eu disse no primeiro vídeo o Saramago é ateu e ele vai trazer mesmo essas eu tive problemas lá com outro livro que publicou o evangelho segundo Jesus Cristo Mas eu acredito que independentemente da nossa crença pessoal vale a pena conhecer o pensamento da outra pessoa ao mesmo que a gente Lê isso aqui e falei nossa ela não concordo para mim não tem nada a ver
o que está falando mas não deixar a experiência de leitura se estrague por conta disso né por conta da opinião do autor aqui do que tá acontecendo na história tão logo em seguida esse diálogo que o que eu mostrei para vocês tem um outro trecho bastante interessante que eu até publiquei lá no Instagram se você ainda não segue siga lá no Instagram do leva as letras que é o seguinte porque se os seres humanos não morressem tudo passaria a ser permitido e isso seria mau perguntou o filósofo velho tanto como não permitir nada então esse
trecho que me lembrou bastante um trecho lado os irmãos karamazov de Dostoiévski né em que o Iva aquela mas vai questionar mas se Deus não existe tudo é permitido se lembra também MIT lembra lá as discussões do existencialismo e do Nilo bom então essa ar essa coisa da do que vai ser do homem sem a existência de Deus é aqui no caso no intermitências da Morte esse Deus representado pela morte porque Como disse antes a religião estaria entre esse pau mente ligada a ideia da morte então sem morte não a Deus E sem Deus o
que vai ser do ser humano isso vem permeando diversas obras da literatura a gente essa questão tá aí né e independente da crença religiosa uma questão que eu acho que vale a pena se pensar é ética moral a religião até que ponto você as nossas atitudes assim os nossos conceitos de bem e mal estão relacionados com os conceitos religiosos na idade como como esses conceitos de bem e mal Eles foram vieram da religião Ou foram para a religião também porque se a gente for pensar lá Aristóteles Já escreveu at o colocando que a busca da
felicidade do homem a busca do bem então as ações do homem na em busca desta felicidade do bem e nessa época a gente não tem religião é o cristianismo aqui no caso que ele que ele tá aprontando aqui no livro Então como essas coisas vem se entrelaçando e como é complexo a gente vê atualmente com todas as religiões que existem a gente vê a a ética a a boa condução sem essa influência de uma forma ou de outra das ideias religiosas são essas coisas são muito interligadas mas é aquilo é é meio exagerado dizer né
que a pessoa só vai agir bem se ela tiver dentro da cabeça dela um conceito de céu e inferno então também seria extremamente radical dizer que uma pessoa que não acredita em Deus é que não acredita no uma entidade superior é que não tem essa ideia disso é o inferno julgamento final e tu mas ela não vai poder agir bem então é tu e fica no ar aqui quando a gente vê essas frases porque se seres humanos não morressem tudo passar essa é permitido e seria mal né tanto quanto não permitindo nada então essa coisa
tudo todo esse conjunto de ideias vem para nós para a gente chegar às nossas próprias conclusões a respeito então é isso que eu gosto muito dos clássicos que independente da gente concordar ou não com a ideia que está no livro Os questionamentos surgem e as coisas estão aí permeando essas questões estão permeando todas as obras da literatura de uma forma ou de outra porque os clássicos tratam do que da nossa existência da nossa condição humana sem esquecer também da questão do sentido da como quando Eu mencionei existencialismo aqui a gente tem aquela outro lado não
é Dobra a Camille da da inexistência de sentido do existencialismo dele dor do homem absurdo que a gente comentou lá na nossa resenha sobre o estrangeiro e um pouquinho sobre o mito de sísifo também vou deixar o Card aqui para vocês link aqui embaixo então é muito tema pessoal é muita Oi gente pensar a respeito né e eu adoro deixe aqui seus comentários até sobre isso eu gosto de saber as opiniões de vocês eu ainda tenho muito que refletir muito que concluir né a gente tem sempre muito que aprender com esse tipo de reflexão o
segundo. Tratado aqui um livro que é bem polêmico e eu não quis comentar esse ponto no na apresentação Porque para mim seria dar um spoiler porque o que aconteceu aqui me impressionou bastante que a questão do assassinato versus eutanásia a ideia de dar a morte uma outra questão que é tratado aqui nesse livro que eu não quis comentar na parte da apresentação porque eu me impressionei muito quando eu li então eu entendi que poderia ser um spoiler é a questão da eutanásia versus a questão do assassinato E por que isso nesse estado de a mortalidade
que as pessoas vão ficar porque a morte da final para de trabalhar elas vão seguir adoecendo envelhecendo a mãe sair tem todo aquele problema dos hospitais estão super vou trazer as pessoas acabam sendo obrigadas a ficar em casa super doente super idosas já passadas do tempo ali que inicialmente era previsto para viverem né e acabou de simplesmente abandonou Ofício temporariamente Aquele dia lá marcado passa e a pessoa continuar vivendo isso vai gerando diversos problemas as pessoas estão super doentes e tristes e algumas pedem Para Morrer Elas quando o nosso solto que eu queria não morrer
e uma família lá ela tem nessa família existe um senhor muito idoso e uma criança doente e eles estão numa situação muito terrível com esses com essas duas pessoas e eles decidem tentar uma coisa que é atravessar a fronteira para ver o que acontece por eles fazem isso na calada da noite atravessam a fronteira e quando atravessam os dois morrem Então essa descoberta desse fato acaba levando a dois duas coisas primeiro a dificuldade inicial de decidir vamos ou não vamos atravessar a fronteira com eles que é basicamente decidiu o meu tá Nazi Tô na vó
a questão da vergonha eles fazem isso no meio da madrugada para que nem o vizinho veja o que eles estão fazendo Mas sempre tem um ali que veio depois vem questionar que ele estava fazendo com a carroça na rua no meio da noite dessa questão da vergonha do que os outros vão pensar depois que eles virem que mesmo num país em que ninguém mais morre nós decidimos dar a morte lá para o vovôzinho para o menininho doente não tem isso essa então os isso seria assassinato ou não esse julgamento Então esse julgamento que vai ser
inicialmente muito forte em relação essa família depois das pessoas vão começar a sentir na pele a mesma situação e vai nascer uma máfia em torno disso que vai em basicamente se ela vai se incumbe de levar as pessoas para Fronteira discretamente mediante algum pagamento para aquelas morrão A então assim é só mesmo começar a mandar as pessoas para lá da fronteira pelas morrerem elas voltam né morrem lá e depois trazem de volta Ah mas não tem o enterro oficial nada então tem essa questão essa máfia que surge com isso e o governo conivente com isso
então também é uma crítica aqui ao governo ser conivente com máfias essas Euclides são as questões mais prementes interessantes aqui da primeira parte e nessa segunda parte aqui nós vamos ter essa humanização da Morte e uns podcast que eu ouvi agora não me lembro exatamente qual vou deixar todos aqui no link para vocês vai tratar vai comentar aqui essa questão é uma ideia de humanizar a morte para facilitar o nosso contato com ela humanizar a morte para mostrar como a morte lida com os seres humanos É bem interessante assim interpretação e nesta segunda parte que
vai acontecer é a morte ela vai enviar uma carta pessoalmente a um diretor de TV desse país para que ele Leia essa carta em horário nobre dizendo que ela realmente parou de matar e tudo mais e que ela decidiu tomar o mal e depois ela decide tomar uma segunda medida O que é enviar a carta com aviso prévio de sete dias então negócio meios Amaralina do chamado lembra desse filme né Fiz off negócio meio servem de Zé me avisando que a pessoa depois de sete dias de morrer e o que acontece é que causa mais
confusão ainda porque aí as pessoas vão se entregar as drogas não se entregar a cirurgias nos últimos sete dias a coisa vira uma bagunça Cada vez que a pessoa recebe a carta e também aqui ficava essa reflexão né Será que vale a pena saber o dia em que a gente vai morrer então tem esse deve como você vive Sabendo exatamente o dia é às vezes a vossa poderia pensar eu vou tomar decisões melhores sabendo que eu vou morrer no dia x exatamente ou não porque aí a gente fica essa coisa você vai viver o tempo
todo pensando nisso você nunca vai viver livre é uma coisa muito estranha é você ter essa consciência assim pelo menos eu penso dessa forma e a comentar aqui o que você acha disso você soubesse exatamente o dia em que você ia morrer as suas decisões o certo seria o melhores piores como você ia viver seria muito diferente do que você vive hoje é o que mudaria na sua vida deixa aqui nos comentários eu quero saber o que vocês pensam a respeito então na segunda parte a morte vai se interessar particularmente por um violoncelista para qual
ela manda a carta a cartinha roxa lá com aviso prévio mas a carta não para de voltar a carta não chega então ela manda em volta ela manda em volta é a calça aparece na frente da lá deixa a carta ela despacha as cartas é uma coisa bem burocrática o trabalho da Morte ela conversa com a foice é bem legal aqui como o Saramago vai trazer essa parte da humanização da Morte essa carta vai e volta e ela fica interessada nesse violoncelista Vamos ser vista como um artista ele lida né da com a morte talvez
de uma forma diferente essa é uma interpretação possível para esse fato da carta ficar voltando oi e ela se interessa aparece em forma humana para ele e eles começam a se conhecer e ele não sabe que ela é a morte mas ela se interessa de tal forma por ele que ela meio que se apaixona por ele e fica com ele e aqui lembra que eu falei para vocês do começo desse livro nessa frase bastante interessante do começo no dia seguinte ninguém morreu que eu disse que passa essa impressão da gente pegar o bonde andando então
Saramago vai fechar o livro com essa mesma frase então a morte e depois de várias Idas e Vindas com esse violoncelista ela acaba passando a noite com ele e no dia seguinte ninguém morreu então o que que fica fui com final aberto para a gente como se a ponta do final se a Taci a ponta do começo de uma certa maneira como se a coisa fosse ficar cíclica e isso como eu comentei lá no vídeo da apresentação a entrevistá-lo Saramago das portas porque ele vai comentar sobre isso e é realmente é a intenção dele era
dizer que isso ia se repetir indefinidamente como forma de mostrar aqui com a morte ninguém pode que a gente não tem nenhum poder em relação a morte quando eu li antes de ouvir entrevista eu tinha pensado em duas possibilidades eh essa doce da coisa ser cíclica e a segunda da Morte ter desistido definitivamente de matar naquele país então teria ficado em sinal aberto mas o próprio autor esclareceu que para ele a ideia de colocar para mesma frase no início no final era para dar essa ideia de ciclo então vejam que genial essa ideia né então
esse estranhamento Inicial ele não é em vão ele realmente tem uma justificativa bem legal né Eu gostei bastante de 10 dessa interpretação da história esse livro também tem muitas ele faz muitas relações com outras obras né então como eu disse para vocês lá com os sapos essa questão da mortalidade essa questão do sonho realizado não ser tudo isso me lembrou bastante em uma interpretação do velho uma ar também ele foi as referências expressas aqui a mitologia grega muitas vezes as parcas né três Russos mulher cortar o fio Nossa muitas referências à mitologia Elia daí ele
vai citar tem um momento que ele vai dizer que não é nada mais nunca um esqueleto vai falar um pouco sobre esqueleto que também muita referencial hum Leite aqui né daquela nas que ele faz lá do do da do crânio do yorick lá então tem essa referência do ramo LED tem um momento que ele cita expressamente aquele ensaio do monteni filosofar e aprender a morrer que está no livro de ensaios do mantenida que tem aqui no Brasil pela pela Penguin vou deixar que a capa para vocês é um ensaio Fantástico também então a questão da
Morte tá aí para nós em diversas obras em diversas reflexões eu acho que esse livro Vale bastante a pena foi uma experiência de leitura muito boa apesar das minhas interpretações aqui da segunda parte eu acredito que eu ainda tenho mais do que aprender desse livro e por o ponto com os comentários de vocês também espero que vocês tenham gostado dessa resenha se você ainda não é inscrito no canal curta inscreva-se comente E compartilhe Vamos conversar aqui sobre José Saramago sobre literatura sobre essas questões universais da vida humana bem pessoal um grande abraço a todos nos
vemos nos próximos vídeos