Escravidão no Brasil (Parte 1) Altas Histórias

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Centro Cultural Cesgranrio
Primeira parte do episódio mais difícil de fazer, até agora. O tema é pesado. Demorei muito no rote...
Video Transcript:
[Música] [Música] sem dúvidas américa foi construído com suor e sangue de milhares de africanos escravizados essa com certeza é uma mancha na nossa história que jamais será esquecida nesse episódio da história nós vamos conhecer um pouco dos bastidores da construção desse brasil que cresceu muito mais africano do que você possa imaginar a partir do século 15 com as expansões marítimas áfrica acabou se tornando um grande exportador de vidas humanas para o trabalho forçado as américas receberam milhões de escravos e uma grande parte desses milhões deram entrada no rio de janeiro e além de ter sido
o último país a abolir a escravidão o brasil fez dessa tragédia é um dos sistemas mais lucrativo de sua história que a grande economia do rio ela a economia do japão escravos nem um negócio tão lucrativo quanto o tráfico de escravos entre encheu navio de mercadoria e trazer este navio para américa praticamente sem perder nenhuma é um lucro de quase 500% então nenhuma atividade econômica é tão rentável o tráfico de escravos se tornou o mais lucrativo quando os europeus espalharam a cana de açúcar pelas américas o açúcar é um produto caro de luxo e de
alto consumo no início do plantio de cana no século 16 milhares e milhares de indígenas foram escravizadas mas por conta do alto índice de mortes causadas pelas doenças que os próprios europeus trouxeram para o brasil eles perceberam que escravizam os povos da terra era uma coisa que não ia dar muito certo e assim como eu sou o tráfico de africanos que além de mais resistentes a essas doenças já estavam familiarizados com o plantio porque venho de uma sociedade agrícola porque a gente tem que pensar o cara levou um tempo lá no interior da áfrica até
ser capturado até ser levado pelo litoral até ser vendido uma vez vendido até atravessar o oceano e dependendo de onde veio da áfrica ele vem para o rio vai para a bahia da bahia tem que vir para o rio depois ela não tem um itinerário tem um processo que é longo a essa pessoa chega no rio de janeiro por exemplo está doente o médico define uma quarentena de tanto tempo e ele vai pra eles bom jesus atual fundão na ilha das enxadas enxadas e ficar um tempo e quando termina ele retorna em alta velocidade essa
daqui a casa frança-brasil hoje você pode encontrar vários eventos exposições aqui dentro mas durante muitos anos já que funcionava alfândega grande parte das mercadorias que chegavam ao brasil eram obrigadas a passar por aqui incluindo os escravos na casa frança-brasil antigamente tinha sido alfândega do rio de janeiro então os escravos eles eram a sabão por ali pra pagar o fisco e tetra também havia a visita da saúde que era para averiguar saúde do das pessoas que estavam nos barcos e um médico da câmara ele define o tempo de quarentena e ao cabo da quarentena essa pessoa
retornava para pagar o fisco na alfândega e depois entrar na cidade era muito caótico muito confuso ele morava ali era um espetáculo desagradável então a gente gosta de espetáculo desagradáveis podem olhar essa transferência do ponto de comércio de escravos irritou muitos comerciantes até porque na época tudo era mais distante essa logística acaba de trabalhando eles mas mesmo assim em 1789 transferir um ponto de venda de lá prá rua camerino antigamente chamada de rua do valongo eo grupo também que ficou muito irritado foram os atravessadores imagina chegar num navio monte de gente já corria já comprava
tudo quando chegar os fazendeiros pessoal e vendia mais caro então havia também isso pois é até para vender seres humanos os caras ainda encontra um jeito de fazer mutreta tinha dois tipos de gente tinha um cara que queria vender mais caro pra ferrar com os com os fazendeiros mas também havia aqueles que não tinham tanto dinheiro assim comprava um escravo doente para recuperá lo depois vender mais caro também e isso de certo modo acabou até protegendo essas pessoas porque alguns vereadores falam bem é a existência dessa figura é conveniente porque com isso você reduz a
mortalidade e você dá um emprego para essas pessoas que não têm muito o que fazer então eles traficam escravos não é algo que é útil para eles e para a sociedade um pouco essa idéia daqueles que defendiam a presença dos atravessadores muita gente imagina a áfrica como uma unidade uma sociedade com as mesmas línguas mesmos hábitos cultura e religiosidade longe de ser verdade muitas vezes os prisioneiros africanos eram separados antes do embarque para diminuir o risco de mottin e nessa quebra muitos africanos acabaram descobrindo uma áfrica que nunca tinham visto antes buscava o jogo interior
então como já havia utilizado é muito diferente quando chegava no litoral já vinha gente de várias de origens distintas e aliás é nesse momento que eles conseguem perceber que pessoas lugares diferentes em cultura comum eles conseguem parte do tronco lingüístico nessa hora a pessoa jurídica diferente falam coisas em algumas coisas eles se entendem claro quer dizer tudo mas seria criar a gente encontrar um francês e perceber que tem uma coisinha ou outra um espanhol um italiano e percebi que tem uma coisinha ou outra está em comum eles percebem isso o tráfico atlântico ajudou africano de
cuba e áfrica mas hoje nós vamos conhecer um pouco sobre a rotina dos escravizados vamos falar sobre as diferentes épocas diferentes formas de escravidão que aconteceu aqui no brasil ao longo dos séculos o século 16 foi marcado pela exploração da mão de obra indígena para cada um buscar africano havia mais de dez e escravos índios escravos era caro tanto que o escravo era usado em atividades domésticas só os grandes senhores de terra usava os carros africanos no século 17 a escravidão do açúcar aumenta em proporção à população negra já se torna maioria em cidades como
salvador e pernambuco o eixo do brasil era salvador recife e tem grande número de escravos em g de açúcar que tem 100 200 300 escravos então em princípio africano e é impessoal ele é um na multidão um ele nem a igreja nem ver o proprietário sólida com um feito no século 18 mas um grande número de africanos chega ao brasil ruas minas gerais o intenso ciclo do ouro deu uma guinada na economia da colônia surgindo assim a escravidão de ganho os escravos saiu às ruas para vender suas mercadorias e alguns deles conseguiram lucrar e até
comprar sua própria liberdade em geral os africanos que vão pra rua na bahia século já aplicamos ocidentais ano que vem das atuais nigéria ghana togo costa do marfim e serra leoa senegal essa região da áfrica ocidental ela tem uma tradição comercial muito forte o ano 1000 que você tem comércio a longa distância da áfrica ocidental congelando o meca onde são treinados para trabalhar com comércio então os senhores sabem disso em geral tanto na bahia quanto no rio escolhe mulheres áfrica ocidental pra serem mercadorias porque sabe que elas têm aptidão pra isso então muita inveja escravo
senhor ao contrário do que se pensa é obrigado a respeitar a aptidão dos cravos saber onde o escravo se desenvolve melhor que ele gosta por incrível que pareça o senhor deve ter que perguntar que o estado pode fazer isso é muito comum no meio urbano já no século 19 o cenário muda mais uma vez que o início do ciclo do café o número ainda maior de africanos chega ao brasil parte deles segue para as lavouras e outra parte para a cidade para trabalhar como vendedores ambulantes é muito importante que a gente entenda a grande diferença
que existia entre a escravidão rural ea escravidão urbana na escravidão urbana o escravo tem possibilidades de ter relações pessoais é mais personalizado quem pega uns que negocia com ele falta pode mandar sozinho vem de tempos em tempos aqui faz o dinheiro dentro da realidade possível tatau que entendam tufão que a escravidão é agradável mas vendo que está disposto está disponível é o pior do universo tem gente sofrendo mário tem gente pior eu ainda consigo ter um grau de autonomia final de semana da saio eu tenho uma namorada eu eu tenho minha própria casa eu saiba
trabalhar eu contrato alguém para trabalhar pra mim os carros fazem isso na escravidão urbana a dependência sem olhar muito maior muitas vezes os escravos de ganho que vende na rua sustentar ele sustenta a casa que ele mora que não é assim oreal ele aluga casa comida alimentação roupa e sustenta a casa real é obrigado a sustentar duas casas inclusive tem gente que ameaça tirar o foco a vender o meio rural é uma ameaça esse é um tom de ameaça como você pode ameaçar o escravo é melhor ficar pior foi a senhora vai ficar com dificuldade
eu eu conheço alguém que pode levá-la próprio interior você trabalhar numa senda lá então isso também é usado como um elemento pedagógico um elemento de de apaziguamento com cativo ninguém quer sair do meio né a gente consegue entender um pouco sobre a rotina das ruas do rio analisando gravuras de artistas como bb e rugendas eles estiveram aqui no início do século 19 e retrataram tudo que viam tudo isso com muito detalhe os escravos de ganho eram aqueles que geralmente não trabalhavam sob supervisão do feitor ou de seu proprietário mas eram obrigados a dar a ele
uma quantia de dinheiro todo dia ou toda semana o que sobrasse era dele mas essa sobra tinha que guardar porque se no dia seguinte ele não conseguisse atingir aquele mínimo ele completava com a sobra do dia anterior que se não ele era punido porque o que ele paga o senhor senhor é algo fixo o que ele ganha é variável quanto mais ganhar mais ele vai poder acumular pra ele e não por seu senhor então é comum ver cabo de ganho trabalhando na rua com um dj da noite onde da noite homens e mulheres carregando sexto
então você vê que já é uma lógica quase que nem de empreendedorismo nessa época o tráfico da áfrica ocidental diminui e da áfrica central aumenta ou seja os africanos da áfrica central vem pro brasil e aprender a cultura do comércio com os africanos da áfrica ocidental que já estão aqui o africano corda de manhã ele vai buscar água primeira coisa do cotidiano africano ao ganho ou pra sua casa ou para casa senhorial depois vai buscar água que pode chegar da manhã é que ele vai realmente trabalhar de mercadorias ele come na rua aqui nessa área
daqui que é o ipad o peixe à vontade imensa como está em beber e de africanos que vem de um longo que a comida que inclusive havia o jogo é um livro que eu escrevi também julgo que nunca denise ângulo nise é livre do congo é dizer casa então jogo na verdade quer dizer nise a um caso de hamburgo então havia um casa no rio que vendiam comida praticamente ganho agora esse angu das 10 na rua não era dos mais sofisticados que esse não seria um trato cabo e o angu das guloseimas era comida de
escravos de ganho e custava 1 he tem a colherada então ele trabalhava até o meio-dia depois que ele ia comer voltava à moda à tarde e ficava ali até o pôr do sol época quando ele morreu na casa senhorial inclusive ele voltava e tinha que fazer as tarefas domésticas então é comum escravo trabalhar na rua e também trabalha na casa senhorial então a gente vê um escravo na rua vendendo alguma coisa que a gente não pensa nem pouco carro fugiu acho que é um sentimento de todo mundo né todo mundo olha tá bom o senhor
deixou sair de casa ele foi lá na esquina e ele voltou irmão que quem não foge que a vida de fugida difícil a vida de fugitivo é fácil e pode ser responsabilizado ele pode pegar um senhor está pior agora nós estamos na praça quinze você com certeza com essa história desse local que já viu o episódio sobre a praça quinze e outras histórias né pois bem esse aqui é o ponto principal da cidade porto que é o rio de janeiro e por muitos anos milhares de escravos passaram por aqui e eram vendidos ali embaixo na
antiga rua direita que hoje é conhecida como 1º de março a câmara é vai reclamar da presença das lojas que vendiam escravos na rua direita que atual 1º de março é essas pessoas eles entravam pela cidade pela alfândega e já botaram o pé na porta ele já estavam na rua primeiro de março eles eram então vendidos ali naquelas lojas da praça do comércio havia então um esforço de olha vamos transferir para fora da cidade vamos transferir esse comércio para extramuros para a área suburbana
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