Introdução à Estética — Estética em Aristóteles

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Conexão Filosófica
Sobre a reflexão aristotélica sobre a arte. #estética #aristóteles
Video Transcript:
o olá eu sou marcos ramon e hoje vou falar sobre a estética em aristóteles durante boa parte da história da estética o que a gente vê é uma reprodução talvez eu tenho uma ampliação é uma medida das ideias de dois filósofos da antiguidade de um lado a gente tem platão com a condenação da mimesis da imitação e da defesa de uma beleza eterna de uma experiência de uma beleza eterna e do outro lado a gente tem um discípulo mais famoso do platão que discordava das teses dele e que defendia a imitação na arte esse aluno
dissidente era o aristóteles que viveu aproximadamente entre 384 e322 antes de cristo várias próteses em primeiro lugar ele rejeita a teoria das ideias ea divisão em dois mundos que aquela divisão entre mundo sensível e mundo inteligível isso não quer dizer que ele negava a possibilidade da experiência espiritual mas sim que ele acreditava que as coisas humana o jovem a partir das relações entre os seres humanos e desses com o resto a natureza tem uma pintura muito famosa de um pintor renascentista chamado rafael sanzio chama escola de atenas e bem no centro da pintura ele coloca
dois personagens que são justamente platão e aristóteles eles estão lado a lado caminhando de várias pessoas do lado deles observando que eles estão falando ali o aristóteles segura um livro que a ética ou platão segura um outro livro que chama de meu e a gente identifica cada um deles por conta desses livros também tem alguma diferença que é possível perceber o platão ele é mais velho aristóteles vão ver mais jovem anda calçada enquanto platão anda descalço que é um sinal antigo para representar também essa questão da humildade mas talvez o principal alimento aí para gente
perceber é o fato de que o platão ele caminha apontando para cima enquanto aristóteles tem a palma da mão voltada para a terra isso é simbólico porque o rafael tenta representar nessa imagem a ideia de que platão aponta que é verdade está no plano inteligível ou seja não tá numa e enquanto para o aristóteles é o oposto a verdade ela tá no plano material tá na própria existência para o aristóteles por exemplo modelo de ciência era biologia e para o platão modelo de ciência é a matemática se der abstração atenção representa muito também nessa perspectiva
que eles adotam só uma curiosidade sobre o quadro se você observe o quadro é que a gente não sabe exatamente como eram o aristóteles e o patrão né como mera aparência deles e o rafael obviamente também não sabia disso quando ele pintou esse quadro então que ele fez foi usar como modelo dos pessoas da época dele e que é representado esse mesmo embate por que platão e aristóteles naqueles eram inimigos no sentido de uma inimizade de fato né mas eles tinham essa divergência do ponto de vista de 10 e aí ele coloca o rafael no
caso né no quadro dele coloca duas figuras também simbólicas da época dele em que representavam essa visão meio que aposta aí depois expectativas que no caso ele usou para pintar o platão o rosto do leonardo da vinci estão o rosto que e você viu platão na verdade o rosto leonardo e para pintar o aristóteles ele usou o michelangelo tá na verdade é um rosto do michelangelo então é uma curiosidade interessante aí sobre esse quadro mas enfim é that falar sobre o quadro é resgatar essa ideia dessa noção da diferença entre a postura do platão e
de aristóteles quando eles pensam sobre o conhecimento sobre a realidade de maneira geral mas além de negar separar centro sensível e inteligível aristóteles associavam o prazer a imitação artística e ele não submetida a arte a filosofia que era uma coisa que o latão fazia por isso que no caso aristóteles né eles não vai cogitar expulsar nenhum artista da cidade que era exatamente o que o platão mas não vai fazer se ele conseguisse colocar em prática república ele dizia que era necessário expulsar os poetas por exemplo e o aristóteles não não propõe na desse tipo encontro
platão acreditava que a boa arte era aquela que serve ao propósito do estado o aristóteles entendia que aquilo que a arte oferta é mais amplo e ela entra esse isso que a arte o fim o campo do subjetivo que é uma coisa que no modo dele de ver não é uma coisa ruim não é algo ruim claro que isso também não quer dizer que a arte e a ficar um campo autônomo a ideia de autonomia da arte uma coisa que vai surgir bem depois então isso não está presente ainda no aristóteles existia então ainda uma
vinculação ali com a atividade política mas de um jeito bem diferente desse que a gente observa lá na filosofia de platão o texto em que hora está atrás trata da arte a gente fala estética mas é porque ele não falava de estética porque se terminar utilizado nesse sentido na época dele mas o texto que ele fala sobre a arte se chama poética infelizmente esse texto não sobreviveu completo para gente existe esse texto é hoje mas não tá completo o livro tinha duas partes e uma parte era dedicada a tragédia e outra comédia o trecho referente
a tragédia ainda existe e o outro não se você já leu o nome da rosa que é um livro de umberto eco ou assistiu ao filme que esperar um livro você vai lembrar que o nome da rosa trata justamente do destino dessa e essa poética né do que aconteceu com esse livro que tratava da comédia não vai dar um spoiler aqui da história que eu não sei se você já leu o livro ou já assistiu o filme aqui mas tem a ver com isso e é bem interessante a maneira como humberto é porque era um
estudioso da idade média vai justificar isso porque esse texto do aristóteles se torna famoso justamente na idade média é importante também dizer que diferentemente de platão cujos diálogos sobreviveram mais os textos para os alunos da escola não no caso do aristóteles foram os textos da escola que sobreviveram só um parêntese para explicar isso é o seguinte tanto platão quanto aristóteles constituir uma escola no caso platão a escola chamava academia e ela academia porque ficava perto de um lugar e homenagem a um herói chamado academus daí academia o nome da escola ficou esse nome e na
academia se ensinava matemática filosofia e se praticar atividade física e é por isso que a gente usa hoje a palavra academia em dois sentidos academia de ginástica por exemplo mas também academia no sentido de trabalho acadêmico o único vida acadêmica então academia nesses dois sentidos era escola do platão e aristóteles foi estudar justamente na escola do platão ele não era grego ele era massa dori mas ele foi estudar lá e quando platão morrem ele aristóteles achava que ele iria receber ali a falsidade de continuar sendo e agora nesse momento líder da escola porque apesar de
discordar em tudo o platão dizia para sempre que dá para dividir esse cola em duas partes o corpo de todos os estudantes e o cérebro e aristóteles discordava dele mas admirava ele e de aristóteles platão tinha algo semelhante também admiravam o mestre mas discordavam dele porque é uma imagem interessante da filosofia antiga a gente for pensar porque mestre-discípulo geralmente imagina como pessoas que são no caso discípulo obrigado a concordar com o mestre mas nesse caso a gente vê que não isso não impediu que eles tivessem amizade que eles tivesse admiração um pelo outro mas enfim
hora stories ele volta depois para macedônia para educar o alexandre magno que vai ser o alexandre o grande depois de muito tempo ele volta para a grécia para atenas e lá o ares a segunda uma escola dele ele mesmo cria escola dele relaxa males eu porque eles eu porque ficava perto de um templo em homenagem a apolo licius apolo protetor dos pastores daí liceu então ele cria essa escola e passa ensinar lá e também por isso em muitos lugares né muitas cidades ao redor do mundo existem escolas com esse nome liceu em referência escola duas
dobras mais enfim eles tinham as escolas e eles escreveram textos para o público em formato de diálogo e textos para os alunos da escola que seria um textos mais técnicos no caso platão os diálogos sobreviveram não todos né mas boa parte sobreviveu e os textos da escola sumiram no caso do aristóteles foi o inverso os diálogos sumiram e os textos que a gente tem são os textos da escola o que é interessante de perceber que os diferença aí dessa forma de escrita de um texto para o outro mas enfim a poética por exemplo é um
texto da escola e esse texto ali se perdeu parte dele né tem uma parte mas a outra parte não lembra que e no século 4 antes de cristo e de alguma forma já é bem impressionante que boa parte da obra que eles fizeram conseguiu sobreviver mas não era possível de fato que muita coisa chegasse a gente é quase que um milagre imagina que tanta coisa sobreviveu mas diferentemente platão que acreditava que a gente tinha que pautar o nosso comportamento e os nossos anseios pelo modelo do mundo as ideias né que é separação de sensível e
inteligível escrever buscar o inteligível o aristóteles acreditavam ser humano como um animal político assim pro stories a finalidade da vida humano o objetivo da vida humana é buscar a felicidade e essa felicidade só pode ser concebida como a vida virtuosa e em uma sociedade politicamente bem estruturada daí que na visão de aristóteles a arte tem um papel necessário nesse projeto mesmo que eu falei que tinha uma coisa vem ainda com essa questão da política ela não é arte não é autônomo como se pretende depois né ainda estava vinculada a um projeto só que de maneira
menos intensa devendo sim e no caso do platão diferente porque não era subordinada filosofio e o aristóteles também considerava que o desenvolvimento da experiência estética se dar não só pela conexão com belo mas também pela percepção de outros elementos que ele vai separar em duas estruturas são a harmonia ea desarmonia então da mesma maneira que o patrão tem uma teoria que ela aplica tudo que no caso essa divisão dos dois mundos do mundo sensível e inteligível patrão aplica essa teoria a ética política e estética ao conhecimento enfim o aristóteles também tem uma teoria que a
teoria da justa medida do meio termo ou seja entre um excesso uma falta os dois extremos sempre são ruins e ou melhor não são tão bons talvez seja um jeito melhor de dizer e o meio termo ou melhor essa ideia de que a gente teve buscar sempre um meio termo então por exemplo no caso da ética para aristóteles a coragem é uma virtude a falta de coragem que a covardia por motivos óbvios é ruim mas o excesso de coragem também é ruim porque uma pessoa que têm excesso de cor e ela pode se colocar em
risco de maneira desnecessário colocar em risco outras pessoas o ideal é o meio termo da coragem entre o excesso ea falta e no caso da estética ser a mesma coisa ele dividir esse espaço da estética em dois campos o campo da harmonia e o campo da desarmonia e nesses dois campos a gente tem uma falta um excesso e o meio termo na falta no caso da harmonia na falta a gente tem um gracioso aquele que é gracioso e na desarmonia a gente tem aquilo que é risível não é cesso na harmonia a gente tem um
sublime e as desarmonias gente tem horrível e no meio termo que aquilo que a gente deve buscar no meio termo da harmonia tem o belo e no meio termo das harmonias tem um feio então interessante que ele vai dizer que a obra de arte ela pode buscar tanto belo quanto feio vocês não tem um privilégio junto eu contra o outro na verdade é muito mais uma questão de qual o propósito é tratar não tem uma harmonia com o tema desarmônico o que que o artista procura e esses elementos aqui da falta do meio termo do
excesso e existem tanto na natureza quanto na arte mas existe um campo específico que é o da ação humana e que não está na natureza tá só na ação humana e portanto também tá na arte mas não tá na natureza que na harmonia a gente vai encontrar a tragédia enades harmonia a gente encontra comédia isso é curioso e muita gente olha acho estranho mas poxa por que que a tragédia tá na harmonia ea comédia talentos arranhão não dias eu contrário e a questão paletó temos aqui a nossa vida é trágica por isso que harmonia e
representa ali na ação o campo da tragédia ea comédia é uma distorção da realidade como é que a gente cria uma comédia a gente distorce a realidade para fazer aquele fato ficar absurdo engraçado a gente ri dele então eles harmônicos por outro lado como é que a gente faz uma tragédia a gente pega uma vida de qualquer pessoa e conta a vida dela tragédia é desse jeito então é parece meio terrível falar assim né porque a gente não quer que a gente tá com a nossa vida trágica mas também a gente pensa a tragédia muitas
vezes de maneira muito extrema como as coisas do mundo acontecer sem naquele espaço do que os passos do trágico mas o que ele se refere com ele falar do trágico depois unity vai retomar essa ideia também é muito mais uma ideia o shophar e também fala sobre isso é muito mais uma ideia de que não existe vida sem sofrimento toda vida ela envolve em alguma medida sofrimento claro que algumas pessoas pela circunstância própria vida sofre mais do que outras mas ninguém vive sem sofrimento não existe vida sem sofrimento nesse contexto toda a vida é trágica
e aí é importante entender o papel também dá acho que ela pode ajudar a gente a compreender isso na perspectiva do aristóteles portanto o instante também por isso imitar é uma coisa genuína uma tendência natural e positiva a arte imitativa ela não prejudica a experiência e mais do que isso né quando a poesia imita os comportamentos condenáveis e reprováveis ela é dupla a gente não contrário o platão achava que a gente tinha que ir expulsar os poetas porque com deus narravam os mitos eles mostravam a diversidade do comportamento inclusive mostrando que heróis e deuses faziam
coisas erradas quando o mito mostrava isso na visão de platão o mito tava atrapalhando a educação já ortóteses pensa de forma diversa ele entende que essa diversidade do caráter é uma coisa real e se existe existem pessoas capazes de fazer essas coisas então vê na arte essa diversidade do karatê inclusive com a gente vê uma atitude reprovável e condenável é algo positivo no sentido de um elemento educativo e aí justamente por isso um elemento central na estética do aristóteles é a ideia de catarse de purificação o aristóteles acreditava que quando a gente contemplou uma tragédia
e vim te ver o sofrimento dos personagens e toda a diversidade do caráter humano a gente se coloca no lugar e os personagens a gente sofre junto com eles é mente aprende com eles nesse sentido a arte proporcionam tipo de prazer que não prazer de deleite para você ver o sofrimento do outro mas sim um prazer de pulga ação de sublimação e nesse ti e tu quer exatamente chuva sempre que ele vai utilizar quando fala a tragédia o teatro tem um papel que é importantíssimo na conexão das pessoas com a cidade e com a ideia
de justiça imagina por exemplo uma época na antiguidade em que se faziam sacrifícios humanos para expurgar os pecados e acalmar os deuses é pra gente tava nisso não então se fazer esse tipo de sacrifício porque se acreditava que estava em dívida com os deuses dessa atitude brutal super violenta se passa a fazer sacrifício de animais que algo menos agressiva ao ser humano mas ainda sim uma atitude de violência constante e privação é importante lembrar que era o sacrifício é se privar de uma coisa importante no caso sacrifício humano na própria vida humana e no caso
sacrifício animal e um animal que podia servir de alimento para cada comunidade então é mostrar para os deuses devem estar abrindo mão de uma coisa importante porque a gente tá arrependido porque a gente quer de fato se conectar com eles e que eles retornem para a gente aquilo que a gente precisa que é o alimento a saúde o não é uma colheita melhor sei lá alguma coisa nem sente ah então era uma tentativa de reconecta a comunidade com os deuses pensando que religião é isso né vai ligar e é legal que o mundano a esse
plano espiritual só que desse elemento do sacrifício né desse tipo em violência que era uma violência literal se passa depois a representar o sofrimento por meio do teatro então promulgação se torna um ato psicológico que é mediada pelo poder da arte que um dia ali centenas talvez milhares de pessoas que não eram apenas espectadores mais seres humanos sentindo aquilo que eles viam no palco algo muito mais próximo de uma experiência religiosa talvez até do que é da nossa visão contemporânea de contato com a arte que a arte como entretenimento aristóteles não pensa arte como entretenimento
a comédia alguém mente é só que a gente não tem o texto ele falando sobre isso mas quando ele fala da tragédia está pensando nessa visão mais ampla da arte como algo que se conecta com esse elemento subjetivo e que educa para a vida de uma maneira muito direta muito significativa mas e você o que que você acha você acha que a arte o que poderia transformar de tocar as pessoas de educar por meio das experiências obrigado por você ter me acompanhado em mais esse vídeo eu espero que você tenha gostado a discussão que eu
fiz até aqui e é isso até a próxima tchau g1 e aí e aí e aí e aí e aí
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