As Contribuições de Afrânio Coutinho para a Historiografia da Literatura Brasileira.

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Fernando Tremoço
As contribuições de Afrânio Coutinho para a historiografia da Literatura Brasileira ao longo do sécu...
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Oi bom dia boa tarde boa noite bom vamos lá continuidade Então as nossas aulas de literatura brasileira E hoje nós vamos falar sobre as contribuições de Afrânio Coutinho para a historiografia da literatura brasileira ao longo do século 20 a gente vai entender um pouquinho qual foi o método crítico que ele se baseou ali que ele tratava mais sobre os aspectos estéticos das obras Ok bom a essa esse material é baseado no material dos professores André Dias e uma Rebelo e Marcos pasche Ok bom o aspecto biográfico histórico como a gente viu nas outras aulas eram
critérios importantes nos estudos do texto literário né os trabalhos de crítica literária no final do século 19 serviam basicamente esse critério sociológico estudando a obra em função dos aspectos relacionados a origem ao ambiente as influências da raça e do meio e a o autor a gente percebe também que por exemplo Veríssimo Brasil um pouco das a essa questão da biografia do autor a crítica literária ela passou ao longo do século 20 por várias mudanças na maneira de conceber o seu objeto de estudo da o seu o seu foco de estudo ali as transformações No enfoque
crítico aconteceram em função do próprio desenvolvimento dos estudos da teoria da literatura que agregam novos conceitos e reformularam outros conselhos dados bom Afrânio Coutinho ele lançou em 1955 a obra a literatura do Brasil que era composta com a contribuição de outros estudiosos da literatura brasileira e representou assim um Marco na historiografia literária nacional é em virtude das a dessa sua proposta estética e e estilística baseada numa periodização por estilos e não por momentos isto os políticos é i.a. a coleção é idealizada por ele é idealizada e dirigida por ele assume então um lugar de destaque
no antes nos estudos literários do Brasil é inclusive até então eu pego esse momento eu não tinha uma distinção o que era uma resenha ele quer uma crítica literária né os desenhistas ou criou um Cristo ele comentava ali os recentes lançamentos das colunas dos rodapés dos jornais nas colunas e das rodas nos rodapés dos jornais é de ali se destinavam uma discussão literária é os ensaios de Coaching então contribuem para uma renovação da crítica literária brasileira que deixou de ser um mero comentário é frágil querido uma concepção científica e metodológica e tornei acaba tornando ali
a crítica literária como algo é científico é uma das grandes contribuições do trabalho dele foi a discussão levantar a origem da literatura no Brasil a é embora não se tenha um ponto de vista úrico sobre esse início né ou sobre o nascimento muitas foram as tentativas de sistematização da periodização literária já deixo claro aqui que ele não concorda ele não naquele não Concorde mas ele tem um ponto de vista diferente de Sodré é deveria esse o de Romero tá então assim a gente vai perceber que ele pensa um pouco diferente na concepção da origem da
literatura brasileira bom a literatura no Brasil de Afrânio Coutinho a publicação da obra literatura no Brasil em 9955 representa um grande Marco para a tradição historiográfica brasileira em virtude da apresentação de uma nova proposta de crítica literária construída em cooperação com várias estudiosos Lembrando que ele não sei se sozinho né o projeto foi planejado organizado e dirigido por a frango o ou seja ele era o responsável pelo arcabouço teórico-metodológico é pelas concepções age Literatura e historiografia literária adotadas na obra ele ali o cabeça do zero assim procurando privilegiaram literário o Stephanie seus estudos e posições
acadêmicas estão aqui ó ele privilegiava o que ela literário a parte estética e as posições acadêmicas tá na introdução geral da sua obra A dessa obra Afrânio Coutinho apresenta os fundamentos metodológicos que irão configurar a obra a obra da historiografia literária construída essa obra Ela foi com a gente viu construído de uma maneira coletiva ele não fez sozinho e era o aí o cabeça mas ele não fez Fazer nessas linhas introdutórias a literatura É apresentar em duas distintas percepções e concepções e perspectivas aprenderá que a literatura como consequência de fatores históricos sociais e culturais tá
a temperatura como consequência de fatores históricos sociais e culturais é algo extrínseco a obra ao externo tá digamos assim e tem também ao segundo ponto de vista que seria literatura como uma manifestação de natureza estética e aí algo interno intrínseco à obra O que que ele diz aqui é que com seja natureza estética o fato literário é histórico táxi e acontece não pega no espaço determinado então a nele a nesse neste fato literário ali elementos históricos que envolvem é que o envolve com uma capa e o articulam com a civilização a personalidade do autor a
língua a raça do autor o meio geográfico meio social o momento da e tudo que é que ele tá falando aqui ó personalidade do autor a língua raça seria o meio extrínseco meio externo tá e o que ele fala sobre os elementos estéticos que constitui o núcleo da da dessa obra é uma característica aqui que traz também é algo para as características peculiares e fazem assim distinto de tudo ou de todo o outro fato então a gente percebe que é o tipo de narrativa o enredo o motivo o ponto de vista os personagens a linha
a linha melódica o movimento a temática para os olhos estilo ritmo é métrica tudo isso é intrínseco e intrínseco Ok então o que o que é externo a personalidade do autor a língua raça o momento o meio geográfico social e etc e o que é isso escolhe o estilo o ritmo é métrica a a linha melódica o personagem isso é intenso com esse novo critério de análise chamada de anti romeri ano a história literária não deveria investigar o ambiente Store e tchau do surgimento das obras e sim destacar e valorizar a qualidade estética da obra
deixando em segundo plano os fatores históricos e biográficos cinzas por exteriores a a criação literária então aqui em ele começa a tratar a obra só qualidade estética tá ele trata a parte intrínseca da é especial que os outros autores formam com o Sodré como Veríssimo com o próprio combustível Romero destacavam muito mais do que elas têm o Romero um filho nem prata muito do que é literário exatamente né mas só Brenda fala é ele contextualizar aí o Veja isso nas aulas passadas que ele fala sobre o momento sócio-histórico aí é histórico-social da do Brasil Então
aqui não quer saber ele quer saber de utiliza isso Óbvio mas ele deixa em segundo plano isso foco dele é os videos da parte estética da obra tá porém a coletânea a literatura no Brasil resultou num conjunto de ensaios dos quais pouco pouco se atém aos estudos que preconização critérios técnicos conforme a proposta inicial de seu organizador a perna o dia e aquilo né gente a gente se propõe a fazer alguma coisa mas o meio do caminho acaba que ou não dá certo que a gente está pretendendo fazer ou não sabe muito bem qual a
gente pensava e é supernormal é por isso que isso aqui é não é algo como é que se diz estático não é parado não é ai mas é só isso não Ele pensou em algo ele queria focar na estética mas é na parte da literatura do Brasil né nessa nessa obra nessa coletânea acaba que ele não dá muita atenção a esse critério se você metodologia descrita estéticos Tá mas ele se diferencia assim nos outros autores vão um e apesar dessa problemática obra representou uma ruptura em relação a tradição naturalista iniciada consigo Romero E aí você
ficou perdido aqui quem é Sílvio Romero o que que essa tradição naturalista eu indico que você volte algumas aulas para assistir o que a gente já falou sobre se viu uma mera ok e por um lado da continuidade ao cânone de autores estudados até então por outro ele acrescenta novos autores e obras aquele Canon tá nos estudos sobre o regionalismo na ficção no volume dedicado a era realista apresenta vários autores de obras ignorados pelos historiografia historiógrafos anteriores o livro introdução à literatura no Brasil de 1959 pode ser considerado a síntese do pensamento crítico de Coaching
é que ele tinha tentado ali apresentar na literatura do Brasil na obra de 55 é ele faz ali então todos na literatura no Brasil em 59 e acaba que ele faz uma simples do que queria apresentar e o livro então é composto pelas seis e produções escritas pelo autor para a última obra tá a exposição do estudo Segue uma periodização estilística E aí percebam aqui que ele começa a trabalhar com essa periodização o gol parecido com aquilo que a gente vê hoje em dia no ensino médio o efeito tá aqui é aquela coisa do Barroco
barroquismo arcadismo romantismo Realismo até chegar ao modernismo tá nesse momento aqui dele ele vai até o modernismo beleza a visão de Coutinho é de que a periodização e literatura não não deve obedecer a critérios de ordem política a partir de dicotomias como é Colonial versus nacional que a gente precisa lembrar por exemplo que é por exemplo Sodré separava a literatura brasileira se divide em dois momentos a literatura Colonial EA literatura nacional e do aquele e não vai fazer essa divisão é política digamos assim tá mas se a partir de critérios estilísticos e estéticos por isso
o autor deixa de lado a designação de literatura Colonial E agora temos barron porque se a gente não reparar eles falavam lá de Quinhentismo e Barroco ou então a literatura Colonial tá a literatura Colonial porque ainda tinha essa concepção e vinha de uma literatura com uma estética portuguesa Ok em conceito de literatura brasileira Coutinho diz que Colonial é um termo político sem nenhuma validade sem sentido em crítica e história literária e mais adiante o autor esclarece Colonial devesse ser entendido como literatura produzida em função dos interesses colore colonizantes toda a literatura daquela daquele tempo seria
praticamente uma literatura anticolonial a anti-colonial E aí aqui é um ponto de vista dele aí você pode concordar ou não o que ele traz tá então a visão de do Coutinho é diferente da de Silvio Romero Veríssimo Sodré considerada literatura produzida aqui no Brasil como um ramo da Portuguesa considerável essa literatura ali do antes do Romantismo tá antes do Romantismo depois disso eles começa a considerar que tá tem uma quebra da do estilo de literatura portuguesa etc mas ali até no momento barrou ainda a essa concepção da literatura portuguesa tá então seria um a literatura
Colonial Beleza então a importância de Afrânio Coutinho para a crítica literária brasileira que vai ser só uma produção depois a gente vai ver realmente a fundo o que que ele faz tá o crítico é considerado um dos maiores estudiosos e historiadores literários brasileiros do século 20 Afrânio contribuiu para o registro da memória Oi e para consolidação de uma tradição crítica muito rapper acho que precisa ser sempre lembrada e realiza quem embora tem esse dedicado aos estudos da literatura brasileira teórica e crítica e história da literatura ele também desenvolveu trabalhos em diversas áreas do conhecimento como
História e Educação a preocupação do escritor em suas obras é com a busca a busca de uma definição do brasileiro e do caráter Nacional Tony buscava sempre ali essa parte de trazer o que era brasileiro que era de caráter Nacional dentro de suas obras perseguir em trabalhos como introdução à literatura do Brasil a tradição afortunada conceito da literatura brasileira pensava que a diferença de tempo gente ele vem trabalhando com isso em seus trabalhos Podemos destacar dois principais objetivos o primeiro era analisar discutir e divulgar o cânone da literatura brasileira por isso que ele fala tanto
da literatura brasileira introdução ali o conceito da a brasileira e tudo mais literatura no Brasil enfim e segundo era refletir sobre o papel e o lugar da crítica literária Ok o estudioso priorizou o trabalho crítico voltado para a interioridade da obra lembra caráter nutrício tá sobre os elementos formais e estruturais e estéticos métrica rima é tudo que tem a ver com o que é interno com o núcleo da obra A personagens e enchem por isso o autor questiona A Crítica de jornal que para ele não teria comprometimento com o estudo acadêmico ou com qualquer fundamentação
metodológica EA crítica sociológica que estabelece relações de causalidade entre Literatura e sociedade cometendo as obras em meros documentos então ele criticava tanto ele questionava tanta crítica de jornal quando a crítica sociológica tá para o autor os aspectos sociológicos históricos econômicos e técnicos podem ser a geração dos estudos literários olha ok mas apenas como referência complementar ou seja ele deixa isso em segundo plano ok ele foi um dos principais perdão ele foi um dos primeiros estudiosos a considerar que lá desde Anchieta do lado de Anchieta a literatura produzida no Brasil era diferenciada da lusitana não só
na demonstração de um caráter Nacional como também na afirmação desse caráter e já diz ali e desde o do de Anchieta já tinha a literatura brasileira pão não era mais uma literatura de colônia era uma temperatura do Brasil a periodização literária também foi discutida pelo alto para ele a história da literatura não deve ser reduzido a uma série de nove sem qualquer significado por fou elas não ele periodiza vá ele utilizava isso daí ele ele utilizava essa cronologia fizer assim a estabilização por ele não se eu tava que a gente vê muito no ensino o
ensino das escolas do dia Barroco do ano tal tal tal naturalismo durante tal tal tal do Romantismo do ano tal tal tal parnasenismo papai ele não fazia isso mas ele ele ele entendia que isso era importante também ele esclarece e esses períodos não devem ser meros nomes ou etiquetas arbitrárias nem se ações de tempo puramente mecânicas ou didáticas sem ligação com conteúdo realidade interna das ervas e força semanetes que a geraram dirigiram olha só que interessante porque ele coloca ele se importa sim com a parte interna a parte estética e etc mas ele diz aqui
que é uma realidade interna da época é a força imanente caras que geraram essa esses movimentos literários tá aonde vai ser com a sua mulher que ele disse também que seja importante essa concepção histórica e social sim Apesar dele deixar claro que ele acredita mas que deve ser colocado em segundo e contudo ele não rejeita cronologia em seu estudo estético das obras e essa cronologia é apenas um Marco secundário de referência história as coreografia literária no Brasil anterior a Silvio Romero consiste em várias Exposições descritivas catálogos bibliográficos ou antologias da finalidade de idade é a
partir de Silvio Romero que a questão da historiografia passa a ser discutida em bases científicas com a preocupação metodológica conceitual a gente viu isso lados nas primeiras aulas e Silvio Romero foi ele o precursor desse movimento de crítica textual literária né com ele os livros de história literária passam a adotar uma concepção historicismo e sociológico no estudo das obras o conceito político adotado para a periodização da literatura e a gente vê se de movimentos históricos também servindo como o diocilio ali para dar o período da literatura e Silvio Romero José Veríssimo e né a perna
que Sodré o problema da periodização está intimamente relacionado com o caráter de nacionalidade tá lembra disso que tinha a literatura Colonial na literatura Nacional associado à a sucessão das épocas tem como objetivo descobrir a partir de que momento a nossa literatura ganhou feições próprias diversas da Lusitânia a Afrânio Então contest esse método de Dota a moderna periodização estilística essa concepção de estudo consegue literatura como um fenômeno autônomo e constante em constante relação com as outras formas de vida humana ou seja ele diz que a literatura brasileira já estava aqui desde que se tinha pessoas aqui
ó é o que ele pensa tá a a literatura é portanto uma arte a arte da palavra Isto é um produto da Imaginação criadora cujo lei específica a palavra e cuja finalidade é despertar no leitor ou ouvinte o prazer estético se você não entendeu muito bem aqui esse conceito de e eu Jean Oriente a assistir à aula de teoria da literatura que explica as concepções de literatura é um pouco abstrato da Porque não você não consegue conceituar 100% que a literatura mais um dos conceitos a justamente isso da arte da palavra porque a literatura vão
utilizar a língua lavar utilizar a palavra lavar utilizar ali a imaginação ela quer emocionar o leitor Vamos colocar assim então é importante se você tem dúvidas vai lá na nossa frente de teoria da literatura e procura o vídeo que tem ali vou ver se eu deixo passando no caso mas caso não deixe você dá uma procurada aqui na playlist teoria da literatura em conceitos de literatura brasileira Afrânio Coutinho menciona as suas conclusões sobre o estudo estilístico estilístico das obras a periodização se relaciona com o centro da história literária a periodização estilística apresenta a formação da
literatura brasileira com como em qual a origem da civilização e do homem brasileiro no século 16 aquilo que ele diz que começa a literatura brasileira junto com a origem da civilização aqui do homem brasileiro tá a periodização estilística põe em relevo a especificidade da obra literária a periodização estilística proporcionar uma visualização de conjuntos das Artes lembra que ele disse que a literatura à arte da palavra a periodização estilística valoriza estilos tidos como secundários ou de decadência como o barro e ajuda a classificar obras que não tinham lugar certo nas histórias da literatura a compreensão das
origens de Barrocas da literatura brasileiro destaque de figuras brasileiras com Anchieta e Gregório de Matos e António Vieira a compreensão de que os estilos literários não se sucedem não se implicam em tricot e entre cruzam-se Inter se superpõem influenciam-se mutuamente ele acredita que a história literária é a história da literatura enquanto a E aí também é um conceito do que é história literária O que é historiografia tão aquele diz que a história literária é a história da literatura a enquanto arte e ela deve ser mais literária do que história que é o ponto de vista
dele a história da literatura deve ser mais mais literária do que história a nesse sentido as obras devem ser encaradas não como documentos não Como acabou seus históricos nos colocaram assim onde você ver as funcionalidades as épocas dos nos sociais geográficos ou biológicos a mais como o monumentos artísticos essa perspectiva adotada pelo autor reconhece a ligação da obra ou o tempo e os passos da ele diz aqui a obra ela estava nesse período a neste acontecimento o momento mas não condiciona a fenômenos sociais econômicos jurídicos e políticos porque a pra ele foca na parte estética
na parte artística da obra pessoal eu espero que vocês tenham gostado clica no gostei e se inscreve no canal se você ainda não está inscrito chama mais pessoas aqui para o nosso canal Vamos compartilhar conhecimento ok eu espero vocês nosso próximo. Um beijo
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