gente bom dia Como vocês estão aí tudo bem esse é um vídeo sobre essa ideia do desamparo aprendido não sei se vocês já Ouviram isso já ouviu falar seu problema é que você tem um desamparo aprendido que é um conceito meio da Psicologia positiva e obviamente como se você conhece esse canal você sabe que não é isso que a gente faz aqui mas hoje a gente vai tentar entender o que que é o desamparo que negócio é esse que a psicanálise chama de desamparo e que a gente como é que a gente entende aqui o
desamparo que é muito importante se entender eu acho e depois como é que a gente poderia compreender uma espécie de correlato assim na nossa na nossa perspectiva do mundo que é a neuropsicanálise sobre o que seria esse aprendizado que leva a uma repetição de cena que a gente poderia chamar de desamparo apreendido né e vou botar embaixo um monte de vídeos que você pode e se aprofundar nessa questão especialmente um chamado a Master Class das suas cagadas Tá bom me diz aí depois o que que você que que deu para tirar do vídeo e a
gente continua falando tá até já gente [Música] valeu mais sintética possível sobre o que que é a ideia do desamparo né pra gente conseguir clarear isso até talvez ter isso esse ess esse lugar aqui para para poder ter como referência a ideia é que a gente nasce e quando a gente nasce a gente tem um um desvio assim uma uma uma um aumento de incerteza enor enorme né a gente tá dentro da barriga e todas as nossas necessidades estão sendo satisfeitas sem que a gente precise fazer nada tá elas estão rodando ali e a gente
tem uma série de soluções que estão dadas pelo próprio ambiente né então o sujeito que é o bebê o feto naquele momento não tem que fazer nada para resolver isso e aí a partir do momento que a gente nasce né a gente sai dali e a gente tem um aumento de de incerteza enorme né gigantesco né que esse bebê veja não vai processar conceitualmente ele vai experimentar né ele vai sentir e isso é seria essa espécie de angústia ligada a esse primeiro momento né então tudo tava previsto estava funcionando tava dentro das zonas de previsão
ali e de repente tudo sai né então Eh essa situação Aí essa primeira Situação essa primeiríssima situação é o que a gente poderia entender como desamparo né É uma situação de estar jogado aí Como dizia um professor que eu tinha de filosofia sobre a ideia do da do heidegger que é o estar aí estar jogado aí caído no mundo né Então esse é o momento né disso que seria o desamparo maravilha mas aí a partir daí a gente então vai encontrar um um um objeto ou alguns objetos mas essencialmente um objeto é que a gente
poderia pensar eh num num modelo padrão estereotípico Ou arquetípico se a gente quiser é a gente vai pensar aí o encontro com objeto mãe né que é essa que é esse Contorno esse continente isso que vai dar eh vai dar borda para esse para esse desamparo e vai amparar esse desamparo é interessante que a gente fale ao contrário né como se o desamparo fosse ausência de Amparo mas nesse sentido o desamparo vem antes do Amparo né se a gente tirar o o o a gestação da da do da da operação do pensamento aí e aí
a partir daí esse bebezinho vai ter essa essa impressão de que ele foi contornado né Então essa angústia básica que ele sentiu que esse é o desamparo essa angústia básica que ele sentiu vai ser contornada por esse outro objeto e aí ele tem a impressão de que isso tá resolvido daí a relação e vamos dizer assim e dessa desse bebê uma relação de dependência de fato dependência nesse primeiro momento com esse outro objeto né com a mãe pode não ser a mãe mas com essa com esse outro que vai fazer desse Contorno né É como
se nesse especialmente nesses três primeiros meses aí de vida eh é como se essa essa gestação continuasse fora do útero né é uma gestação externa vamos dizer assim você continua precisando daquele daquele objeto que agora vai ativamente ter que dar conta de você e te alimentar e não é mais o cordão umbilical que tá fazendo esse processo de alimentação de né de envio calórico ali de energia agora você vai ter que conseguir mamar Então você vai ter que conseguir chorar você vai ter que conseguir dar conta de fazer alguns movimentos Ah para sobreviver né E
aí os primeiros reflexos TM a ver com isso reflexo de sucção o choro né esses primeiríssimos reflexos que o bebê Tem que apresentar logo de cara para para ele dar conta senão ele tá ele tá Em Maus Lençóis mas aí a gente então vai ter esse outro objeto que vai e dar conta de de contornar isso né Essa é a ideia só que esse esse só que esse esse contornar isso nesse primeiro momento acontece de maneira Incondicional o bebê não tá né pensando como que eu tenho que fazer ou como que eu não tenho que
fazer para isso eh o que que eu qu eu tenho que ser Para para que essa minha mãe venha ele chora e essa Mãe vem né então e esse bebê não consegue compreender que isso é uma situação provisória ele não compreende isso ele não tem condições de compreender isso ele não tem por compreender isso ele não mas ele então não percebe que isso é provisório que isso vai passar ele acha que aquilo ali é o é é o que é é o que tem que ser então a minha mãe tem que estar aqui comigo sempre
que eu PR né E no primeiro momento é muito mesmo assim essa essa essa estere gestação essa gestação e e que tá que continua aí do lado de fora que você precisa acolher eh Então mas veja de novo a condição dada é a do desamparo o Amparo é o que vem depois mas o bebê não compreende isso dessa forma ele entende que ele tem que estar amparado e a gente vai caminhando na vida ao longo desse primeiro ano dos primeiros anos a gente vai começando a experimentar mais saídas dessa mãe ou dessas mães ou desses
pais ou dessas figuras que dão Contorno pra gente e essas saídas a cada saída desse outro o que a gente tem é um retorno a essa angústia que tá ligada a esse desamparo né E a gente tem um retorno uma espécie de lufada de angústia ou uma lufada que tá ligada a uma notícia da morte no final das contas né porque esse desamparo aqui é uma notícia da possível morte né então se eu não for amparado essa angústia é necessária para que esse esse sinal de angústia é necessário para que você faça alguma coisa para
que esse Amparo retorne né então isso vai passando assim e aí aos poucos esse bebê começa a compreender algumas coisas sobre o mundo né começa a compreender que de fato a mãe é um objeto separado dele que a mãe sai ele ainda não entende por outro lado o trabalho os outros os outros Desejos da mãe tudo que existe para além dele então esse essa etapa do narcisismo né que é também como a gente chama o fim do Amor Incondicional Então nesse momento esse bebê começa a entender assim que tem algumas condições nas quais a mãe
vem ou a mãe vai né dependendo talvez do que ele faça Não faça de como que ele ele começa então pensar se eu faço assim ela vai embora se eu faço assim ela se se aproxima se eu sou agressivo ela se afasta então ele começa a conceber explicações muito rudimentares para essas saídas que várias vezes não tem nada a ver com ele mas ele começa a fantasiar então explicações para porque que esse esse amor não tá esse Amparo não tá mais presente o tempo todo e isso que a gente chama aqui de inadequação Então tá
E aí esse esse quando ele começa a se dar conta dessas saídas ou ele começa a perceber a mãe como objeto que existe ele como separado dessa mãe mãe ele vai experimentar isso assim como um abandono então ele vai experimentar uma condição que é dada que é do desamparo como um abandono né ele não vai entender eu sempre estive nessa condição eu sempre estive numa condição de incerteza né viver é isso mesmo é tentar mas sem ter certeza de que você vai conseguir ele não vai entender isso assim ele vai experimentar isso como abandono porque
para ele a condição do Amparo tava dada né porque ele não tinha um arcabouo conceitual para conseguir dar conta de entender que aquilo era uma condição transitória não tinha então eles esse bebê Experimenta esse esse essa condição básica do desamparo como uma condição de abandono Esse é o abandono né E aí nesse momento esse bebê faz protestos né ele faz ele tenta ele pode se fazer protestos mais raivosos ou protesto mais de demanda assim de pedir a aproximação deixar o Valeiro passar e eu continuo de uma nocado vai levando aqui na minha mão Aita que
a firma aceitando cãoo bom E aí quando esse bebê começa a fazer esses movimentos seja de protesto que tá ligado a necessidade de brigar né seja de choro e tal e de pedido de demanda que tá mais ligado a necessidade de ser amado o que pode começar a acontecer aí é um movimento de rejeição de Não não vou pegar você agora e aí isso é experimentado como rejeição não é a saída do outro mas é o não né eu não vou pegar você agora e aí isso aumenta os protestos e quanto mais protesta mais a
mãe se afasta e mais você começa a conceber os mecanismos de inadequação né então ah tem algo de errado comigo e por que que eu tô fazendo isso porque ela tá saindo você não entende que é a condição natural da vida então quando isso ocorre na nossa idade adulta essa mesma rejeição de certa forma eh retorna lá e e alguém te diz não você não entende que a condição natural da vida como por exemplo eh alguém que quer ter um espaço só de de uma certa individualidade de poder ficar sozinho um pouco né seja um
parceiro ou uma parceira a filha um amigo quem quer que seja a gente não entende isso assim a gente retorna O que ocorre com a gente é que a gente retorna pra situação que tá marcada lá como uma situação de rejeição e que tá ligada a esse abandono e que no fundo dis do desamparo né então o nosso trabalho aqui é conseguir fazer essa decomposição para entender onde que esse esses aprendizados de cenas ou de ideias ou de concepções foram feitas sobre a gente mesmo eh foram feitos sobre a gente mesmo Nos quais a gente
não consegue reconhecer o desamparo e experimenta eles como rejeição e ou como abandono né então no final das contas aquilo que a gente chama de abandono é está ligada a uma condição de desamparo é claro que os abandonos podem ter ter ocorrido mas esse não é o ponto da história né É claro que que as rejeições podem ter ocorrido vamos dizer assim mas a o nosso trabalho é tentar voltar e compreender esse essa nossa condição básica de desamparo né na vida né uma condição de incerteza e como que a gente pode negociar para ter momentos
de conexão momentos de vinculação mas que ainda assim não não dão conta de garantir a nossa sobrevivência né porque isso não tem como garantir Então são momentos de encontro entendeu momentos de conexão e não anulações do desamparo né coisas que anulem o desamparo isso não existe mais né justamente porque o amor incondicional acabou e você compreendeu a existência da Morte e aí no livro lá isso é efetivamente o capítulo são os dois últimos capítulos 9 e o 10 mas essencialmente essa a ideia do desamparo Deu para entender me fala aí se deu se deu para
entender que eu que eu posso desenrolar mais também [Música] l [Música]