[Música] bem-vindos ao nosso canal YouTube com a pergunta do nosso Falando nisso de hoje terceira rodada com Natália Gonçalves e sua pergunta infinita sobre a relação do Real com os quatro discursos as formas da sexuação E hoje vamos entrar nas estruturas clínicas né então o Real nas estruturas clínicas ele vai aparecer de duas grandes maneiras né nas figuras que marcam a a Constituição da nossa subjetividade né que por exemplo Lacan vai discernir na sua releitura do complexo de épo a função então do pai Imaginário né que é que é essa nossa representação social essa representação
Eh mais ou menos convencional do que que a gente espera de um de um pai num numa Cultura em outra o pai simbólico que é aquele que opera a castração é aquele que simboliza a falta pro sujeito é aquele que fixa a posição do fala no campo do outro que determina de certa maneira a produção de ideais a partir do ideal do Eu e há uma figura que aparece aí uma figura nova que é a figura do pai real né o pai real ele emerge no segundo tempo do épo e ele tem uma função bastante
específica né ele priva h a mãe e a criança da mãe e ele impede que a mãe reabsorvem que são as duas figuras da separação e que marcam esse segundo tempo do complexo de éb nesse segundo tempo a gente tem uma distinção fundamental do ponto de vista determinação das estruturas clínicas que é a decisão de que será que o sujeito vai responder a à castração que tá lhe sendo apresentada né Por este pai real por este pai impronunciável por este esse pai que é em geral marcado pela presença da angústia né a presença do empírica
assim do do do pai real a gente percebe quando a criança que tá tava indo bem que tava Graciosa e brincando começa a ter pesadelos começa a ficar inibida começa a ter medo da bruxa começa a se perguntar coisas sobre os homens malvados isso tudo indica né uma insuficiência de imaginara de encontrar imagens para isso que seria o pai real mas também um interesse na ligação desse pai real com a sua potência de simbolização e de orientação do desejo nesse segundo momento do complexo de épo a gente tem uma espécie de Sub encruzilhada primeiro Encruzilhada
das estruturas clínicas se dá entre ou o sujeito inscreve né faz uma uma afirmação faz uma inscrição do no no simbólico ou ele forac clui ele suspende essa inscrição em vez de fazer uma Bear ele faz uma FF ele foru ele não quer saber de inscrever na no simbólico isso vai voltar então no real Então a gente tem uma a primeira incidência do Real ligado à Psicose como aquilo que não se inscreveu no simbólico volta no real da Alucinação do Delírio das eh dos fenômenos elementares e dessa intrusão de gozo que caracteriza a Psicose nas
suas formas melancólicas nas suas formas esquizoides e nas suas formas paranoicas Mas voltando ao segundo tempo né quer dizer se o sujeito h vai adiante ele se depara com o que fazer com o pai real O que fazer com essa privação que ele traz consigo né uma solução é eh concluir por um processo de negação chamado recalcamento né que esse pai real pode ser evitado e recobrado né sua função pode ser recobrada simbolicamente mas também pode acontecer um outro uma outra resposta ao ao pai real a castração que ele tá trazendo consigo eh que está
caracterizada no Freud Pela expressão feln né ou seja recusa desmentido e que é o processo estruturante an da perversão então neurose ou perversão elas se definem por uma certa resposta do real e resposta ao real esse uma espécie de elaboração desse segundo tempo do complexo de é haveria uma terceira incidência do Real ligada às estruturas clínicas portanto uma incidência diferencial e que diz respeito ao resíduo dessa operação né oo resíduo dessa operação de aquilo que se inscreve no simbólico volta no simbólico no caso da neurose volta no imaginário no caso da perversão que seria o
caso do fetiche né Então essas duas respostas e também algo análogo na Psicose vão organizar esse resíduo que é a fixação da fantasia né aquilo que vai definir a partir de então a modalidade de gozo preferencial o objetivo preferencial de gozo e as condições para amor isso que marca definitivamente nossa nossa relação com o outro e esse objeto residual de toda essa epopeia que passa pela castração que passa pelo complexo de edb e pelos outros complexos de intrusão e de desmame o vai se reduzir ao que o Lacan chama de objeto a do objeto a
causa de desejo esse objeto é então um traço uma forma de incidência ou de inscrição do real no sujeito e a forma mais clinicamente mais conhecida de como o objeto a aparece em falta ou na falta da falta é angústia né Então as modalidades de angústia as modalidades desejos as modalidades de gozo são três maneiras pelas quais o Real incide determinando as três estruturas clínicas Psicose neurose e perversão é isso Natália concluímos a jornada e para falar sobre esse ah os três seminários do Lacan as formações do inconsciente seminário número 5 de 1957 58 o
seminário livro seis o desejo de interpretação recém lançado né mas eh que é referente aos anos de 58 59 e o seminário 4 eh de 56 e 57 chamado a relação de objeto então nesses três trabalhos a gente vai encontrar uma boa síntese das da teoria das estruturas clínicas complementaria também eh pra gente pensar o Real em todas essas incidências nos discursos da sexuação nas estruturas clínicas uma boa compilação feita por tomers la and the né é uma é um recorrido de e pontos de inserção do real e Lacan e publicado pela mcmillan ã um
seminário que é decisivo pra reformulação para pro fundo a abertura dos trabalho sobre sobre conceito de real seminário s a ética da psicanálise Então nesse seminário o real vai aparecer como a coisa né o real vai aparecer com uma coisa perdida com a mãe com objeto primeiro isso vai e marcar muito ã o o destino subsequente dessa categoria no lacamp finalmente quem se interessa por uma arqueologia do conceito de real vai encontrar isso num dos Capítulos do meu livro porque Lacan eh publicado o ano passado mas especificamente Gênese e estrutura do conceito de real em
Lacan sexuados estruturalização os nossos vídeos falando [Música] nisso