Boa noite, meus irmãos e irmãs. A graça e a paz do Senhor Jesus! Eu agradeço o convite, a oportunidade, ao pastor, ao conselho da igreja e também aos membros e visitantes por poder compartilhar com vocês nessa noite.
E não só hoje, mas também amanhã e no domingo, ainda, né? Um pouco sobre o livro do Apocalipse, esse livro que eu realmente tenho me debruçado sobre ele já há vários anos e estudado bastante. É uma fonte inesgotável, né, de estudos.
Ninguém jamais vai conseguir alcançar todas as grandezas e a profundidade de tudo que está revelado na Bíblia, e ainda mais em um livro como esse, que tem lá os seus mistérios, né? Como a gente fala por aí. Vamos começar lendo a palavra de Deus então, justamente no primeiro capítulo deste livro.
Nós vamos aqui dividir em duas etapas esta mensagem, né? Vamos falar aqui, umas três horas, depois mais umas cinco. .
. não, tudo isso não, né? Vamos falar aí uns cinquenta minutos.
Se alguém puder me avisar quando chegar perto disso, a gente faz um intervalinho e volta depois, porque eu quero hoje tentar cobrir os capítulos 1 a 3. Amanhã cedo, os capítulos 4 a 7, ok? E aí vai sobrar os capítulos 12 a 15 para a noite de sábado e domingo.
Só Deus sabe o que pode acontecer, né? Muito bem! Vamos ler o que está escrito.
Diz assim: "Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer; e que Ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João, o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo quanto a tudo que viu. Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo. " João às sete igrejas que se encontram na Ásia: Graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era, e que há de vir, da parte dos sete espíritos que se acham diante do seu trono, e da parte de Jesus Cristo, a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o soberano dos Reis da terra.
"Aquele que nos ama e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados e nos constituiu o reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai; a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o transpassaram, e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele.
Certamente. Amém! Eu sou o alfa e o ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.
" Até aí, por enquanto, a leitura da palavra de Deus. Vamos já começar a dar algumas informações introdutórias, né, a respeito deste livro, que é um dos mais mal compreendidos ao longo de toda a história da humanidade. É um dos mais conhecidos também, né?
O Apocalipse tem assombrado as pessoas por muitos séculos e causado também muitos problemas nesse sentido, porque não poucas divisões e desentendimentos que surgem no meio da igreja resultam da leitura e da interpretação deste livro. Muitos se perguntam já assim, né? "Por que será que Deus quis nos dar, por fim, né, para finalizar a escritura?
" Aqui nós estamos, né, no livro número 66 da escritura. "Por que é que Deus quis nos dar um livro assim, com toda essa complexidade, com toda essa dificuldade? " E a resposta é: porque Deus quis!
É, né? Não tem outra justificativa mais direta. A gente poderia, claro, falar coisas como, por exemplo, "bom, era um dos estilos literários que estavam em voga lá naqueles dias, no primeiro século", e isso é verdadeiro.
Sabe por quê? Porque, quando Deus decidiu falar conosco através da sua palavra, da escritura, quando Ele decidiu inspirar pessoas, homens, para que através deles fosse registrada a palavra de Deus, Deus não inventou gêneros literários para fazer isso; ele aproveitou os que já existiam, aqueles que já eram, como que pode-se dizer, patrimônio comum da humanidade daqueles dias. Então, por exemplo, quando você encontra lá no Antigo Testamento aquelas narrativas sobre as genealogias, né?
A gente vê muita genealogia no Antigo Testamento. Você vê aquelas narrativas dos Reis, das Crônicas. Bom, opa, isso é muito importante, e aquilo não foi algo criado naquele momento, ok?
Era um modo como os outros povos também ao redor produziam literatura e faziam registros semelhantes, né? Ah, os salmos. Os salmos são poesias, são músicas, né?
Mas será que quando o primeiro salmista escreveu o primeiro salmo ele inventou uma música? Ninguém antes tocava música? Ninguém fazia poesia?
Ninguém fazia poemas? Não. Já eram feitos!
Então Deus se utilizou dos gêneros literários já existentes para trazer a sua palavra, a sua revelação. Quando Paulo começa a escrever as cartas, né, as cartas paulinas, ele está criando um novo gênero literário chamado epístola. Não, as epístolas existiam aos montes lá no primeiro século, certo?
As pessoas escreviam umas às outras, eram os e-mails da época. E-mail já está meio atrasado, né? Eram o quê?
Como é que é? WhatsApp da época, né? Alguma coisa assim.
O modo como as pessoas se comunicavam, davam notícias umas às outras. Recentemente, no Brasil, se você recuar 20, 30 anos, as pessoas se comunicavam por cartas, né? Muitos, provavelmente, aqui que hoje estão casados, né, mas na época não tinha aplicativo, não tinha esse tipo de coisa.
Como é que se vocês não moravam na mesma cidade, como é que vocês conversavam? Nem telefone a gente tinha, né? Há pouco tempo atrás, tinha que ir lá na praça, pegar a ficha, colocar no orelhão, fazer fila.
. . Atrás, ali tem gente que nem sabe o que é isso, né?
Eh, já nasceu com o celular na mão, né? Já veio do ventre da mãe, já saiu com o celular na mão. Eh, mas não era assim antigamente.
Então, como é que as pessoas escreviam cartas? Mandavam cartas, aí você recebia a carta da pessoa, lia, parava, né? Aí você ia escrever a sua carta de volta, ficava lendo lá o que foi que ela escreveu para poder lembrar e responder, e concordar ou discordar, ou sei lá o quê.
OK? Era o modo como também as pessoas se comunicavam no primeiro século. E, quando Paulo escreve, ele tá usando isso.
Acontece que também era uma forma que já estava, por assim dizer, bastante eh eh disseminada entre os eh judeus, principalmente do primeiro século. Eram essas escritas apocalípticas, chamadas escritas apocalípticas. Quando você vê a primeira palavra que aparece aqui no texto, qual é a palavra que aparece?
Aí, revelação. Muito bem! Isso já é uma tradução, claro, né?
Qual seria a palavra grega, a palavra original, aquela que, né, João escreveu? Então, foi justamente apocalipses. Apocalipses, né?
Eh, que foi traduzido como revelação, uma boa tradução, até porque apô tirar calipse é "vel", então, tirar o véu, revelar, desvelar. Você pega a cortina, ela tá cobrindo a janela, né? Ela tá encoberta.
Aí você puxa, você tira, você remove o véu, você puxa a cortina, o que acontece? Você enxerga, você consegue ver lá fora. Então, ah, o Apocalipse é, o termo em si, né?
O termo em si significa justamente o contrário daquilo que ele é, ou daquilo que as pessoas, em geral, né, pensam dele. Porque todo mundo pensa que o Apocalipse é um livro que encobre, mistifica, né? Cria mistérios, né?
Eh, para as coisas, mas, na verdade, ele é revelação. Ele é puxar a cortina para poder enxergar claramente, enxergar a luz. E eu quero dizer a você que, na verdade, Apocalipse é isso mesmo.
Não é um livro para confundir, é um livro para revelar. Revelação de Jesus Cristo. Mas veja: revelação, apocalipse, né?
Aí essa palavra apocalipse, ela foi se tornando cada vez mais eh aquilo que denomina um gênero literário. E aí os estudiosos começaram a perceber que, bom, já tinha muitos outros escritos assim antes do Apocalipse. E, desde bom antes disso ainda, né?
Se você pegar, por exemplo, Isaías, Jeremias, Daniel, né, Ezequiel, eles podem ser chamados de livros apocalípticos. Tecnicamente, não, eles são livros proféticos, são profecias. Mas essas profecias, vez ou outra, elas não trazem uns elementos meio diferentes, umas descrições meio esquisitas, meio estranhas, né?
Você começa a ler o capítulo 1 de Ezequiel, e aí é roda que vai para cá, é roda que vai para lá, é asa que não sei da onde, é olho por dentro, olho por fora, e aí você fica olhando e perguntando o que será que isso significa, né? Você pega algumas passagens de, eh, de Isaías, né? No ano da morte do Rei Osias, eu vi o Senhor assentado no alto e sublime trono, e as suas vestes e fumaça e tremor e anjo com asas e seis asas, e olho e tal.
São expressões estranhas, diferentes. Então, o nascedouro do estilo apocalíptico de escrever está na própria literatura bíblica do Antigo Testamento, nesses livros que eu já mencionei. Os Salmos, alguns Salmos têm descrições fantásticas da realidade, usam, né, termos, expressões que não são riras, não são as expressões do dia a dia, não descrevem a realidade conforme os olhos enxergam, a não ser que o sujeito esteja.
. . Das duas uma, né?
Assim, depois que ele já consumiu vários tabletinhos de LSD, ou alguma coisa assim, né? Ou a galera ali que fuma algumas coisas, ou então, né, ele está no manicômio, também é possível, né? Sendo assim, se essa é a realidade que ele enxerga, OK?
Mas, quando os profetas e o próprio João viram isso, eles sabiam muito bem que essa não era a realidade que as pessoas podem enxergar. Eles não estavam sob efeito de narcóticos, eles não estavam tendo aí uma alucinação. Estavam recebendo uma visão, uma visão do céu.
Essa visão veio dessa forma, então, eles tiveram que escrever e registrar. Mesma coisa, você pega o livro de Daniel, né? E dá-se início a um tal de chifre para lá e chifre para cá, e bode não sei da onde, carneiro não sei da onde, né?
E você fica olhando para aquelas figuras e começa a perguntar o que isso significa. E faz muito bem, nós temos que fazer essas perguntas. Mas onde encontrar as respostas, onde encontrar as explicações?
É aí que, então, entra o trabalho mais árduo, mais difícil que tem que ser feito. Caso contrário, a gente cria explicações fantasiosas, também não tem faltado gente na história, né, inventando interpretações fantasiosas. Outro dia, eu recebi um vídeo de alguém.
Aliás, o pessoal gosta de mandar esses vídeos, eles acham que eu gosto disso, de certo, provavelmente, né? Eh, e um vídeo de alguém lá, um maluco qualquer que estava falando sobre os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. E aí pegou as cores, não tá aqui o vermelho, não tá aqui o branco, não tá aqui o preto, não tá aqui o verde, né?
O Cavaleiro verde da clorofila é o termo que tá lá na língua original. Então, embora a tradução seja amarelo, mas a gente sabe que é um verde limão, eh, e aí o pregador disse: "Aqui, eu vou mostrar a vocês o significado disso. " E começou a pegar bandeiras, bandeiras dos países modernos, aqui, nos dias de hoje.
E começou: "Tá vendo aqui essa bandeira? Aqui, ó, preto, vermelho, verde, preto, vermelho, verde! " Só pegava a bandeira de país muçulmano.
Só! Aí falou: "Tá vendo? Deus quis revelar isso!
" Só que. . .
Ele de fora, o cavalo branco, né? Também, cor, mas essa daí não servia para os propósitos dele. Então deixa pra lá, pega só o que me interessa.
E com isso eu consigo falar o que eu quero e enganar o monte de bobo que fica ali assistindo, dando visualizações, né? Para essas coisas sem sentido. Por que é que Deus iria dar?
Por que, por que Deus ia dar uma visão para João lá na ilha de Pátmos, por volta do final do ano 95, talvez início do ano 96 do primeiro século? Ele tá preso lá numa cadeia, né? Exílio, né?
Exatamente, uma cadeia, porque é uma ilha. Mas não deixa ser. .
. não tinha como sair. Eh, manda ele ver e escrever a visão e mandar lá para sete igrejas que estavam ali próximas, em volta da capital da Ásia Menor, chamada Éfeso, né?
Para falar das bandeiras do Iraque, as bandeiras do Azerbaijão, as bandeiras da Líbia e não sei do que lá que existiriam 2. 000 anos depois. Qual a utilidade?
Os primeiros leitores de João deviam pensar: “Aqui não serve para nada, vamos continuar fazendo o que nós estávamos fazendo. ” Bom, o grande problema de leitores modernos, como nós e como tantos outros medievais também, enfim, é que nós somos muito soberbos. E soberba, né, precede a queda.
Nós somos muito soberbos, a gente acha, sabe, que tudo que tá escrito em qualquer lugar tem que ser para nós, tudo, e que tem que estar acontecendo e se cumprindo comigo agora, nesse momento exato. E a gente simplesmente ignora que, sabe, eh, o ônibus já tá andando nessa estrada há um bom tempo. Você entrou agora e quer sentar na janela.
Calma! Deus já vem falando, se revelando ao seu povo ao longo de muitos séculos. Esse livro aqui já serviu, já alimentou a fé, a esperança, já desafiou pessoas ao longo de 20 séculos, 19, né?
Até aqui, a gente sempre quer saber o que vai acontecer no futuro. A gente quer ter uma agenda do futuro, e talvez você chegou aqui hoje pensando assim: “Agora eu vou entender o futuro. ” Não vai!
Já vou te decepcionar porque nós vamos falar mesmo é do passado. Mas essa aí, pastor, a gente vai falar sobre Apocalipse, né? Então escatologia, né?
Então é o futuro. Não tem futuro sem o passado. O futuro não é solto no ar, o futuro é construído a partir do passado e do presente.
Esse livro foi dado lá atrás, há mais de 1900 anos. Lá atrás é onde nós temos que ir primeiro se a gente quiser entender alguma coisa. Entendendo o que significava lá atrás, nós podemos agora aplicar seus ensinamentos no presente e, com base nisso, a gente pode esperar o futuro sem fazer esses movimentos todos aí.
E é a pressa, né, que é a famosa inimiga da perfeição, que impede que isso seja feito porque as pessoas vão com muita sede ao pote e se engasgam. A pressa impede as pessoas de irem com calma. Então vamos com calma, talvez a gente não vai conseguir estudar o livro inteiro.
Tenho certeza que não. Eu precisaria de muitos mais dias para fazer isso, mas espero que a gente consiga pelo menos ter uma ideia geral e consiga entender o que há de mais importante nesse livro. E o que é de mais importante nesse livro é a próxima palavra: é uma revelação, né?
Revelação de quem? De Jesus Cristo. Aqui nós já chegamos no que mais importa porque não tem nada mais importante do que Jesus Cristo.
Porque nada importa mais do que Jesus Cristo. E aqui está a palavra mais importante, o nome sobre todo nome, o nome que mais importa. Apocalipse, meus queridos irmãos, é sobre Jesus Cristo.
Não é para agenda dos últimos dias, para saber o que vai ou não vai acontecer. Ele até pode tratar dessas coisas, mas o assunto principal é Jesus. É interessante o modo como João construiu gramaticalmente essa frase: "revelação de Jesus Cristo" porque ficou dúbio no grego.
É dúbio no português. Não é tanto, mas eu vou deixar dúbio agora. Porque o que ele tá querendo dizer é o seguinte: a pergunta.
. . essa revelação aqui é sobre Jesus Cristo, ou seja, a respeito de Jesus Cristo?
Ou é a revelação de posse, ele é o dono dela? Quando você fala assim: “Fulano, tal coisa de fulano”, significa o quê? Significa que pertence, ou significa que Fulano é a causa daquilo, né?
O que que significa "revelação de Jesus Cristo"? Significa que Jesus é o dono dessa revelação, é minha, tô dando para vocês, ou ele é o conteúdo da revelação? Eu sou a revelação.
As duas coisas! A dubiedade parece intencional, ou seja, tanto é verdade que toda a revelação é de Cristo porque, por ele ser a palavra, o verbo, o Logos Divino, ele tem prerrogativa de manifestar. Manifestar a Deus!
A gente cantou aqui agora há pouco, né? O Senhor disse assim, em João 14. .
. a gente não cantou essa parte, mas na parte seguinte do texto cantamos. A primeira parte, a parte seguinte do texto diz assim, João 14:6 em diante: “Olha, quem vê a mim vê o Pai.
” Você lembra quando o Felipe estava ansioso quanto a isso? Jesus falou: “Olha, eu preciso ir embora, chegou a hora, mas eu vou voltar. Tenho que arrumar as moradas lá, né?
Mas eu volto e vou levar vocês comigo. ” Tal, tal. Então aí os discípulos começaram a ficar: “Como assim?
Como assim? Para onde que o Senhor vai? Calma aí!
” Jesus: “Não, não é assim não. ” Até porque eles estavam, assim, né, bem interessados em ter posições boas no reino que Jesus ia estabelecer: “Quem será que vai sentar à direita? Quem vai sentar à esquerda?
Quem vai ser o…” Primeiro, segundo, terceiro, no alto escalão do reino de Cristo. Assim, né? Desejos bem piedosos que as pessoas, às vezes, também têm por Cristo.
Né? Como é que eu ganho mais dinheiro com isso? Aí o Senhor diz: "Não, eu vou embora, vou morrer e tal.
" Não, não vai, não! Não vamos deixar, gente! Vocês sabem para onde é que eu vou e sabem também como chegar lá.
Aí vão falar assim: "Calma, calma, Jesus, a gente não sabe nem para onde o Senhor vai, muito menos como chega lá. Então, explica o negócio. " Tá bom, Tomé: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Ninguém vem ao Pai senão por mim. " Vocês não sabiam disso antes, mas agora sabem. Então, pronto.
Aí o Felipe disse: "Ah, já que o Senhor falou no Pai, então quer saber, resolve a situação pra gente: mostra-nos o Pai, isso nos basta. " "Mostra-nos o Pai, isso nos basta; resolve todas nossas dúvidas, abre aqui os céus, assim, você é o revelador, né? Abre os céus, deixa a gente ver o Pai, e aí a gente vai estar satisfeito, tranquilo, acontece o que acontecer.
" Aí Jesus faz [música]: "Assim, Felipe, há tanto tempo eu estou com vocês e ainda não deu para entender nada. " É o que ele fala exatamente: "Há tanto tempo estou convosco, não entendeste nada, é zero mesmo! " Na prova final, quem vê a mim vê o Pai.
Como dizes tu: "Mostra-nos o Pai? " Que pergunta boba essa! Não tem como ver o Pai, não tem como ver o Pai senão através de mim, porque ninguém vem ao Pai senão por mim.
Revelação é Jesus Cristo; toda revelação verdadeira é Jesus Cristo, tanto no sentido de que ele é o dono dela quanto no sentido de que ele é a forma e o conteúdo dela. Léo, no século X, né? Ele não gostava do Apocalipse, você sabe disso.
Lutero, no começo, tal, achava que Apocalipse era muito obscuro e ele achava que Apocalipse não podia ser aceito nem como canônico, né? Tinha uma Bíblia pela metade, tinha umas partes da Bíblia que ele não aceitava. Mesmo Tiago, por exemplo, achava que era uma epístola de palha, e no caso de Apocalipse ele dizia assim: "Apocalipse não fala sobre Jesus.
" Acho que Luto não calcou, porque o texto diz "revelação de Jesus Cristo. " E eu quero ficar batendo essa tecla mesmo, porque Jesus Cristo é o conteúdo da revelação do capítulo 1 até o 22. E se você não souber isso desde já, não vai entender muita coisa.
Agora, é a revelação sobre quem é Jesus, o que ele faz, o que ele fez, o que ele tem feito, o que ele fará. Sim, mas é tudo sobre Jesus Cristo, porque a revelação de Cristo que Deus deu para ele é a missão do Pai para o Filho. O Pai investiu o Filho da missão de resolver as coisas.
A verdade é que, desde que o mal entrou no mundo, desde que a queda corrompeu os primeiros pais, Deus destinou a vinda do seu Filho. Que ele disse lá, né? Que viria para ferir a cabeça da serpente.
Desde o começo, decidiu investir o Filho dele da autoridade necessária para resolver os problemas, fazer o que tinha que ser feito. E, no caso de Jesus Cristo, se pode ter certeza, né? Tarefa dada, tarefa cumprida.
Ele tem feito isso; ele já realizou a maior parte dela, como a gente pode ver no Apocalipse. Falta algumas coisinhas, mas essas são poucas perto do que ele já fez. Por isso que eu quero que você entenda a grandiosidade do passado do Evangelho: é maior até do que a do futuro.
Se a gente não aprender a admirar o evangelho já revelado, a gente não sabe nada. A grandeza do evangelho é o que Paulo fala: "Assim, gente, se o Senhor já fez a parte mais difícil para nos salvar, que foi o quê? Entregar o seu próprio Filho!
Se ele já fez a parte mais difícil, por que não faria a mais fácil, que é nos manter salvos até o final? Quer garantir a nossa salvação até o último dia. " Por isso a gente não precisa duvidar da nossa salvação.
Se o Senhor já fez a parte mais difícil, é mais fácil, porque ele não faria? E sim, a parte mais difícil foi o que Jesus Cristo fez quando ele veio e se revelou. E se revelou como humilde servo sofredor, nascido em Belém.
Mas, ao mesmo tempo, ele é quem? O Todopoderoso Filho de Deus. Esse contraste na pessoa de Cristo também perpassa o Apocalipse inteiro.
Ele sempre aparece com essas duas realidades paradoxais. Por um lado, todopoderoso; por outro lado, o Cordeiro assassinado, o Cordeiro violentamente assassinado. E é porque ele tem essas duas faces, esses dois lados também, que ele pode garantir a nossa salvação e a nossa vitória.
Então, é isso que o Apocalipse revela: Jesus Cristo, porque é a revelação que o Pai deu ao Filho para que possa mostrar, agora sim, para quem chega, em última análise, né? Aos seus servos. Quem são os servos?
Quem são esses servos aqui que estão sendo mencionados? Aos seus servos! Para eles, em última instância, que essa revelação, que é Jesus, que é de Jesus, que foi dado pelo Pai, está sendo agora dada, transmitida.
Então, a gente tem aqui uma ânsia de já nos identificarmos: "Somos nós! Somos nós! " Assim, calma, calma, calma.
Mas lá no último banco do ônibus, não. Lá na frente, tá? Calma, você também tá nessa.
Você também tem a. . .
Mas é lá, número 45, 46, por aí. Não é um, dois, não. Calma!
Tem gente já sentada lá na frente há muito tempo, muito tempo. E, na verdade, quem foram os primeiros aí, né, que compraram a passagem e entraram nesse ônibus do Apocalipse? As pessoas para quem João está escrevendo: pessoas, homens, mulheres, adultos, crianças, jovens.
. . pessoas que o evangelho tinha.
Alcançado que foram alcançadas pelo evangelho lá naquela região que a gente chama de Turquia hoje em dia, né? Uma região bem específica da Turquia, que na época era chamada de Ásia. Não é Ásia como a gente conhece Ásia hoje.
Para nós, Ásia é o quê? É Japão, é China, né? E Coreia.
Não, isso não é Ásia. Na Bíblia, Ásia é ali na Turquia, Ásia Menor, a gente chama hoje, né? A Ásia Menor, a Ásia próxima.
Ásia logo aqui, não Ásia lá no fundão. Logo aqui, logo depois da Europa. Ok?
Ali já começa a. . .
Ali era a Ásia Menor, e ali existia uma região bem populosa, com grandes cidades. Só para você ter uma ideia, né? A principal cidade, Éfeso, que era a capital da Ásia Menor, tinha 300.
000 habitantes, né? Para os padrões da época, isso era uma Metrópole. Aliás, era a terceira maior cidade do mundo romano, né?
Não sabemos o que podia ter lá na China, na Índia, assim, mas do mundo romano, era a terceira maior cidade do mundo, só perdia para a própria Roma e para Alexandria, no Egito. A terceira maior cidade do mundo. As outras cidades em volta ali, todas muito grandes também para os padrões da época.
Então era uma região populosa, uma região muito próspera, economicamente falando, porque era um polo de produção de tecidos, tintas para tecidos, que isso era muito valorizado na época. Aqui, por exemplo, Franca não é um polo calçadista, acho que tem outras coisas também, mas quando as pessoas pensam em Franca, pensam em basquete, pensam em calçado, e no Paulo Júnior, né? Mas especialmente calçados, né?
O que se mais lembram de Franca é que é uma cidade que produz muitos calçados. E, quando se pensava na Ásia Menor, se pensava basicamente numa indústria têxtil, produção de roupas, roupas de qualidade, roupas com boas cores, roupas muito coloridas, com cores bem feitas. Não era fácil fazer isso na época.
Hoje a gente acha tão comum isso, mas não, tingir roupa não é simples quando você não tem tecnologia, né? E ah, vocês lembram? Olha, 40 anos antes do Apocalipse ser escrito, quando Paulo chegou lá em Filipos, ele encontrou naquela cidade uma mulher chamada Lídia.
O que Lídia fazia? Qual era a profissão de Lídia? Ela era vendedora de púrpura, o texto diz.
E qual era a cidade original de Lídia? Tiatira, uma das cidades aqui do Apocalipse, né? E ela era uma representante comercial, estava muito longe da sua casa.
Suponha a indústria aqui, né, de calçados de Franca. Tem os seus vendedores, vão para tudo que é lugar do Brasil e vão lá vender para distribuir. Depois que vende, alguém faz a entrega e tudo isso gera economia, né?
Gira a roda da economia. Aquela era uma região muito próspera. Havia muitas pessoas que trabalhavam nisso, né?
Produzindo coisas e ganhando dinheiro. Algumas enriquecendo, não sempre assim, né? Tem gente que ganha bastante, gente que ganha pouco, mas as pessoas viviam disso.
Ou seja, o que eu quero incentivar, destacar para você, é que eram pessoas de carne e osso, entende? Eram pessoas de verdade, como nós, com as nossas lutas diárias, com os nossos problemas. Só que o diferencial era Jesus, né?
Elas tinham conhecido Jesus e Jesus começou a fazer toda a diferença na vida delas. Mas aí começam as crises, começam os problemas. "Se eu sou crente, eu posso fazer isso?
Se eu sou crente, aquilo ali é autorizado? Se eu sou crente, eu posso ir na festa de São João? Se eu sou crente, eu posso ir na balada?
Se eu sou crente, eu posso fumar? Beber? Posso fazer isso, fazer aquilo?
" São as perguntas que vão surgindo hoje, são assim também. E naqueles dias eram: "Se eu sou crente, eu posso ir na festa do imperador? Posso ir no culto que é realizado aqui em Pérgamo uma vez por mês?
Posso ficar para o churrasco que eles vão fazer depois? E a festinha depois do churrasco, eu posso ficar também? Até onde eu posso ficar ou não?
Posso nem aparecer lá? " Os irmãos aqui de Franca gostam de me colocar no hotel Imperador, e o número é 666. Tem foto, tem prova.
O grande desafio dos cristãos lá na Ásia Menor era a relação deles com o imperador, o imperador de Roma, que estava bem longe dali, mas que tinha uma relação direta com aquela região, porque aquela região era o centro do culto ao imperador romano em toda a Ásia. Aliás, o maior centro de adoração ao imperador fora da própria Roma. Esses servos estavam vivendo naquelas cidades, naqueles lugares, e eles enfrentavam esses dilemas.
Havia mandamentos dizendo: "Você não pode ter outros deuses", e aquele mundo era um mundo cheio de deuses e deusas, de muito autoritarismo. A gente acha o nosso mundo ruim, e não é da. .
. né, é flor que se cheire mesmo. É melhor das coisas, né?
O nosso mundo, a nossa situação atual, não é boa, a gente sabe disso, mas não chegou a ser tão ruim quanto era o mundo greco-romano do primeiro século, porque foi o próprio cristianismo que segurou isso depois, bem ou mal, com problemas, né? O catolicismo medieval, não estou defendendo teologia nisso, mas estou dizendo que represou a. .
. a Igreja Cristã, nesses cerca de 2000 anos, ela é uma represa. Ela ainda é uma represa segurando um mar de sujeira, de maldade.
Se não fosse essa barreira, esse mundo já seria realmente muito perto do inferno, né, em termos de perversidade, corrupção, depravação. Agora, é uma barreira que aos poucos vai sendo cheia de fissuras, vai se enchendo de fissuras, até que ela explode. Aquele mundo dos dias de Paulo, de João, o autor do Apocalipse era.
. . O pior dos mundos, a gente reclama do nosso mundo.
Para que reclamar do mundo? Você espera alguma coisa melhor do mundo? Eu não entendo por que nós reclamamos tanto do mundo.
O mundo é o que é; só não é pior porque Deus não deixa, mas tem tudo para ficar. A questão que nós temos que entender é quem é Jesus Cristo e quem é o evangelho. Porque esse Jesus Cristo e esse evangelho revelado aqui fazem a diferença.
Naquele [aplausos] mundo pior que já teve, não foi assim. Em apenas 40 anos, Jesus aqui. .
. A gente está por volta do ano 95, eu já disse. Então é um pouquinho a mais, né?
Vamos colocar aí uns 60 anos. Se você recuar 60 anos no tempo, você chega a Jesus. Ele estava na terra, Ele viveu, Ele morreu, Ele ressuscitou, Ele subiu aos céus, Ele deu poder aos apóstolos: "Vão por todo o mundo, façam discípulos de todas as nações, batizem, tragam o meu povo".
60 anos depois, tem igrejas em todo o império romano, contra tudo e contra todos, gente sofrendo por isso, gente morrendo por isso, contra tudo e contra todos. Ah, vamos parar de reclamar do mundo e vamos entender o evangelho. E vamos confiar no poder do evangelho, porque o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.
Mas eu sempre me pergunto, né? Por que é que esse evangelho foi tão efetivo naqueles primeiros anos e hoje não parece ser tão efetivo assim? Bom, mas eu tenho que relativizar um pouquinho essa pergunta, porque talvez quando eu digo que ele não é tão efetivo quanto parece ser, é porque eu esteja exigindo, né, que o mundo inteiro se cristianize.
Aí eu estou fora da realidade, porque essa não é a expectativa; não é isso que Deus diz que vai acontecer. Mas é que a gente olha e vê muitas igrejas no mundo, mas poucas fazendo a diferença, e isso é o que impacta mais, é isso que assusta mais. Mas também isso eu tenho que dar uma relativizada, porque já existiam igrejas falsas naqueles dias também.
Aliás, o Novo Testamento está cheio de falso profeta. Não, você entendeu o que eu quero dizer, né? Menções a eles não foram escritas por falsos profetas, óbvio, mas menções a eles estão aqui recheadas.
Já existiam, já estavam lá. Mas talvez a gente não veja tanto o evangelho produzir os seus frutos e efeitos hoje em dia porque nos falta algo. E o que será que nos falta?
Hum. . .
Então, Ele disse aqui o seguinte: que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos, pessoas como eu e você, mas que moravam lá na Ásia Menor, no ano 95 do primeiro século, as coisas que em breve devem acontecer. Essa frase aqui, como tudo que é importante em Apocalipse, é repetida sete vezes. Isso é um critério; você tem que observar.
Agora, você pode fazer palavra cruzada na Bíblia, se quiser; pode você pegar e vai arriscando cada vez que você vê a frase sendo repetida, né? E não se assuste, não se admire. Tudo que é importante, essencial, principal em Apocalipse, ele repete sete vezes ao longo do livro, de um jeito ou de outro.
Então, ele está falando de algo que vai acontecer logo, mas não é nesse sentido de "daqui 10 minutos" ou "daqui meia hora" ou "daqui um ano" ou "daqui 10 anos". Até porque, se a gente olhar para esse aspecto, já se passaram 1900 anos e não aconteceu. Ou aconteceu e nós não vimos, ou aconteceu e nós não percebemos, ou aconteceu e nós não entendemos.
Pode ser, pode ser. Mas a ênfase não está na palavra "acontecer" e sim na palavra "devem": "as coisas que em breve devem acontecer". E você poderia mudar essa palavrinha "devem" por "precisam", ficaria bem encaixado: "as coisas que desde agora, desde já, precisam acontecer".
É o que precisa acontecer. Então, é isso que é o conteúdo de Apocalipse; ele está trazendo coisas, ele está trazendo a revelação daquilo que precisa acontecer no nosso mundo e que já está acontecendo desde aqueles dias. Então, outra vez, lembre-se que você está sentado na poltrona 44.
Você não está na 1, você aqui, né, cidadão do século XXI, vive em 2024, sua poltrona é a última do ônibus, tem um monte de cabecinha na sua frente. Olha, tem cabecinha, cabecinha, cabecinha, até lá na frente. Até tem uns que você mal vê, mas que estão lá.
Eles são os únicos que têm realmente visão, não é? São os que lá. .
. Não é assim? Esses homens modernos lá na frente, o cara está na para-brisa assim, ó, para-brisa, ele enxerga tudo, e o sujeitinho lá no 44, 45, fica assim, enxerga nada.
Nós somos esses que não enxergam nada. E sabe por que a gente não enxerga nada? Porque a gente é orgulhoso, porque a gente é soberbo.
Porque mesmo não enxergando, porque a gente está muito longe do para-brisa, longe demais, a gente quer enxergar do nosso jeito. E a gente põe a cabeça no corredor e diz: "É uma árvore! ", "É nada, tem um acidente ali na frente, porque parou tudo!
", mas você não está vendo coisa nenhuma. Você está só tentando adivinhar. Quer enxergar?
Vá lá no primeiro banco e pede: "Posso sentar um pouquinho aqui, só um pouquinho? ". É isso.
Vá no primeiro banco, senta na frente e pede uma licencinha, senta no corredor ali, no chão mesmo. Aí você vai enxergar o espelho, aí você vai enxergar o que está na frente. Quer enxergar alguma coisa?
Abandone por um certo tempo essa realidade que você está vendo agora e se coloque no lugar de um mercador de púrpura que morava lá em Tiatira e que era cristão, sim, mas estava enfrentando alguns dilemas terríveis à sua volta e ele simplesmente não sabia o que fazer porque ele se via de. . .
Um jeito ou de outro, ameaçado, né? Por um lado, não queria abandonar sua fé em Cristo e continuar servindo a Cristo. Mas, por outro lado, as pressões da sociedade eram muito extremas e muito fortes para que ele negasse o seu Senhor, para que ele entrasse no mundo e vivesse de acordo com os padrões do mundo.
E essas pressões, ficando mais fortes, mais consistentes, mais ameaçadoras, daqui a pouco, vão começando a perder coisas: perder privilégios, perder o emprego, perder a liberdade, prisão, perder a própria vida. [Música] Martírio. Se você não sentar na primeira fila, lá, você vai ficar olhando lá de trás o Apocalipse, achando que está vendo alguma coisa; não está vendo nada.
As coisas que o Apocalipse revela já estão acontecendo desde aqueles dias, e a gente tem que aprender a olhar para trás. Então, porque aqui é o seguinte: o ônibus não está parado; se tivesse parado, era só realmente você estar lá na frente e olhar para a frente. Mas o problema é que ele está andando, ó, e muita estrada já passou nessa história.
E agora você tem que olhar para trás; é o único jeito, é olhar para trás e ver aquilo que já foi revelado lá atrás para poder entender o que significa hoje e o que quer que signifique lá na frente. E ele enviando, por intermédio do seu anjo. .
. E aí você já percebe que sempre as visões em Apocalipse são assim: o anjo vem até João e dá a visão. Ok?
Esse anjo é um mensageiro. A palavra "ângelos", né, ela significa exatamente isso: mensageiro. A principal função dos anjos na Bíblia é transmitir mensagem; são pregadores.
Eles transmitem mensagens, eles trazem recados, eles são o correio, são os carteiros da época. Não é assim? Quando Daniel está lá: "Senhor, como é que vai ser?
" "70 anos, acabou! Vai acontecer? Não vai acontecer?
" Aí vem o Gabriel e diz: "Calma, o correio tá chegando. " Né? "Eu estou aqui para trazer a carta dos céus.
É assim: vai acontecer isso, isso, isso, isso. " O correio atrasou lá; não foi? O correio atrasou lá em.
. . Não é só de hoje que o correio às vezes atrasa.
Fica lá: "Quando é que chega meu Sedex? Quando é que chega meu Sedex? " E um dia nada.
Daniel estava lá orando, e o Gabriel foi e disse: "Eh, Daniel, eu já era para estar aqui há bastante tempo, mas atrasei, né? Fazer o quê? Tá muito trânsito, literalmente, muito trânsito.
" Né? Ele menciona os príncipes, os principados lá da Pérsia, da Grécia, que o impediram de passar. Tem uma guerra espiritual; tinha pelo menos.
. . essa já foi resolvida, essa aí já acabou.
Mas havia uma guerra espiritual antes da Cruz, quando ainda principados e potestades dominavam regiões deste mundo; foram despojados, né? Colossenses 2:15: "Despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz. " Então, não adianta querer hoje você sair despojando principado e potestade.
Aquela pessoal que antigamente fazia a quebra de maldição, né? Iam lá: "Vamos descobrir aqui em Franca quem é o potestade, quem que é o principal, o principal demônio de Franca. A gente vai lá, vai botar a mão, vai orar, vai jogar óleo, vai botar gasolina.
" Gasolina jogava, mas. . .
E, e, e, botar um monte de coisa ali e vai derrubar o principado. Aí o pessoal fala: "Beleza, vocês estão certos. " Só que tá um pouquinho atrasado.
Isso já acabou há 2000 anos atrás, né? Agora não precisa mais fazer; já faz 2000 anos que o Senhor já despojou os principados e as potestades. Tá tudo resolvido nesse sentido; você não precisa mais fazer isso.
A sua parte é só ir e pregar o Evangelho. Entende? Os caras acham que têm que primeiro despojar o principado para depois pregar o Evangelho.
Não, essa parte Jesus já fez. Aliás, essa parte era mais difícil, ok? Pregar é fácil; difícil foi despojar os principados e as potestades.
Isso foi difícil. Para fazer isso, ele teve que fazer o quê? Se humilhar, se entregar como um Cordeiro levado ao matadouro.
Mas isso já foi feito. Então, os anjos estão aí nas suas missões. A gente sabe pouco sobre eles, mas eles estão muito bem, obrigado, fazendo aquilo que o Senhor designou a cada um deles.
E então chega, por fim, ao Seu servo João o anjo que vai e entrega a revelação, a visão a João. E João diz: "Eu vi e confirmo. " O texto fala isso, né?
"O qual atesto. " E aí vem essa frase que eu dou um doce: se você adivinhar quantas vezes aparece a palavra "de Deus" no Apocalipse. .
. quantas, quantas, quantas? Sério?
Vocês sabem? Sete. E é a mais importante das frases repetidas em Apocalipse: "A palavra de Deus, o testemunho de Jesus.
" Porque é o seguinte: sempre que essa expressão vai aparecer nessas sete vezes em Apocalipse, ela representa aquilo que os cristãos precisam fazer em relação a isso. A palavra de Deus é a revelação de Deus, ok? É a verdade, mas é a respeito de Jesus Cristo e seu testemunho.
O testemunho de Jesus Cristo, o que é? Ele foi à frente da igreja e falou: "Irmãos, eu tenho uma bênção para contar para vocês, é um testemunho. " Não, não é esse testemunho.
Não, o testemunho de Jesus Cristo é a palavra grega "martírio", que viria a significar, tempos depois, exatamente o que a gente entende hoje por martírio. O quê? Morte, sacrifício, morrer pela verdade.
Então, quando o Apocalipse menciona o testemunho de Jesus Cristo, você tem que entender que significa a sua vida de completa obediência a Deus e a sua vontade, e a sua morte como Cordeiro, como sacrifício diante de Pilatos. Fez o bom testemunho, fez a boa confissão, e porque fez, morreu. É sustentar até a morte a verdade que você crê.
E porque eu estou dizendo que esta é. . .
A frase mais importante do livro é porque ela nos dá a razão pela qual o livro foi escrito. Ele foi escrito para que a igreja aprenda a sustentar a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo. É o único modo da igreja ser efetiva, atuante de fato no mundo, se ela assume essa tarefa.
Só que essa tarefa tem um custo, e o custo é justamente o que perdemos, o que nós não queremos perder. Lembra quando Jó foi testado por Deus, né? E por Satanás?
O que Satanás tirou de Jó, com autorização de Deus? As três coisas que nós mais valorizamos. E só não tirou a quarta porque Deus não deixou, e a quarta era a mais importante de todas: a quarta era a vida.
Deus disse: “A vida dele não! Só não, Mateus, não tire a vida, mas pode tirar todo o dinheiro dele. ” E a primeira coisa que evaporou foi grana.
Não foi? A primeira coisa que os cristãos perdiam em Roma era dinheiro, quando eles decidiam viver fielmente a Deus e não aos padrões romanos. A primeira coisa que perdiam era dinheiro.
A segunda coisa que eles perdiam foi também o que Jó perdeu: família, filhos. Porque Roma separava as famílias, vendia os filhos como escravos. Quando o pai de família era preso, condenado, morto, os filhos viravam escravos.
Era um mundo cruel, extremamente cruel e violento. A gente não faz ideia de quanto aquilo era difícil viver naqueles dias. E a terceira coisa é a integridade física, que no caso de Jó Deus só deixou até um ponto; não deixou ir até o final.
Mas Apocalipse diz: se você quer ser um cristão verdadeiro, você tem que estar disposto a ir até o fim, ser fiel até a morte e dar-te a coroa da vida. Acontece que, assim como isso nos causa um certo transtorno, dizemos: “Hum, não sei se queria passar por tudo isso, né? ” E olha que para nós isso é só uma vaga possibilidade, porque sinceramente, tem muita chance de você ser preso hoje por causa do Evangelho.
Pode acontecer, mas é pequeno. Muita chance de você ser morto hoje por causa do Evangelho, aqui no Brasil. A chance é pequena; pode acontecer um linchamento em algum lugar, uma coisa assim, isolada, né?
Dinheiro dá para perder por causa do Evangelho, sim, e muito. E quero te dizer que se você não estiver perdendo um pouco de dinheiro por causa do Evangelho, está faltando alguma coisa na sua vida. Se o Evangelho não te traz nenhum prejuízo financeiro, não sei se é realmente o Evangelho que você crê e que você segue.
É um pouco diferente do da prosperidade que o pessoal prega por aí, né? Eu imagino que não ia ter muito apelo se eu fizesse um apelo: "Venha perder dinheiro pelo Evangelho! " Querem ganhar dinheiro, né, com o Evangelho?
Venha para a campanha das "Seis Semanas de Perda de Dinheiro pelo Evangelho"! Só grilo dentro da igreja, assim, grilo, né? Vazio, eco.
Você vai entender por que o Evangelho traz prejuízo financeiro para nós. Ao longo dessa nossa exposição vai ficar mais claro, aos poucos. Eu tenho essa expectativa.