[Música] para se conhecer uma cultura é preciso observar os seus valores e práticas o que é descartado isso livro também fala sobre ela revela o que considera sem valor e isto vale para as relações com a natureza e entre os homens ao lugar nossa sociedade reserva para os indigentes drogados doentes mentais e até mesmo os idosos esta série do catar tecnológico nos convoca a uma reflexão sobre os desafios da ecologia humana o que é a velhice quase sempre se devem acompanhada de palavras nada gentis decadência inutilidade de pendência o envelhecimento traz sim algum declínio em
relação ao corpo jovem e sofre preconceito social mas o aumento da longevidade tem mostrado que a velhice não é a idade da decadência ela ainda tem muita potência e idosos não são desejáveis eles desejam que envelhecer pode ser uma grande novidade é o que nos conta agora a psicóloga rute lopes de modo geral não é dá pra dizer que o tema do envelhecimento ele não costuma ser muito incluído em nada não é não é um tema é grato que ainda ele é rodeado de adjetivos predominantemente e negativos de qualquer jeito eu não sou pessimista com
relação às perspectivas antes pelo contrário acho que é um período de 30 a 40 anos que ficar sentado esperando a morte não é bom né pra ninguém muito menos pra o entorno se a gente pensar né a economia as pessoas que nos rodeiam nessa linha é muito triste muito em produtivo e quando falo produtivo do ponto de vista de produção econômica na mais improdutivo em termos de potência de existência e é muito duro né conviver com alguma pessoa que não tem projeto não tem sonhos e que fica parada se não fisicamente mas é esperando o
momento final é pouco hoje em dia para o que a gente conhece e ver né então eu comércio para o dia do nosso arnaldo antunes na música envelhecer que ele afirma coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer botar completando 50 anos daqui a alguns dias então eu queria dedicar à música que a gente vai fazer agora pra mim mesmo e para todos e para todos os que enfrentam e também afrontam o seu medo de envelhecer então a gerontologia ela nasceu na década de 40 e ela nasceu no mundo na década de 40 tá
e ela nasce não é em função logo aposta na próxima né a segunda guerra mundial né então o que acontece é no neste momento não é que a população idosa começa a aparecer com o número é expressivo então a partir dali não os cientistas começam a se dar conta da própria velhice e também dessa questão demográfica é cada vez mais temos mais velhos do nosso entorno né e aí eles começam a pesquisar e entender é tentar entender essa fase já pensando que é uma fase do curso da vida ele pertence ao curso da vida então
já começa a sair da gerontologia já sai da idéia é de patologizar a velhice se debruça sobre ela tentando entender e aprender os multi fatores que estão em torno do tema eu acho que é importante a gente dizer que assim vê no sempre existiram am não é que se a gente for pensar centenários também existirão né mas o que a gente se depara hoje em dia é com uma velhice vamos dizer peculiar bastante específica que são os tais dos velhos desejantes né são os velhos que não investem vamos dizer assim a carapuça mede as expectativas
de um comportamento do que é ser velho bastante específico lan é o que a gente encontrou cirurgia são velhos são velhices e de todos os tipos e mais do que isso né venícius bastante criativas em 2011 o fotógrafo russo vladimir à cove idealizou o projeto idade da felicidade em suas fotos capturou toda a potência da velhice e quando olhamos as imagens podemos até pensar em idosos extraordinários mas envelhecer desejando não deveria aparecer uma exceção diz wladimir por algum motivo ainda acreditamos que aquelas pessoas que descobriram os segredos da longevidade e da juventude só podem ser
encontrados em mosteiros e cavernas e montanhas remotas ou no meio de uma floresta mas a verdade é que essas pessoas vivem entre nós na nossa rua nos lugares que freqüentamos e nas cidades que visitamos mas o cícero né há 42 anos antes de cristo ele já escreveu o livro chamado famoso selecto 'de onde ele reflete é filosoficamente sobre o sentido da existência o que ser velho todos os homens desejam alcançá la a velhice mas só ficarem velhos e lamento eis aí em consequência da estupidez queixam se de que ela chegue mais positivamente do que esperava
que então os forçou a se enganar assim enfim por que diabos a velhice seria menos penosa para quem vive 800 anos porque para quem se contenta com 80 uma vez transcorrido tempo por longo que seja nada mais consolar a uma velhice j então é importante a gente ter essa idéia nós estamos hoje em dia não é tentando nos debruça sobre essa velhice coloca agora pra todos nós como existência e como perspectiva de existência o estudo envelhecimento humano vôlei que um trechinho só pra clarear né leva em conta não apenas o efeito desse processo sobre os
sujeitos como também sobre os contextos sociais nos quais ele se encontra estão inseridos então veja todo os grupos que vêm estudando hoje em dia as questões de higiene envelhecimento eles olham sujeito e onde um sujeito dentro da sua cultura da economia é esse contexto antes e isso é vai ser assim essencial para nós pensarmos as questões das políticas públicas as políticas públicas elas terão maior sucesso quanto mais elas puderem contemplar os aspectos subjetivos do envelhecimento então ans se nós dizemos que a velhice é múltipla lã aqui pensar políticas públicas também múltiplas então quem o velho
daquela região o que nesse ethan é o que ele deseja quais as expectativas do entorno elvira e raquel também chamavam a atenção das noções distorcidas e genérica sobre a velhice então há uma tendência de quem velhice tem uma determinada formato que todos ficaremos do mesmo jeito e predominantemente contributos negativos então ela já traziam esse debate pra a comunidade de especialistas elas diziam o contrato entre velhos e novos é necessário nós não podemos seguir é segmentar não é como se fossem dois grupos completamente diferentes né os velhos já foram novos e os novos serão os velhos
na melhor das hipóteses né a gente pode pensar na seja sinohydro 12 mas esse é o diálogo será apavorante para os mais jovens a perspectiva do envelhecimento queria pedir para você uma reflexão sua a partir dessa leitura que se faz toda a ida da questão do envelhecimento a associado à morte o que é inevitável e como a nossa ideologia a ocidental têm dificuldade em encarar isso justamente porque é toda uma cultura voltada para a eternidade para a negação da morte pra juventude e onde o idoso vai ser a representação de um projeto meu que eu
não quero ver em mim portanto eu nego eu tento tirar isso de cena o quanto essa questão da ideologia da negação da morte interfere na nessas questões que se levantou e eu diria assim não quer dizer não conheço tanto dos países né pra poder fazer generalizações mas nós podemos pensar o seguinte que é culturas menos consumistas elas podem acolher e lhe dar né é de uma forma menos assustada com a finitude né é a finitude segundo a psicanalista a única coisa que a gente não conhece portanto ela é inevitavelmente muito assustadora mas a gente pode
tornar ela é uma questão de pânico total é de não poder entrar em contato ou de algo que faz parte também da nossa existência a gente pode pensar em formas de elaborar de simbolizar essa finitude penso que algumas culturas têm mais recursos é de origem mas também é eu acho assim que ambiente menos consumistas né eles permitem que você pense em outros valores que não só é posições frente à vida muito imediatista eu costumo dizer que eu fico muito chateada com a perspectiva de pensar que os meus filhos meus netos não vão ter trabalho lan
é não só porque há há há as empresas não se não aumentou de uma forma infinita mas também porque os meus amigos não saímos dos lugares que a gente conquistou né então acho que são decisões coletivas e que decisões que podem ser ponderada em termos de políticas públicas e no próximo bloco eu estava atrás desse velho índio esse velho é que não veste a capa pulsa do que se espera da velhice [Música] claro que todo mundo precisa de condições dignas para envelhecer bem mas o que é ser um velho digno será que ser um velho
digno é cumprir todos os periódicos da velhice é deixar de ser e de fazer de desejar eu acho que vc pode ser divertido também né você pode continuar enfrentando desafios e é correndo lá outras experiências bastante interessante olhava pro as questões do envelhecimento e eu vinha na de uma psicologia é bastante engajada participativa que teve uma importância grande de denúncia da de tempos mais duros e autoritários que o nosso país passou é mais o quê observava é que essa leitura né que é denunciava a falta de recursos para o envelhecimento a falta de perspectivas de
se contemplar a ajudar os dados demográficos que apontavam é preciso envelhecimento global da população e que o brasil também reproduz é esse mesmo o desenho da população nã mas eu achava que só denunciar a coisa não estava fluindo ness e vai bate parece que queria mais resistência então eu falei banco é que eu vou fazer como é que eu vou seguir na ativa o orientador que tocou essa aventura junto comigo e nós começamos a estudar a literatura em escolher alguns contos que podiam ilustrar é o diferentes formas de envelhecimento bom daí surgiu a definição do
título do meu mestrado que era velhos indignos e dignos entre aspas que utiliza utilizava o culto roberto do best a velha da medida então só pra rapidamente você entender o que estava procurando eu estava atrás desse velho indigno esse velho não é que não veste a capa pulsa do que se espera da velhice em função disso é eu comecei a examinar e contar o que essa velha da mãe digna do berto brest como ela se comportava então é um filho escrevendo pra outro irmão um um irmão que por sinal mora no brasil é muito interessante
isso e esse irmão conta a nossa mãe está estranha né e depois que ela ficou viúva ela começou a ter um comportamento um pouco diferente né ah e com esse comportamento diferente a mamãe não cozinha mais a minha avó tinha 72 anos quando meu avô faleceu os filhos trocaram cartas sobre o problema de saber qual o destino a dar à velha porém recusou todas as sugestões minha avó além de não manter contatos regulares com um filho que vivia na vila também não visitava nem convidava para sua casa nenhum dos seus conhecidos não freqüentava uma casa
de chá da cidadezinha em compensação e há muitas vezes a oficina de um sapateiro remendão situada numa ruela pobre até mal afamado estava longe de ser uma boa companhia para minha avó bem vistas as coisas ela viveu duas vidas uma a primeira como filha mulher e mãe ea segunda simplesmente como a senhora b uma pessoa só sem obrigações a primeira vida durou cerca de seis décadas a segunda não mais de dois anos olha gente pro templo os atuários nerd essa questão de comida a quilo já está até a dentro de um segmento sócio econômico bastante
entrou g tada mas vamos pensar né à época a coberto do brest escreveu esse conto não é que a senhora tinha 19 o quilo a comida em casa e era de button mas essa senhora começa a comer qualquer coisa na rua tal não perde mais tempo com cozinha ela também não recebe mais os vetos só no dia que ela marca aí é só mais um então aquela avó né então olha que comportamento a mãe tem a ver com vida uma vez por semana e ainda recebe os netos na varanda aí eles vão na no padre
e perde para o padre e verificar o que está acontecendo ela recebe o padre na varanda também oferece um copo de vinho por o padre e o convida para ir ao cinema gente nós não temos idéia de que isso significa mas oo a sala de cinema da época né elas eram tidas como um espaço que não era bem que isto não era alguma coisa só para pessoas mais lugares não uma mãe de família é uma avó para se ir ao cinema daquele coisas cura não é não pegava a bela que vai convidar o padre foi
com ela no cinema é isso é um escândalo e o padre vem relatar isso pro filho imagina o que que o padre me contou que a mãe de oferecer uma taça de vinho e me convidou e convidou o padre pelo cinema e na medida certa e tal não é boa a nós pensamos vir ajudar a mamãe morar no na casa dela falou não não precisa não há necessidade muito obrigada nam e também ela faz amizade aí o aspecto estejam nacional com uma moça né não muito bem afamado então ela anda com essa moça pra cima
e para baixo essa moça tem namorado esse casal jovem é carrega a senhora pra cima e pra baixo e ela tudo que ela e idealiza e desejaria ela presenteia essa moça com um guarda-sol lã guarda chuva é para o sol extremamente florido com tecidos pela fazer roupas também muito alegres né mamãe está sendo explorada por essa mocinha ram e assim vai na mãe também faz a amizade com o sapateiro anarquista é que reúne 6 pessoas à volta da mesa de trabalho e pessoas bastante viajados que contam coisas do mundo e falou de política e ela
não fala nada ela só houve tá mas ela tem sempre lugar reservado daquela mesa e sempre uma com um cálice de vinho pra brindar junto com os convidados e assim ela viaja pelo mundo ela viaja pelas noções atuais né naquele momento sobre política então foi isso que eu fui atrás né eu fui fazer entrevistas com idosos e idosos que eu no primeiro momento não sabia como definir e eu dizia que era indigno depois eu fui me aprimorando e fosse saindo mais claramente quem eram esses idosos eram idosos que tinham um projeto de vida significativo para
a sua velhice então eram idosos que muitas vezes cozinhavam mas tinha um imenso prazer em fazer aquela comidinha cheirosa ou que abordavam mas de um imenso prazer enfim que questões que eles faziam do cotidiano eram feitas com muito sabor com muito prazer com muita dedicação com muito envolvimento então foi aí que eu comecei a falar olha gente nesse fenômeno de longevidade contemporânea nós também temos 11 velho diferente que está surgindo nós até costumamos dizer não é que assim a pirâmide etária ela mudou vai trazer lembranças em antigamente era assim né meio triangular então essa base
era basicamente o brasil é um país de jovens e aqui no pico tinha um tíquete khudeir idosos o que começou a acontecer aí fui mudando mudando até para agora no momento dessa forma mais de barriga o que significa os jovens não é época de procriação é geral - filhos né e à velhice as pessoas não morrem tão cedo né então isso vai fazendo com que multe da pirâmide para a barriga tá com tendência é a longo prazo de termos quase que uma inversão no entanto é não é o número quantitativo que faz com que é
esses já saberia se ela sobressaia o que nos chama a atenção é que essa velhice ela vem se sobressaindo porque os velhos é não ficam mais os seus aposentos é como roberto alves fala o que é melhor ser respeitado ou ser desejado velhice quando a gente começa a ser tratado como objeto de respeito e não como objeto de desejo mas o que quero não é ser olhado com respeito mas com um desejo surgir um nome diferente para a cidade não é ironia de poesia pessoas portadoras de crepúsculos no seu olhar no próximo bloco então você
sonha junto com o o os netos né e esse exercício de sonhar junto né ele é de mão dupla que ele faz com que você é reacenda novos desejos [Música] muitas pessoas não chegam aos 80 porque perde muito tempo tentando ficar nos para quando se passa dos 60 são poucas as coisas que nos parecem absurdas os jovens pensam que os velhos são bobos os velhos sabem que os jovens usam a maturidade do homem é voltar a encontrar a serenidade como aquela que usufruir quando se era menina dos olhos dos jovens ardi a chama dos olhos
dos velhos brilha a luz sempre há um menino em todos os homens a cada idade e cai bem uma conduta diferente esse velho atual não é ele é um velho desejante né é um velho que não se submete e é um velho que está em trânsito psíquico né então eu até utilizando é um matou uma autora brasileira carne e leite não é que aborda a questão da crise né e vocês sabem que nós psicólogos determinadas abordagens que pressupõe a existência do inconsciente gosto muito da idéia da criança e na crise para nós ela não é
uma tragédia a crise é aquele território ela pode ser extremamente produtiva se acolhida e trabalhada mas ela fala do espaço de transição né então podemos pensar né é nessa crise que o idoso está passando no momento de vamos sair deste território realização psíquico estudei adquiriu uma série de de títulos dentro da vida acadêmica nã mas há um esgotamento físico por exemplo dentro das exigências de trabalho atuais de contrato não é quanto tempo mais eu me pergunto né eu vou aguentar ficar em pedra no aulas e imobilizando a atenção de jovens porque vai havendo uma certa
distância que você precisa se reciclar para poder se aproximar me especializei muito né então como é que eu vou acertar também agora começar a algum novo empreendimento da agora como inexperiente como é que fica a questão da minha auto estima então uma das coisas que a carne e lente fala é que essa vivência dessa crise ela pode ser tão forte como a vivência de um acidente do acidente de trânsito mesmo uma batida forte que você tenha onde você fica todo dolorido se você não ficar gravemente ferido vencer fica tudo dolorido todo machucado e todo mobilizado
em torno daquele impacto forte que você teve na então ela diz que é essa crise não é esse impacto provocado pela crise que ela produz três mandatos né bastante significativos um é não pode ser quem é eu não posso voltar a ser aquela mãe que eu fui antena já passou essa fase já foi tá não pode continuar a ser quem é então fica uma aí uma coisa meio para tal não pode ser outra pessoa ou melhor dizendo não pode ser ainda outra pessoa na casa eu estou em trânsito e laborativa estou pensando o que eu
vou fazer daqui em diante não é com o meu tédio de fazer sempre a mesma coisa ou com o meu cansaço devido aguentar ficar tantas horas no mesmo ofício plantão isso também gera a ele ficar nesse terreno que não é nada sólido e não pode deixar de ser né então quem sobre o significa quer dizer essa questão está me apertando essa crise lan se eu jogar ela pro ar na segunda carneiro lente né o que pode acontecer né ou só mostro ou delirando esta pele que cobre a minha mão como uma luva que vem que
é este que só parecem soprar em três bandas sensível superfície por fora a lei a casca dentro há pouco ea distância entre as duas que me atropela pensei em entrar na velhice por inteiro como um barco um cavalo mas me surpreendo jovem velha e madura ao mesmo tempo e ainda aprendendo a viver enquanto avanço na rota em cujo fim à vida colide com a morte ainda a nossa cultura tem muito a trabalhar para transformar a esse mutar nessa idéia de mutação então veja não é uma idéia de mudar de você sair de uma coisa é
uma outra completamente discutiu com desconhecida você não deixa de ser que a outra pessoa com toda aquela experiência que você tem e todas aquelas recordações etc e tal mas alguma coisa precisa ser ajeitada nesse outro desse jeito que você é é isso a gente pode transformar numa coisa muito trágica ou pode transformar em poesia mas a gente pode pensar que é nesse material que a gente tem é que estão as peças pra gente confeccionar algo novo nós temos que descobrir o próprio sujeito que está no processo de envelhecer em ciência é matéria prima para construir
esses novos tempos [Música] às vezes as pessoas têm uma idéia sem bom você se torna o óbvio né então eu vou já teve experiência de cuidar de filho não é tão natural que não tem preocupação nenhuma né mas quando você começa a cruzar dados estatísticos se começa a ver que são épocas onde os avós adoece é muito daí passa a ter um sofrimento muito grandes aí você participando né de uma perspectiva de se perguntar o que acontece né por debaixo desse pano né você começa a levantar hipóteses num uma dada às questões que a gente
fala né é que a naturalização dos fenômenos de indo do envelhecimento que fazem parte eles são é muito ruim pra gente poder encarar de frente o que pode estar acontecendo né então por exemplo quando a gente fala da e velhice em ciência já está falando do momento de transição o termo adolescência a gente conhece a essência a gente não conhece então a gente cria nomeações ram dá nome pra aspectos que antes não se olhava com esse tipo de cuidado então um velho em crise no momento que se torna vou é natural é assim mesmo é
a vida morreu morreu nã já tava já viveu tantos anos é é a faz parte da do esperado socialmente né o que a gente vai dizer é isso não tem nada de natural tem uma crise que se instalou aí e que a envelhecer essência tá chamando atenção para esse manter a matéria prima para estes componentes né podemos fazer com muito cuidado essa analogia com a adolescência tá cuidado é por exemplo é um adolescente ele tem transformações físicas na velhice nós também temos muitas transformações físicas né o adolescente tem a crise não quer dizer é para
algumas coisas e é você já é um adulto para o outro não ser um adulto o suficiente para fazer isso ou aquilo o idoso também quer dizer se espera que ele faça algumas coisas e de repente não você não pode fazer porque é velho né então essa inteligência e se a fala desse momento aí de transição não é pouca coisa deve ser contemplado e temos que pensar formas de escuta aqui escutar né discuta para o próprio idoso ouvir o que ele está falando lan e se repensar isso é necessário [Música] lima que eu falei da
crise como poesia então é isso é dar velocidade é essa possibilidade de você através do neto é reacender componentes deus ampare adormecidos e voltar a sonhar voltar a pensar né o que você poderia fazer e sonhar é veja essa relação não é ela é de mão dupla néel neto é alimentando a avó eo avô de alguma forma sonhando através do método veja nós temos muitos desejos né de realizações quando a gente chega uma certa idade já viu que nem metade deu pra fazer não é aí os medos são de novo essa possibilidade de sonhar ou
de apoiar esse sonho né então você sonha junto com o o os métodos né e esse exercício de sonhar junto né ele é de mão dupla e faz com que você é é um reacenda novos desejos não apenas os netos de espeto aos maiôs documentário presente perfeito de bambix mostra o que acontece quando uma escola se integra à uma casa de idosos em si a tom esse é o carrinho e o senhor da corte o que vivem no país estão se apagando ai ai mumbai mas ganhamos ama e quer no próximo bloco se você vislumbra
a velhice unicamente como a morte como sinônimo de morte você não pode nem olhar bem pessoal nem sonhar com o futuro são infinitas as formas de se e merecer os estereótipos deve-lhes já não funcionam mais o avançar da idade não é feito só de medos restrições e pedras esse olhar sobre a velhice começa ele sim a caducar precisamos agora inventar outras formas de amparar essa nova deli se uma das coisas que acho que é importante a gente é tá falando né é que a os velhos né se sobressaindo né eles vão se sensibilizando também outros
segmentos etários a perseu abramo fez uma uma pesquisa em profundidade há um tempo atrás é e aí um dado que emergiu dessa pesquisa foi bastante interessante porque começou a aparecer o seguinte é jovens que achavam bastante interessante envelhecer é um bom sinal quer dizer se começa a haver perspectivas da num processo que provavelmente você vai estar participando mas havia uma outra coisa que é desse aspecto interessante internacional que nos preocupou bastante com o formador de profissionais que são é idosa sus muito desconfiados com relação ao convívio e ao ser cuidados pela geração mais nova né
então vejo a lei não sei eu acho que os jovens não gostam tanto assim dos velhos ou jovens não compreende eles maltratam os velhos né a gente ouve no noticiário muita coisa né denunciando os riscos que se corre isso não é bom né porque não é bom se nós pensarmos dessa pirâmide está invertendo e que nós vamos viver muitos anos muitos mais anos né as dependências inevitavelmente apareceram essas dependências aparecendo nós precisamos de cuidados específicos se você precisar em quanto o velho de cuidados específicos e a quem que trai você vislumbrar a quem que trata
como ameaça vai ser muito duro vai ser muito duro pra quem tá sendo tratado e vai ser muito duro para os jovens profissionais que estão se construindo não é para trabalhar com o envelhecimento então isso são coisas que a gente tem que pensar né tem que pensar na formação dos profissionais mas temos que também começar a pensar na formação dos mais velhos nós falamos muito da educação continuada em educação continuada só que em termos de projectos né a gente não vê essa educação continuada sendo pautada desse sentido de instrumentalizá los pra os tempos contemporâneos dom
vocês podem falar bom tá bom tende a teoria ea prática dessa coisa e não é como é que funcione políticas públicas como é que funciona em termos de projectos e tentam contar agora alguns autores não é que andaram pesquisando e publicando não é sobre esses aspectos um deles é o josé carlos reino que ele trabalha muito a questão da intergeracionalidade e ele tem uma leitura a seguinte olha nós até agora estamos falando muito dos direitos dos idosos se nós pensarmos na questão cidadã esses idosos com direitos eles também têm deveres e o dever lan ele
implica em olhar o teu entorno e o teu entorno é é a pessoas de outras gerações não é você olhar só os seus direitos mas a pensar também bom como é que você pode trocar e como é esse é o inter punk intercâmbio né então um felino começa a propor não é é é uma série de atividades e práticas nem contou o psicólogo ou enquanto intervenções né é que proponham essa inter já lhe intergeracionalidade nesse sentido de intercâmbio de conhecimentos em intercâmbios de esforços e isso gente é uma forma de a gente não pensar da
crise como a intolerância am porque se a gente pensar a nossa sociedade que é baseada em que acho que a gente já começa a questionar isso também no nosso país né a sociedade de consumo o velho mais lento ou velho com múltiplas dependências ele é um estorvo para os mais jovens produzirem e se aprimorar e então a questão da hitória intolerância com relação à velhice né ela surgem na dentro dessa perspectiva é por isso que eu tô aqui tentando chamar a atenção que a velhice não é um caso os outros velhos né a velhice é
uma questão de todos nós vou comentar então agora dada é muito fado não é que ela publicou dois livros e um deles é lá a aborda a demência como uma defesa é de quem não está do velho que não está suportando e entrar em contato com essa realidade então ela diz parece velho tem duas possibilidades ou ele morre o ele denuncia então veja a a gente tira essa reflexão não é também da questão é da formas contemporâneas de lidar com as questões do sofrimento psíquico quer dizer até pouco tempo atrás a gente vamos dizer que
já lá vão os nossos pacientes nossos pacientes sofrimento psíquico hoje atacou tá tudo uma outra conduta inclusive graças às medicações que permitem que haja um outro lidar com essas questões que pertence a todos nós também não são isoladas não é que a gente não pode se desfazer não é como se fosse um objeto que não é condizente que está incomodando lan é porque inclusive se a gente começa a pensar né em é eliminar isso que nos é chocante nos é indesejado não quer dizer quando nós temos esses componentes são muito claros que nos pertencem também
não é nós ficamos apavorados não quer dizer quando vai ser a nossa vez de sermos jogados fora ou de ser apartados o documentário a live um sai vivo podendo mostra o trabalho de dengue o fundador da organização música e memória graças ao poder da música muitos idosos em processo de demência despertam para as suas memórias e afectos à maíra a inglaterra music e kibaki e irmãs a oi tem quem é o pai me enviou o link aberta e não violento conecta haiti tinha muda não olha a mulher quem foi que é hora gente pensar em
formar profissionais criativos não é nada fácil ano porque isso exige não que você olhe para determinadas realidades e e faça propostas novas propostas novas celas têm geralmente uma certa dificuldade de serem aceitas elas mexem com as instituições com as pessoas com as regras mas podem ser muito divertidas da gente costuma dizer que quem contribuiu muito para mudar a imagem do do velho e da velhice não é foi a publicidade é também levando muito viu no país onde há uma baixa renda quer dizer aquele velho que tem casa própria têm as necessidades básicas a mínimas a
cumpridas é ele tem algum dinheiro para gastar em alguma coisa então a publicidade que foi descobrindo essa esse potencial consumidor e começou a usar a imagem dele pra a mobilizá lo pra esse consumo né no começo apareceram imagens da velhice muito criticados van onde o velho ficava numa posição menos estereotipada de surdo então repete então como é que é um micro ondas o que tentar né eu acho que a partir do momento que você começa a formar o outro publicitário e começa aqui nós lá pelo menos fizemos isso nós chamamos publicitários nossos alunos fizeram atividades
abertas e foram fazendo todas as críticas nem a relação à inflação esse modelo de velhice que estava sendo pautado né e foi bastante interessante porque a gente e te ver né essa imagem aos poucos indo absorvendo esse outro velho né vou dar um exemplo de uma então vocês devem conhecer sem nomear a a a empresa né mas é o jovem está no restaurante né entra alguém ele olha quem é quem é e nós estamos esperando com a beldade que vai chegar né e de repente chega uma beldade que a avó dele na rms e levanta
então ele está convidando avó para o jantar então penso é que há alguma coisa é em transformação aí eu fui muito namorada eu já morei sozinha ela não ela não conhece o rosto quando é caso eu casei em 50 e antes de você né número 55 eu sou bem até nós vamos até navas novo grohl for u pune na área lúcia evanir posso de tirar foto eu saí série a sair séria você pensar o aqui agora você precisa ter uma história anterior que precisa ser mexida record recuperada se você vislumbra a velhice unicamente como a
morte como sinônimo de morte você não pode nem olhar nem pensar nem sonhar com o futuro né e nesse ponto eu pego uma designação do sartre que eu acho ótimo né ele diz assim o passado precisa ser ultrapassado antes né então você precisa ter um passado o estofo né vai ficar só dessa recordação de si só lembrar das memórias ness e elas poderem dar um outro sentido para a existência aqui agora é uma coisa a que empobrece as suas perspectivas enquanto sujeito mas reflexões no site facebook do instituto cpfl e no canal do café filosófico
cpfl no youtube em que mudar as nossas jornadas de trabalho não é que é uma coisa que está sendo pensada é introduzir a jornada é de metade andada jornada dá um tempo integral é como uma possibilidade de você é tornar as pessoas longevas mais incluídas no mundo do trabalho por baixo dela [Música]