beleza vamos lá então sopro cardíaco primeira coisa quais os mecanismos que geram sopros cardíacos certo então analogia que a gente cita é o seguinte Imagine que você tá lá você abre a a torneira lá da da sua pia eh da cozinha bem baixinha fluxo laminar aquela só aquele fetez de água você vai escutar alguma coisa não aquela Digamos um fetez mínimo você não vai escutar o som da água saindo no máximo você vai escutar água atendo né na pia propriamente dita eh mas tranquilo é um fluxo laminar sossegado Sem problema já nesse exemplo aqui a
mangueira de bombeiro aquela eh jato em alta pressão Obviamente você vai escutar facilmente aquele barulho da água saindo então o esquema é esse certo Normalmente quando o sangue Tá circulando no nosso corpo ele Tá circulando dessa forma é um jeito fisiológico laminar sem causar maiores reverberações turbulência de sangue nada do tipo então se você pega um paciente lá sem comorbidade sem nada coloca o esteto você escuta Tut tá Tut tá você não escuta o barulho do sangue circulando correto já se você tem algumas situações que a gente vai ver na sequência quais são que causam
um fluxo turbulento não laminar do sangue você pode escutar isso com o estetoscópio aí que mecanismos são esses são três basicamente figura do livro da gente pode ser um fluxo de alto velocidade tá tudo normal estruturalmente não tem problema nenhum mas é simplesmente o fluxo de alta velocidade por exemplo a mangueira do do bombeiro colocou uma pressão danada A água tá saindo no fluxo Muito alto isso gera turbulência você vai escutar alguma coisa o segundo mecanismo é quando você tem uma obstrução no local ou seja aqui era o vaso para est normal completamente aberto e
aí você tem uma obstrução aqui no meio do caminho isso também vai fazer com que o fluxo que era laminar antes começa a turbilhonar etc turbilhonar o sangue tem sopra e o terceiro tipo é quando você mais jaro é quando você tem um aumento abrupto de calibre então o vaso estava vindo aqui com esse tamanho de repente ele dilata bastante isso também pode gerar e turbulência e por consequência O sopro o principal tipo é esse aqui da obstrução que não é só obstrução você já deve estar pensando ah estenose aórtica coisa do tipo mas não
é só isso é qualquer lugar que tenha entre aspas um orifício um buraco dentro do do coração dentro do corpo que não deveria acontecer e que o sangue tá passando por ele por exemplo Digamos que você tem um paciente que teve um endocardite de mitral e a infecção rompeu a cúspide posterior da mitral como mostra aqui essa figura do livro da gente ou seja você vai ter sangue voltando do ventrículo esquerdo para atro esquerdo sob alta pressão por um buraco que não deveria existir isso vai gerar turbulência você vai conseguir ao escutar isso eh com
o esteto ou não o paciente não tem teve um endocardite nada do tipo não mas teve um prolapso mitral que quebrou aqui rompeu uma cordoalha tendínea mais uma vez a mitral que deveria estar fechando segurando ali o sangue não vai acontecer isso vai aparecer um orifício aqui que normalmente não existiria e de novo vou ter esse sangue saindo do ventrículo esquerdo pro láo esquerdo com alta velocidade turbilhonar sopro de novo Eh depois por exemplo con genta tô aqui com paciente que nasceu com um uma CV né Um defeito do cito interventricular E agora tem o
sangue que normalmente não acontece isso mas nessa situação tá saindo o sangue do ventrículo esquerdo para o ventrículo direito através desse orifício pequeno orifício que não existe normalmente mais uma vez turbil de de sangue sopro E por aí vai então aquele segundo mecanismo que a gente viu de obstrução é a coisa mais Ampla na verdade sempre que eu tiver ali algum difício algum buraco que não deveria existir e que o sangue tá passando sobre alta pressão isso vai gerar sopro Eh aí uma dica importante sopro não é diagnóstico certo sopro é um sinal de exame
físico então quando chega aquele paciente Ah meu Eh meu filho tem sopro ou eu tenho sopro tal ele fala isso como se isso fosse uma doença propriamente dita como hipertensão coronário hipatia não é isso é sinal de que pode ter alguma coisa alterada no coração dele mas nem sempre sopro vai ser consequência de cardiopatia a gente vai falar na próxima aula eh de sopro inocente e acabamos de falar um exemplo o hiperfluxo de sangue per si já pode causar eh o som audível de sopro sem ter nada estruturalmente alterado ali no coração por isso a
gente diz que sopro não é igual a eco certo por qu se eu peço o eco para paciente é que eu quero achar a alteração estrutural que tá ali por detrás mas se nem todo o sopro é causado por alteração estrutural Nem sempre eu vou ter que pedir Eco para esse paciente isso também de vez em quando é pedido em prova a gente vai fazer uma questão eh nossa própria na na sequência que vocês vão ver como é que isso poderia cair em pró aí outra coisa clássica né quais os quatro tipos clássicos de sopro
então primeiro a gente tem um sopro chamado em diamante né que aí eu vou fazer vou fazer a zona matopia aqui fica meio ridículo mas é importante certo então o normal seria tutar tutar no sopro em diamante que é clássico da estenos aórtica você vai ter um Tust Tust Tust aí por que que ele é diamante né isso aqui todas essas representações gráficas surgiram de equipamento que tinha lá atrás éc de 40 50 que era um fonocardiograma o fonocardiograma é como se fosse um esteto entre achas digital que ele captava o som e fazia uma
inscrição no no papel como se fosse um el uma mistura de cardiograma e e e estetoscópio coloca lá no Google for no cardiograma que vocês vão ver E aí tinha Esse aspecto aqui em diamante onde Ele começava mais baixinho atingia o pico ali mais ou menos no meio da sístole e depois diminuía então tu tá né então ele tem um pico ali no meio da sistol isso daqui acontece só na estenose aórtica Eduardo não acontece basicamente qualquer coisa ejetiva então estenose aórtica estenose pulmonar qualquer coisa que esteja acontecendo na sístole e que o sangue esteja
tentando sair atrav vés de alguma coisa obstruída Resumindo o segundo tipo é o sopro em barra vejam que é sistólico né Tá entre a primeira bolha segunda bolha é sistólico mas enquanto o de cima era tstar tstar esse daqui ele é meio uniforme ao longo de toda cía então seria então ele é mais ou menos e uniforme ele não tem um pico etc é uma coisa em barra por isso que aparece aí que realmente parece uma barra né e o clássico são os sopros regita enquanto que aqui e tradicionalmente tá ligado com obstrução do sangue
para sair do coração ou direito ou esquerdo aqui o sangue tá voltando para lugar que ele não deveria Então tá voltando ou do ventrículo esquerdo para dentro do atro esquerdo aí no caso seria uma insuficiência mitral ou do ventrículo direito para o átrio direito aí seria uma insciência tricúspide terceiro tipo agora passando para diástole é o sopro aspirativo ele acontece logo depois da segunda bolha então seria aquele tchá tchá tchá então é como se tivesse aspirando alguma coisa né Eh para dentro do coração e Acontece classicamente na insuficiência aórtica pode acontecer na insciência pulmonar também
mas o clássico é na insciência aórtica então é sempre que tem sangue voltando para o coração durante a diol e que não deveria voltar então tá voltando da horta para dentro do vetc esquerdo no caso da insciência aórtica ou tá voltando da artéria pulmonar para o ventrículo direito no caso da insciência pulmonar e o quarto tipo que é o sopro en ruflar que acontece classicamente na estenose mitral também pode acontecer na estenose tricúspide e a anomatopeia esse é o mais chatinho de fazer Mas em vez de ser tut tut ele faz tut tut aí o
ruflar o que que vem ruflar que esse que a gente faz não sei se o áudio vai pegar tão bem porque é um é um som mais fáil de reproduzir mas ele parece o ruflar das asasas de um pombo você tá lá no parque quem é que não gosta de fazer isso tem lá uns cinco 10 pombos no chão você dá uma carreira no pombo ele ele voa rapidamente e faz aquele barulho característico da Asa na hora que ele que ele alça voo né Então pessoal antigo de semilia fez analogia da estenose mitral com o
o RF né da da asa do Pom Então seria mais ou menos isso tut tut é o normal o ruf seria tutar tutar mais uma vez não sei se o áudio tá tão bom mas é isso passei por ridículo aqui mas foi só para para vocês entenderem direitinho e aí sim uma coisa importante tem o conceito de frêmito que a gente vai usar daqui a pouquinho então todo mundo na na faculdade euv falar frêmito onde é que você vê frêmito alguns sopos cardíacos tal e por exemplo todo paciente diálise se você colocar a mão sobre
a fía da diálise você vai sentir aquele aquela reverberação né então o fremito a sensação tátil da do sangue turbilhonar passando por ali né então você sente aquela sensação de alguma coisa vibrando então por isso que o termo frêmito palpável é redundante porque todo frêmito é palpável é visto pela palpação então é a redundância você tá falando uma coisa que não precisa então você não precisa dizer frame palpável em eh seguro de espaço intercostal enfoco a ótico você fala frame enfoco a ótico ponto final eh e aí uma dica bem interessante is aqui essa dica
a gente tirou do livro do julios constan livro Espetacular de semiologia bem barato um lembro que eu comprei na época da residência r$ 0 lá no incol Pens R 30 bem gaio sensacional o livro E aí ele tem essa figura que a gente adaptou pro livro da gente que é o seguinte qual é a região da mão que você vai usar para palpar coisas diferentes na parte cardiovascular então é o seguinte a ponta dos dedos é muito bom pra gente procurar pulsações localizadas que é uma sensação mais Essa região é uma sensação mais sensível é
uma região mais sensível então por exemplo o ictus Cord né a a a região de de impulso apical do coração você consegue ppar bem com a ponta dos dedos essa região aqui na base dos dedos é muito bom para você ver frêmito e bolhas palpáveis também às vezes a segunda bolha por exemplo no foco pulmonar é tão alto é então audível que se você colocar a mão em cima você consegue sentir o o choque da da da válvula contra a pele sabe a reprodução né e o fremo também ah quero ver se tem fremo e
foco aórtico eu pego essa região aqui da mão e coloco sobre foco aórtico e a terceira região da mão seria essa daqui na base da mão onde você vai ver levantamentos Então como a gente falou lá no na aula de palpação eu quero ver esse paciente tem sobrecarga de ventrículo direito como é que eu posso ver isso pelo exame físico eu coloco essa essa parte da mão sobre o externo do paciente se você colocar sobre o seu externo agora veja que você não vai notar nada você não vai sentir uma pulsação e uma pancada sobre
sobre a sua mão mas no caso de sobrecarga de ventrículo direito você vai sentir sim aquela coisa sendo elevada certo então esse é levantamento de mesocárdio que geralmente indica sobrecarga de ventrículo direito e aí mais uma dúvida é o seguinte como é que eu vou graduar os sfos cardíacos certamente na época da faculdade você viu graduações diferentes tinha gente que gradua em quatro Cruzes tinha gente que gradua em seis Cruzes outro dia D eu vi no pontuário alguém que graduou em cinco Cruzes eu falei é cin Cruz eu não conheço não mas vai que tem
mas a classificação clássica é a classificação de Levine ou livine dependendo da pronúncia que classifica de uma a seis Cruzes Então antes de mais nada teve fremito vai ser de grau quatro para baixo para para cima né grau quro C ou seis né para baixo aqui na figura não teve fremito é da aqui para cima grau um dois ou três beleza aí vamos eh dividir melhorzinho agora o grau um é aquele sopro que é discreto e que muitas vezes você só vai conseguir ao escutar fazendo manobras no com o paciente por exemplo e sopro mitral
ele costuma ser melhor audível quando o paciente faz o decúbito lateral esquerdo né Por quê Porque aí a o foco eh o coração vai se aproximar mais daquele foco mitral você consegue escutar melhor sopros aórticos muitas vezes você vai escutar melhor coloca colando o paciente sentado e ftio o tórax pra frente porque aí vai aproximar mais o coração do foco aórtico e assim por diante então o grau um seria esse aquele sopro que você bota o paciente deitado decp dosal Fala rapaz não sei se tem não sei se não tem na hora que você coloca
numa posição específica como decp lateral esquerdo você fala não achei tem aqui O sopro grau dois é aquele sopro que ainda é discreto em intensidade Mas você bota o paciente dosal e você consegue escutar razoavelmente tranquilo do grau dois pro grau três aí é uma questão subjetiva o grau dois é discreto o grau três é moderado é importante aí tem o qu de subjetividade no no meio do caminho Tem gente que fala grau dois é em um foco só grau três éem mais de um foco Mas enfim isso varia um pouco de lugar para lugar
a partir do momento que aparecer o fremito aí vira grau quatro para baixo aqui na tabela certo então o grau quatro é aquele sopro de de intensidade moderada importante com frame o grau c é aquele que é a mesma coisa sendo que só você pegar o exento e colocar uma parte do esteto só sobre o tórax do paciente você já o escuta certo então Digamos que isso aqui fosse o esteto o a o diafragma se você tem que colocar o esteto todo colocar o diafragma inteiro em contato com a pele e ele é grau quro
se você consegue colocar o diafragma de banda encostando parcialmente na pele do paciente seria grau c e o grau seis é aquele que você não precisa nem colocar o estet tá danado Eduardo aí existe isso existe eu já escutei umas duas vezes não quer dizer que você vai escutar 5 m de distância do paciente não aí também já exagero mas só de você pegar o esteto e colocar o diafragma digamos sem encostar na pele do paciente a um ou dois dedos de distância da pele do paciente você consegue escutar um dos que eu escutei foi
na época da residência era um um um rapaz com persistência cono arterial que era bem claro assim foi um dos poucos sopros grau se em seis que eu que eu vi na minha vida então é isso resumo inicial de sopro agora a gente vai começar a detalhar melhor cada um e sopro fisiológico na próxima aula até lá