[Música] bom vamos então iniciar nesse tópico é que vai tratar das atualidades e perspectivas de trabalho do psicólogo escolar e educacional nas redes de educação não é um tema muito importante que cai bastante em prova eu vou apresentar rapidamente plano de aula pra vocês na quase stops nós vamos trabalhar nessas próximas quatro aulas nós vamos ver vou começar apresentando alguns desafios ao trabalho dos psicólogos escolares não são muitos desafios não é votar apresentando alguns nós que eu considero principais né vamos trazer aí uma diferença entre 2 duas abordagens os problemas de aprendizagem e os problemas
de escolarização ou fazer essa diferença entre o que seria um problema de aprendizagem que seria um problema de escolarização especialmente porque isso já foi cobrado em prova em concurso para psicólogo nessa diferença de entendimento então vou abordar essa diferença com vocês não vou apresentar para quem ainda não conhece quais são as demandas que os psicólogos escolares costumam receber das escolas do tipo de encomenda tipo de demanda a gente recebe uma maior freqüência vamos tratar também de um assunto é rapidamente muito importante que é o assunto da medicalização da vida escolar é porque comportamentos que antes
eram considerados normais da infância hoje são rotulados nesta considerados transtornos e distúrbios né vamos pensar em algumas pistas que alguns autores trazem pra gente pensava avaliação psicológica no contexto da educação mec é algo muito importante a gente pensar vou trabalhar pra vocês e vocês a noção de escola qual é o entendimento da escola de concepção essa escola que a gente tem quando a gente tá ali atuando como psicólogo escolar é como a gente entende essa escola é como instituição é como estabelecimento vamos trabalhar também o conceito de coletivo é um conceito muito importante que eu
acho que ajuda a gente a pensar nessa prática ea buscar parcerias dentro da escola é porque a solidão tem sido algo que tende potencializado muitos profissionais a ação é o profissional de educação quando ele está sozinho e senti que ele não pode dar conta de problemas de diferentes ordens na então a gente precisa buscar sempre a parceria dentro das escolas é vou trazer para vocês algumas referências técnicas ao trabalho de psicólogos escolares essas referências técnicas elas foram produzidas pelos nossos conselhos de psicologia tanto federal quanto os regionais então elas estão reunidas num manual que vocês
acham na internet que vai trazer ali muito junta este questões é interessante a gente pensar com relação a essa prática da psicologia escolar e algumas diretrizes de trabalho algumas orientações éticas para esse trabalho né o diferenciar rapidamente né os conceitos de interdisciplinaridade multidisciplinaridade transdisciplinaridade porque isso também pode cair na sua prova na então existe uma algumas diferenças entre esses três conceitos na e vou encerrado com que a gente partiu nem falando mais uma vez os desafios ao trabalho dos psicólogos escolares certo então espero que vocês gostem do curso que seja muito proveito muito proveitosa as
nossas próximas horas aí de trabalho na é vamos começar então como eu falei apresentando alguns desses desafios é quem já trabalha a escola já conhece quem não trabalha ainda certamente é um dia vai trabalhar e vai entender isso que estou colocando aqui né alguns desafios que também tem a ver com as diretrizes de trabalho problematiza a é o primeiro deles acompanha comigo problematiza as demandas por resoluções imediatas das questões porque o professor e educador orientador educacional quando apresenta um problema para a gente ele quer que a gente responda de uma forma imediata não é é
um ano trabalhava em escolas municipais eu procurava saber né desses educadores professores que encaminhavam os alunos para psicologia escolar e às vezes é o professor que encaminhava mas também poderia ser o orientador pedagógico orientador educacional uma coordenação da então é quando visitava a escola procurava entender né quem estava acontecendo porque a demanda foi formulada foi direcionada determinada ano né e muitas vezes o que eu via como expectativa ao trabalho da psicologia escolar era era o seguinte né os professores viravam falava assim eu quero que você algo muito simples psicóloga eu quero o diagnóstico ea solução
do problema pronto né simples né como se isso fosse muito simples então a gente está lidando o tempo todo com demandas que encomendas com pedidos de resolução rápida das questões pessoas não querem perder tempo não querem parar pra pensar que está acontecendo mas querem a resolução rápida é que geralmente que a escola pede que a gente faça um laudo apresente um diagnóstico do aluno é nem um diagnóstico institucional e diagnóstico do aluno e quando digo o aluno não dois são centenas né como trabalhava atendendo diferentes escolas e receber por ano centenas de encaminhamentos um segundo
desafio é muito importante cuidar e acompanhar comigo para que nossas ações não se pautem por uma percepção de que a escola é uma instituição fechada há mudanças não vou tratar sempre esse tópico mais à frente por enquanto eu só vou apresentar a terceira pautar as intervenções atentando para as contradições presentes nas escolas estas as escolas não são isoladas do momento histórico político social e cultural de uma sociedade a gente nunca deve entender a escola como estabelecimento como organismo fechado em si mesmo que nada tem a ver com o que acontece no seu entorno num momento
histórico e político em que ela vive até porque muito do que acontece à na escola né tem a ver também com o que acontece fora das suas paredes na então escola não é um organismo isolado a gente precisa tá entendendo essa escola nesse contexto nem assim como as demandas que chegam pra gente chega formuladas a partir de um determinado contexto certo então mais um desafio buscar ferramentas para acessar a dimensão de complexidade da escola é percebam que este está sendo chamada que o tempo todo a nossa atenção para a complexidade para as contradições da escola
né a qual não se constitui somente em um edifício tá mas sim em território existencial em que a diversidade de vínculo faz diferença facultando múltiplas possibilidades aqui a gente tem entendimento de escola de instituição escolar baseado no referencial que da análise institucional que vai entender que instituição não é sinônimo de estabelecimento que a escola não é sinônimo estabeleciam que se quer dizer pra gente o que a gente precisa entender a escola nas suas contradições na sua complexidade né a escola é permeada por múltiplas forças múltiplos entendimento de que a educação de qualquer papel do professor
qual é o papel do aluno qual é o papel do psicólogo então a múltiplas maneiras de estar nessa escola né está fazendo essa escola existe né entender a escola como instituição entender que ela opera com regimes de verdade é que são produzidos historicamente né por mais que esse regime de verdade nessas normas tudo fica instituído se apresente como algo a histórico universal como verdades absolutas tudo isso que gira na escola como verdade foi produção social foi produção coletiva então nada ele é neutro nada ali é histórico é importante que a gente entenda essa dimensão da
escola comum algo vivo a escola não é uma com um modelo estático ele é vivo ela está sempre em funcionamento em contradição com forças ali luta o tempo todo não é por isso que esse entendimento é importante é que a gente pense se a escola é um organismo múltiplo vivo e intenso aqui forças nós vamos nos alinhar onde nós vamos buscar parcerias nessa escola porque cada escola uma multiplicidade de modo de ser e de pensar certo então é importante que a gente desde a escola não sabe nessa necessário esse movimento nunca como um estabelecimento no
sentido de que ela é algo fechado algo estável certo então essa é uma concepção é muito importante de escola é mais um desafio na continuam aí dar visibilidade às instituições que estão em jogo nestas relações escolares que regime de verdade que estão operando ali né como são produzidos os 'especialistas' né e tudo mais e favorecer a multiplicidade de narrativas é do cotidiano para produção de outras maneiras de entender e sentir e agir na formação escolar então aqui a gente vai ter uma dimensão ética é importante o trabalho do psicólogo né isso favorecer essa multiplicidade de
narrativas não é porque a gente fica muitas vezes preso único modo de ser professor desse aluno e não atenta à moda dos outros né de fazer educação de preparar uma aula está vivendo nesse cotidiano escolar é um outro desafio é lutar de forma permanente para escapar do lugar de saber e hierarquizam antes em relação de professores esse ponto aqui é um dos fundamentais fundamentalismos né porque muitas vezes o especialista na escola não tô falando só do psicólogo mas a gente está pensando aqui no trabalho do psicólogo se coloca numa posição ali de poder e hierárquica
com relação aos saberes dos professores e dos estudantes dos educadores de uma forma geral tomando a palavra é pra dizer o que é certo como é que uma pessoa deve se comportar qual o melhor jeito de ensinar né e isso é uma postura né que a gente precisa questionar essa postura do especialista que tudo sabe que vai lá na escola né e vai dizer como as pessoas devem se comportar né é ainda mais nessa gente pensar no conteúdo caso educacional professor entende muito mais em educação que a gente sabe muito mais do tipo de processo
pedagógico do ensino aprendizagem do que a gente muitas vezes o professor é ele espera que nós é digamos que esse álbum tnsm que a gente não conhece esse aluno a gente teve com esse aluno uma vez não observou durante alguns minutos o professor já acha que com essa observada curta a gente vai saber o que cada um tem quem falando é o que o aluno não é esse professor vai com ele ele a gente precisa fazer entender que ele conhece muito mais desse aluno sabe muito mais do que nós especialistas que muitas vezes nem trabalhamos
na escola fazemos visitas pra orientar as escolas visitas pontuais o outro e e então né atenção à complexidade social pedagógica e institucional em que são produzidas as problemáticas netamente já falamos bastante desse nesse ponto valorização dos profissionais como agentes principais no processo educacional nessa valorização de desse corpo docente esse profissional de educação é fundamental porque é um profissional que historicamente é desvalorizado é desvalorizado em vários sentidos né em termos salariais em termos de condição de trabalho não é essa desqualificação dos saberes docência ela é muito intensa historicamente produzida ainda hoje é algo muito sério na
toa que os profissionais em educação encaminham tanto os alunos para especialistas porque eles sentem que eles não sabem é o professor é um profissional é o profissional que mais diz eu não sei lidar com isso eu não tinha informação pra isso eu sou mal formado mas na verdade todos nós reforçamos mal formados na minha professora uniprofissional que disse isso os outros personagens dizem mas o professor é muita gente tem a sensação de que ele foi uma formada e todos os profissionais de todas as outras áreas foram muito bem informados que vão ter respostas pré prontas
imediatas para tudo né isso é algo muito comum também que a gente precisa e com muita calma e problematiza e mais um ponto aqui também um desafio um desafio seja o governo e aqui são só alguns não é que eu considero bastante importante na então última que ele seja usuário é participação nas análises e construção das estratégias é ético político pedagógicas que são utilizadas na escola né então como a gente vai ver aqui a gente está trabalhando com autores que vão defender que o psicólogo ele viva esse cotidiano escolar ele participe da elaboração do projeto
político pedagógico ele atue mesmo como um profissional de educação não como um especialista que vai de vez em quando a escola quer dizer o que os professores têm que fazer mais um profissional que participo ativamente nesse cotidiano dessa escola né participando também aí de silício desse contexto educacional e 2 e daí as decisões aí que a escola toma diariamente né é a trazer para vocês uma citação de uma autora que eu gosto muito ela se chama adriana marcondes machado professora da ufsc professora e psicóloga trabalha há muitos anos com psicologia escolar e educacional orientam está
agendando aulas sobre esse assunto né ela vai colocar as questões da psicologia escolar de uma forma muito interessante então a companhia dele no slide comigo que eu vou ler um trechinho pra vocês um dos textos dela que eu gosto bastante ela resume bem né acho o trabalho do psicólogo ela vai dizer assim ser psicólogo estar na escola é uma faca de dois gumes porque produz a necessidade de atendimentos individuais reforça essa idéia de problemas emocionais a linha passa a idéia de patologias individuais intensifica-se a ilusão de que o psicólogo pode convencer os alunos e familiares
agirem de maneira diferente isso tudo também depende de como psicólogo ocupa o lugar que imaginariamente e atribuído pelos educadores ele pode por meio de sua ação confirmaram não essas crianças presentes no campo social e produzidas historicamente né então ela traz aí resumidamente né alguns desafios do da nossa prática com psicólogos escolares porque é porque basta a gente colocar um pé na escola não sabe colocar gente coloca é na escola ea gente não precisa nem abrir a boca nem a gente abre a boca a boca pra falar qualquer coisa a nossa presença ali já vai produzir
essa essa necessidade de de que de atendimentos individualizados nessa necessidade né educadores sentem essas expectativas de que nós porque temos psicólogos irão necessariamente olhar um indivíduo de forma individualizada apenas então a nossa presença nossa mera presença já produz uma série de expectativas e isso independente da nossa abordagem teórica é porque muita gente vai ter uma postura problematizadora mas expectativas por um atendimento individualizado descontextualizado da escola ela permanece muito vivo né como eu falei naquela passada porque a própria psicologia historicamente ela vai é ela vai produzir s dela vai construir essa idéia de que a psicologia
está ali para dar conta de problemas emocionais para dar diagnósticos para dar um laudo então é algo que é muito difícil de construir isso por mais que a gente não faça isso educadores espero que a gente faça isso né eu lembro de uma visita que eu fiz na escola é porque eu não era lotado em escola específico era lotada na secretaria de educação e eu trabalhava fazendo visitas conforme as escolas e 1 fazendo relatórios e me mandando eu ia fazendo essas visitas uma vez cheguei numa escola para fazer uma visita eu lembro que só o
fato de eu ter entrado ali no portão que a produzir um efeito não é porque a coordenadora viu que estava chegando passou de sala em sala pedindo que as professoras faz um encaminhamento do aluno já fez encaminhado àquele aluno né e se chama muita atenção não é porque uma professora falou assim mas não quer encaminhar nenhum aluno sentindo necessidade a coordenadora falou mas encaminha mesmo assim que a psicóloga aí então por via das dúvidas encaminhar logo escolhem 56 para encaminhar na então nossa mera presença já produz uma série de efeitos de movimentos na escola certo
então isso é o que a gente deve ser tentar né é claro que com que a grana na fonte está falando aqui a gente pode confirmar ou não a nossa prática essas expectativas então vamos passar próximo à sede é como eu falei pra vocês no início da apple traz a diferenciação entre o problema de aprendizagem programa de escolarização é uma diferenciação simples da gente entender é muito importante não é porque já caiu em uma questão de uma prova nessa questão está inclusive na apostila de vocês como é que se entende essa diferença a gente vai
entender problemas de aprendizagem da seguinte forma é é um problema que individualiza aprendizagem e responsabiliza o aluno por não aprender né o movimento é que a gente já falou muito da individualização do fracasso escolar isso é esse nome é problema de aprendizagem essa individualização do problema e aí o problema de escolarização não é por sua vez já vai ter um outro foco é um outro olhar e vai considerar os aspectos psicológicos como parte do universo da escola como sendo produzidos no cotidiano escolar nem rompendo com as explicações tradicionais do fracasso escolar analisar o indivíduo tem
no interior da instituição é que quer dizer isso analisar o indivíduo no interior da instituição é analisar as relações já olharam para o indivíduo isoladamente nas relações com esses indivíduos estabelecem uns com os outros na como os métodos pedagógicos com conteúdo que está ali presente nesse cotidiano escolar então olha a relação não pontos isolados isso é algo também que faz muita diferença no olhar no modo como a gente avalia nessas situações escolares podem envolver alguns ou não a gente vai ver mais à frente há múltiplas possibilidades de atuação do psicólogo dentro da educação a gente
precisa é parar de olhar né de entender que esse trabalho é só encaminhar um ou analisado não é isso apenas isso é uma das facetas do nosso trabalho mas um trabalho muito mais amplo e aí pra quem não trabalha a escola não tem muito conhecimento disso eu vou dar aqui é dois exemplos muito simples de demanda que chegam muito pra gente se coloca escola 99.9 por cento das demandas vão estar relacionadas às dificuldades de aprendizagem dos alunos então esses professores profissionais da educação encaminho esses alunos não é o padre psicólogo da escola mesmo fazer uma
análise avaliar esses alunos para descobrir por que o aluno aprende que essa aluno tem de cielo na frente é sempre entender um programa de aprendizagem como algo individual como eu falei muito difícil de construir essa perspectiva porque é muito forte e é muito de mônica ela foi construída dentro do próprio campo científico ou então eu né problemas relacionados ao comportamento lina dos alunos que algo assim muito também recorrente nem sempre é algo que sempre existiu dentro da escola mas que hoje está sendo cada vez mais é um comportamento patologizar né e se chama muito psicólogo
também para intervir nas situações de indisciplina é sempre muito de forma a demanda chega muito forma muito isolada por mais que a escola note que 50% de seus alunos estão disciplinadas ainda vai ter uma idéia de que é preciso tratar cada um individualmente não trabalha a questão da violência escolar e da indisciplina no coletivo não é colocando essa escola para se pensar trabalhando com grupos enfim fazendo uma semana para discutir a questão o trabalhando a questão das próprias disciplinas nem muitas vezes se pensa que a solução para a indisciplina na escola é tratar cada um
individualmente certo então é uma demanda e são demandas que chegam pra gente é recorrentemente neowin disciplina ou indisciplina com problemas de aprendizagem e aí eu vou trazer pra vocês mais uma contribuição da adriana marcondes da usp porque eu gosto dessa professora dos artigos dela que eu recomendo vivamente que ela vai trabalhar como exemplos é com estudos de casa vai pegar cenas da escola situações que são recorrentes na escola que são encaminhadas muito os psicólogos escolares que ela vai trazer como exemplo então como a gente está lendo os textos dela a gente se sente dentro da
escola né então é trouxe né 22 casos né o primeiro vou agora pra vocês pra gente aí puxando alguns fios de análise para pensar o trabalho da psicologia escolar como foi comigo ela vai dizer assim a professora de gabriel estava preocupado e sensibilizada com ele ele era muito calado não deixava ninguém chegar perto não fazer as atividades chorava muito ela então sugeriu que se fizesse uma avaliação psicológica o setor de convênios da secretaria de educação foi acionado e gabriel foi encaminhado para uma instituição conveniada que realizava avaliação psicológica de alunos encaminhados pela rede pública depois
de seis meses gabriel foi atendido é continuando a psicóloga do convênio teve alguns encontros com ele enviou um relatório dizendo que ele precisava de atenção individualizada e que lhe faltavam concentração e uma relação mais próxima com a mãe com o pai ela não entrou em contato com os profissionais da escola que não se beneficiaram desse trabalho a criança continuou agindo da mesma maneira na escola então o que a gente pode pensar aí é a partir dessa dessa história e dessa narrativa que a grana marcondes teste pra gente uma série de problemas né é uma delas
chama atenção é o fato da psicóloga né que não era psicóloga escolar é uma psicóloga gil de de algum outro local que a prefeitura fez um convênio né não atuava numa instituição escolar eu fiz uma avaliação de contextualizar o animal provavelmente fez uma avaliação aplicou o teste fez uma avaliação de alguns encontros não chegou à conclusão que a criança enfim ela tinha dificuldade de atenção e que precisava de atenção do pai da mãe mas fez uma avaliação e muito focado no indivíduo né ela não foi na escola na procurar como esses professores formularam essa demanda
como os professores vêem essa criança é como é que essa criança se relaciona ele na escola novo mas uma uma pesquisa nesse sentido né porque eu trago isso é porque essa avaliação e descontextualizada é muito comum de ser feita por profissionais de saúde não só psicólogos médicos neurologistas psiquiatras e fonoaudiólogos e outros profissionais de saúde né porque essas condições de trabalho também das vezes não permitem que esse profissional sai do seu consultório para visitar a escola tem várias questões envolvidas porque o profissional de saúde também sofre muito com a cptm a produtividade tem que atender
o maior número de pessoas mal menor tempo possível então isso também prejudica esse tipo de trabalho que você investigar na instituição escolar é o que pode estar acontecendo com essa escola vê esse aluno é que tipo de mudanças na escócia fez para tentar minimizar esse problema que o aluno apresenta três vezes não é colocado em discussão é um outro ponto é que eu trago para vocês no slide com relação ao uso do teste psicológico é é é não está fazendo aqui uma uma crítica ao uso do teste em si o teste psicológico não é um
mal em si é pode ser feito um uso muito interessante nesse país china dependendo de como esse profissional trabalho de como ele entende essa avaliação o problema é quando o teste usado como único instrumento de avaliação psicológica ele não é utilizado associando uma série de outras estratégias quando eu taxa utilizada para taxar a criança ea escola não se modifica né é essa prática está servindo a quem será que está ajudando a criança no seu processo de aprendizagem ou será que ela só recebeu um diagnóstico que serviu para a roça sente aliviada na área é um
problema que não é nossa é a criança que não consegue aprender porque ela tem problemas de memória de inteligência de percepção não é um problema cognitivo seja lá qual for na então aqui pra quem tem servido esse diagnóstico esses laudos produzidos a partir desses teste não é e aí o psicólogo é claro que não deve só usar o teste mas também esse foi o caso dos hotéis conhecer o contexto familiar a escola que essa criança estuda que contestei que produziu essa queixa provisões e demanda o contexto social em que ela vivia então são autores que
vão chamar a atenção para o fato de a nossa análise tem que ser ampla ela não deve ser apenas localizada no indivíduo né muitas vezes o aluno que ele vai mal no teste psicológico é porque ele tem problema de inteligência porque ele não está com paciência de responder é porque ele está acostumado a fazer prova na escola e sabe que que esse tipo de avaliação não traz nenhum benefício pra ele que ele tira notas baixas em um teste psicológico como se fosse mais uma prova que a escola pública nem prudencial não responde às questões a
responder qualquer jeito então resultado de um teste também se não quer dizer nada a gente precisa ter uma avaliação mais ampla essa queixa dessa demanda na então né a trama institucional na qual esse encaminhamento que a gente acabou de ver né foi engendrado ela não foi analisada nem escutado não é porque a criança só foi avaliada fora da escola logo essa escola não foi colocado em questão nenhum momento em que procurou saber que a escola fez a partir desse problema é que essa criança apresentou né então isso é algo muito importante a gente está atento
também né e aí mais um ponto assim bem importante eu vou apresentar para vocês eu vou tentar ser breve mas é porque algo muito importante que a medicalização da vida escolar é fazer algumas considerações já devem ter ouvido na importa se você trabalhou na escola não é por ser um dos seus profissionais enfim de saúde nós sabemos né e estamos minimamente por dentro dessa questão da medicalização mas eu vou trazer um de dados para vocês na companhia slide comigo não vou trazer um dado da anvisa é de uma pesquisa feita há alguns anos atrás é
que vai revelar que o consumo de metilfenidato comercializado no brasil com o nome de ritalina ou conserta aumentou 75% entre crianças e adolescentes na faixa dos 6 aos 16 anos entre 2009 e 2011 ou seja a gente tem um crescimento a exponencial do uso de metilfenidato que é uma substância que causa dependência física e psicológica é uma substância que ela vai ter o mesmo princípio ativo da cocaína e as anfetaminas na então assim a gente se perguntar porque é que o uso desse medicamento cresceu tanto em poucos anos né em são paulo na avenda da
ritalina nos últimos anos ela cresceu 2.000 por cento isso é algo muito assustador 'nesse algo interessante algo interessante para a indústria farmacêutica que certamente ganhou muito dinheiro então esse remédio mas a gente precisa pensar para além disso porque que a maior parte boa parte das crianças estão sendo diagnosticadas aí com transtornos que né boa parte delas são encaminhadas e tensão enfim a meras cardiologistas neurologistas prescrevem aí como se fosse água é como se fosse para escrever mais exercício por exemplo né e não uma droga psicoativa né ela é uma droga que é usada não tem
crianças mas também por adultos né o uso tem crescido muito na nessa faixa etária vai dos 6 aos 16 anos a gente também tem que pensar na cruzada que também estão lançando mão muito dessa dessa desse medicamento não é pra conseguir acordar pra conseguir dormir para conseguir dar conta diz o chef no sopé quero que você produza mais mais e mais das vezes a gente dá conta dessa demanda de trabalho ea gente muitos adultos droga para conseguir enfim atenderá isso né que está sendo pedido pelo trabalho pela escola pela faculdade na então está em recuo
é acrescido esse uso também entre adultos mas a gente foca aqui na questão da infância né porque eu acho que é particularmente preocupante quando a gente está medicando crianças cada vez mais jovens aqui a pesquisa fala de seja 16 mas já ouvi falar também de casos de crianças menores média de 45 anos já são medicados nasceu é um dado alarmante a gente precisa pensar no que está acontecendo na é real interessante da ritalina é que há uma relação direta entre a escola e o uso desse medicamento que vai atuar no sistema nervoso central e no
nível desse matinha produzimos dopamina criando essa dependência ainda assim muito interessante pra gente pensar na escola e educação é que é uma droga que ela diminui ela é o uso dela diminui no período das férias e aumenta no segundo semestre letivo que aí o período de avaliações o perigo de se definir se o aluno passar de ano não então esse é um dado muito curioso ela está muito atrelado a esse funcionamento da escola né é diferente de outras drogas então a ritalina chama muita atenção é por essa relação com a vida escolar é reduzido na
esfera já falei é importante a gente pensar é que há muita controvérsia com relato são ao próprio transtorno de déficit de atenção é como as interatividade é geralmente as pessoas que tomam ritalina são diagnosticadas como hiperatividade também além de déficit de atenção né então há muitas controvérsias dentro da própria medicina dentro do próprio meio científico se esse transtorno de fato existe ou não existe é isso que está sendo dito não é né então a ouvir também a gente está atento eu vou lá e daqui a pouco pra vocês assim vamos ter e h como são
complicadas né esses sintomas porque quase todas as crianças vão se encaixar nesse sintomas então é algo aí pra gente pensar também é um outro dado é que não é comprovada a existência de nenhuma doença que só altera o comportamento aprendizagem né você tem doenças que podem afetar o comportamento aprendizagem mas que só afete isso é algo bastante questionável tá e um outro dado também que é estatístico mas ele é importantíssimo pra gente pensar é que as pesquisas mostram que esse transtorno neurológico atingiria que transtorno neurológico é um chororô atingiria de 8 a 12 por cento
das crianças em todo o mundo né é a 8 a 12 por cento é em medicina é um índice altíssimo né e quem fala é maria aparecida moisés ela é médica pediatra da unicamp então ela começou a falar dentro ela é pediatra como ela fala dentro do meio médico ela fala de muita propriedade né sobre transtornos sobre os efeitos do medicamento nosso cérebro então é uma outra autora que eu recomendo muito maria aparecida moisés professora da unicamp escreve um sofrimento equalização da vida ela vai dizer 8% se fosse menos fosse 5% e medicina de a
ser um número altíssimo para falar de um transtorno é supostamente nato neurobiológico 5% já seriam inicial disse só que no brasil não é 5 não não é 8 nem 2% neste ano no brasil acompanha a ir esse em se alcançaria 26,8 e não para de crescer esse 26,8 já é um dado de alguns anos atrás hoje deve estar maior prova somente então é um índice assim é é inacreditável é muita gente muita gente diagnosticada com th né então o que está acontecendo não vamos pensar um pouco sobre essa questão né pra gente entender por que
quase toda criança ser diagnosticada com ph vamos dar uma olhadinha nos sintomas né quais são os sintomas para se diagnosticar o entender h onde servem não apresentar dificuldade para prestar atenção e passar muito tempo sonhando acordada referindo a criança não pode estar feminino parecer não ouvir quando se fala diretamente com ela distrair se facilmente a fazer tarefas ou brincar esquecer as coisas mover se constantemente ou seria incapaz de permanecer sentada ter dificuldade para esperar sua vez interromper a conversa de terceiros temos a inquietação aí eu pergunto pra vocês na quantas crianças vocês conhecem que vão
se encaixar em pelo menos três das suas características vocês perguntarem para mim vou dizer a maioria das crianças que eu conheço tem dificuldade para ficar sentada durante muito tempo têm dificuldade de prestar atenção durante muito tempo né é se distrai facilmente isso eles são características que dizem da infância enfim e e claro que se a gente leva isso a sério né a gente vai rotular uma vida das crianças como tendo ph né porque o normal passa a ser é ficar sentado várias horas prestando atenção por horas o que o professor está dizendo ali na frente
isso passa a ser considerado normal e as características da infância eu queria brincar o querer correr vou precisar gastar energia isso é patologizar lado né isso é algo que é muito preocupante né eu mesmo trabalhei escola eu falo sempre falo da minha prática no passado porque atualmente estou de licença né pra fazer o doutorado não mas eu pretendo voltar a atuar nesse município atendendo às escolas né durante esses anos eu trabalhei e chamava muita atenção alguns fatos um deles é o de criar as crianças não tinham recreio na escola as crianças pequenas né ficava ali
sentadas horas copiam conteúdo e único intervalo que elas tinham era pra comer era pra um saco era intervalo de 15 minutos quando a criança saiu de um espaço de contenção que a sala de aula e em fila para outro espaço de contenção que o refeitório é porque o refeitório do meio ambiente e de regras você não pode correr né você não pode jogar só comida pro alto e quem é um lugar que você tem regras que sentar comer entrar na fila e voltar à sala de aula a gente temos a nossa criança não tinha recreio
não tinha e não tinha espaço instituído ali na escola para a criança brincar a criança correr e ficou a funcionar então elas devem ocorrer na educação física nesta quarta em educação física não tem muitas vezes não têm nem as crianças pequenas não têm na sua grade as crianças maiores até tem mas muitas vezes em falta professor alguma coisa acontece que não tem educação física né quando a criança não se comporta ela é punida sendo eliminada da educação física então quem faz essas crianças têm fora de sala de aula é pra correr pra rolar na grama
um espaço que não tem né são os momentos em que foram excluídos da educação em momentos de brincadeira mesmo de utilizar jogos momento de de leitura e contação de história tudo isso pensando reduzindo até mesmo nas escolas que têm brinquedos nas escolas que têm brinquedotecas ou bibliotecas são salas que geralmente ficam fechadas e são usadas ali muito pontualmente muitas vezes são várias como prêmio para as crianças que se comportam né enfim então nossas escolas nesse sentido ainda são muito tradicionais no sentido de que haja entendimento de que o aluno precisa ficar sentado copiam conteúdo é
assim que ele vai aprender né alguma coisa pra sua vida então é o tipo de funcionamento que produz agitação periféricas nós adultos já já ficamos agitados quando a gente fica horas na assistindo é uma alga é só a gente lembrar dos nossos tempos de escola dos nossos tempos de faculdade na prática 5 horas 6 horas assistindo uma aula muitas vezes com intervalos super curtos ea gente também fica agitado a gente precisa de intervalo sair pra tomar um café para fumar para quem fuma enfim mas a criança na escola não tem essa liberdade de sair da
aula pra inepta tomavam café ndash qual corpo na faculdade a gente ainda tem alguma autonomia pra isso mas na escola a criança não pode né tem um diretor lá tomando conta para não deixar a criança circular então percebem que esse movimento esse funcionamento da escola ele é produtor de agitação assim como nossos modos de vida a gente for pensar na vida do adulto né a gente trabalha pra caramba a gente tem que sempre cumpre meta a gente vive estressado agentes a trabalhar em frança um trânsito caótico cada vez pior então por isso vai produzir um
sociedade vai produzindo agitação produzindo estresse então são sintomas que são produzidos pelos nossos modos de vida não é algo que está no cérebro de indivíduos né é então seguindo aí né mas algumas críticas com relação à medicalização tá da vida escolar é a medicina ela produz artificialmente essas doenças não aprender na escola nesse modo da da medicina opera há problemas cada vez mais da questão da aprendizagem é que antes era uma questão de educação agora se torna uma questão da medicina também estendendo seu campo normativo cresce assim a demanda por serviços de saúde especializados têm
tudo a ver com medicalização essa crescente demanda por especialistas de dentro da escola não só a demanda por encaminhá lo para fora mas eu percebo hoje também uma demanda para que esses profissionais médicos fonoaudiólogos psicólogos assistentes sociais passem a ser lotados dentro das escolas passem a atuar diretamente dentro desse contexto escolar é uma coisa também da gente pensar é com muita cautela na qual seria a necessidade disse que efeitos conduziria na é a presença desses profissionais ali na escola né sendo lotados na escola e toda a linha de onde essa escola na então escola se
converteu nesse processo um mecanismo de inclusão da criança nesse campo do saber médico normativo na inicial e também a gente está atento e emprestando aí bastante atenção né é mais um ponto é importante é que a mesma fiscalização de uma questão consiste na busca de causas e soluções médicas a nível organizativo individual para problemas de origem eminentemente social essa é uma definição da medicalização da vida que você transformar questões sociais com questões orgânicas né biológicas neurológicas então medicalizar se assim educação né quando problemas que são pedagógicas jackson problemas na educação são transformados em questões biológicas
médicas então vamos dar uma pausa minha aí pra gente bebeu uma água respirar um pouquinho daqui a pouco a gente volta com o próximo vídeo tela