Gênero, uma categoria útil de análise histórica, Joan Scott - Parte 2

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Trama Literária
Discussão do artigo de Joan Scott, Gênero, uma categoria útil de análise histórica. Discussão da par...
Video Transcript:
ei pessoal tudo bem com vocês eu sou a maía Barbosa Esse é o canal Trama literária e hoje a gente continua e encerra também a nossa discussão sobre gênero como uma categoria útil paraa análise histórica se você tá chegando por aqui agora a discussão desse texto faz parte da nossa série de leituras feministas para 2024 essa é a nossa segunda leitura e a leitura do mês que vem nossa terceira leitura vai ser a pratileira do amor da Valesca zanello a gente começou aí com dois textos clássicos com dois textos mais antigos e agora a gente
vai aí com o livro mais contemporâneo para analisar e para entender as discussões de gênero e as questões de gênero no nosso contexto de agora na nossa vida de agora bem a gente discute hoje a parte dois do texto gênero como uma categoria útil de análise histórica da jo Scott e ele é um uma parte essa parte ela meio que explica a parte anterior a gente consegue perceber uma continuidade um diálogo entre os assuntos que foram abordados na primeira parte e que agora se tornam mais detalhados na parte dois então é bom você conferir a
parte um desse vídeo para ficar coerente para você para ficar coerente seu entendimento nessa parte dois tem duas questões centrais que vão ser mais importantes do texto duas questões principais que acabam sendo mais relevantes e acabam chamando mais atenção primeiro que é a definição de gênero que ela vai trazer e a definição de gênero que ela vai trazer vai ser alinhada com várias coisas com vários elementos de análise partindo aí como ela é uma historiadora partindo dessa questão de que ela tá pensando no no gênero na categoria gênero como uma possibilidade de diferente como uma
possibilidade fora do habitual para se realizar as análises históricas Então ela faz essa definição de gênero pensando nisso pensando na análise histórica e associando com uma outra coisa que ela tá defendendo que é a ideia de que a construção de gênero não é somente a construção de uma identidade Mas ela é também a construções de relações de poder a partir daí ela vai defender que isso é extremamente importante pra história porque quando você consegue analisar as relações de poder a partir de uma categoria você consegue também fazer isso com outras categorias que ela se torna
parte um as questões de raça as questões de classe Então a partir do momento que você tem categorias para entender como o poder funciona na nossa época a gente consegue entender como o poder funcionou também em outras épocas isso tira o historiador de um lugar de Mero descritor dos acontecimentos conforme a gente vai vendo a partir do momento que a gente tem categorias diferentes para essa análise pra gente analisar a história a gente consegue ter um outro resultado a gente consegue ter um outro texto um outro discurso uma uma outra defesa em relação às coisas
como elas aconteceram justamente porque a gente analisou de categorias que não são as categorias habituais isso é uma coisa que ela falou bastante na parte um e é uma coisa que ela vai falar também aqui na parte dois ela começa começa chamando atenção para um fato que nos estudos feministas para quem já tá aí estudando feminismo já sabe bem disso porque é um assunto bastante discutido mas que eu imagino que isso na década de 80 que foi quando ela escreveu o texto isso não tava tão disseminado assim isso não era tão conhecido assim que é
a ideia de que a categoria gênero permite que a gente faça um certo avanço em relação a uma certa oposição que havia anteriormente nos estudos em relação a homem e mulher então quando as mulheres começaram a querer estudar as mulheres de uma perspectiva da mulher era muito comum que meio que se causasse uma Richa porque era como se aqueles estudos sobre mulheres não fossem também os estudos sobre os homens então havia várias maneiras de se entender esses novos estudos era como se esses estudos eles fossem só sobre as mulheres sobre um grupo que tá aqui
a parte ou Esse estudo era compreendido como um estudo menor porque não abarcava todo mundo né ou Esse estudo ele era visto como uma coisa de enfrentamento ao homem e não necessariamente as relações de opressão então muitas vezes durante muito tempo os estudos feministas eles tiveram Eles foram vistos com esse tom de por ser muito transgressor por buscar uma série de mudanças por buscar uma série de alterações tanto na realidade presente na nossa realidade social de agora como nos campos de estudo muitas vezes esses estudos Eles eram muito mal mal vistos quando estudo de gênero
começou a acontecer ele foi melhor recebido isso ela fala também bastante na parte um ele foi melhor recebido justamente porque por tirar a palavra mulher por tirar a categoria mulher dava-se a impressão de que ele era ele seria um estudo menos combativo ele provocaria menos o enfrentamento a ordem ao status quo as coisas como elas eram e como na cabeça dos pesquisadores elas deveriam Continuar a ser e deveriam continuar acontecendo a ideia dos estudos de gênero é ser igualmente trans professora é ser igualmente combativa mas naquele momento ela foi melhor recebida é claro que a
gente sempre faz ressalva quando a gente generaliza assim de a palavra gênero substituiu a categoria mulher isso a gente fala de uma perspectiva que hoje a gente também consegue ver melhor que é a ideia de que isso funciona para algumas Vertentes feministas para alguns grupos para algumas linhas de pensamento então para um determinado grupo que pesquisa determinadas coisas e a partir de uma determinada Ótica isso funciona muito bem para outros grupos a palavra mulher ela continua sendo tão importante como ela era naquela época e ela não está sendo substituída Então não dá pra gente generalizar
e dizer que isso foi por todo o mundo ou por todas as feministas ou por toda a comunidade acadêmica isso foi sendo abraçado gradativamente e Em algum momento viu-se que não seria possível abarcar todas as todos os modos de pensar essas relações dentro dessa categoria a definição de gênero dela vai ser a seguinte eu vou ler aqui o gênero é um elemento constitutivo de relações sociais baseadas nas diferenças percebidas entre os sexos Então esse é o ponto um e o ponto dois é o gênero é uma forma primária de dar significado às relações de poder
então o gênero ela é uma forma primária de dar significado à relações de poder isso é muito importante porque a gente vai entender que quando a gente tá aprendendo a as nossas relações de gênero quando a gente ainda é muito pequeno que a gente tá aí sendo gendres os nossos comportamentos dentro do gênero ao qual a gente Deva seguir a gente vai aprendendo não só uma gramática não só uma forma de agir não só uma forma de pensar a gente vai aprendendo tudo isso mas a partir dentro de relações de poder a gente vai ter
textos religiosos que vai validar isso muito bem quando diz que o homem é a cabeça da casa e a mulher é o pescoço então a gente percebe aí uma clara uma perfeita demonstração do que seja uma relação de poder isso não só nos textos religiosos a gente vai perceber isso na F das pessoas no discurso das pessoas de que o homem Ele é a a a voz da razão ou o homem Ele tem que dar última palavra ou a família se estrutura em torno do homem isso funciona contemporaneamente e funcionou ao longo da história de
diferentes maneiras Esse é o aspecto que é importante para ela quando a gente fala de gênero e a gente fala do nosso local do nosso lugar geográfico do nosso lugar social do nosso lugar cultural é muito importante com que a gente que a gente não use esse nosso lugar para definir todos os nossos todos os outros lugares cada lugar vai ter a sua construção de gênero a cada lugar vai ter o seu aprendizado das relações de poder que vão funcionar naquele lugar e cada momento histórico a mesma coisa cada momento histórico aprendeu de uma determinada
maneira a importância da gente entender que a aprendizagem do gênero é uma aprendizagem de relações de poder é fundamental pra gente não fazer o que se costuma dizer nos estudos sobre mulher que é uma expressão que diz que é é importante não vitimizar a vítima O que que significa não vitimizar a a vítima dentro desse contexto quando a gente olha pra história quando a gente volta pra história para tentar entender a história das mulheres e a participação das mulheres na história a gente vai encontrar muitas figuras muito importantes que tiveram que foram muito decisivas para
nos seus momentos históricos seja participando em guerra seja seja pesquisando seja descobrindo uma coisa muito inovadora e uma coisa muito magnífica a gente tem diversas mulheres eh fazendo coisas muito importantes e a gente também tem muitas mulheres que criaram estratégias muito importantes de resistência seja resistência a estupro de guerra por exemplo ou seja resistência a violências cotidianas a gente vai encontrando Isso numa história que é contada no primeiro vídeo eu dei várias referências de vários livros que vai falar sobre isso e que vão mostrar essas formas de resistência mas a gente consegue entender que essas
resistências existiram Por que que é importante entender isso porque quando a gente volta e tira esse esse lugar a mulher desse lugar de um sujeito que continuamente foi vítima continuamente sofreu continuamente foi injustiçada e tudo isso é verdade é muito importante que a gente também lembre de contar e que a gente conte que as mulheres também foram muito resistentes ao longo da história resistiram a violências resistiram a diversos tipos de agressão resistiram a diversos tipos de ataque a diversas tentativas foram muito importantes foram muito Anes para proteger um grupo foram muito importantes para proteger um
país foram muito importantes para proteger uma cidade uma aldeia uma comunidade Então essa força de resistência ela é um elemento que também precisa ser contado e ele precisa ser contado justamente porque ela vai usar a palavra agência aqui que é uma palavra importante pra história que é a palavra que marca nesse caso específico aqui nesse nesse nessa análise específico é a palavra que vai dizer que a mulher ela não é só esse sujeito social ela não é só um sujeito cultural Mas ela é também um indivíduo com capacidade de agir com capacidade de transformar a
sua própria realidade e com capacidade para transformar a realidade dos seus do seu grupo seja com pequeno ou grande for esse grupo isso é importante porque lá no primeiro vídeo eu falei sobre uma pergunta que ela vai nos levar a pensar que é a ideia de a história ela só conta as coisas que aconteceram ela só narra os fatos históricos ou ela tem potência e tem condição de nos dar materiais para transformar o futuro essa ideia aqui durante muito tempo quando a gente começa os nossos estudos feministas a gente vai entender que a mulher Poxa
sofreu muito foi muito injustiçada foi sofreu aí com toda uma divisão sexual do trabalho e que foi feita de objeto ao longo da história e que é feita de objeto ainda contemporaneamente a gente entende que a mulher às vezes ela é uma vítima exclusiva é a ideia de vitimizar a vítima duas duas vezes e é fundamental é muito necessário a gente contar também de todas as ferramentas e estratégias de resistência para mostrar que a mulher ela tem uma força e ela tem um desejo de mudança e um desejo de transformação de si e do outro
que é fundamental a gente contar também outra outra outra afirmação que ela vai fazer que também acho bem importante a gente destacar é que ela fala que os estudos de gênero vai nos ajudar a a desconstruir a ideia de que há uma permanência da representação binária de gênero o que que é isso quando a gente diz que há uma permanência da representação binária de gênero a gente vai entender que essa divisão de trabalho de função de relevância de poder que a gente tem hoje dá a impressão que sempre foi assim e a gente pode pegar
eh os livros da da Bá a gente pode pegar o segundo sexo que tá aqui e o segundo sexo vai mostrar pra gente que em outros momentos essas relações funcionaram de modo muito diferente antes da ideia de construção de propriedade privada a gente tinha tinha homens e mulheres igualmente dividindo suas funções de trabalho então o trabalho que o homem realizava ele tinha a sua relevância o trabalho que a mulher realizava ele tinha uma relevância muito parecida ou uma relevância igual a partir do momento que a ideia de propriedade privada vai se tornando mais sólida que
a gente vai ter a formação das primeiras famílias patriarcais a gente vai começar que isso começa a mudar é necessário a gente saber disso porque é necessário a gente saber que a gente com Conquista mas também a gente perde e a gente tem exemplos na história a gente tem países que tem que tinham em determinado momento uma liberdade maior das mulheres Nos quais as mulheres tinham uma liberdade maior e que de repente por causa de algum movimento político por causa de algum jogo de poder por causa de alguma coisa orquestrada pelo grupo dominante no caso
os homens as mulheres perdem esse direito é o caso do Irã que é um país que em determinado momento as mulheres vão perdendo o direito de estudar vão precisando voltar a a usavel como Obrigatoriamente que as mulheres vão perdendo o direito de frequentar espaços públicos Então a gente tem aí um Claro poder de a gente pode conquistar muita coisa quando a gente entende a história mas a gente é fundamental a gente saber que a gente também pode perder direitos a gente tem países aí que tinha eh legalização do aborto e que de repente essa legalização
ela vai ser reduzida para casos muito específicos Então olha só a gente po pode conquistar muitas coisas quando a gente quando a gente entende conforme a gente vai avançando enquanto sociedade mas o avanço a evolução da sociedade não significa que os nossos direitos são permanentes isso por quando ela fala que que gênero ele é profundamente vinculado à formação das estruturas de poder é justamente partindo dessa ideia de que o mundo ainda é dominado por homens a gente pode ter mulheres nos espaços de poder a gente pode ter mulheres em espaços de trabalho a gente pode
mulheres trabalhando estudando e dando conta da própria vida mas a gente precisa ter sempre consciência que o mundo ainda é dominado por homens e sendo dominado por homens as leis as decisões as normativas elas podem vir em algum momento a privilegiar somente o interesse deles voltando sobre a ideia de agência ela vai dizer em algum momento que é sempre importante a gente saber que é nem sempre os homens e as mulheres cumprem literalmente os termos de prescrições de sua sociedade ou das nossas categ teorias analíticas então é fundamental entender que nem sempre o sujeito ele
vai agir conforme a sociedade daquele momento conforme a cultura daquele momento justamente por causa dessa ideia de agência aquele sujeito ele pode estar olhando para aquele lugar no qual ele está imerso e achar tudo aquilo um grande absurdo e tentar conduzir a si próprio e a sua sociedade para um lugar diferente para um lugar mais justo finalizando entendendo então que a história construiu e a história nos oferece distintas Sea relações de gênero e distintas relações de poder que podem ser analisadas por essa categoria E em outras categorias em paralelo categorias de raça e categorias de
classe ela pergunta Faz uma série de perguntas para entender o que que pode então fazer com que essas relações se alterem e ela vai lencar uma série de coisas que podem alterar o modo como essas relações se dão e ela faz isso de uma perspectiva que pode ser compreendida como negativa ou positiva porque o modo como o mundo se movimenta vai fazendo com que a gente vai perder direitos ou com que a gente vai conquistar direitos isso vai depender sempre de uma série de movimentos que coloquem em mais ou em menos perigo essas relações de
poder então Primeiro ela vai dizer que revoltas políticas de massa são um bom indicativo de que as relações de gênero podem se alterar ainda que as relações de gênero não necessariamente sejam o tema central de uma determinada revolta política de massa ele pode ser incorporado por essa revolta pode fazer com que a gente conquiste ou que a gente a perder direitos aqui no Brasil a gente tem como exemplo o nosso processo de redemocratização a votação de uma nova constituinte todo processo pra construção de uma nova constituinte tudo que foi tudo que demorou esse processo e
foi um momento no qual as mulheres aproveitaram para garantir alguns direitos básicos então era como se tá se construindo aqui uma nova constituição então É agora ou nunca então havia muitos movimentos de mulheres haviam muitos movimentos muito ativos que lutaram e que conseguiram diversos direitos para as mulheres porque Seria naquele momento naquele exato momento no que tava acontecendo ali uma série de revoltas políticas de massa outro elemento que ela vai dizer que vai ser fundamental para alterar as relações de gênero são os movimentos como crise demográfica eh questão de num país que por alguma razão
de repente acaba passando por um processo de fome muito intenso passa por uma guerra passa por por alguma coisa que mude muito drasticamente o funcionamento desse país ela vai dizer que é comum nesses momentos que se altere também muito significativamente as relações de gênero quando a gente tem uma guerra por exemplo Vamos pensar na guerra do Paraguai que foi uma guerra que dizimou a população masculina Paraguaia num número muito significativo então de repente havia uma houve uma redução muito alta na população masculina adulta isso vai alterar as relações de gênero Porque a partir do momento
que isso acontece as mulheres elas vão ser convocadas para reproduzir né então se a gente tá num país que tudo tá correndo normalmente a mulher ela vai poder não ser mãe se ela não quiser ou ter poucos filhos se ela não quiser quando um país Ele vai perder uma população masculina adulta de modo muito brutal de modo muito repentino essas mulheres elas vão ser convocadas pra maternidade E aí essa convocação ela vai ser de diversas formas ela vai ser por meio de toda uma mobilização cultural vai ser por meio de todo um por meio da
dos das das da Indústria de massa vai ser por meio de novas legislações Então a gente vai ter muita coisa que vai fazer todo um aparato legal e todo um aparato cultural que vai fazer com que essa mulher se sinta convocada a a reproduzir a p mais homens no mundo P filhos no mundo por último ela fala dos padrões cambiantes de emprego que podem levar a novas estratégias matrimoniais então a gente pode pensar nos Estados Unidos depois da segunda guerra nos Estados Unidos depois da segunda guerra como os homens a ma boa parte dos homens
foram pra guerra e esses homens que voltavam quando eles voltavam eles voltavam querendo seus empregos só que aí para eles irem pra guerra Alguém teve que ocupar esses empregos e boa parte desses empregos foram ocupados por mulheres Quando essas mulheres estão ali ocupando um lugar por direito é do homem Vai haver novamente todo um movimento do aparato social Todo o movimento do aparato legal para estimular o fortalecimento da família nuclear então a essa mulher ela vai novamente ser convocada a voltar pro espaço doméstico para poder porque ali é o lugar da mulher ter filho a
função da mulher então todo esse discurso aí religioso muito conservador ele vai ser bastante fortalecido no sentido de que a mulher é para est no espaço de casa cuidando do marido cuidando dos filhos porque essa é a função dela então um movimento que vai ser feito nesse sentido aí precisa-se que esse homem ocupe esse emprego novamente porque houve um padrão aí houve uma mudança no padrão das relações de trabalho pra gente fechar então pra gente encerrar a gente volta naquela ideia é sempre importante a gente repetir e é sempre necessário a gente entender que o
mundo ele ainda governado por homens ainda que as mulheres estejam nos mais diferentes espaço de poder é fundamental entender que o mundo ainda é dominado pelo pelos homens justamente pelo fato do mundo ainda ser dominado pelos homens a gente não tem direito a coisas que deveriam ser nossos direitos básicos como trabalho doméstico remunerado como como aborto legal como condição e proteção para as mulheres condição de proteção efetiva em relação às mulheres que sofrem violência essa semana mesmo a gente teve um exemplo Claro disso quando o jogador Daniel Alves recebeu o direito de pagar fiança uma
fiança de 1 milhão de dólares para poder responder o processo em liberdade pelo porque ele responde pelo crime de estupro isso na Espanha então ele responde pelo crime de estupro recebe o direito de pagar uma fiança a partir do momento que ele recebe o direito de pagar uma fiança afirma-se que o estupro que o direito a estuprar o corpo de uma mulher ele tem um preço se você tem dinheiro para pagar é só você pagar e aí a gente tem todo um movimento de esse dinheiro ter sido costeado costeado por outro jogador de futebol igualmente
famoso que foi o Neymar Então a gente tem todo um aparato aí legal um aparato social Esses são exemplos Claros do que seja um aparato legal um aparato social de que os os homens eles estão em proteção porque o mundo ainda é dominado pelos homens essa foi nossa conversa sobre gênero como uma categoria útil de análise histórica espero vocês pra discussão de a prateleira do amor até mais
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