[Música] Olá, sejam bem-vindos e bemvind Bindas. Meu nome é Joana Saraiva. Eu faço parte da equipe da UNDIM e vou iniciar aqui fazendo a minha audiodescrição. Eu sou uma mulher parda de cabelos castanhos abaixo dos ombros, visto uma blusa verde, blazer branco, calça preta e falo diretamente do estúdio de TV da UNDIM aqui em Brasília. Na videoconferência de hoje vamos conversar sobre senso escolar e a complementação VAR do FUNDEB. Além disso, vamos lançar o guia Censo Escolar e declaração Racial. análise de informações, dados e resultados voltados à equidade na educação. O material é resultado de
formações realizadas com gestores de todo o país. Bom, essa videoconferência é uma iniciativa da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, a UNDIM, por meio do Convívio e educação, com o apoio da Fundação Lema. E para começar, eu gostaria de agradecer a participação dos municípios que já estão aqui com a gente, deixaram registrado aí no chat. Pessoal lá de Pombau na Paraíba, Peixebo Boi no Pará, Redenção no Ceará, Araputanga, Mato Grosso, Piratini, Rio Grande do Sul, Barro Alto, lá na Bahia, Tucumano, Pará, Juazeiro do Norte, lá no Ceará, Euápolis na Bahia e Fundão no Espírito
Santo. Você que está nos acompanhando ao vivo, por favor, deixe registrado aí no chat o seu município, seu estado. A gente gosta de saber de onde vocês são, de onde vocês estão nos acompanhando. Bom, fiquem à vontade também para apresentar as dúvidas aí nos comentários. Vamos procurar respondê-las ainda ao vivo. E lembre-se de quando for escrever a pergunta no chat, coloque o nome, o município, estado, se identifique. Vamos deixar também aí nos comentários, no chat do YouTube o link da lista de presença. Quem preencher vai receber a declaração de participação no e-mail registrado e o
formulário ele vai ser encerrado ao final desse encontro. Então é importante lembrar de preencher corretamente o e-mail para receber a declaração. OK? Passados os recados iniciais, vamos, enfim, ao nosso assunto de hoje. A ideia da videoconferência é apresentar a importância do senso escolar da educação básica para o desenvolvimento de políticas educacionais que visam reduzir desigualdades raciais e socioeconômicas nas redes de ensino, além de apresentar boas práticas de redes que foram habilitadas e vão receber os recursos da complementação VAR do FUNDEP. Então, para começar, eu convido agora o presidente da UNDIM, Alério Costa Lima. Ele é
dirigente municipal de educação de Ibaretama, no Ceará, e vai mediar o nosso debate, tocar a nossa videoconferência de hoje. Seja muito bem-vindo, professor Alécio, e eu peço, por favor, que comece fazendo a sua audiodescrição. Professor, o senhor tá sem áudio, a gente não te escuta. Obrigado, Joana. Eh, gostaria de saudar a todos que estão nos acompanhando ao vivo, né, nessa nessa live que hoje vamos estar discutindo questões tão importantes relacionadas à questão do senso escolar e fazendo sua a relação das informações declaradas no C escolar com a nova política do novo FUNDEB, que é a
complementação da União através do VAR, que representa a possibilidade de captação de mais recursos pelos municípios. ípios, né? Então, a Life hoje tratará dessas questões, né? Assim como as boas práticas, né, necessárias para habilitação eficiente, né, assim, em relação às questões da redução da desigualdade educacional. a gente fica feliz, né, assim, porque a gente tem hoje um cenário eh favorável. Primeiro que pauta nessa questão do nosso grande desafio, que é talvez o maior problema da educação brasileira, que é justamente a as desigualdades educacionais que existem nas redes de ensino em todos os municípios e estados
brasileiros, né? Então, nossos nossas redes de ensino públicas e privadas, elas são marcadas por uma profunda desigualdade educacional, né? E essas desigualdades educacionais, ela se acentua tanto do ponto de vista socioeconômico dos estudantes e suas famílias, como também do ponto de vista racial. Então assim, uma mesma escola, né, ela oferece uma educação, mas essa educação que deveria ser de qualidade, ela consegue chegar para uns e para outros não. Ou seja, a o ponto de largada ele fica desigual, né, entre os estudantes, dependendo a depender da questão da raça, da cor, a depender da questão socioeconômica.
Então o ponto de partida deles ficam distanciados, né, por essas desigualdades que existem entre esses grupos que existem nas nossas salas de aula, nas nossas escolas e nas nossas redes de ensino. Então, nosso maior desafio enquanto gestores educacionais é trabalharmos para eh reduzir essas desigualdades educacionais existentes, principalmente essa questão racial, onde a escola tem um papel importantíssimo na formação das nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos, né? Nós temos uma lei nacional que já completou 20 anos, que coloca para nós a obrigação de tratarmos dessa temática, que é essa questão eh das relações eh raciais no
âmbito da escola, né, contra práticas eh de racismo que possam existir, de preconceitos que possam existir nos nossos sistemas de ensino, né? E agora, mais recentemente a gente tem uma uma política importante que vem reafirmar a aplicabilidade dessa lei, materializando ações concretas, né, que é a política que foi lançada recentemente a Penerc, né, que é a política nacional de equidade, educação para as relações ético-raciais e educação escolar queilongólogo. Então, essa política, ela vem justamente eh fazer com que a gente de fato implemente cada vez mais as ações já previstas na lei, né? e a gente
consiga avançar na perspectiva de trabalhar essa temática nas nossas escolas, na na perspectiva de reduzir essas desigualdades entre grupos de de estudantes. Agora, tudo começa, né, com essa questão de como a pessoa eh se autodeclara, né, e como é que ela faz essa declaração, no caso, seus responsáveis, eh, tanto no centro escolar como por ocasião das da aplicação das avaliações do CEB, no caso do senso escolar, que é a informação mais importante que nós temos na nossas redes de ensino, porque é o censo escolar que é tomado por base para gerar todas as políticas públicas
federais, né, inclusive políticas estaduais e municipais. Eles tomam por base os indicadores, as informações, né, constantes, eh, a partir do senso escolar. Então, o Colar, de fato, ele se constitui eh um conjunto de informações estratégicas, né, primordiais para para o planejamento, né, e para implementação das políticas públicas brasileiras. De um outro lado, né, assim, eh, esse esse parêntese aqui paraa importância que é o senso escolar, motivo desse nosso diálogo aqui hoje, né, nós temos também a questão que está em vigor desde [Música] 2021, novo FUNDEB, ele traz uma série de mudanças e inovações. E dentro
essas mudanças estão as as três formas de complementação da união, né? E aí no caso e que é o VAF, o VAT e o VAR, no caso específico, essa terceira forma de complementação, o VAR, valor anual, aluno resultados educacionais das reduções das desigualdades eh educacionais, eh o município para se habilitar para concorrer a esses recursos, né, que é um recurso para incentivar e reconhecer redes de ensino que estão avançando nos indicadores de atendimento e de aprendizagem. Mas para que o município possa se habilitar para receber esses recursos pelos seus avanços, ele tem que cumprir as
constitucionalidades. E entre as constitucionalidades tem a constitucionalidade três, que trata justamente dessa temática que também já é prevista pela Lei 11.645, 645, né, que trata dessa questão, né, da a abordagem do estudo de história e cultura afra importância da de se trabalhar essa temática das relações éticoraciais de forma pacífica, respeitosas no ambiente escolar, combatendo todo e qualquer forma de bullying ou de preconceito, né, do ponto de vista racial, né? E aí assim, eh, fica hoje posto o município, né, o desafio de como nós, gestores da redes municipais, eh, o que nós poderemos fazer para reduzir
essa desigualdade, sobretudo do ponto de vista racial, né, essa as questões da redução das desigualdades socioeconômicas, a gente sabe que essas diferenças elas chegam na escola porque a reprodução, a escola é um espelho, é uma reprodução do modelo de sociedade. Mas mesmo os nossos estudantes tendo essas diferenças do ponto de vista socioeconômico, a escola pode fazer política de intervenções de forma a atender e fazer de uma forma compensatória para que mesmo um aluno eh que tenha eh uma condição socioeconômica mais forcida, ele consiga de fato aprender também na mesma na no mesmo ritmo e na
mesma proporção dos seus alunos do do mesmo do mesmo modo, né, assim, a fundament fundamental que a escola estabeleça estratégias que possibilite para que não haja também essa essa desigualdade do ponto de vista racial, né? Então assim, é fundamental porque somente a partir da redução dessas duas desigualdades, né, tanto de vista, tanto do ponto de vista racial como do ponto de vista socioeconômico, é que o município de fato vai conseguir se habilitar na constitucionalidade três para concorrer a esses recursos que estão sendo tão eh desejados por prefeitos e governadores no Brasil inteiro, né? Porque o
VA também ele não é só a importância pelo valor financeiro que o município recebe. O Vá, o VA, ele tem uma outra importância simbólica, porque é um indicador público, né, que representa, de certa forma, o reconhecimento por parte do Ministério da Educação, aquelas redes de ensino que estão conseguindo fazer boas políticas locais de educação e estão produzindo bons resultados, estão melhorando esses resultados, estão avançando cada vez mais na perspectiva, né, de atender a todas as crianças. garantindo assim o direito à educação, como também garantir a aprendizagem. Então, avançando na melhoria dos indicadores de aprendizagem, né?
Então assim, eh, é importante que os gestores e que inclusive principalmente os professores, saibam, né, dessa relação que existe hoje, né, entre essa questão da redução da desigualdade com a captação de recursos no âmbito do FUNDEB, através da forma de complementação da União via VAR, né? E para isso nós temos que trabalharmos a perspectiva cada vez mais e sermos uma escola verdadeiramente inclusiva e trabalhe, né, nessa questão da redução nesses dois patamares, né? Não basta reduzir a desigualdade do ponto do ponto de vista socioeconômico e permanecer com a desigualdade do ponto de vista racial. O
município só é habilitado quando ele consegue baixar a desigualdade socioeconômica e baixar também a desigualdade do ponto de vista racial. Somente assim ele conseguá ser habilitado. Mas antes de adentrarmos nessa questão de de como ser habilitado, como reduzir, primeiro é importante a gente ter esse olhar, essa atenção especial, né, para a questão do senso escolar, o preenchimento do senso escolar. Então, para que a gente possa ter boas medidas no âmbito do FUNDEB, sendo utilizadas no âmbito do FUNDEB para verificar e acompanhar e monitorar essa desigualdade existente e a sua redução desejada, é fundamental que a
informação seja precisa, que seja fedda e que represente de fato a realidade. Então, o primeiro passo nosso enquanto gestores, né, gestores, eh, municipais ou mesmo gestores escolares que são responsáveis direto pelo preenchimento do centro escolar, é cuidarmos pela pela exatidão, a precisão da informação. E essa informação é uma informação autodeclarada pela pelos pais ou responsáveis das nossas crianças, né, quando vai quando vão fazer no ato da matrícula, eles declaram essa questão da cor. E é importante que essa declaração ela de fato reflita a realidade, porque aí sim nós vamos poder ter no âmbito lá do
FUNDEB, né, eh eh dados que realmente represente, né, os grupos existentes dentro da escola e podermos acompanharmos o desenvolvimento desses grupos, trabalhando sempre na perspectiva de oferecer uma uma educação de fato para todos, que seja uma educação de qualidade e uma educação de qualidade só será verdadeiramente de qualidade quando ela conseguir ser uma educação para todos, né? Então é desta educação que nós estamos falando. E para compreendermos um pouquinho mais essas questões da importância, né, de e como fazer essa declaração da questão da racial no senso escolar, nó eu tenho a satisfação aqui de convidar,
né, nesse momento a Alessandra Benedito, ela que é vice-presidente da equidade racial da Fundação Lema, né, para falar um pouco dessa temática aqui para nós, dessa questão dos desafios da redução das igualdades. racial, que a gente sabe que nós estamos aqui no dia a dia, precisamos de luzes, né, de algo que da, principalmente luz de quem esteja de fora estudando, pesquisando essa temática para que de fato possamos fazer um trabalho que vá na perspectiva de contribuir com esta redução. Então, seja bem-vindo, fica à vontade para nos falar um pouco mais, né, sobre o que a
Fundação Lema está desenvolvendo, inclusive em parceria com a na perspectiva de auxiliar os gestores municipais, os gestores escolares nessa temática. Bem-vinda, Alessandro. a todos, todas e todes. Eu vou fazer a minha audiodescrição. Eu sou uma mulher negra de cabelos crespos na altura dos ombros. Eu tô usando um óculos com ache preta e tô usando uma camisa preta também. Eh, atrás de mim tem uma porta clara e o espaço que eu estou é um espaço pequeno, eh, de cores claras também que giram entre o branco e o bege. Eh, primeiro eu queria agradecer em nome da
Fundação Leman pela oportunidade de estar aqui nesse tempo e nesse espaço com a UNGIM. Eh, pra gente é essencialmente importante estar com vocês nessa parceria. Então eu aproveito para cumprimentar os colegas da ONIOS, dirigentes municipais de educação, secretários, secretárias, educadores e educadores. E é com muita alegria que a gente participa desse momento, desse encontro, reunindo líderes e educadores comprometidos com a transformação da educação pública do país, né? Hoje, mais do que nunca, é essencial que a gente faça uma reflexão e e é uma reflexão que não passa só eh reflexão eh sobre pensar e sobreagir.
E lembrar que nós somos agentes desse processo de transformação. Quando a gente pensa em refletir sobre equidade racial, como muito bem disse o professor Alécio, a gente tá olhando para as questões eh de como é que tem vivido e como é que tem se desenvolvido as crianças negras dentro do ambiente escolar. Mas a gente tá olhando, na verdade, para um processo de amplitude muito maior do que é como é existir e ser uma criança eh preta ou parda dentro do ambiente escolar, mas como é que isso vai refletir no final das contas na vida inteira
dessa pessoa. Então, quando a gente fala de equidade racial e nas escolas, é fundamental que a gente tenha o senso escolar acontecendo, que o senso escolar seja algo de corresponsabilidade de todos os agentes e de toda a comunidade. Porque quando a gente fala de senso escolar, a gente tá falando de promoção de uma educação que seja justa e que seja inclusiva. e que quando a gente fala de educação justa e de educação inclusiva, a gente tá falando de um movimento no qual as pessoas possam se sentir pertencentes ao ambiente escolar e a tudo que ele
pode nos dar eh ao longo da vida e não só ao longo do processo de formação. E aí, nesse sentido, quando a gente pensa em importância de censo escolar e quando o professor Alécio me pergunta dos desafios, eu acho que quando a gente olha pros desafios, professor Alécio e demais pessoas que estão aqui com a gente na plateia, a gente tem os desafios de est vivendo num país que é um país cujo processo de de racismo e de racialidade deixou marcas e que a gente está transformando e que por vias da educação, a gente tem
a possibilidade de gerar uma transformação que seja uma transformação real pro caminho e pra vida das pessoas negras e na verdade de todo o país. Quando a gente fala, por exemplo, dos dados do centro escolar de 2023, eles revelam, por exemplo, que mais de 47 milhões de estudantes estão matriculados nas redes públicas e privadas do Brasil, mas que só 25% ou 25,5% eh eh não tiveram, né, a sua raça declarada. Então a gente, isso significa o quê? Que mais de 12 milhões de alunos estavam invisíveis nas estatísticas. Quando a gente faz o censo escolar, quando
a gente tem o senso de comprometimento de todos os agentes e principalmente de vocês dirigentes, principalmente dos gestores escolares, a gente dá a possibilidade de ter um Brasil visível, da gente entender quem somos. a gente tem a possibilidade de formular políticas públicas olhando efetivamente para qual quais são as nossas necessidades e de que forma que elas devem ser socorridas de maneira imediata. E aí a gente olha paraa política pública, a gente olha paraa política de ação afirmativa, a gente olha para uma possibilidade real de combater as desigualdades educacionais e, como muito bem disse o professor
Alécio, de de combater também as dificuldades e as desigualdades socioeconômicas. Nós, enquanto Fundação Leman, eh, em parceria com outras organizações e uma parceria muito feliz, nós lançamos uma campanha que é estudante presente é estudante que se que se identifica. É isso mesmo. O estudante presente é aquele que se sente presente justamente a partir da perspectiva de que está se identificando, que sabe quem ele é, que ocupa esse espaço de pertencimento e que tem a possibilidade de ter uma educação que seja uma educação igualitária. Então, quando a gente faz a campanha, a ideia era ampliar a
declaração racial nas escolas durante a matrícula, era garantir esse processo de conscientização do ambiente escolar, mas também dentro dos núcleos familiares e garantir que essas crianças cresçam com a perspectiva identitária, eh, com uma perspectiva identitária segura. E essa iniciativa destaca que a coleta de dados sociais não é apenas um procedimento administrativo, mas ela é um ato de reconhecimento e de valorização da identidade do estudante. Nós precisamos conhecer e ter orgulho de quem somos e porque somos. Nós somos uma nação diversa. Quando a gente fala de desigualdades raciais na educação, a gente tá falando de disparidades
educacionais entre estudantes brancos e negros. E esses dados são alarmantes, né? Quando a gente olha pro pro para todos os os indicadores que medem as desigualdades eh eh no processo educacional, o que que a gente percebe? que crianças pretas e pardas, especialmente as crianças pretas, que a gente tem uma desigualdade gigantesca no aprendizado de língua portuguesa e matemática e que tais desigualdades vão afetar, como eu havia dito lá na frente, vão afetar a vida dessas pessoas pretas e párdias durante a vida inteira, vão afetar o acesso à escola, vão afetar o acesso ao mercado de
trabalho, vão afetar o acesso e o direito a estar vivendo com todas as perspectivas de acesso direitos fundamentais como moradia, eh eh saneamento básico, entre tantas outras coisas. Quando a gente fala do ambiente escolar, eh essas perdas no processo de ensino aprendizagem significa afetar de maneira negativa o acesso à escola, a permanência dentro do ambiente escolar. Porque a gente tem que pensar que quando a gente fala de senso, a gente tá falando de reconhecimento, a gente tá falando de pertencimento. E a gente tá falando de um mecanismo para poder garantir também que por meio da
consciência a gente consiga garantir a permanência dessas crianças na escola, porque não basta ingressar, elas precisam permanecer e consequentemente a gente vai numa cadeia ou num espiral eh eh mudando a situação do Brasil e a fotografia do Brasil em relação ao processo de precarização e e esse processo de precarização que pode prejudicar efetivamente vidas inteiras. E aqui eu faria uma observação, sabe? E para além de de de vidas de vidas negras ou de vidas pretas e pardas, na verdade, isso afeta de uma forma geral o desenvolvimento eh eh socioeconômico eh de todo o país e
de todas as pessoas que vivem e convivem nesse país que é tão diverso. Então, além de retardar o sonho de de pessoas, na verdade também retarda ou imperde o sonho de um Brasil com uma educação que seja mais equânime, uma educação que efetivamente sirva para todos, né? Quando a gente fala de desigualdades, elas refletem os impactos de um racismo, que é o racismo estrutural. Mas quando a gente diz que o racismo é estrutural, isso não significa que ele se justifica, mas isso significa que a gente precisa entender como as estruturas funcionam se a gente não
fizer movimento para que elas mudem. E que fazer movimento para que elas mudem, eh, senhores e senhoras, é, na verdade, um comprometimento nosso enquanto Fundação Lema. E eu tenho certeza de que é um comprometimento de todos nós como educadores quando a gente pensa no papel do VAAR, né, na promoção da da equidade. E aí o professor Alécio já trouxe pra gente do quanto ele é importante. Então, para além dessa dessa ideia de distribuição desses recursos, considerar que esses indicadores eh eles no de indicadores de atendimento, de aprendizagem, eles vão incentivar as redes a tá melhorando
o seu processo de gestão de resultados educacionais. Então, quando eu cumpro, eu garanto efetivamente que a gente se mova no sentido da promoção da da equidade na educação básica e que a gente mexe efetivamente com todas as estruturas. E é nosso dever como gestores, educadores, assegurar que cada estudante seja reconhecido em sua identidade e que tenha acesso a uma educação de qualidade. O senso racial escolar e o VAAR são ferramentas essenciais, fundamentais nessa eh nessa jornada mesmo, né, rumo à equidade. Então, é com essas palavras que eu agradeço em nome da Fundação Lema por porque
a gente tá aqui, porque a gente pode conversar, porque a gente pode pensar junto os caminhos e desejo a vocês que este encontro seja um espaço de reflexão e de ação e de compromisso com a construção de uma educação que respeite e valorize a diversidade em nosso país. Lembrando que isso é um compromisso de todos nós. Obrigada, professora Léci. Devolvo a palavra. Nós que agradecemos, Alessandro, a tua participação, né, por fazer essa sobretudo assim chamando atenção. Eu gostei quando você coloca que o aluno presente é aquele aluno que se identifica, é aquele que sabe quem
é sua história de vida, inclusive sua cor, né, e valoriza e se orgulha da sua cor, seja ela qual for, né? Então isso é muito importante, né, essa questão da da identificação a partir da pessoa, né? Então, para continuarmos compreendendo um pouco mais essa interface, né, entre o senso escolar, né, a declaração racial no senso escolar e a questão do novo FUNDEB através do VAR, eu gostaria de convidar Célia Gideon, né, que é coordenadora geral, é, do Centro Escolar da Educação Básica no do INEP, que vai nos explicar um pouco como o FUNDEB distribui os
recursos, né, tomando por base, né, Célio, os dados do senso escolar, incluindo essa questão da declaração racial, em que a declaração, em como a declaração racial impacta. Agora, antes de passar para Céléa, eu queria pedir perdão no início da minha fala, eu acabei esquecendo de fazer a minha autodescrição. Cé, me dei licença um instantinho, antes de passar a palavra para você, vou fazer minha autodescrição. Então, eu sou da cor parda, né? Eh, eu tenho cabelos crisalhos, uso barba e bigode também crisalho. Eh, uso óculos, estou vestindo uma camisa branca, né, em homenagem ao mês de
maio, que é o mês Mariano, né? E no meu fundo aqui a gente tem uma parede bastante colorida, de um lado é verde, do outro lado é amarelo, do outro lado é laranja, né? E assim um fundo bem colorido, né? Então, Célia, fake minha autodescrição. Para quem está nos acompanhando e não consegue nos nos ver, eu gostaria de passar a palavra para você, dizer da nossa satisfação, Célia, ter mais tê-la mais uma vez conosco aqui no nosso estúdio de TV da UNDIM falando, né, desse importante instrumento que é o Censo Escolar. você que é doutora,
PhD em Ciências Escolar e do Instituto do INEP, nosso Instituto Nacional de Pesquisas e Estatísticas, Elio Teixeira, seja muito bem-vinda mais uma vez para dialogar com os nossos gestores e técnicos das secretarias de educação. Bem-vinda, Célia. Boa tarde. Boa tarde a todos. Eh, com muito carinho que eu falo sobre o senso escolar, especificamente da educação básica, né? Então, Alécio, foi muito bom revê-lo, né? Então, eu gostaria, eu fiz um pequeno resumo, um pequeno já resumo, né? Eu fiz um resumo de como que foi a nossa trajetória eh com relação à coleta, quer dizer, o censo
escolar todos os campos são importantes, todas as informações que tem no censo são importantes, porque esta é a base norteadora, como falou o professor Alécio, para todos os programas federais, estaduais e municipais. Então, todas as informações contidas na pesquisa CAS Escolar da Educação Básica são importantes. Mas aqui o nosso foco é falar deste campo cuidadoso, carinhoso. Eu tenho uma história muito particular com esse campo, mas eu já ia fazer o mesmo erro que o Alécio de esquecer de me de fazer a minha autodescrição. Então, vamos lá. Eh, eu sou parda, tenho os cabelos eh cacheados,
mas estão presos. Eh, estou usando brincos pendurados verdes, que é a cor do senso, com uma blusa também, uma camisa de malha verde no ambiente do INEP. É um ambiente, de certa forma pequeno, né, mas suficiente para estarmos aqui. Eh, sou um pouquinho gordinha, então ten o rosto um pouquinho redondo. Tô usando óculos, né? Óculos. E que mais? Bom, e eu tenho 63 anos, então eh para contar um pouco da minha trajetória também. Eh, bom, eu acredito que eu tenha feito a minha autodescrição e uma coisa importante que eu não percebia, mas que o meu
filho me falou e que depois algumas pessoas me falaram também, eu falo sorrindo. Bom, então eu vou continuar falando aqui, desculpem a minha falha, vou continuar falando aqui sobre essa trajetória e desse campo tão importante para nós, particularmente para mim, porque foi uma batalha muito dura aí ao longo dos anos para que nós tivéssemos o campo e paraa manutenção do campo e paraa melhoria do dado do campo e tudo que nós temos feito. Bom, então eu posso começar? né? Os slides são para me orientar e depois a gente pode disponibilizar para vocês. Enfim, então eu
queria dizer que essas informações são de extrema necessidade para nós, para nós conhecermos essa realidade que nós sabemos que existe, mas que nós precisamos dos detalhes de como acontece lá na ponta. Então os a esse campo especificamente corraça, que é aqui o nosso foco, ele começou a ser coletado ainda neste formulário, se tem alguém antigo do senso aqui, que foi a primeiro ano que nós coletamos esse campo em 2005. Então, foi um lançamento muito para lá de especial, quando nós conseguimos, enfim, colocarmos na pesquisa que já acontece há muitos anos, né? Ela é da década
de 30, então nós já conseguimos colocar essa informação importantíssima para nós no censo de 2005. Eh, bom, então vamos falar especificamente do senso escolar e da declaração deste campo, a importância dele para nós. Como eu já disse, todos os campos são importantes. Todas as informações contidas na pesquisa COA Escolar da Educação Básica são norteadoras educacionais nesse país. Nós somos a grande base educacional. Eu digo que nós somos o IBGE da educação, né? Então, este campo começou, essa figurinha aí, a coleta em 2005. Eu acredito que tenham jovens aí que vai dizer: "Poxa, 2005". Pois sim.
Então, se nós fecharmos os olhos, nós vamos entender há quantos anos nós estamos coletando essas informações. Essas informações permite um conhecimento dessa desigualdade ou até dessa condição de cada um de nós, que nós, como já foi dito, nós vivemos num país muito diverso. Então nós precisávamos dessa informação até para se pensar e se planejar alguma política, alguma ação que pudesse de fato nos auxiliar nesse grande resgate aí educacional e pessoal, inclusive, né, social. Eu coloquei uma evolução eh bem bem resumida mesmo de como que nós chegamos e um patamar que nós estamos. Eh, nós começamos
em 2005 com essa coleta e quando nós conhecemos o senso que vocês conhecem hoje, dessa forma que é hoje a coleta, ela foi 2007, mas nós havíamos começado a coleta deste campo, especificamente em 2005, em 2013, olha quanto tempo depois, tem uma portaria do MEC que fala sobre essa coleta e que também fala sobre eh a a discussão de modo geral, inclusive nas escolas, né, sobre essas informações que deveriam ter, né, de da cultura, da de de tudo falar disso, né, dessa diversidade que nós sempre tivemos e que a gente não estava colocando em evidência.
Em 2018, a partir de uma iniciativa nossa, nós da equipe da nós que coletávamos o senso escolar, que coletamos o senso escolar, nós conseguimos junto ao Conselho Nacional, em várias discussões e reuniões, na época do professor Chico, conseguimos então uma resolução, a resolução número um, onde ela colocou várias informações que deveriam ser coletad adas na no momento da matrícula, né, no preenchimento pela pela família das informações da matrícula dos alunos. Então nós colocamos vários campos que eram essenciais para a coleta da pesquisa e conseguimos incluir aí essa declaração, porque não adiantava nós querermos coletar isso
na pesquisa se lá na ponta as escolas não tivessem um instrumento que pudessem coletar do próprio aluno maior de 16 anos ou que a família pudesse declarar isso pelas suas crianças, né, pelos seus filhos. Então, foi necessário que nós agíssemos, porque quando nós analisávamos os dados, a gente tinha uma dificuldade coletar na pesquisa e não ter na ponta um documento que vá subsidiar quem vai dar essa informação, não está nos atendendo da forma adequada. Então, foi necessário alguns anos, vocês percebem que são alguns anos de caminhada, né? Foram necessário alguns anos e vários debates com
várias pessoas, com várias entidades, para que a gente pudesse dizer: "Não, nós precisamos que a Ponta tenha esse dado, porque perguntar algo que a Ponta não sabe para responder também não é não é eficiente, né? Não nos ajuda." Então, a gente precisava mesmo instituir isso na nas escolas. Então, foi essa resolução número um que instituiu esse campo como campos obrigatórios para terem nas fichas de matrícula dos alunos, como alguns outros também da pesquisa. E de lá para cá a gente vem aí fazendo campanhas todo ano para melhorar esse campo. quando foram do 2015, nós fizemos
a campanha dos 10 anos de coleta desse campo e temos feito constantes eh campanhas mesmo para com os nossos com as coordenações estaduais do senso escolar, porque eles é que de fato acabam fazendo com as regionais e com os municípios o as articulações internas em relação ao centro escolar de todos os campos. Então, fizemos algumas campanhas e fizemos uma campanha bem carinhosa e cuidadosa no ano de 2024, que vocês vão perceber que nós realmente melhoramos muito a coleta do campo, né? O campo, as informações não declaradas, elas diminuíram muito. Eh, alguns estados mais, outros menos,
mas de modo geral, no Brasil, 2024 nós conseguimos chegar a 19% da não declaração. Caímos, saímos de 25, né? que ela que nós acabamos de citar e ficamos de 25% para 19. É um ganho. Alguns estados foi muito, muito. Precisamos melhorar mais, precisamos. E por isso estamos aqui falando sobre isso. Em 2025 com certeza vamos melhorar ainda mais essa declaração. Claro que depois temos que fazer outras análises, eh de ver a qualidade, né, qualitativa dessas informações, como é que tá na ponta. Porque tem que se ter esse cuidado, não pode. Eu não posso declarar por
um aluno, né? A família que tem que declarar, o próprio aluno quando maior de 16, né? A partir de 16 declarar, porque tem todo uma identidade, né? Não é? Às vezes aluno pode se confundir, botar com a cor da pele, ah, hoje a minha pele, não tem toda uma questão de identidade, de pertencimento, como já foi inclusive dito aqui. Então, é um campo que a gente tem que ter um certo cuidado mesmo, muito especial, né? Além do cuidado que a gente tem com todas as informações do senso escolar. Esse próximo slide eu vou passar bem
rapidamente porque eu vou só um panorama geral dos percentuais e aí o número eh de total de alunos dos 45 pon milhões aí é porque aqui eu tô usando pessoa física diferencia um pouquinho dos dados de matrícula, né, que tá em torno de 47 milhões alguma coisa, como já foi citada aqui pela nossa menina da Fundação Lema, que desculpa, eu não registrei o nome, eu fiquei um pouco nervosa aqui hoje, enfim, né, com todo esse E aí é por isso que tem essa diferença na porque é pessoa física, aluno, tá bom? E aí a gente
fez, eu fiz assim uma coisa bem suscinta mesmo do percentual da não declaração para vocês verem como a luta ela é de muito tempo e ela vem aí eh não é não é um caminhar rápido, não é um passar só, não é pular uma poça d'água pequena, é a gente realmente enfrentar barreiras ao longo do processo, né? Então, como a minha colega anterior falou de forma belíssima, né, eh do quanto que é um impacto e o quanto que é um conquistar, né, o quanto que não é uma tarefa fácil. Então, a gente mudou aí, tivemos
eh algumas embates ao longo dos anos, né? a gente vem aí da coleta, botamos somente de 2007, apesar da gente ter começado em 2005, porque esse eram os dados que estavam mais eh disponíveis eh nesse momento. Então a gente percebe aí que teve uma desaceleração, né, de preenchimento desse campo entre 2015, apesar de 2015 ter sido o o ano da campanha dos 10 anos, né, mas foi com bastante dificuldade. E aí nós vimos assim uma estagnação um pouquinho dessa dessa coleta de 2019 a 2022, apesar de todos os anos fazermos um esforço. E aí começamos
então um trabalho bem pertinho, bem pertinho mesmo, e conseguimos melhorar esses dados aí a partir de 2023. E em 2024 eu fiquei assim muito, muito feliz porque com os dados de 24, porque nós fizemos um trabalho muito carinhoso, muito mesmo com todos os estados, todos. Alguns eh reduziram mais, outros menos, porque cada um tem a sua dificuldade, cada um tem a sua forma de trabalhar. Então, a gente entende, sabe o esforço que foi feito por cada estado, por cada secretaria estadual, por cada coordenação estadual do centro escolar. Agradeço muito. E nós entendemos sim as dificuldades
de cada um, mas nós temos muitos dados maravilhosos, estados que assim foram assim conseguiram muita informação, outros todo mundo conseguiu. Não teve nenhum estado que não tenha realmente melhorado os seus dados em termos de quantidade de declaração. Todos, sem exceção, no Brasil melhoraram. Alguns mais, outros menos, né? Mas estamos bem perto aí. 2025 a gente vai conseguir com certeza. Eu eu digo que eu quero 100%, né? Nós queremos 100%. Então estamos trabalhando para ter 100%. Mas se tiver 99, eu já fico bem feliz também. Então fizemos um panorama, um mapinha do Brasil com as mesmas
informações, só com de modo geral, né, com os estados e os percentuais. Eu acredito que o convivo vá disponibilizar para vocês esse material, porque às vezes na tela não fica tão claro, né, que para mim fica bem pequenininho, mas nós temos aí essas informações que nos que nos ajuda muito, né, que acalenta o nosso coração. Então, temos estados que só tão com 5,92% de não declaração. Então, assim, ele precisa trabalhar pouco, né? ele precisa pra gente conseguir fechar em 100%. Então, eh, nós temos desde quem tem 34% de não declaração que esses vão ter que
trabalhar um pouquinho mais duro até aqueles que estão com 5%, 6%, então a gente tem aí que aí o trabalho acho vai ser um pouquinho mais tranquilo, mas não quer dizer que não teremos trabalho, né? Todos teremos, sim trabalho para fazermos com relação à melhoria desse campo que é tão caro e tão importante para nós, né? Bom, então eu coloquei aí em ordem de do menor, né? Eh, também o percentual de alunos, que eu tô sempre trabalhando com a pessoa física, né? Alunos. Por isso que tem uma diferença quando a gente fala de matrícula e
de aluno, né? Porque o mesmo aluno pode ter até mais de uma matrícula, né? é uma realidade. Então, eh, vocês, olhem só, Rondônia tem um o menor percentual de não resposta, de não declaração, porque não declarar é não ter a informação. Então, a gente quer trabalhar para todos termos a informação. Como é um campo obrigatório, ele acaba tendo um declarado, que é a mesma coisa de não ter informação, tá? Porque a gente deixou esse campo obrigatório, apesar de entender que tem todo um processo de conscientização e que a gente não pode obrigar a escola a
dar informação se ela não tem, mas ela tem que buscar essa informação junto à família, trabalhar com a família, que é pra família entender a importância dessa informação, né? Então, a gente tem aí esses percentuais por estado. Então, alguns vão trabalhar mais, outros vão trabalhar menos, mas todos irão trabalhar. E de modo geral eu coloquei aí para todos os estados, espero que não tenha faltado ninguém, tá bom? para vocês terem conhecimento. Bom, de modo geral, sobre o senso escolar, sobre a importância do seu preenchimento de todos os campos e falando especificamente no campo Corraça, que
como o professor Alécia falou vai com certeza influenciar em todos os programas federais, estaduais e municipais. e claro com como ele mesmo disse do FUNDEB, das suas constitucionalidades para atendimento do VAR, né, para habilitação dos municípios no VAR. Então eu espero que eu tenha ajudado, que eu tenha auxiliado, né, para que vocês entendam a importância dessa declaração e da importância desse campo nas informações estatísticas da pesquisa Censo Escolar da Educação Básica. que vamos começar no dia 28 de maio, é a nossa data base, 28 de maio, iniciaremos a coleta e dizer novamente, todos os campos
são importantes, mas precisamos de um olhar cuidadoso e carinhoso para esse nosso foco de hoje, que é o campo Corraça. Eu espero ter ajudado e ter cumprido o meu tempo como combinado. Um beijo grande, fiquem com Deus. Professor Alécia, a gente agradece demais, Cé o carinho, a atenção. A gente percebe o cuidado, a forma como você apresentou o cuidado que o INEP vem dando a essa questão no centro escolar, esse campoa declaração. Alé, professor Alécia, consegue me ouvir? Devolvendo a palavra pro senhor. Consegue me ouvir, Célia? consigo perfeitamente. Ah, certo. Então, assim, já agradece assim
a forma como você demonstra o carinho e a preocupação que o INEP vem tendo ao longo dos anos, eh, no sentido de trabalhar esse campo, né, que é a informação tão importante e tão cara para o planejamento e organização das redes de ensino, né? você traz assim eh essa última tendência animadora, né, de redução do percentual de não declarados, né, na sua na sua cor, na sua raça, né, que fica num uma média em torno de 19%, mas que esse desafio se apresenta maior, né, como a média, né, um ponto mediano, eh, para algumas alguns
entes federados, né, onde esse percentual ele é muito elevado ainda, é muito desafiador ter, por exemplo, 34% da sua matrícula, quase que 1/3 da sua matrícula ainda não declarado em relação à corpo, né? Então assim, isso é um desafio muito grande para esses esses estados e é fundamental o senso C nos trazer essa informação para que os gestores, né, seja estadual, seja os municipais dessas unidades que estão com esses altos percentuais de não ter declarados possam intensificar as suas ações, né, no sentido de conscientização, como você fala, para trabalhar mais a família e o aluno
para a questão da aceitação da da por e um sentimento de maior pertença, né, ao seu grupo éticocial, né? Então assim, é fundamental essas informações que você nos traz. E para ilustrar um pouco, né, assim, do que representa isso na prática, nós eh a partir dos dados do VA, né, que foi publicado na última edição, eh a gente tentou identificar quais eram, né, aquelas redes de ensino que mais conseguiram avançar no que diz respeito à redução da desigualdade. transeconômica e racial. Mais especificamente aqui o foco da nossa live, nós nos debruçamos sobre aquele aquela rede
de ensino, qual foi aquele município que mais conseguiu reduzir a desigualdade racial, né, e no âmbito do cálculo do VAAR, né? Então assim, e aí nós chegamos a um conjunto, né, de mais de 70 municípios que tiveram assim uma alta redução expressiva, né, nesse nesse indicador, comparando-se eh 2019 para 2023, né, eh e agora que nós vamos ter SAB esse ano, é importante nós vamos poder agora monitorar uma série menor de 2023, a evolução de 2023 para 2025. Então, a Célia coloca, é um momento muit muito importante. Agora nós estamos iniciando a coleta de 2025
e esse dado 2025 junto com o resultado do SAEP 2025, é o dado do censo escolar do SAEB 2025 é que serão utilizado para fazer a comparação com o dado do senso escolar e do SAEB de 2023 pra gente ver a evolução que cada um dos municípios teve, né, no sentido de reduzir essa questão dos não declarados, né, e conseguir avançar na questão da desigualdade do ponto de vista racial. Então assim, entre os mais de 70 municípios que tiveram assim uma performance fantástica com essa redução, né, a gente escolheu os que está entre os primeiros,
né, o município de União dos Palmares, né, do estado de Alagoas e a gente foi lá nesse município e convidamos o dirigente municipal, a dirigente municipal de educação e sua equipe técnica para estar hoje aqui conosco, né, falando para todo o Brasil, né, sobre assim o que foi feito, né, assim, quais são as boas práticas que levaram o município, né, de União dos Palmares em Alagoas a conseguir uma uns resultados tão fantástico, né, na questão da redução das igualdades e assim ter sido contemplado com mais recursos do seu VA, porque a gente sabe que os
recursos do VA eles são distribuídos proporcional aos indicadores de melhoria que o município alcança. Então, se você que é do município de União dos Palmares e está entre os 10 primeiros que maior reduziu a desigualdade educacional aqui no nosso país, né? Então a gente tem, eu gostaria que vocês falassem pra gente um pouco da experiência de vocês, do trabalho que vocês fizeram aí no município de União de Palmares. E eu tenho Palmares. E aí eu tenho a satisfação de convidar a dirigente municipal de educação de Palmares, eh, Rimeu que Shirley Condes Lins Cavalcante para falar
um pouco, né, eh, Rimelk, eh, o que que você anda fazendo aí enquanto gestora maior desse município aí em Alagoas que vocês conseguiram dados tão expressivos? conta pra gente. Eh, na verdade, eh, antes de de fazer minha autodescrição, eu vou pedir desculpa, porque a nossa secretária de educação, Rimel Kirley, ela está no evento Uma voz pelo antiracismo. Então, ela estava aqui a há poucos instantes, mas ela precisou, né, eh, tá participando desse evento que é um evento nosso, que é a nossa marca. Meu nome é Aparecida Ambrósio, eu vou fazer agora minha audiodescrição. Eh, eu
estou, eu vou primeiro começar, né, eu sou parda. Eh, tenho cabelos pretos, estou utilizando uma argola e a argola uma argola dourada. A minha blusa, ela é uma blusa preta com símbolos africanos e indígenas, né? Com relação à experiência do município de União dos Pomares, é um projeto que nós trabalhamos desde 2017. Mas antes de falar desse projeto, eu vou primeiro dizer a vocês quem é esse município de União dos Palmares. União dos Palmares, ele é o município do estado de Alagoas. Ele está localizado na região serrana de quilombos. Ele possui 59.280 habitantes e atende
a 12.160 160 estudantes. Então esse município, ele tem uma história dentro do seu processo histórico. Ele é é a terra da liberdade, ela é terra do do herói zumbi. Então assim, era imprescindível que o os nossos nossos territórios eles não tivessem esse empoderamento. Que empoderamento é esse? o empoderamento da sua cor, o empoderamento da sua raça e o empoderamento do seu território. Então, nós começamos a fazer um trabalho desde 2017, fazendo esse mapeamento para poder começar a perceber por era que nós tínhamos tanta dificuldade, né, de a gente se reconhecer, de se autodeclarar como negro,
de se autodeclarar como indígena, de se autodeclarar como branco. E a gente não conseguia porque nós tínhamos essa dificuldade. Acho que é uma dificuldade do Brasil que aconteceu no Brasil e surgiu, né? E também eh esse essas reduções de desigualdades, elas são importantes quando nós começamos a observar a nossa proficiência. Quando a gente observa a proficiência, a gente não só observa o crescimento da do nosso município. A proficiência, ela tem muito a nos dizer, porque aquela proficiência ela tem o que a gente chama de interseccionalidade. Por que o meu aluno, ele não tá aprendendo na
zona rural? Porque o meu aluno da escola quebola ele não tá conseguindo aprender. Por que é que se o meu produto da minha educação palmarina é o aprendizado do meu aluno, por que que eu não tô conseguindo chegar lá dentro dessa região? Então, pensando nesses territórios, pensando nessas dificuldades, aí surgiu o projeto Mocambart. Esse projeto Mcambarto, ele vem também do nosso município, um nome muito, é muito forte Mocambarto, porque nós somos o Mocambo dos Palmares. Então, desse dentro desse pertencimento, dentro desse pertencer, esse projeto ele começou a atuar dentro do nosso município com formações continuadas
para os professores. E nessa formação continuada para os professores, começou a se trabalhar a história do município, eh o empoderamento do município, a importância da gente entender que nós somos de de quilombo, que nós somos descendentes de negros, que nós somos descendentes de de dos povos originários. Então esse trabalho ele começou a ser feito com os professores. Então todos os professores eles vinham pra Secretaria de Educação e nós começamos a fazer esse trabalho. Então depois das formações continuadas, após cada formação continuada, essa formação continuada ela era levada para nossas escolas. E lá nas escolas, os
alunos, por meio do da do trabalho feito interdisciplinar, porque os componentes curriculares eles se juntavam língua portuguesa, com história, com geografia, dentro dos gêneros textuais, eles começavam a trabalhar esse empoderamento, esse se ver, né? Como eu me vejo enquanto palmarino, quais são as minhas características que se sobressaem? Então, foi um trabalho feito por todos os professores. Então, os professores, eles se juntavam, eles se organizavam e o projeto ele começou a ganhar forma e começou a ganhar o formato e o aprendizado e o empoderamento de dizer assim: "Eu sou negro, eu sou pardo, eu sou preto".
Então eles começaram a se reconhecer. Assim poderá se identificar, porque foi muito bem falado, quando você se identifica, quando você se vê, você permanece, você fica na escola. você se sente parte do processo. Então, foi esse senti parte do processo que começou lá 2017, porque a União dos Pamários já tinha dado um um um salto, né? Porque desde 2003, com a lei 10.639 e a lei 11.645, nós temos nossa política própria. Nós temos duas leis, a lei 993 e a lei 994, que diz que o nosso professor ele precisa passar por essas formações continuadas. E
temos uma particularidade, o componente curricular cultura palmarina, que a BNCC fala muito, que é aquela parte diversificada onde nós começamos a estudar o nosso município, a entender as nossas localidades e a perceber esses alunos e aprender e perceber como é que acontecia o aprendizado lá na escola. Então, foi esse mapeamento que o Mocambart ele nos ajudou a fazer. Primeiro nós começamos com a formação continuada. Então essa formação ela começou a nos dar eh nes caminhos, principalmente o caminho da nossa proficiência. Então esse caminho da proficiência, dentro do que a gente percebeu, nós começamos a perceber
uma palavra que é importante, que é analisar. Todas as vezes a gente fica feliz quando o nosso município chega lá no ápice, quando o meu 5º ano chega 9.7. Mas esse 9.7 ele tá me dizendo o quê? Dentro nesse 9.7 s, as minhas crianças pretas estão aprendendo da mesma forma que as minhas crianças brancas. Então, são esses questionamentos que muito nos deixavam assim eh eh preocupados em resolver essas situações. Então, nós percebemos que primeiro nós teremos que conhecer o caminho, formar o professor, porque quando você forma o professor, tudo isso vai chegar lá na sala
de aula, tudo isso vai chegar lá no chão da escola e o aluno, ele vai querer ficar, ele vai querer ficar numa escola que se identifica, ele vai querer ficar numa escola rural que vê as suas particularidades enquanto aluno da escola rural. ele vai querer ficar no que a gente chama de território quilombola, naquele território quilombola, porque tudo que tá sendo ofertado está trabalhando a sua ancestralidade, está trabalhando o seu empoderamento e tá fazendo com que ele se sinta inserido no processo. Então é esse olhar que União dos Palmares começou a fazer desde 2017. Então,
2017 ele teve um olhar, percebeu que tava no caminho certo. A portaria do censo, que foi citada aí, muito importante, a portaria, a resolução, na verdade, a portaria do MEC de a número um, né, de 2018, ela foi também muito importante para que esse processo ele começasse a acontecer enquanto censo. E nós começamos a a fazer esse trabalho, formação continuada. E depois quando a gente começou a trabalhar a formação continuada, nós começamos a trabalhar pela primeira vez o currículo cultural do aluno. Por que o currículo cultural do aluno? Porque os nossos projetos, eles não são
projetos que ficam ali pontual numa data pontual. Um exemplo, trabalhar o racismo. Nós não trabalhamos o racismo só no dia 21 de março, porque é o dia da discriminação racial. O racismo é trabalhado todo todos os dias nas nossas escolas e da educação infantil a EJA. Então, dentro da educação infantil, nós trabalhamos inúmeros projetos, inclusive o Infância Sem Racismo, que é um projeto que foi idealizado pelo C UNICEF. E nós achamos muito interessante se trabalhar. Mas para isso, trabalhar essa infância sem racismo, nós precisávamos de formação. Aí é que atua o nosso Mocambarte, formação continuada
para a professora da educação infantil voltado para a prática antiracista. E dentro dessas formações continuadas, a escolha de literaturas que faziam com que as nossas crianças elas se sentiam inseridas no processo. Porque não adianta nada eu dizer lá numa escola quilombola, eu vou trabalhar os contos como gênero textual e só trabalhar os chamados contos maravilhosos, aquelas princesas de olhos claros, de pele clara, se a minha escola é quilombola, então eu posso muito bem trabalhar uma princesa negra, eu posso trabalhar eh meu cabelo crespo é de rainha, então eu posso trazer essas literaturas dentro da formação
continuada promovida para o Bocambar para que a minha criança ela se sente inserida. Quando minha criança se sente inserida, que eu convido o pai da educação infantil para poder participar desses eventos, para poder participar dessas atividades, então o pai vai começar a perceber, pera aí, a minha criança, ela tá conseguindo se ver, ela tá conseguindo se olhar no espelho de si mesmo, ela tá se reconhecendo, ela tá reconhecendo a sua ancestralidade. Então isso também nos ajuda na autodeclaração. Então, se autodeclarar negro, se autodeclarar preto, se autodeclarar branco, não se torna um problema quando o processo
ele começa ali, ó, desde a educação infantil. Então, na educação infantil, o Moca ele ganhou essa forma dentro do do processo de formação continuada. E essa formação continuada, ela acontece da educação infantil à educação de jovens e adultos. E hoje, né, União dos Palmares tá dando continuidade a esse mocambat e agora tá acontecendo aqui, né, nos ginásios do nosso município, uma prática que envolve os componentes curriculares de língua portuguesa, de geografia, de história e cultura palmarina, que é quando os nossos alunos de sexto ao 9º ano eles produzem o rap. E esse rap ele tem
como temas várias palavras temáticas. Uma das palavras temáticas é o racismo, é o empoderamento. Então, essas palavras elas são jogadas, são trabalhadas. É trabalhado o gênero textual, canção, é trabalhado estilo rap, é trabalhado a história, é trabalhado a localização. Então nós unimos esses componentes curriculares para poder falar de racismo. Se racismo se fala todos os dias, racismo tem que se conversar na escola todos os dias. E e os componentes curriculares também eles precisam ter essa conversa mesmo de se nono ano, que são os anos finais. Então eles precisam se conversar. Então agora eles estão apresentando
as suas produções que já passaram por uma etapa escolar, que os pais já assistiram, que os pais já participaram. Então o Macambart ele nos deu essa abertura, ele nos deu essa abertura de formar o professor. Mas a nossa felicidade maior é que o Mocambar ele não abriu os nossos olhos para a permanência do nosso aluno na escola. Então, não adiantava nada só formar o professor. Nós percebemos que nós estávamos ali caminhando direitinho, formando o professor, que a mudança tava acontecendo, mas a mudança não era na sua totalidade. Então, surgiu aí, inclusive, eu tô até esqueci
de dizer na minha autodescrição, o nome, atividades complementares culturais. Então nós temos 29 escolas, todas as nossas 29 escolas da zona rural urbana e a nossa escola que é remanescente quilombola, eles têm essas atividades complementares culturais na prática. É o currículo na prática. é se trabalhando lá a capoeira, é se trabalhando a arte do barro, é se tá trabalhando o teatro, é trabalhando essas artes para que o nosso aluno ele permaneça, para que o nosso fluxo, né, de aprovação, que nós não tenhamos mais abandono, ele permaneça na escola. Então essas experiências, elas são experiências assim
muito importante, mas não é uma coisa que a União dos Palmares começou a fazer agora, né? União dos formários já vem fazendo há algum tempo atrás e a gente começou a perceber que é um passo, um passo de cada vez, mas o primeiro passo e a primeira percepção que todo gestor, que todo eh que todo dirigente ele precisa ter é que a análise da proficiência dentro da sua intersecionalidade, o que me diz a minha proficiência? Qual é o microdado que eu tenho ali? qual é o olhar que eu tenho que ver, que tenho que perceber,
né, para mim poder atuar. E um dos olhares de União dos Foráis foi para isso, foi paraa declaração, a autodeclaração. Então a gente começou a perceber, então por isso que a gente percebeu que União dos Formários precisava trabalhar esse empoderamento. Eu sou território de quilombo. Por que que eu tenho vergonha de dizer que eu sou preto? Eu sou território de quilombo? Por que eu tenho mais pardos do que pretos se eu tenho mais pretos? Então são e esse esses essas questões de pertencimento, de empoderamento, de ancestralidade que o projeto Montambart ele vem trabalhando juntamente com
outros outras ramificações. Mas assim, o ideal é formar realmente o professor, é formar aquele profissional. Ah, mas vocês só fazem isso, só formam paraa raça? Não, o Mocambart ele cresceu além dele trabalhar todo esse esse processo com relação ao antiracismo, ele ainda alinhou-se a língua portuguesa e matemática dentro das escalas de proficiência, trabalhando cada nível de aprendizado. Então, cada nível de aprendizado é trabalhado quando se organiza esse projeto. Então, o que que acontece lá na minha escola da zona rural? dentro da minha escola rural tá trabalhando determinado gênero aqui. Então esse gênero é trabalhado numa
formação continuada, é trabalhado a escala de proficiência, é trabalhado o nível em que está aquela escala de proficiência e é trabalhado principalmente o nosso resultado. Escala de proficiência nos dizer o caminho pra gente chegar ao aprendizado do nosso aluno. Então são muitos caminhos que o Mocambart ele foi abrindo para que o aprendizado de união ele crescesse cada vez mais. Então, o produto da educação palmarina tá chegando a uma educação que a gente sempre sonhou, que é uma educação equânim, uma uma educação de cuidado, é uma educação que vê o aluno, é uma educação que vê
o aluno pelos seus territórios, porque União dos Palmares é um território de quilombo, mas ele tem um território que é da zona rural, ele tem um território que é da zona urbana, ele tem na ali na zona urbana ele tem aluno, crianças e a estudantes que tem um nível socioeconômico muito baixo. Então, todas essas visões a gente consegue perceber quando a gente faz essa análise dessa proficiência. E dentro das formações Mcambart, mesmo que tenha esse nome totalmente africano, esse nome de de mocambo, né, ele trabalha, ele tem esse cuidado, ele tem esse olhar de tá
alinhando aprendizado, aprendizado, identidade e pertencimento. Então, é por isso que a gente tá conseguindo se sobressair. É por isso que quando o pai chega na escola que ele vai, não tem mais dificuldade quando ele vai autodeclarar o seu filho, porque ele ele já percebeu, ele já vem de uma escola, ele já participa das reuniões, ele já tem um filho na escola e também existe também os esclarecimentos e é autoaceitação, você precisa se aceitar. Para você se aceitar existe um trabalho, porque a gente sabe que historicamente foi muito complicado para as pessoas se aceitarem. Existe ainda
muita relação do preconceito. Então, União dos Pomares vem fazendo esse trabalho passo a passo. E é um trabalho assim que nós temos um corpo técnico que é muito envolvido, que que conversa muito, né? Mas não só conversa, realiza. São ações que são realizadas. Então, a gente sempre debate, a gente sempre conversa, formação continuada, monitoramento, acompanhamento, estar na escola, sentar com o professor, perguntar ao professor qual a dificuldade que ele tem, perceber, ver essas mudanças. Então, uma formação continuada por formação continuada não acontece. O a formação continuada que o professor ele participa do Mocambart aqui na
nossa rede, ela é monitorada. Monitorada de que forma? Ela ele tem algumas ações que eles vão aplicar na escola que o técnico ele vai lá averiguar como aconteceram essas ações para depois fazer as intervenções. Então essas intervenções elas foi foram importantes. Outra coisa também, União dos PARES ela vem vendo, por isso que em 2024 nós conseguimos eh com relação eh ao censo escolar, a gente conseguiu que a autode declaração ela fosse, né, ela crescesse um pouco, porque a União dos Páares ela tem essa preocupação, né, a preocupação de tá na escola, de tá vendo, de
tá percebendo como tá acontecendo e também juntos, porque o nosso produto realmente é o aprendizado, é a nossa intencionalidade, é a nossa intencionalidade alfabetizar todas as nossas crianças. é a nossa intencionalidade melhorar cada vez mais o ensino palmarino. Então, dentro de de todo de todo esse processo, desses desejos, esse projeto ele mostrou pra gente esse norte, formação continuada, acompanhamento, monitoramento, monitoramento de todas as ações que estão acontecendo na escola e nos mostrou uma coisa principal, resultado de proficiência, precisa ter esse olhar, um olhar muito importante, olhar, perceber e se ver. Então essa experiência trabalhando com
esse projeto Motambart e com o depois, né, as atividades complementares culturais, porque nós percebemos também que nós só fazendo um trabalho de formação, mas alguns alunos da gente não estavam comparecendo, alguns alunos da infrequência da gente era muito grande. Então, para sanar essa infrequência, surgiu as atividades complementares culturais, porque a União dos Foromares, ela é altamente cultural, é uma cidade de artesãos, é uma cidade de poetas. Então, como tem todo esse processo de historicidade, por que não aproveitar tudo isso pra nossa identidade, para nosso aprendizado? Então nós começamos a passar, a ter esse olhar, a
ver, então todos os professores dentro dessas áreas eles têm. Então e outra coisa também muito importante, além da gente ter esses técnicos que fazem essas formações, nós temos o Near, o núcleo de identidade étnico-racial desde 2007. Então o Neiro é um parceiro muito grande, é um parceiro que tá ali vendo, que tá ali pesquisando, que tá ali eh idealizando, que tá ali junto com a gente dizendo assim: "Olhe, e é essas ideias são importantes, essa atividade é importante." Então essa formação continuada, primeira infância palmarina, PIAP, a PIAAP, primeira infância palmarina antiracista. Vamos trabalhar isso com
o professor. O professor vai aplicar isso na sala de aula e nós vamos fazer um infância sem racismo totalmente diferente. Então, hoje de manhã nós tivemos um infância sem racismo, agora à tarde nós temos culturando cantos em cantos e à noite é o momento da educação de jovens e adultos. Então ele já vem desde fevereiro trabalhando essas ações. Então nós fazemos duas ou três culminâncias dessas atividades para mostrar a nossa comunidade essas ideias de pertencimento. Então União dos Palmares vem fazendo tudo isso, né, voltado para o aprendizado dos nossos alunos, porque a nossa maior intencionalidade
é que nossa criança, que o nosso jovem, que o nosso adolescente, que o nosso adulto ele aprenda. Então isso é sinônimo de resistência. Trabalhar com educação é resistência, é pegar um projeto que dá certo e tá continuidade. Nós somos uma continuidade de 9 anos. Isso também ajuda, né? Uma quantidade de 9 anos de técnicos que conhecem o processo. Então nós vamos nós fomos crescendo aos poucos, aos poucos até nós percebermos a importância que esse projeto de formação continuada que nós temos dentro da rede do nosso município, como ele era importante, como eles nos estavam estavam
nos dando um norte, né? Aí você falou muito em língua portuguesa e matemática. Matemática também da mesma forma. Então nós trabalhamos essas formações de matemática dentro dessa proficiência, dessa escala de proficiência, desse nivelamento, mas nunca esquecemos que somos territórios de quilombos, descendentes de zumbi, de Maria Mariá, de Gangazumba, Zumbá e a terra do poeta Jorge de Lima. E é a e é dessa forma que União dos Pamares vem fazendo o seu trabalho. E é dessa forma que nós viemos caminhando, né? É um passo passo a passo, porque educar isso, educar é você caminhar, é você
ir chegando lá. Então essa terra, terra da liberdade, ela tem um sonho, né, de realmente que todas as nossas crianças palmarinas elas tenham como produto da nossa educação o aprendizado. Oi, muito obrigada Aparecida, por ter trazido, assim, compartilhado com a gente aqui a experiência de vocês no município aí de União de Palmares. Eh, o professor Alécio teve um probleminha, acho que na câmera enquanto ele eh atualiza e a nossa equipe me diz se ele já tá com a câmera OK. Eu queria agradecer a participação de vocês, mesmo a secretária Rel que não podendo estar em
função do evento que vocês estão fazendo aí. Eu agradeço a participação, a disponibilidade de vocês de compartilharem aqui a experiência com a gente. E eu vou agora aproveitar. Professora Alé já tá com a gente. Pode colocar, por favor, ele na tela. Agora sim, professor Alécio. A gente não te escuta ainda, sem áudio. Consegue me ouvir agora? Sim. Eh, Aparecida, primeiro eu queria dizer assim que a gente fica assim muito tocado, né, com com a explanação da experiência de vocês, assim, a gente fica até eh muito sensibilizado e até emocionado mesmo a a ao ver como
a forma como você fala com essa temática, com uma tranquilidade, um e uma paixão pel aquilo que vocês estão estão desenvolvendo aí no município de vocês. Então assim, na sua fala você acabou respondendo assim mais de muitas a maioria das perguntas que as pessoas estão colocando aqui no chat. Como que a escola pode trabalhar essa questão racial? Quando a família não se aceita, quando a família não se reconhece de uma cor, quando a criança não, e você deu pra gente assim uma aula, né, de como que a escola pode cumprir exercer esses papel fantástico, não
só a escola, mas o município inteiro. Aí vocês têm de fato uma política para serem parabéns pelo nível de consciência crítica do projeto político educacional do município de União de Palmares, né, a preocupação que vocês estão tendo. Parabéns pelo projeto Moncambart, né, que foi crescendo junto com essa experiência de vocês. E eu vejo assim Aparecida que vocês já estão colhendo, né, os frutos e um trabalho iniciado em 2017, quando nem se ouvia falar de VA, né? Então assim, parabéns mesmo pelo trabalho, por esse projeto belíssimo, pelas duas leis municipais que vocês têm aí e institui
a política municipal antiracista, né? essa valorização ética racial, como você coloca, no sentido de empoderar mesmo, né, cada pessoa, cada cidadão, cada cidadão, a questão do do sentimento de quanto a sua ancestralidade, seja ela qual for, e quanto a sua, o seu sentimento de pertence de fato, a sua raça, ao seu né, de corpo. Então assim, parabéns pelo trabalho, parabéns pel esse trabalho de vocês terem no currículo de vocês um componente voltado para essa questão da cultura eh palmarina, né? É fantástico vocês fazerem essa fonte entre educação e cultura e valorizando, né, a questão da
história e da cultura local, né, e principalmente vocês que são de um município que tem uma história de resistência belíssimo, né, que leva o próprio nome do município de vocês, União dos Palmares, né? Então assim, é a preocupação, o caminho que você aponta, né, da formação continuada dos profissionais para esse envolvimento em torno desse projeto, assim, são ações, são muitas das ações, você tá dizendo, para o Brasil inteiro, né, o que lições de caminhos possíveis, né, que vocês aí no município de União de Palmares conseguiram fazer, vem fazendo com muita maestri nosso muito assim, obrigado
por estar compartilhando essas experiências de vocês e parabéns pelos resultados que vocês já estão alcançando fruto desse trabalho inclusivo, né? E agora o nosso último bloco, eu gostaria de convidar a a Karen Andrade, ela que é gestora educacional e consultora responsável pela criação do guia Censa Escolar e declaração Racial, análise de informações, dados e resultados voltados à equidade. Esse material foi cuidadosamente eh elaborado pela Fundação Lema, coordenado. A UND participou da da produção desse material. Fizemos uma uma videoconferência para tratarmos essa questão em junho do ano passado e a partir daquela videoconferência que era um
período que os municípios estavam eh eh preenchendo o centro escolar, a gente sentiu essa necessidade de estar pautando essa esse assunto, né? E a partir daquela live, né, surgiu a necessidade de fazermos encontros temáticos regionais. E desses encontros temáticos foi consolidado e sintetizado e deu origem a esse guia como feedback agora que a Karine vai apresentar um pouco para nós e vai fazer aqui ao vivo a cores, né, Karen, né, o lançamento desse guia e vai dizer como é que nós vamos poder acessar. Seja bem-vindo, cara, novamente aqui ao nosso estúdio. É um prazer tê-la
conosco. Muito obrigada, professora Alécio, eh, a UNDIM, pelo convite, a parceria com a Fundação Leman, eh, cumprimentar todas as minhas colegas e colegas de de mesa aqui. A fala da Alessandra foi muito bacana. A Célia aí como a especialista do senso escolar no INEP. Eh, e a experiência que Aparecida trouxe de União dos Palmares, dando concretude a tudo que a gente tenta estudar e trazer eh pros municípios, né? Vou fazer a minha autodescrição. Eu sou uma mulher branca, eh tenho olhos verdes, eh tenho cabelos longos, ondulados e ruivos. Eh, tô com um brinquinho aqui dourado,
uma camiseta verde eh, com estampas em marfim e sou gestora, eh, pública educacional eh há 20 anos. Eh, minha atuação mais recente, principal, eh, foi na Rede de Ensino de Pernambuco, eh, como gestora de organização, eh, da rede, também tive a mesma atuação, eh, no município de São Paulo. Então, os estudos que eu trago sobre o senso escolar e sobre uma melhor coleta de raça e cor, eles estão embasados neste papel do gestor, né, que a gente tem alegria, a felicidade de compartilhar com tantos colegas aqui que estão acompanhando a live e que tem esse
desafio de melhorar eh os seus índices, né? Então, professor Alécio trouxe bem, nós realizamos eh no ano passado, nos meses de julho e agosto, eh diversas eh lives como oficinas do censo escolar, eh oficinas preparatórias. A gente sabe que o ano de 2024 era um ano de declaração de censo que não incluiria eh índices do IDEB, mas é sempre importantíssimo termos eh o senso como uma coleta estatística de maior valor eh da educação do nosso país. Então, eh foi importante contar com a participação, creio eu, de muitos municípios que estão aqui eh nessas lives, né,
que foram realizadas. e dizer para vocês que a gente fez por regiões, contemplamos todas as regiões eh do Brasil, Centro-Oeste, Sul, Sudeste, Norte, Nordeste. E o que o que é mais importante do nosso compromisso com esse trabalho é que a gente eh exige percebe bons resultados educacionais e muitos deles vendam cuidado do preenchimento com senso, mas mais do que isso, a gente tem um compromisso ético com esse preenchimento do senso, né? Um compromisso aí baseado em princípios. Então, a nossa ideia é sempre que as redes possam trabalhar eh melhor as suas realidades educacionais, diminuir desigualdades
para que essa declaração corresponda a uma realidade. Nunca é mentir pro senso, enganar, né, a coleta é sempre ter uma coleta é rigorosa, eh, certeira, bem cuidada e comprometida com a verdade de cada rede, né? eh da gente lembrar eh situações básicas que envolvem aí o senso escolar são ligadas à matrícula que a rede eh registra, né? A quantidade de estudantes de estudantes matriculados eh na educação básica e eh isso tem uma importância eh gigantesca em termos de recursos financeiros que os municípios conseguem aí eh ter de volta por meio das suas arrecadações, né? Eh,
mas também impactam aí em dados educacionais importantíssimos, como este ano nós temos o IDEB. Então, fazendo esse papel aqui de chamar também a atenção de que a nossa database do censo escolar, ela está muito próxima, ela é sempre a última quarta-feira do mês de maio, este ano é o dia 28, então as redes devem estar envolvidas com uma informação adequada do seu número de matriculados, né? Eh, chamar a atenção que este número de matriculados, ele precisa se referir à aqueles estudantes que até a database do censo são alunos matriculados e frequentes, são alunos que não
abandonaram nesse início de ano. Então, por mais que uma rede tenha eh preocupação e compromisso em ter aí o recurso financeiro por cada matrícula, é bem importante checar a frequência dos estudantes e lembrar que em caso de desligamento desse estudante, de verificar-se um abandono nesse início de ano, todas as ações de buscativa devem ser mantidas. trazer esse aluno de volta ou constatar que ele esteja estudando em outra rede é uma atitude, um procedimento que permanece como um compromisso das equipes técnicas, mas que não vai ajudar nos resultados da rede declarar este aluno como matriculado, se
já se sabe que ele abandonou ou nunca frequentou no ano de 2025, né? Lembrando que esse essa informação, esse número de estudantes que é declarado, ele tem impacto, por exemplo, na prova SAEB, na emissão das provas, né? Eh, e vai ter impacto no rendimento da rede, que justamente vai aferir quem são os estudantes que permanecem em progressão e em continuidade no ano seguinte. Então, chamar atenção para isso. Esses dados todos, essas informações, essas análises estão no nosso guia. O nosso guia está em fase final de revisão e ele deve estar disponível aí para vocês por
link via internet, né? Eh, aí online para todas as redes nas próximas semanas, nos próximos dias. e nós comunicaremos essa disponibilidade da versão final do guia, que eu tenho certeza que vocês vão gostar muito, principalmente porque além de todas essas esses marcos de datas, eh, de procedimentos ligados ao censo escolar, o guia foi construído a partir da interação com as redes. Então, as nossas lives, elas proporcionaram que as redes tomassem contato com os temas mais difíceis ligados ao censo. e a declaração de raça e cor e durante as lives ou até depois, né, pelo chat
pudessem enviar dúvidas, eh, seus questionamentos e o nosso guia, ele tem eh várias partes dele, várias sessões dele dedicadas a responder a essas dúvidas. Então, é um trabalho muito baseado nos materiais que o INEP disponibiliza, mas também nas angústias das redes, nas dúvidas da rede das redes. É um material prático que eu tenho certeza que vai eh servir bastante paraa prática de vocês e paraas melhorias, né? Eh, quando a gente fala da database do senso escolar, que tá bem próxima, entender a importância de estarem comprometidos com essa declaração, mas também sabemos que há o período
de retificação eh futuro, que normalmente acontece no segundo semestre, em setembro, outubro, dependendo das divulgações oficiais que vão sendo feitas pelo INEP, mas que é uma segunda chance de revisar dados. Então, para equipes administrativas ou mesmo equipes pedagógicas, vale a pena continuar estudando, ter acesso ao guia e fundamentar aí as ações, tanto para agora paraa data base do dia 28, quanto paraa fase de revisão no segundo semestre, né? Eh, então, eh, partindo desse olhar e do que vai ser o nosso guia, né? a gente pensar numa fala que a Alessandra trouxe muito bem e que
Aparecida reforçou na experiência da rede dela, eh, os dados do senso possibilitam muito, muitos indicadores educacionais, muitas informações educacionais, mas quando a gente aprimora o nosso olhar paraas dificuldades, paraas diferenças, né, de aprendizagem entre os estudantes, a gente percebe que existe um recorte marcado pela condição do estudante, às vezes de maior vulnerabilidade, às vezes interseccional com as questões de raça e corpo. Isso não é à toa. São públicos eh por muito tempo eh distanciados eh das políticas públicas integrais, né, que sempre foram mantidas para parcelas privilegiadas da população e, infelizmente, negadas para esses públicos. Então,
a gente tem este movimento de reparação, né? Quando a educação pública passa a ser democrática para todos, a gente alcança matrículas obrigatórias de verdade no ensino fundamental e tende a alcançar o mesmo paraa pré-escola. Estamos muito pertinho disso, né? Quase que 100%. E temos a tendência de alcançar para creches e ensino médio também. a gente eh alcança esse público que tá presente na nossa escola e que exige dos gestores a análise desses dados, né? Eh, as populações elas não escolheram eh a divisão por raça ou por cor, né? Se vivêssemos num país eh de políticas
igualitárias, isso nem seria necessário. Mas o nosso país ele é marcado, infelizmente, por essas diferenças de acesso, dependendo da raça e da cor. E quando a gente olha os índices de aprendizagem, de proficiência, a gente enxerga, infelizmente, esse recorte e a gente vê redes que querem, precisam aumentar o seu IDEB, por exemplo, mas não estão olhando paraas necessidades de aprendizagem desses públicos, né, que são também aqueles que têm uma frequência menor à escola, que mais abandonam. Então, enquanto os gestores não criarem condições, projetos, como que a Aparecida trouxe para eh enfrentar esse problema, para olhar
para quem foi sempre invisibilizado, nós não alcançar alcançaremos resultados que sejam positivos paraa rede como um todo. Existem redesen vários processos e projetos importantíssimos de recomposição de aprendizagem, de ampliação da carga horária integral. Só que se esses projetos não ficarem focados neste público que mais precisa, nós não avançaremos, né? Então assim, o meu papel aqui também é dizer um pouquinho para vocês como que a gente pode melhorar essa coleta, né? De que forma esses estudos que nós estamos fazendo aqui nesta parceria podem contribuir para as redes melhorarem a coleta, declaração de raça e cor, por
exemplo, já que isso é tão fundamental para reduzir as desigualdades, né? Eh, o primeiro ponto pra gente pensar é que não é uma negativa eh descomprometida da população em não declarar sua raça e corpo, né? Por trás dessa não declaração, existe um receio muito grande do motivo pelo qual o poder público coleta esses dados, né? Eh, ser negro, eh, se declarar uma pessoa preta, eh, ou até mesmo parda, para muitas famílias significa encarar de frente o racismo que existe no nosso país, né? Por muitos e muitos anos significou estar mais longe dos direitos. Então, existe
uma resistência natural que a gente tem que romper com muito trabalho, com muita formação, né? Eh, este trabalho, essa formação, ele eh eh precisam alcançar tanto as nossas equipes pedagógicas que elaboram materiais, que trabalham com as políticas afirmativas, quanto as equipes administrativas e técnicas de cada escola, que são elas que recebem essas famílias, que dão para essas famílias preencherem os formulários de cadastro, de matrícula. Então, é importantíssimo que toda a rede em formas de eh treinar positivamente essa população para que possam acolher as famílias ou o estudante maior que já declare e consigam explicar para
que que esses dados são utilizados, que eles são utilizados pra gente entender o que que a escola pode melhorar, o que que a escola pode oferecer, no que ela está errando, né? Ter essa proximidade de uma forma bacana. e com eh formação incisiva e rotineira para todas as equipes pedagógicas e administrativas. Lembrar que cada rede também pode e deve revisar as suas documentações, né? Quais formulários eh essa rede utiliza pro cadastro do estudante, por exemplo, né? Se é utilizado um cadastro online, este preenchimento da raça e cor, ele é um campo obrigatório, ele é um
campo que o formulário não fecha se ele não estiver preenchido, né? Toda essa coleta que a gente vai ter, que vai melhorando e cada vez mais a gente vai diminuindo a porcentagem de não declarados, começa nessas fichas de cadastro, nas fichas de matrícula, na atualização dessas informações em cada encontro com as famílias, por exemplo, né? E isso é bem importante. Eh, então acho que é um pouco disso que eu trouxe. Eu também enxuguei bastante a minha fala aqui, até porque muito do que eu falaria as colegas eh já trouxeram aqui na fala e a gente
vai ter também eh aprofundamento e questões práticas eh que vocês vão poder eh ter contato aí no nosso guia, né? Então era um pouquinho disso que eu eh gostaria de trazer. e agradecer mais uma vez a oportunidade de ter esse momento de fala e de contato com tantos municípios interessados e melhorar a coleta, declaração e os índices de aprendizagem de cada rede. Muito obrigada. A gente a gente que agradece, Karen, a tua explanação sobre esse material que foi produzido a partir das demandas dos municípios que participaram em cada uma da dos encontros temáticos, técnicos em
cada uma das cinco regiões do país. É muito bom ter um material que seja uma devolutiva, né, das demandas do que os municípios apresentem em relação às suas dúvidas e buscas de e de orientações, né? Com certeza esse material chega numa boa hora, porque é a hora que vai se iniciar ainda no dia 28, como você falou, a Célia informou aqui, vai ser dado o início da coleta do cens de 2025. Então esse material chega como mais um material para auxiliar o gestor ao bom preenchimento, a boa coleta dessa informação, né? Sim, muito obrigado pela
explanação. Chegou aqui para nós, nosso horário tá bem avançado, né? assim, a gente vai se empolgando com as falas, cada uma mais rica do que a outra, né? E então assim, chegaram várias perguntas, eh, a gente percebe um bloco de perguntas relacionado a essas questões de como tratar essa questão da autodeclaração de pessoas que não querem se declarar ou se declara de forma diferente da cor que possui. Alguma coisa nesse sentido, né? como trabalhar essa questão dessa auto declaração quando essa questão da identificação da cor também enfrenta questões de violência externa e e eu coloco
uma série de coisas. Eu acho que a a fala, né, da Aparecida, ela nos dá um um leque de possibilidades, né, de fato o papel que a escola tem enquanto instituição formadora, né, que ela pode sim trabalhar essas questões e aí não existe uma receita, não existe um único caminho. A gente conheceu aqui a experiência de União dos Palmares, mas cada uma das escolas poderá trabalhar de acordo com o seu contexto. ela vai encontrar as estratégias e os caminhos, mas não esquecendo que a escola tem essa função social também de trabalhar essa questão ético-racial, né,
como tá posto na própria legislação brasileira, nessa nossa responsabilidade é de trabalharmos isso, eh, com não só com os estudantes, mas também trabalhar principalmente com a família desses estudantes. A escola pode criar estratégias e momentos para desenvolver esse trabalho. Tem outra pergunta que é específica, né, assim, da Jia Gomes Machado de Souza, não identificou o município. Ela pergunta: "Os municípios que estão habilitados já estão recebendo o VA?" Sim, a cada ano é habilitado um conjunto de municípios que irá receber naquele ano. E esses municípios habilitados no VA, eles já estão recebendo ao longo de 2025
todos os municípios que foram habilitados, que foi publicada a relação no início do ano pelo FNDE. esses municípios, quem não conhece essa relação, pode procurar a seccional da sua UNDIM, do seu estado e ela vai reencaminhar novamente essa relação. Mas essa relação dos municípios habilitados para o ano 2025 também está disponível no site do FNDE, que é o que publica no início de cada ano, a lista dos municípios habilitados, né? como também e eh tem outras perguntas querendo saber, ah, meu município estava, por que que saiu da lista? Certamente é porque a cada ano é
feita a análise dos dados, né, e é publicada a relação dos dados quem está habilitado a cada ano. Então, se seu município estava habilitado no ano anterior, em 2024, em 2025 ele não está, então você pode acessar tanto nessa relação do FND, porque você, qual foi, né, a o indicador de porque você não foi habilitado, qual foi a condicionalidade que você não cumpriu. E no caso da constitucionalidade três, se foi essa, se você não conseguiu reduzir a desigualdade ou racial ou econômica, porque tem que reduzir as duas para serem para ser habilitado. Mas também o
INEP publicou recentemente, está na página do site do INEP, uma planilha que tá lá com os indicadores do VA, né, os municípios que estão todos os indicadores que foram utilizados para ver essa questão da constitucionalidade três, da redução da desigualdade educacional. nova tem essa planilha que está lá na página do INEP, não é do FNDE, do INEP, o dado detalhado, quantos por C na no SAEB de 2023, né, o município tinha de alunos pretos, PS e índio e qual foi o percentual desses alunos que estão no nível adequado desses municípios. Então esse dado também é
público, ele é o dado por município. Basta acessar a página do INEP, você vai encontrar, como também você vai encontrar todos os indicadores do seu município que foram utilizados para ver aqueles municípios que uma vez habilitado nas cinconstitucionalidades, eh, o INEP verificou se aquele município melhorou no atendimento, ou seja, se ele reduziu a taxa de abandono escolar, não é? comparando os dados do censo escolar dos dois últimos anos e também estão lá todos os indicadores que foram utilizados para aqueles municípios que apresentaram melhoria na aprendizagem. Nesse caso, são utilizados três indicadores, resultados: percentual de alunos
adequados no nível SAEB, taxa de participação no SAEB e também redução da desigualdade entre os grupos racial e socioeconômico também é utilizado na hora de avaliar se o município de fato eh melhorou a aprendizagem, né? Então assim, você pode acessar essas planilhas na página do INEP e ver todos os dados do seu município, inclusive para se organizar para o ano 2025, que é o ano que nós teremos a avaliação do SAEP, né? Então assim, se você não encontrar na página do INEP essas planilhas que eu estou falando, procura a seccional da UNDIM do seu estado
e solicite que ela reencaminhe, porque essas planilhas foram todas encaminhadas. pela seccional a cada um dos municípios, eh, em cada um dos estados. nacional manda para cada seccional e a seccional tem cubência de encaminhar para cada município. Tem uma última pergunta aqui do Dijalma, ele perdealma Oliveira, eh ele pergunta eh não diz qual município, ele pergunta qual a informação, eh a informação de raça e cor no senso escolar é usado para constitucionalidade do VA ou são a coleta da prova do SAEP? Essa pergunta do Dijalma é excelente. Não sei se esse Dijalma é o presidente,
nosso presidente da seccional de Alagoas, né? Então, uma pergunta muito boa essa pergunta, porque de fato, né, a cor do estudante, ela é coletada na autodeclaração que o aluno faz ao realizar a prova do SAEB, do 5to, nono e terceiro ano do ensino médio. Então, que a primeira informação é a cor declarada pelo estudante. Agora, assim como tem no censo escolar um percentual elevadíssimo de não declarados, na prova do SAEB, tem muitos estudantes que na hora de preencher o questionário socioeconômico também não declara a sua cor, né? Então, se acontecer de um estudante declarar a
cor dele na prova do no questionário socioeconômico do SAEB, por ocasião da aplicação da prova, então o o INEP ele vai buscar essa informação no está autorizado pela CIF numa resolução da CIF, que é a Comissão Intergovernamental de Financiamento da Educação, que normatiza as questões do VA. Então, a CIFA autorizou que o INEP vá buscar essa informação para o o estudante que não declarou na prova do SAEB que ele vá buscar essa informação no senso escolar, portanto, a informação declarada por seu por seus pais ou responsável. Então, percebam que as duas informações são utilizadas. Então,
tanto é importante a escola trabalhar o responda adequadamente ao questionário da aplicação da prova do SAEB, como também trabalhar a família para que a família declare corretamente, faça a declaração, né, eh, da cor da criança ao realizar a sua matrícula, né? Com isso, né? Eu gostaria de encerrar aqui fazendo os nossos agradecimentos enquanto a UNDIM, né? a Alessandra Benedito da Fundação Lema, que fez uma belíssima explanação da temática, a Célia Gideon, que é a coordenadora do Centro Escolar da Educação Básica, do INEP, que esteve aqui colaborando, trazendo a o histórico de desse campo, como foi
tratado ele ao longo e da importância dele para o instituto, né, para o INEP, para toda a educação básica brasileira. Agradecer também a Aparecida Ambrosio, que nos brindou com uma excelente experiência prática, né, vivenciada no município de União dos Palmares. Agradecer também a a dirigente municipal de educação, eh, Rimelk Shirley, do município, que infelizmente não pôde ficar por conta do compromisso local. E por último, a Karen Andrade, que também é da Fundação Lema, que é responsável pela elaboração do guia do Censo Escolar e declaração racial, né? Então, nosso agradecimento a todos e agora eu passo
a palavra para a nossa eh coordenadora Joana, que está mediando essa live, nossa apresentadora, para que ela faça os encaminhamentos finais. fazendo aqui uma saudação e mandando um abraço carinhoso para todos que nos acompanham, né, para todos os dirigentes, os 5569 dirigentes municipais da educação em todo o Brasil e suas equipas que nos acompanham nesse momento ou que terão a oportunidade de ver esta live posteriormente. Um abração a todos, um beijão para todos. Joana, obrigada, professora Alécio. Muito obrigada pela condução dessa videoconferência de hoje que trouxe informações e orientações fundamentais aos gestores e equipes técnicas
das secretarias municipais de educação sobre a importância do senso e ova. Agradeço também, assim como o professor Alécio já falou, vou reiterar o o agradecimento às nossas convidadas, Alessandra Benedito, da Fundação Leman, Célia Gedeon do INEP, a Rimelk e Aparecida lá de União dos Palmares em Alagoas e a Karen Andrade. Um agradecimento mais que especial a todos vocês que nos acompanham aí ao vivo e também quem vai assistir depois. Bom, essa videoconferência ela vai ficar gravada e disponível na galeria de vídeos do Convívio Educação. Então aproveite para compartilhar com quem não pôde nos acompanhar ao
vivo. E eu aproveito para reforçar que o guia vai ser publicado em breve e assim que tiver no ar disponível a gente vai fazer a ampla divulgação desse material para vocês, tá? E por fim, antes de encerrar, mais um recado. Quem preencheu a lista de presença vai receber a declaração de participação no e-mail registrado em até 30 dias, OK? Lembre-se de conferir também na caixa de spam do e-mail de vocês. É isso, muito obrigada, até a próxima. A gente espera vocês em conviveducação.org.br. BR.