Inclusão e Autismo em Ensino Superior - Conferência de Abertura

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Video Transcript:
eu quero agradecer a recepção Taís muito obrigado mesmo prazer tá aqui conversando com você sobre esse tema O prazer é todo nosso Deixa eu fazer minha descrição Eu sou um homem branco de barba cabelo grande no ombro e com um paletó preto e uma camisa branca atrás de mim tem uma luminária que a cabeça do Darth Vader personagem do Star Wars e uma placa do YouTube uns livros que um bonequinho do Einstein e para dar o bom dia aqui também para intérpretear é só falar assim meu símbolo é esse aqui ó meu sinal desculpe tá
que é Luciano Lacerda e a barba aqui gente primeiro lugar muito obrigado é um prazer enorme mesmo tá aqui fiquei muito feliz em receber esse convite esse congresso de estudantes para mim foi uma grata surpresa ao nemate é uma instituição muito importante no campo da inclusão Especialmente na sua participação no mestrado profissionalizante né que a instituição assim que a gente que eu por exemplo eu quando eu acompanho os processos seletivos eu sempre acompanho via Unemat que ela tá sempre muito organizada e fazendo um papel muito importante no país e saudade especificamente aqui a pró-reitora Antônia
e dizer o seguinte falar um pouco assim rapidamente da minha história né eu passei a pesquisar o transtorno autista e os processos de inclusão depois que me tornei professor e me tornei pai de um menino com autismo mas a minha história de pesquisa era uma história de pesquisar a teologia da libertação eu eu entrevistei o Dom Pedro casal d'álica Inclusive durante o meu mestrado é uma pessoa importantíssima tenho muita muita identidade uma história muito grande com os movimentos daqueles que usam anel de Tucum né Tem até um filme muito importante com esse título que eu
tinha muita tinha muita relação com as pessoas que fizeram enfim você foi o tema muito caro para mim né eu pesquisei o Leonardo Boff durante o mestrado mãe mas enfim vamos ao nosso tema aqui né aí depois eu dei um cavalo de pau na minha pesquisa e tem estudado a inclusão escolar da pessoa com autismo e a inclusão escolar de modo geral né processo baseados em evidências e hoje eu vou falar especificamente do ensino superior que é um discurso muito atípico né a gente discutiu muito pouco essa essa educação inclusiva no ensino superior e eu
quero fazer uma fala que seja provocativa para vocês e é muito bom que seja de fato um evento dos Estudantes né porque diz muito respeito a eles ao dia a dia né do que eles estão fazendo e é muito bom ouvir as iniciativas que a universidade está fazendo nesse Campo Bom a primeira primeira informação que nós precisamos dar então Educação Especial essa expressão Educação Especial não diz respeito à escola especializada tá educação especial é todo esforço que você faz para que com deficiência ou altas habilidades superdotação possam ter pleno acesso ao currículo que educação especial
ela é Presta atenção nessa expressão uma modalidade transversal de educação o que que isso quer dizer quer dizer que nós temos aí a educação dividida em vários várias etapas você tem a educação infantil o ensino fundamental o ensino médio e temos o ensino superior certo a educação especial ela atravessa tudo isso tudo ela é uma modalidade transversal ou seja toda a experiência educacional feita dentro deste país subaéche de da nossa Constituição deve necessariamente ser inclusiva Isto é deve prover recursos para o pleno acesso ao currículo para indivíduos com deficiências transtornos globais do desenvolvimento como se
diz a lei né mas que equivale hoje ao transtorno do espectro autista e pessoas com deficiência muito embora o transtorno autista hoje também mas é porque posterior da Lei as pessoas também são pessoas com deficiência tá bom se toda experiência Educacional deve necessariamente ser inclusiva isso quer dizer que a graduação o ensino superior precisa ser inclusive precisa oferecer esses recursos para pelo acesso o mestrado também o doutorado também portanto não há experiência Educacional no Brasil que possa ser não inclusiva isso tá fora do escopo da proposta Educacional porque nós temos lá na LDB todos aquelas
garantias de liberdade pedagógica nós podemos por exemplo no campo vamos pensando na educação básica por exemplo para ficar mais fácil simplificada que nós podemos ter uma uma escola Waldorf uma montessoriana uma mais tradicional uma Círculo Militar uma sei lá pode ser uma católica uma Adventista isso tá tá dentro das possibilidades mas nenhuma delas pode dizer assim ó aqui na nossa escola nossa proposta pedagógica é sem sem pleno acesso a currículo sem recurso de Educação Especial isso tá fora do escopo ela pode dizer sua religiosa só laica ela pode dizer olha aqui nós somos mais temos
uma proposta mais livre mais democrática outra proposta um pouco mais rigorosa pouco mais disciplinar tá dentro dessas possibilidades não ser inclusiva não está a legislação assim define portanto as Universidades também precisam apresentar essa esse serviço para a sociedade né e não tem apresentado ou tem apresentado muito pouco de maneira muito tímida de modo a limitar o acesso às pessoas com deficiência a um ensino superior especialmente aquelas cuja deficiência não é sensorial mas eu já vou chegar lá daqui a pouquinho bom mas quando a gente fala de uma educação que seja inclusiva a gente tem etapas
que são anteriores à educação especial especificamente né a gente tem uma etapa que ela é geral que ela é global que diz respeito à transformação da própria natureza daquele serviço Educacional que ele é desenhado para um tipo específico de aluno e ele precisa se desenhado para um acesso Universal precisa ter um desenho universal para aprendizagem né e o que que significa dizer não vou explicar Qual é o conceito aqui mas dizer bem resumidamente é preciso que quando a gente desenhe as aulas a gente desenha os processos de ensino a gente faça isso pensando em diferentes
formas de aprender portanto se eu vou dar uma aula eu não vou dar uma aula de uma forma só eu vou preparar aquele conjunto de conteúdos de habilidades que eu quero desenvolver sendo apresentado sendo entregue de várias formas diferentes então eu posso explicar o assunto eu tenho lá uma indicação de filmes eu tenho uma indicação eu faço outra apresenta outras atividades exponham a gente vai visitar um lugar que eventualmente seja importante para aquela aprendizagem ou seja crio diversas oportunidades de acesso aquilo que eu tô propondo isso é especialmente importante de se dizer na universidade porque
porque os professores de Universidade não tem informação pedagógica então é ainda mais difícil professores de Universidade recorrentemente são bons pesquisadores e péssimas professores Claro existe uma multiplicidade uma diversidade é claro certo mas todos nós sabemos disso porque porque no Brasil o mestrado que supostamente é uma preparação para eu lecionar no ensino superior vira um menino doutorado ele é um mini doutorado ele é uma preparação científica ele é uma introdução a pesquisa científica e não uma preparação para docência não ser superior por exemplo é raro eu digo raro porque eu tô supondo que é errado porque
na verdade eu nunca vi né mas vamos supor que seja rápido que tem mas não tenha tanto é você ter um mestrado que tem uma disciplina de como lecionar didática para o ensino superior E aí temos aí um outro aspecto né ou seja estratégias inclusivas para ensino superior essa então eu duvido ela dó que a gente tenha essa Claro é certo talvez no mestrado de educação inclusiva eu tô falando nos outros mensagens todos os outros em que as pessoas estão preparados sendo Preparadas em tese Ou pelo menos estão recebendo a titulação para serem professores universitários
Ok bom então nós temos um grande problema aí um primeiro grande problema nós temos que começar transformando todas as aulas da Universidade em aulas que se baseiam no desenho Universal da aprendizagem e que a gente apresenta aquilo de pelo menos três formas diferentes eu tô simplificando para vocês aqui tá E que a gente cria pelo menos três diferentes formas de engajamento dos indivíduos para aquela matéria Então ele pode fazer uma prova escrita em geral a única que a gente faz a única coisa mas a gente precisa criar outras formas diferentes seminários criava produtos audiovisuais sei
lá criar textos falar sobre e assim por diante né então a gente precisa criar formas diferentes de engajamento e a gente precisa reconhecer essas várias formas para finalidade de avaliação e não exclusivamente a avaliação que seria responder uma prova escrita daquela matéria daquilo que em geral foi verbalizado em sala de aula então o professor em geral chega na sala de aula verbalizo o conteúdo e aí no final ele pede aquela verbalização reproduzida em algum tipo de contexto formal de uma prova bom dito isto vamos supor que nós fizemos tudo isso e aí nós vamos chegar
na Educação Especial propriamente dita nós temos indivíduos com deficiência temos indivíduos que precisam de adaptações que adaptações a gente pode fazer no ensino superior quais são os tipos de adaptação e é isso que eu quero discutir aqui com vocês agora então primeiro precisa botar tirar um elefante da sala aqui que é o seguinte a educação básica ela tá lá definida na Constituição como obrigatória dos quatro aos 17 anos ali é obrigatório ali não tem choro nem vela vamos imaginar que alguém com deficiência intelectual profunda por exemplo que é o nível 4 né de intensidade do
transtorno ela esteja lá no ensino básico E aí quando chega ali no ensino fundamental Ela não aprende a ler existe uma parcela dos indivíduos que a gente não consegue ensinar o alfabetização isso é o fato tá qualquer pesquisa vai demonstrar isso em qualquer professor que se justa sala de aula ou já tem estado sabe do que eu tô falando então de fato existe ok ele vai ficar para sempre ali no terceiro ano não existe uma existe um conjunto de coisas que a gente vai pontuar para entender se ele vai progredir para o próximo ano e
aí Digamos que ele vai progredindo tudo bem ele tem direito a estar e a receber por exemplo um certificado de conclusão do ensino médio ainda que não tenha proficiência acadêmica sobre aquilo certo por quê porque aquilo é obrigatório mas não o ensino superior portanto que eu quero dizer que é o seguinte tem que tomar muito cuidado com essa discussão porque a gente pode eventualmente é incorrer que num problema que é o seguinte a gente achar que a gente por uma questão de inclusão a gente tem que por exemplo receber e dar a conclusão para um
aluno que é que não aprendeu que não é Alfabetizado é plenamente Alfabetizado por exemplo eu sou professor hoje eu não tô mais a graduação mas quando eu estive na graduação professor de graduação sabe disso sabe que existem muitos alunos que são analfabetos funcionais Digamos que esse estudante por algum motivo Ele conseguiu entrar na universidade claro que na universidade pública é mais difícil mas Digamos que ele conseguiu entrar e ele não consegue aprender um conjunto de matérias que são próprias ali para o desempenho de uma função a universidade a pretexto de serem inclusiva não deve dar
o diploma desse indivíduo não deve certificar esse indivíduo porque a universidade está certificando para a sociedade que esse indivíduo é Prof eficiente ele consegue desempenhar uma certa função de uma maneira competente de uma maneira proficiente que ele passou por todos os processos de avaliação ainda que obviamente o indivíduo possa no final das contas é o mal profissional mas a universidade não pode testar isso chama indivíduo que de fato não desenvolver aquelas competências então isso torna o desafio muito grande para gente né Quais são os limites do que eu posso fazer e do que não posso
fazer no campo da universidade só que a universidade também para ela dizer olha esse divido aqui não atingiu e não atinge essas essas esses requerimentos aqui ela precisa oferecer todas as adaptações necessárias para aquele indivíduo E aí que nós vamos começar a conversar aqui direito né quais são essas adaptações bom primeiro existe dois conceitos fundamentais que estão em toda a legislação sobre a pessoa com deficiência no Brasil e no mundo né que diz respeito também a tratados internacionais o primeiro a convenção eu vou falar dos dois institutos mas vou falar primeiro das duas legislações mais
importantes é a convenção de direito para pessoa com deficiência que é da Unesco né que foi da convenção de Nova York e que quando foi aprovado no Brasil foi ratificada no Brasil foi ratificada de uma forma que virou emenda constitucional poder jurídico imenso e a lei brasileira de inclusão que também é toda baseada nessa convenção e quais são os dois princípios fundamentais eu tô falando princípio porque juridicamente falando deve haver aqui advogados né quando o princípio conflita para Norma é o princípio que vale princípio de princípio ele tem um valor jurídico superior é isso que
nós temos que olhar né Qual é o nosso objetivo fundamental Bom Princípio da acessibilidade então garantir acessibilidade ou seja os indivíduos precisam acessar o currículo de maneira plena E aí os indivíduos são diferentes e portanto eu preciso garantir essas formas de acessibilidade e a outra o outro princípio é o princípio das adaptações razoáveis então adaptações razoáveis Num caso concreto se tiver uma adaptação razoável que vai proporcionar maior acessibilidade para o indivíduo Então passa a ser direito do indivíduo o direito que ele pode perseguir inclusive judicialmente o que a gente chama de direito subjetivo é um
direito do indivíduo aquele aquela adaptação se ela for razoável tem que derrubar a universidade para fazer outro negócio aí não aí seria aí é uma outra coisa aí é uma aí um princípio da elaboração da política pública né mas em geral que a gente precisa se adaptações razoáveis bom dito isto existem dois tipos de adaptação adaptações instrucionais e adaptações curriculares Ok eu vou falar primeiro das adaptações instrucionais essas adaptações elas dizem respeito não ao que eu vou ensinar o ao que eu vou exigir um indivíduo Mas como eu vou ensinar o como eu vou exigir
esse indivíduo com a performance que eu vou exigir dele é de que forma então é diz respeito a como e não ok ok então vou ter citar alguns exemplos para vocês aqui da minha prática também mas antes o exemplo mais Óbvio aqui é o exemplo das deficiências de modalidade sensorial ser sensoriais como a cegueira surdez ou ou a baixa visão e a deficiência auditiva né que são deficiências ou condições que exige que a gente faça uma adaptação da modalidade sensorial do que a gente está entregando por exemplo se eu entrego um texto eu Obrigatoriamente tem
que entregar uma alternativa para aquele texto para ser lido com por áudio ou através de Braille se eu entrego para os indivíduos uma fala se eu falo para os indivíduos eu preciso ter um intérprete de libras né então eu preciso ter nesse caso é o sentido mais mas direto né do conceito de acessibilidade eu preciso que aquele indivíduo acesse sensorialmente aquilo que eu tô propondo para o grupo porque porque esse indivíduo ele não não muito claramente ele não tem um certo sentido então se eu tô entregando me baseando naquele sentido eu tenho que propor uma
modalidade sensorial existem outras discussões mais complexas sobre por exemplo libras como primeiro como primeira língua e o português escrito como segunda língua que são discussões mais complexas que eu não domino tá então eu vou me resumir aqui a essa a esse ponto né Você precisa fazer adaptação da modalidade sensorial é a coisa mais óbvia outras outras coisas que podem acontecer eu posso precisar de um material suplementar né com outros aspectos outros elementos que o material original não tenha então eu posso precisar de ter um outro material com mais imagens para indivíduos que se comporta mais
sobre controle de estímulos visuais eu posso ter que produzir um outro material com uma outra linguagem que seja mais interessante para seja mais fácil de aprendizagem para aquele grupo se tiver indo ruído aí gente é porque tem uma uma obrinha ali mas eu espero que seja baixo aí tá vou dar outro exemplo adaptação no processo de avaliação eu vou dar alguns exemplos para vocês eventualmente essas adaptações depende do de que você tá lendo eles vão chamar de acomodação aliás essa é uma característica interessante né porque muitas pessoas que estão discutindo a inclusão no ensino superior
não vem da área educação mas estão em várias outras áreas que a universidade contém Ampla e portanto não conhece tanto da literatura da Educação na educação cada um chama o que quiser do que quiser então existe uma polissemia assim absolutamente disseminada então Alguns vão chamar de adaptação que não pode chamar atenção vamos chamar de flexibilização de acomodação então Eu acho que o mais importante é não se a ter aos termos que eu estou usando os termos são irrelevantes é a descrição que eu tô fazendo do que que são esses processos então por exemplo eu posso
ter um indivíduo um conjunto de indivíduos que faz a prova por mais tempo ele tem mais tempo tempo de latado para fazer essa prova como você tem até no Enem e outros processos outros acertamos né ele pode fazer uma sala uma prova num outro lugar no lugar sensorialmente mais tranquilo né Não Tenha tanto barulho ou que outros aspectos sejam diferenciados ele pode fazer uma prova com abafador de ruído que é uma pode chamar de uma acomodação né Essas coisas ele pode fazer uma prova que não seja até até que não seja escrita que seja falada
oral desde que os critérios sejam os mesmos Então nós não estamos falando de uma prova mais fácil de uma prova que pode fazer mais ou menos nada disso que nós estamos falando nós estamos falando da mesma prova das mesmas habilidades sendo avaliadas só que de uma outra forma é através certas adaptações tá bom Essas são adaptações instrucionais existem outras adaptações que são curriculares que essas são as mais complicadas então eu vou falar de dois tipos aqui de dois caminhos Aqui tá um caminho que altera e reduz o escopo da certificação ou seja de como a
universidade a testa competência do indivíduo as competências as habilitações do indivíduo e aqueles caminhos que não fazem isso eu vou começar pelo primeiro que é mais complicado e eu vou dizer para vocês Da onde saiu o que eu tô falando tá bom eu faço parte de um grupo de trabalho do Conselho Nacional de Educação que está elaborando as novas diretrizes nacionais de educação especial para pessoas com autismo e nesse grupo de trabalho né a gente discute está discutindo muito porque é bicameralda e educação básica e tem um caso que foi enfrentado pelo Conselho Nacional de
Educação que é a seguinte é uma pessoa do Nordeste eu não sei qual a universidade que ela tava fazendo comunicação E aí havia uma série de habilitações em artes visuais rádio e TV não sei o quê não sei o quê não sei o quê só que ela era cega como é que ela iria cursar as disciplinas de artes visuais como é que ela iria sair habilitada em artes visuais sendo cega então a universidade fez uma consulta Conselho Nacional de Educação para saber o que que fazia como é que podia fazer né Veja a uma série
de habilitações para as quais ela ela tinha competência para poder se formar e dessas habilitações propostas ali por aquela gradação uma delas por impedimento sensorial ela não conseguiria E aí o Conselho Nacional de Educação entendeu o seguinte que Então deveria se fazer uma adaptação da própria certificação então eles fizeram o seguinte ela não precisa passar pelas disciplinas de artes visuais ela fez outras coisas né relacionadas às outras habilitações e no Diploma dela no certificado dela saiu as habilitações que ela tinha e não a habilitação que ela não tinha então isso foi individualizado a certificação dela
foi individualizada para o caso concreto vou dar um outro exemplo para vocês certo tentando fazer uma analogia para vocês entenderem qual é qual seria a possibilidade para um caso mais comum né Vamos imaginar que nós estamos falando de um aluno com direito de direito tá que ele vai concluir a universidade e eventualmente vai passar na OAB e eventualmente vai poder exercer ali todos os todos os prerrogativas dos advogados por exemplo os advogados escrevem e assinam peças judiciais né eles eles fazem as peças né eles criam ali aquelas peças e eles subscrevem são Procuradores dos seus
clientes Ok bom E aí quando chegaram judiciário judiciário aceita porque esse indivíduo está habilitado para isso então se tiver passado na OAB bom Outra coisa que os advogados fazem representadas seus clientes em audiências audiências judiciais audiências de conciliação audiências administrativas o advogado vai com o cliente junto junto com ele na audiência e aí lá perante o juiz né E ele fala pelo seu cliente e ele também pode fazer arguições orais em julgamentos Então vai no julgamento e ele tem que falar ele fala durante o certo tempo diretamente para os juízes faz arguição né ele pode
também fazer arguição perante um júri né em uma situação de de alguns crimes e tal então ele pode fazer todas essas coisas vamos imaginar no entanto que nós estejamos falando de alguém com Transtorno do espectro autista cujos prejuízos sociais são muito sérios sejam muito sérios depois eu vou falar de como a universidade também pode enfrentar isso no ano da Universidade mas por enquanto aqui no campo do exercício da profissão né sejam muito sérios e que eles não consigam ser delimidos durante o percurso Universitário Digamos que esse mesmo indivíduo seja um gênio para elaboração de peças
Por que que ele não pode sair habilitado para escrever e subscrever peças judiciais e não sair habilitado para participar de audiências e arguições ele pode né então Digamos que durante o processo de estágio né que acontece no fim do curso de direito ele consiga fazer aqueles estágios que digam respeito a você produzir peças e não consiga fazer aqueles estágios que digam respeito a participar dessas situações sociais mais complexas então a universidade pode fazer uma adaptação curricular para ele que ao fim ao cabo se convertem uma adaptação da própria certificação e habilitação desse indivíduo para parte
das competências próprias daquela habilitação então isso pode ser feito isso já foi enfrentado pelo Conselho Nacional de educação né é a professora Sueli Menezes em geral é a pessoa que no Conselho Nacional de Educação recebe os pareceres as consultas que são para Campo para o campo da Educação Especial e a coordenadora do GT desse GT de Educação Especial tem feito trabalho muito muito grande então essa é uma questão bastante bem consolidada ela estava nessa consulta que eu acabei de descrever portanto Essa é se esperar que seja a conduta contínua do Conselho Nacional de Educação é
isso eu acho que é uma informação bem interessante para se pensar essas várias situações complexas que provavelmente a urinar como outras universidades também deve enfrentar agora eu vou falar das adaptações curriculares que não deságuam nesse tipo de adaptação tão profunda que de respeito a modificação da própria certificação do indivíduo mas diz respeito a Como que eu posso produzir mudanças para ele ter pleno acesso ao currículo e aí deixa eu só fazer uma outra fazer uma outra fala antes de eu falar sobre essas adaptações me preocupa muito particularmente no campo da Educação que nós tenhamos nós
que eu digo assim nós enquanto comunidade acadêmica nós tenhamos em geral e eu tô dizendo né também tô falando em geral né porque existem diversidade nesse grupo também mas em geral tem anos uma postura é muito anti científica e sobre a alegação de ser ciência quer dizer uma perversão do conceito portanto uma pseudociência que é um fenômeno gravíssimo nós temos visto nós estamos acompanhando isso na pandemia como que a pseudociência foi danosa para a sociedade né um discurso falso discursos que não se baseia em evidências e que se diz como científico em parte porque usa
o vocabulário científico em parte porque emana de uma parte da Universidade de uma parte da academia então eu preciso distinguir muito claramente acadêmico é aquilo que vem da universidade científico é aquilo que segue o método científico que pode ser múltiplo variada depender do objeto de estudo da perspectiva teórica não há dúvidas em relação a isso mas ele precisa seguir o método científico Então não é porque uma coisa é produzida na cadeira da Universidade que é científico quer dizer onde você viu a cadeira Onde está sentado define-se o conhecimento é científico não é não é isso
Que Nós aprendemos epistemologia né E como se produz conhecimento né não é isso que distingue o conhecimento científico de outros conhecimentos não é a cadeira é a forma da gente produzir esse conhecimento de modo que se eu tô falando de adaptações no ensino superior em outros Campos do ensino eu tenho que me perguntar o seguinte Ok mas por que que eu estou dizendo que isso é uma forma de adaptar da onde que sai Qual é porque tem doutorado não vamos ter clareza doutorado é documento para fazer concurso não é para fazer aquilo que eu falo
virar a verdade isso não existe doutorado não quer dizer nada sobre isso você pode ser doutor e falar não besteira do mundo você pode ser uma pessoa sem nenhuma instrução e falar uma coisa que coincide com a realidade por exemplo se um geógrafo disse que a Terra é plana ele está errado ele é doutor em Geografia continua sendo errado porque porque aquilo que ele está falando embora eventualmente alguém Acredite porque ele tem um doutor antes aquilo que ele está falando não corresponde às evidências científicas disponíveis se o faxineiro da mesma instituição de fé que a
Terra é redonda ele está certo ainda que ele não tem um doutor ainda que ele não tem nenhuma escolaridade aquilo que ele está dizendo corresponde às evidências científicas disponíveis Então isso é que define-se alguma coisa é mais próximo da Verdade no sentido que a verdade absoluta não existe mas é mais próximo da Verdade né a ciência ela é aproximativa eu vou eu vou voltar nesse assunto epistemológico vou me centrar um pouco aqui gente porque isso é muito grave no campo da educação é muito mais grave do que do que todas as pessoas aqui que não
são do campo da educação acreditam Tá bom eu tô com uma caixinha de fone aqui certo e eu vou soltar Ou seja eu vou deslocar esses dois dedos em relação à Caixa de fone eu tenho duas falas fala número um afirmação número 1 ela vai acelerar em direção a minha mão certo afirmação número 2 ela vai acelerar em direção ao teto que do apartamento Ok então eu tenho duas afirmações sobre a caixinha Olha eu vou tá tá ela acelerou em relação a minha mão você já sabia que ia acontecer isso que eu quero dizer eu
tenho duas afirmações sobre a realidade as duas afirmações não podem ser dadas como absolutas porque em tese poderia acontecer um evento físico que ela acelerasse para o teto um apocalipse sei lá algum negócio aqui poderia acontecer eu posso dizer que é zero por cento possível não é 0 000 sei lá quantos zero que tem aí mas a outra afirmação ela probabilisticamente falando ela é mais verdadeira ela não é 100% que nada é 100%, mas ela é mais verdadeira portanto as afirmações não são todas equivalentes elas são melhores ou piores elas são mais verdadeiras ou menos
verdadeiras a depender das evidências científicas disponíveis naquele momento Então por que que eu sei que isso que vai acontecer claro que isso eu poderia saber no próprio senso comum mas a gente tem 500 milhões de experimentos com gravidade né então a gente sabe a gente conhece essa força Né desde de Newton aí que a gente conhece então eu podia afirmar porque a evidências que a gente já produziu que me permite fazer predições sobre o futuro embora essas petições sejam probabilísticamente verdadeiras e não 100% verdadeiras Então vamos lá por que que eu tô dizendo tudo isso
porque se eu tô falando de educação inclusiva a minha grande questão que eu tenho que responder é qual é a prática que no passado foi testado foi testada foi testado foi testado foi testada foi testada funcionou então probabilísticamente falando ela é muito provável que se funcione agora se eu aplicar portanto eu tô dizendo que eu tô partindo de uma premissa chamada de práticas baseadas em evidências Então nada do que eu tô falando aqui é baseado em que eu sou Doutor é baseado em que área tem experiência na área esse baseado em Ah ele tem um
filho e daí eu poderia falar um monte de besteira aqui em todas essas com todas esses requisitos então assim como no Brasil por exemplo por que que a gente tem só quatro vacinas sendo oferecidas no Brasil e não 190 que foram inventadas no contexto da pandemia porque isso é quatro fizeram evidência produziram evidência elas produziram evidência científica fizeram estudos rigorosos deixa eu dar essas vacinas no Brasil uma visão olhou esses dados viu que eles eram verdadeiros E aí ela permitiu Então esse é o processo para dar uma vacina para eu vender um remédio mas não
para uma prática Educacional se eu vier aqui falar mal a groselha para vocês sem nenhuma evidência uma coisa que nunca foi testada eu digo Ainda mais se eu vier aqui falar uma groselha de uma coisa que já foi testada e não funcionou você pode fazer tá liberado não existe nenhuma restrição pode fazer na universidade com dinheiro público pode pode fazer a prefeitura o secretário de educação tiver presente aqui para o contratar pode tem nenhum problema em 99 sei lá 95%, 99% do que se contrata é baseado em nada ou é uma coisa que já já
houve inúmeras pesquisas que demonstrar que não funciona e veja e não tem nada isso aqui é uma correlação que que acaba criando certas certos tipos de polarização que são e relevantes porque essa não é uma questão que deveria estar associada a direita esquerda porque não faz maior sentido não tem correlação com essas discussões sobre a desigualdade social que tá na base da definição do que diferencia direito e esquerda né Isso é uma outra questão eu tô usando o dinheiro público já eu já já tem um consenso que eu tô usando dinheiro público para oferecendo educação
agora por que que foi oferecer a educação de uma coisa que eu não sei se funciona ou eu sei que não funciona se eu tenho à disposição aquilo que funciona se já existe no mundo né então é uma coisa absurda né é absurda que que se que se prolifera especial por incrível que pareça especialmente nas discussões em educação mas continuando dito isso é deste pressuposto que eu estou partindo então eu vou dar um exemplo aqui para vocês e já fazendo esse link aqui com a pesquisa né habilidades sociais Este é um grande problema e é
a causa de grande parte da evasão na universidade de indivíduos com deficiência seja com deficiência intelectual seja com transtorno de espectro autista né habilidades sociais a universidade é um lugar socialmente muito exigente não é fácil viver na universidade é a trato é muito difícil se você assistir uma série como por exemplo atípica Quem tiver oportunidade de assistir na Netflix vocês vão ver o seguinte um indivíduo que é o sangue que ele ele tá vivendo a sua vida no ensino médio e depois ele entra na universidade quando ele entra na universidade Qual é uma das primeiras
coisas que ele faz que eu já tinha feito no ensino médio né ele vai para o grupo de habilidades sociais que é espetacular esse serviço um grupo de indivíduos que tem prejuízos em habilidades sociais que vão fazer naquele grupo treinamento de habilidades sociais que é uma prática baseada em evidência existem 28 práticas baseadas em evidências para autismo tá 28 dessas 28 uma delas é treino treinamento de habilidades sociais então eles vão lá e fazem treinamento de habilidades sociais para que eles sejam mais competentes socialmente e possam viver mais felizes e com melhor probabilidade de evasão
existem dados absolutamente a caixa antes sobre isso né então isso é uma rotina tanto do ensino médio lá quanto da Universidade lá e não no Brasil então isso é um grande problema no Brasil precisa entender a gente O que que a gente faz pensando em termos internacionais como é que se produz esses conhecimentos assim pega um grupão centenas de indivíduos metade divide né metade vai para um grupo de habilidades sociais eu não tô falando agora tô falando antes para servidência foi produzida né quando a gente não tinha clareza ainda se ela era efetiva ou não
metade vai para o grupo de habilidades sociais digamos por seis meses metade não vai para o grupo de habilidades sociais e a gente faz uma avaliação com um protocolo científicamente validado de habilidades sociais por exemplo nesse caso provavelmente seria o PIS né o mais comum eu piercing p e e Rs E aí a gente passa seis vezes um grupo fica na lista de espera né o grupo que não tá no grupo de habilidades sociais depois de seis meses a gente olha de novo para esses dois grupos faz uma avaliação cega que que é cega quem
faz avaliação não sabe se o indivíduo passou pelo grupo de habilidades sociais ou não né então é não dá para fazer o duplo cego dupla sebo como se faz remédio mas dá para fazer um lado cego mascaramento simples né como a gente chama e aí a gente avalia os dados esse grupo que participou da do treinamento sociais se ele tá ele ele apresenta mais habilidades do que o outro grupo né se existe um realmente uma diferença estatística significativa se existem aí eventualmente se avaliam outros dados também como por exemplo se existem diferenças de evasão de
abandono de outros tipos de incidência de comportamento problema agressão coisas desse tipo né eventualmente se faz outras avaliações de comportamento repetitivo de comportamento auto-agressivo alto agressivo né que é muito comum em pessoas autismo e ou deficiência intelectual então a gente consegue fazendo uma pesquisa desta natureza saber se isso é efetivo não é efetivo e spoiler é efetivo e foi testado 500 mil vezes né no Brasil Inclusive tem pesquisa rolando inclusive agora na Unicamp de Psicologia não de educação tá que é uma esqueci o nome dela agora Tamires Tamires mas não sei o sobrenome que ela
tá fazendo isso no Brasil porque claro que existem adaptações que você deve fazer para cada contexto cultural em que ela pegou fez a mesma coisa pegou a universidade fez o treinamento lá de habilidades sociais com o grupo estava avaliando grupo de pessoas com autismo tá avaliando os resultados disso dentro da universidade e aí a gente sabe não só o que a gente deve fazer o nome né treinamento de habilidades sociais mas a gente sabe como deve fazer né como é que eu faço uma avaliação como é que eu proponho o objetivo como é que eu
desenho a dinâmica daquele grupo de habilidades sociais daquele contexto no contexto de ensino agora veja vamos imaginar que eu olho lá o currículo de química tá escrito lá aprender a cumprimentar o colega não não tá mas se ele não souber cumprimentar o colega quando ele chega em sala de aula ele vai ter problemas Possivelmente então o que que é quando eu coloco o objetivo para aquele indivíduo aprender a cumprimentar os colegas quando eu coloco esse objetivo para ele é um objetivo curricular é alguma coisa que ele tem que aprender como é que eu chamo isso
Isso é uma adaptação curricular Então nesse caso é um suplemento né um enriquecimento curricular tô colocando um outro um outro aspecto currículo que não tá relacionado diretamente ao conteúdo tá relacionado a uma outra área mas que é para requisito para ele viver melhor ali é uma área social que grande parte dos livros tem problema Aliás só para dizer uma coisa importante tá vamos fazer uma comparação que com ensino básico tá bom a nota técnica número quatro do MEC ela esclarece de uma maneira muito muito sintética muito direta que para você ter acesso esse serviço de
Educação Especial você não precisa ter um laudo diagnóstico você precisa ter uma avaliação pedagógica consistente Então se um indivíduo apresenta problemas de habilidades sociais que são significativos uma avaliação de habilidades sociais pode ser feita e ele pode se servir de serviços que em geral a gente chama chama de Educação Especial independentemente de laudo médico tá então Digamos que um indivíduo tenha esse prejuízo significativo tendo ou não um diagnóstico então ele tem ele passa a ter direito a essas adaptações essa adaptação por exemplo é provavelmente a mais imprescindível em tempo de volume é a mais usual
e a mais imprescindível para redução de níveis de evasão e de abandono escolar Tá mas eu vou dar algum alguns outros exemplos aqui em alguns casos pode ser necessário para algum indivíduo que ele tem um acompanhante são casos muito específicos É verdade porque o acompanhante ele vai ser responsável por habilidades que são pré acadêmicas ele não vai apoiar habilidades acadêmicas habilidades acadêmicas que precisam de adaptação adaptação é acadêmica eu posso fazer como eu disse né posso fazer uma adaptação instrucional para aquele indivíduo muda da prova eu mudo o texto eu mudo não sei o quê
mas eu não vou colocar uma outra pessoa para ficar explicando para ele por exemplo para ficar sei lá fazendo resumo não é isso é porque porque essa habilidade ele precisa fazer de maneira independente porque ele tá sendo formado para ser um profissional ou ser uma pessoa que vai atuar acadêmicamente de outra forma na área então isso precisa ser feito de maneira independente Mas você pode ter indivíduos por exemplo que tem uma habilidade extraordinária acadêmica que consiga acompanhar todo mundo mas que na área social ele precisa não só de um grupo de habilidades sociais precisam acompanhar
um acompanhamento mais personalizado porque porque ele pode eventualmente incorrer em comportamentos problema em decorrência da deficiência comportamento de agressividade por falta de controle inibitório né claro que quando eu coloco esse acompanhante eu tenho que descrever claramente Quais são as habilidades pelas quais ele está responsável pelas quais ele vai ser o mediador E como que eu posso desenhar a retirada desse companheiro porque é obviamente que que é inapropriado se esse vídeo ficar para sempre como acompanhante porque não é essa realidade depois do desempenho da profissão né então a gente precisa fazer isso de uma maneira provisória
desenhando que a gente chama de esvanecimento só sobre isso a retirada era acompanhante só sobre isso tem 500 milhões de Pesquisas muito muito muito muito muito rigorosas com modelos matemáticos muito rigorosos sobre plantas Quantas vezes o comportamento deve o indivíduo deve emitir um certo comportamento para eu envelhecer essa dica para retirar essa dica como é que hoje vai nessa dica é uma das nas 28 práticas baseadas em evidências para autismo uma é por exemplo você dá dica o prompt em inglês em português é ruim essa que é justamente essa dica que esse indivíduo faz e
se ajuda que se faz e tem uma das estratégias de desvanecimento por exemplo que o atraso de tempo quando você dá ajuda depois você passa da ajuda com mais tempo aí tem duas formas de atrás de tempo né traz progressiva e constante Então essa é uma outra possibilidade que a gente pode precisar fazer de adaptação curricular para esse indivíduo e eu posso ter muitas outras necessidades aí eu tô falando do Social Mas pode ser que sejam necessidades até de autocuidado você pode ter indivíduos com autismo deficiência intelectual que acadêmicamente consegue se dar muito bem mas
que fazem um ensino integral por exemplo mas na hora de se alimentar por uma cultura familiar uma série de coisas se alimenta de uma forma que para aquele contexto não consegue ser praticada então você pode ensinar esse indivíduo outras formas de se alimentar naquele contexto seja porque a alimentação é diferente seja por qualquer motivo E aí veja uma coisa você por exemplo colocar o indivíduo dentro das suas zonas de conforto e ele se alimentado do jeito que ele sempre se alimentou só que eu adapto um ambiente para ele comer é uma possibilidade a outra possibilidade
que é muito melhor é ele aprender ele pode até fazer isso de maneira temporária mas ele aprender a se comportar naquele contexto na universidade porque porque isso permite que eu retire o apoio logo mais isso permite que ele ele Exerça essa mesma habilidade em outros contextos que na universidade ou seja tem a mais autonomia para a vida embora em tese em tese a gente não partiria da ideia de que esse indivíduo precisaria disso porque pode na universidade né então quando você olha por exemplo para vários indivíduos com autismo E aí Claro gente eu sinto autismo
porque o autismo é área de pesquisa tá com autismo que tem extrema habilidade numa área tem um menino esqueci o nome dele agora lá nos Estados Unidos Por exemplo que ele tava fazendo o doutorado não é Mike com 14 anos mecânica quântica por exemplo né ele não tinha uma série de habilidades absolutamente básicas mas ele era um gênio daquele ali que ele tava fazendo então a gente precisa entender a medida que a gente vai lidando com essa diversidade que não é o que a gente chama existe um princípio no comportamento que a gente chama de
princípio do equilíbrio comportamental se ele entra na universidade você pressupõe que ele vai no banheiro sozinho tranquilo que ele come sozinho que ele fala com as outras pessoas pelo princípio do equilíbrio comportamental né que é um princípio que no desenvolvimento típico ele é ele é observado de uma maneira tranquila abrangente só que quando a gente começa a receber indivíduos com deficiência a gente começa a perceber que indivíduos com desequilíbrio nesse Princípio não tava indo para Universidade Mas eles existem e eles podem ser podem ser formados na universidade porque tem competência para isso e eles são
muitas vezes um bem extraordinário para Universidade porque eles podem ter competências extraordinárias você imagina o indivíduo por exemplo você tá alguns exemplos aqui de daquilo que a gente chama de savantismo tá o indivíduo que você faz qualquer pergunta de qualquer conta por mais astronômica que seja ele responde na hora para você e ele tem algumas outras habilidades ele tem uma visualização de fenômenos físicos diferentes diferente de indivíduos com desenvolvimento típico indivíduos que tem uma capacidade extraordinária de encontrar padrões né esse mesmo indivíduo ainda que extraordináriamente é capaz de encontrar padrões pode ter dificuldades em coisas
básicas né coisas que a gente de modo geral diria que pelo princípio daquele comportamento hoje a gente não precisaria se dedicar mas a gente precisa eu vou dar uns exemplos aqui para vocês que eu pedi autorização para falar né do meu sobrinho meu sobrinho faz direito também diagnosticado com as pernas é com autismo é porque é para ficar claro que eu tô falando de de um grupo subgrupo no autismo que eu sou o grupo sem deficiência intelectual com grande desenvolvimento de linguagem né e tal e aí ele tem uma experiência escolar desde o ensino fundamental
de ser detestado na escola e aí ele tem feito um trabalho na universidade agora de tentar reduzir isso porque também é uma maior pepino E aí você vai conversando você vai entendendo o que que é que acontece né E porque esse é o tipo de coisa por exemplo que poderia tranquilamente levar a invasão tranquilamente aí você vai entendendo porque ele tava me dizendo que tem uma moça que detesta ele ele não sabe porque ele falou não tem lógica que é o seguinte ele encontrou essa bolsa pela primeira vez no ônibus ela tava lendo um livro
do que era correspondente ao primeiro ano ele já tava mais avançado ele tá fazendo disciplina com ela porque ele mudou de Universidade né mas ele tava ele tava lendo e aí ele tava ele tava lá no ônibus e falou assim vou falar com ela para dar uma dica de leitura para ela e abordou ela desse jeito do ponto de vista Lógico ele tá dizendo a pessoa tá lendo do nada chega uma pessoa que já tá na frente dela na universidade tá dando uma dica para ela ela tem que dar graças a Deus ela dissesse daí
ela teria Não claro que não ele foi invasivo né Ninguém pediu dica nenhuma para ele ele foi terrivelmente na apropriado né mas ele não sabe escrever porque isso depende de uma lógica muito Sutil né ele tá sentado assim aí ele tava aí tava contando que ela brigou com ele lá e todo mundo apoiou ela e várias outras circunstâncias assim ele já tava muito desanimado e tal né E aí ele tava dizendo o seguinte ele tá sentado aqui na frente aí a professora explica aí alguém fala assim lá atrás caramba que assunto difícil hein aí ele
vira para trás e explica a pessoa terrivelmente inapropriado mas olha se eu olhasse só do ponto de vista Lógico eu diria eu disse a pessoa Achou muito difícil E aí eu fui lá expliquei para ela de graça sem pagar nada Professor cobrou mensalidade eu não tô cobrando nada a pessoa olha a pessoa que tá se dando bem então uma algumas algumas oportunidades dentro de um grupo de habilidades sociais permitiria que ele fizesse amigos e aumentar essa probabilidade de continuar de adesão aquele contexto né permitiria ela entender essa situações que são de natureza social e que
alguém mesmo muito inteligente pode não entender porque essa é a contradição alguém pode ser inteligente do ponto de vista acadêmico e não entender regras básicas de socialização ou de outras naturezas tô dando exemplo de socialização Porque nas pesquisas que falam sobre permanência do indivíduo no ensino superior indivíduo com deficiência Esse é o aspecto mais relevante então para fechar aqui a minha fala eu quero dizer o seguinte a gente precisa sim de propor estratégias que vão ao encontro desse conceito de Equidade nós precisamos propor essas estratégias só que essas estratégias elas não podem ser baseadas em
discussão de autoridade ou seja em quem que tem o portfólio maior eu tenho doutorado ou tem não sei o que ou é autoridade porque no campo da ciência no campo da nossa capacidade de previsão do que acontece ou não acontece na realidade A ciência é o melhor recurso para fazer do Churchill A ciência é pior conhecimento que existe exceto todos os outros né então ela tem todas as suas limitações Mas ela é o que de melhor a sociedade consegue produzir ou seja o que de mais com maior capacidade de pressão intervenção na realidade né E
esse deve ser a nossa base então quando a gente olha para as práticas baseadas em evidências para intervenções para pessoas com autismo com deficiência intelectual com surdez conseguiram para todos esses campos a gente tem um rol de possibilidades que permite a gente se adaptar para condição local sem ter que Reinventar roda e sem que ter que deixar os indivíduos a gente fazendo teste testando para ver se funciona ou deixar os indivíduos em uma situação de precariedade porque a gente não se toca na demanda porque é quando a demanda acontece que a gente vai correr atrás
dessa dessa oferta então ao frigir dos ovos a minha a minha defesa aqui né O meu a ideia com a qual me comprometo é nós estamos obrigados e não só legalmente mas moralmente a propor todas as oferecer todas as estratégias que os indivíduos precisam para acessar plenamente o currículo embora nós saibamos que o ensino superior tem uma série de limitações pela própria natureza e que nós devemos lançar mão das práticas baseadas em evidências e não daquelas que nós achamos naquela que do grupo que nós nos filiamos porque na universidade tem que cada um tem o
seu clubinho né do grupo que nós filiamos outro dia tava falando de uma estratégia por exemplo num grupo que estava grupo de discussão lá no Conselho Nacional de Educação e alguém e aí eu tava falando dos pré-requisitos que a gente precisa quando a gente vai tem um ano e a gente tem uma série de habilidades que precisa ser apreendidas ali que a gente precisava ali aos pré-requisitos estão presentes por exemplo se o indivíduo não senta na cadeira se não entende a linguagem se ele não olha você não segue a expressão como é que eu vou
ensinar como é que eu vou alfabetizar eu preciso ensinar ele entrar na sala sentar e esperar fazer contato visual ele precisa ter linguagem entender a linguagem e aí a gente aprende a registrar essa linguagem e a decodificar e a interpretar a linguagem e aí alguém levantou falou não não senhor não existe para requisito em aprendizagem porque fulano de tal falou não vou nem falar quem é fulano de tal um teórico da educação nem sei se ele falou exatamente isso que né onde eu sou especialista porque fulano de tal falou que não tem E aí eu
disse assim e daí que falando eu não tô nem aí que falando de tal falou não me interessa que fulano de tal falou eu quero saber onde é que fulano de tal fez o experimento onde é que fulano de tal ensinou Guimarães Rosa antes de babebi onde que fulano de tal ensinou falou de Bhaskara antes de ensinar o algarismo se você me mostrar toma o kit eu sou eu sou eu sou a pessoa que vai com os dados Eu não eu mudo a opinião daqui no meio que eu tô falando sem nenhum problema então que
Fulano falou não me interessa não interessa quão importante foi lá não é eu quero saber cadê os dados onde que estão os dados que indicam para mim que alguém pode aprender Machado de Assis antes de aprender uma bebida se tiver Eu Me Calo na hora e a gente toca o barco então esse é o pressuposto do qual a gente tem que partir também do ponto de vista superior não seguir grandes indivíduos que são no nosso clubinho mas é a gente se comprometer com as práticas em evidências para inclusão escolar no ensino superior Muito obrigado pessoal
eu vou agora responder as perguntas aqui de vocês
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