Bem vindos ao Falando Nisso nosso canal no YouTube hoje com a pergunta de Gilda Marjoze sobre as diferenças entre desejo, pulsão e gozo conceitos axiais em Freud e Lacan se a gente considera a noção de gozo noção de desejo é definida como retorno a traços nêmicos e percepção isso em Freud ou seja um retorno a uma identidade perceptiva que moveria o aparelho psíquico a reproduzir experiências de satisfação, essas experiências de satisfação a gente pode aproximar do que o Freud chama de Trieb, de pulsão né a pulsão é um esforço pra reencontrar um objeto para reinstituir
um objeto pra fazer com que aquela experiência de insatisfação tenha um modelo então nos 3 ensaios o Freud vai mostrar como a pulsão é aquilo que ha de mais mais plástico né na sexualidade humana a sexualidade humana ela não é institutal, ela não tem objetos pré definidos mas ela vai sendo construída a partir dos nossos encontros com outro né a partir da irologia de a organização do nosso corpo a partir da memória fantasmática do nosso corpo então o desejo é um processo ligado no Freud há representações enquanto a pulsão é esse conceito limite entre o
somático e o psíquico, Lacan vai retraduzir essas duas noções às vezes aproximando as vezez separando as duas mas radicalizando um tipo particular de pulsão que a pulsão de morte ele vai dizer todas as outras funções são casos particulares disso e a pulsão de morte é um retorno né é um princípio de repetição lembra que o desejo evolve o retorno à traços nèmicos de insatisfação agora a gente pode dizer com Lacan que o desejo envolve o trabalho da repetição, o trabalho de reinstituir, reformar de realizar um determinado conjunto de traços nêmicos pro Freud que o Lacan
vai chamar o que ele vai trazer aí ele vai dizer de significantes então o desejo é o trabalho do significante, é o trabalho metonímico do significante, é um trabalho que vai fazendo com que ao passar a necessidade para a demanda e colocar a demanda em palavras a gente se depare com o fato de que as palavras elas não representam nunca terminalmente aquilo que a gente quer, ou seja a gente não sabe que a gente está pedindo naquilo que a gente está pedindo e assim a mais ou a menos do pedido pode ser então uma definição
possível do desejo o desejo para o Lacan não vai ser então a realização do encontro do objeto mas vai ser esse trabalho de apossamento de objetificação de apossessamento se vocês quiserem do desejo do outro é uma definição que ele vai puxar lá do reino o desejo humano não é desejo objeto, o desejo humano é o desejo do desejo do outro né, o desejo de ser reconhecido ou o desejo de possuir o desejo do outro, bom aí abre-se espaço aí pra gente diferenciar o desejo da pulsão né da pulsão como um trabalho que o Lacan vai
aproximar da demanda né como um trabalho que vai ter uma relação com o objeto com, experiência de satisfação, o gozo é uma terceira categoria que diz respeito a um tipo particular de satisfação, a uma espécie de curto circuito aquilo que no processo da pulsão é criado como que entropcamente com que a mais no processo de produção dos objetos pulcionais que é aquilo que dentro da pulsão é mais plástico e indeterminado então o gozo é esse essa satisfação inconsciente, essa satisfação que depende da repetição essa satisfação que nos leva a um estado anterior um estado anterior
de de satisfação mas também um estado anterior de ausência de perturbação, então essa seria uma uma definição possível do em Lacan ele só pode ser obtido na escala invertida da lei do desejo, gozo ele portanto está vetado para quem fala porque hora que a gente começa a falar a gente tem que traduzir o que a gente quer no significante o significante remete ao outro o outro faz com que sejamos alienados a um desejo que que sempre transitivo, que é sempre intersubjetivo mas mesmo assim o trabalho de construção do desejo atravessado pela demanda e pela pulsão
ele tem esse ponto em curto circuito em que a satisfação inconsciente se mostra como insatisfação se mostra como o prazer, se mostra como desprazer se mostra como numa espécie de empuxo aquilo que não serve para nada diz o Lacan, um conceito que seria importante pra gente entender a noção de gozo é a noção de objeto A, objeto A é ao mesmo tempo causa de desejo e condensador de gozo, é aquele é aquele ponto que a gente não consegue abrir mão porque me parece mandar na gente através da fantasia, reparem um exemplo prosaico da noção de
gozo aparece em todas as expressões diminutivas que as pessoas usam, vou tomar só uma cervejinha, ou seja imagina que não vai parar mais só vou pegar um cigarrinho, se imagina que aquilo continua indefinidamente na vida daquela pessoa, só uma palavrinha só uma palavrinha essa palavrinha a mais irresistível que leva o sujeito para o núcleo fantasmático traumático da sua própria fantasia, essa força de vida Wiederholungszwang né de repetição é o que o Lacan agrega né unifica com essa noção aí nova em psicanálise que é a noção de sui chanz