CONCLAVE: Como é eleito o novo PAPA? Quem são os COTADOS para suceder FRANCISCO?

conclave uma palavra que de tempos em tempos volta ao nosso vocabulário com a morte do Papa Francisco é hora de eleger um novo pontífice mas como isso acontece no Conclave nem todos os integrantes do Colégio de Cardiais participam são considerados eleitores aqueles com menos de 80 anos pra escolha do sucessor de Francisco 136 estão aptos a votar eles se reúnem na Capela Cistina que sediou o primeiro conclave em 1492 e desde 1878 todos os conclaves passaram a ocorrer por lá o rito é o seguinte: as votações são conduzidas por nove cardeis sorteados e divididos em

três grupos de três os infirmi são aqueles que recolhem o voto dos cardiais que não podem se locomover os escrutinadores são os que verificam e contam os votos e os revisores fiscalizam os escrutinadores já dentro da Capela Cistina todos os cardeis fazem um juramento com a mão sobre o evangelho e prometem jamais revelar o que foi dito ou feito no conclave a sanção para quem quebrar esse juramento é a excomunhão a cédula em geral tem esse formato uma marca de dobra e os dizeres em latim elejo como sumo pontífice meu senhor cardeal e um espaço

em branco para que os eleitores escrevam quem acreditam que deve ocupar o cargo máximo da igreja o cardeal dobra a cédula leva até o altar e diz: "Ponho por testemunha a Cristo Senhor que me julgará que dou o meu voto a quem na presença de Deus acho que deve ser eleito." Quando os cardeis estiverem votado as cédulas vão à mesa de contagem e os votos começam a ser listados se por algum motivo o número não corresponder ao de eleitores elas são imediatamente queimadas e há uma nova votação todas as cédulas são depositadas em uma urna

os escrutinadores agitam a urna para misturar os votos depois o primeiro escrutinador retira o voto e lê o nome o segundo confere o nome e é o terceiro que anuncia o nome em voz alta e o registra na contagem assim eles fazem o processo de soma dos votos obtidos um deles fura as cédulas com uma agulha sobre a palavra eligo elejo e as enfia numa linha em seguida amarra as extremidades da linha e põe as cédulas no recipiente para ser escolhido um nome precisa ter ao menos 2/3 dos votos no caso do conclave que está

por vir são 136 eleitores aptos se todos votarem isso significa que um cardeal precisa chegar a 91 votos para ser eleito o papa as votações vão se sucedendo até que a maioria seja alcançada geralmente são duas rodadas pela manhã e duas pela tarde depois de três dias de votações caso não haja o resultado há uma suspensão de um dia pro que a igreja chama de pausa de oração escolhido o papa os votos são queimados e é da chaminé da capela que sai a fumaça branca indicando a eleição do papa se ele ainda não foi escolhido

acrescenta-se um produto químico e a fumaça fica preta após dar o seu consentimento o novo papa vai à chamada sala das lágrimas onde ele veste as roupas papais antes de receber os votos de obediência dos cardeis ele então se dirige à janela central da Basílica de São Pedro onde dará sua primeira bênção às pessoas que estiverem na principal praça do Vaticano após declarada a Sé vacante que é o período entre o falecimento do Papa e a escolha do sucessor o conclave é iniciado em um período de 15 a 20 dias essa reunião de cardeis foi

incorporada ao direito canônico no papado de Gregório X em 1274 foi um modo encontrado pela igreja de apressar o voto dos cardeis para que o posto não ficasse vago por longos períodos durante o conclaveio os cardeais ficam alojados na Casa Santa Marta eles são proibidos de qualquer contato com o mundo exterior no rito da escolha os cardeais deixam o alojamento na Casa Santa Marta e cruzam o Vaticano até a Capela Cistina aqueles que têm alguma dificuldade de locomoção se deslocam até lá por meio de um ônibus as janelas da capela são vedadas por um pano

preto durante o período de votação o perfil do eleitorado mudou bastante ao longo do pontificado de Francisco dos 136 aptos a votar 108 foram escolhidos durante o seu mandato 23 foram escolha de Bento X apenas cinco ainda são remanescentes do papado de João Paulo II a lista dos votantes inclui sete brasileiros dois indicados por Bento Odilo Sherer arcebispo de São Paulo e João Braz de Avis prefeito do Dicastério pros institutos de vida consagrada e sociedades de vida apostólica e outros cinco indicados por Francisco orani Empesta arcebispo do Rio de Janeiro Leonardo Steiner arcebispo de Manaus

Sérgio da Rocha arcebispo de Salvador Paulo César Costa arcebispo de Brasília e Jaime Spengler arcebispo de Porto Alegre e presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil a CNBB desde 2013 quando os cardeis eleitores da Europa representavam 56% do total Francisco buscou as chamadas periferias da igreja com foco sobretudo na África Ásia e Oceania agora a Europa tem 53 cardeais o que representa 39% dos votantes sendo que alguns deles inclusive têm responsabilidades eclesiais em outros continentes a América tem 37 sendo 17 da América do Sul a Ásia tem 24 a África 18 e a Oceania

4 ao longo dos 12 anos de seu pontificado Francisco realizou 10 concistórios que são quando os novos cardeis são nomeados é um número recorde superando os nove de João Paulo I especialistas ouvidos pelo Estadão acreditam que Francisco não deixou um herdeiro natural mas que ele certamente norteou um perfil do que seria o necessário pro futuro da igreja no século XX muitas vezes nomes considerados azarões na votação acabam eleitos mas há alguns cardeis cotados pro novo papado mateus up de 69 anos é arcebispo de Bolonha e se tornou uma estrela ascendente nos últimos anos ele é

considerado uma figura que poderia seguir a linha papalista de Francisco já fez diversos gestos de acolhimento a casais homoafetivos e foi indicado pelo Papa para tentar mediar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia outro nome forte é o de Pietro Parolim secretário de Estado do Vaticano ele tem 70 anos esteve sempre próximo do papa argentino e em diversos momentos foi apontado como um sucessor luís Antônio Tagle de 67 anos é mais um que aparece nas listas de origem filipina ele é apontado por muitos teólogos como uma versão asiática de Francisco ou seja também representaria

uma continuidade por outro lado Peter Herd arcebispo húngaro de 72 anos seria uma escolha mais voltada à ala conservadora depois do primeiro papa sul-americano há também uma parcela da igreja que defende a escolha de um nome africano entre os cotados o cardeal congolês Fridolin Ambongo e o tanzaniano Portas Hugambua alguma chance pros brasileiros na imprensa italiana o nome de Sérgio da Rocha é apresentado como de alguém que corre por fora na disputa mas que pode acabar sendo eleito uma sequência de dois papas sul-americanos no entanto é tratada pela igreja como bastante improvável nas próximas semanas

o mundo católico volta os olhos ao Vaticano e aguarda o indicativo de Abemos Papam para entender quais serão os rumos da igreja pós-Fancisco oh