Cada vez mais as pessoas não sabem o que é estudar. E estudar não é assistir aula, são coisas diferentes. Perderam o senso que o conhecimento tem valor, que as pessoas estavam assim perdidas, completamente perdidas sobre estudo. Você vai começando a associar estudar com uma coisa maçante de ficar sentado e chato. No geral, as pessoas têm cada vez mais prazeres disponíveis e você deixa de aproveitar esse prazer que é, por exemplo, entender alguma coisa. Você tá num mundo com nível de estímulo tão alto, você sai de lugares barulhentos com muita gente, você sai de redes sociais,
esse um monte de estímulo em cima de você, uma necessidade das pessoas te alimentarem com informações que nenhuma pessoa consegue fazer isso. O que que acontece? A aula de qualquer profiss vai ficar chata. As duas coisas mais importantes que você precisa ter para estudar qualquer coisa. [Música] É, estamos começando mais um Lots Podcast. Hoje eu tenho a honra de receber professor Dr. Ivan Guilhon. Prazer tá aqui, Luds. Muito obrigado pelo convite, cara. Cara, obrigado a você por ter vindo aí, cara. É muito massa teu trabalho. Você já devem ter ouvido isso de muita gente, mas
para mim você é acho que uma das pessoas mais inteligentes sem que eu vou ter a oportunidade de conversar. Então isso é interessante, cara. Você é um cara que vou deixar, eu quero que você fale um pouco do seu background, porque geralmente eu apresento as pessoas aqui, mas você tem um currículo tão grande que eu tenho medo de falar alguma coisa errada ou algo do tipo. Vou falar até onde eu sei e aí você me complementa, por favor. Beleza? Então, você é formado em engenharia, certo? Engenharia elétrica, eletrônica, eletrônica, desculpa. E fez seu seu seu
doutorado lá no ITA. Perfeito. Até aí. Isso. Maravilha. E o que especificamente você faz lá no ITA hoje? você é professor, mas assim, o que que você pesquisa lá, que que grupo você faz parte lá? E o que mais você acha relevante colocar aqui no teu no teu currículo que eu não tenha falado, certo? Então, eh, lá no IT, eu sou professor, como você falou, eu formei engenheir eletrônica lá, mas eu acabei migrando paraa física. Então, hoje sou professor de física lá, então ser professor de física é a minha principal atividade. Eh, faço pesquisa também,
então eu tô no grupo de materiais semicutores e ncnologia. Tá? Então tem uma uma vertente que é o que eu fiz doutorado, né, que é de pesquisa eh de simulações de mecânica quântica aplicada materiais, certo? Então meu doutorado foi em nanomateriais bidimensionais, espessura de um átomo, certo? Materiais e também eu faço pesquisa na parte de ensino também, então uma parte de simulações computacionais voltadas para ensino, uma parte de avaliação educacional, tri, por exemplo, que usam no Enem, né? Então, essa parte de ciência aplicada a ensino, tá? Ensino de física e também faço muita atividade de
extensão, ã, na parte de Olimpíadas científicas. Então, eu faço parte dos comitês organizadores de algumas competições que envolvem dezenas de milhares de alunos aqui no Brasil, tá? Então, é isso que eu trabalho aqui. Você chegou a fazer Olimpíadas antes de entrar na faculdade e tal? Sim, sim. Eu fiz muitas Olimpíadas. Então eu fazia, ah, eu comecei a fazer um pouco tarde os padrões de hoje. Eu comecei ali no ensino médio, então fazia olimpí de matemática, física, química, basicamente era os que eu mais gostava. E vamos lá. Eu cheguei a essa primeira das três brasileiras dessas
aí. E aí fui convidado para participar de seletivas das Olimpíadas Internacionais. Então, nessa etapa aí fica um pouco mais difícil, né? Então, escolhi me dedicar paraa física. E aí eu represi o Brasil em 2009 no Olimpí Nacional lá no México, tá? Então eu fui medalhista de prata lá, que foi uma das primeiras medalhas que o Brasil conseguiu eh na Olimpíada Nacional de Física foi a minha lá em 2009. Então fui, fui um grande competidor, assim, então gostei muito, quase fui fazer física na graduação, então realmente me apaixonei por física durante as Olimpíadas. Eh, mas eu
escolhi pro ITA, tá, em São José dos Campos. E apesar de eu ter ido paraa engenharia, eu continuei sempre envolvido com Olimpíadas científicas desde então. Aí eu diria até que eu escolhi esse professor universitário para eu poder contribuir com essas competições ainda. O que que te encanta nelas, cara? Porque até hoje, né, você escreve livros para isso. Enfim, sim, isso aí. Aí também vamos lá, tem várias coisas que eu que eu posso falar que eu faço, falando, vamos falando, mas eu também eu dá para falar que eu sou escritor, acho que tenho três livros escritos.
Acho que dá para falar que e tô escrindo mais dois. Eh, e dois meus livros são o chamam uma coleção física e nível olímpico, tá? Então, basicamente cham coletante de problemas voltadas para olimpíadas científicas. E essas competições, Lud, sim, eh, eu meio que aprendi a a estudar ciência, tá? E me desenvolvi com essas competições, as olimpídas científicas, tá? Na minha época, assim, no final da década de 2010 e tal, tinha matemática, física, química, tava começando ali biologia, história, né? Hoje você tem mais de 90 competições no Brasil. Caramba, cara. É, tem muita competição. Então assim,
para todo mundo, todo estilo de estudante, você tem uma Olimpíada que ele pode participar. Que maneiro, cara. Eu achava que eras só exatas. É, não, não. Tem muitas Olimpíadas assim de história do Brasil, tem olimpíada de oceanografia, olimpíada de português, de literatura, eh, filosofia, economia. Então, você tem um um monte de olimpíadas que você pode participar. E eu achava muito legal essas Olimpíadas porque assim eram desafios e eu podia me aprofundar no que realmente gostava. Então eu descobri que eu gostava de física participando de Olimpíada de física. E eles te dão várias oportunidades interessantes, eh,
que, por exemplo, não sei como é que foi tua experiência no ensino médio, mas a de muita gente é assim, física é decorar fórmula, é famear, sorvete. Eh, é assim, é, ex, foi levemente traumático. Exatamente. Então, muito foi chato, vamos falar, é chato. chato assim, é a parte chata assim, mas por exemplo, se eu te falar como é que foi minha experiência em físico no no meu ensino médio, sei lá, eu fiz de fração de elétrons, eu passei tardes e tardes no laboratório de uma universidade federal no treinamento, viajei, sei lá, passei eh experiências, sei
lá, de achei um problema de uma olimpíada internacional e não tinha quem resolver isso para mim no colégio inteiro. Eu fiquei que nem um mendigo ali no colégio para todos os professores. professor, você consegue resolver para mim? E ninguém resolvia assim por duas semanas até que eu consegui resolver. Então, assim, tem várias experiências que eu tive que foram bem enriquecedoras durante a o ensino médio. E eu tive essas experiências por conta da Olimpíada, né? E quinton me deram uma um repertório de conhecimento, né? Que isso aí repercutiu até no meu doutorado. Então, posso te falar
algumas ideias do meu doutorado que eh, vamos lá, sementinha dessa ideia tava em questões de olimpíada de física. Certo? Então, realmente parte de física, estatística e tal que eu usei no meu no meu doutorado. Vamos lá. O jeito que eu entendi isso, que eu saquei, que clicou, foi com ideias de olimpíada de física. O mesmo concurso para professor do Ita, eh, a gente teve fazer uma prova teórica, né, que era uma prova bem exigente, imagina que mais prova para entrar no ITA como aluno, das mais difíceis, imagina para entrar com professor, para entrar com professor.
Então, foi bem dos dos 40 que fizeram a prova, só quatro tiraram nota mínima para seguir adiante. E quando eu fiz a prova, eu tava escrevendo lá o fisc nível olímpic volume 2. E uma das questões que teve na minha prova de concurso para professor do ITA era bem parecido com a prova, a a questão que eu tava escrevendo pro meu livro. Então falei assim: "Ah, essa eu conheço, essa aqui eu fiz até meu livro". Então realmente essas Olimpíadas você tem um, você ganha experiências, são bem valiosas, né? Se você quiser seguir nessa carreira eh
de ciências, né? De academia, enfim. Então, realmente mudou a minha história participar dessas competições. Quando eu tava começando a entrar nesse mundo de gostar de estudar, que nem sempre a gente sai da escola gostando de estudar, eu pelo menos saí achando que eu não gostava. Quando eu fui buscar pessoas na internet que falavam sobre isso e tal, eh, muitos dos gringos que eu encontrei lá, eh, muitos eles faziam olimpíadas, participavam desse tipo de competição e encorajavam muitas pessoas a fazerem, sabe? Então, eh, por que que você acha, você acha que seria mais interessante se a
gente tivesse um pouco mais de fomento em cima dessa, dessas Olimpíadas, que mais pessoas participassem? Uhum. Não, sim, com certeza. É, isso é uma coisa que E por quê, né? Porque faz elas serem tão interessantes para as pessoas. É, isso é uma coisa que cresceu muito, ã, vamos lá, de uns 15 anos para cá, assim. Então, eh, na minha época, como eu te falei, né, tinha as Olimpíadas brasileiras de matemática, física, química, biologia, né, mas de uns 15 anos para cá, você teve um incentivo grande em termos de agentes fomentam, CNPq, o Ministério da Ciência
e Tecnologia e Inovação. Então, realmente eles investiram pesado nisso, secretarias especiais para Olimpíadas de científicas. A gente tem a maior olimpíada do mundo, tá? que é a OBMEP, a Olimpíada Brasileira de Matemática das escolas públicas, ela envolve assim milhões de estudantes. Então assim, não existe, até onde eu conheço, nenhuma outra Olimpíada que tem uma escala tão grande quanto a UBMP tem no Brasil, maior que uma Olimpíada, sei lá, asiática. Então assim, a uma Olimpíada asiática, por exemplo, eu já participei como líder de equipe do da Olimpíada asiática de de física, certo? Mas essas Olimpíadas elas
em termos de número de estudantes são pequenas. Tem grupos que vem de diferentes países, delegações por países, então elas têm uma relevância grande, mas elas são pequenos número de estudantes, mas cada estudante desse é um dos melhores do país dele, tá? Mas em termos de número de estudantes, eh, que é uma olimpíada de acesso, então qualquer pessoa pode, no Brasil, de escola pública ou privada participar da OBMP. E aí essa quantidade de alunos que participam não não tem coisa parecida. Então a gente, eu diria até, Luds, que a gente é referência no mundo em termos
de de olimpíada científica. Que maneiro, cara. É, então as pessoas não sabem disso porque às vezes não tiveram experiência, né? Mas que assim, muitos colégios não participam ainda, né? tá cada vez mais popular essa questão de olimpías científicas, mas eh a gente, por exemplo, na matemática, vamos lá, nossa educação do do país, ela tem as suas dificuldades, sérias dificuldades, eu diria. Mas em termos de olimpíada de matemática, tá, a gente é referência, a gente já foi, já ficamos na frente da Alemanha na Olimpíada Internacional de Matemática, a IMO, que é a Olimpíada mais tradicional do
do mundo. Mas o que que isso diz para você? A gente tem a gente tem medalha de ouro, tá? Então a gente tem uma medalha Fields, que é bem recente, mas tem várias medalhistas de ouro, tá? Entre eles o o Artur Ávila, que é quem ganhou, que seria a o Prêmio Nobel de matemática, certo, que a gente tem. Ele foi, ele foi olímpico, então ele foi ele foi medalhista de ouro na IMO, né? Então a gente tem um na física, por exemplo, a gente já ganhou medalha de ouro, de prata, enfim. Então o que que
eu quero dizer com isso? Que apesar da gente ser um país com nível educacional médio muito baixo, certo? a gente tem certos e, tá, certos escolas, competidores, materiais rolando no mercado editorial que são de alto nível, certo? Então, realmente, eh, dos meus meus líder foram vendidos, por exemplo, pro Peru, pro Paraguai, porque os caras que estão lá treinando gente pra Olimpíada, eles vêm a gente como referência. Maneiro, cara. É, as pessoas não tem não tem essa realidade. É, a gente que é de que nunca participou disso ou nunca foi assistir alguma coisa do tipo, sabe
do tamanho da ou da, sei lá, qual que é o nosso poder quanto a isso? Sim. É, então, por exemplo, na na li física, que que eu organizo de mais perto, né, a gente a gente tem um torneio aqui no Brasil, que é o Torneio Brasileiro de Física, que a gente seleciona, pega os melhores alunos da brasileira, junta todos no hotel, a gente tira celular, tira deles ficam isolados mesmo, e a gente faz as provas de teórica e de laboratório com eles. E a gente pega o primeiro time de laboratório é que são experimentos. Experimentos.
Então ele tem que ele a gente dá um materiais, eles precisam montar o experimento, eh, seguir certas instruções, fazer as medidas e fazer alguma, construir gráficos e encontrar algum resultado ou comprovar uma teoria, que é uma experiência que eu acho que muita gente não tem na no ensino médio, né? E eles têm na na Olimpíada. Eh, e a gente manda o nosso primeiro time para Mundial. A gente participa com país convidado da Olimpíada Europeia, eh, da Olimpíada dos Países Bálticos, a gente já participou também, a gente já participou da asiática e a gente manda o
nosso terceiro ou quarto time e em classificação pra Ibéria Americana. E esse terceiro e quarto time é um time que só ganha ouro. Ele só ganha ou é tudo ouro ou é, sei lá, três ouros e uma prata na Ibéria Americana. Então, realmente, a gente é bem forte na comparado com vários outros países em termos de Olimpíada. Quais são os melhores países, cara? Olha, os melhores assim, um um que sempre manda muito bem é China. Então, a China ela investe muito nessa questão de educação, de alunos de altas habilidades, de procurar os melhores alunos da
do país inteiro e separar esses caras para um treinamento específico, porque realmente o treinamento que eu tive para as olimpíadas nacionais realmente foi super específico. Então, foi coisa de estudar cálculo integral diferencial no segundo ano, tomar os livros que mentam, livros difíceis de física universitária, eu tava estudando sozinho por eles. Então, é um treinamento que é bem diferente, né? lá na China, assim, os caras eles têm um apoio total nisso e ficam eh assim de a a reza a lenda, né, que no final é tão competitivo lá que eles usam até o a letra do
aluno como critério desempate, tá? Nossa, não chega a ser tão tão eh difícil assim, né? E então a China é bem forte nisso, a Índia é bem forte, ã, Singapura, Hong Kong, então são países que se destacam muito nessas Olimpíadas nacionais. O que que diferenciam, sei lá, a o método de treino deles do nosso assim? H, vamos lá. Ah, olha, o que eu diria que é mais diferente, tá? É, quando eu olho para outros países, é que lá num país como a China, você tem programas de treinamento que envolvem as universidades. Então, o principal agente
de treinamento da equipe deles é a universidade, tá? Então eles, ah, eu já conversei, por exemplo, com alguns cubanos, né? Então eles vão para uma universidade, a universidade faz todo o treinamento com as equipes, certo? Aqui no Brasil a gente tem um modelo um pouco diferente. Então aqui no Brasil eu sou professor universitária, então eu tô envolvido com essas equipes, certo? Mas o meu trabalho aqui, ele é muito mais lotado com realizar os eventos, os torneios, olimpíadas brasileiras físicas, as provas das seletivas, tá? E montar boas provas que simulem a as olimpíadas nacionais, né? Bons
experimentos. Então, a gente tem eh prova é fácil de fazer, certo? É, faz lá o papel. É bem parecido com o que você teve no colégio, né? Mas montar uma prova experimental é bem difícil. Imagina. Então, e tem que ser barata também. Então, a gente tem que montar eh um bom experimento com coisa como R$ 50 por aluno. Então, realmente é é impressionante que a gente tira assim de coisas simples que dá para fazer eh com pouco recurso, né? E quando você tá na universidade você consegue fazer coisas melhores, vamos dizer. Então acho que a
principal diferença é essa, enquanto quantidade de recurso, é quantidade de recurso. E aqui o principal ator de treinamento é é a escola. Então aqui a gente tem muitos alunos que vem eh de centros como São Paulo, tem bastante, o Ceará também tem bastante gente de Olimpíada envolvida, tem vários colégios que investem muito forte nisso. Ã Pernambuco também tem algum um outro Rio de Janeiro, tá? Mas esse aí seriam os principais polos e o principal ator seriam as escolas, os professores de origem. E a gente se concentra, né, sociedade acadêmica e universidades com selecionar e um
outro treinamento pontual depois que a equipe é selecionada, certo? Então é essa principal diferença. Desculpa interromper esse podcast maravilhoso, mas tem um recadinho para você é da do nosso parceiro a Insider, tá bom? Nesse mês, durante todo esse mês, a gente tem aí 15% de desconto em todo o site da Insider, tá? Então, utilizando o nosso cupom loots, né, LUTZ, lá no site deles você tem aí até 15% de desconto em tudo que você colocar ã de peças ali no teu no teu carrinho e tudo mais. Então você pode pegar seja uma camiseta ou duas
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você fala treinamento assim, como é que funciona, cara? É colocar um timer, dar um monte de questão e a pessoa fazer. Como que a pessoa se prepara para uma Olimpíada assim? Vamos lá. Eh, você tem um treinamento teórico, tá? Então, assim, o treinamento teórico, vamos lá, seria um aulas extras de aprofundamento ã com matéria mais de universidade. Então, realmente, bom, depende bastante, né? Uma olimpíada brasileira de física, de entrada, o que você vai fazer é ver o teu ensino médio de forma mais aprofundada. Uhum. Certo? Então não muda muito de que seria uma aula de
aprofundamento, não. Quando você vai para esse nível mais de internacional, não mentira quando começa a ficar mais diferente, incorpora muitos elementos de ã ensino superior. Então você começa a estudar cálculo, você começa a estudar livros de ensino superior, começa a caçar ali ah livros específicos paraa Olimpíada. Então quando eu era aluno, não existia livro em português de Olimpíada de Física. Então, o principal motivador que eu que eu tive para escrever esse livro foi eu queria escrever um livro que ah que eu gost que eu gostasse de ter encontrado no meu caminho, né? E aí então
você tem esse treinamento da teoria e da prática. Eh, aí vai muito de você buscar experimentos de de baixo curso. O que eu tô escrevendo agora, um deles é o o terceiro volume da da coleção para acabar e o terceiro volume é todo de física experimental. Legal. Então, eh, como fazer boas medidas, como usar eh sei lá, como usar régua ou paquímetro ou micrômetro de jeito preciso. Nente, o que você aprende isso na numa disciplina de física experimental. Então, a gente precisa ensinar pro aluno como usar esses dispositivos, tá? Esses equipamentos, como relatar medidas, como
propagar incerteza, toda uma parte de tratamento de dados que você precisa aprender a fazer também em laboratório. E terceiro ponto é eles têm que fazer experimentos. Então, como é que você faz experimentos de, sei lá, coisas que você vê na na na sala de aula, né, de plano inclinado, de energia, de termologia, de ondas, de óptica. Então, dá para fazer um monte desses experimentos com poucas coisas. Então vai ter um catálogo lá no final do livro com mais de 30 experimentos de baixo custo. A maioria deles eu faço na no YouTube. Então você vai lá
no YouTube, tem mais de 40 experimentos que eu faço a maioria na minha na minha casa. Então com coisas de de cozinha. Eu vi alguns desses vídeos. Legal. Então com eh material de sei lá, loja R99. Então assim, supermercado assim, em vez do outro eu tô lá fazendo supermercado com minha esposa, olha, me dá um minutinho aqui que eu vou comprar um equipamento para um experimento. Ela olha assim, que você tá fazendo? A gente tá na na parte de coador. Falei: "Não, não, mas aqui tem um funil que eu consigo fazer um relógio aqui para
medir". Então, eh, esse tipo de coisa dá para com pouco de criatividade, dá para ser muita coisa. Então, a gente tem esse treinamento de eh de teoria. Esse costume ficar mais com as escolas, que as escolas conseguem fazer isso muito bem. E a parte de laboratório, é que normalmente eu eu entro em jogo quando a gente seleciona a equipe. Então aí eu faço um aí o como é que funciona, né? Normalmente são assim três a c dias e a gente faz um monte de experiência. Então a gente pega, por exemplo, o último que eu fiz,
a gente fez um treino de 5 dias para 14 alunos e aí a gente pegou 10 experiências. Então, a cada turno, manhã ou tarde, eles tinham que eh eles recebiam uma experiência, eles faziam os experimentos, faziam as medidas, a gente acompanhava eles, aí eles faziam um relatório, obtinam os resultados pra gente corrigir enquanto eles estavam fazendo outro experimento. E aí eles faziam assim uma maratona de que legal. Eh, cinco dias aí, tarde fazendo experiência. Que legal, cara. É, é bem bacana, cara. Eh, uma coisa que eu percebi ali vendo vendo teus livros, eles são bem
voltados ao aprendizado, né? Ao estudo ao aprendizado. Eh, eu não sei se você eh pode falar e exatamente essa a sua visão pessoal quanto isso, mas eh eu quero entender um pouco mais sobre a parte de eh individual do estudo de cada um, mas antes eu queria entender um pouco mais como que você enxerga a educação. Uhum. Eh, hoje assim a educação, principalmente para, enfim, um um aluno médio ali que quer, eh, enfim, através dos estudos acender na vida, qualquer outra coisa do tipo, ou fazer aquilo que ele gosta. Como é que você vê hoje
a educação básica, a do ensino médio, ã, e até as faculdades assim, você acha que a gente tá num eh num bom caminho ou a gente tá num, enfim, tá muito ruim ou não tá tão ruim quando as pessoas pensam e falam? Eh, vamos lá, Luz, eu acho que tá muito ruim. Tá muito ruim. Então assim, a minha leitura que eu vejo é que cada vez mais as pessoas não sabem o que é estudar. As pessoas elas perderam o senso de que o conhecimento tem valor. Entãoente, quando você encontra alguém motivado, esse cara tá motivado
não pelo conhecimento, mas ele quer, na verdade, quer, olha, eu quero ganhar bem e o caminho que eu vejo para ganhar bem e acender economicamente é conquistando uma vaga na universidade, conquistando um diploma e esse diploma vai eh ser aceito por um setor de RH que vai me dar um um salário, um dar um emprego com salário que eu acho razoável. Então, o grande parte das pessoas, quando você fala de estudo, elas vêm o estudo como meio para alcançar esse fim econômico. Então, no final, o que que elas dão valor mesmo? É dinheiro, certo? A
grande parte das pessoas, elas estão nessa aqui. Eu diria que não é nemum o aluno típico, não. Esse é um aluno bom ainda no Brasil. Então, alguém que costuma ser um bom aluno, ele é apresentado nesse nesse aspecto. Ah, vamos lá. O que que eu acho, que que eu vejo de educação, né, nesse nesse nesse contexto? Eu acho que a educação tem um valor muito superior a isso. É, é importante você ganhar um bom salário. É, eu tenho duas filhas e ganhar um bom salário é algo necessário para poder sustentar minha família. Então, tem nada
de errado em você querer um bom emprego, um bom salário, enfim. Mas o estudo ele pode te jogar para coisas muito mais elevadas do que isso. Então, na verdade eu sou professor universitário, então gosto muito de ler, gosto muito de estudar. E eu diria até aqui a parte mais valiosa do meu salário, eu poder estudar, eu poder ler, eu poder escrever. Eh, quando você tá lendo um livro, sei lá, um livro de decast, um livro de filosofia e tal, você tem uma oportunidade maravilhosa de ter contato com das maiores mentes dos séculos passados. E você
tem uma vida só. E essa vida, cara, é poder ler Shakespeare, poder ler Euclides, poder ler um obra Zak News, poder estudar física, poder estudar matemática. Isso é uma coisa que diferencia de um bicho, de um macaco. Então as pessoas não têm isso claro na cabeça, tá? Que realmente estudar é algo muito precioso, é muito valioso, tá? E as pessoas são muito preocupadas em, olha, isso aqui vai cair na prova, não vai cair na prova, isso vai me ajudar a ganhar um salário e quando me informar, vou poder parar de estudar finalmente. Tá? Mas essa
esse tipo de pensamento eh ele surge em algum momento na cabeça dessa pessoa, mas eu sinto que quando a gente é criança não é exatamente isso, né? A gente é curioso por natureza, a gente quer aprender eh sempre, né? Só que parece que chega algum momento da nossa história ali que talvez a gente é a gente eh seja enxurrado ali por algumas pressões de que tem tirar uma nota boa ou qual vai ser a produção que você vai escolher. E essas e as prioridades vão meio que mudando, né? É. E, eh, se você realmente pega
crianças e ela tem esse espírito científico, é se conhecer, eh, tá nas crianças todas. É realmente isso, elas perguntam o porquê das coisas, elas são animadas e elas querem conhecer, né? Então, a princípio, o nosso trabalho como educadores deveria ser irrigar este esses bosques, né? Eh, agora, o que que acontece? Eu acho que e elas têm esse prazer disso, mas acho que progressivamente quando você vai e crescendo, vamos lá, um você vai começando a associar, estudar com uma coisa maçante de ficar sentado e chato e você tem essas demandas de tirar nota. Então você no
final eh não acompanha, se perde e no final você fica aquela coisa, não, tá? Deixa eu tirar nota de as pessoas pararem de me irritar e eu vou fazer outra coisa. E normalmente o que você vai fazer, certo? Eh, no geral, as pessoas têm cada vez mais prazeres disponíveis e você deixa de ah aproveitar esse prazer que é, por exemplo, entender alguma coisa. Então, por exemplo, esse prazer de eu ter um problema e o que me move muito nessa olimpícia bem a questão do desafio. Então, você me deu um problema, falei assim: "Cara, eu não
sei, deixa eu deixa eu pensar aqui." Então, realmente quando eu era criança, desde que eu me lembro assim de 37 anos, eu adorava os problemas de matemática que eram desafios, né? que aquilo me movia e eu queria responder aquilo como se fosse um chefão de videogame. Então eu conseguia ter prazer estudando, atacando esses problemas sem que é um prazer que ele ele é difícil, né? Então é um prazer que ele exige meia hora de esforço ali para eu tentar fazer isso. No caso daquele problema que eu te falei, né? Eu passei duas semanas procurando a
solução e tentando. Eh, então teve muita frustração até que eu consegui a resolver aquele problema. E aquele me deu um prazer que eu me lembro, eu tinha 15 anos, tenho 33, então faz 18 anos que eu tive aquele prazer que é um prazer que ele custa mais, mas eu acho que ele é mais nobre e você sente ele de longo prazo. E as pessoas estão muito ocupadas com prazeres pequenos de uma dopamina numa rede social, num feed. E as pessoas são muito consumidas com esses prazeres pequenos que sai, não sei se gosta de videogame assim,
mas eu gosto, cara. Eh, mas mas é um problema isso não. Mas olha, olha só, você compara como é que você jogava videogame há 20 anos atrás e hoje, cara. Hoje eu tenho eu tenho um videogame lá, mas ele tá pegando pó assim, mas quando eu jogo fica pensado porque eu não fiz nada, eu começo a ganhar troféu sem parar. Sim. Era muito mais desafiador, né? Era muito mais desafiador. Você não tinha essa questão de dopamina toda hora. Hoje em dia, quando você vai no videogame, eu acho até irritante, porque assim, cara, deixa eu aprender
a jogar e fazer uma coisa que vale alguma coisa, porque até lá eu já ganhei, tipo, cinco draws porque eu aprendi a chutar, né? Então, eh, você vê, parece que são do videogame banal, você já vê o quão viciad as pessoas estão em incentivos. Se elas não têm esse incentivo toda hora, elas elas não têm a disciplina de conquistar algo mais difícil, né? Faz sentido, porque eu acho que a gente é programado para querer as recompensas, seja lá encontrar uma maçã no meio lá do mato quando você tá morrendo de fome há 30.000 anos atrás.
Sim. Só que todas essas recompensas até então que a gente poderia receber demandava um esforço muito grande, um preparo muito grande. Você, enfim, sair para caçar ou você qualquer outra coisa do tipo. Eh, demandava muito esforço, né? E hoje em dia você tem acesso a recompensas muito grandes. Sim. sem precisar se esforçar nada. Exato. É. E e no e no geral isso acaba te deixando com uma vontade mais fraca. Então, interessante uma vontade. Então, assim, você tem que ter uma força de vontade, você precisa trein se esforçar para conseguir alguma coisa, se concentrar e alcançar
dificuldades, né? E isso você precisa ter aquele apetite eh eh de ir assim, eu quero muito isso, eu vou conquistar isso. E as pessoas perdem cada vez mais isso, então tá cada vez mais fácil o prazer. Então você não tem essa esse costume de olha, eu vou me esforçar para conseguir esse prazer. Por quê? Não, porque eu tenho um faço aqui, tá? Se eu tiro do bolso aqui meu celular, tem uma coisa que eu acho engraçado por um segundo e eu vou rodando e aquilo vai eh jogando dopamina e me vicia, né? Então isso deixa
cada vez mais elas conseguem estudar menos por conta disso. Então isso a a minha leitura é que isso atrapalha muito o modo como as pessoas estudam de verdade. É quando eu te falei, né? Eu tive uma educação assim no ensino fundamental e médio muito ruim, mas por parte por culpa minha, é, mas também por muitos professores que não foram tão interessantes e tal. Então eu perdi esse prazer pelo estudo assim durante a vida. Recuperei há uns anos atrás e quando eu fui voltar a estudar, a ler todos os dias era muito difícil porque a no
momento que você dava de cara com uma frustração, [ __ ] eu não tô conseguindo, sei lá, resolver essa equação aqui, a a o a o principal instinto era: "Cara, vou simplesmente largar isso aqui que eu não preciso disso. Uhum. vou jogar videogame, vou fazer outra coisa, sabe? Então, acho que eh ficou muito mais difícil da gente aprender a lidar com a frustração também que existe no tem muito prazer também, mas até você resolver uma coisa difícil, você vai se sentir burro, você vai se sentir incapaz. Sim. Eh, um dos meus livros, o que que
acontece? Eu escrevi o Fisco a Nível Olímpico, que é um livro focado para esse pessoal das Olimpíadas científicas, né? E assim do pessoal das mundiais até, entmente é é o pessoal que tá se aprofundando ou no sei lá dos pilares mais difíceis ou olimpíada científica, né, olimpíadas nacionais e tal. E aí quando eu entrei em redes sociais para fazer a divulgação do livro, eu comecei a receber muita mensagenzinha, caixinha de pergunta e tal sobre estudos. E o que eu via, Lud, é que as pessoas estavam assim perdidas, completamente perdidas ã sobre isso tudo no que
se referia a isso. E até que eu decidi assim, eu comecei a responder responder, sendo que o problema também é que olha, o que eu vou te responder em uma story é muito superficial. É muito superficial. É impossível você só desenvolver uma ideia num story, tá? você vai mandar no máximo um parágrafo, é o máximo que dá para colocar ali. Eh, e aí eu vi que as pessoas não conseguiam ter coisas claras, assim, por exemplo, lá as pessoas perguntavam assim: "Professor, eh, tudo bem eu estudar só por videoaula ao invés de livro?" Eu falei: "Não,
porque não dá para estudar por videoaula. Você assiste aula com vídeo, mas estudar não é assistir aula, são coisas diferentes. Você assiste aula, se o professor for muito bom, ele vai te dar com, ele vai te deixar com vontade de aprender mais sobre aquilo, de ler um livro e aí você vai entender aquilo melhor, vai consolidar, vai fazer exercício, vai fixar, se for coisa de humano, você vai meditar sobre aquilo lá e aí você vai entender aquilo melhor. Mas assistir aula ainda não é nem estudar. Então assim, o problema é que você não sabe nem
o que é estudar ainda. E aí as pessoas estavam lá, olha, eu não tenho, não gosto de estudar por livro. Eu falei: "Ah, então você não gosta de estudar". Então, eh, legal você falar isso. É, então assim, aí eu comecei, tem muito, acho que a galera se ilude muito porque tem muitas plataformas, muitas plataformas boas, inclusive, não tô falando mal das plataformas de estudos, né? Então, você quer passar num concurso, quer passar em alguma coisa, você assina uma dessas. Sim, só que eu acho que tem muita gente que só fica na aula ali ou assiste
a aula, faz um resumo. É, e eu gosto de de videoaula. Acho que videoaula é uma coisa maravilhosa assim. Então, imagina que, ah, eu sou professor, eh, antes de de fermentas como essas, eu dou uma aula e a palavra morre, né? Se alguém anotou, anotou, senão a palavra vai sumir. E para eu atingir eh milhares de pessoas, ou eu coloco todo mundo num estádio de futebol, sei lá, tem deve ter deve ter eventos desse dessa natureza, mas é muito mais difícil. Eu como Ivan, eu nunca nunca acho que se eu colocar lá um estádio de
futebol, se aparecer 100 pessoas, tá? Eu tô muito feliz, mas eu consigo numa rede social e gravar minha aula e dar o play 10.000 1 vezes, 20.000 vezes. Então tem a vídeo meu que tem dezenas de milhares de visualizações. Eu falei assim: "Cara, eh se quando você para para ver isso é uma ferramenta muito poderosa, né? Mas de fato você precisa usar essa ferramenta da melhor forma possível. Então essas essas plataformas são boas, né? Mas e tem muita coisa, há muito conhecimento à disposição, mas o fato é que você precisa saber como estudar. Então você
tem que ter um método, você precisa, vamos lá, coisas básicas assim, as que as pessoas às vezes não têm clareza. Olha, você tem que ter um mínimo de rotina. Então, no que aí eu acabei fazendo quando essas eh perguntas todas que eu vou escrever no livro para responder isso, né? Então, olha, vamos começar pelo mais básico possível. Vamos definir uma hora para acordar, uma hora para tomar café, vai tomar banho antes e depois disso que você vai sentar para estudar. Então vamos ter um pouquinho de méro, porque tem gente Ludes que, ah, vou sentar, aí
o cara começa a celular, ah, não, esqueci isso aqui. Aí o cara vai lá cortar a unha, aí depois não deu fome. Aí o cara vai enrolando, enrolando. Quando você vê, cara, passou 2 horas e o marmantejo não fez nada, né? E outras coisas também, às vezes tem uma questão de da base, né? Então, por exemplo, você vai estudar alguma coisa, não sei quais são os teus interesses, mas vários, né? Mas vamos lá, tem dois eixos principais. Música, por exemplo. É, então você pega música. Então, música, ã, você tem um parte de história da música,
né? Então, vamos lá. Tem um parte de história da música que vai exigir de você certos conhecimentos do relacionar o que que é a história do Barroco com o que tá acontecendo na Europa naquela época. Ou então, se você estudar música medieval, eles estudavam música como quem estuda matemática, né? Então, eh, pra pro cara que era um pensador medieval, né, a, a música era matemática ao longo do tempo, certo? Então, você tem as proporções, você tem o o tempo, um semitempo divide por dois. Então, você tem como você pega essas diferentes tempos e vai somando
nos compassos, né, número de compassos. você tem ali um ritmo que marca o número ao longo do tempo. Então, eh, no geral, eh, as duas coisas mais importantes que você precisa ter para estudar qualquer coisa é português, bem feito, saber ler, domínio da do idioma e matemática. Cara, isso é muito interessante você ter tocado nisso, cara, porque, beleza, a gente quer aprender, sei lá, umas coisas muito complexas, mas a gente às vezes não tem a capacidade de interpretar aquilo muito bem, né? Então, o português entraria legal nisso. Sim. E e se você parar para pensar,
se você pegar dados oficiais, pega o o INAF, né, o Instituto Nacional de Afabetismo Funcional, eh o que aponta é que quase todo mundo do Brasil, sei lá, acho que o número que eh do último estudo que eu vi é 88%, não é plenamente fibetizada, cara. Mas isso é uma loucura, né? É. Então, cara, imagina só, você tá num país em que 88% da população, ou seja, quase todo mundo, cara, é quase todo mundo, eh tem algum problema de analisar gráfico, tem algum problema de analisar um esquema, tem algum problema de analisar o que é
uma opinião de um fato, certo? Então você tem esse problema das fake news, né? O problema de fake news, o que que acontece? você precisa resolver esse problema antes, porque o o pleno de fake news para mim, por que que fake news eh cresce aqui de um solo super fértil? Porque você não tem as pessoas com senso crítico e capacidade de distinguir sutilezas, certo? Isso aí passa por diz diz muitas coisas sobre, enfim, o estado de algumas coisas que acontecem no nosso país, né? Exato. Né? Então, e mas assim, e você precisa desse domínio da
língua portuguesa, então de fato, para que que você precisa saber português bem e tal, cara? principalmente para isso. E você só vai aprender as nuances de música, de física, de relatividade geral, de mecânica, qu se você tiver a tua linguagem bem estabelecida, porque com essa linguagem bem feita, você pega o que você quer aprender e você lê o livro. Então, a princípio, quando a gente sai da escola, a gente deveria ser capaz de pegar um assunto arbitrário, pega o livro e lê, toma e lê. Então você é alfabetizado, você tem lá 20 anos, saiu da
escola, você é bem nutrido, não tá passando nada. Então, cara, abre o livro. Por que que você não entende o que você lê? No geral, porque a gente lê muito mal, né? A gente não lê livros, né? Então, o brasileiro médio, ele não lê, ele não lê nenhuma parte de um livro, certo? Então, uma pessoa normal, eh, sei lá, que 100, a gente deveria ler, sei lá, eu pelo menos eu não, eu tô lendo sempre, eu paro de ler um livro e e compro dois. Então, eh, eu tô sempre lendo. Por quê? Porque eu tenho
uma vida, cara. Tenho uma vida. Então, assim, e, e ler é muito bom. Você você tá aprendendo algo novo, né? Sim, cara. Leer, eu não sei. Aí é uma coisa totalmente nem um pouco científica que eu vou falar aqui, mas quando quando eu leio parece que eu tô eh regando o meu cérebro assim. Uhum. Que se eu passo um dia sem ler, dois, três dias sem ler, eu já sinto, eu já me sinto estranho o meu jeito de interpretar as coisas, meu jeito de falar, enfim, eu tenho essa sensação também. Você tem também, cara. Então
eu acho que o livro para nós, seres humanos, seres que basicamente cresceram em cima da linguagem e tudo mais, é uma coisa que é imprescindível para manter nosso cérebro minimamente funcional. É. E uma coisa que me deixa muito cansado eu não guardar esse tempo de leitura, porque o que que acontece? Você quando você lê, você tá, você vai para um lugar silencioso, né, reservado, você diminui teu nível de estímulo, certo? Então você sai de lugares barulhentos com muita gente, você sai de redes sociais com esse esse monte de estímulo em cima de você e você
vai para um lugar mais reservado. Então assim, isso aí ajuda você até a regular. Então a leitura que eu faço para mim é essa, que que é um momento que para mim é importante que eu diminuo o meu nível de estímulo. E e é necessário. Se você não faz isso, você não consegue, você não consegue, você perde capacidade de fazer. Porque que acho que acontece com a grande a grande parte das pessoas, você tá num num mundo com nível de estímulo tão alto, vamos lá, ah, dos meus alunos que eu dou na faculdade, eh você
pega gente que tá viciado em ouvir áudio do WhatsApp em vez do você assiste a aula vez do me disseram que ah você consegue instalar uns ah uns programas do você consegue colocar vez 4, x8 e Eu falei assim: "Gente, para agora com isso, porque o que que acontece? Quando você se acostuma a usar esse x 2, vez qu acelera esses vídeos, está se acostumando com o nível de estímulo que é muito elevado. Cara, é impossível eu dar uma aula para você ou a gente tem uma conversa aqui, nós dois ã no vez dois. É
impossível assim, eu não consigo pensar nessa velocidade, certo? Então, eh, se você se acostuma com esse nível de estímulo, você tá se acostumando com o nível, eh, uma necessidade das pessoas te alimentarem com informações que nenhuma pessoa consegue fazer isso. Então, o que que acontece? A aula de qualquer profissa, vai ficar até diante, você vai dormir na aula porque você acha chato, porque ele não consegue eh processar as as informações vezes dois. Você fica viciado nisso, cara. Não só aula, mas conversar com uma pessoa, assistir um filme, conversar, assistir um filme, conversar com um cônjuge,
então uma namorada e tal, a pessoa, cara, pessoa chata, né? Mas por quê? Porque você tá viciado em ouvir coisas e conversar e receber informação no vez dois. Então, se conversa ou uma aula já fica chata, imagine lê um livro total. Cara, eu tive que me policiar com isso aí, porque eu me acostumei muito a ver vídeos em 2x. Chegou um momento que eu tava querendo acelerar os filmes, as séries que eu gostava. Falei: "Porra, o que que eu tô fazendo na minha vida, velho?" Exato. E parei, parei com isso. Assim, eu, óbvio, eu coloco
às vezes 1.5, 2x e tal, mas quando eu quero ver uma coisa rápida, quando eu quero usufruir daquilo, seja para um estudo, seja para um entretenimento, não coloco mais, cara. É, e às vezes você quer verificar se tem uma informação que você tem interesse, né? Então aí você acelera. Mas via de regra, uma coisa que eu falo para meus alunos, olha, não coloquem 2x, então você precisa se acostumar a ter uma conversa com uma pessoa normal x1. Então vamos voltar com pro x1, que é onde a gente vive, porque aí o mundo não vai parecer
tão chato assim. Cara, uma coisa que acho legal da gente comentar, eu não sei se você concorda comigo ou não, mas sempre quando gosto, quando a gente conversa sobre isso estudos assim, eu gosto de trazer um pouco esse ponto. Você sente você sente que a capacidade das pessoas de de estudar assim, a vontade que elas t estudar ser tão baixa? é mais uma questão eh não é mais uma questão existencial assim de, por exemplo, não saber o que ela gosta de estudar, não saber ah o que ela realmente quer da vida, do que necessariamente porque
ela tem um celular perto. Ah, vamos lá, porque assuntos que eu tenho profundo interesse, curiosidade, eu não tenho dificuldade nenhuma em me concentrar e estudar e passar horas concentrado naquilo, mas as coisas que não me interessam eu tenho. E eu não sei se as pessoas têm, vamos lá. Eh, tem uma tem uma, acho que no geral é isso. Então, acho que até o que que eu faço para começar a ler? Pega alguma coisa que você tem muito interesse e começa a ler. Então, acho que realmente tem que ser algo que você tá profundamente interess mortalmente
interessado. E aí isso é que você tem que ler, certo? esse essa vontade, né, de você aprender, eu acho que é o principal motor que você tem que usar a teu favor. Eh, sendo que isso é uma habilidade que você treina, tá? Então, essa questão de essa disciplina, olha, é muito fácil eu estudar coisas que eu tô afim de estudar, certo? O problema é que muitas vezes a gente tem que tem que estudar coisas que a gente não tá tão ávido assim, certo? E aí, nesse aspecto é você precisa desenvolver um pouco de virtude, tá?
E aí nesse aspecto, né, assim, o que que é virtude? O Aristóteles falava que virtude é o hábito quando ele incorpora em você. Então você precisa ter um hábito de reinteradamente fazer coisas que você não gosta. Essa é minha maior dificuldade, cara, quanto aos estudos. Então é, então assim, o o como é que você ganha essa disciplina, essa virtude da disciplina sendo disciplinado em pequenas coisas? Então você eh por que que eu falo acordar cedo? Porque olha, acorda cedo e naquele minuto, aquele não pode ser preguiçoso. É o minuto heróico do teu dia. Aquele tocou
o relógio, levanta. Pô, pode parece uma coisa trivial e boba, mas assim, aquele minuto, se você faz isso todo dia, tu vai se acostumar a fazer o que você tem que fazer, por mais que você esteja cansado. E aí isso aí com o passado do tempo, repetido e repetidas vezes, isso cola em você. Então isso passa a fazer parte da tua natureza, tá? Então isso aí é é filosofia da ética do Aristóteles, né? Então você começa com hábito e aquilo é o hábito vem de de roupa, né? Então aquilo começa é algo externo a você,
mas que a medida que você vai repetindo aquilo, aquilo vira virtude, ou seja, aquilo vai incorporando no seu jeito de ser. E aí depois você fica, interessante isso, é depois você fica de fato disciplinado e você vai conseguir fazer com alguma naturalidade, ah, conseguir estudar sem tá afim, porque o problema é que olha, a vontade de estudar é uma coisa que é como se fosse a lua. Hora ela tá cheia, ela tá minguante, hora não tem nada, tá nova, né? Então você não pode confiar na tua vontade de estar afim para fazer uma coisa. Você
precisa ter aquela coisa que, olha, o sol tá todo dia, ele tá ali e iluminando o a terra. Então você precisa ter essa constância e aí você treina isso, né? Então é isso é uma coisa que, vamos lá, o no meu livro chama estudo eficaz, inteligência, virtudes e provas. Então essa segunda parte das virtudes, né, que eu bato bastante. Olha, você precisa desenvolver virtudes. Estudar eh não é só você estudar para ficar mais inteligente. Isso aí é importante, seria parte da inteligência, mas você pode se tornar uma pessoa melhor estudando. Então essa parte da disciplina,
tá, da fortaleza de, olha, eu tô muito cansado aqui, eu vou ser forte, vou sofrer aqui, mas eu vou fazer o que tenho que fazer, é o que você consegue desenvolver eh com estudo, certo? sem falar, sem falar, por exemplo, de outras virtudes, por exemplo, a humildade, né? Para mim, eu acho que a humildade é é a virtude por excelência do estudante, que é o cara que olha, eu vou, não sei e quero aprender. Então, eh, isso eu acho que é o principal. Então, muitas vezes, eh, assim, eu me lembro de quando tava na época
do cursinho, tinha uns caras que era um cara super fraco, não sabe, não era aquele cara sensacional, mas o cara tava ali debaixo do braço com um livro super avançado. E a gente fala assim: "Mas esse cara não faz nem o a questão fácil de ensino médico. Como é que esse cara tá com um livro de ensino superior eh debaixo do braço?" Por quê? Porque o cara não estudava, ele só queria aparecer, mas tinha que ele realmente era, né? Então, era um tipo de ostentação que existia lá no no cursinho, né? E então é aquele
falto de virtude e e é comum também a sei lá, não sei nem se existe essa essa palavra aqui, a antivirtude ali, o a desumildade quando você começa a estudar e começa a entender um pouco mais daquele assunto do que as outras pessoas, você já começa a se achar fodão, né? Sim. É isso normalmente é onde te trava e você não consegue passar. Porque quando você chega no conceito que você tá com dificuldade, você fala: "Putz, eu não, eu". Isso não encaixa com a minha própria identidade de que eu sou fodão, então melhor não não
me deparar com esses conceitos difíceis, sabe? Sim. Não, assim, de fato, né? O oposto da virtude seria o vício, né? E você e você de fato tem para cada virtude você sempre tem a a o vício correspondente, né? Então você tem lá a humildade, você vai ter a soberba. Sim. Então, o cara que ele quer aparecer o o fodão, quer aparecer o mais inteligente, que a a gente tem muito nesse nesse mundo de Olimpíadas e e IT e tal, esses esses vestibulares que você junta nas salas à vezes pessoas que sempre foram as primeiras da
sala dela. E muita gente tem um certo piripque assim quando você, olha, eu sempre fui o mais inteligente da minha sala em matemática, física química. Aí eu vou lá pro IT e aí eu tiro quatro na prova. Eu falo assim, mas o que tá acontecendo, né? Ou então no no cursinho, né? Você que muita gente às vezes chega numa prova como essa de alto nível, num prova de Olimpíada, num vestibular desse mais exigente e não reconhece o que estudou, né? Então, às vezes, para quando você tem uma uma humildade, fala assim: "Olha, eu sei até
aqui e eu sei que existe sempre alguém que sabe mais do que eu e tá tudo bem". Então, eu vou me preocupar em aprender mais com quem quer que seja, tá? E depois que eu aprendi, eu disse bem, vou ajudar o meu próximo, tá? Então é outra coisa, né? Então, se você não desprezar quem eh não sabe o que você sabe, então, muitas vezes eh porque cada pessoa tem uma história de vida, né? Então, ah, eu tenho doutorado em física, tive as minhas olimpíadas nacionais, tive minhas medalhas e tal, mas existe todo um trabalho dos
meus pais, dos meus professores, a minha história de vida que me levou a seguir esse caminho. Se eu tivesse em situação de miséria, tá, provavelmente eu não teria essa esses resultados todos, porque eles não dependeram só de mim. Há um componente de esforço pessoal e há um componente de coisas que vieram de graça, né? Então, eh, entender também que, ó, por mais que por mais resultados que você tenha, eh, muita coisa com certeza não dependeu só de você. Então, é realmente essa essa questão de se o estudo ele pode ser um um ambiente que você
trabalha essas questões mais humanas também, além de situações puramente intelectuais. Então, é uma coisa que eu defendo bastante. O próprio estudo é uma escola, né, para você? Sim, exato, né? Então eu basto bastante nessa questão de de estudo como meio de se tornar uma pessoa melhor, né? Que no final é o que mais importa é isso, né? Você se tornar uma pessoa que dá para se inspirar nessa pessoa, né? Porque você tem gênios da história que ah, vamos lá, eram pessoas bastante questionáveis, eh, em termos pessoais, né? Mas assim, eh, a gente, a gente tenta
ser melhor pessoa que a gente consegue, né? Em termos intelectual. A gente quer que, sei lá, quando a gente morra, as pessoas lemb da gente com uma pessoa legal, que era agradável de estar perto, né? num gênio idiota. Exato. É isso. E chato e tal. Exato. Cara, você disse ali a primeira palavrinha que que você comentou ali sobre o teu livro, né, que é inteligência. Uhum. Eh, que que é inteligência para você, cara? Exatamente, cara. Inteligência, vamos pensar etimologicamente, né? Então, inteligência vem de intelegy, tá? Então, lê através das coisas, certo? Então, eu diria que
inteligência, tá? é a capacidade de você ler o as coisas ao teu redor, você entender como é que elas funcionam, certo? E ã o que que faz elas serem como elas são e não serem de outro jeito, tá? Então, realmente a forma como vejo inteligência é essa, você conseguir ler as coisas. Cara, mas é a melhor definição possível. Muito massa, cara. Eu nunca tinha ouvido falar assim trazendo a etimologia da palavra. Sério? Aham. Então, para mim é para mim é eu gosto muito de etimologia. Então, por que que as coisas tome que elas têm? E
que no geral isso tem fala muito sobre elas. Então, essa inteligência, essa capacidade de ler as coisas são assim, ah, eu consigo ler um teorema de Pitágoras e eu consigo ver o que que faz esse teorema valer, o que que faz ele não valer, eh, qual que é a zona de aplicação, quais são os termos envolvidos, de onde é que ele vê, para onde é que ele vai. E no geral você conseguir ler as coisas, né? O que que faz um cachorro, a diferença do cachorro com um gato, tá? Então você lê o que que
tem essa ah o que que é um canino, o que que é um felino, né? Então ler as coisas é o que o que a gente pode ter por inteligência, certo? É isso, é de filosofia, né? Então é sim, perfeito, cara. Eu eu tô tentando pensar num jeito de de trazer melhor essa a uma outra pergunta que eu quero fazer. Existem pessoas naturalmente mais inteligentes. Existe algum, existe talento no meio, por exemplo, das exatas. Existem diferentes tipos de inteligência. Eu tô com dificuldade porque eu não tô conseguindo separar isso em uma pergunta só. Mas a
e o panorama é meio que esse assim, existem diferentes tipos de inteligência para você. Vamos lá. Eh, você tem teorias de múltiplas inteligências, tá bom? H, são meio famosas e tal, mas eh essa essa definição que eu te disse seria uma definição mais clássica, tá? Então, eh, de você conseguir que é um pouco mais intelectual, né? Apesar disso, até você, por exemplo, essa inteligência espacial do do Pelé, vamos dizer, é um tipo de inteligência de você conseguir eh visualizar isso no espaço, tá? Eh, então seria um inteligência mais lato senso, certo? Eh, olha, e aí
assim, se ela existe uma inteligência maior ou menor e tal, eu acredito que você tem inclinações ã sim maiores ou menores a uma inteligência, tá? Então, vou te dar um exemplo. Por exemplo, o Mozart, ele compunha sinfonias com 4 anos. Eu tenho duas filhas, onde ela está com três, tá? Eu não tenho nenhuma esperança que ela vai compor uma sinfonia com 4 anos. Por quê? Por mais que eu ofereça estímulos de qualidade, a gente ouve uma orquestra lá no YouTube, enfim, ela não não me parece ter nenhuma inclinação assim tão forte pra música, certo? Eh,
então é para mim é evidente que o Mset ele tinha uma inclinação nata, tá? Ele nasceu com aquilo, uma inclinação pra música, tá? E aí num caso como esse, ele tinha essa inclinação e ele tinha um ambiente perfeito para que aquilo fosse é, ele era filho de músico, né? Então assim, acho que você tem um binômio que é a capacidade, essa inclinação de você ter essa potência, essa possibilidade, eh, e de um ambiente que vai realizar isso, tá? Vai, vai passar da potência do que que você pode ser para de fato o ato que é,
olha, eu sou isso, eu sou músico. E aí, de fato ele ter um pai que foi músico, né? E ele teve que passar assim suas milhares de horas estudando música para ser uma. Mas eu acho que tem esses duas, essas duas componentes. Então, realmente existe algo que é inato, que as pessoas são diferentes e tudo bem as pessoas serem diferentes, tá? Então, as pessoas têm as suas inclinações, os seus interesses distintos e eles precisam descobrir esses interesses, tá? E ã a combinação disso com você desenvolver essas potencialidades. Então, eu acho que a realmente inteligência existe
um componente que é inata, tá? Então, pessoas que elas têm mais facilidade com o raciocínio matemático e pessoas que tm menos. E outro componente que é, olha, você vai desenvolver aquela característica e aí aquele negócio, olha, talvez tenha gente que não tem a um um uma inclinação tão forte pra matemática, mas que apesar disso você consegue sim trabalhar bastante e desenvolver numa numa região, tá, de uma pessoa normal, certo? Então, talvez você não seja um um matemático como o Gaus, como o Oiler, um matemático que marcou a história, mas você, olha, uma pessoa normal, tem
ali capacidade de aprender coisas, olha, o que que é uma soma, o que que é uma subtração, geometria básica, né? E aí você tem essas possibilidades que são dadas pela tua natureza, pelo teu jeito de ser. Então diria, eu sempre gosto de enfatizar esse duplo aspecto. Existe um componente, às vezes as pessoas nos perguntam: "O que que ganha, né, no final do dia? É a genialidade ou esforço?" Olha, não sei, tá? Depende muito da pessoa, porque talvez a pessoa seja só um pouquinho mais inteligente que você inatamente falando, mas ela se esforçou muito mais. E
talvez a pessoa realmente ela tenha uma inclinação absurda para aquilo que e o Oiler, sei lá, o o Gus, a briga de tricológico foi dos dois o maior matemático da história. Então alguém com esse nível de talento talvez não dê para ganhar, tá? Mas eh é muito provável que quem você esteja se comparando não seja tão talentoso assim. Então, e no final do dia, não vale a pena você se preocupar com isso, porque você nunca vai conseguir, ã, isolar de uma pessoa concreta o quanto foi esforço e o quanto foi talento na vida daquela pessoa.
Tem muito, é, tem muitas facetas diferentes na vida das pessoas. É, você faz isso com estatística, né? Estatística nunca fala sobre uma pessoa só. Você faz um grupo de pessoas, um grupo controle e você vai olhar na média qual que é o efeito do ambiente, qual que é o efeito de genética e qualquer outro efeito que você possa imaginar. Mas você nunca fala sobre cada pessoa individual. Então isso aí é uma coisa que é inacessível pra gente. Perfeito, cara. Melhor resposta impossível, cara. Eh, uma, eu queria que a gente entrasse um pouquinho no seu trabalho
lá hoje, eh, nas suas pesquisas, no grupo que você participa lá no IT, eh, de semicondutores e, eh, e nanotecnologia. Sim. Explica um pouquinho pra gente, cara, o que que vocês fazem lá, qual que exatamente é são esses objetos assim de estudo, certo? E e você escolheu isso especificamente? Foi uma coisa que surgiu ali, depois você foi gostar. Ah, vamos lá. O, eu entrei nesse grupo em 2011, então eu entrei na graduação em 2010. Aí 2011 eu fui convidado para pela minha professora. Lá no IT a gente tem uma figura de professor conselheiro, que é
alguém que recebe os alunos e ajuda e ajuda-os a a se encontrar assim em termos profissionais, encontrar um caminho profissional, esse tipo de coisa. E aí eu fiz eletromagnetismo com ela, ela gostou bastante de mim e me convidou para entrar no grupo de pesquisa dela. Aí na época eu ia fazer um estágio em mercado financeiro, ia trabalhar num banco. Aí eu falei assim: "Ah, não sei se eu quero ou não, né?" E aí lá em 2011 ele falou assim: "Ah, não, mas deixa eu só te falar o tema. é em materiais biddimensionais que foi premio
Nobel do ano passado, que foi 2010, que foi prêmio Nobel do grafeno. Aí eu olhei assim, tá, você me convenceu, vou entrar. Então aí a gente começou a estudar materiais 2D, que era então uma febre que tava começando depois do prêmio Nobel, certo? E aí o que que a gente estuda? A gente, vamos lá, eu faço física computacional, então nosso laboratório são super computadores. Então, é um computador do tamanho de um armário e aí ele faz contas por horas, por dias ou semanas até. E aí o que que a gente tá interessado? A gente usa
a mecânica quântica para descrever os estados dos elétrons naquele material. Então eu coloco quais são os átomos que compõem aquele material, qual que é a estrutura daquele material e aí eu mando o computador calcular as propriedades desse material e aí a gente olha e a gente consegue interpretar. Então, por exemplo, eu consigo te mostrar que a estrutura mais favorável para esses átomos se organizarem é essa estrutura. Essa estrutura, você vai ter um material isolante, o material eh metálico, certo? e as propriedades que podem emergir, que a gente pode estar interessado, certo? E aí a gente
consegue trabalhar com uma variedade absurda de materiais, porque basicamente esse tipo de metodologia mecânica quântica aplicada pelo muitos elétrons é química, tá? Então a gente pode trabalhar com moléculas, a gente pode trabalhar com materiais, com materiais para energia fotovoltaica, materiais bidimensionais, materiais sólidos, eh, dos mais diversos possíveis. Certo? Então, a gente trabalha com esse tipo de materiais, tá? E a gente tem técnicas que são padrão e a gente desenvolve nossas próprias técnicas. Então, eh, um método que a gente tem que brasileiro, né, que a gente resolve lá no item, é o def - técnica que
você consegue medir, vamos lá, um o gap de energia, que é o principal propriedade de sistema condutores. Essa propriedade, ela diz o seguinte para você: "Qual que é a energia que eu preciso dar um elétron para o material conseguir absorver?" Basicamente essa a propriedade. Então, se eu deria do que isso, ele não absorve. E se eu der mais do que isso, ele passa absorver. Então esse tipo de propriedade é muito difícil de ser calculado, porque você precisa calcular o estado fundamental mais baixa energia e precisa conseguir calcular como o material se comporta quando ele tá
a gente chama de excitado. Eh, técnicas padrão que você usa para isso, vamos dizer que demorem dias, tá? Os cálculos que eu fiz com coisa como oito átomos demoravam dois dias inteiros rodando sem parar. E esse método aí deve ter menos me a gente roda em minutos. Então a gente tem um resposta tão boa quanto esse estado da arte, mas coisa de 1000 vezes mais rápido. Deve ter uma sigla, é, deve ter, eh, quer dizer, teoria do funcional da densidade. Então, é uma técnica padrão de desses cálculos de de mecânica quântica. Então, eh, a ideia
principal é a gente fazer o seguinte, a gente tem um problema de mecânica quântica. A abordagem padrão disso é usar funções de onda. E o DFT, ele é uma técnica que, olha, função de onda é uma coisa muito complicada. Se você tiver eh coisa como, sei lá, 10 átomos, 20 átomos, você tem a função de como complexidade tão grande que você não tem nem HD no planeta Terra para absor para guardar toda a informação se ela caísse do céu. Então ela é o o objeto matemático padrão que você usa mecânica quântica, mas não é nem
um pouco prático. Então a gente troca trabalhar com mecânica quântica para trabalhar com a densidade eletrônica. Ou seja, vamos pegar todos esses elétrons, vamos colocar no liquidificador, a gente vai ter uma densidade, uma chance de encontrar eles no espaço. E a gente vai trabalhar com esse objeto matemático, a densidade eletrônica ao invés da função de onda. E ele é muito mais fácil de eh de descrever e de armazenar no computador, certo? Então, a gente usa essa técnica que tem suas limitações e aí o que a gente faz é usar o DFT menio, que é um
tipo de correção que a gente usa para obter estatus tão bons quanto esses estatus da arte que trabalham em termos de função de onda. Que maneiro, cara. É, não é realmente deve ser brasileiro. É brasileiro. Isso é feito por dois professores do IT. a professora Lara, que essa foi a minha orientador, ela foi minha conselheira, orientadora de iniciação científica, orientadora de doutorado, eh, e minha colega agora de departamento, que é líder do departamento, e o professor Marcelo Marques, que é o professor do nosso departamento, tá? A gente é colega de de de corredor, né, com
esses dois e o professor Guimarães, que é um professor falecido da USP, que foi também formado no IT, então ele tava ali no comecinho da física de sistema condutores do Brasil. H, foi pro doutorado MIT, voltou, né? E ele é um do, vamos, ele é o pai, né, desse método, deve ter menos meio, que realmente é uma coisa que quando a gente explica, né, eh, é que é difícil dar a a realidade do quão poderoso ele é. E realmente eu só passei dar tanto valor assim para ele quando eu usei outros métodos e eu passava
Lutas esperando um cálculo e o cálculo às vezes dava dava pau, quebrava e o o def meio você rodava e rapidinho tava pronto o resultado. E essas duas coisas ser comparáveis é realmente é bem é bem legal e a gente trabalha assim divulgando o método, né? E é um, e vamos lá, ele tá crescendo bastante e assim tá toda semana já. Então é, esse método é aberto ou é algo, sei lá, que vocês vão patentear e é aberto. Então a gente a gente faz aberto. É, se uma pessoa lá entrar em Berlin quiser fazer um
teste utilizando esse método, ele poderia é é publicado. Então assim, é um artigo de 2008 eh, que a gente a gente não, né, os professores publicaram, eh, implementaram, né? Então você tem tutorial, se você colocar no YouTube deve ter menos meio, vai ter um tutorial meu explicando como é que você roda isso num átomo, né? E se você quer rodar isso em algum pacote, tem pacotes são pagos, então a gente costuma usar muito um chama VASP, que é um pacote pago, você não consegue rodar, mas se você baixar um pacote quanto expresso, você roda no
teu computador, assim, PC normal de uso eh pessoa física mesmo. você consegue baixar e rodar cálculos de química quântica no teu computador com poucos átomos, claro, e que lá você baixa já o menos meio também. Então você consegue rodar o menos meio qualquer pessoa com o computador baixa e aberto. Sensacional, né? Então vamos lá. Você precisa, a diferença dele com outros métodos, eu diria que é enquanto muitos métodos é a questão de você tá muito bem estabelecido, muito popular, tá? implementado um tipo, olha, coloca no teu no teu programa aqui de entrada essa linha, usar
tal método, ponto e você usa. O nosso não é tão óbvio assim, então você precisa fazer uma coisa um pouco mais artesanal e vamos lá. E nada vem de graça também, né? Então a gente tem que fazer uma coisa um pouco mais controlada, que exige mais do usuário, mas que o resultado final é um um resultado muito bom e muito rápido. E o fato dele ser rápido não é mais importante. A questão é que quando você tem um método mais simples, você pode e simular coisas mais complexas. Então você pode simular algo que tenha eh
mais átomos, né? Então você pode coisas mais complexas, eh, você pode estudar defeito, você pode simular coisas do tipo, olha, eu vou estudar uma uma fita de materiais. Então, realmente, o que o que a gente usa no nossa na nossa pesquisa realmente é colocar átomos na geometria que eu quiser. Então, a gente permite olhar as geometrias mais sofisticadas e com esse tipo de metodologia. E daí vocês conseguem descobrir como que aquilo vai se comportar dado tal variável. Exato. Então, por exemplo, um trabalho recente que a gente que eu fiz com um aluno de doutorado meu
que agora tá na Alemanha, a gente estudou como eh uma forma de ã implementar QBITS, tá? Então, bits quânticos que você precisa de um estado que seja superposto, que seria algo que não é nem zero nenhum, que é como você vai codificar a informação num sistema quântico. Então, o que que a gente pegou? eã, dois materiais, como se fossem duas folhas de material. E aí a gente colocou uma folha em cima da outra. E a gente tem um sistema físico que tem um estado eletrônico que tava em cima do material A, um estado eletrônico que
tava embaixo do material B. Quando você junta esses dois, esses estados se combinam e você tem um estado eletrônico que tem uma projeção em cima e embaixo e que a gente consegue controlar esse caráter torbital colocando o campo elétrico para cima ou para baixo. Então a gente consegue pegar esse estado e jogar ele para pro zero ou proxe misturado. Então a gente provou isso. Que maneiro, cara. A gente pegou várias, ele pegou uma tabelona gigante de materiais, foi empilhando um monte de material atrás do outro e a gente identificou acho que uns cento e poucos
materiais que eram candidatos a a esse tipo de fenômeno. E o doutorado dele foi investigando como esses estados se comportam. Então ele vai, começa com, vai usando métodos melhores e aí a gente usou o Tit Bite, que é outro método mais eficiente ainda, e ele começou a jogar ali eh elétrons passeando e vê que o elétron conseguia ir de uma de um material e aparecer no outro ou vice-versa, tá? Como é que isso dependia com o comprimento, com a largura. Então a gente consegue fazer como se fosse um laboratório virtual. Então é é bem interessante
mesmo que imagina fazer isso fisicamente. É muito difícil você construir uma coisa da espessura de um átomo, você conseguir pegar isso e transportar para em cima de outro material que tem um átomo. E como é que você faz esse controle? Você não consegue olhar. Então você vai precisar da lista, sei lá, de 200 materiais ainda e testar tudo e e e crescer esses materiais e caracterizar se bem que exatamente o que você tá fazendo, né? Isso quando é nanométrico é dificílimo. Isso a gente consegue fazer no computador sem grandes problemas. Então é essa essa ideia
de química eh de física computacional, você consegue fazer muita coisa de um jeito muito barato. E e isso op e aí isso aí costuma ser exato também pra indústria de fármacos, por exemplo. Então eh num congresso que eu participei na escola de verão, tinha um rapaz que ele fazia doutorado em parceria com uma uma indústria de fármacos. Então ele ele me ele estudava eh moléculas e como é que elas se comportavam, né? Ou então outra aplicação dessa teoria eh um estudo bem interessante que eu vi de um colaborador italiano também que ele estudava as moléculas
do DNA. Então ele colocava o DNA no descrevia a molécula de DNA e rodava as propriedades ópticas disso. E ele mostrava que quando você tem uma molécula, ã, vamos lá pegar uma molécula arbitrária de de química, né? Você excita essa molécula, ela fica excitada por um certo tempo e depois relaxa e remite essa energia, certo? Eh, e esse tempo de excitação que ela fica, eh, nesse estado excitado, ela fica mais reativa, certo? As moléculas de DNA, ele mostrou que elas têm um tempo de vida nesse estado citado muito pequeno. Isso era muito especial. Então, você
consegue, por exemplo, com essa com essa física quântica, essas simulações, né? Ele conseguiu demonstrar que essas moléculas que codificam o nosso DNA são moléculas que tm essa propriedade física interessante que elas se deseritam muito rápido, ou seja, elas são estáveis. Então, se você vai escrever biologia com algum caractere biológico dessas moléculas, né, a eh aquele A, T, C, G, A, elas são estáveis, então elas são as moléculas certas para você ah codificar a vida, porque elas são estáveis. Então eu achei esse esse experimento, esse resultado muito bonito. Isso foi tudo feito em computador e e
computador normal, né, de zeros e uns. Ah, isso. Comput zeros e uns é um supercutador, provavelmente, mas a princípio uma molécula, dá para você rodar algumas moléculas no computador normal, sem problema. Não sei, mas eu digo ainda sem ser computação quântica, né? E não é tudo tudo clássico. Então o que a gente faz é computação clássica. A teoria é de mecânica quântica, mas as simulações todas são zeros e uns, certo? Quando a gente tiver computador quântico, aí você tem a princípio ferminas muito mais poderosas, certo? Eu não consigo entender um computador quântico, cara. Você consegue
me explicar? Isso já existe, né? Existe. É, a gente tá, a gente consegue simular, por exemplo, esse tipo de problema no computador quântico hoje. Como é que a gente usa isso na prática? Não é, é, vamos lá. Você já tem cálculos de química quântica que já são feitos no computador quântico, tá? Ã, mas aí você tem que ver, você tem que olhar os detalhes do artigo, porque tem uma coisa que é o que é a o que vai pr pra manchete e o que de fato foi feito, tá? Mas você já tem sim cálculos de
química quântica que superam supercutadores. Eh, mas até onde eu sei, são moléculas bem simples ainda, certo? Eh, vamos lá. O que que é um computador quântico? Olha, vamos começar com o que que é um computador clássico. Maravilha. Eh, você tem informação e você vai fazer contas e você usa zeros e uns, certo? Então você trabalha com informação com zeros e uns e ele processa, ele computa, ele faz contas com zeros e uns, certo? Eh, o computador quântico, ele é uma máquina que também processa informação, certo? Que faz contas, que dá resultados que tem a ver
com para resolver algum problema seu. E a diferença entre um e o outro é que o computador quântico ele tem operações que exploram fenômenos puramente quânticos, tá? coisa que o do clássico não faz. Ã, que fenômenos são esses? São principalmente superposição. Então, um estado quântico, ele a gente descreve ele como sendo uma superposição de zer e 1. Então é o que a gente de um bit quântico, qb bit. Então ele pode tá no estado de superposição entre zer e 1 antes você medir superposição, interferência. Então ele pode ter essas duas eh possibilidades e interferir. Então
a o é uma possibilidade, outra possibilidade podem interagir entre si e a interferência que a gente vê de ensino médio mesmo, interferência construtiva, destrutiva, enfim, como se fossem ondas e em mareamento, que é você ter dois cubits e você ter uma dependência, eles estarem correlacionados. Então, se você sabe algo sobre um deles, isso implica saber algo sobre o outro. Então, esses fenômenos, basicamente são os que você precisa. Esses novos ingredientes te permitem novas operações, tá? Aí essas novas operações podem permitir resolver de problemas novos de maneira mais eficiente. Então, por exemplo, Fan, que é um
prêmio Nobel de física de 65, ele foi um dos primeiros a falar da possibilidade de um computador quântico. E é o que ele falou assim, olha, para esses cálculos de química quântica, de física quântica que a gente tem, a gente tá usando computador clássico, mas o é natural que a gente espere que para resolver esse problema de física quântica, um computador quântico seja mais adequado, porque ele tem certas propriedades compartilhadas pelo sistema que você quer simular. Então, de fato, assim, uma das quando a gente tiver computadores quânticos mais acessíveis, mais poderosos, a gente espera conseguir
fazer esses cálculos de química quântica de maneira muito mais poderosa, porque a gente vai ter uma nova ferramenta que eh consegue imitar o nosso sistema que a gente tá interessado em simular, certo? Então isso aí é uma possibilidade que a gente tem, mas tem várias outras, né? Então, por exemplo, uma coisa que o computor quic é muito bom eh em problemas de otimização. Então, você já tem, eu escrevi um post no meu site outro dia que, você tem uma aplicação de computador, computação quântica e no mercado de aviação para otimizar. É, a Rebuz investe bastante
nisso, de você otimizar organização de carga dentro de um avião, o plch ou então de você conseguir otimizar eh trajetórias no espaço aéreo, de você conseguir eh otimizar caminhos, né? Qual que é o melhor caminho que a gente vai fazer para otimizar um carteiro que precisa entrega tantas entregas? Então são paraas que a gente consegue otimizar, eh, aplicar o o computador quântico. Aquelas coisas que envolvem, por exemplo, também captação e e e captação de energia e gerar energia também, por exemplo, com placas, solares, tudo mais, ele pode encontrar uma maneira melhor de pode e ele
pode essa essa parte de energia solar, a gente tem muito disso para simular o material que tá lá feita. Então, das nossas linhas de pesquisa do nosso grupo, eh, é sobre materiais voltados paraa célula solar. A gente trabalhando com Perovisquita, que são materiais que conseguem uma eficiência muito alta e você pode procurar quais os melhores materiais para isso. E essas simulações com o computador quântico você pode fazer eh simulações melhores, certo? E outro ponto assim muito importante também no computador quântico é a questão de criptografia. Então, todo quando você vai num banco e tem a
senha, né, você tem todo um um algoritmo de criptografia que protege as suas informações, que ela é baseado em fatoração de números gigantes, tá? E o algoritmo, o computador quântico consegue fazer isso de maneira muito mais rápida que um clássico. Tem algoritmos prontos desde a década de 90, então já fazem 30 anos que existe o algoritmo feito, tá? O que a gente ainda não tem é eh computadores grandes, suficientes, poderos suficientes para atacar esses números tão grandes quanto a gente tem, que a gente utiliza. Mas o algoritmo tá pronto. Que legal que não vai nem
acontecer nenhuma crise daqui uns tempos. É o o que o que as pessoas falam é que se a gente tivesse um computador que a que quebrasse esses esses algoritmo de segurança, né, é que a gente precisaria para ontem eh ter algoritmos quânticos de criptografia. Sim. Que boa notícia eles também já estão prontos. Então a o que você tem que fazer realmente é eh, mas vai ser um outro um outro paradigma. Então, o que a gente crê é que a gente usa esses algoritmos porque são problemas difíceis de resolver hoje com as ferramentas que a gente
tem disponíveis, né? na hora que a gente tiver novas ferramentas, aí a gente vai ter que eh encontrar novos problemas matemáticos que vão ser a base da cripografia que a gente usa. Cara, eh me conhe se eu tiver errado, mas o descobrimento do dos dos semicondutores, materiais semicondutores, foi o que é o que possibilitou a gente ver toda essa revolução, né, de de enfim, computador e e as que tá acontecendo agora e tudo mais, né? Sim, sim. Eh, então o o semicondutor ele é um um material, como o nome diz, né? Semicondutor. Então ele é
um cara que conduz corrente elétrica, mas ele é muito pior para conduzir isso do que um metal, tá? eh por outro lado ele é muito melhor do que um isolante. Então o semicontrole tem essa característica intermediária e a gente consegue sintetizar esse tipo de material numa pureza assim incrível e a gente controla eh esse a composição química desse tipo de dispositivo, assim, da coisa de um átomo para cada 10.000, 20.000. Que que isso quer dizer? O que quer dizer? Que quer dizer que eu tenho um semicondutor. Uhum. Tá. e que se eu, imagina que fosse
uma cidade de átomos e você coloca uma pessoa diferente e a gente projeta isso. Então, o semicondutor puro é de um jeito e esse semicondutor dopado, quando eu adiciono um pouquinho de impureza de determinado tipo, ele me dá um nível de impureza bem definido, que é o que eu preciso fazer um transistor. Perfeito. Tá? Então assim, é o nível de pureza assim incrível que alguns cientistas na época, no começo do século XX, achava que a gente nunca ia atingir esse tipo de domínio da matéria. Então um Paulin que falava que física de sem dor é
um negócio sujo, então ele não acreditava que aquilo ia servir para nada, né? Mas de fato a gente conseguiu controlar isso, conseguiu amostras muito puras, conseguiu controlar a composição química e construir esses semicondutores dopados. E a gente junta um tipo P com tipo N, faz um diodo, junta outro tipo, já dá um transistor. E aí o transistor a gente consegue fazer chaves. E essas chaves você consegue trabalhar com esses zeros e uns, porque olha, chave fechada um, chave aberta zero. E aí a gente consegue controlar, né? Isso, os as portas lógicas assim. E aí você
consegue fazer lógica com os transistoros e você consegue miniaturizar esses transistos para coisas de fileiras de 20, 30 átomos e os canais de transistor que a gente tem hoje em dia. Então assim, é uma coisa que é impressionante a miniaturização que a gente tem desses transistores, tá? E aí com isso é que a gente conseguiu fazer muitas contas, fazer contas de jeito eficiente, de jeito rápido, tá? E aí a gente conseguiu fazer computadores. E com computadores você consegue fazer simulações de materiais. Com simulações de novos materiais você faz novos transistors e aí você tem uma
realimentação positiva, certo? Mas que a gente tá chegando num certo limite, certo? Então, a gente tem uma famosa lei de Lady More que diz que a cada 18 meses mais ou menos, você tem numa determinada área o dobro de transistores. Então, realmente foi uma explosão que aconteceu que a gente não vai conseguir sustentar essa lei de M por mais muito tempo. Porque por que a gente sabe disso? Eh, porque tá ficando com poucos átomos. Entendi. Então assim, eh, uma coisa é você ter o, olha, eu tenho 1 mm, você diminuir isso pela metade. Outra coisa,
ah, 1 e eu p mais ou menos para 1/4 de mm. É o mesmo problema. É dividir por dois. O problema é que quando eu tô numa coisa que tem 50 átomos, olha, 25, já tem uma série de efeitos quânticos que vão a aparecer. Um deles, por exemplo, é tonelamento. Então você precisa fechar esse transistor. Então você precisa, olha, vou fechar aqui e daqui não passa mais elétron. Mas o problema é quando você miniaturiza muito, você tunela. Então o elétron vem, ele tá proibido nessa região, mas ele aparece do outro lado. Então esse efeito começa
a acontecer. E aí você precisa, olha de novo material que seja, tenha uma pericidade diferente e você corre atrás. Tá bom? Mas olha, 25, tá? O próximo passo seria o 12, mas o 12 esse efeito já vai ficar muito mais intenso. E do 12, o seis. É assim, ó, tem uma hora que tu precisa pelo menos de um máximo para fazer esse negócio. É, faz sentido. Então, realmentente a gente tá num tá chegando num limar de, olha, de unidades de colocar mais transistor em espaço menor. Não é, não é, não é, não é só isso.
Então, a gente tá chegando num limite técnico da Mas aí o que resolve isso são novos materiais. É o que a gente tem feito até agora é novos materiais, certo? Mas mesmo no materiais não vai resolver o problema. Porque como que o que que como onde quando entra o silício nessa história aí? O silício é o semicondutor mais ah acessível que a gente tem, tá? Porque ele tá na areia. Então na areia você tem silício e oxigênio. Então você pega a areia, que é um material abundante na terra, aí você isola silício de lá. Então
você tem silício que é um semicondor barato e aí com silício semicondutor e você dopa silício, tá? com eh com algum outro elemento. Então, basicamente, o silício ele é o material que você usa para fazer o semic o transistor. Então, tudo que a gente tem assim de no computador, os chips, os chips eles vão ser portas lógicas que são implementadas com ã semicondutores. Então, silício ele entra aí, ele é o cara que é a matéria prima para você fazer todos esses transistores. O, onde é que vai entrar outros materiais? Você pode, por exemplo, querer um
dispositivo, você me contou bem rápido. Então, por exemplo, pro seu celular, você quer que ele seja rápido, que uma onda eletromagnética bem fraca consiga, ã, se comunicar com o teu celular, que ele seja bem sensível e bem rápido para atingir respostas altas frequências. Então você vai usar um semicondutor que tenha uma massa de elétron mais leve e que ele seja mais rápido. Você pode usar cinet de galho ou então você pode querer fazer um semicondutor para eh LED. Então assim, iluminação LED que a gente usa tem semicondor ali. É um semicondutor que quando eu dou
corrente para ele, tem uma recombinação e ele consegue emitir luz. Então é um diodo emissor de luz. LED quer dizer isso, lighting diode. Então é a gente tem semicutor que serve para gerar luz e tudo que você olha com eh com LED, tudo é semicondutor que tá ali, certo? Então é um semicutor que tem outra. O nosso mundo hoje já faz um tempo inclusive que é basicamente eh dominado por semicondutores, né? Sim, muito, muito, muito. É os carros, né? A gente teve uma crise recente de carros que os caras ficaram super caros, porque a gente
tem um, a gente embarca muita eletrônica agora no carro e essa eletrônica toda é feita por semicondutor. Se você tem uma carência, você não tem um abastecimento de semicondor, você não tem mais eletrônica. Se você não tem mais eletrônico, você não tem mais carro, você não tem mais nem às vezes máquina de lavar, certo? Então, eh, smartphone, computador, então, toda essa questão de eletrônica, toda ela se baseia em semicondutores. Então, realmente, é a importância que a gente tem de, ã, sem contor é muito alta. E assim, às vezes, quando você fala eh de física quântica,
de mecânica quântica, as pessoas têm uma ideia que isso é uma coisa tá distante do teu dia a dia, mas o fato é que o teu computador, vamos lá, ele não é quântico no sentido de usar superposição, emaranhamento, interferência, mas o teu computador é quântico, sim, no sentido de ter materiais lá cujo comportamento só pode ser modelado com física quântica. Então você só consegue entender um semicondutor com física quântica. Você não consegue entender o que que é um semicondutor sem isso. Sensacional, né, cara? É, não é é muito é muito poderoso, realmente assim, a é
que é que é tá no nosso dia a dia, né? Então assim, você tá usando o comput celular para ver filme de gatinho, mas para te permitir esse esse esse conforto, né? Tem uma eletrônica poderosa, tá? tem uma parte de codificação, de formação poderosa e tem semicondutores eh trabalhando de maneira muito rápida para você conseguir eh ter esse conforto da na tua casa. Realmente é é impressionante. A gente não a gente esquece isso, sim, né? Então fica aquela aquela a gente falou da apatia, né? O estudante fala assim: "Tuda, tudo é tão chato, porque as
coisas estão acontecendo maravilhosamente ao nosso redor e a gente não não se dá conta. Falta enxergar, né, as coisas, cara. É, falta inteligência, né? Falta ler o que que tá assim. Olha, como é que, vamos lá, uma das coisas, por que que eu fiz a liria eletrônica, que eu queria entender como é que um computador funcionava, né? Duas coisas. Era entender como é que o computador funcionava e eu tinha um sonho de fazer um rádio quando eu era criança. Então, olha, não faz menor ideia de como é que eu conseguia fazer um rádio. Foram duas
coisas que deu para atingir razoavelmente bem no final do meu curso de engenheira eletrônica, né? conseguir fazer um rádio como projeto de final de disciplina e entender melhor como é que computadores funcionam, porque assim, e quando você para para ver um você enxerga aquela realidade de um outro jeito, né? Então o como eu vejo um computador sendo engenheiro eletrônico, é diferente de um leigo, né? Com certeza, né? né? Então realmente eu consigo ler através dele de jeito diferente. Uma vez veio um cara que ele nem era convidado, ele veio como uma, enfim, veio de junto
com uma convidada e aí e ele falou um ele falou bastante sobre ele. Falou assim: "Cara, para mim, ele falou assim: "Ah, minha mãe me ensinou e tal, não sei o quê". Que é que para mim inteligência era, por exemplo, eu olhar ele, eu acho que ele não, não sei se ele era engenheiro, mas ele trabalhava com obras assim de ponte, umas paradas assim. Era eu conseguir olhar para, por exemplo, aqui seu prédio e saber imaginar o que que tá acontecendo por de trás das camadas aqui da parede. Você fala: "Pô, você imagina você ter
essa visão, sabe, esse olhar." E o cara que, por exemplo, igual você que estudou e se aprofundou na na área de de eletrônica e de sem contutores e tal, você deve olhar para um celular e ver de uma forma totalmente diferente do que a gente olha, né? Sim, sim. É o que o que que é um vídeo, né? Por exemplo, então, cara, o que que é um vídeo? Cara, um vídeo são várias fotos. Vamos lá. passando por segunda. É isso. Isso é muito bom, né? Então assim, olha, um vídeo, primeira coisa, mas armazenar um vídeo
como conjugo de fotos é uma sacada fenomenal. Vamos passar essa foto várias vezes no ritmo, vamos colocar um áudio em paralelo. E como é que a gente grava o áudio? Certo, entendeu? Então, como é que a gente grava? Como é que a gente grava um vídeo? Então, como é que a gente tira uma foto? Você tinha uma tecnologia antiga que era com o filme de, imagina que você tem lá o cinema. Antigamente você passava lá um filme com um projetor lá na verdade na como projetor de luz, né? Isso era um jeito. Agora você usa
eh codificação digital. Então agora você tem uma matriz, você pega lá, você dá um flash. Então a cada, vamos lá, vamos pegar 30 fps, né? Então a cada 30 vezes por segundo, você abre o obturador, entra a luz, você fecha, você conta quanto de luz entrou em cada pedacinho de uma matriz. Você faz isso no R, no G, no B, no vermelho, no verde, no azul. Você conta tudo isso, você codifica aquela foto com conjun de números em zeros e uns. Você tem aquela matriz enorme, você vai compactar essa formação. Então você vai passar em
transformada de furrier, uma matemática bem avançada. Você vai deixar isso eficiente, vai fazer isso várias várias vezes ao longo do tempo, vai fazer outra transformada para ao longo do tempo, vai pegar o teu áudio, vai citar lá com o microfone, como é que esse negócio aqui funciona. Tem uma física que vai pegar o sinal de som, a onda que tô gerando aqui que tá vibrando, que vai vibrar aqui, que eu vou codificar isso com zeros e uns e vou processar isso. Então assim, é uma tem um nessas coisas do nosso dia a dia banais, sim,
tem uma tecnologia, uma temática, uma física ahã pensadas e e refinadas por muita gente, que assim, é uma maravilha, né? A gente tá falando agora, as pessoas poderem ver e ouvir a gente é uma maravilha que as pessoas não têm esquecem disso. É, esquece, mas é, mas se você para para olhar isso para ver, né, como se fosse a primeira vez, é um negócio maravilhoso. Isso é um pouco também da das vezes a a a falta de importância que as pessoas dão pra ciência assim, sabe? Porque elas não entendem que, pô, para exisir tudo isso
aqui que a gente tá usando, teve uma série de papers, uma série de artigos publicados até acontecer esse refinamento que você falou e as empresas conseguirem ir lá e e criar um produto em cima daqui da gente poder comprar. Mas quem desenvolve esses avanços todos foram os cientistas. Às vezes a gente não dá o valor que deveria, sabe? E o o CCD, né, que é essa tecnologia de câmeras digitais, né, foi desenvolvido para em satélites. Então, foi desenvolvido para você ter, sei lá, o o James Web, o Hubble. Eh, foi nisso que a gente inventou
o CCD, pra gente conseguir contar fótons que vinham do espaço federal, né? E aí, uma vez que a gente desenvolveu essa tecnologia, você pode eh usar isso para câmeras digitais. Então, realmente você tem essa o que que é o que que é física básica, o que que é essa tecnologia de ponta, eh, mas que isso não raras às vezes isso aqui acaba emergindo, né, como spinoff, então isso acaba extravazando, transbordando pro pro dispositivos tecnológicos do nosso dia a dia. E estima-se, Luts, que é, por exemplo, se pegar do PIB americano, 1/3 aproximadamente do PIB americano
é baseado em tecnologias também com física quântica. Então, eh, física quântica tá, eh, diretamente ligada a um texto do PIB americano. E como eu, como como a gente conversou, né, todas essas coisas, o computador, como ele funciona, tem muita matemática, tem muita matemática envolvida, muita física que que se usa para essas coisas acontecerem, os materiais todos, né, temos química, né? Como é que você constrói esse plástico aqui, né? Como é que você faz esses materiais? como é que você arranja um, como é que você alimenta esse microfone, né? Então, normalmente você tem eh a gente
quando a gente vive nesse mundo de confortos, a gente tá ali eh sobre o ombro de gigantes, né, como o Newton falava. Então, tem gente muito inteligente que eh dedicou a vida a desenvolver tecnologia e ciência pra gente poder ter esse conforto que a gente tem hoje. É, uma das no ano passado assim, eu entrei num um daqueles hiper focos lá de estudar e história tecnologia. Eu recolho para todo mundo, cara. Pega um livro aí, tem vários de história tecnologia e veja onde a gente chegou, cara. em pouco tempo, em pouco tempo, desde a roda,
por exemplo, desde do da a gente poder manipular o fogo, mas depois, enfim, da roda, até chegar onde a gente chegou hoje, você consegue enxergar assim o quando ser humano é incrível mesmo, sabe? A gente esquece essas coisas, a gente tem muita o hábito às vezes de ficar meio eh insatisfeito com o momento atual e tudo bem, você pode ficar, mas tem muita coisa bonita ainda pra gente olhar e ver e desenvolver e enfim. Sim, sim. É, a gente eh às vezes acho que as pessoas têm muitas vezes falta de sentido, né? Total. Por mas
eu acho que na verdade é falta de olha que a gente vive como se as coisas foram dadas, como se as coisas fossem sempre assim, mas de fato quando você olha um pouco de história, né? Eh, eu acho que o grande boom que acontece, né, eh, para essas coisas estourarem, né, eu diria que é a imprensa. Então, 100 eh, antes disso, certo? Você tinha muitos poucos livros, as pessoas não sabiam ler, né? E o certo aspecto eh talvez não fizesse nem sentido você querer ah ler, porque não tinha livro. O livro era super caro, né?
E chega num ponto que você consegue imprimir livros ao invés de copiá-los na mão, como faziam os monges lá na Idade Média. E você passa poder imprimir. Então você começa a disseminar muito. Como que chamava essa máquina mesmo? Eh, a imprensa de Gutenberg. Isso. Isso. Então, eh, isso aí você, qualquer pessoa pode começar a escrever e os livros começam a abundar por todo lado e as pessoas podem, olha, faz sentido, eu vou saber ler agora porque vai ter o que ler. Antigamente não tinha. né? Então as pessoas começam a trocar mais cartas, fazer as publicações,
publicar os livros e aí você pode se comunicar com pessoas que estão à distância, né? Porque de fato o que o que que na tua vida ou na minha vida a gente passa a aprender para além da nossa experiência concreta, tá? Então olha, eu eu não aprendi uma série de coisas de física da minha cabeça, da minha experiência. As pessoas escreveram isso, eu pude ler e aprender com elas, né? Então, com livros você pode aprender isso aí, se comunicar, difundir conhecimento e aí você dá esse boom, né? Porque esse boom tecnológico, ele vem de um
boom científico, tá? Então você tem, vamos lá, o boom da das indústrias tá intimamente ligado à máquina vapor, a termodinâmica. você tem lá primeira revolução industrial, a segunda você tem a revolução industrial associada à eletricidade. Então você tem ali um domínio da física, do eletromagnetismo, que permite com que você ah ten eficiências muito maiores. Depois você vai para uma terceira etapa que é do silício. Então você começa a falar de eletrônica, de automatização, de supercputadores, tá? Esses computadores atingem. Isso é o quo? 50. É, acho que dá para falar anos 50, anos anos 60, tá?
Então você começa a ter, você começa a trocar a computação que antes era feito por válvula, tá? Por transistor, que é muito mais muito mais rápido e esquenta muito menos, então você gasta menos energia e pode miniaturizar muito mais fácil. Eh, e aí então você vai aumentando esses computadores com cada vez mais complicados, mais sofisticados e te permite fazer coisas muito mais eh diferentes, né, poderosas. E assim, o fato é que, olha, por mais que às vezes a gente sinta uma falta de sentido, nunca acho que na história houve tanto oferta de conforto, tá? Eh,
vamos lá. O videogame que você joga é o mesmo videogame que um milionário joga, tá? A Coca-Cola que você toma é a mesma Coca que um milionário toma. Então, nunca antes a gente teve pessoas humildes em certos aspectos, claro, tão próximas as pessoas ã mais abastadas sobre certo aspecto. Outra, claro, que talvez separe um pouco mais, né? Eh, tem diferentes formas de olhar paraa situação toda, mas de fato a tecnologia ela conseguiu eh produzir paraa massa, que não existia isso, você conseguir atender as massas e quando a gente fala de indústrias que eh produzem milhões
de produtos, esses milhões vão para milhões de pessoas, né? Então, realmente, eh, há sim muita coisa boa que a gente tem que agradecer e olhar isso eh de maneira positiva, tá? E o que não é tão bom assim, a gente precisa tentar olhar eh da da de como é que a gente consegue usar essas ferramentas à disposição para da melhor forma possível. O que eu fico às vezes meio puto é mais porque eu sinto que foi acontecendo uma demonização assim da tecnologia assim por algumas pessoas, sabe? E querendo barrar um pouco da evolução tecnológica. E
isso me incomoda um pouco. Eu acho que é a gente deveria simplesmente só evoluir o máximo possível o quanto antes, sabe? Não sei se você concorda comigo. Pode ser que não, porque quase ninguém concorda. Não, não, não. Tudo bem, mas eh vamos lá. Eh, tem um e é uma questão do da do papel da ética do cientista, né? Então, eh, o que que acontece? Tem uma certa visão que a gente precisa ter um pouco de cuidado, que é, olha, tudo que a gente pode fazer, a gente deve fazer. Então, até que ponto isso é verdade,
certo? Então, vamos lá. a gente pode fazer os tem certas linhas que a gente não pode cruzar. Então vamos lá. Experimentos humanos. Ah, sim, claro. Então assim, a gente, então tem certas linhas, né? A gente não pode eh a gente tem que tomar um certo cuidado com a dignidade humana, né? Então acho que até o o papa que acabou de ser eleito, né? O Leão 14, ele escolheu o nome de Leão por conta da da questão do do antecessor dele, que é o Leão X, que ele tava no no período da Revolução Industrial. E e
o Leão 14, ele fala que ele se vê diante de outra de outra revolução industrial agora da IA. Então ele fala que a gente tem que olhar para esses avanços tecnológicos e se questionar como a gente usa isso da melhor forma possível, de maneira ética, que crie bem-estar. para as pessoas e não o contrário, certo? Então, sim, a gente tem que buscar esse avanço, tá? Mas também é importante a gente se questionar até que ponto esses avanços são. Será que tudo que eu posso fazer é oportuno que eu faça? Certo? Então, por exemplo, a energia
nuclear é um negócio que assim é uma possibilidade de fornecimento de energia absurdo, certo? Então, a quando você vai paraa quantidade de energia por grama de matéria que você tá trabalhando assim, é incomparavelmente mais poderoso do que hidroelétrica, termoelétrica, qualquer coisa desse tipo, mas você tem certas implicações. Então, se você pega uma rurria, ela morreu de exposição à radiação. Sim. Então, ah, que tipo de questão de segurança você tem que ter com esse tipo de material, tá? Então, eh, você vai fazer as as uma usina, né? Então, eh, você precisa jogar essa energia fora. Sim.
Então, você tem que jogar e vai jogar no mar. Como é que você vai afetar a fauna local, né? Ou você vai simplesmente gerar energia e a o planeta Terra que se vire depois para se virar com essa energia toda? Então você tem certas eh certas preocupações éticas lícitas que a gente precisa discutir enquanto sociedade e trabalhar em cima dessas implicações, né? Exatamente. Porque se elas existem também podem ter maneiras da gente minimizar, talvez. Sim, sim. Exato. Então, eh eh são pontos que a gente precisa olhar enquanto sociedade, né, e todo mundo envolvido, né? Então,
eh, sim, a gente precisa de fato e empurrar pra frente, expandir essa visão de possibilidades, muito boas, então a gente consegue fazer muita coisa que a gente não poderia nem imaginar. Então, assim, pega, sei lá, um cara como Platão e Aristóteles há 2400 anos atrás, tá? O que que esses caras fizeram com livros e assim, sabe Deus, como é que eles se escreviam, tá? Então, a possibilidade que ele tinha de tecnologia naquela época, aidade que a gente tem hoje. Então, o que que um Aristóteles que o Por faria se ele tivesse coisas como YouTube, gravar
vídeos, falar com a população inteira da do planeta Terra, né? Então, o que que ele o que que esse cara leria, o que que tipo de informação ele ele iria buscar, né? Então, e a gente tem muita possibilidade, a gente precisa então eh usar o que tem posição de maneira sábia, certo? E de maneira ética também, tá? Então, existem certos conflitos éticos e tal que a gente precisa discutir isso, né? Eh, para que a gente use da melhor forma possível. Perfeito, cara. Pros próximos 20 anos, 10, 15 anos, 20 anos, que que você acha que
vai ser a principal mudança assim em termos tecnológicos e e descobertas científicas? Eu acho difícil falar e eu acho muito difícil essa questão de prever o que que vai acontecer, porque eu acho que as coisas que realmente impactam muito são aquelas que a gente tá esperando. Verdade. Então, por exemplo, essa questão de agenerativa, eu não tava nem esperando isso aí, né? Mas acho que essa essa é a última coisa ser automatizada, né? É assim, ah, nunca vão substituir os artistas. Exato, né? E de repente você consegue mandar arte para todo lado assim, né? Eh, o
gerar isso no gerar esses dados, essas informações. Eu lembro que quando eu era criança eu sonhava sim em ter um computador que pudesse conversar com ele e tirar dúvidas, né? E aí eu achei que quando eu fui adolescente, achei que aquilo era o Google. Aí de repente vem algo como chatpt que eh, nossa, eu posso falar com ele e obter informação sobre absente qualquer coisa. Isso aí é impressionante, esse negócio maravilhoso, né? Então, eh, o que que vai acontecer nos próximos 20 anos? Ah, olha, eu acho que essas coisas de A vão estar assim muito,
muito externalizadas, então acho que a gente vai ficar conversando com algum robô, um OS pessoal que você vai ter e vai te ajudar a fazer as coisas operacionais. Eh, em termos de, vamos lá, em termos de tecnologia, eu acho que faz 20 anos a gente deve ter computadores quânticos. Eh, vamos lá, talvez não na nossa casa, mas a gente não precisa ter, mas tipo toda faculdade assim ou as vão ter. É, eu acho que no no geral a gente vai acabar indo para um para um para um quant computer as service. Uhum. Então a gente
precisa hoje em dia de já rola isso um pouco, né? Já já. Então a gente vai ter um sistema de criogenia de uma central do mainframe e em algum lugar e a gente interage com esse módulo quântico à distância. Os super contores que eu uso na minha pesquisa são assim já. Então eh eu tava na Alemanha, eu fiz o pardutorado na Alemanha lá, mas o supercodor que eu usava era um super condor na Alemanha e o outro no Rio de Janeiro e tava tudo bem certo? Então eu acho que a gente vai caminhar para para
coisas com computação quântica mais avançada. Eh, eu acho que dinheiro também a gente não deve já tá meio que extinguindo eh dinheiro físico, né? Acho que vai ficar tudo digital assim com coisa como Bitcoin ou então eh de moedas digitais de bancos centrais, uma coisa assim. Eh, mas eu sei, eu eu geral não sou uma boa pessoa que imagina essas coisas que essas essas coisas que eu falei, talvez até nos próximos 10 anos já tenham feitas total, cara, né? Ivan, muito obrigado, cara. Adorei o papo, cara. Foi sensacional. Que bom, cara. Fico muito feliz de
estar aqui. Obrigado pelo pelo convite. Foi um prazer realmente ter esse converso contigo, Luds. Isso, cara. Obrigado você por ter vindo aí. Foi, enfim, um prazer, é uma honra. Obrigado. Legal. Pra galera que quiser te acompanhar, cara, comprar teus livros, qual que é a melhor forma de fazer tudo isso? Tá, eu tô no YouTube e no Instagram, tá? Minha página é @professor. Guilhon, certo? E pros meus livros você consegue encontrá-los na página chamada ww.nivelico.com.br br ou ã em outras editoras que especializadas mais nesse público assim de olimpíadas e e vestibulares de militares, tá? Que é
a editora Zim e o a Vseller. Legal. Vou deixar todos os links aí na descrição, tá pessoal? Então vamos lá, acompanha ele, compra os livros dele. É isso. Obrigado mais uma vez, cara. Valeu, obrigado, gente. Até a próxima e tchau, tchau.