[Música] de maneira geral a gente V que os filósofos eles influem sobre a história né para o bem e para o mal né Eu acho que tem a ver com a ideia de você levar a as luzes da razão a todas as partes né quer dizer no sentido de que você eh não deve submeter à tutela quer dizer outros não deve pensar por você Você deve ter coragem de eh se servir da sua própria razão então ele responde a uma pergunta que foi pela academia de ciências de Berlim Vivemos em uma época esclarecida e ele
responde dizer se femos responder diretamente essa questão a resposta teria que ser não porém se consideros a questão vivemos uma época de esclarecimento nesse caso poderíamos dar uma resposta [Música] afirmativa minoridade e que minoridade é a incapacidade de se servir do seu próprio entendimento sem a tutela de outro e que para isso É Preciso Coragem essa ideia assim assim de que o centro do conhecimento é o aluno quer dizer não mais essa ideia de você enquanto professor vai transmitir um conteúdo o aluno é aquele que não sabe minha primeira pergunta é quais foram as circunstâncias
que cercaram esse texto que data é essa bom para começar do anos depois da publicação da Crítica da Razão Pura né que foi realmente a grande obra do Canto mudou Tod sua perspectiva e da história da filosofia né então um momento que de certa maneira ele tá podendo também se dedicar a outros assuntos né quer dizer havia concluído a obra principal então ele onde a uma pergunta que foi posta pela academia de ciências de Berlim Vivemos em uma época esclarecida e ele responde quer dizer se fôssemos responder diretamente a essa questão a resposta teria que
ser não porém se considerarmos a questão vivemos uma época de esclarecimento nesse caso poderíamos dar uma resposta afirmativa só para situar eu acho que é interessante situar que C nasceu em 1724 né e morreu em 1804 Então esse período já é o período chamado eh crítico quer dizer após a publicação da crítica Razão Pura houve uma mudança significativa no pensamento dele né nessa época já já dentro dessa perspectiva o que neste texto do qual nós estamos falando é reflete essa mudança no pensamento dele o que que é bom eh Por que que a Crítica da
Razão Pura era uma pedra no sapato dele porque impedia el de se dedicar a outros assuntos Quais eram esses assuntos então entre eles a política a história antropologia né e há vários intérpretes que defendem a predominância no pensamento cantiano do eh da Razão prática do primado da Razão prática ou seja da moral quer dizer mas para isso ele precisava antes fazer a Crítica da Razão Então essa é uma das utilidades da Crítica da Razão Pura é que libera né o próprio canto inclusive para poder se dedicar também esses assuntos porque agora os campos estão mais
separados o campo da moral o campo da da teoria no campo da teologia né então e eu eh essa a importância quer dizer um cant livre né um cant já não é solto que tá podendo voltar a se dedicar a assuntos que eventualmente interessam mais esse texto foi publicado num jornal não é isso Inclusive tem um aspecto curioso que eles publicavam os programas das disciplinas deles no jornal porque de certa maneira a afluência ao curso ia garantir né então ele publicava no jornal as pessoas sabiam Essa é a época em que os professores eram remunerados
nas universidades pela afluência de público não é isso as pessoas pagavam pagavam ingresso não é isso sim sim o C já era eh já tinha licença para lecionar desde 1770 quando ele eh publicou uma dissertação acerca do mundo inteligível do mundo sensível e com isso adquiriu a licença para lecionar nas universidades mas isso quer dizer licença Não não garante né então ele tem que eh garantir também a presença do público é função do intelectual eu acredito quer dizer esse texto Eu acredito que ele chama bastante atenção para isso quer dizer o o o uso público
da Razão di você enquanto intelectual se dirigir a um público né e e e inclusive que é uma coisa que hoje ainda eh nós sentimos falta né quer dizer o intelectual acaba se refugiando nas universidades um especialista e que não não tem muito esse contato né então por isso por isso entre outras coisas por isso é importante também esse esse texto resgatar um pouco essa função do intelectual né luí Por que que esse texto é tão famoso ele é um texto que tem 350 anos quase 330 anos po exato e segundo o Michel Foucault Esse
foi o primeiro texto a se dirigir diretamente a um público né a um coletivo né normalmente os autores se dirigiam a um leitor individual né então isso já é uma característica interessante né cant ele mostra com isso maneira ele tá em sintonia com a época dele porque é uma época pré-revolução francesa né quer dizer antecede eh se anos a Revolução Francesa mas já é uma época de fermentação né tanto que a própria palavra revolução ela é citada no texto né quer dizer embora or diga que uma revolução não seria suficiente para mudar digamos assim a
estrutura da sociedade porque é preciso mudar também as mentalidades né ou a mentalidade se não mudar a mentalidade eh não adianta né que aliás é uma posição que ele compartilhava com rousse Rousseau também tinha uma visão eh nesse sentido Apesar de ele ser um dos também dos grandes inspiradores da Revolução Francesa no entanto ele pessoalmente ele tinha uma série de restrições À Revolução ele achava que eh não bastaria ele temia também o as consequências o banhos de sangue que poderiam decorrer de uma de uma revolução né Onde tá a atualidade desse texto por que que
esse texto enfim por que que ele não ele por que que ele permanece né sim porque eh ele se dirige a um público e eu acredito a cada geração porque na medida que ele fala eh é é usar e saber e também tenho coragem de sair da minoridade né quer dizer alcançar a maioridade Então nesse sentido ele tá constantemente se dirigindo aí à gerações que que surgem quer dizer essa ideia de sacudir o o julgo da tutela usar pensar por si mesmo particularmente ele fala para as mulheres né as Eh boa parte ou grande parte
das mulheres ainda se encontra hoje numa situação de tutela tal pela qual el elas mesmas em parte são responsáveis quer dizer todos os menores são em parte responsáveis por essa tutela né então tem um potencial de fato revolucionário ao mesmo tempo que eh Há um respeito pela noção de ordem de lei quer dizer por isso eh esse elogio do Federico I quer dizer você tem que manter a ideia de que é preciso obedecer as leis mas eh isso não significa que você não possa e não deva se manifestar né quer dizer daí a defesa da
Liberdade no primeiro parágrafo ele diz assim que os homens foram libertados há muito pela natureza de toda a tutela alheia o que que ele tá falando se ele tá justamente fazendo um texto em que ele incita dizer as pessoas a se libertarem da tutela alheia que ideia é essa aqui o que que ele do que que ele tá falando e quando ele diz que os homens foram libertados há muito pela natureza de toda tutela aliente eu eu creio que ele referindo a existência da Razão no homem quer dizer que é o diferência dos animais né
então Eh enquanto espécie quer dizer ele tem isso agora individualmente é preciso eh estimular que as pessoas efetivamente eh se utilizem da razão né então acredito que é É nesse sentido que a natureza muito libert quer dizer na medida em que os dotou de razão da capacidade de fazer uso da razão o que não significa que eles usem né tá ele também diz assim nesse primeiro parágrafo tenha a coragem de se servir de teu próprio entendimento Essa é a divisa do esclarecimento sim eh ousa saber essa ideia tem a coragem de de se servir do
seu próprio entendimento ou como você tá dizendo ousar e saber eh o que que isso tem a ver com o movimento do esclarecimento Lu eu acho que tem a ver com a ideia de você levar a as luzes da razão a todas as partes no sentido de que você eh não deve submeter à tutela quer dizer outros não devem pensar por você Você deve ter coragem de eh se servir da sua própria razão né E e essa é a primeira vez que isso é dito na na na história da da da Filosofia na história da
humanidade eu creio que sim nesses termos é é realmente original porque se se a gente comparar com Voltaire com rousse grandes referências iluministas ali né na França eh eles falam do do uso da razão das luzes da razão mas eu acho que em nenhum momento eh Há há poucas vezes há essa referência a ao coletivo um um chamado realmente incitando as pessoas há um antecedente no La boi né que era contemporâneo né do monten e que deixou um texto chamado da servidão voluntária né ah interessante porque ele justamente ele diz ali que a culpa a
responsabilidade pela Servidão é dos próprios homens qu dizer que eles aceitam esse julgo essa saão não não sei dizer em que medida o Kant tinha conhecimento desse texto mas tem uma ideia similar no rousse no no no discurso sobre a origem dos fundamentos da desigualdade entre os homens no primeiro discurso em que ele diz que os homens nasceram Livres mas ass toda parte Acorrentados né então eu acredito que um pouco eh é o espírito da época mesmo quer dizer eh canto realmente ele tá muito afinado com a época dele né mas essa ideia não tá
no no mito da caverna do Platão sim de certa maneira é a ideia de você buscar a verdade a luz do conhecimento sabe quer dizer de fato essa metáfora da luz né e conhecimento já é mais antiga né mas eu acredito que nesse a novidade realmente é é essa é o o alvo público qu ele se dirige pel a primeira vez é um público amplo né Pois é essa essa é uma é um é uma pergunta mesmo que eu ia fazer a você porque ele ele tem tem um parágrafo que começa assim que um público
porém esclareça-se a si mesmo é a é ainda assim possível é até se lhe deixarem a liberdade para praticamente inevitável O que é um público o que que é aquele o que que em 1783 cant quer dizer com com com um público várias vezes no texto isso reaparece cant ele isso nisso também é um pouco contra a sua época ele tem uma concepção do homem muito Universal muito cosmopolita né então ele por exemplo é contra conceito de raças Human acredito que somos somos um um grande todo né Sem divis a as diferenças não chegam Aicar
e divisão em raças né segundo ele contrariamente a outros autores da época que serão bastante deterministas falando da influência do clima sobre o caráter né é isso Eh vai ao encontro da ideia da liberdade de expressão mesmo quer dizer de que que o digamos assim o é eh é evidente que precisamos obedecer as leis ou os governos mas assim tem que ser garantida a liberdade de expressão porque de certa maneira é a a liberdade de expressão que vai eh também sinalizar para o governante o caminho que ele deve seguir quer dizer se ele se o
governante impede isso ele não tem também como eh se aperfeiçoar né então e é preciso que seja deixada essa liberdade ao público e também aí vai uma ideia também eh Iluminista mas também racionalista no sentido de que ou como até mesmo você falou em relação a Platão quer dizer essa ideia do do conhecimento né quer dizer tudo passa pelo conhecimento uma ideia comum ao esclarecimento alemão também né of CL então autores como o Lessing por exemplo que escreve as cartas sobre educação da humanidade né então a ideia de educação Ela é muito forte né então
você tem isso através das letras da da Imprensa né da da divulgação das ideias por escrito você atingindo assim um público mais amplo né uma ideia muito repetida entre professores que a gente tem entrevistado é essa ideia de que a o o vamos dizer assim o sentido da educação ou a ou a missão da educação ou o objetivo da educação é eh dar ao aluno a condição de pensar por si mesmo isso perfeito eh ISO meso essa ideia nasce aqui Luiz pode-se dizer que sim eh a gente pode nasce dessa forma quer dizer relacionado com
educação forma exato um antecedente importante é o Emílio do do roussea né que Aliás era um livro de Cabeceira do cân né do que trata o Emílio O Emílio é um a descrição de um processo educativo eh enfim de um uma criança chamada Emílio né da qual se encarregaria o Rousseau ou o personagem né do livro e então é a descrição desse processo educativo então tem embora tem tem coisas muito avançadas outras é claro que ficaram datadas né certos eh castigos corporais tal que hoje felizmente não não praticamos mas assim há outras noções que merecem
ser resgatadas no Emílio Rosso Mas voltando ao texto do eh e do cant eu acredito que essa ideia assim de assim de que o centro do conhecimento é o aluno quer dizer não mais essa ideia de você enquanto o professor vai transmitir um conteúdo o aluno é aquele que não sabe é claro que Professor Tem sim muita coisa transmitir mas assim deve ser um pouco a partir também da vivência do aluno até para poder despertá-lo né e não é essa ideia essa ideia da uniciencia do professor quer dizer embora eu possa conhecer muito de cant
se falar de rip hop por exemplo não vou saber nada meu aluno vai saber muito mais então acho que é importante essa interação né Uhum Então um ponto muito importante do texto Talvez seja o ponto mais importante não sei você acha isso eh é essa contraposição entre um uso público da razão e um uso privado da Razão depois depois de dizer eh que que o Todos devem eh sair da menoridade e pensar por si próprios fazer uso do do do do entendimento eh como divisa do do esclarecimento é depois depois disso O cant então começa
a discutir essa o uso sobre o uso da razão sim sim tá eh O que que é o uso privado da Razão e o que que é o uso público da Razão sim que diferença é essa que ele faz é o uso privado é aquele uso que se faz por exemplo no exercício de uma função oficial digamos assim como padre como soldado como professor quer dizer eh você não pode eximente sair falando mal da instituição para qual se trabalha né Você também não pode respeitar certas diretrizes e tal enquanto na medida em que você tá
exercendo um cargo oficial porém enquanto intelectual enquanto erudito você pode tem até mesmo o dever de se dirigir a um público Mais amplo a fim de exercer o poder de crítica a liberdade de crítica né quer dizer você tem que poder eh e criticar As instituições seja você um soldado um padre um professor e assim por diante quer dizer que isso é essencial até para o bom funcionamento das instituições que haja essa liberdade agora se houver um conflito eh que você não consiga mais eh gerenciar Então você vai ter que se decidir se as críticas
que você tem eh São eh tão fortes que você não consiga mais conciliar com o exercício da com a função então eh Há um há um um potencial aí nesse sentido para de de de de ruptura né mas assim eh canto preserva bem esse uso privado e esse uso pão que parece uma coisa é necessária de Fato né quer dizer se você enquanto soldado você começa a questionar as ordens no Exercício da função fica difícil agora tem que ser garantido uma Instância em que você possa enquanto intelectual se dirigir a um público mais esclarecido então
Mais amplo Então seria nesse sentido é interessante porque o texto ao mesmo tempo diz que a liberdade que eh eh se houver Liberdade o esclarecimento é inevitável isso ele diz numa mão na outra mão ele diz obedecei e ele diz Eh vamos dizer Esse obedecer dele é muito sincero né Tá apoiado no que Ele tá dizendo no texto sim é essa a ideia do de que deve aver lez quer dizer digamos assim que o ele diz em outro texto eh na ideia de uma história é universal de um ponto de vista cosmopolita que é de
um ou 2 anos depois 1785 ele diz que o homem é o animal que necessita de um senhor que foi uma uma frase que causou muita muita polêmica tal mas o que ele quer dizer com isso O homem é dotado de instinto e de razão nele deveria predominar a razão mas não há nenhuma garantia de que isso aconteça então é é preciso que haja um senhor que haja leis que haja polícia para que garant minimamente esse cumprimento uma coisa que vai nesse nesse mesmo sentido é é a ideia que que tá contida no texto de
que há há uma liberdade eh cujo exercício faz avançar o esclarecimento e há uma e há uma liberdade cuja limitação não entrava o esclarecimento né exato a liberdade [Música] que faz avançar o esclarecimento é eh enfim essa a liberdade o uso público da Razão exato uma liberdade que entravar o esclarecimento seria uma liberdade sem freios em que não haveria respeito às leis à instituições isso seria realmente perigoso do ponto de vista de canto é uma posição legalista canto é um dos antecessores do assim vai influenciar muito por exemplo o Hans Kelsen da teoria pura do
direito né ele escreve metafísica dos costumes que é composto de duas partes Doutrina do direito o Kant o Kant a primeira parte do Doutrina do direito segunda parte doutrina das virtudes até nessa ordem porque uma vi primeiro outra depois isso é indicativo de que é uma certa precedência no C do do direito né porque o homem é ele tem uma inclinação para o mal isso em outro texto quer dizer o fato dos instintos do homem quer dizer eh eh seria muito fortes então isso haveria uma inclinação para o mal né do ponto de vista aí
da individual né nesse sentido ele diz lá no f no no no fundo do texto e no no fim do texto que o que é essencial que o soberano tenha a força né para coibir de alguma maneira a sociedade deve ser nessa é um pouco na linha dos filósofos contratualistas né especialmente Robs né ou embora o não se afine totalmente com Robs num texto dele chega a dar um subtítulo contra robers no entanto eu acho que essa ideia de que tem que haver um soberano um governo eh que mantenha o o público em obediência Isso
parece presente né Isso tá muito presente agora também ao mesmo tempo esse esse conjunto de de de de vamos dizer de de restrições à liberdade que que o vai colocando no texto Ele também me soa quando eu li o texto como uma espécie de eh como se ele tivesse com isso garantindo uma uma um um garantindo uma posição paraa filosofia sem se opor ao governo quer dizer ele tá ele tá colocando não sei se é filosofia os filósofas quer dizer eh El ele tá eh eh falando assim que este este lugar da Liberdade do pensamento
eh não não ofende o governo ou seja tá dizendo governante não não você não precisa se incomodar comigo ele chega a dizer que fazer uso público da razão é a mais inofensiva de todas as liberdad qu dizer ele não tava ali querendo fazer uma não é um compromisso não é uma tentativa de Não claro assim ele não pode esquecer que tem o governante que vai que é o outro leitor dele né que é o governante né é o Frederico né que é por que por sorte era efetivamente um rei esclarecido mas os governantes no século
XVII eh acreditavam com cante que a liberdade de expressão não os ameaçava existia alguma coisa como como hoje Nós pensamos a liberdade de expressão de fato houve os reis esclarecidos assim não não não foi só um mito né Catarina da Rússia o Né o próprio Frederico Frederico I que é que é citado diretamente no texto como alguém esclarecido exato João Frederico io que era o foi sucessor do também não foi esclarecido tanto que chegou a censurar es Cras do cant quer dizer daí a esperança é genuína do Canto de que com o Federico i isso
seria possível daí a resposta dele vivemos uma época de esclarecimento is ao mesmo tempo ele ele o o texto pelo menos duas vezes fala disso que é da natureza humana se dirigir o esclarecimento e é e é da é é é do humano eh pensar livremente quer dizer mas você tá dizendo que ele tinha em relação ao mesmo tempo ele tinha uma posição em relação ao ao aos seres humanos eh não Idealista né eu acho que dá para fazer uma comparação entre Rousseau e cant nesse sentido que eu acho que ajuda a entender o o
Rousseau pode-se dizer que ele era um otimista do ponto de vista antropológico quer dizer do Homem individual o bom selvagem tudo isso mas a natureza cor a civilização corrompe então do ponto de vista da espécie eh Rousseau é pessimista então ele é um otimista do ponto de vista pessimista pon Vista coletivo da espécie Kant é o contrário ele é um pessimista do ponto de vista tanto Pogo individual quer dizer o homem tem uma inclinação para o mal porém é possível vibrar uma esperança do ponto de vista coletivo P né de uma humanidade no futuro da
sua natureza falar num Progresso relativo da humanidade então Que Há certos Marcos ele vai dizer isso num texto posterior à Revolução Francesa o conflito das faculdades Que Há certos Marcos que eh permitem acreditar num Progresso relativo da humanidade um desses macros será a Revolução Francesa porque ela mostra eh a capacidade que tem um povo por seu próprio esforço eh sacudir o julgo da tirania né Então mostra que o que o homem pode ir além Isso é uma uma lembrança um Marco eh no sentido de que suscita entusiasmo eh em relação a a ao futuro da
humanidade há para pode se acresentar um progresso uma esperança de um progresso relativo da humanidade ele não era ingênuo el também né ele não vai dizer que o homem a humanidade caminha para o progresso não em termos absolutos não mas pode falar um progresso relativo da humanidade agora essa ideia de que o o essa ideia do esclarecimento né Essa essa crença numa humanidade que vai em direção à luz vamos dizer assim né O que vai usar a razão e vai usar o conhecimento para o progresso essa ideia no século XX ela ou no século 19
ela começa a ser questionada não é isso sim sim eh por isso que é importante frisar que ele tinha consciência das limitações né dessa crença um Progresso porque a alternativa seria olhar pra história de maneira apenas empírica E aí você veria apenas uma sucessão de banhos de de guerra carnificinas você não veria mudança nenhuma quer dizer é como se fosse uma espécie de de um norte né quer dizer vamos caminhar em direção a paz Perpétua como um como um ex então exato o progresso a criança no progresso ainda que relativo é ponés uma alternativa a
uma visão que de outra maneira cairia no unismo né quer dizer então Eh nada adianta Vamos cuidar dos nossos afazeres porque o homem sempre foi assim alguma não eh devemos ter como uma ideia reguladora um fio condutor da razão e que nos fará progredir né e é interessante que ele fala que eh isso ocorrerá eh independente da vontade individual do homem porque eh faz parte da insociável sociabilidade do homem né quer dizer que ele eh seja obrigado a associar aos outros a fim de satisfazer os próprios interesses quer dizer mesmo sendo egoísta mesmo buscando seus
próprios Inter interesses por ter se associado outros ele vai inevitavelmente contribuir para um progresso né então há uma uma criança efetiva nisso de maneira geral a gente vê que os filósofos eles influem sobre a história né para o bem e para o mal né no caso do Canto aparentemente para o bem então el eles influem porque as ideias têm uma uma elas ganham uma concretude né sim não eles realmente estão eh ocupados em pensar soluções a médio a longo prazo para a humanidade e e tem sido isso tem sido incorporado no nos projetos Nos programas
de partidos políticos em programas de governo né mas hoje a filosofia permanece se ocupando disso sim ou ou é ou é uma característica e eh da filosofia vamos dizer do século XII não ela continua e eu acredito que canto foi importante para isso eh tanto que o os os que hoje pensam essas questões eles se consideram sucessores herdeiros do Canto né eu penso particularmente em rmas né rmas e John Rolls filósofo norte-americano né Que el ambos tem propostas Eh mais ou menos concretas pra sociedade que T se refletido e no aumento de da igualdade social
da justiça social né né questões como maior Participação Popular né A questão da da do da teoria da ação comunicativa quer dizer isso implica você não usar violência nas suas relações com os outros então isso estaria presente por exemplo no orçamento participativo conselho de gestores e experimentos desse tipo então tem contribuído para pensar a teoria democrática contemporânea né e de eh pensar a questão da desigualdade então e qual é o você diz que que RW é um é um é um é um herdeiro de Kant né e ele é o seu assunto não é um
uma das suas um dos filósofos que você estudou estud é uma uma especialidade é E por que que ele é importante o John Rose Ele nasceu em 1921 e faleceu em 2002 e ele foi autor da obra uma teoria da justiça né E que foi o primeiro na época porânea a dedicar a se dedicar ao tema da teoria da justiça né e e ele apresentou uma proposta concreta quer dizer partindo de bases teóricas contratualistas e canta inclusive e ele formulou uma proposta pra nossa época em que ele disse meu objetivo é político não metafísico né
então a ideia de alcançar um um consenso por sobreposição e pensar a questão da justiça social n nossas sociedades e o que é um consenso por sobreposição consenso por sobreposição seria um consenso que passa por cima das Diferenças específicas relativas a doutrinas Gerais né uma corrente ou outra eh eh diferenças que impediriam um acordo Então vamos abrir mão dessas muito específicas para ver se a gente consegue chegar efetivamente ao consenso em torno de coisas menores digamos assim definir um núcleo mínimo de direitos humanos em torno do quais podemos concordar O que que é uma sociedade
injusta o que que poderíamos fazer para torná-las menos injustas quer dizer então ele acredita que a a teoria que ele apresenta ela teria condições de reunir esse esse consenso E por que por que você diz que ele é um que ele é um herdeiro de Kant primeiro essa motivação moral prática n finalidade prática né Eh no sentido de que o Kant disse certa vez que ele não se não se consideraria eh mais importante que o mais humilde faxineiro a não ser pelo fato que ele acha que pode dar uma contribuição maior escrevendo do que vendo
n ruas então isso mostra um pouco a postura né e eh rws da mesma maneira quer dizer o Ah o filósofo político é um entre outros o cientista político economista e tal que pode contribuir para a melhoria da sociedade e por que que ele opõe o que o que ele faz nessa frase que você citou do Roll há pouco a metafísica fsica O que é a metafísica sim a metafísica seria você continuar discutindo eh sobre a questão dos fundamentos buscando uma verdade última enquanto não se chegar a verdade definição do que é justiça do que
é igualdade então não se pode seguir em frente não eu não tô preocupado em chegar aos fundamentos últimos se essa ideia for aceita para mim tá bom quer dizer ele não quer uma aceitação última epistemológica não se for aceita já tá bom para mim então muito prag nesse sentido é muito despojado e a e a que filósofos que filósofos estão nessa categoria metafísicos eu creio que el que ele tá dialogando n sim eu creio que ele aí foi uma polêmica que ele teve com o ras né embora o RM também tem preocupações práticas em determinado
momento o rmas cobrava do Rolls uma fundamentação epistemológico maior que diria ele disse que o Rolls confundia a a com a aceitabilidade né em resposta a isso R diria não eu não tô de fato querendo uma aceitabilidade último se for aceito tá ótimo né então isso contrap mas isso não quer dizer que que R seja metafísico né ele tá querendo que a dele a preocupação principal dele não é metafísica mas é política é prática né se você fosse destacar uma única coisa no texto do c a mais atual qual você acha que é tem a
coragem de te servir do teu próprio entendimento