Pai milionário contrata babá sem conhecer. Quando ele a vê, o tempo para. Antes de continuar, já se inscreva no canal, deixe seu like e nos conte nos comentários de onde você está acompanhando.
Uma frase simples que mudou a vida de Eduardo para sempre. Uma única noite, uma porta aberta e o mundo dele virou de cabeça para baixo. Ele não fazia ideia de que ao contratar a nova babá para sua filha acabaria encarando um fantasma do passado, um amor interrompido por segredos e pelas pressões de sua própria família.
Eduardo, um empresário milionário e viúvo, vivia em uma mansão imponente nos arredores de Campos do Jordão, mas o vazio deixado pela esposa era preenchido apenas com o som das risadas de sua filha, Alice, de 6 anos. Ela era sua alegria, seu tudo. E por isso, quando as últimas babás falharam, ele deixou a tarefa nas mãos de sua assistente.
Disse apenas: "Contrate alguém responsável. Qualquer uma que esteja disponível, só não me envolva com detalhes. " A tarde foi longa e repleta de reuniões, e sequer notou o momento em que a nova babá chegou.
Alice parecia feliz ao ouvir que teria companhia para brincar e aprender. E Eduardo suspirou aliviado. Quando a noite caiu e a casa mergulhou no silêncio, ele resolveu, como fazia todas as noites, dar um beijo de boa noite na filha.
Subiu as escadas em passos lentos, abriu a porta do quarto e o tempo congelou. Ali, sentada na poltrona, com um livro aberto no colo e a voz suave embalando Alice para dormir, estava Isabela. Isabela, a mulher que Eduardo amou intensamente na juventude, mas que fora arrancada de sua vida por imposições e mentiras.
O choque foi tão profundo que ele precisou apoiar-se na porta para não cair. As memórias de um passado repleto de beijos roubados, juras sussurradas ao pé do ouvido e uma dor que nunca cicatrizou, invadiram seu peito como uma tempestade. Eduardo permaneceu na porta do quarto, o peito ofegante e a mente lutando contra o turbilhão de lembranças que desabavam sobre ele.
Por um instante, foi como se o mundo tivesse parado. E tudo o que existia era aquela mulher sentada na poltrona com o rosto iluminado suavemente pela luz do abajur, Isabela. O nome ressoava em sua mente como um sussurro abafado, um eco que se recusava a desaparecer.
Ela olhou para ele com um leve sobressalto, mas manteve a compostura. A surpresa estava nos olhos dela, mas havia também algo mais. algo profundo e contido, um sentimento que ele conhecia muito bem.
Alice, alheia a atenção que tomava o ar do quarto, sorriu ao ver o pai na porta. "Papai, essa é a tia Isa", disse com uma voz doce e inocente, completamente inconsciente do impacto de suas palavras. Eduardo forçou um sorriso trêmulo, tentando disfarçar a confusão e o peso de emoções que o dominavam.
Sim, filha, tia Isa. Ele fechou a porta lentamente, saindo do quarto com os ombros pesados. Os corredores da casa pareciam mais frios e distantes enquanto ele descia as escadas.
Sentou-se na sala, apoiando os cotovelos nos joelhos e enterrando o rosto nas mãos. O que Isabela fazia ali? Como o destino a havia trazido de volta depois de tantos anos?
Lembrou-se das palavras duras da mãe, da pressão para que se casasse com alguém da mesma classe social, da forma como fora arrancado daquela paixão avaçaladora, como se o amor entre eles não passasse de um capricho juvenil. Mas não era, nunca fora. No dia seguinte, Eduardo acordou cedo, o peso do passado ainda sobre os ombros.
decidiu que precisava falar com ela, esclarecer tudo antes que a situação fugisse do controle. Encontrou Isabela na cozinha preparando o café da manhã de Alice. Ela usava um avental simples e um vestido discreto, mas mesmo naquela simplicidade havia uma elegância natural que ele sempre admirou.
Ela se virou ao notar a presença dele e segurou firme a xícara nas mãos. Eduardo! Ela disse, baixando o tom da voz, como se temesse que a própria menção do nome dele pudesse romper o equilíbrio do momento.
"Por que você está aqui? ", ele perguntou a voz rouca, carregada de um misto de incredulidade e raiva mal contida. Isabela respirou fundo.
Eu não sabia que era você. A assistente me ligou, disse que a vaga estava disponível. Eu precisava do emprego.
Você podia ter recusado. Ele rebateu, dando um passo à frente, sem perceber que sua voz tremia mais do que gostaria. Recusado, ela o encarou com um olhar firme, mas havia um brilho de tristeza nos olhos dela.
Você acha que eu tenho o luxo de recusar um trabalho? Depois de tudo que aconteceu, eu perdi meu filho, Eduardo. Meu marido morreu e eu eu fiquei sozinha.
Precisei recomeçar do zero. Essas palavras o atingiram como um golpe no estômago. Ele não sabia.
Nunca soubera que Isabela havia perdido tanto. O pensamento do filho que ela perdera fez algo dentro dele se partir. Ele se aproximou devagar, tentando encontrar as palavras certas.
Eu eu não sabia", murmurou. Sinto muito. Isabela sentiu desviando o olhar.
A vida nem sempre nos dá escolhas, Eduardo. Eu não escolhi estar aqui assim, mas talvez, talvez a vida tenha me trazido de volta, porque ainda temos algo para resolver. Eli apareceu na porta da cozinha, esfregando os olhos sonolentos.
Tia Isa, papai, o café está pronto? A vozinha dela quebrou o clima pesado e trouxe um sorriso leve aos lábios de Isabela. Eduardo se afastou envergonhado, enquanto Isabela se aproximava da menina e a guiava até a mesa.
Durante o café, Eduardo observou as duas com um sentimento misto de admiração e um desejo doloroso de recuperar o tempo perdido. Alice parecia já ter criado um vínculo profundo com Isabela. Algo que ele jamais imaginou ser possível em tão pouco tempo.
Era como se aquela mulher que um dia ocupara o centro do seu mundo, agora estivesse preenchendo o vazio que existia na vida da filha. Depois que Alice foi para a escola, Eduardo pediu que Isabela ficasse para conversarem. No jardim silencioso da casa, com as folhas dançando ao vento, eles se sentaram em um banco de madeira, sob a sombra de uma árvore.
Ele a olhou nos olhos, buscando alguma centelha da mulher que ele amara com tanta intensidade. "Você nunca me esqueceu, não é? ", ele perguntou, a voz mais suave, quase um sussurro.
Isabela mordeu o lábio inferior, hesitante. "Não, nunca. " "E?
" Eduardo suspirou, sentindo o peso da resposta antes mesmo de dizê-la: "Eu me casei, tive minha filha, mas a verdade é que nunca consegui tirar você da minha mente ou do meu coração. " Isabela desviou o olhar para o céu, onde as nuvens se moviam lentamente, como se também estivessem à espera daquela confissão. Gente sido tão felizes, Eduardo, mas as escolhas dos outros nos separaram.
"Talvez seja a hora de fazermos nossas próprias escolhas agora", ele disse com um brilho de esperança nos olhos. Isabela o fitou por um momento longo, os olhos marejados, mas sem lágrimas. Eu não sei se consigo passar por tudo de novo.
Eu também não sei. Eduardo respondeu, estendendo a mão para segurar a dela. Mas acho que podemos tentar por nós e por Alice.
O silêncio entre eles foi preenchido apenas pelo som das folhas ao vento e pelo bater dos corações que, mesmo separados por anos e por dores, ainda pulsavam no mesmo ritmo. Eduardo sentiu o peso daquela conversa acompanhá-lo enquanto voltava para dentro de casa. E Isabela, ao seu lado, permaneceu em silêncio, caminhando devagar, como se cada passo fosse uma memória viva que revivia dentro dela.
Eles haviam exposto suas dores, mas algo ainda pairava entre eles. Um espaço preenchido por histórias não contadas e cicatrizes invisíveis. No restante do dia, Eduardo ficou recluso em seu escritório, a mente perturbada.
O som distante da risada de Alice com Isabela ecoava pelos corredores, criando uma dissonância estranha entre a rotina infantil e a tempestade emocional que ele enfrentava. Tentou se concentrar nos documentos sobre a mesa, mas as palavras dançavam diante de seus olhos. O rosto de Isabela surgia entre as linhas, os olhos dela carregados de tristeza e coragem.
No fim da tarde, o sol lançava um tom dourado pelos vitrais da sala de estar. Eduardo encontrou Isabela organizando os brinquedos de Alice, que havia saído para um passeio com a vizinha. Ele se aproximou, a respiração presa no peito.
Isabela, precisamos conversar sobre tudo. Ela o olhou com um leve tremor nos lábios, mas a sentiu. Sentaram-se lado a lado no sofá, onde os vestígios da infância de Alice, bonecas, livros e lápis coloridos, contrastavam com atenção entre eles.
Quando você foi embora, eu me senti como se tivesse sido arrancado do mundo", começou Eduardo a voz baixa. Me disseram que você não queria mais saber de mim, que havia seguido em frente, que era melhor assim. Eu acreditei porque era o que minha mãe dizia e eu era jovem, covarde, incapaz de enfrentar o que me diziam.
Isabela respirou fundo, os olhos marejados. Eles me deram escolha nenhuma, Eduardo. Um dia, meu pai chegou em casa furioso, com a carta da sua mãe na mão, dizendo que eu era uma vergonha, que devia sumir da sua vida.
Disseram que se eu não fosse embora, fariam de tudo para arruinar a minha família. Eu fui forçada a desaparecer e eu sofri cada segundo dessa ausência. A confissão de Isabela caiu como uma lâmina fria sobre Eduardo.
Ele sentiu o peito se apertar. como se um peso invisível esmagasse suas costelas. E você nunca tentou me procurar?
Você já era casado quando eu pensei em voltar", murmurou ela, os olhos fixos nos próprios dedos entrelaçados. "Eu tinha perdido o direito de bagunçar sua vida outra vez. Depois conheci meu marido.
Ele foi bom para mim. No começo, tivemos um filho, mas a vida não foi generosa. " Eduardo fechou os olhos.
imaginando as dores que ela havia suportado. Seu filho, você disse que o perdeu. O que aconteceu?
Ela hesitou como se as palavras fossem pedras que pesavam demais para serem ditas. Ele tinha uma doença rara. lutou bravamente, mas não resistiu.
Quando ele partiu, foi como se o pouco de força que eu ainda tinha se esvaísse. Meu marido não suportou a dor e acabou se perdendo no álcool, um acidente. E eu fiquei sozinha, sem marido, sem filho, sem mais nada.
Tive que recolher na voz dela através virou do que podia uma flecha. Ele nunca soubera da extensão do sofrimento de Isabela. Vê-la ali sentada com dignidade, tentando reerguer a vida para continuar em frente, era algo que partia seu coração.
Alice entrou na sala correndo, interrompendo a conversa, pulou no colo de Isabela, abraçando-a com força. Tia Isa, a gente vai brincar mais tarde, né? Isabela sorriu passando a mão nos cabelos da menina.
Claro que vamos, meu amor. Eduardo observou a cena com um nó na garganta. Era impossível ignorar a forma como Alice se sentia segura nos braços de Isabela, como se aquele afeto preenchesse um vazio que nenhuma babá antes havia sido capaz de tocar.
Talvez, sem perceber, Isabela já tivesse se tornado parte daquela família, mesmo sem ter intenção. Mais tarde, após Alice dormir, Eduardo a chamou no jardim novamente. As luzes da casa iluminavam os contornos suaves do rosto dela, e a brisa noturna fazia os cabelos dela dançarem levemente.
"Eu sei que é injusto pedir isso", disse ele com a voz rouca. "Mas não vá embora. Alice precisa de você".
E eu também não quero perder você de novo. Isabela o fitou, o olhar marejado, mas firme. Eduardo, eu não sei se consigo.
Não sei se tenho forças para abrir meu coração e me permitir sonhar outra vez. Eu não vou desistir dessa vez", ele disse, aproximando-se, "Nem de você, nem da chance de sermos felizes. Não importa o que os outros pensem, não importa o que aconteceu antes.
" Ela respirou fundo, sentindo o peso daquela promessa. E por um breve instante, Eduardo viu nos olhos dela um brilho, talvez de esperança, talvez de medo, mas definitivamente um reflexo do amor que um dia os unira e que agora, mesmo ferido e fragmentado, ainda existia entre eles. O silêncio entre Eduardo e Isabela se prolongou, como se ambos tivessem medo de dizer algo que pudesse quebrar o fio tênue que os mantinha conectados.
A brisa noturna passava por eles, balançando as folhas das árvores no jardim da mansão. E, por um instante, tudo parecia suspenso, como se o tempo houvesse parado só para os dois. "Você se lembra da noite em que nos despedimos?
", Isabela perguntou quase num sussurro. Eduardo sentiu o peito apertar, a lembrança surgindo como um relâmpago doloroso. Lembro, eu estava na porta da sua casa e você me pediu para esquecer.
Diz que era o melhor para todos, mas eu nunca entendi porquê. Eu não podia dizer a verdade. Ela respondeu a voz embargada.
Minha família estava sendo ameaçada, Eduardo. A sua mãe, ela me disse que se eu não saísse da sua vida, usaria todo o poder dela para arruinar meu pai. Eu estava desesperada, não podia permitir que todos sofressem por minha causa.
Eduardo levou a mão à boca, como se tentasse conter a indignação que lhe subia à garganta. Minha mãe fez isso. Ela destruiu tudo, nos separou como se fôssemos peças em um tabuleiro.
Isabela assentiu levemente. Eu queria te contar, mas tinha medo. E depois, com o tempo, achei que você tinha seguido em frente, construído sua vida.
Eu não tinha o direito de voltar e bagunçar tudo de novo. Eu nunca seguia em frente de verdade. Ele confessou a voz rouca e carregada de dor.
Mesmo quando me casei, mesmo quando a Alice nasceu, sempre houve um espaço vazio dentro de mim. Eu tentava preencher com a rotina, com o trabalho, com a vida que me impuseram, mas nunca consegui esquecer você. Os olhos de Isabela se encheram de lágrimas que ela tentou conter sem sucesso.
Eu também nunca te esquecia, Eduardo. Cada aniversário, cada momento importante. Eu sempre me perguntava como teria sido se as coisas tivessem sido diferentes, se tivéssemos tido coragem de enfrentar tudo juntos.
Alice apareceu na porta da varanda sonolenta e esfregando os olhos. Papai, tia Isa, está tudo bem? Eduardo respirou fundo, tentando recompor expressão antes de se agachar diante da filha.
Está sim, meu amor. Pode voltar para a cama. A menina hesitou, lançando um olhar preocupado para Isabela antes de se virar e voltar para o quarto.
Eduardo e Isabela se entreolharam, o peso do que precisavam decidir pairando entre eles. Na manhã seguinte, Eduardo recebeu uma ligação inesperada. era sua mãe dizendo que precisava conversar.
Ele já sabia qual seria o tom da conversa e sentiu o estômago se revirar. Mesmo assim, marcou um encontro com ela para o final do dia. Durante a tarde, Isabela cuidou de Alice, ajudando a menina com a lição de casa e brincando no jardim.
Eduardo as observava de longe, sentindo o coração apertar. Vê-las juntas era como assistir a um capítulo perdido da sua vida, um que ele nunca teve a chance de viver. O carinho e a paciência de Isabela com Alice eram naturais, como se ela sempre tivesse feito parte daquela rotina.
Quando chegou o momento, Eduardo se arrumou e foi ao encontro da mãe. Ela o recebeu em sua casa com a mesma frieza habitual e ele percebeu que mesmo após todos esses anos, pouco havia mudado. "Eduardo, espero que você não esteja considerando algo tolo com aquela mulher.
" Ela disse a voz dura e cheia de desprezo. Isabela é do tipo que se aproveita da situação. Sempre foi assim.
Ele a encarou. firme. A senhora não sabe de nada.
Ela não me procurou, não pediu nada. Pelo contrário, está aqui porque eu a contratei sem saber quem era. E agora vejo que ela é muito mais do que qualquer uma dessas pessoas com quem a senhora gostaria que eu me casasse.
A mãe dele ficou vermelha, apertando os lábios. Você vai manchar o nome da família por causa dessa mulher? Eu não ligo pro nome da família, mãe", disse Eduardo com uma determinação que surpreendeu até a si mesmo.
Cansei de viver uma vida onde o que importa é o que os outros pensam. Eu só quero ser feliz. E Isabela, ela é minha chance de ser feliz de verdade.
Deixou a casa da mãe com o coração leve pela primeira vez em anos. Quando chegou em casa, encontrou Isabela sentada na sala com Alice adormecida ao seu lado. Ela o olhou com uma expressão de quem sabia que algo havia mudado.
"Você foi falar com ela? ", perguntou num sussurro. Eduardo se aproximou, acariciando os cabelos de Alice e depois tomando a mão de Isabela entre as suas.
Fui e deixei bem claro que desta vez ninguém vai nos separar, nem ela, nem ninguém. Isabela respirou fundo, os olhos marejados. Pela primeira vez desde o reencontro, permitiu-se encostar a cabeça no ombro dele, como se finalmente baixasse as defesas e aceitasse o que o destino lhes oferecia.
E ali, com a filha adormecida entre eles, Eduardo e Isabela souberam que o passado ainda os prendia, mas que talvez, a partir daquele instante eles poderiam começar a construir algo novo. No dia seguinte, Eduardo acordou mais cedo do que o habitual. A luz tênue da manhã atravessava as janelas, lançando sombras suaves sobre o quarto ainda silencioso.
Por um breve momento, ele ficou ali deitado, observando o teto, com o peito pesado e a mente cheia de pensamentos que se atropelavam. Isabela havia dormido em um dos quartos de hóspedes por insistência de Alice, e a presença dela na casa fazia com que tudo parecesse diferente. Desceu as escadas devagar, encontrando a cozinha silenciosa e arrumada.
O aroma de café fresco preenchia o ambiente. Quando ele se virou, Isabela estava ali parada à porta com uma xícara na mão. O olhar dela eraitante, mas havia um brilho de determinação que ele reconheceu.
"Você acordou cedo", ela disse com um sorriso tímido. "Não consegui dormir direito, Eduardo" respondeu, aproximando-se. Ainda estou tentando processar tudo.
A história que nos separou, minha mãe, a Alice, nós dois. Isabela abaixou o olhar como se estivesse segurando algo dentro de si. Eu pensei muito essa noite, Eduardo.
Sei que você quer lutar, mas tenho medo. Não por mim, mas pela Alice. Não quero que ela sofra por algo que não tem culpa.
Ele respirou fundo, apoiando-se na bancada. Eu sei, mas a única forma de protegê-la é sermos verdadeiros. Eu não posso mais viver escondendo o que sinto.
Não quero perder essa chance. Antes que pudessem continuar, a campainha da casa tocou. Ambos se entreolharam tensos.
Eduardo foi até a porta e, ao abrir, encontrou sua mãe, acompanhada por um homem alto e de expressão fria. A presença dela ali, inesperada e repentina, fez o sangue dele gelar. Bom dia, Eduardo", disse a mãe entrando sem esperar convite.
"Precisamos conversar agora". Isabela, que havia se aproximado discretamente, parou à distância, observando com cautela. A mãe de Eduardo lançou um olhar cortante para ela.
"Vejo que ainda está aqui. Isso precisa parar. " Eduardo cruzou os braços, tentando manter a calma.
"Você veio até a minha casa para isso? para continuar com as ameaças veladas. Eu vim porque estou pensando no futuro da nossa família, no nome que você carrega.
Essa mulher não faz parte desse mundo. E quanto mais cedo você aceitar isso, melhor para todos, rebateu a mãe com a voz fria e autoritária. Eu não ligo mais para o nome da família, mãe.
Cansei disso disse ele com a voz firme. Não vou abrir mão da minha felicidade por causa de convenções ou orgulho. Você não está pensando com a razão?
Ela retrucou, dando um passo à frente. Está arriscando o futuro da Alice, colocando sua filha no meio dessa confusão. Quer que ela cresça ouvindo coxichos, sendo alvo de comentários maldosos?
É isso que quer para sua filha? As palavras da mãe atingiram Eduardo, mas ele manteve a postura. Antes que pudesse responder, Alice apareceu na sala, ainda de pijama e com os cabelos bagunçados.
"Mamãe! ", perguntou, olhando para a avó e para o pai com confusão. A tensão se dissolveu momentaneamente diante da inocência da menina.
Eduardo se agachou, chamando-a com um sorriso. Está tudo bem, minha princesa. Vai brincar com seus brinquedos no quarto que já vamos.
Alice obedeceu, embora lançasse um olhar curioso para a avó. Quando a menina desapareceu, Eduardo voltou a encarar a mãe. Eu não vou ceder, nem pela sua pressão, nem pelo medo.
Isabela é parte da nossa vida agora e você vai ter que aceitar isso. A mãe dele bufou, visivelmente irritada. Se você insiste em se enterrar nessa decisão, que seja, mas não espere que eu fique para ver o desastre acontecer.
E saiu da casa com o acompanhante, batendo a porta atrás de si. Isabela se aproximou lentamente, a expressão tomada por uma mistura de alívio e apreensão. Eduardo, você enfrentou tudo isso por mim, por você, por nós e pela Alice.
Ele disse tomando as mãos dela. Eu não vou mais deixar que ninguém decida a nossa história. Chega de medo, chega de viver pelas expectativas dos outros.
A única coisa que importa é o que nós sentimos e o que queremos construir. As lágrimas surgiram nos olhos de Isabela, que deixou a cabeça recostar no peito dele. "Eu tenho tanto medo de que algo ainda nos separe.
" "Não vai acontecer", Eduardo murmurou, envolvendo-a num abraço firme. "Eu prometo. " O som de Alice, rindo ao longe, na companhia de seus brinquedos, trouxe um calor inesperado para aquele momento.
Eduardo sabia que a decisão que tomara não seria fácil, que o caminho à frente seria cheio de desafios, mas também sabia que, pela primeira vez em anos, estava disposto a lutar. E ao sentir o corpo de Isabela contra o seu, percebeu que aquela luta não era apenas por amor, mas por uma chance real de felicidade para ele, para Isabela e sobretudo para Alice. O final da tarde trouxe um ar mais leve para a casa.
Alice brincava no jardim com seus brinquedos, alheia ao turbilhão que havia acontecido horas antes. Eduardo observava a filha de longe, as mãos nos bolsos. O coração ainda acelerado.
As palavras de sua mãe ecoavam em sua mente, mas pela primeira vez ele sentia que tinha encontrado um caminho verdadeiro. Não queria mais ser o homem que cedia as expectativas alheias, que escondia seus sentimentos, que desistia de si mesmo por medo. No interior da casa, Isabela arrumava os livros que Alice havia deixado espalhados pelo chão da sala.
Ela se movia com uma delicadeza quase distraída, mas seus pensamentos estavam longe. Eduardo entrou e ficou observando por um momento, sentindo um calor familiar no peito, algo que há anos parecia distante. "Você não precisa arrumar isso", disse ele, aproximando-se.
Isabela virou-se devagar com um sorriso suave, mas carregado de cansaço. Eu sei, mas me ajuda a não pensar tanto. Eduardo respirou fundo e a tomou pela mão.
Eu queria que essa noite fosse diferente. Não quero mais viver com medo, Isabela. Não quero que Alice cresça sem saber o que significa lutar pelo que é certo.
Quero mostrar a ela que o amor verdadeiro existe e que vale a pena lutar. Ela o fitou, os olhos brilhando com uma emoção contida. E se não der certo, Eduardo?
E se tudo desabar de novo? Então pelo menos teremos tentado? " Ele respondeu, apertando levemente os dedos dela.
Eu vou organizar um jantar aqui hoje mesmo, só nós três. Quero mostrar a você e a Alice que essa casa pode ser um lar de verdade. Chega de fantasmas, chega de portas fechadas.
Só nós e o que importa. Isabela hesitou por um segundo, mas a determinação nos olhos dele foi suficiente para convencê-la. "Está bem", murmurou.
As horas seguintes foram tomadas por uma movimentação silenciosa. Eduardo pediu ajuda à equipe da casa para preparar um jantar simples, mas especial. Colocaram luzes suaves no jardim, espalharam velas pelas mesas e escolheram uma playlist de música brasileira suave, com canções que lembravam a juventude deles.
Quando Alice viu a transformação, os olhos dela brilharam de alegria. "Papai, vai ter festa? " "Não é bem uma festa, meu amor.
" Eduardo explicou com um sorriso. "Mas vai ser uma noite especial, uma noite só nossa". Isabela surgiu usando um vestido azul claro que realçava a leveza dos movimentos dela.
Por um instante, Eduardo se viu transportado para os tempos em que havia assim tão radiante antes de tudo ruir. Ela parou a entrada do jardim hesitante, mas o sorriso tímido de Alice a fez relaxar. O jantar começou com conversas leves, risadas de Alice e lembranças partilhadas em tom quase sussurrado.
A cada prato servido, a tensão se dissolvia um pouco mais e o que restava era uma clicidade que resistira ao tempo e às adversidades. Quando Alice, já sonenta, foi levada para o quarto por uma das funcionárias, Eduardo se levantou, estendeu a mão para Isabela e a conduziu até o centro do jardim, onde as luzes suaves criavam um ambiente íntimo. "Você lembra da música que costumávamos ouvir juntos?
", ele perguntou, baixando o tom da voz. Isabela sorriu com os olhos marejados. Lembro.
Claro. Ele fez um gesto para que a música começasse e os primeiros acordes preencheram o ar. colocou as mãos na cintura dela e a puxou devagar, começando um passo tímido de dança.
Isabela hesitou por um momento, mas logo se deixou levar, os movimentos se encaixando como se os anos não tivessem passado. Enquanto dançavam, Eduardo encostou a testa na dela, sentindo o cheiro familiar dos cabelos dela, o calor do toque que nunca havia esquecido. Eu não quero mais te perder", murmurou.
Quero você aqui com a gente. Quero construir uma vida nova, deixar o passado para trás e começar algo verdadeiro. Só nós três.
Isabela respirou fundo, fechando os olhos. As lágrimas rolaram silenciosas por seu rosto, mas desta vez não eram de tristeza, sim de alívio. "Eu também quero, Eduardo.
Eu sempre quis". Ele a beijou suavemente. Um beijo que carregava anos de dor, saudade e promessas não cumpridas.
Quando se afastaram, ela sorriu e, pela primeira vez em muito tempo, havia luz e esperança naquele sorriso. Na varanda, Alice, que havia voltado sorrateiramente, observava os pais com um brilho de alegria nos olhos. Eduardo a viu e abriu os braços.
Vem, meu amor. A menina correu até eles, abraçando os dois com força. E ali, sob o céu, estrelado e envoltos por uma música suave, eles formaram um abraço apertado, como um círculo que finalmente se fechava.
Eduardo sentiu pela primeira vez em anos que o lar tanto procurava não era um lugar físico ou um nome de família, mas sim aqueles dois braços, um amor reencontrado e uma filha amada. Nos dias que se seguiram, a rotina na casa de Eduardo foi se moldando de forma mais leve e cheia de vida. O jardim, que antes parecia um espaço esquecido e sem cor, agora era um cenário onde Alice corria despreocupada com Isabela, sempre por perto, cuidando para que os passos da menina fossem seguros e livres.
Eduardo, sempre que podia, deixava os compromissos de lado para observar aquela cena, sentindo o peito aquecido pela paz inesperada que tomava conta da casa. As noites passaram a ser mais calmas. Não havia mais o silêncio tenso das conversas interrompidas ou das lembranças dolorosas.
O jantar era compartilhado entre os três, com risadas espontâneas de Alice e olhares cúmplices entre Eduardo e Isabela. Às vezes ele se pegava admirando a maneira como ela escutava atentamente a filha ou como se preocupava em preparar pequenas surpresas para a menina, como um doce caseiro ou uma história inventada antes de dormir. Certa noite, após colocar Alice para dormir, Eduardo encontrou Isabela no jardim, sentada no banco sob a árvore onde haviam conversado naqueles primeiros dias.
Ele se aproximou devagar, sentando-se ao lado dela. A brisa fresca da noite tocava os cabelos dela e as pequenas luzes no jardim criavam um brilho suave ao redor. "Você está linda hoje", ele murmurou pegando a mão dela.
Isabela riu baixinho, encostando a cabeça no ombro dele. Acho que é o efeito da paz. Faz tempo que eu não sentia isso.
Eduardo passou os dedos pelos cabelos dela, pensativo. Eu também. E acho que nunca pensei que a paz poderia vir assim, tão simples e ao mesmo tempo tão cheia de significado.
Ela levantou o rosto, os olhos brilhando sob a luz suave. Você acredita mesmo que podemos ser felizes, Eduardo? Depois de tudo, eu não tenho mais dúvidas.
Ele disse firme: "Eu vejo você e a Alice juntos e percebo que é isso que sempre procurei. Um lar, uma família, não uma fachada para agradar a sociedade ou cumprir expectativas, só algo verdadeiro. " Isabela sorriu, segurando o rosto dele com as duas mãos.
Eu também quero isso para mim, para você e para a nossa menina. Na manhã seguinte, Eduardo preparou uma surpresa, pediu a Isabela que vestisse algo confortável e levou os dois para um piquenique no parque, um espaço arborizado e repleto de flores, onde ali se poderia correr livremente. O céu estava claro e a luz do sol dançava pelas folhas árvores, criando um ambiente quase mágico.
Tenderam uma toalha sob uma árvore frondosa. Abriram cestas de frutas, sanduíches e sucos preparados especialmente para o momento. Alice corria de um lado para o outro, rindo, enquanto Eduardo e Isabela a observavam, deitados lado a lado sobre a toalha.
"Quando foi a última vez que você fez algo assim? ", Eduardo perguntou com um sorriso preguiçoso. Nem me lembro, ela respondeu rindo baixinho.
Talvez quando eu era criança, pois vamos repetir sempre que possível, ele prometeu, entrelaçando os dedos com os dela. A tarde foi preenchida com brincadeiras, histórias contadas sob a sombra da árvore e risos que pareciam afastar todos os fantasmas do passado. cansada adormeceu no colo de Isabela, que assegurou com o carinho de uma mãe.
Eduardo se aproximou, passando o braço em volta das duas. Ela te ama como se você sempre tivesse estado aqui. Ele disse, a voz carregada de emoção.
Eu também a amo! Isabela sussurrou beijando os cabelos da menina. Ao voltarem para casa, já ao entardecer, Eduardo sentiu algo mudar dentro dele, uma coragem que há muito não conhecia.
Levou Isabela para a sala, sentou-se com ela no sofá e segurou as mãos dela com firmeza. Isabela, eu quero mais do que essa rotina leve e confortável. Quero que você fique, mas não mais como babá.
Quero que seja parte da nossa vida de forma completa. Quero construir um futuro com você. Quero que seja minha companheira, minha parceira, a mãe que Alice sempre precisou.
Os olhos dela se encheram de lágrimas, mas desta vez eram lágrimas de felicidade. Você tem certeza, Eduardo? De verdade?
Tenho. Nunca estive tão certo de algo na minha vida. Ele respondeu a voz carregada de convicção.
Eu te amo não só pelo que fomos, mas pelo que podemos ser agora juntos. Eu escolho você. Isabela se jogou nos braços dele, o abraço apertado, o coração disparado.
Quando se afastaram, ela segurou o rosto dele entre as mãos e sorriu com os olhos marejados. Eu também te escolho, Eduardo, por mim, por você e pela nossa menina. Naquela noite, enquanto Alice dormia tranquila no quarto, eles ficaram juntos na varanda, olhando o céu estrelado de mãos dadas.
O passado ainda era parte deles, mas o presente começava a ser escrito com promessas de amor, esperança e um futuro construído a partir de tudo o que haviam superado. Os dias foram passando e a casa de Eduardo, antes um lugar marcado pelo silêncio e pela distância, se transformou em um verdadeiro lar. Os risos de Alice preenchiam os cômodos, misturados às conversas despreocupadas e aos momentos de carinho entre Eduardo e Isabela.
Cada manhã parecia trazer uma nova oportunidade para reconstruir aquilo que o tempo e as escolhas passadas haviam destruído. Alice, agora mais confiante e feliz, chamava Isabela de mãe, sem que ninguém precisasse explicar ou corrigir. Era natural.
espontâneo, como se a menina soubesse desde sempre o papel que aquela mulher tinha em sua vida. Eduardo observava essas interações com um orgulho silencioso, reconhecendo que finalmente tinha encontrado a família com a qual sempre sonhara. Certa tarde, ele preparou uma surpresa que vinha planejando há dias.
levou Isabela e Alice para uma pequena pousada na serra, longe da rotina e das preocupações do mundo. O lugar era simples, mas cheio de charme, com chalés de madeira rodeados por um jardim florido e uma vista deslumbrante das montanhas. Enquanto Alice corria pelo gramado com outras crianças da pousada, Eduardo chamou Isabela para um passeio pelo bosque próximo.
caminharam lado a lado, mãos entrelaçadas, respirando o ar fresco e observando o sol que filtrava seus raios dourados pelas folhas. O chão coberto de folhas secas rangia suavemente sobes. "Eu me lembro da primeira vez que sonhei com uma vida assim", disse Eduardo com a voz baixa.
"Era com você, sabia? Mesmo quando éramos jovens, eu já sabia que queria uma vida simples, tranquila, ao seu lado, sem máscaras, sem as pressões da minha família. Isabela sorriu com um brilho emocionado nos olhos.
Eu também sonhei com isso, Eduardo, mas nunca achei que fosse possível. E agora estamos aqui. Ele parou de caminhar, virando-se para ela, segurou seu rosto com as mãos e a olhou nos olhos, como se buscasse uma resposta silenciosa.
Isabela, você aceita construir essa vida comigo? Não só por Alice, mas por nós. Quer ser minha esposa, minha parceira, minha melhor amiga para todos os dias que ainda temos pela frente?
As lágrimas surgiram antes mesmo que ela conseguisse responder, mas ao invés de palavras, ela se lançou nos braços dele, o abraço apertado e a respiração entrecortada. "Sim", murmurou entre soluços. "Sim, mil vezes, sim".
Quando retornaram à pousada, Alice correu ao encontro deles, percebendo algo diferente no semblante dos dois. Vocês estão felizes", exclamou sorrindo. Eduardo se abaixou para ficar na altura da filha e a abraçou com força.
Estamos felizes, minha princesa, e temos algo importante para te contar. A tia Isa vai ser oficialmente sua mamãe. Alícia arregalou os olhos surpresa e depois lançou-se nos braços de Isabela, abraçando-a com força.
Eu sabia. sempre soube. Os três ficaram ali abraçados, enquanto as últimas luzes do entardecer douravam o cenário ao redor, transformando aquele instante em algo que parecia tirado de um sonho.
De volta a Campos do Jordão, as semanas seguintes foram tomadas pelos preparativos para uma pequena cerimônia. Eduardo e Isabela decidiram que não queriam evento grandioso, mas algo íntimo, apenas com pessoas próximas. e que realmente importavam.
Alice ajudou a escolher o vestido de Isabela, opinando nas flores e até nas músicas. No grande dia, o jardim da casa foi decorado com luzes e flores brancas. As cadeiras foram dispostas sobre as árvores e um pequeno altar foi montado em frente ao lago.
Isabela surgiu com um vestido simples e elegante, os cabelos soltos e um sorriso sereno. Alice, como dama de honra, entrou na frente, segurando um pequeno buquê. Eduardo a esperava nervoso, mas com um brilho de felicidade que iluminava seu rosto.
Quando Isabela se aproximou, ele segurou suas mãos e, com a voz emocionada disse: "Você foi o amor que perdi e agora é o amor que reencontrei. Prometo nunca mais deixar que nada, nem ninguém nos separe. " Ela sorriu com lágrimas nos olhos e respondeu: "Eu te esperei a vida inteira e agora não importa mais o passado.
Só quero viver esse amor todos os dias. " Alice, observando a cena com os olhos brilhantes, correu para abraçá-los. Assim que o beijo foi selado, o público aplaudiu com entusiasmo, e a música suave que preenchia o ambiente parecia envolver a todos em um abraço acolhedor.
Enquanto a noite caía e as luzes suaves iluminavam o jardim, Eduardo, Isabela e Alice dançaram juntos sob o céu estrelado. As estrelas pareciam brilhar mais intensamente, como se aprovassem aquele recomeço. O riso leve de Alice se misturava a música e o abraço dos três formava uma imagem de plenitude e felicidade que ninguém ali jamais esqueceria.
Naquela noite, ao se deitarem, Eduardo sussurrou para Isabela: "Agora temos tudo o que sempre sonhamos. Somos uma família de verdade. Ela o beijou suavemente e respondeu: "Sim, e nada, nem ninguém vai mudar isso.
O som do vento nas árvores e o ressonar tranquilo de Alice foram o pano de fundo perfeito para o amor, que, mesmo adormecido por anos, havia renascido com a força de quem jamais deixou de existir. " Se esta história tocou o seu coração assim como tocou o nosso, inscreva-se no canal para não perder mais histórias emocionantes como esta e compartilhe com alguém especial para espalhar o amor e a esperança.