Alô pessoal tranquilito no maisis quando químicos têm sinergia com a agronomia O resultado é fantástico temos muito aprender a interagir com eles entrevistei o professor Dr Hudson Carvalho sobre a adubação foliar neste tema tratamos da nanotecnologia de fontes formulações aminoácidos e muito mais essa é a segunda parte da entrevista é imperdível [Música] você já tocou no assunto os aditivos de performance nesses fertilizantes folios como é que você vê eles que que Como é que você os vê ah eu acho que é um a gente falou cutícula para mim não faz sentido enquanto químico a gente
ter o mesmo produto para café para soja para milho para Batata para Citrus porque as cutículas são completamente diferentes e eh a gente já fez experimento aqui ah com citros e café o professor João Paulo lá da fizia que trabalhava aqui com a gente eh então assim enquanto no café penetrava não penetrava no citros então a formulação formulação faz muita diferença aí os meninos aqui e desenvolvendo de juvante né aí eles chamavam de petrax não é comercial mas os meninos inventa nome pras coisas né não é o petrax então ah funcionava bem para café mas
não funcionava para para Citrus não entrava então eu vejo uma margem enorme para ter produtos dedicados produtos voltados PR PR cultur Cultura a pra cultura B pra cultura c não só por causa da espessura da cutícula mas também por causa de características ah de composição e e forma da cutícula aí isso a gente tá falando de desestruturar né para para facilitar a penetração do produto não sei qual o efeito isso teria eh na perda da água porque a cutícula tá ali por uma razão né ela tá ali para proteger a planta contra a perda desnecessária
da água contra a radiação ultrav é também a primeira barreira de entrada contra patógenos Então tem que avaliar se não vai ter um efeito colateral né mas por exemplo uma coisa que a formulação tem que ter é octante porque é importantíssimo como a gente falou no início tem que tá molhado do lado de fora tem que ter uma gotícula por mais que você não esteja vendo uma gotícula micrométrica ali do lado de fora então se a umidade ativa do ar estiver abaixo do ponto de deliquescência daquele produto o o nutriente não vai entrar na folha
porque ele não vai tá no estado líquido não vai entrar nós fizemos um estudo aqui comparando nitrato de zinco com Sulfato de zinco mesmo nutriente tudo sal e aí a gente colocou a umidade relativa do ar na faixa de 40% os meninos montaram uma câmara aqui em que a gente consegue tem algum controle sobre a umidade eh o Vinícius mas o mas o Gabriel e o casca fizeram essa essa Câmara a gente tem uma vantagem aqui Nelson na no Campus luí de Queiroz nós somos como os drenos ã fisiológicos né a gente atrai talentos do
Brasil inteiro para cá estudante do Brasil inteiro que quer vir estudar aqui fazer pós-graduação vi fazer graduação aqui e aí os meninos montaram essa Câmara Eh aí por exemplo a gente não observava mantendo a umidade relativa do ar na faixa de 40% sulfato de zinco não foi absorvido enquanto que o nitrato de zinco foi absorvido E aí quando a gente vai olhar F Mas por que tudo zinco ponto de deliquescência ponto de deliquescência do sulfato de zinco tá lá perto de 90% enquanto do dinitrato de Zinco é de 35% então mesmo com a umidade relativa
do ar na faixa de 45% ele delique ou seja o que que é o delique secer é sair da fase sólida E aí o agrônomo fala às vezes assim Ah é higroscópico É isso aí ele mela então ele retira a umidade relativa do ar e vai pro estado dissolvido isso é o delique ele se dissolve usando a umidade do ar e aí forma essa gotícula do lado de fora da folha estabelece-se esse canal e ele Penetra então na formulação a gente pode ter e esse umectante essa é a boa notícia Porque mesmo sulfato de zinco
a gente pode ter produtos ali Imagina assim um nitrato de cálcio um pouco de nitrato de cálcio existem produtos sais outros sais e outros produtos orgânicos que são capazes de reduzir o ponto de deligência Será que a formulação tem isso a gente falou do adesivo né para segurar o produt no caso de chuva Será que a formulação tem o espalhante então a tem uma margem enorme para para mexer na qualidade da da formulação Então não é só a fonte a fórmula faz toda a diferença por isso que eu acho que uma das piores coisas que
que o produtor pode fazer é comprar um sal por exemplo se ele tiver acesso Compra lá um b de sal e aí joga só aquele sal na cauda Eu acho que o o rendimento em termos de eficiência da absorção daquele produto vai ser muito pequeno e se ele não formá é muito interessante muito para aprender né muito pra gente tem muita gente aqui estudantes né que assistem sim o canal adotado em várias universidades pelo Brasil tá colegas aí que usam canal então para esse jovens olha os desafios pela frente Ah vem para cá vem para
Piras cava vai para pirava é que aqui a gente é fonte e dreno a gente é dreno dos Estudantes e Fonte dos profissionais não mas é fantástico mas Udson uma outra pergunta tá É sobre o transporte de nutrientes na planta sim sei que você trabalha também por que que alguns nutrientes são mais móveis do que outros a gente não assim quando a gente fala de imobilidade o nutriente é imóvel não é correto Então como você disse Alguns são mais móveis do que outros em algum grau todos eles apresentam uma certa mobilidade alguns tem mobilidade muito
maior do que a outra mas para responder isso a gente precisa quebrar a questão em duas tem a mobilidade da translocação daquilo que eu apliquei sobre a folha e tem a mobilidade da remobilização eh vamos falar primeiro da remobilização vamos supor que nada foi aplicado quando a gente pensa na relação fonte dreno então a folha tem uma duração de vida né ela ela tá expandindo ali no primeiro terço de vida grosso modo tá tudo na nas ciências biológicas Depende mas a grosso modo no primeiro terço de vida a folha tá expandindo aí depois no segundo
terço ela tá estável aí nesse primeiro terço ela é um dreno fisiológico Então ela tá expandindo as outras folhas que já estão completamente expandidas estão mandando fotoassimilados e nutrientes minerais para lá para pro processo de de expansão aí depois quando ela tá completamente expandida ela se torna uma um uma fonte Então ela se torna uma fonte e lá no último terço de vida a partir do último terço ali de 66 70% da vida geralmente ela começa a entrar em C para quase é curioso que várias espécies desde plantas perenes até plantas anuais seguem mais ou
menos esse padrão e tem um paper legal que que que mede esses fluxos ah em em Milho ah trigo ah cevada e Carvalho e aí então ela tá completamente expandida ela passa a ser o a fonte Por que que às vezes ela é fonte e às vezes ela é dreno né Depende da pressão a hipótese de munk né Depende da da pressão hidrostática quando a pressão ali é menor do que nas outras partes da planta o os os o líquido do do floema né vai vai fluir para lá assim como no chema né Sai da
raiz para ir pra folha porque a pressão lá é menor É como se eu tiver essa tampa de caneta aqui na minha mão ela vai ficar aqui para sempre por causa da inércia ela só vai se mover se uma força atuar sobre ela ninguém sabe por que é assim mas é assim é um fato da natureza dentro da planta é a mesma os solutos só vão sair de um lugar e para outro se houver um fluxo carregando e esse fluxo só vai se desenvolver se houver uma diferença de pressão é como uma caixa d'água mesmo
sai da parte faz de conta né pressão aqui tá tá maior pressão aqui tá menor e o líquido corre é outro fato da natureza ninguém sabe porque que é assim mas é assim e e acontece assim então as coisas saem da maior maior gradiente de concentração pro menor maior pressão para menor pressão mas a gente tá falando da da remobilização tem que tomar cuidado que eu dou um anso e eh dá umas viajadas para explicar Mas aí o que que acontece falando da remobilização quando ela entra nesse estado em que ela passa a ser fonte
eh eh de de fotoassimilados e quando a gente fala de Vamos pensar na remobilização de nutrientes minerais que vai começar a ocorrer ali principalmente a partir do Estado de senescência tem alguns nutrientes que o papel deles é faz parte da estrutura como cálcio como boro ão ali principalmente do lado de fora da do do simplasto outros como magnésio nitrogênio né ali na Clorofila aí a planta começa a se é um processo muito bem organizado ela começa a se desmontar então a folha começa a desmontar essas estruturas então esses elementos que vão sendo desmontados Vamos tomar
como exemplo fósforo e eh eh nitrogênio magnésio então membrana membrana na plasmática sendo desmontada eh eh Clorofila sendo desmontada rubisco sendo desmontada né sendo degradada esses elementos vão sendo desmontados E agora tem um fluxo tem um fluxo por causa da diferença de pressão bombeando esses fotoassimilados ali pros paraas células companheiras né e pro pros elementos de tubo crivado aí eles vão já cálcio po tá do lado de fora aqu aquilo não não será desmontado então a mobilidade dele é muito baixa porque isso não será então o fluxo dele será baixo Essa é uma das razões
outra razão por exemplo pensando em cálcio é que a concentração de cálcio no citossol é muito baixa concentração de cálcio livre no citossol é muito baixa ele precipita e porque ele também é sinalizador a do metabolismo de sinalização secundária né aquelas ondas de cálcio que que que atuam como sinalizador outros elementos como manganês zinco cobre que apresentam baixa mobilidade a concentração deles no citossol é é baixa então ele cai no citossol existem a ah moléculas proteínas transportadoras que se ligam a a esses átomos para para evitar com que a concentração deles fique alta porque senão
a planta se intoxica mas eles também estão participando do processo de desconstrução porque são enzimas que fazem isso e e manganês zinco cobre são principalmente cofatores enzimáticos já esses elementos que estão em quantidades maiores que fazem parte dessa dessa da maquinaria que vai desmontar a célula aí eles vão vão sendo transportados e e en chof pensa assim ó F fato precipita com quê com bário com cálcio aí a concentração de cálcio no citossol é baixa bário nem é nutriente e eh fosfato precipita com zinco manganês com cobre com ferro mas a concentração no citossol é
baixa otof fosfato então aí ele não não precipita Nitrato sem nem te falar com que que Nitrato precipita eu não lembro nada de cor agora Nitrato precipitado então para nós dentro da química a planta é como se fosse um Pensa numa indústria química você tem reatores tubos Transportes então que são as organelas os órgãos né então são são reações químicas que estão que estão acontecendo ali e aí é por isso que alguns são mais móveis do que outros isso quando a gente pensa na remobilização agora quando a gente aplica o nutriente na folha dependendo da
fonte da forma como ele é aplicado e pensa num catiônico que é aplicado na forma de sal sulfato de zinco ou nitrato de zinco Eh vamos supor que ele foi absorvido atravessou a a a cutícula caiu ali no apoplasto parede celular a parede celular el tem muita carga negativa ela é como se fosse uma resina de troca catiônica tem os Grupos carboxílicos grupamento hidroxila com carga negativa Opa Então significa que o que tem carga positiva pode pode ser adsorvido ali e é uma competição ora ele vai pra solução que tá no apoplasto ora ele Se
liga nas cargas ora ele vai pra solução ora ele se liga então a mobilidade dele vai ficando reduzida ferro tem a colegas na Espanha porque tem esse problema sério crônico de de deficiência de ferro lá então estudaram bastante fica no opop plasto principalmente no opop plasto Agora imagina que eu coloco esse zinco por exemplo ligado a uma molécula como é DTA que é um um ligante forte Então agora eu aumento a chance dele de de ser incorporado ali de entrar na membrana plasmática como ele entra é um mistério porque não em princípio não existe um
transportador para zinco ligado a edta e a a a Bianca estudou manganês e o Marcos estudou zinco Marcos fez mestrado a Bianca fez o Marcos fez doutorado a Bianca fez mestrado e eles detectavam por exemplo no pío da planta zinco ligado edta manganês ligado edta sendo transportado então a gente vê que quando ele tá ligado Não só a idta o Vinícius tá tá estudando agora ligado com aminoácido eh porque a gente tinha tinha algumas evidências de trabalho de outras pessoas de que o nutriente complexado ou quelatado com aminoácido a aumentava a incorporação dele no simplasto
eh e a gente observa que aumenta o transporte mesmo e eu me lembro de ter de discussão com colegas há uns 4 anos atrás Fi assim olha não faz sentido aplicar aminoácido porque é um metabólito primário eh eh só que o nutriente complexado com aminoácido que a gente viu aqui é que por isso que a gente não pode ter tem que tá aberto né testa a hipótese se a hipótese fizer sentido a gente viu que a absorção era mais rápida complexado com istidina e complexado com ácido glutâmico foi o que o Vinícius fez eh a
absorção era mais rápida a intoxicação fotox era menor porque às vezes a gente tem que trabalhar com doses assim no limite aqui por causa do limite de detecção da técnica né com doses um pouco mais elevadas Então intoxicação foi quando ele tava complexado com com aminoácido e a gente observou taxa de transporte maior O que que a gente ainda não conseguiu medir mas tá tentando eh aquilo que tá no apoplasto e aquilo que tá no simplasto quantificar porque a hipótese é de que com base num outro estudo que o pessoal fez complexos de istidina e
desculpe complexo de metionina e um outro aminoácido que eu não me lembro agora eh eles viram que aumentava a incorporação no simplasto E aí é o que a gente tá tentando medir mas com imagem né mapear a o simplasto e o opop plasto usando fluorescência de Raios X no laboratório Nacional de Lu síncrotron eh o professor Patrick Brown tem umas medidas bonitas com zinco em macieira então a gente vê que aquele tanto de zinco no apoplasto a maior parte ainda no apoplasto poucos dias depois da aplicação e uma parte dele dentro da dentro da célula
eh então a resposta é que eu acredito que como ele tá ligado complexado a reatividade do elemento diminui então a probabilidade dele ser pego no caminho é menor tem que tomar muito cuidado com metáfora Tá mas é como se fosse uma capa em que aí a as proteínas e os outros ligantes não conseguem detectá-lo e tem um trabalho legal que foi publicado na revista brasileira de ciência do solo com boro o pessoal pergunta muito o boro eh mostrando que em café e algodão eh eh uma mobilidade eh ligeiramente maior quando o boro tá ligado a
eles chamaram de boro complexo Eh aí é uma bronca entre os químicos né que borao não forma complexo Bora forma adulo o nome correto é adulo tem gente que chama de de complexo é que para nós complexo é com quando orbital hibridiza e orbital D né mas ele se ele ele se liga vamos vamos dizer assim ele forma complexo com Manitol com sorbitol ele ele se liga nessas moléculas e a mobilidade dele de fato aumenta então assim para café eh eh é bem bem claro eh nesse estudo foi feito com poro 10 então usou um
isótopo estável de boro eh mas não é Milagre não tá a a mobilidade aumenta mas ah vamos dizer assim que acho que 96 horas depois da aplicação foi o que o estudo Viu aí a gente vai olhar por exemplo na região que recebeu o tratamento a maior parte do que a gente aplica fica nas folhas que receberam o tratamento aí olha na parte de cima da planta eh nas folhas que estão acima da da daquelas que receberam tratamento ah eh por exemplo 10% do nutriente que tá lá veio do tratamento quando olha na parte de
baixo 5% do nutriente que está lá e eh veio do tratamento e e aumentou dobrou por exemplo em relação a uma fonte que não estava na forma de adulto ou na forma de complexo e mas aí é que tá a quantidade quando a gente tá falando se você acertar o momento e se a planta se aquele for o elemento que está limitando o potencial produtivo a quantidade não precisa ser grande não é porque você destrava agora Udson são muitos aminoácidos hoje usados na agricultura tem vários a pergunta é se todos teriam essa capacidade de formar
adultos ou complexar e ou alguns teriam mais capacidade do que outros tá e não em eu acredito que todos eles podem formar complexos não com a mesma não com a mesma habilidade Eh aí a gente mas tem livro isso é tabelado tá tem livro de físicoquímica eh eh handbook de físic química em que tem essas essas constantes de Formação tabeladas não para todos os aminoácidos mas para muito deles por que que a gente pegou a a glutamato eh porque muitos aminoácidos usados na agricultura vem daquele processo de de fermentação pra nutrição animal e E aí
um dos aminoácidos mais abundantes dentro desse processo é o glutamato então p vamos fazer com glutamato isolado Só que os primeiros complexos que a gente fez estava precipitando aí vamos fazer com comina que é mais fácil de formar o complexo agora ele ele conseguiu acertou a mão e conseguiu fazer com glutamato eh mas não publicou os resultados ainda est repetindo tentar fazer um estudo legal eh porque assim quando a gente lida com planta o que para mim quando eu vim trabalhar com planta foi uma descoberta né a variabilidade é grande então tem que tem que
repetir repetir para para ter os resultados consistentes eh eh Então mas assim eu não saberia dizer qual é o o aminoácido mais adequado mas eu não acredito que porque aminoácido isolado é mais caro também né Nelson aminoácido puro é mais caro então eu eu penso que o O interessante é é é acertar aí um um um aminoácido desse que seja acessível né E e aí fazer aplicação fazer o fazer o complexo a outra coisa é será que Complex Será que não Complex por exemplo no mestrado da Bianca tem estado publicado no artigo que em princípio
era um complexo de manganês com glicina aí quando a gente olhou vai medir a composição dava um para um de manganês com enxofre ué sufato de manganes é um para um com manganes enxofre né então talvez aquilo era na verdade um sulfato de manganes com um pouco de glicina Será que formou complexo eh a gente não não não testou isso né se se tava complexado ou não mas tem trabalho do desses colegas na Espanha que em que eles avaliaram produtos comerciais lá eh e e que dependendo do produto você tem 5% do nutriente complexado eh
só que aqui no Brasil você não é obrigado a dizer quanto por cento tá complexado né nos Estados Unidos tem que dizer no rótulo você diz quanto por cento tem nutriente quanto por cento dele está complexado na legislação da União europeia também hoje em dia é assim para chamar de complexado o que latado na União Europeia no mínimo 80% do nutriente tem que estar na forma complexada ou que latada E você tem que dizer quanto por cento dele está na forma complexada ou que latada eu costumo dizer que é como questão do suco quando eu
vou no supermercado hoje eu tenho direito de saber se eu tô comprando refresco néctar ou suco né tá escrito no na na caixa você quando você compra hoje ou um produtor quando ele compra hoje ele não sabe né eh talvez é uma coisa que que precisa ser e pensada né ele sabe quanto por cento tem do nutriente que a legislação obriga mas quanto por cento tá complexado porque quando você compra ele complexado Você acredita que a absorção vai ser maior que a incorporação vai ser maior Quando você compra ele quelatado com com edta por exemplo
você tá comprando o quê a estabilidade na cauda bom isso aqui não vai me dar problema eh e no trabalho da Bianca a gente viu que dependendo do do complexo de edta né complexo que lato né de de edta do produto é formava precipitado Então não é todo não é porque tá escrito nutriente eh e quelatado com edta que ele tá de fato 100% quelatado com edta é interessantíssimo né isso já teve muita discussão sobre isso tá aí eu te falo mais do lado de produto Hum e e a gente precisa avançar sobre isso na
legislação sim sim vai evoluindo esse que é o legal então assim as demandas vão aparecendo e aí as coisas vão vão evoluindo é assim assim como a de suco evoluiu né Tudo bem a comparação talvez não seja mais adequada mas é um é um bom exemplo para você entender ol eu sei o que eu estou comprando consum prisa saber o cons pra saber para saber com que ele realmente tá trabalhando porque tem dois elementos aí tem o consumidor que ele tem o direito de saber o que ele tá comprando e tem a questão da concorrência
desleal né porque eu posso fazer um produto que é 100% que latado E aí tem uma outra pessoa que que faz um produto que é 50% que latado E aí ele pode apresentar isso com os mesmos benefícios né só que o meu quea mais caro porque isso é caro fazer né bom Udson nós já conversamos sobre isso né Mas voltando Além disso que você falou da mobilidade existe outras maneiras de aumentar a mobilidade nutriente dentro da planta ou só o que já foi apontado aqui já é o suficiente bom tem um um doutorado sendo feito
aqui no grupo que tá avaliando cálcio eh usando tomateiro como modelo de frutífera eh O que que a gente observa bom absorção tomate absorve cloreto de cálcio cálcio DTA foram bem absorvidos citrato de cálcio foi menos absorvido Nas condições que a gente avaliou eh nanopartículas de hidroxiapatita não foi legal Eh tudo bem aí a questão da mobilidade o que a gente notou é que ele ele avaliou o que a gente chamou de reguladores osmóticos Esse foi um projeto projeto financiado pela Fapesp e até Se alguém quiser ver o o abstract do a Fapesp coloca isso
lá no site né chama k MOV o título do do do projeto kmov de k de cálcio ca MOV E aí o que que a gente observou a a uma das hipóteses é que a aplicação do do das fontes de cálcio junto com reguladores osmóticos iriam aumentar a pressão ali na folha e isso iria facilitar o bombeamento desse cálcio no no floem aí e a gente usa como traçador de cálcio estrôncio que é mais fácil de detectar a gente observou que ao colocar nós avaliamos sacarose Manitol sorbitol glicerol nós tivemos um resultado consistente de aumento
de transporte desse cálcio exógeno aplicado com sacarose por exemplo eh não tô recomendando as pessoas colocarem sacarosa em calda tá e e eh Mas foi o que a gente notou então existem substâncias reguladores osmóticos Por exemplo quando você aplica potássio na fase de enchimento de grão Não é só para ajudar a a sacarose a a a entrar no no floema Mas ele também mexe na pressão ali da da folha então Eh porque ele porque ele diminui o potencial osmótico vem água pressão aumenta eh nós estamos avaliando algumas substâncias mas assim resultado que a gente mediu
a sacarose deu deu um resultado consistente os outros assim hum aumenta às vezes aumenta às vezes não aumenta eh eh mas Merecem mais estudos eh e e com soja né que que é uma planta relativamente fácil de de manejar em laboratório mas tem tem muito serviço pra gente fazer não sem dúvida Então pessoal novo aí que tá assistindo foi Espetacular essa interação da química né da tua formação química com a agronomia é uma coisa esplendorosa É e aqui foi bom porque foi eu encontrei um ambiente muito propício aqui muito colaborativo sabe o pessoal da da
nutrição de plantas lá lá na exal e aqui no Sena e eh mas nós temos sabe o outro infelizmente já falecido um grande pesquisador também que era o Dima Marão Souza na Embrapa que era químico também é E aí é uma visão complementar exato Espetacular porque todo mundo tem que aprender a gente aprende né O químico aprende na discussão é uma coisa a interação né É fundamental interação de áreas de todo mundo com formações diferentes é a sinergia é muito legal hum hum mas deixa eu te fazer uma pergunta agora prática por que que muitas
vezes a adubação foliar lá na prática dá resultado em aumento de probabilidade e outras vezes não dá e eu acredito que vocês vão observar a resposta quando aquele nutriente esver sendo limitante do processo Então ele era o gargalo do processo ele estava limitando a velocidade das reações químicas eu vou te dar um exemplo doutorado do Gabriel agora eh qual que era a hipótese eh de que começou lá atrás começou há uns anos atrás eh a gente achava que havia uma correlação entre enxofre e proteína na soja e e para mim assim a soja ser comercializada
com base em peso é uma disfuncionalidade de mercado que será corrigida assim como a cana foi corrigida né e a a cana era paga com base em peso depis perceberam que aquilo não fazia sentido né aí ela passou a ser paga com base em sacarose Por que que a gente planta soja soja é um é um milagre porque ela faz proteína sem adubação nitrogenada e o que assim quando eu vejo aqueles nódulos a gente fala do processo rabeb um processo que opera a a 500º é tem pressões altíssimas e aquilo é feito ali a pressão
em temperatura ambiente né incrível Então ela é plantada por quê Porque ela é uma fábrica de proteína e não requer adubação nitrogenada é um milagre então Eh eu acredito que ela vai ser valorada com base em proteína que que é o que ela entrega ela entrega óleo também mas ela não é uma oleaginosa de alta produtividade existem outras que se você quiser produzir óleo eh eh você deveria plantar outras oleaginosas mas aí a gente acreditava que havia uma correlação entre enxofre e proteína porque a cisteína e metionina fazem parte da estrutura primária da glicin e
beta con glicin que são as principais proteínas de reserva dentro do do grão ou da semente e aí a a teve um mestrado feito aqui no laboratório que mostrou inclusive que a gente consegue assim como você deter você determina proteína bruta na soja você não mede proteína Você mede nitrogênio você consegue determinar proteína bruta na soja a partir da quantidade de enxofre bate direitinho consegue prever a concentração de proteína medindo o enxofre Opa então tem uma correlação mesmo aí o que que foi o que que tá sendo o doutorado do Gabriel eh a hipótese é
de que nós poderíamos tentar aumentar a quantidade de proteína fazendo aplicação foliar de um enxofre enxofre manganês e Zinco manganês e Zinco porque eles são eh eh cofatores da produção de cisteína e metionina síntese de cisteína e metionina e da montagem da glicerina e beta glicerina lá no grão porque a proteína ela é montada no grão os aminoácidos vão prontos na folha né lá da folha para os grãos um processo que requer muita energia a a redução do enxofre feita lá no no cloroplasto Eh aí o Gabriel primeiro ano dele Ele mediu ele fez uma
coisa bonita eh que ele acompanhou a a formação do grão então nos vários estágios ele coletava os grãos e media a composição Aí a gente vê assim nossa e proteína que tinha assim as curvas de enxofre e proteína coincidiam no grão Aí tinha uma coisa que a gente não esperava deu uma correlação forte com magnésio também no grão que coisa estranha magnésio também a Principalmente no final do da formação do grão aí a gente decidiu aplicar Sulfato de Magnésio fe eh a duas ou três aplicações me fugiu agora eh aplicação Posso te passar as doses
eh mais coisa assim de 2 kg ah ah de enxofre total é mas dividiu vê um resultado Excelente excelente em termos de produtividade comparado com controle em três locais diferentes três Campos diferentes eh então aumentando a produtividade em em com aplicação de sulfato de magnésio sulfato de manganês e sulfato de zinco a via foliar em dois estágios a ali eh quando fase de Cane Vetinho né E quando o grão já tá mais avançado a semente tá mais avançada por quê Porque o mofo tava sendo o limitante da produção de proteína Então você tem um insumo
necessário para fazer proteína se ele não estiver na concentração adequada a taxa de produção de proteína Vai ser menor do que poderia ser eh então a gente acertou o o momento da aplicação Talvez se tivesse aplicado lá no início não não teria dado resultado ou Tarde Demais Também não daria Então por que que às vezes dá resposta porque o elemento está sendo o limitante do processo produtivo eu não recomendo fazer apenas via via via foliar e deixar fal não vou fazer via solo por quê Porque a estrutura da folha muda e e a capacidade de
absorção diminui a folha não é o órgão de absorção foliar ela pode absor abver mas o órgão de absorção de nutrientes é a raiz Udson e você concorda e é muito interessante essa tua visão né para essa pergunta a gente aprende muito na agronomia que hoje hoje já se recomenda né Inclusive tem entrevistas aqui com magnésio foliar né já já existe pesquisas com isso não é mas de forma geral a gente aprende muito que generalizando bem generalizado assim que a gente aprende que a adubação foliar é mais para micronutrientes do que para macronutrientes pelas quantidades
absorvidas de macro versus micro que que você acha sobre isso hein é eu acho que não é só para micro ela pode ser para macro também mas mais uma vez não vai dar certo tentar substituir a adubação do solo por adubação foliar nem para micro nem para macro então talvez lá atrás convencionou-se a dizer que ela era para micro porque a quantidade de de macro que a planta iria requerer era muito grande então com o viés de substituía do solo Mas não é para substituir do solo então a ideia não é essa não é substituir
do solo é fazer o que a gente chama de topup que é entregar aquilo que tá sendo limitante se o macro tiver limitando eh eh e aí você coloca Ah um pouco do Macro né vamos dizer um pouco a quantidade x eh ele deixa de o ele ele passa a ser menos limitante então ela não é só para micro Mas você não vai não tem como você colocar 10 kg pro por hect não vai dar certo não vai vai provavelmente vai intoxicar então não é para isso é é para acertar os momentos e e fazer
esse ajuste mais fino agora a a lei dos incrementos decrescentes ela é cruel né é outra coisa que que é a natureza Então se a gente quiser ainda mais incremento nós vamos precisar acertar esses momentos né para para ir calibrando a planta isso porque a gente não tá nem falando de variedade que que que é outra história né dependendo da variedade ela é mais exigente menos exigente eh composição da folha muda eh eh essa questão do enxofre e da quantidade de proteína Eu penso que el ele tá repetindo esse ano o campo tá fazendo repetindo
assim Fez fez três locais o ano passado esse ano ele tá fazendo de novo mas a em menos locais que é é difícil né é caro montar mas a gente tá tá fazendo de novo tem Tem que repetir né na casa de vegetação a situação situação é mais controlada quanto aminoácidos substâncias únicas e outras substâncias orgânicas que nós temos hoje eh você já comentou mas D para comentar um pouquinho Mas elas efetivamente TM algum efeito na adubação foliar eh se aplicar isolado eu não sei aplicar substância húmica isolada aminoácido isolado eu nunca testei mas tem
colega que diz que dá resultado mas eu nunca testei você colocar um nutriente complexado com lignocelulósico com aminoácido ou com substância húmica eh dependendo do do tipo de Complexo da força de ligação ele pode ficar protegido na cauda e ele vai caminhar mais dentro da planta porque lembra que a gente falou que a o apoplasto é como se fosse uma resina de troca catiônica Então agora ele tá ligado né é uma molécula maior então a densidade de carga positiva é menor talvez dependendo do produto dependendo da molécula Pensa num lignocelulósico a carga é negativa a
carga líquida imagina um lignocelulósico com aquele monte de grupamento sulfato aí o manganês ou zinco ou cobre se ligam em algumas daquelas daqueles grupos sulfato do composto lign celulósico os outros estão ionizados a carga da da da da Cutícula é negativa então aquilo ali não vai ficar preso na cutícula chegou ali no apoplasto ele vai caminhar mais eh eh eu eu vejo com com bons olhos formular produtos desse tipo mas me me parece que pelo que eu tenho estudado ao longo desses anos que talvez mais importante ou tão importante quanto a fonte é idoneidade de
quem tá formulando o produto te entregar o que de fato tá ali no rótulo e que de fato tem porque tudo isso é caro né para formular um produto produto de qualidade é na vida como na vida né é como um um colega meu costuma dizer n você quer bem feito barato e rápido não existe faça você mesmo daí né e E então um produto barato de qualidade é difícil né Udson já estamos indo pro final te agradeço demais o teu tempo legal Eu que agradeço Espetacular e gostaria de saber né e tô falando em
meu nome do canal mas certamente nome das milhares de pessoas que vão assistir e que eu tenho certeza que é um acréscimo uma contribuição fantástica que você tá dando e e como considerações finais você gostaria de fazer alguma consideração importante quero te agradecer Nelson pelo pelo espaço né Eh reforçar essa mensagem de que a ó o que tudo indica o que os os dados mostram é que a adubação foliar não substitui a duba do solo a duba foliar é uma ferramenta que complementa a duba do solo pode levar a ganhos de produtividade desde que a
gente Acerte o momento de que aquele nutriente seja é o limitante dos processos fisiológicos que estão ocorrendo naquele estágio eh e e vai fazer mistura de Calda não usar produto desprotegido produto na forma de sal porque eh existe a chance de que ele reaja com herbicidas fungicidas inseticidas e não só o nutriente acaba não sendo absorvido como o agroquímico defensivo também perde sua atividade tem vários estudos com glifosato mostrando isso o Igor que tá fazendo mestrado aqui agora tá avaliando com fungicida e 24d eh herbicida eh que a atividade diminui né a atividade pode pode
diminuir porque o nutriente se liga ali na molécula e ela fica inativa eh Então são ferramentas e o que que a gente quer eu quero que o produtor Produza mais usando menos para que tudo isso que a gente usa todos esses produtos isso vem de mineração isso vai acabar o Dr Fernando Cardoso da da fundação gressus né que foi o criador da fundação grus ele costumava dizer que que o planeta né a terra a gente toma emprestado né das Gerações futuras então a gente não quer esgotar os recursos a gente quer que o produtor Produza
mais com menos de forma eficiente até porque o custo da da do alimento fique mais acessível para todo mundo é um ganha ganha e e as empresas que produzem fazem produtos de qualidade empresas sérias também saem ganhando todo mundo sai ganhando Então é isso n obrigado viu ah e o pessoal interessado em pós-graduação e eh olha na página do cena exal vem para pirca perfeito Udson Udson muito obrigado mesmo Espetacular olha para nós agrônomos é uma abertura de horizontes fantásticos legals Fortíssimo um abraço obrigado obrigado