FLORESTAN FERNANDES E A INTEGRAÇÃO DO NEGRO NA SOCIEDADE DE CLASSES

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Parabólica
Conheça o pensamento do Sociólogo Florestan Fernandes e a sua obra "A integração do Negro na Socieda...
Video Transcript:
e aí gente tudo bem sejam bem vindos a mais um vídeo do parabólica eu sou pedro rennó professor hoje em dia de aula de sociologia filosofia sociologia a gente vai falar esse cara que era incrível deve tá dando reflexo aí que eu tô vendo ali sim a gente vai falar desse sociólogo maravilhoso um dos maiores da história florestan fernandes então já se inscreve no canal se ainda como você não for inscrito curte esse vídeo se você acha que ele vai te ajudar de alguma forma é uma forma também de fazer o canal precisa ajudar o
canal crescer já que ele está fazendo conteúdo todos os dias segundo a história geral tem essa história do brasil quarta tema livre onde a gente vai ter ao die historiografia quinta filosofia seja sociologia e sábado é história da arte domingo é um vizinho se der pra gente dar aquela relaxada certo ou passar uma informação extra alguma coisa assim gente torça fernandes é dos sociólogos ele é o sociólogo mais importante do brasil e talvez um dos maiores da américa e do mundo talvez não ele é dos maiores sociólogos da américa como um todo e um deles
é respeitado a sua obra é respeitado no mundo inteiro certo esse cara é incrível ea gente não vai fazer apenas uma aula sobre florestan fernandes porque ele tem muito a ver com a realidade do brasil já que essa é uma obra de sociologia ele é um sociólogo que anda por várias áreas do saber então a gente vai falar muito está passando um helicóptero ele pega aí a gente vai falar muito do florestan fernandes e esse é um dos vídeos eles não necessariamente vão sair sequência semana por semana mas sempre que for preciso a gente vai
falar mas hoje a gente já vai dar uma base muito importante para entender florestan de repente o vestibular você for fazer principalmente os vestibulares estaduais de repente uma festa que é muito importante vai ajudar inclusive uma redação no vestibular diz ele é o cara certo e nasceu em 1920 em são paulo faleceu em 1995 mas ele nasceu em uma família certa forma humilde e ele viveu na periferia de são paulo aos seis anos de idade ele já começou a trabalhar fazendo uma rápida biografia antes a gente falar um pouquinho porque a biografia dele é importante
para entender o que ele pensa da filosofia e da sociologia certo sobre a realidade do brasil e desde os seis anos de idade e florestan já trabalhava em 1941 ele ingressa na faculdade de filosofia letras e ciências humanas da usp e aí que começa o grande lado do florestan ele é um sociólogo de caráter marxista ele é muito importante ele entende e é baseado ele se baseia no materialismo histórico e dialético para fazer a sua a sua obra para poder fazer a sua pesquisa para poder fazer a sua militância ele foi exilado durante a ditadura
na verdade ele foi aposentado compulsoriamente pelo governo militar pela ditadura militar de 64 ea ele se tornou o professor visitante em várias outras universidades do mundo ele já tinha feito obras grandiosas em 1986 com o fim da ditadura o florestan fernandes foi eleito pelo partido dos trabalhadores o pt lá no início quando o pt ainda está em processo de formação ele foi eleito a deputado constituinte que significa isso um deputado que vai elaborar essa nossa constituição que a gente tem hoje é de 1988 70 entrevistas vídeos do florestan fernandes dizendo que ele achava que conseguiria
transformar através da política dentro do congresso mas ele viu que não era bem assim que é preciso uma práxis uma prática o conceito marxista teoria seguida na prática certo e aí ele já estava muito doente no final de sua vida ele foi professor direto por exemplo da usp do fernando henrique cardoso e quando fernando henrique cardoso era presidente no brasil floresceram já estava bem doente ele teve que fazer um transplante de fígado e é considerado um erro médico durante o transplante ele faleceu em 1995 a dissertação de mestrado florestan fernandes quando ele ainda era bem
novo ainda nessa carreira acadêmica foi a organização social dos tupinambá também mexeu aí com etnias indígenas a tese de doutorado foi a função social da guerra na sociedade tupinambá ea obra que a gente vai trabalhar aqui foi escrita nos anos 40 e 41 se eu não me engano que é a integração do negro na sociedade de classes é certo que foi a obra inclusive onde ele adquiriu a sua cátedra que significa que ele adquiriu a sua cadeira como professor agora permanente da universidade da usp universidade de são paulo a e isso é muito importante ele
tem várias obras têm várias coisas que a gente pode falar mas a gente vai focar primeiro hoje para você entender o que ele pensa sobre essa sociedade de classes em relação inclusive a questão étnica para o florestan fernandes o que se vinha produzindo academicamente naquele período e salve escreveu nos anos 40 era por exemplo era brasil a ideia da sociologia da antropologia tinha muita influência do gilberto freyre gilberto freyre a gente já falou aqui por exemplo uma aula que a gente falou sobre a identidade nacional brasileira eles vêm muito com aquela idéia esse sociólogos antropólogos
principalmente dos anos 30 com a idéia de democracia racial de que o brasil após a abolição vivia uma democracia racial onde brancos e negros eles convivem muito bem cabe à miscigenação foi algo extremamente benéfico para o brasil que dá a entender mais ou menos de que todo esse passado escravista que o brasil teve no final se resultou em algo bom porque vivemos hoje uma democracia racial ou florestan fernandes como um sociólogo marxista materialista ele barra isso ele passa a estudar a vida principalmente da população negra no brasil e ele percebe que na verdade não existe
igualdade de condições para negros e brancos ele busca pesquisar fazer um retrato da vida dos negros e dos brancos como oportunidades de trabalho a questão de mobilidade social a questão da moradia e ele percebe que essa essa ideia da democracia racial pós abolição em 1888 na verdade é um mito ele trabalha com a idéia de um mito porque não há igualdade de condições entre negros e brancos então ele faz uma relação entre a desigualdade racial eo preconceito com a questão de classes porque os brancos acabam ocupando a um uso melhor os melhores cargos acabam ocupando
um destaque nessa sociedade que agora a gente está falando de capitalista é porque eles estão terminando a obra dele se chama íntegra do negro na sociedade de classes e o recorte para ele poder fazer essa pesquisa foi o são paulo que era onde ele trabalhava mas tem um fundamento importante de são paulo é porque lá no início ele fez uma pesquisa baseada em tudo que ele está vendo antes a gente fez essa obra saiu nos anos 40 ele pesquisou muitos anos 30 anos 20 ele está percebendo que são paulo tá tendo um desenvolvimento capitalista maior
do que em outras regiões então as respostas de repente da sua pesquisa poderiam ser um pouco diferentes se ele fizesse por exemplo rio de janeiro e salvador né na bahia porque pra ele né porque a gente sabe que são paulo está tendo um desenvolvimento industrial muito grandes e tá tendo já as primeiras indústrias um desenvolvimento capitalista bem maior do que qualquer outra região do brasil ele quer ver como que a população negra formada principalmente ele porém os escravos se insere nessa sociedade em são paulo parece que o contraste é muito maior não significa que outras
regiões não tenha isso tá mas e são paulo ele consegue fazer um conta de um contraste muito maior dessas relações e ele percebe que desde a abolição desde o final da escravidão em 1888 no século 19 os negros eles ainda mantêm pelo ponto de vista social dos sociólogos que estavam ocupando pela pelas pessoas brancas preocupava os grandes carros aquele período ele se isolavam os negros dentro dessa sociedade porque a prioridade para esses trabalhos novos que estão surgindo durante a república é dada principalmente para os fazendeiros brancos que estão se adequando a essa nova realidade capitalista
do brasil e os imigrantes principalmente os italianos alemães do leste europeu e do centro da europa que estão chegando no brasil que são brancos e eles acabam ocupando os cargos no lugar dos negros então há um certo isolamento dos negros que ainda sofrem com muito preconceito na sociedade a uma marginalização dos negros nesta sociedade que ainda se mantém o padrão cultural dos tempos do império dos tempos da colônia de que o negro era um sujeito inferior aos brancos então por isso ele não poderia ter o mesmo trabalho que os brancos certo é claro que isso
não é colocado pelos negros maciço dos bancos que mantém o poder aquisitivo maior que mantém né a centralização dessa política então ainda mesmo que a escravidão tem acabado ainda se mantém um padrão cultural de identificar que um negro ele é inferior ao branco isso a gente está falando daquela sociedade que era recente o fim da escravidão se você parar pra pensar 30 anos inclusive hoje a gente ainda trata o fim da escravidão no brasil como algo recente porque em termos históricos o tempo que a gente que a gente fez aí que acabou a escravidão é
um tempo ainda muito curto ainda é muito recente mas também a gente precisa destacar como um bom sociólogo materialista o florestan fernandes ele aponta também uma outra questão aí na sua obra é preciso destacar que muitos imigrantes que estão aqui que são pobres que recém chegados no brasil ocupavam esses cargos e eles ocupavam alguns cargos que você tinha uma qualidade de trabalho bem precário usada e você tinha também uma questão muito importante que eles receberam poucos salários muito boa parte dos negros né dos escravos negros que que estão sempre tentando se inserir nessa sociedade não
aceitam essa condição de trabalho é precarizado de baixos salários porque há uma questão também de consciência de consciência daqueles negros pensarem enquanto seres humanos que já passaram por um processo de exploração que durou séculos no brasil às vezes eles mesmos ou os seus países os seus avós os seus tios passaram por esse processo de escravidão de escravidão e não querem agora se inserir em mais um processo de exploração que é diferente da escravidão mas não deixa de ser um processo de descoloração então também há uma questão da consciência dos negros e não aceitar esses trabalhos
extremamente precarizados e aí vem a ideia que o que eu acho muito interessante que acho que eu já fiz vi falando sobre isso também que a questão da malandragem a malandragem que tem um conceito sociológico um pouco diferente desse dito popular que a gente tenha a malandragem nesse caso a gente falando dos anos 30 lenta a malandragem serve como o processo de consciência para não se adequar a essa nova realidade que continua explorando os trabalhadores negros então a malandragem é como se eu fosse viver agora independente dessa sociedade porque eu também tem uma consciência certo
eles querem que o trabalho mas eles querem que o trabalho de maneira precária eles querem que o trabalho não sei quantas horas por dia e recebendo um salário que mal dá para comer então há um processo de consciência a um processo de entender enquanto que negro entende enquanto ser humano enquanto um sujeito histórico e durante o estado novo que é o período que floresçam a escrever nessa obra o estado novo do vargas que vai de 1937 a 45 o vargas tinha aquela proposta de criação de uma identidade nacional através da arte da música da cultura
identificar todos nós como brasileiros a e 70 o trabalho dos sertanistas que vão catalogar e conhecer as etnias indígenas no centro oeste brasileiro aí nesse processo você começa a ter uma que a gente chama de proletarização dos negros dos negros eles começam a entrar nas fábricas para trabalhar nesse processo que a gente está falando mas mesmo assim entrando nas fábricas e trabalhando junto com pessoas brancas ainda estava muito longe de acabar todo esse preconceito todo essa mentor essa mentalidade de d esse padrão cultural do século 19 e 18 de identificar o negro como inferior isso
ainda estava muito longe de acabar e eu falo para vocês hoje ainda está muito longe de acabar florestan fernandes até o final de sua vida já estava alertando isso e hoje ainda não é diferente se estivesse vivo hoje aqui ele estaria certamente também trabalhando com essa idéia e pra ele existe uma solução talvez a solução seja um pouco difícil falar mas um caminho a seguir ele já está percebendo que lá nos anos 30 e 40 estão surgindo movimentos sociais que estão lutando por direitos e ele acreditava de fato como eu falei pra vocês como um
bom sociólogo materialista de que a atuação através dos movimentos sociais através de busca por direitos era extremamente importante os negros precisavam se organizarem movimentos sociais lutar pelos seus direitos para a gente poder ter uma sociedade mais justa mas há uma questão porque os governos naquela época e até hoje preferiam não lidar com esse tipo de coisa então às vezes prefere ter medidas que são paliativas mas que não buscam combater que não buscam necessariamente combater ou que buscam combater mas que não são eficientes certo então floresta fernandes como o sociólogo materialista acreditava na questão da luta
mesmo acreditava na questão de uma prática dentro do movimento negro certo eo pensamento do florestan é tão importante se você ligar a história de vida dele né que ele era um menino que nasceu na periferia desde os seis anos de idade trabalhou ele trabalhou como engraxate ele trabalhou auxilie anos os as pessoas na periferia mesmo ele percebe lá desde o início da sua da sua vida ele disse isso que parte dessa idéia da indignação que ele tem com essa realidade desigual do brasil vem da sua infância que ele já percebia na sua infância ele observava
quando ele vivia na periferia morando os cortiços de são paulo ele já percebia sobre ele observava por exemplo que a gente chama de lupi proletário que eu já falei na aula sobre desigualdades sociais aqui o termo que o marcos trabalho lupi proletário é aquele que está inclusive abaixo do proletário aquele que não tem um emprego necessariamente na fábrica o loop proletário é aquele que vira morador de rua ele está abaixo até em condições de sobrevivência do que o proprietário ele observa tudo isso então a história de vida do florestan fernandes é muito importante ele é
muito bonita para a gente entender o que ele pensa sobre isso certo a gente foi um enorme prazer estar aqui falando de si eu tô ficando em vós aqui tá na hora de acabar o vídeo mas foi enorme prazer falar um pouquinho dessa parte do florestan fernandes tem muito mais coisa pra falar mas já dá para entender uma base do que ele pensa sobre a sociedade brasileira não dá dá pra entender a idéia de transformar devo dizer que a democracia racial é um mito de trabalhar essa sociedade de classes junto com uma questão racial isso
é muito importante eu vou ficando por aqui espero que vocês tenham gostado curte esse vídeo porque ajuda de mais um canal para a gente continuar sempre fazendo vídeos dessa forma que certo estou muito feliz de estar aqui com vocês eu estou muito feliz de poder proporcionar isso de fazer conteúdo e proporcione o conteúdo vocês me proporcionar essa alegria diária aqui fazendo tudo certo é uma via de mão dupla grande beijo gente muito obrigado mesmo de coração amo vocês fui
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