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o tema do nosso fórum este ano é caminhos para inovação conquistando novos tratamentos para hemofilia no Brasil eu sou Mariana batas presidente da abrap e quero agradecer a presença de todos que estão online nessa noite e os que estão desde ontem se você chegou só agora não se preocupe você pode assistir o evento de ontem no nosso canal de YouTube Eu agradeço aos nossos patrocinadores a empresa ros pelo Patrocínio diamante Sanofi pizer novon nork e taeda Com patrocínio bronze eu agradeço também mais uma vez a todas as instituições parceiras que apoiam este evento que são
a abral a abrasta a bhh cujo congresso já está chegando no final desse mês e abrap também estará lá a hsr Health que nos proporcionou os brindes que nós sorteamos ontem a Sid A febra raras cujo Presidente estará conosco aqui essa noite na discussão A UPF que é a Universidade do paciente da Família com a qual Nós estamos neste momento fazendo um projeto em parceria e também a raras consciência e água social eu agradeço também de forma muito especial aos nossos convidados que estão participando desde ontem os que estão presencialmente aqui e também os que
estão online ã assim como ontem nosso fórum terá a mesma estrutura nós vamos ter primeiro uma apresentação e depois um debate com convidados muito especiais lembre-se que você pode enviar o suas perguntas os seus comentários pelo chat ao longo de todo o fórum e nós vamos endereçar aos nossos debatedores ou então vamos respondê-las diretamente no chat antes de iniciarmos propriamente eu gostaria de esclarecer que as apresentações e discussões que teremos essa noite são oferecidas apenas com um objetivo informativo a abra pen não se dedica à prática da Medicina e não fornece aconselhamento médico em nenhuma
circunstância abra pen recomenda qualquer tratamento específico pros pacientes para diagnóstico ou tratamento médico a nossa orientação é que você consulte o seu médico no seu centro de tratamento da hemofilia vamos começar Então essa noite com a apresentação de uma pessoa muito especial e amiga Verônica stasia ela é psicóloga fundad do Unidos pela vida ela tem MB em políticas públicas mestrado e doutorado em ciências farmacêuticas com ênfase em avaliação de tecnologias em saúde e envolvimento do paciente ela participará virtualmente e vai falar pra gente sobre Quais são os caminhos e ações necessários para incorporação de novos
tratamentos no Brasil e na sequência após a apresentação da Verônica esta noite nós convidamos para moderar esse debate uma pessoa Expert no assunto que é a Cristina Guimarães ela é consultora e professora na área de políticas de saúde e advocacy e pesquisadora associada do grupo de economia da saúde do centro de desenvolvimento e planejamento Regional da UFMG Obrigada Cristina por aceitar o nosso convite de moderar esse debate e obrigada Verônica pela apresentação já antecipadamente Vamos então agora com a Verônica Olá todos é uma alegria muito grande estar aqui com vocês no quinto Fórum da abp
falando um pouquinho sobre caminhos para inovação para pensar aí nessa Conquista né para novos tratamentos para hemofilia no Brasil eu vou contar para vocês um pouquinho sobre o que é avaliação de tecnologias em saúde Qual que é a importância da participação da sociedade civil nas tomadas de decisão a gente escuta muito falar em participação social em ats em conitec mas o que que é isso para que que isso serve como que isso funciona Essa é a ideia do nosso bate-papo aqui me apresentando rapidamente eu sou a Verônica eu sou mestre doutoranda em ciências farmacêuticas com
ênfase em avaliação de Tecnologia em saúde e também especialmente aí em participação social Eu Sou psicóloga e eu também fundei e dirijo o Instituto Unidos pela vida que é uma organização social que atua com fibrose cística com doenças raras e com doenças respiratórias também atuo numa consultoria trabalhando aí com temas ligados a projetos sociais e também avaliação de Tecnologia em saúde e participação social é uma alegria enorme estar aqui com vocês pra gente falar um pouquinho sobre esse tema tão importante e eu queria começar com esse com esse slide aqui que é o seguinte quando
a gente fala de avaliação de Tecnologia em saúde a gente fala de sonhos a gente fala de história de vida e essa aqui é a minha história eu vou contar para vocês rapidinho porque eu também tenho uma doença Rara eu tenho fibrose cística eu fui diagnosticada aos 23 anos super tardiamente em 2009 desde pequena eu sempre tinha uma infinidade de problemas de saúde especialmente respiratórios Então eu tinha uma média de quatro a cinco pneumonias por ano desde que eu nasci eu precisei tirar duas partes do pulmão direito justamente pela falta de Diagnóstico precoce de tratamento
adequado então eu sofri muito o que a gente chama de Odisseia do diagnóstico de doença Rara eu sei exatamente o que significa e sofro as consequências disso até hoje e foi só os 23 anos depois de uma pneumonia bastante grave que eu tive alta do tipo vai morrer em casa porque não tem mais nada para fazer é que eh tive uma pancreatite associada também a essa pneumonia e então a gente descobriu pela primeira vez o que é que significava fibrose cística Eu fui ouvir a primeira vez sobre fibrose cística aos 23 anos de idade ela
que é uma doença genética que pode ser identificada quando a criança nasce já no teste do pezinho eu então fui descobrir só já bem tardiamente com efeitos irreversíveis o ponto é que por conta disso e também associado da minha formação em psicologia Minha experiência em projeto eu resolvi fundar o Instituto Unidos pela vida buscando devolver pro mundo essa chance que eu tive de ser diagnosticada e tratada e isso a gente vê dia a dia na nossa jornada em Associação de paciente Porque só quem sentiu o encarne próprio uma ferida pode curar pode suavemente né curar
essa mesma ferida no outro acho que esse é o propósito de vocês inclusive melhorar a qualidade de vida das pessoas melhorar a qualidade de vida das pessoas com hemofilia da mesma forma que eu tento fazer na fibrose cística em doença Rara em doença respiratória então quando eu falo que falar de avaliação de tecnologias em saúde que é um processo multidisciplinar acadêmico denso é também falar sobre sonhos e sobre histórias de vida é porque quando a gente fala sobre uma incorporação de um novo medicamento sobre a disponibilização de um novo medicamento ou de uma nova tecnologia
em saúde no sistema público de saúde a gente tá falando de pessoas que precisam usar essa medicação de pessoas que precisam ter uma melhor qualidade de vida e que T Esperança nisso inclusive Então essa aqui sou eu antes do meu diagnóstico bem buchudinha de corticoide usando oxigênio quase que todo dia e essa aqui é meu milagre Essa é Helena minha filhota que não tem fibrose cística eh isso é um pouco do que a gente vive né a gente precisa de novos medicamentos para viver mais e viver melhor e nós também precisamos entender como que esse
processo funciona para buscar fazer com que isso aconteça mais rápido e melhor para todas as pessoas bom quando a gente sonha e não consegue acessar medicamentos que melhoram a nossa de vida ou a gente não tem Serviços de Saúde que conseguem contribuir pra nossa sobrevida com qualidade a gente acaba tendo os nossos sonhos Como por exemplo o meu de ser mãe muito mais distantes portanto a gente precisa realmente entender como funcionam esses processos para poder incidir em política pública fazer advoca com qualidade não tem como a gente agir e buscar mudança se a gente não
souber como que as coisas funcionam em que caminhos a gente tem que Navegar e claro que todo mundo aqui eu tenho certeza que quer a mesma coisa assegurar que o que há de melhor em diagnóstico e tratamento chegue às mãos de quem precisa a gente quer migrar do momento do registro de uma nova tecnologia por exemplo de um novo medicamento paraa incorporação dele no nosso sistema público de saúde e efetivamente a chegada dele na mão de quem precisa a dispensação desse medicamento é isso que a gente quer a gente quer da descoberta mas a gente
quer que chegue na mão de quem precisa e que comece a fazer uso e se beneficie por isso esse processo todo de incorporação de novas tecnologias no SUS é bastante complexo e ele tem muitas variáveis ele não depende só do nosso entendimento Bom a partir do momento que eu entendi o processo ele vai funcionar ele vai acontecer não infelizmente ele Depende de muitas outras variáveis e não somente da nossa da nossa atuação ele Depende por exemplo se esse medicamento é seguro se ele é eficar se ele é efetivo eh enfim outras questões que a gente
vai ver agora mas quanto melhor for a nossa formação quanto melhor a gente entender o que que é tudo isso como tudo isso funciona e como que a gente pode agir de uma forma mais efetiva certamente as nossas chances vão ser bem melhores porque se a gente não entende o processo ou se por exemplo antecipando uma coisa que eu vou falar já já a gente acha que consulta pública na conitec por exemplo é uma votação A gente vai tá agindo errado naquele mecanismo que existe para que a gente possa participar e contribuir paraa tomada de
decisão portanto compreender esse processo compreender como as coisas funcionam vai ajudar amente a gente construir uma jornada mais qualificada E aí Verônica o que que é tecnologia em saúde O que que significa isso eu já ouvi falar isso um monte de vezes mas eu não sei o que que é é um software é um aplicativo né a gente fala tecnologia já pensa nisso na verdade Todas aquelas intervenções que são realizadas né ou que são utilizadas com o objetivo de prevenir diagnosticar tratar condições médicas ou de promover a saúde fornecer reabilitação e organizar a prestação de
cuidados são consideradas como tecnologias em saúde e aí nós temos algumas definições né de tecnologias que vocês conhecem muito bem dispositivo médico é um tipo de Tecnologia em saúde produto biológico sistema organizacional sistemas de saúde produto médico e cirúrgico e inclusive os medicamentos então medicamento é considerado uma tecnologia em saúde e o desenvolvimento de medicamentos inclusive ele é considerado pela literatura como sendo um dos principais faz responsáveis pela redução da mortalidade e pela melhora da qualidade de vida das pessoas Então imagina que você tá com uma dor muito forte que não passa que você não
sabe o que tá acontecendo Você vai ao médico ele te prescreve um analgésico te prescreve um medicamento isso vai melhorar a sua qualidade de vida imagine que uma pessoa tem uma doença gravíssima e que há Hoje uma nova tecnologia um novo medicamento para curar essa doença dela isso vai reduzir provavelmente a mortalidade Então os medicamentos eles têm um papel fundamental na nossa vida isso não preciso nem contar para vocês né mas vocês imagine a quantidade de medicamentos que são estudados descobertos ao longo de todo mundo e constantemente não dá pra gente disponibilizar tudo para todo
mundo sem que a gente tenha certeza que é seguro que é eficaz que os efeitos são toleráveis que o custo é eh é passível de ser pago pelo sistema público de saúde ou mesmo pela pessoa no banco na na no balcão da farmácia então tudo isso também tem que ser analisado portanto a teoria também diz isso aqui pra gente pra gente que é o seguinte os riscos os custos e os benefícios desse medicamento dessa tecnologia em saúde tem que ser avaliados com processos estruturados não dá também para cada gestor inventar o seu processo a sua
forma de avaliar Especialmente quando a gente fala do SUS a gente tem que ter um processo estruturado para analisar todos esses critérios relacionados à aquele medicamento e quais TM os melhores benefícios e o melhor custo pro mercado especialmente pensando também nos pacientes qual vai ter o melhor benefício a melhor eficácia e efetividade no tratamento então quando a gente olha para essa jornada até que uma medicação chegue efetivamente na mão de quem precisa que ele possa fazer uso disso né E aí eu pensando nesse aspecto do SUS vamos lembrar lá da desenvolvimento de uma nova molécula
né dos processos de pesquisa e desenvolvimento arredondando aqui a gente leva mais ou menos 20 anos no processo de descoberta das moléculas Até chegar na molécula específica que aquilo vai se tornar um medicamento tem todas as fases de pesquisa clínica tem enfim muitas e muitas etapas nesse processo e aproximadamente levam-se 20 anos de pesquisa e desenvolvimento até a descoberta de um novo medicamento depois disso ele precisa ser registrado no país em que ele foi descoberto que ele foi testado e que ele foi enfim né Eh produzido que é o país de origem ou seja uma
medicação que foi produzida lá nos Estados Unidos ela vai ser registrada junto a fda E aí essa mesma medicação quando ela vem pro Brasil ela tem que ser registrada aqui também Quem faz isso é Anvisa a nossa Agência Nacional de Vigilância Sanitária depois que esse medicamento ele tem registro tanto no país de origem quanto na Anvisa ele precisa ter um preço não dá para cobrar o preço que quiser nesse novo medicamento ele precisa ter uma regulação Quem faz isso é a ced a câmara de medicamento e tem uma grande tabela da cmed que é eh
uma definição inclusive de preço máximo de venda pro governo preço máxximo de venda ao comércio com imposto sem imposto enfim eh e esse essa tabela da cmed é o que vai de fato eh regular aí a câmara de medicamento ela regula a comercialização ela aplica eh eh regras e enfim né Eh monitora o processo de medicamento no Brasil de venda de medicamento No Brasil quando o medicamento já tem registro no país de origem registro na Anvisa e preço pode-se então seguir o processo para que ele seja apreciado para incorporação no SUS que que é incorporação
é fazer com que ele entre na lista de medicamentos que o SUS disponibiliza que ele faça parte da nossa lista de medicamentos disponíveis pelo SUS que ele esteja disponível para as pessoas através do sistema público de saúde mas para que isso aconteça tem que ser analisado todo isso aqui todos esses processos e Geralmente quem faz a submissão desse dossiê que a gente chama ou seja um grande documento que fala tudo sobre o medicamento é a conitec a conitec é a comissão que Analisa eh esse dossiê e que a maioria das vezes é enviado pela Indústria
Farmacêutica que produziu fabricante desse medicamento pode ser enviado por qualquer pessoa mas via de regra na maioria das vezes acontece uma submissão pela própria fabricante Aí a conitec que é essa comissão que eu vou explicar com mais detalh já já vai fazer uma primeira análise de todo documento conformidade etc vai ter uma primeira reunião Aonde eles vão ler esse dossiê entender sobre o medicamento e vai ter inclusive uma perspectiva do paciente que que é isso momento de 10 minutos aonde uma pessoa que convid com aquela doença vai poder falar sobre a sua experiência e quem
que vai ouvir os tomadores de decisão os membros da conitec e eles vão dar o que a gente chama de recomendação Inicial eles vão falar se eles acham que eles recomendam que seja incorporado ao SUS ou que não seja incorporado ao SUS essa primeira recomendação vai para uma consulta pública que fica aberta por 20 dias que é um formulário que todo mundo tem que participar e enviar lá a sua contribuição dizendo eu concordo com a recomendação Inicial ou eu não concordo com a recomenda ação Inicial Eu acho que deveria ser considerado outros fatores vejo o
que que eu já vivi outros artigos científicos etc depois vai ser feita uma nova análise uma recomendação eh final se deve ou não deve ser incorporado ao SUS vai ser tomada essa decisão através da secretaria da Ciência e Tecnologia que a secti o secretário da Ciência e Tecnologia que toma essa decisão e enfim o medicamento tem que estar na mão de quem precisa em até 180 dias só que infelizmente esse prazo depois da decisão geralmente não acontece acaba atrasando um pouco por quê Porque tem que ter também a pactuação quem vai pagar essa conta é
o estado é o município é o governo federal é uma compra centralizada é um componente especializado como é que isso vai acontecer depois tem toda a questão de contratação protocolo Clínico padronização nas secretarias A grande questão aqui que eu quero que vocês entendam é É uma longa jornada até que chegue na mão de quem precisa mas tem várias etapas como por exemplo a consulta pública e a perspectiva do paciente que todo mundo pode e deve contribuir deve auxiliar tem muitas ações de advoca articulação educação em saúde que podem ser feitas em várias dessas etapas inclusive
explicando pras pessoas como tudo isso funciona mas aqui nesses dois momentos é onde a gente tem os mecanismos estruturados paraa participação social como eu falei para vocês então depois do registro da Anvisa tem o preço da ced e a submissão para conitec que não tem restrições quanto ao tipo de demandante E aí o que que é essa conitec né gente a gente já ouviu falar bastante disso vamos explicar um pouquinho o que que é conitec não incorpora nada primeira coisa que a gente tem que saber a gente fala assim ah a conitec não incorporou ela
não incorpora mesmo a conitec auxilia o Ministério da Saúde na tomar de decisão ela é uma comissão nacional de incorporação de tecnologias que vai auxiliar o ministério da saúde no processo de inclusão exclusão ou modificação de tecnologias no SUS Ela é formada por dois por três comitês né Por por pelo comitê e pela secretaria executiva e esses três comitês tem um comitê que discute medicamento um comitê que discute pcdt e um comitê que discute produto e procedimento e a secretaria executiva que é o segundo bloco aqui é pelo deits que é o departamento de gestão
e Corporação de tecnologias em saúde que vai gerir a conitec fazer a coordenação e as atividades da comissão conitec é composta por 15 membros sendo sete secretarias do ministério e outras entidades Como por exemplo conas o conaz o Conselho Federal de medicina etc e eles vão fazer então a sua votação vão fazer a recomendação se eles acham que deve ou não deve ser incorporado ao SUS esse processo a gente consegue enxergar inclusive no próprio site da conitec desde o momento em que a conitec recebe o pedido de incorporação ou seja receber o dossiê vai começar
a avaliar o documento os estudos científicos fazer o relatório e análise vai então Eh ouvir a própria sociedade né através da consulta pública vai analisar essas contribuições vai reapresentar eh justamente para os tomadores de decisão né que vão ratificar ou retificar a sua recomendação Inicial ou seja beleza vamos mudar de opinião ou não a gente vai manter a opinião de não incorporar e eh depois disso que vai paraa decisão final do secretário da Ciência e Tecnologia Mas quais são os prazos né Que isso tem que acontecer Então a partir do momento que a conitec recebe
esse dossier ela tem 180 dias que podem ser prorrogados por mais V que inclui Inclusive a consulta pública e todas as etapas de análise do processo para então publicar a decisão final para fazer a recomendação final que depois vai ser publicada lá no Diário Oficial Diário Oficial da União né E para disponibilizar no SUS uma tecnologia que foi recomendada favorável e que já saiu a decisão no Diário Oficial ela tem mais 180 dias e aí aqui não é mais a conitec né aqui o processo da conitec acaba ali no final do processo de recomendação eh
e aí as áreas técnicas TM esse prazo máximo de 180 dias para efetivar a oferta ao SUS e de acordo com o próprio Ministério esse prazo importante para todos os trâmites de negociação compra distribuição protocolo clínico e orientação de uso desse medicamento e se a recomendação final for desfavorável tem alguma coisa para fazer tem então Digamos que a recomendação final da conitec foi desfavorável eles podem a sociedade pode pedir uma audiência pública isso Tá previsto na própria lei da conitec mas ocorreram pouquíssimas vezes em toda a jornada da conitec mas é sim um mecanismo possível
de ser solicitado tem que ser solicitado para o secretário da Ciência e Tecnologia tem que expor todos os fundamentos do pedido de reexame juntar documento etc etc e o secretário da da da da secti ele que vai aceitar ou não aceitar essa audiência pública nessa audiência pública a gente teve algumas situações Já que aconteceram Pode ser então ter uma nova recomendação favorável de incorporação da tecnologia isso aconteceu poucas vezes mas quis trazer para vocês saberem que é possível solicitar uma audiência pública beleza Verônica entendemos o fluxo da conitec mas ok que metodologia que usa cada
um usa da sua cabeça não a conitec faz uso de um processo multidisciplinar chamado ats que é avaliação de tecnologias em saúde que considera várias questões para definir o valor dessa tecnologia dia em vários momentos do ciclo de vida dela justamente para através desse processo multidisciplinar ajudar o tomador de decisão a tomar a sua decisão Então quem faz esse processo de análise são os tecnologistas Ou de nats ou do próprio departamento de gestão eh do ministério da saúde e eles vão entregar esse relatório apresentar esse relatório aos membros da conitec que portanto farão a sua
recomendação que que a TS considera ela vai considerar toda a questão Econômica né de custo etc a questão organizacional ou seja como é que a gente vai fazer esse medicamento chegar na mão das pessoas vai ser eh por por aéreo vai ser tem que ter Câmara refrigerada etc as questões clínicas claro né para quem que é indicado se é seguro ou se não é seguro se é efetivo esse medicamento e a questão dos pacientes ou seja questão social e como que isso aqui acontece então através da consulta pública por exemplo e da perspectiva do paciente
depois que a conitec analisou tudo e vai fazer a sua recomendação abrir a consulta pública que é um formulário que você vai dizer assim bom eu concordo essa medicação tem que ser incorporada ao SUS ou eu não concordo essa medicação não tem que ser incorporada ao SUS e por que você tem essa opinião Por que você quer relatar essa experiência e aí por exemplo vamos pegar um exemplo de fibrose cística que eu falei que eu tenho eu vou falar assim olha meu nome é Verônica eu tenho tantos anos eu fui diagnosticada com 23 anos Antes
de eu começar a usar essa medicação eu tinha tal tal tal sintoma Agora melhorou muito eu ganhei função pulmonar eu melhorei minha qualidade de vida ou eu vou falar assim olha eu não faço uso dessa medicação ainda portanto a minha qualidade de vida é muito ruim a minha jornada é x eu realmente precisaria melhorar minha qualidade de vida Acontece determinada situações na minha condição de saúde e não só o paciente mas também o familiar o profissional da Saúde ele pode dar uma contribuição de experiência quer dizer o quê ele pode dizer o que acontece o
que ele vê no acompanhamento dele com pacientes ou enviar novas evidências científicas do tipo conitec olha só tem um outro artigo aqui super recente incrível com vários resultados legais que vocês precisam considerar consulta pública então é enviar uma contribuição pensando que você é o tomador de decisão imagina que você tem a caneta e você precisa receber uma informação que te ajude a tomar uma decisão E aí você consegue montar sua contribuição com bastante qualidade e não adianta Só falar Minha Vida Não Tem Preço minha saúde é meu direito não é uma votação A consulta pública
né E essas experiências todas do paciente e da sociedade que tá envolvida nessa comunidade né de determinada doença como por exemplo demofilo então a participação social é uma diretriz desde a Constituição do SUS é a forma dos indivíduos se envolverem em processos decisórios e as agências de ats precisam conciliar decisões técnicas de envolvimento da sociedade justamente porque essa experiência legitima TS possibilita que a decisão seja baseada em evidência e contribuições né e prioridades dos pacientes e as agências de ats do mundo já tem considerado maneira de incorporar essas perspectivas tem até uma frase muito importante
que eu adoro de um dos maiores pesquisadores de ats do mundo que inclusive assina a nova definição de ats é o principal autor do artigo ele diz assim se você não tá envolvendo pacientes você não tá fazendo ats é simples assim então já chegando no final da minha fala vou contar para vocês como que a gente pode participar desses processos de tomar de decisão Então vamos supor que tem uma medicação para hemofilia sendo avaliada agora para conitec e que abriu uma consulta pública consulta pública nada mais é do que um formulário como eu falei você
vai ter que se inscrever vai ter que participar fazendo o login pelo seu govbr lá no site da conitec vai preencher alguns dados pessoais seus e você vai responder perguntas como você já tem experiência com esse medicamento Quais foram os efeitos positivos que você sentiu o que que você sentiu de Negativo você tem experiência com outros medicamentos como que é a tua jornada com a doença né você vai contar um pouquinho disso tudo através da consulta pública e a perspectiva do paciente que é uma um outro mecanismo bastante importante ele Acontece uma chamada pública você
se inscreve se você quiser falar 10 minutos na primeira reunião e aí essa pessoa vai poder participar e representar essa comunidade não vai ser só sobre a história dela vai ser sobre a vida de muita gente mas ele vai ser o representante com contando sobre a experiência claro que 10 minutos é muito pouco para falar tudo mas é um momento que tem que ser muito bem aproveitado e utilizado a conitec afirma que tudo isso é organizado inserido num relatório e que vai ser analisado pelos membros e é um trabalho que inclusive eu pessoalmente fiz bastante
grande eh no meu mestrado eu fiz uma análise de como eles estavam analisando isso como eles estavam incorporando isso na tomada de decisão e sim a gente comummente vê eh possibilidade de melhoria nesse processo Mas a gente não pode também deixar de mandar uma contribuição de qualidade e exigir que isso seja analisado de forma correta e realmente utilizado pelo tomador de decisão aqui só para vocês verem a carinha né do da perspectiva do paciente basicamente abre essa chamada pública no site da conitec você vê qual é a chamada que tá aberta se inscreve você vai
ser convocado para uma primeira reunião vão ter que decidir ali entre todo mundo quem vai ser o representante quem vai eh ser o suplente e no dia da reunião você vai poder falar por por 10 minutos sobre a sua experiência de novo pensa com a cabeça de quem toma decisão que informação que você tomador de decisão gostaria ou precisaria receber caso você tivesse com uma decisão na mão sobre a incorporação ou não de uma medicação assim você vai conseguir dar uma contribuição bem melhor você vai conseguir pensar que dado que é importante ele saber lembretes
importantes da consulta pública Ela não é uma votação não é copia e cola portanto não p pega o texto que o amigo fez para colar na tua contribuição não é um abaixo assinado E o que mais importa é o conteúdo e a qualidade do que você tá mandando Lembra Você é o tomador de decisão que informação que você gostaria de receber caso você não entendesse muito bem sobre aquele assunto ou tivesse em dúvida e quem que tem contribuir numa consulta pública várias pessoas médico com evidência de vida real e novos artigos associações de pacientes os
próprios pacientes familiares e a comunidade em geral lembra Pensa como tecnologista pensa como membro do comitê o que te ajudaria a tomar a decisão Essa é a carinha do login da consulta públ você entra no teu govbr vai participar das consultas públicas que estão abertas tem que ter o aplicativo do govbr no seu celular porque vai pedir código de acesso que é o tokinho Então tem que ter o aplicativo também no seu celular as consultas públicas ficam direto na home né do site da conitec na na página principal ali em consultas públicas e esse é
o relatório pra sociedade você tem que fazer também a leitura é importante fazer a leitura do relatório porque aqui que vai dizer eh Por que que essa essa tecnologia por exemplo não teve recomendação para que que ela é indicada vai te ajudar a embasar a sua contribuição porque você vai conseguir ler no relatório e inclusive assistindo o vídeo da contribuição Que que foi discutido que informação Poderia ajudar mais eles falaram que talvez não seja tão eh benéfico pro paciente por exemplo ficar tomar uma injeção subcutânea in invés de um intravenoso Mas você vai falar assim
não não eu sou paciente realmente faz muita diferença fazer o subcutâneo do que o intravenoso porque melhora a minha qualidade de vida etc etc etc e aí quando a gente fala de exemplo né pensando como quem toma decisão imagina que você recebe assim minha vida não tem preço esse medicamento é meu direito isso não tá errado a vida da pessoa não tem preço e o medicamento é direito dela mas imagina que você tá em dúvida sobre incorporar recomendar favorável ou não a uma tecnologia para fibrose hística por exemplo peguei um exemplo ali de uma consulta
pública que a gente teve e e você escreve assim com três dias de uso eu não tinha mais tosse com um mês eu ganhei 5% de função pulmonar 3 Kg eu consigo dormir melhor respirar melhor tenho fôlego e uma disposição que eu nunca tive antes Poxa vida se você tava em dúvida se esse medicamento era realmente efetivo e ajudava na qualidade de vida da pessoa essa contribuição pode te ajudar Claro se a análise for adequada disso E se o tomador de decisão fizer uso disso mas aqui a gente tá falando sobre como construir a contribuição
por por fim Mari vai ficar brava que eu passei uns minutinhos do tempo que ela me deu desculpa mas entender o processo é fundamental para agir de uma forma melhor para ter uma melhor atuação consulta pública não é votação que mais importa é a qualidade da tua contribuição relato de vida real são muito importantes para melhor tomar de decisão e a tua experiência é muito valiosa ela não tá em nenhum artigo científico o que você viveu o que você sentiu é seu é único é muito importante e não tá em artigo científico nenhum eu agradeço
muito o tempo de vocês espero que vocês tenham conseguido absorver alguma coisa sobre essa complexidade que a tesse de uma forma um pouquinho mais didática e leve e qualquer coisa eu tô a disposição um beijo e até a próxima Obrigada Verônica pela sua apresentação sempre Clara e precisa eh eu vou apresentar agora os convidados dessa noite que já estão aqui no palco Indianara Galhardo graduando em serviço social e Técnica em Administração de Empresas é fundadora e vice-presidente da abrap e mãe de um adolescente com hemofilia grave Francisco careta é biólogo com mestrado e doutorado em
investigação biomédica professor do departamento de farmácia e Nutrição da Universidade Federal do Espírito Santo tem hemofilia a grave antoan derer empresário e cientista político dedica a sua vida à causa das doenças raras em 2012 se envolveu com advoca quando descobriu que seu filho tem a síndrome do Hunter MPS tipo 2 é fundador e presidente da casa Hunter presidente da febra raras e da casa dos raros membro do Conselho Nacional das pessoas com deficiência o conade e membro do có saúde da Agência Nacional de saúde suplementar sejam bem-vindos eh e para participação virtual eu gostaria de
dar boas-vindas à Dra Joice Aragão coordenadora geral da Coordenação Geral do sangue hemoderivados Ela é médica da pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e ao thgo Farina Matos que é advogado sanitarista especialista em Direito sanitário e membra do Conselho jurídico da Confederação das santas casas de Misericórdia sejam bem-vindos para começar eu gostaria de fazer uma pergunta pra Dra jo D jo a gente sabe que há essa comissão no ministério da saúde que avalia as tecnologias como a Verônica apresentou e uma vez que essa tecnologia é incorporada existe todo um processo que inclui a compra
do medicamento logística ajustes nos protocolos da distribuição entre outras questões tudo isso acaba influenciando o tempo entre a incorporação e a efetiva disponibilização ao paciente eu gostaria de entender melhor do ponto de vista da coordenação do sangue quais são os desafios para vocês com a chegada desses novos trat entos e que medidas são adotadas ou vislumbradas para garantir a sustentabilidade e o acesso dos pacientes a eles bem eh não são tão complexos são os momentos em que as coisas acontece no momento em que uma incorporação vai precisar do orçamento o período em que isso acontece
durante o ano ela pode causar um atraso porque o orçamento vem ano anterior né sem aquela previsão então e dependendo da da do nível do orçamento né qual é o valor desse orçamento se ele pode entrar já naquele orçamento que tá estabelecido ou se ele precisa de um de de aguardar o próximo orçamento né Por exemplo na questão do do mcis umab a gente a portaria ampliou e a gente teve que agregar mais 500 milhões Então isso é um orçamento alto que vai implicar em um tempo para que isso possa eh efetivamente chegar à compra
a outra questão é dependendo da complexidade do pcdt se isso exige a cadastros específicos né Se as pessoas que estão eh eh eh que estarão dentro do protocolo se essas pessoas estão no nosso cadastro já definidos né como só volto a citar essa vivência Nossa com em então isso pode necessitar de recadastramentos ou de novos cadastramentos que aí já não depende da gente depende da rede não é Trazer isso pra gente o orçamento não então os dois pontos principais são esses mesmo os recursos disponibilizado para as compras porque eu tô falando dos medicamentos da da
demofilo são são centralizados quase todos eles não é então a gente tem eh eh eh eh o um cadastro e nesse cadastro que definimos com as informações que vem dos hemocentros eh a gente tem que saber o quantitativo de compra Então isso é é algo que consome tempo e consome necessidades específicas para que nossas compras atendam exatamente aquele número de pessoas que vão usar e e a gente também Garanta a sustentabilidade do processo de compra é um processo difícil complicado demais não não é mas exige tempo e cuidado principalmente porque a gente Depende de informações
que vê da própria rede e com relação ao orçamento não é nosso a gente tem que colocar no orçamento verificar se é possível fazer naquele momento se a gente tem que precisar então eu não diria que são dificuldades porque são inerentes a aos processos burocráticos e técnicos que nós temos para fazer compra adequada para que vá atender justamente aquelas pessoas que necessitam que vão passar a usar aquele novo protocolo obrigada doutora Joice uma pergunta adicional eh nessa questão da da hemorrede eh O que a coordenação faz eh ou como a coordenação sabe se os dados
estão sendo enviados de forma correta porque é uma responsabilidade da emrede nesse caso qual seria a responsabilidade do ministério junto a emrede para poder entender se esses dados estão corretos a gente tem uma equipe né com ficada para atender essa demanda tem a equipe tem o profissional ou os profissionais tem que validam aquela informação H todo o intercâmbio de trabalho dentro da equipe a equipe faz isso cada um tem uma função e são profissionais qualificados para lidarem com isso a gente tem tanto o sistema de cadastro né da da da equipe da Gi como o
profissional da equipe da da apc né área da da das quadr partilhas Então são Profissionais que são qualificados para trabalharem com esses dados e trabalharem junto aos hemocentros são disponíveis ou pedir esclarecimentos né então é uma equipe que já tem algum tempo a gente tá aumentando Inclusive essa equipe e com relação aos cadastros a gente precisa no momento a gente tá trabalhando nesse sentido de aperfeiçoamentos são necessários Sim a gente aa precisa aí estamos estamos fazendo um processo de trabalho agora o nosso consultor técnico pra gente eh eh detectar em que Pontos nós precisamos de
aperfeiçoamento é um trabalho continuado mas a equipe já vem trabalhando há muitos anos então o resultado que a gente tem com o qualitativo que a gente compra com o que é o que que é definido né daor rede com a coordenação a gente tem um saldo positivo naturalmente isso não pode ficar parado a todo momento então a gente precisa aperfeiçoar agora mesmo a gente tá trabalhando com análise de dados a gente tá tá tá buscando a ajuda de um uma pessoa que temha habilidade estatística não necessariamente o estatístico né mas que de análise de dado
pra gente aperfeiçoar mas temos trabalhado de forma a que atende as nossas necessidades mas a a a modernização e o trabalho é continuado de aperfeiçoamento Obrigada D Joice Vou perguntar para agora e enquanto mãe representante de associação de pacientes Qual é a expectativa das pessoas com hemofilia grave em relação a esses novos tratamentos que já estão aqui e os que estão no horizonte eh Obrigada Cris obrigada por estar aqui com a gente hoje bom como mãe Ah o coração fica assim alegre né Eh Porque tudo que meu filho passou ele tá com 12 anos hoje
o t e eu vejo que muitas crian crianças não vão viver algumas dores que a gente já viveu né então isso é o coração enche de alegria com essas novas tecnologias com esses novos tratamentos porém como representante Às vezes a gente fica com o coração um pouco frustrado justamente por conta que a gente sabe dos Desafios de ter o acesso ao medicamento né como a Dra Joice falou existe a questão do orçamento existe o procedimento existe todo um protocolo um processo para que até que esse paciente Receba essa medicação eh às vezes demora muito tempo
e a gente sabe que tempo além de ser dinheiro como muitos dizem tempo é vida né E a gente tem hoje muitos pacientes que estão longe de de de hospitais com com referência estão longe dos hemocentros e quando esses pacientes nos contatam e perguntam eu vou ter acesso a essas novas tecnologias Eh aí a gente vai explicar não no seu caso não você não vai ter o acesso então às vezes a gente fica um pouco realmente frustrado com algumas situações a gente precisa vislumbrar um futuro que tem avançado porém a gente precisa também lidar e
e orientar os pacientes a lidar muitas vezes com com algumas frustrações então eh a gente precisa compreender que o nosso país é gigante e que o SUS de quem está no sudeste é totalmente diferente por exemplo do SUS de quem tá no nordeste no Norte em regiões mais remotas e seria um sonho uma realidade aonde todo todos esses pacientes tivessem acesso a tecnologias melhores mas a gente sabe que isso ainda vai levar um tempo a gente sabe que nem todos vão ter o acesso ao mesmo tempo e como representante Eu acho que o nosso papel
é justamente esse de vir e representar e trazer as dores desses pacientes mostrar para todos os tomadores de decisão a realidade desses pacientes para que a gente possa junto construir o que a gente tá fazendo né caminhos para novos tratamentos para para hemofilia e sendo hemofilia de compra centralizada Quais são as dificuldades que você vê essas diferenças de quem está no Sudeste de quem está na região norte nordeste eh a diferença realmente a questão do do do acesso acho que a Equidade que é um dos princípios aí do SUS a gente pode dizer que ela
ainda não é uma realidade né Eh por exemplo a gente atende pacientes todos os dias que eh precisam viajar horas para poder ter acesso a uma consulta com o especialista às vezes paciente que tem não consegue fazer uma uma consulta ao dentista na cidade onde ele mora Porque ele não tem esse esse acesso então assim a gente tem que falar muito mais do que medicamento do que ter acesso a novas terapias a gente tem que olhar para esse paciente para essa pessoa como um todo como uma pessoa por completo Uma pessoa que precisa fazer um
tratamento dentário uma fisioterapia um acesso a um psicólogo e não tem então eh a gente precisa sabe que o o custo do medicamento é alto porém o paciente ele é muito mais do que apenas um consumidor de medicamento Ele é uma pessoa que precisa de atendimento por inteiro ela precisa não só ela mas a família as mães que muitas vezes ficam ali com medo de poder deixar o filho livre para brincar então tem casos de mães que moram aí a mais de 600 km dos hemocentros e que o bebê é pequeno e ela deixa no
cercadinho porque ela tem insegurança de deixar a criança brincar Então é isso a gente precisa olhar pro paciente além de liberar um medicamento x ou Y A gente precisa compreender que nós precisamos como organização como instituição como governo como estado dá a esses pacientes autonomia liberdade vida fora dos hemocentros e dos hospitais Obrigada ind thgo a gente sabe que você acompanha muito de perto reuniões da conitec e nesse acompanhamento né com a chegada dessas novas terapias que muitas vezes são mais caras também quais critérios Você acredita que serão priorizados para garantir que esses tratamentos sejam
acessíveis pelo SUS n né E aí pela sua experiência pela sua observação se houve alguma decisão recente que chamou sua atenção em que percebeu um esforço Claro para assegurar o acesso a uma tecnologia que seja transformadora na vida daqueles que precisam dela legal Cris primeiro Obrigado um prazer estar aqui com vocês nesse debate parabenizar a Mari por mais um evento acho que teve um caso recente que até eh acho que uma das grandes líderes desse movimento foi a Verônica que vocês acabaram de de de discutir que foi um medicamento paraa fibrose cística que eu acho
que houve realmente um um grande empenho aí né da sociedade civil e acabou esse empenho da sociedade civil Acabou também exigindo por parte da conitec um esforço né Eu acho que assim é difícil falar que o esforço foi da conitec acho foi um es esforço coletivo né um esforço da da sociedade civil eh dos Fabricantes das sociedades médicas também da conitec do próprio governo acho que foi uma confluência de fatores que que também motivaram né Essa essa incorporação agora assim eu tenho um pouco de preocupação eh porque acho que muitas vezes a gente presume que
o o processo de avaliação de tecnologias no Brasil ele tá muito robusto e infalível e eu acho que esse é um grande erro que a gente pode cometer assim é um processo que ainda tem muitas fragilidades né e eu acho acho que uma muito simples da gente entender é o próprio processo decisório há uma um grande componente de discricionaridade de subjetividade na tomada de decisão né são 15 eh representações estão ali dentro eh E então são 15 pessoas estão ali dentro e aqui meu comentário não é nada contra pessoas mas eh é o processo em
si né que o processo é formado por pessoas e quando você dá muita discricionaridade muita liberdade para as pessoas decidirem você aumenta muito o nível de ruído né daquela e há muitos estudos que mostram isso estudos de Psicologia mesmo comportamental em que quanto quando você tem um julgamento humano sempre há ruído sempre há vieses né nesse nesses processos decisórios então eu eu acho que isso é muito preocupante para o processo a gente tem que tentar o máximo diminuir esse nível de ruído E para isso eu preciso diminuir o nível de discricionariedade dessas pessoas né E
como é que eu faço isso eu tenho que criar algoritmos mais objetivos para uma tomada de decisão E então acho que esse é um fator que hoje me incomoda muito né na na na nesse modelo de de participação por exemplo quero tentar deixar até um pouco mais mais prática a minha fala né como eu falei você tem 15 membros desses 15 membros 11 São representantes do governo sete desses 11 São de secretarias do Ministério da Saúde você também tem ali Secretaria de estad da Saúde representados pelo conas municipais representados pelo conaz ens anvis e an
que são as duas agências também vinculados ao Ministério da Saúde todos eles são eh atores públicos que tem o seu próprio viés público e aí não é Nenhuma crítica é simplesmente uma uma constatação é um fato todos têm ali vieses e o viés desse público é é muito pensando ali nas demandas do público e as demandas do público do seus chefes do seu tem um componente também financeiro muito grande né muitas vezes olha tá estamos limitados de recursos aqui vamos ter que tomar decisões Eu sempre me preocupo quando quando vem esse discurso de que temos
que fazer escolhas né Eh simplórias assim olha vai isso ou e não vai isso né Eu acho que o você colocar 15 pessoas para votarem você tá criando meio que um tribunal do júri e é muito delicado né você 15 pessoas para definirem qual vai ser o futuro e eventualmente o acesso das pessoas em relação a tecnologias em saúde como que me parece eh que deveria ser eu não acho que primeiro que esses membros deveriam ter um papel de voto eu acho que eles deveriam todos ter um papel de estressar o sistema para garantir que
nenhum paciente fique para trás e o que que significa isso na prática olha todos eles vão verificar que há Desafios que há desafios econômicos né que às vezes o preço da tecnologia é muito cara que às vezes você precisa de uma rede instalada que às vezes você vai precisar eh achar alternativas com modelos de negociação diferentes quando você tem o comando né meio que o papel dos membros é votar que que eles vão fazer eles vão votar eles vão votar sim ou não é isso que eles vão fazer agora se você muda esse papel dos
membros não para votar mas para estressar o sistema de modo a fazer o possível e impossível para não deixar ninguém para trás eles vão começar a a olhar com com uma outra visão né o papel deles ali dentro então percebeu que há uma tecnologia boa mas ela é muito cara eles não vão ficar só pensando assim Olha vou ter que falar vou falar não porque é muito cara enfim ponto final eu vou começar a desafiar Será que eu não posso pressionar a indústria abaixar o preço será que eu não posso propor aqui ter ideias inovadoras
de modelos de negociação Será que eu posso eh eventualmente criar modelos de compartilhamento de risco estudar mais isso Será que eu posso pensar em algum modelo de incentivo fiscal eventualmente Será que eu posso pensar em modelos de doações de parte de medicamentos ou de outros medicamentos enfim eh eu acho que a gente precisa começar a pensar num espectro de alternativas para estressar o sistema não é só aquela decisão que tá no comecinho do espectro né que é por exemplo dizer sim pelo preço que estamos propondo E qual seria o outro extremo do do espectro é
eventualmente aumentar impostos ou quebrar patentes que são extremos que você tem que saber que você tem as alternativas regulatórias Mas não é para Us Us é para você não usar são bombas atômicas que você tem ali para para para saber assim um um campo de alternativas mas não para usar eu não quero usar esse extremo né Mas e no meio desses extremos assim eu tenho um monte de possíveis alternativas infinitas alternativas que a gente não perde que a gente não investe tempo né refletindo sobre elas e como implementá-las então na minha opinião O Nosso principal
desafio é uma é um redesenho do processo enquanto o processo estiver com um componente subjetivo tão grande e não é vou repetir não é uma crítica às pessoas qualquer ser humano eu lá dentro ia ter também vieses ruídos né eu eu ia ter também todos esses problemas psicológicos esses vieses psicológicos então assim é muito importante que a gente mitigue o risco de vieses psicológicos dando mais algoritmo para esse para esse processo decisório deixando ele menos subjetivo e transformando estas 15 pessoas em desafiadoras do processo né a hora que ela identificou que tem a que pode
beneficiar alguém mas é muito caro Estas pessoas têm que buscar estressar alternativas Para viabilizar aquilo de uma maneira que seja justa de uma maneira que seja sustentável pro sistema Obrigada Thiago Eh complementando eu queria você fala falou bastante dos algoritmos objetivos queria saber de você se você teria essas sugestões né de como é que poderia ser esse processo né quais seriam talvez esses critérios mais objetivos e se você percebe na Sua percepção se tem outros membros que não estão compondo né a ali a a conitec que poderiam ser também importantes Claro B Acho que primeiro
pensando nos critérios né Eu acho que eh primeiro a parte científica acho que a parte Clínica assim a gente tem que definir logo eh uma uma a superação da barreira sobre as evidências científicas eu acho que a gente tem que fazer essa separação assim dois capítulos de uma reunião essa talvez seja a parte mais fácil da gente definir algoritmos da gente definir critérios né porque você tem uma série de de modelos eh de de metodologias para isso e você também tem que reconhecer quando a uma metodologia que é comumente utilizada para determinadas situações como por
exemplo para doenças raras ou Ultra raras ela não é tão boa assim então talvez você tem que relativizar o uso dessas metodologias né para determinadas situações E aí você mantém inclusive vão ter situações em que você vai considerar estudo de fase dois como a melhor evidência e possível E aí para aqueles casos Você pode considerar aquilo e aí você fecha uma avaliação primeiro eh técnica científica verificou que a tecnologia é boa pode beneficiar pessoas e aqui quando eu tô falando em beneficiar pessoas óbvio que todas as tecnologias que tem registro na VISA Elas têm uma
garantia de eficácia né porque senão não teria sido registrada na VISA mas quando você faz um processo de ats você faz faz uma análise comparativa também Entre várias tecnologias que foram registradas na vis e tem comprovação de eficácia você faz uma uma avaliação também de eficiência de todas elas né eventualmente qual que produz mais né A princípio ali com com dentro ali da da sua da do do que se propõe a fazer e pro público elegível qual que teria ali a melhor capacidade de atender as pessoas da melhor forma possível você fazendo essa avaliação técnica
você passa por uma avaliação Econômica na avaliação Econômica Você pode ter alguns critérios como por exemplo a conitec até já criou um só que ele também acaba sendo subjetivo que é a questão dos limiares custo efetividade né Eu acho que vai ser é importante a gente ter um parâmetro meio que para simplificar processos mais simples então Eh viu que a tecnologia é boa e viu que ela tem deos limiares de custo efetividade né você já tem um comando ali meio que Para viabilizar aquilo não precisa discutir tanto assim né já que eu eu tenho o
meu padrão de Limiar de custo efetividade e eu sei que a tecnologia é boa eu acho que ali já pode ser um comando que vai inclusive mostrar pra sociedade civil o quanto que ela tem que também estressar out outros atores como por exemplo os detentores do registro para alcançar aquele Limiar agora uma coisa que não pode acontecer que a conitec tem feito é ela estabeleceu as regras do Limiar né diz lá que o limar tem que ser atualizado a cada ano já se passaram quase 3 anos e até agora ela não permitiu a atualização então
assim ela criou uma regra para ela mesma e ela não cumpre a regra para ela mesma isso gera uma confusão em toda a sociedade por isso que eu falo assim H há um campo ainda de subjetividade muito grande tem horas que eles consideram tem horas que eles consideram um um Limiar maior tem horas que é menor e eles não consideram Então acho que assim esses critérios T que estar muito claros não podem est na na boa vontade das pessoas naquele determinado dia horário de acordo com o seu humor eu eu sinto que isso acontece muitas
vezes né fora isso você vai ter que ter uma avaliação da sua capacidade de pagar porque uma coisa é é numa análise Econômica a sua disposição para pagar né quanto que você acha disposição a pagar eu vejo muito como preço justo então assim eu tenho um benefício gerado já vi o benefício e tem um preço dentro desse preço eu faço ali uma um cálculo ali né de Quali etc que é basicamente as assim o quanto que eu acho que é justo essa tecnologia E aí se enquadrou naquele limaro de preço justo eu preciso ver se
eu tenho dinheiro porque também o fato de ter um preço justo significa que eu tenho dinheiro para pagar né o fato de estar dentro da minha disposição para pagar não necessariamente está dentro da minha capacidade para pagar e aí acho que é uma discussão que também não faz a Citec não faz essa discussão ela não sabe quanto dinheiro ela tem para gastar né então acho que esse é uma é um outro componente que a gente precisa ter e a gente precisa ter isso de forma mais objetiva E aí que eu falo que o papel dos
membros não deveria ser votar sim ou não com um campo de subjetividade imenso Eles teriam que ter um papel de estressar o sistema para garantir que chega até o Limiar e que a gente tenha recurso né uma capacidade para pagar quero ver eles indo lá no Congresso Nacional discutindo né para acabar com emendas parlamentares para eventualmente projetos que não têm eh tanta relevância ou que poderiam aguardar e fazer um um um um uma reserva financeira justamente para atender eh coisas que são essenciais então assim é esse o papel que eu espero dos membros assim que
eles est prem o sistema para além daquele mundinho ali fechado em uma sala ali de quatro paredes né então acho que esse é um é um aspecto para mim e me parece ser algo absolutamente fundamental pra gente evoluir é uma eu acho que a gente precisa de uma grande reforma né de uma grande revisão desse modelo regulatório a gente tem que saber o que a gente quer se a gente não quer deixar ninguém para trás a gente precisa estressar mais o sistema né Agora se a gente quer tomar decisões simples e deixar nas mãos de
15 pessoas né com grande grau de liberdade a decisão sobre De repente é a chance das pessoas terem mais qualidade de vida ou mesmo mais tempo de vida né eu eu me preocupo muito com essa com esse modelo se a gente for escolher dessa forma obrigada thago Tony eh a gente sabe que o primeiro acesso a muitas terapias né inovação ela acontece por meio da pesquisa clínica E aí eu queria saber de você como é que se avalia o papel do Brasil Nesse contexto Global né se é preciso como é que são esses processos se
é preciso algo para desburocratizar os processos paraa entrada de mais estudos clínicos no país muito obrigado Cris Obrigado ah Mariana pelo convite uma honra estar aqui com todos vocês realmente a pesquisa é fundamental para o primeiro acesso que a gente diz às terapias inovadoras né como é o Brasil hoje né nessa área de pesquisa se a gente volta para 2017 nós tivemos nesse ano muito avanço considerando primeiro a área regulatória agência reguladora que é Anvisa nós tivemos duas resolução a 2004 né e a 205 204 referente que disp referente à aprovação eh tipo um Fast
track para pesquisas clínicas em doenças raras no Brasil né então acabaram com essa resolução acabaram com a burocracia com o tempo de espera para poder aprovar início de uma pesquisa Clínica no Brasil e depois tivemos em 2018 a resolução 260 que trata dos critérios né para as pesquisas em terapias avançadas e a Anvisa foi a primeira agência na América Latina que teve que criou uma resolução né específica para as terapias avançadas muitos dos nossos pacientes não poderiam esperar né ah acabar pesquisa nos Estados Unidos ou na Europa ou qualquer lugar do mundo registrar o produto
lá fora depois registrar no Brasil a ter acesso comercial o paciente perdeu a vida ou degenerou de uma tal maneira que não consegue aproveitar o ganhos que pode vir por essa pesquisa então nós tivemos avanço em 2017 na Anvisa até Anvisa em 2019 se tornou membro do I né uma das agências reguladoras mais reconhecidas do mundo entre os seis melhores vamos dizer assim e também em 2017 nós trabalhamos foi a casa Hunter especificamente para ter uma resolução no Conselho Nacional de saúde a 563 porque antes dessa resolução 563 a gente só tiha a resolução 466
que ela obrigava entre aspas qualquer patrocinador de pesquisa normalmente Indústria Farmacêutica a arcar com participante do pesquisa pro resto da vida se houver benefício Claro se a pesquisa foi aprovada que teve houve esse benefício para paciente a indústria i a ser obrigada a arcar a pagar esse medicamento para resto da vida quando se trata de doenças raras especificamente Ultra raras a incidência muito pequena abaixo de 50 paciente no país aí nenhuma indústria queria trazer a pesquisa para cá fase um dois ou três porque como ela vai colocar numa pesquisa 20 paciente se ela vai comercializar
para 40 algumas das das das doenças que a gente tem no Brasil tem sete paciente 10 paciente como nós vamos convencer uma indústria traz a pesquisa pro Brasil coloca os pacientes e só tem esses pacientes né entre aspas ou tem poucas pacientes para serem comercializado então Nós criamos eh trabalhamos para ter uma resolução a 563 aonde ela limitou o pós-estudo para 5 anos a pós Semede mas apenas para as Ultra raras e isso eu posso falar de um dos centros do professor Roberto Giuliani nosso parceiro Aumentou a quantidade de pesquisa mais de 50% nos primeiros
3 anos considerando a a a a covid a pandemia mesmo assim continua aumentando para 100% a quantidade após a 563 só que a situação hoje me permite né falar né infelizmente teve um retrocesso muito grande com a aprovação do projeto de lei da PES 14 874 em 28 de Maio desse ano que dispor sobre a a pesquisa em ser humanos ela trouxe o lado bom segurança jurídica para todos que querem fazer pesquisa no Brasil mas no mesmo tempo o veto do presidente referente ao p estudo que foi colocado também da mesma forma que a resolução
5 anos mas para todas as pesquisas de raras Ultra raras comuns Foi estabelecido o prazo de 5 anos para todos Infelizmente o presidente votou esse artigo especialmente de que garante o pós-estudo apenas para 5 anos então nós temos um problema sério hoje para as raras Ultra raras nós vamos ter dificuldades de trazer pesquisa no país se esse veto continua dessa maneira o Congresso Nacional prometeu trabalhar algum algum da frente parlamentares de doenças raras estão trabalhando para tentar vetar esse veto né pra gente continuar garantindo apenas 5 anos para poder viabilizar essas pesquisas no nosso país
e a gente conseguiu é bom se colocou na tua questão que era fase 3 mas após a 563 a gente conseguia trazer muitas pesquisas fase 1/2 e isso ajuda muito né os pacientes Não precisa esperar tanto né para ter acesso essas novas terapias porém falando das terapias avançadas eu acho que não vamos esbarrar com com o problema de pós estudo porque quando a gente fala que são terapias alvo One shot uma vez só então não tem problema paraa indústria trazer pro país porque ela vai tratar paciente uma vez só né não vai precisar de dar
medicamento pro resto da vida isso eu não acredito que vai ter um problema da gente trabalhar no Brasil e ou trazer mais pesquisas pro Brasil mas a maior problema são as terapias que precisam de infusão semanal ou terapias orais ou qualquer outra terapia esse si vai ter problema sério e falando de retrocesso não apenas na pesquisa esse ano ano de retrocesso na área de saúde na área de doenças raras infelizmente né então não apenas tivemos o problema com pesquisa através essa esse projeto de lei tivemos outro problema com v do supremo infelizmente acabamos de ter
agora alguns dias atrás o Supremo votou e referente ao acesso ao medicamento via judicial no Brasil colocou que a conitec será a última chancela para poder dar acesso a um liminar ou ter acesso à judicialização no nosso país e que que isso significa não importa todos os critérios que a gente vai poder atender vai ter mais um critério se o medicamento não tá aprovado na conitec Praticamente você não pode judicializar nessa decisão eu acho que o Supremo ele admite que o sistema é ineficiente porque no momento que ele fala que você terá acesso à aquele
medicamento aprovado pela conitec mas não tá disponibilizado na farmácia esse medicamento você pode judicializar sign que ele admite que o sistema tá mal gerido e temos uma ineficiência absurda no nosso sistema único de saúde infelizmente Obrigada Tony a gente até vai voltar nesse ponto depois eu queria só te perguntar ainda do ponto de vista da pesquisa Qual foi a justificativa para esse veto do presidente Aliás ele não teve justificativa ele apenas vetou a justificativa do Conselho Nacional de saúde que trabalhou junto com o presidente para poder vetar que a garantia dos pacientes é que tem
que dar medicamento para resto da vida só que o próprio Conselho Nacional ele tinha aprovado a resolução 563 pras Ultra raras mas como o projeto de lei ele falhou nesse sentido colocou todos num pacote só ele não separou as Ultra raras das doenças comum então o presidente não poderia apenas vetar para as doenças comum deixar as raras ele vetou todas de uma vez só bom antes de passar para Francisco uma última uma pergunta em relação a isso eh do ponto de vista do paciente quando ele tinha o acesso a tratamento por toda a vida e
agora com tratamento por 5 anos como é que você acha que fica o entendimento dele em relação a isso seguinte claro que a gente gostaria eu como pai de um paciente com doença Rara e meu filho tá numa pesquisa ele tem est apenas 5 anos né Pesquisa quanto foi aprovada dele só 5 anos após Semed É claro que eu gostaria dele ter acesso ao medicamento pro resto da vida via pesquisa Mas qual a gente prefere ter pesquisa ter acesso e depois é brigar Para incorporar o medicamento para todos ou não ter a pesquisa aqui e
no salvar a vida desses pacientes meu filho tá vivo aqui tem 15 anos graças a essa pesquisa Então qual a gente prefere trazer as pesquisas e ter esse acesso antecipado ou barrar as pesquisas no país e e e tudo que a gente quer propor aqui tem que ser sustentável para todos seja pro governo seja pro paciente seja pra própria indústria também não é justo eu sei que a Indústria Farmacêutica ganha dinheiro com medicamento mas quando se trata do Ultra Rara se tem poucos pacientes Não é justo ela pagar mais que metade desses pacientes pro resto
da vida não compensa comercialmente falando para ela arcar com poucos pacientes né ela vai vender para 20 se ela colocou mais 20 né vai pagar 20 faz a conta não fecha então para nós né viabilizar pra gente poder viabilizar a pesquisa no país tem que ser vamos dizer assim uma coisa justa por isso quando foi aprovada a resolução a proposta era Conselho Nacional queria 10 anos após Anvisa eh o Ministério da Saúde queria apenas após a incorporação na conitec que dá na mesma a gente estava pedindo 2 anos aí eu dei a proposta vamos fazer
5 anos nem 10 dois 5 anos após Semede Por que após Semed Porque no momento que você registra o preço no país a tendência de qualquer indústria não ir pela Via judicial se ela quer agir de uma fé vamos dizer assim Claro que não é todos vão agir de uma fé a tendência é ir pelo caminho legítimo que é pedir incorporação para conitec agora se conitec não incorporar ou incorpora aí o problema da conitec não é mais problema da indústria ela fez a parte dela não é problema do paciente então cada um né se coloca
na responsabilidade dele a indústria faz a responsabilidade dela registra Naisa registra preço e pede incorporação Aí cabe ao governo depois lutar também né Obrigada Ton bom vou passar pro pro Francisco Francisco uma queixa recorrente entre os representantes de associações de pacientes é o despreparo e a falta de conhecimento de alguns profissionais de saúde no manejo dessas novas ter ou mesmo de outras né no Cuidado com pacientes e aí Especialmente nos casos graves com múltiplas intercorrências eu queria que você comentasse sobre a importância da capacitação contínua dos Profissionais de Saúde e como é que as associações
de pacientes podem colaborar com poder público obrigado obrigado pelo convite é uma satisfação estar aqui essa pergunta é bastante complexa e vou fracionar em várias partes primeiramente o tratamento das coagulopatias envolve tanta medicação quanto a prestação de de atendimento por uma equipe multiprofissional Então hoje medicação nós temos e como eu sou do Espírito Santo eu vou tentar utilizar mais exemplos da minha região eh então nós temos as medicações nós temos os fator e esse fator de coagulação ele precisa estar na casa do paciente para algumas pessoas é muito mais fácil aquelas pessoas que moram na
capital ou cidades que tem ocentro buscar medicação mais fácil pessoas que T carro pessoas que T melhor poder aquisitivo essas pessoas T mais Facil de buscar medicação Então embora o tratamento esteja disponível para todos para algumas pessoas vai ser mais fácil para outras pessoas vai ser mais difícil falando de em termos de medicação falando agora a respeito de prestação de serviço de equipe multiprofissional a gente vai encontrar problemas semelhantes então no Espírito Santo hoje nós temos cinco cidades que fazem a dispensação do fator do coagulação apenas a capital que nós temos uma equipe multiprofissional completa
Então as pessoas que moram na capital Elas têm acesso a a expertise desses profissionais com muito mais facilidade do que aqueles pacientes que estão em cidades que não tenha essa equipe multiprofissional a respeito de capacitação ela também é bastante complexa porque a capacitação precisa ser continuada em termos de novas medicações a gente nem tem tantas novas medicações para as doenças da coagulação então eh eh nem dá para pontuar muito a respeito da dessas capacitações Então vão me ater mais a a orientação de preparo de medicação e também de como que esses demais profissionais da equipe
multiprofissional pode contribuir eh é muito importante a gente entender que o Centro de Atenção especializada das doenças da coagulação é o Hemocentro Então como já foi mencionado Alguns hemocentros vão poder ofertar isso com mais efetividade do que outros por causa do tamanho da equipe mas a gente também entende que a atenção primária pode desenvolver um papel muito importante no atendimento das doenças da coagulação seja para auxiliar na infusão da medicação do fator porque o tratamento hoje ainda é intravenoso tem famílias que TM dificuldade de funcionar o filho tem famílias que T mais facilidade e para
aqueles pacientes que moram longe do hemocentro ter um profissional numa UBS que fa essa aplicação do fator vai ser muito mais fácil pra família podendo aumentar ao tratamento o que a gente vê quando a gente olha pro interior do Estado Mas mesmo também na nas capitais é que o profissional que está na atenção primária muitas vezes ele não tem conhecimento nenhum da medicação e por isso que é importante essa capacitação constante eh falando então da capacitação de como que ela vai ser oferecida eu penso que é muito importante a gente fazer a capacitação com profissionais
muito bem capacitados obviamente mas que a gente também insira a participação do paciente nesses programas de capacitação por quê Porque a gente sempre fala que nós queremos um tratamento humanizado E se a gente quer um tratamento humanizado a gente precisa ter o paciente participando tando participando nas tomadas da decisão conversando com o médico opinando sobre seu tratamento conseguindo relatar sobre as dificuldades que ele tem quanto o paciente que possa mostrar o seu dia a dia para aquele profissional que está na atenção primária sobre a importância de como que esse profissional pode pode auxiliá-lo no na
evolução do seu tratamento por que a participação do paciente Porque a partir do momento que você tem um paciente falando para profissionais a doença Deixa de ser um capítulo de um livro e passa a ter uma cara agora a gente tem uma mãe falando a gente tem um paciente falando isso traz uma série de vantagens o empoderamento do paciente o fortalecimento do vínculo do paciente com o profissional e e eu penso que essa é uma boa maneira de de desenvolver esses programas então Secretaria de Saúde Já possui alguns programas de capacitação Mas como as doenças
saras são tantas Muitas vezes os profissionais de saúde não conseguem ter dimensão de todos e quando cada doença Rara dessa deve ser abordada por isso que é importante também a sociedade civil apresentar as demandas preferencialmente já com alguma solução Então vai ser uma capacitação com quais profissionais Qual a equipe multiprofissional se tem um se tem um um fisioterapeuta que pode ser capacitado na na atenção primária qual vai ser o fisioterapeuta que vai fornecer essa capacitação quão didático ele vai ser mesma coisa pensando no enfermeiro mesma coisa pensando no médico eh qual o melhor paciente para
entregar uma equipe de um programa de capacitação se a gente consegue levar isso pros programas de capacitação que a secretaria de saúde já tem e se a gente consegue introduzir a importância da de uma educação continuada em coagulopatias envolvendo vários atores e atores que já têm um conhecimento de como que a é a melhor estratégia de de educação e se a gente tem um um programa da Secretaria de Saúde de grande difusão a gente consegue levar para número maior de profissionais uma capacitação que pode ter mais sucesso porque uma queixa que a gente tem sempre
no nosso dia a dia né a gente eu que tenho hemofilia de anar aqui que é mãe é que geralmente o os atendimentos dentro do ocentro Eles são muito bem realizados porque o profissional vê o paciente crescer o profissional entende muito bem do prepara da medicação mas quando a gente vai para uma emergência para quando a gente vai paraa unidade básica de saúde ninguém ouviu falar de hemofilia ninguém ouviu falar de doença de bom lebran todo mundo vai ficar com medo de preparar aquela medicação tá então eu acredito que possam ter várias estratégias né a
gente tem trabalhado algumas assim no Espírito Santo e espero que a gente tenha sucesso né na com essas estratégias que que estão sendo estudadas agora eu acho que um ponto que você trouxe é essa questão da rede de atenção né da falta da Coordenação muitas vezes do cuidado de uma linha de cuidado paraa hemofilia também né Então queria saber eh um pouco como é que se enxerga isso no Espírito Santo e se há abertura na Secretaria de Saúde do Espírito Santo para fazer essa capacitação em conjunto com a sociedade civil é hoje nós temos uma
linha de cuidado eh das doenças coagulação do Espírito Santo foi publicada recentemente então isso foi um ganho muito grande ela não é perfeita né porque nós perdemos um um hospital de referência de uma cidade com um volume grande de pacientes e foi direcionado para um outro hospital num uma cidade que não tem pacientes então ela não é perfeita porque precisa de algumas adequações mas ainda assim eh é muito importante a linha de cuidados Porque a partir de agora a gente tem documento que a gente pode fazer cobranças tá eh hoje das tentativas que nós tivemos
de acionar a secretaria de saúde e os programas que a secretaria de saúde tem pelo menos no Espírito Santo a receptividade tem sido muito boa Principalmente quando se chega com a demanda e com uma possibilidade de solução então qual seria a possibilidade de solução por exemplo eh quem são os treinadores Qual material que vai ser construído quem vai construir esse material quais vão ser os palestrantes quais cidades vão ser vão receber os treinamentos tamanho da carga horária do treinamento então pro pra secretar secretaria de saúde já receber um volume de informações para eles também é
bom e pra gente também é bom porque muitas vezes quem está na Secretaria de Saúde não tem o conhecimento da coagulopatia então compete a gente também levar um modelo que a gente considera que vai ser importante mas também não pode ser Qual é modelo por isso que eu sempre defendo que alguns profissionais de grande competência e experiência do hemocentro que que atendem o paciente que estão na ponta do atendimento façam parte dos programas de capacitação porque esses profissionais vão ser a referência para a prestação das capacitações para atenção primária Obrigada Francisco eh a gente tem
algumas perguntas no chat que eu gostaria de fazer a primeira delas é qual que é o impacto do protocolo de 180 dias da conitec para incorporação de medicamentos no SUS sobre o acesso e tratamento de pacientes com doenças raras considerando que a agilidade na incorporação é crucial para que esses para esses pacientes que dependem de Terapias específicas e eu acho que a pergunta é quais são os principais desafios enfrentados para garantir que uma vez a aprovada né essa terapia chegue rapidamente aos pacientes que estratégias estão sendo adotadas para minimizar possíveis atrasos e garantir um acesso
mais eficiente eh não sei se alguém Gostaria de responder Doutora Joice é tão ouvindo porque a gente tava sem som viu Acho que eu e o Thiago não tá ouvindo nada vou repetir a pergunta eh uma pergunta da plateia eh uma vez Qual que é o impacto do protocolo de 180 dias da conitec para incorporação de medicamentos no SUS e aí a pergunta é quais os principais desafios enfrentados para garantir que uma vez aprovada essa terapia chegue rapidamente aos pacientes e que estratégias estão sendo adotadas para minimizar possíveis atrasos Olha Mariana esse processo ele existe
ele tá lá sendo executado dessa forma né como o Tiago fez as colocações quer dizer há todo um processo nessas incorporações que precisam ser revistos ser revisados para que haja maior agilidade entendeu nós da Coordenação temos essas normas e nós temos um processo de operacionalizar o que a conitec resolva essas normas estão resolvidas e nós trabalhamos para tentar agilizar ao máximo né É claro que no como eu falei antes o processo de incorporação inclui várias situações por um Inclusive a própria qualificação dos profissionais para o uso de novos protocolos o que a gente tá fazendo
no momento com a imede eh eh preparando fazendo várias capacitações já fizemos vários várias delas com toda a hemorrede para qualificar para o uso do protocolo então se há questionamentos e pontos a serem eh eh modificados realmente aqui se fazer uma ação para se colocar em Pauta todo esse processo né o processo que a Contec as normas que estão lá porque nós quanto coordenação estamos submetido a essas normas sabe então a gente não tem desculpem aqui não tem e e e avaliações imediatas lá na rede do impacto a gente trabal tralha para agilizar o máximo
para ver para superar as questões principalmente de orçamento e sustentabilidade do tratamento Agora não dá para sozinho no núcleo tomar decisões são muitos pontos a serem revistos são muitos pontos a serem trabalhados né H necessidade de discussão de impacto de revisão sim são setores diferentes nós operamos o que os outros setores normatizam então a gente pode propor e tem propostas sim mas isso requer um grau de organização e discussão para que essas coisas sejam sej revista em todo o conjunto quando a gente recebe uma incorporação imediatamente a equipe já tem qualificação para isso mas dentro
daquele processo de tempo para ver orçamento para ver quando foi o ano que se aconteceu Quais quais são os procedimentos necessários para que a gente Garanta a compra de dentro daquele prazo isso a gente tem garantido todo o processo de conta agora ele pode ser diferente ele pode ser menor ele pode comorar mais rápido isso precisa mexer com a estrutura que está estabelecida de compras muitos procedimentos de da compra quem conhece não sei enquanto Mariana você conhece como se dá o processo de compra nosso n é ele Depende de outras áreas a gente trabalha com
vários setores então não pode somente um localo requer que que haja uma um um processo de discussão e que todos interajam pra gente poder avaliar isso pode ser isso não pode pode ser mais ágil que Impacto isso tem na população Normalmente quando a gente estabelece um protocolo não tira de vez um outro que tá vigente né tem que esperar to do momento até que tem o startar para chegar até lá qual o impacto nesse espaço aí pode ser mais rápido precisa ser mais rápido Então são questões que que tão em pautas para para discussões para
interferências principalmente do na sociedade civil organizada né que a gente tem precisa muito que essas coisas entrem em discussão e sejam revistas são vários processos operacionais e e muitas vezes assim são processos eh eh operacionais únicos para várias coisas que tem especificidade uhum e aí a gente precisa sentar e trabalhar e discutir e ter esse processo de trabalho obrigada doutora avaliar assim sem sem a gente ter e essa essa avaliação conjunta fica meio perdido e e não vai levar nada mas que carece disso carece obrigada doutora jo oi tô ouvindo se nós temos não tá
ouvindo agora ouvi é é uma pergunta do Tony tá aliás tô achando Assis a lógica Exige se nós temos um Fast track na avaliação regulatória no nosso país nós precisamos ter também um Fast track na incorporação dos medicamentos e na pactuação não adianta eu aprovar incorporação e não ten uma pactuação né rápida eh que acontece se vou falar de hemofilia hemofilia tem uma vantagem maior dentro das doenças raras porque tem um centos estruturados no país que consegue receber qualquer inovação rápida qualquer pactuação eles conseguem fazer de uma forma mais célere agora pras demais doenças raras
infelizmente a realidade é diferente diferente em vários aspectos primeiro quando o Ministério da Saúde cumpre os se meses PR doenas raras quase nunca quase nunca nós temos agora terapia Gica aprovada incorporada Desde dezembro 2022 até hoje não tem nada a maioria das doenças ras se você puxa a lista levaram anos para ser pactuados não se meses eu não vou exigir 3 meses que avisa para aprovação ou 4 meses se conseguem cumprir os 6 meses é ótimo mas cumpra os se meses que na maioria das vezes não consegue cumprir os se meses e para isso necessita
de um ecossistema completo não apenas um trabalho burocrático eu vou cumprir vou financiar e acabou não tem que ter um trabalho também na ponta centros que conseguem também ser eficaz no trabalho e conseguem receber e aplicar esses tratamentos de uma forma adequada aonde também o Ministério da Saúde terá o controle também sobre esses tratamentos eu acho que nós precisamos conversar muito discutir muito essas formas de incorporação rápida tem que ser para as doenças raras mas para isso tem que montar um ecossistema completo desde diagnóstico até tratamento capacitação né centros adequados eu acho que tudo isso
tem que est eh envolvido na questão Obrigada Ton uhum bom eu vou passar para as considerações finais porque a gente tá com tempo limitado mas eu vou lançar aqui as duas outras perguntas da plateia que vocês podem utilizar nas considerações de vocês eh uma delas é que as vivências e as opiniões dos pacientes são essenciais para construir métodos de participação adequados em ats como é que vocês avaliam os métodos de participação social utilizados no Brasil e se acreditam se é possível criar outros meios além daqueles já disponíveis para que a população possa contribuir e o
outro é um pouco a visão de vocês né enquanto representantes de associações de pacientes em relação às contribuições feitas pelos pacientes na consultas nas consultas públicas né eh como é que vocês entendem a importância e como é que elas estão sendo avaliadas então eu vou lançar essas duas perguntas aqui para as considerações finais mas eu eu vou começar dout jo com você nas considerações finais e para você vou fazer uma última pergunta e aí já deixo para pra senhora falar o que quiser falar que não foi contemplado aqui eh eu queria perguntar porque eh o
papel da hemobras hemofilia ele é um tema que ainda gera algumas dúvidas e aí se a senhora poderia esclarecer para quem nos acompanha Qual que é a função do emobras tratamento da da hemofilia e como é que ela poderá atuar com a chegada de novas terapias no tratamento dessa condição Mariana a questão da hemobras é a hemobras que vai ter que te responder entendeu porque o nosso processo de trabalho nesse sentido não tá ainda organizado né a gente não tem ainda um diálogo a esse ponto com a hemobras aob tá tá envolta em suas questões
de organização e o e nós ainda não entramos num processo que já tá já foi solicitado para sentar e discutir inclusive ter um representante nosso da Coordenação lá na na no conselho científico da da mobrais a gente não tem então a gente tá aguardando que Possivelmente com Nova Direção a gente possa sentar e discutir sabe produção de hemoderivados futuro tecnologias e qual é o caminho da hemobras né Eu não tenho condição de falar porque o que tá acontecendo lá é uma coisa exclusiva da emobras nós temos ponderações e questões a serem colocadas Estamos aguardando o
momento que as coisas se organizem para que a gente possa ter uma interação maior é é Nossa inteira disposição dialogar comrs principalmente com relação à produção da do do dos medicamentos mas nesse momento isso não está acontecendo Possivelmente por conta de todas as situações que estão sendo lá resolvidas eu tô aguardando tá então pela emobras vai falar emobras então agora com relação à participação social eu queria dizer uma coisa não há possibilidade de se trabalhar sabe com a população seja que grupamento for se a gente não tiver um entrosamento com o controle social organ é
de lá que vem as demandas e a realidade do que acontece na ponta né a gente a a com o tamanho que é o país né a gente precisa eh ter olhares diferenciados para que acontece em cada local então não há possibilidade o que a gente tem tentado fazer é ouvir como sempre ouve vocês da abrap tá juntos para poder construir processos sabe nós iniciamos um trabalho com relação à qualificação da própria emede né tem três meses que a gente tá fazendo encontros regulares de qualificação com programação e produzindo formação de grupos específicos de cada
grupo de trabalho a ser feito é um trabalho intenso que a gente tem tentado desenvolver precisa muito que a gente tenha a presença do usuário nesse processo eh com um painel já colocado com um um modelo já organizado nós devemos no próximo mês tá chamando os usuários para avaliação desse processo de trabalho a construção de linha de cuidado a questão da atensão integral são pontos fundamentais em que a gente vai ter que trabalhar em conjunto isso não era não era uma prática não tínhamos na na na questão de B filia mas a gente já conseguiu
agora organizar com com uma pessoa responsável que possa estar junto conosco eh elaborando esse processo Ele parece simples de de de da gente deslanchar mas não é não por conta de grandes diversidade eh eh com relação a acesso com relação a a a à necessidade de especialistas Então a gente tem trabalhado com a própria sae nesse sentido para para que a gente possa deslanchar um processo mais consistente que possa produzir um trabalho de atenção integral com com a hemofilia que não foi nunca foi feito antes tem que aprender agora e é junto então não tem
possibilidade da gente produzir trabalho sem ter a presença do controle social organizado tem que est presente Tem que haver Harmonia né Entre esses grupos porque isso também inviabiliza você sabe disso Mariana os processos de trabalho né a gente ter a representatividade eh eh estabelecida as representatividades eu sinto muito mais os conflitos nos atrapalharam e nos atrapalham é uma realidade que eu tô vivendo com relação à convocação dos usuários né mas eh eh é indispensável que a gente se Organize para superar esse obstáculo e poder trabalhar junto senão fica ISO viu fica difícil mesmo gente obrigada
obrigada doutora jo Teve outra pergunta que eu deixei não é foi uma pergunta lançada para todo mundo aqui mas a gente já tá nos minutinhos finais eu queria muito agradecer sua participação sua disponibilidade para est aqui com a gente essa tarde e aí nesses minutos que a gente já tá bem Estourado no tempo eu vou passar agora pro thago thago para falar alguma coisa que você não tem Oi desculpa tinha uma coisa mais sim que que a gente tenha não tenha contemplado aqui legal Cris eh bom Eu eu achei muito interessante aquela fala do Tony
né de que E aí que eu acho que às vezes a gente esquece eh do Propósito da do que a gente tá fazendo assim né acho que de todos os atores TM que refletir sempre sobre isso principalmente quem vai operacionalizar n para coisa chegar no paciente eh ele ele mencionou assim às vezes você tem ali na Anvisa um Fast track E aí nos outros ficam né assim parece que demora para além dos 180 dias e parece que a gente tem que ficar pelo menos nos 180 dias e aí eu volto para aquela questão da gente
estressar o sistema e e olhar o propósito da coisa se o propósito da coisa se o propósito até do Fast track não Visa é porque é algo que pode ser muito significativo para determinadas pessoas assim é é o o olhar como um todo da cadeia tem que ser um olhar Fast track assim né a gente tem que ter uma mentalidade de Por que deixar para amanhã o que a gente pode fazer hoje assim por que demorar mais do que eu posso demorar menos eu acho que isso tem que ser uma mentalidade em tudo né então
acho que essa é uma coisa que a gente precisa começar a a a mudar de mentalidade esquece os 180 Dias 1880 dias é é o a pior das hipóteses como o Tony falou até a pior das hipóteses não tá não tá tá ficando pior ainda a gente tem que tentar se Dev fazer em 10 dias em 5 dias em dois dias por que não acho que esse é o ponto tô falando que é fácil para tudo tem que ser assim mas para algumas coisas para determinados pacientes você precisa ser mais rápido você vai precisar ali
fazer eh um um stress maior E aí de novo o papel de cada um papel de cada membro né talvez a gente tem que mudar um pouco a o papel dos atores assim o papel dos atores não é simplesmente cumprir o prazo parael é estressar o sistema para que o paciente não seja Deixado Para Trás né sobre metodologia de participação eu acho que ela ainda é muito eh pouco eficiente eu acho que a gente não consegue captar o que a essência do que vem da sociedade civil uma das do dos das etapas que eu acho
que por exemplo na conitec ela é poss mas era é pouquíssimo utilizada é audiência pública Eu acho que isso deveria ser um procedimento uma etapa obrigatória no processo tal como é na saúde suplementar né E aí os as pessoas vão tomar decisão tem que est ali olhando nos olhos das pessoas que estão falando tem que refletir a respeito das coisas então acho que isso é uma é algo que precisa acontecer é uma panaceia também acho que não mas é uma coisa que a gente já tem ali algum algum traquejo que a gente pode e implementar
para deixar o processo um pouco melhor e a gente vai medindo vamos ver se tem outras formas também de parpar se essa forma tá tá dando um bom resultado né consulta pública eu acho ainda que nem o gestor sabe muito bem o que ele quer com aquela contribuição da sociedade e nem a sociedade sabe o que quer o que ela o que ela precisa entregar pro gestor Então acho que quando ninguém sabe muito bem para que que vai servir aquilo e como que aquilo pode ser eh processado e recebe um feedback adequado fica tudo assim
uma uma coisa assim ó vou tentar fazer o melhor aqui mas não sei exatamente como fazer e o do outro lado a mesma coisa vou tentar analisar da melhor forma mas não sei exatamente como é que eu vou fazer então assim não tem como ser efetivo esse modelo se continuar sendo tratado dessa forma Então acho que tem que ter um empenho gestor de entender melhor o que ele quer da da consulta pública né e a sociedade também assim tem que ter uma uma troca mais entre gestores e sociedades para saber como que a sociedade pode
participar da melhor forma possível para que as contribuições virem insites assim Acho que esse é também o propósito da consulta pública é gerar ideias novas é gerar formas de você de o gestor pensar para tornar a decisão dele melhor do que seria ser aquela contribuição Obrigada Tiago vou seguir na ordem aqui da mesa vou passar pro Francisco agora bom eh a respeito de novas das novas medicações nós queremos que elas venham nós queremos medicações de maior duração nós queremos medicações de mais fácil administração funcionar a veia três vezes por semana quatro vezes por semana não
é fácil para ninguém isso causa estresse tem família que não consegue fazer profilaxia e nós temos problemas de então certamente nós queremos que as novas medicações venham para o Brasil mas enquanto essas medicações não vê o que nós precisamos fazer é otimizar da melhor maneira possível o tratamento que nós temos hoje então nós temos o fator mas de que maneira que nós conseguimos aumentar a Adesão do tratamento aqui no Brasil quais são as barreiras que ainda existem que impedem que a profilaxia chega a 100% das pessoas que efetivamente precisam de fazer a profilaxia Então por
enquanto que nós enquanto nós demandamos por novas medicações utilizar da melhor maneira possível o tratamento que a gente tem eh o programa de homofilia no Brasil é já é muito bem estruturado as indústrias conhecem como que é a tramitação da da de orçamento que nós temos para compra de PR coagulantes aqui no Brasil e também conhecem como que hoje a conitec faz análise então da maneira que as novas medicações estão chegando no Brasil pelo processo de aprovação que elas precisam passar para que elas cheguem até o SUS as empresas precisam ter preços compatíveis junto a
ao processo de compra do governo para que receba a aprovação da conitec da maneira que a conitec hoje é estruturada a gente não vai conseguir receber novas medicações A não ser que nós tenhamos preços condizentes com com a possibilidade de aprovação então Obviamente as indústrias elas precisam buscar pro lucro Porque a produção de uma Nova medicação é caríssima mas eh de que maneira que a gente consegue trazer essas medicações para um público tão um tão grande de pacientes tem no Brasil que também vai gerar um lucro muito grande paraa indústria e de maneira que essas
medicações estejam disponíveis pro Brasil então a gente também precisa começar a ter esse diálogo como que a indústria consegue fazer um preço para que as novas medicações venham Obrigada Francisco ind eh acho que complementando a questão né eh de de como a gente pensa no futuro né como Francisco comentou nós queremos avançar nós queremos sim funcionar menos os nossos filhos que eles tenham menos sangramento que eles não tenham artropatia que eles cresçam saudáveis que os pacientes tenham acesso às novas medicações eh e como como abrap como instituição o nosso papel aqui hoje eh realmente abrir
a visão para isso trazer eh todos os atores que estão aqui para esse debate porque os pacientes eles ainda os pacientes os usuários os familiares ainda T dúvidas do que são consultas públicas eh a última consulta que teve foram duas consultas que saíram ao mesmo tempo e as pessoas estavam em dúvida qual elas votariam né E aí a gente precisa orientar que não é uma votação que é uma contribuição Então como instituição a gente faz todo o material tenta orientar da melhor forma possível a gente precisa também que eh como associação o nosso papel hoje
é colocar pro paciente que ele tem direito à saúde que isso é um direito fundamental e que o nosso papel não é fazer um favor para ele né ele tem direito a ter uma saúde o estado tem o dever de de fornecer saúde e nós precisamos que os pacientes que os usuários compreendam o papel deles também dentro da sociedade civil a gente precisa receber essas demandas para que possamos levar isso a a Aos aos tomadores de decisão ao governo para que eles conheçam a realidade né Em cada uma dessas regiões em cada um desses estados
então eh eu acho que acho não esse debate estar aqui com pessoas qualificadas que trazem a visão eh tanto do paciente do governo do terceiro setor é fundamental para que a sociedade compreenda o papel de uma instituição né o nosso papel é defender os direitos dos pacientes e que esses direitos sejam efetivados Obrigada ind Ton Olha o Francisco falou e e Tiago todos aliás falaram coisas super importante mas eu acho não quero ser pessimista mas eu acho que nós temos uma nova realidade hoje o voto do supremo é também no veto do presidente se a
gente todos nós todos todos stakeholders envolvido nessa área eh não trabalha via congresso nacional para mudar Essa realidade breve infelizmente nós vamos ter anos sombrios pela frente processo de avaliação do preço pela conitec antes de falar da conitec a conitec hoje como ela dependente politicamente do Ministério da Saúde ela totalmente conflitante ela na minha opinião não vai adiantar nada você colocar na mão de conitec para avaliar se sim ou não para avaliar a contribuição também da sociedade civil porque nada muda se ela não quer incorporar ela acha uma desculpa para não incorporar E se ela
é quer incorporar também ela consegue então nunca a a gente tá tendo o papel certo vamos dizer democraticamente né para poder ah convencer conitec para dizer sim ou não E por que eu falo isso porque a ced já faz o trabalho dela a ced já tem 10 Ministérios envolvidos na ação da ced Aonde se aplica o preço médio de 10 países e normalmente o Brasil consegue o país mais barato do mundo mais barato do mundo mesmo assim quando chega na conitec feita outra negociação é baixa mais ainda preço 30 40 50% que seja então o
problema ali não é o preço a avaliação democrática é para ter avaliação democrática você tem que ter uma agência Independente de avaliação conitec de jeito que ela é esquece não tem acesso democrático e como vou convencer a indústria para trazer medicamento para cá eu não sou Estados Unidos se fosse se eu represento 50% do share internacional do mercado né na área de medicamento que nos Estados Unidos aí eu posso brcar não você vai ter que fazer o jogo da conitec você vai ter que colocar preço lá embaixo você vai ter que fazer isto eles vão
aceitar talvez porque eles querem atingir o 50% do mercado o Brasil não responde mais que 4% do mercado mundial como vou convencer ele se acha vou convencer ele se eu garanto que eu tenho agência ten um Fast track aqui tem um acesso rápido mas acesso democrático democrático que todas saem ganhando não apenas um lado então só dessa forma é isso só podemos trabalhar a ter essas garantias nesses próximos anos só via Congresso Nacional é isso obrigada Tony bom gostaria de agradecer a presença de todos eh como vocês viram ontem foram veiculados dois vídeos de pacientes
o primeiro era uma montagem de vários pacientes dizendo como é que eles acham que seria a vida deles se eles tivessem disponibilidade de acessar terapias inovadoras e o outro vídeo era de uma um paciente que fez a mudança do fator para um anticorpo monoclonal uma terapia disruptiva agora a gente vai encerrar essa sessão de debate com o relato de uma cuidadora cujo filho passou da terapia de reposição do fator de coagulação pro anticorpo monoclonal mimético do fator o perguntamos a ela qual foi o impacto dessa mudança na vida do filho dela vej o que ela
diz no vídeo [Música] meu filho ter entrado em um tratamento mais avançado foi o melhor coisa que poderia ter acontecido para ele eu costumo dizer que foi um presente de aniversário Antigamente ele não tinha vida social não tinha amigos no condomínio eu não levava ele para brincar porque eu ficava com medo dele se machucar eu não deixava ele ir pro Play porque toda vez que ele ia ele se machucava era uma semana sem pra escola ou então tem que ficar de repouso em casa usando gelinho ou então até algumas vezes ele precisava ficar internado ou
então usar fator extra e era uma um sofrimento muito grande aquelas agulhadas Hoje em Dia com depois que ele entrou no novo tratamento com tratamento avançado de última geração é outra vida ele tem amigos no Play ele tem amigos que ele pode sentar que chamam ele na porta para brincar para jogar futebol para fazer capoeira tem noção uma criança com hemofilia ela faz capoeira e não tem lesão não tem machucado é uma outra vida esse tratamento é excepcional e Dev ser exido a todas as crianças mas Graças aos nossos cuidados e ao novo medicamento ele
tem uma vida [Música] normal o relato dessa mãe deixa bem claro pra gente o impacto de uma nova terapia é um impacto que vai muito além de um número né Muito Além do orçamento e de outras coisas que parecem tão frias quando a gente eh quando os processos de análise de incorporação de tecnologia estão sendo feitos e por isso que a gente Quis colocar esse relato bom eu agradeço a Cristina pela discussão de de hoje por ter moderado essa discussão Agradeço aos nossos convidados por trazerem as suas experiências as suas visões e eu gostaria de
dizer que nós como abrap estamos dispostos a colaborar Ah no sentido de encontrarmos soluções sustentáveis e adequadas para que cada vez mais as pessoas com hemofilia no Brasil tenham acesso a tratamento que lhes permitam menos dor e mais qualidade de vida tratamentos que Tragam desfechos cada vez melhores e que impactem de forma positiva cada vez mais a vida desses pacientes e dos seus familiares agora um recadinho a respeito do certificado deste evento H da mesma forma que nós fizemos uma pesquisa eh para saber qual era o tema que vocês gostariam que nós falássemos esse ano
a gente vai fazer também uma pesquisa para saber o que vocês acharam desse evento tá essa pesquis vai ser enviada por e-mail para todos e também o Code vai est na tela na hora que nós terminarmos esse esse evento Então eu gostaria de dizer que as respostas de vocês são muito importantes para nós e eu peço que respondam à pesquisa porque todos que responderem vão receber o certificado e eu gostaria também de lembrá-los antes da gente encerrar que a abra pen é uma associação sem fins lucrativos nós nos dedicamos à representação e a defesa das
pessoas com coagulopatias e todo o nosso corpo diretivo e conselho é formado por voluntários a nossa atuação acontece graças ao patrocínio dos nossos projetos e a doações financeiras de pessoas jurídicas e pessoas físicas como você dessa forma então eu gostaria de te incentivar a fazer uma doação para abrap nesta noite especial se esse evento contribuiu de alguma forma com ampliação do seu conhecimento ou se você se sentiu representado nós queremos te pedir que faça uma doação para abrap e você pode usar o QR Code que tá aparecendo na tela agora nenhum valor é pequeno demais
ou grande demais para que você possa doar eh a sua contribuição permite que nós continuemos levando educação em saúde educação de qualidade para cada vez mais pessoas no Brasil e todos os pacientes Claro agradecem a sua generosidade E falando em educação e em saúde a está no ar até o final do mês de outubro o curso emo cuidado que é um curso online para pacientes familiares Profissionais de Saúde educadores todas as pessoas interessadas no tema ele aborda os conceitos principais do tratamento da hemofilia e e aulas também sobre tomadas de decisão compartilhada e sobre o
sistema de saúde no Brasil são aulas curtas leves didáticas e eh você pode fazer e também pequenos jogos para avaliar se você entendeu o conteúdo então se você já está inscrito lembre-se que o prazo para você terminar o curso receber seu certificado é o final deste mês de outubro e se você ainda não se inscreveu ainda dá tempo o link para as inscrições tá na bio do nosso instagram ou também aqui no QR Code que estamos mostrando na tela agora OK finalmente em nome da abrap eu agradeço mais uma vez aos profissionais que participaram conosco
nesses dois dias agradeço a contribuição de todos agradeço a Cris pela moderação aos nossos patrocinadores ros Sanofi pizer novonor taeda e a todas as instituições que apoiam o nosso evento eu quero agradecer aos diretores conselheiros voluntários Estagiários da abrap todos que trabalham junto conosco para que eventos como esse possam acontecer e por fim eu agradeço a cada um de vocês que nos assistiu essa noite e que enviou suas perguntas comentários e enriqueceu o evento de hoje a abrap existe para você e por você e para trabalhar em busca de tratamentos que ofereçam cada vez mais
qualidade de vida e Uma Mente Livre da de modo sustentável e com Equidade nós esperamos que você tenham gostado deste evento e continuamos à disposição de vocês pelo nosso canal da ouvidoria pelos nossos e-mails e todas as nossas redes sociais obrigada a todos tenham uma ótima noite um abraço e até mais [Música] k [Música] [Música] e [Música]