PARA ONDE VAI SEU PET DEPOIS DA MORTE? A VERDADE BÍBLICA REVELADA!| Billy Graham

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CAMINHO DO INFINITO
Billy Graham |PARA ONDE VAI SEU PET DEPOIS DA MORTE? A VERDADE BÍBLICA REVELADA! 🐶 PARA ONDE VAI S...
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Você já se perguntou se voltará a ver seu animal de estimação após a morte? Para muitos, a perda de um bichinho querido deixa um vazio difícil de preencher, uma dor que nem todos compreendem. No entanto, a palavra de Deus nos oferece uma perspectiva que consola. Em Eclesiastes 3:21, uma pergunta profunda é levantada. Quem sabe se o espírito dos homens sobe para cima e se o espírito dos animais desce para baixo a terra? Essa interrogação, longe de ser um simples enigma, nos convida a refletir sobre a criação de Deus e seu cuidado por cada ser vivente.
Hoje vamos explorar o que a Bíblia realmente diz sobre o destino de nossos animais de estimação e como essas criaturas refletem a ternura do Criador. Vamos revelar o que está por trás do vínculo espiritual que une humanos e animais. Você está pronto para entender o que Deus reservou para você e para aqueles que ama, até mesmo os de quatro patas. Desde o princípio dos tempos, quando Deus formou o céu e a terra, ele não o fez apenas com a intenção de criar um espaço para o ser humano, mas moldou com suas próprias mãos uma criação
inteira, cheia de vida, harmonia e propósito. Naquele jardim perfeito que conhecemos como Éden, não caminhavam apenas Adão e Eva, mas junto a eles habitavam animais de todas as espécies, formas e cores. Eles não foram um detalhe decorativo ou uma ideia de última hora. Cada criatura foi projetada com intenção, com uma razão espiritual que transcende nossa compreensão imediata. Gênesis 1:25 declara com clareza: "E Deus fez os animais da terra conforme a sua espécie, o gado conforme a sua espécie e todo o animal que rasteja sobre a terra conforme a sua espécie." E Deus viu que era
bom. Essa afirmação não apenas valida sua existência, mas a enche de valor. Deus não cria nada sem sentido. O que ele chama de bom permanece impregnado de seu caráter eterno. O amor que sentimos por nossos animais de estimação não é um sentimento superficial, é uma extensão do mesmo afeto que fomos criados para dar e receber. E quando esse ser que nos acompanhou com fidelidade, alegria e ternura se vai, a dor que fica não é menor, nem menos legítima do que a que sentimos por um ser humano. Muitos tentam minimizá-la, mas como negar a marca espiritual
que eles deixam, como ignorar essa conexão que parecia vir da alma. Para entender o que acontece com nossos animais de estimação após a morte, é necessário começar compreendendo porque eles foram criados. Em primeiro lugar, o ato da criação em si é uma declaração de amor divino. Não se tratou apenas de povoar o mundo, mas de dotá-lo de beleza, companhia e expressão viva do caráter de Deus. Os animais não cumprem apenas funções ecológicas ou alimentares. Eles também foram testemunhas do caminhar do homem desde o início. Estiveram presentes quando Noé construiu a arca, não apenas como espécies
a serem salvas, mas como participantes ativos do plano de redenção e testemunhas do pacto divino. Em Gênesis 9:10, Deus diz: "Também estabelecerei o meu pacto com todos os seres viventes que estão convosco, as aves, o gado e todo o animal da terra que está convosco." Esse pacto não foi feito apenas com o homem, mas com cada ser vivente que o acompanhava. Isso nos revela que Deus incluiu os animais em seu plano não como peças menores, mas como parte de uma criação que ele valoriza profundamente. Ao longo de toda a escritura, vemos os animais como parte
essencial de momentos chave. O leão e o cordeiro representam imagens proféticas poderosas. O cordeiro foi símbolo de sacrifício e redenção. O jumento levou Jesus em sua entrada triunfal em Jerusalém, cumprindo uma profecia centenária. As pombas foram oferecidas como sacrifício pelos pobres. Os corvos alimentaram Elias em seu momento de necessidade. E em cada um desses exemplos, Deus não usou animais por acaso, mas como parte ativa de seus sinais, de sua provisão, de sua mensagem. Se Deus os usou para revelar sua vontade, se os incluiu em pactos, se os escolheu como veículos de profecia, como pensar que
seu valor termina com a morte física? Como imaginar que aquilo que teve um papel tão próximo ao coração de Deus possa desaparecer sem deixar vestígios? A Bíblia nos leva a entender que tudo que foi criado com intenção tem um eco eterno. Em Eclesiastes 3:1921, uma reflexão que acompanhou gerações inteiras é apresentada. Porque o que acontece aos filhos dos homens e o que acontece aos animais o mesmo destino é. Como morre um, assim morre o outro. E todos têm o mesmo fôlego. Quem sabe se o espírito dos filhos dos homens sobe para cima e se o
espírito dos animais desce para baixo a terra? Essa não é apenas uma pergunta filosófica. É uma porta aberta para a possibilidade de que os animais tenham uma dimensão espiritual mais profunda do que imaginamos. Quando observamos com atenção as palavras de Deus e suas ações em relação à criação, notamos que ele nunca fez uma separação radical entre o homem e os animais em termos de cuidado. Ambos foram alimentados, ambos receberam bênçãos, ambos foram testemunhas de sua glória. Mesmo no livro de Jonas, quando Deus decide perdoar Nínive, um dos argumentos que ele menciona é que ali há
muitos animais. Jonas 4:11. Isso nos mostra que Deus não tem compaixão apenas pelos humanos, mas também se preocupa com cada criatura vivente. Ele não é um criador indiferente. Ele não esquece os pequenos. Então, se foram criados com amor, usados com propósito, cuidados com ternura, por duvidar de que exista um destino para eles além desta vida? Ao longo dos séculos, muitas pessoas sentiram que seus animais de estimação eram mais do que simples bichos. eram companheiros com solo na tristeza, guardiões silenciosos de suas emoções. Não se tratava apenas de um vínculo físico, mas espiritual. E quando essa
alma peluda, implumada ou escamosa se vai, deixa um eco que ressoa na memória, nos cantos da casa, nas horas da rotina. O coração sente sua ausência como sente a falta de uma parte da alma. A ideia de que Deus considera essa conexão não se alinha com o caráter que a Bíblia nos revela dele. Em Mateus 10 291, Jesus fala com clareza sobre o valor que o Pai dá até mesmo aos menores. Não se vendem dois passarinhos por uma pequena moeda. Contudo, nenhum deles cairá ao chão sem a permissão de vosso pai. Portanto, não temais. Vós
valeis mais do que muitos passarinhos. Esse trecho não apenas nos diz o quanto valemos, mas também o quanto vale a vida de um passarinho para Deus. Se ele vê cada queda de uma ave, como não notaria a partida de seu animal de estimação, como não teria uma resposta divina para essa dor. Muitas vezes a teologia foi rápida em descartar os animais do plano eterno, como se sua existência terminasse no pó. Mas e se não for assim? E se a redenção da criação da qual fala Romanos 8 também os incluir? Porque sabemos que toda criação geme,
está com dores de parto até agora. Essa expressão toda a criação não exclui, não limita a esperança apenas ao homem. está falando de um anseio cósmico, de uma restauração que se estende a cada canto do que foi tocado pelo pecado, incluindo aqueles seres que caminharam ao nosso lado e nos amaram sem condições. O pecado afetou o mundo inteiro. A queda não apenas quebrou a relação entre Deus e o homem, mas também distorceu a harmonia com os animais. A escritura dá testemunho de um mundo onde leões habitarão com cordeiros, onde a criança brincará junto ao ninho
da serpente e não haverá dano. Isaías 11:69 nos pinta esse quadro profético de uma restauração completa, um éden renovado. E se essa é a promessa para o fim dos tempos, por que pensar que não incluirá nossos animais de estimação? Por que pensar que aquele que é amor deixaria fora do reino aqueles que foram instrumentos de ternura em nossas vidas? Lembremos que a criação foi chamada de boa. Não há vestígios na Bíblia de que Deus tenha revogado essa declaração. A deterioração veio por causa do pecado humano, mas a essência do que foi criado continua valiosa aos
olhos do criador. O Salmo 36:6 diz: "Tua justiça é como os montes de Deus, teus juízos como grande abismo. Tu, Senhor, preservas o homem e o animal. Essa não é uma linha poética sem sentido. É uma afirmação poderosa do caráter preservador de Deus que alcança tanto o homem quanto o animal. Um Deus que preserva não destrói sem razão. Um Deus que protege não esquece. Quando um animal de estimação morre, algo se rompe em nós. E no entanto, nesse momento de dor, também pode se vislumbrar uma verdade mais profunda. O amor verdadeiro não morre, apenas se
transforma. O que você deu, o que compartilhou, o que viveu com esse ser não desaparece. É guardado, honrado, lembrado. E se nós, que somos imperfeitos, somos capazes de chorar por um animal com tanto amor quanto mais o Pai que o criou? Se sentimos a perda como um vazio imenso, como não crer que Deus tenha preparado uma resposta cheia de compaixão para essa dor, a criação não será esquecida. Nada do que Deus fez será desperdiçado. E embora não tenhamos todos os detalhes de como será a vida eterna, sabemos que será um lugar de plenitude, alegria e
restauração. Apocalipse 21:5 diz: "Eis que faço novas todas as coisas e nesse todas as coisas podemos encontrar consolo. Podemos imaginar sem medo que aquilo que foi amado, que refletiu o amor de Deus, que nos ensinou a cuidar, a proteger, a sentir, terá um lugar nesse novo céu e nova terra que ele promete. Talvez não compreendamos completamente como essa restauração se manifestará. Talvez não possamos garantir se será exatamente aquele animal que voltará. Mas o que sabemos é que Deus é justo, que é bom, que é eterno com sua criação e que se ele julgar necessário para
nossa alegria eterna, ele o fará, porque sua fidelidade não tem limites, porque seu amor é mais alto que os céus e mais profundo que o mar, e porque cada criatura que ele criou tem um valor que não se apaga com a morte. O coração que amou um animal de estimação entende essa verdade sem precisar de palavras, sente-a no peito. E quando alguém se pergunta onde ele está agora, talvez a resposta não esteja em um lugar geográfico, mas no coração de Deus. Lá onde nada se perde, onde cada lágrima é guardada, cada suspiro ouvido e cada
vínculo verdadeiro é respeitado e honrado, porque Deus não esquece. E se ele não esquece, então o que foi amado continua existindo, mesmo que em um plano que ainda não podemos ver, mas que um dia será revelado. Quando Deus formou o ser humano do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, não o colocou em um mundo frio ou vazio. Ele o cercou de beleza, harmonia e companhia. Entre os muitos dons que lhe deu, um dos mais significativos foi a presença dos animais, não apenas para que o homem os cuidasse, mas para
que, nesse ato de cuidado aprendesse a amar. A relação entre o ser humano e os animais não foi desenhada apenas com um propósito funcional, mas com uma carga emocional profunda. Desde o princípio, Deus quis que o vínculo com os animais refletisse algo de sua ternura, de sua proximidade, de seu desejo de comunhão. E isso, ao longo da história bíblica, se manifesta como uma constante. A escritura não trata os animais como elementos decorativos ou utilitários, mas como criaturas que caminham junto ao homem, que compartilham seu mundo e que muitas vezes participam de seus momentos mais transcendentais.
Quando Adão recebe a tarefa de dar nomes a cada um dos animais, ele não está apenas organizando um zoológico, mas participando de uma conexão direta com eles. Gênesis 2:19 diz: "Formou, pois, o Senhor, Deus da terra toda a besta do campo e toda a ave dos céus, e as trouxe a Adão para que visse como as chamaria. E tudo o que Adão chamou aos animais viventes, esse foi o seu nome. Esse ato não é um simples exercício linguístico na cultura. hebraica. Nomear algo é reconhecer sua identidade, estabelecer uma relação, dar significado. O fato de o
primeiro homem ter sido convidado a nomear os animais indica que desde sua criação havia uma intenção relacional, não distante, mas próxima. Esse primeiro encontro entre o homem e os animais foi o início de uma convivência sagrada. Uma convivência que, embora afetada pela queda, nunca perdeu completamente seu valor. A dor que se sente quando um animal de estimação morre não é apenas o resultado do hábito ou da rotina. É a expressão da perda de uma relação autêntica. Uma relação que, embora não se expresse com palavras humanas, tem uma linguagem própria do afeto, da lealdade, da companhia
incondicional. Esse vínculo emocional não é imaginário, é real e foi desejado por Deus. Em Provérbios 12:10 afirma-se: "O justo cuida da vida de sua besta". Essa declaração simples, mas profunda, demonstra aqui no coração do justo a compaixão pelos animais. E essa compaixão não é vista como fraqueza, mas como reflexo do caráter divino. Cuidar de uma criatura é manifestar justiça. E esse cuidado que brota do coração humano para os animais é um sinal do design emocional que Deus estabeleceu desde o início. Ao longo da escritura, percebe-se que toda a criação foi feita para ser desfrutada em
uma relação de equilíbrio. o homem, os animais, a terra, tudo fazia parte de um sistema que glorificava o criador em unidade. A ruptura desse sistema com o pecado não eliminou o desejo de Deus de restaurá-lo. Por isso mesmo, em meio ao juízo, Deus continua incluindo os animais em seus planos. Quando ordena a Noé que construa a arca, não lhe pede que salve apenas sua família, mas que preserve também os animais de tudo que vive, de toda a carne, dois de cada espécie farás entrar na arca, para que tenham vida contigo, macho e fêmea serão. Gênesis
6:19. Essa instrução tem uma implicação profunda. Deus quis que os animais fizessem parte do novo começo, que não fossem deixados de fora do reinício do mundo. Ele não apenas os preservou, mas os acompanhou nesse processo de restauração. Se os animais foram dignos de serem protegidos no juízo, se sua existência foi tão valiosa a ponto de ocuparem um lugar na arca, isso indica que o vínculo que o homem tem com eles é mais do que circunstancial. é um laço querido e validado pelo criador. E quando esse laço se rompe pela morte, não estamos enfrentando uma simples
perda funcional. Estamos lidando com a ausência de uma relação emocionalmente significativa. Deus entende essa dor porque foi ele mesmo quem desenhou a capacidade de senti-la. Não há na Bíblia nenhuma condenação àquele que chora a partida de uma criatura que o acompanhou. Porque chorar por quem nos amou e nos deu companhia é parte da essência do amor. E o amor, em sua forma mais pura, não distingue espécies, apenas reconhece a entrega. A relação entre humanos e animais aparece repetidamente como símbolo de algo maior. Em Isaías 1:3, Deus lamenta, dizendo: "O boi conhece o seu dono e
o jumento o presépio do seu Senhor, mas Israel não tem entendimento. O meu povo não tem conhecimento. Nesse trecho, os animais são apresentados como exemplos de lealdade e reconhecimento, em contraste com a dureza do coração humano. Não se trata apenas de uma figura literária, mas de uma afirmação que valoriza a capacidade dos animais de formar vínculos, de lembrar, de responder com fidelidade. Isso reforça a ideia de que os laços que eles formam com os seres humanos não são apenas instintivos, mas participam de um design emocional mais amplo. Em muitas ocasiões, os animais foram instrumentos na
história redentora de Deus. O corvo que levou alimento a Elias não agiu por acaso, mas como um canal de provisão. O grande peixe que engoliu Jonas não foi uma coincidência, mas um agente de correção. O jumento que carregou Jesus, o leão que não devorou Daniel no fosso, o urso que defendeu o profeta Eliseu. Todos esses episódios mostram que os animais não apenas existem, mas agem, sentem, obedecem e respondem ao criador. Isso só é possível porque Deus lhes deu uma sensibilidade espiritual que nem sempre compreendemos, mas que, sem dúvida, está presente. E se ele lhes permitiu
fazer parte de seus planos, como não pensar que também lhes concedeu um lugar especial em seu amor? O Salmo 104 é um cântico de louvor à criação. Em seus versos, celebra-se a variedade e a abundância da vida na Terra. No versículo 27 diz: "Todos eles esperam de ti, que lhes deis o alimento a seu tempo." Aqui não apenas se exalta a provisão divina, mas também a dependência dos animais em relação a Deus. Essa dependência é também uma forma de relação, uma relação na qual há confiança, cuidado, espera. Não é um vínculo abstrato, é um laço
vivo entre o criador e cada uma de suas criaturas. Se os animais esperam de Deus, se recebem de sua mão o necessário, então participam de uma dimensão espiritual que muitas vezes nos escapa, mas que a Escritura não nega, pelo contrário, a revela. O apóstolo Paulo, ao falar da queda da humanidade, estende sua análise a toda a criação. Em Romanos 8:19, ele escreve: "Porque o anseio ardente da criação é aguardar a manifestação dos filhos de Deus, porque a criação foi sujeita à vaidade, na esperança de que também a própria criação será libertada da escravidão da corrupção
para a liberdade gloriosa dos filhos de Deus". Essa afirmação muda a nossa perspectiva. Ela nos diz que toda a criação, não apenas o ser humano, espera redenção, que o gemido do mundo não é apenas simbólico, mas real, e que nesse gemido estão também os animais que não foram alheios à queda, nem serão alheios à restauração. Se eles aguardam com anseio, é porque participam, sentem, esperticipam, então os laços que formam conosco, não se dissolvem no nada ao morrer. Quando um animal de estimação parte, o que se rompe não é uma ilusão, mas uma comunhão. Uma comunhão
que foi permitida por Deus, que foi incentivada por seu design e que em muitas ocasiões ensinou mais sobre amor, paciência e fidelidade do que qualquer palavra. Deus que é amor não poderia ter permitido esse tipo de relação sem lhe atribuir um valor profundo. E se tem valor, tem sentido. E se tem sentido, tem propósito. Não há amor que surja sob a proteção de Deus, que não tenha eco na eternidade. Os animais foram testemunhas silenciosas do nascimento, da vida e da morte de muitos profetas. No presépio, onde nasceu Jesus, não havia riquezas, mas havia criaturas. Em
sua entrada em Jerusalém não havia carruagens, mas um animal disposto. E no reino futuro descrito em Isaías, os animais voltarão a estar presentes não como símbolos, mas como parte ativa da paz restaurada. O vínculo entre o homem e o animal não é uma invenção moderna, é uma manifestação antiga de uma intenção divina que atravessa os séculos. Por tudo isso, quando alguém pergunta se o amor que sentiu por seu animal de estimação foi real, a resposta não pode ser outra senão sim. Foi real porque foi inspirado. Foi verdadeiro porque nasceu de um coração que sabe amar.
E esse coração foi criado à imagem de Deus. E se o amor foi verdadeiro, então sua perda merece consolo. E se sua perda merece consolo, então o céu não pode estar alheio a essa dor. Deus não ignora aquilo que ele mesmo semeou. O vínculo que une um ser humano a uma criatura que foi sua companheira não se apaga com a morte. Se foi querido por Deus em vida, também é compreendido por ele na morte. A criação não se limita a ser observada. Ela está viva. Respira, responde. Em Jó 12 7:10 lemos: "Pergunta, pois as bestas
e elas te ensinarão, e as aves dos céus e elas te mostrarão. Ou fala a terra e ela te ensinará. Também os peixes do mar te declararão: Quem não sabe que em tudo isso a mão do Senhor fez isso? Na sua mão está a alma de todo ser vivente e o fôlego de toda a humanidade. Esse trecho é uma proclamação de sabedoria. Os animais ensinam, mostram, declaram: "Tem algo a dizer". E esse algo é testemunho da mão de Deus. Eles não são mudos diante de seu criador. Tem alma, tem fôlego, estão em sua mão. Ao
compreender isso, a dor de perder um animal de estimação ganha uma nova dimensão. Não é simplesmente tristeza pela ausência de um ser querido. É o reconhecimento de uma perda espiritual. é a consciência de que uma parte do design emocional querido por Deus foi temporariamente interrompida. Mas assim como a criação espera ser restaurada, também o coração pode esperar que aquilo que foi amado com sinceridade será lembrado, honrado e talvez devolvido no tempo da plenitude. Ao longo de toda a escritura, o caráter de Deus se revela como um Deus compassivo, paciente e profundamente envolvido nos assuntos de
sua criação. Sua misericórdia não se limita ao homem. Sua bondade alcança tudo que ele formou. Isso inclui os animais. Quando se fala do destino de um animal de estimação após a morte, muitas vezes se pensa que a Bíblia guarda silêncio, mas na verdade o que encontramos nas Escrituras é uma afirmação constante de que Deus se interessa por cada criatura que existe, não como um criador distante que se desinteressa dos detalhes, mas como um pai que estende sua ternura até o último canto do mundo que formou com suas mãos. Salmo 1459 diz: "O Senhor é bom
para com todos e suas misericórdias estão sobre todas as suas obras. Esse todos não deixa espaço para exceções, não distingue entre humano e animal. Toda obra saída de sua vontade é alcançada por sua compaixão. A compaixão de Deus é uma de suas características mais repetidas ao longo das Escrituras. Não é uma emoção passageira, é parte de sua essência. O mesmo Deus que se detém para contar os cabelos de nossa cabeça e que alimenta as aves do céu, é o mesmo que em seu amor sustenta a alma de cada ser vivente. Em Jó 12:10 afirma-se que
na sua mão está a alma de todo ser vivente e o fôlego de toda a humanidade. Essa declaração não faz uma separação entre a alma dos homens e a dos animais. Ambas estão na mão de Deus. Ambas são sustentadas por seu poder. Ambas fazem parte de um cuidado que é real, ativo e contínuo. Não há um único momento na Bíblia em que Deus mostre desprezo ou indiferença pelos animais. Pelo contrário, quando a lei é estabelecida no Antigo Testamento, incluem-se mandamentos que protegem as bestas de carga, que proíbem matar uma mãe junto com sua cria e
que determinam descanso sabático, não apenas para o homem, mas também para os animais. Êxodo 23:1 deixa isso claro. Seis dias trabalharás mais, ao sétimo dia descansarás para que descanse o teu boi e o teu jumento. Não é um detalhe menor, é uma expressão concreta de compaixão. O descanso não é apenas um direito do homem, é um presente de Deus também para os animais, porque em seu design não há seres sem valor. Ao longo do relato bíblico, os animais estão incluídos nos juízos, nas bênçãos e nos pactos. Quando o dilúvio purificou a terra, os animais foram
preservados. Quando Deus fez um novo pacto com Noé, incluiu expressamente toda a alma vivente que está convosco, aves, animais e toda besta da terra que está convosco. Gênesis 9:10. Essa inclusão não é simbólica, é literal. Deus estabeleceu seu compromisso não apenas com o homem, mas com toda a criação. Essa fidelidade não mudou. A compaixão de Deus é constante. Não há uma versão antiga de seu amor que incluía os animais e uma versão moderna que os exclui. Sua misericórdia permanece para sempre. Como o salmista declara repetidamente. Em muitos momentos da história bíblica, Deus usa os animais
como agentes de provisão, direção ou correção. Ele não os utiliza como ferramenta sem valor, mas como criaturas sensíveis à sua voz. O corvo que leva alimento a Elias, o grande peixe que resguarda Jonas, a jumenta que vê o anjo quando Balaão não enxerga. São apenas alguns exemplos. Essas criaturas não agem por impulso cego. Estão dentro do plano divino. Movem-se com propósito, respondem à voz de Deus. Isso só é possível porque o Criador mantém uma relação com elas. Uma relação que não se baseia em linguagem humana, mas que se manifesta em obediência, sensibilidade e propósito. É
essa mesma relação que se percebe quando um animal de estimação nos acompanha em silêncio, quando responde com ternura à nossa dor, quando permanece perto sem exigir, mas sem se ausentar. O caráter compassivo de Deus não se limita a momentos grandiosos. Ele se manifesta nos pequenos detalhes, nos gestos cotidianos, nos suspiros silenciosos da alma. Quando Jesus ensina sobre o valor da vida, ele não apela a uma lógica de poder ou utilidade, mas usa imagens do campo e do céu. Em Mateus 6:26, ele diz: "Olhai as aves do céu, que não se meiam, nem colhem, nem ajuntam
em celeiros, e, no entanto, vosso Pai celestial as alimenta. Jesus não está fazendo poesia, está revelando uma verdade. Deus cuida de cada uma de suas criaturas, mesmo aquelas que o mundo considera insignificantes. Não há vida pequena aos olhos do Criador. E se ele cuida de cada ave, acaso não cuidará também daquele ser que caminhou ao seu lado com lealdade e afeto? A compaixão de Deus também se expressa em seu plano redentor. Quando Romanos 8 descreve a esperança da criação, o faz usando termos que evocam sofrimento e expectativa. Toda a criação geme, está com dores de
parto até agora. Esse gemido não é abstrato, é real. É o resultado de um mundo fraturado que anseia por ser restaurado. E essa criação que geme não se limita aos elementos inanimados. inclui os seres vivos, as criaturas que sentem, que sofrem, que esperam. O anseio por redenção não pertence apenas ao homem, é um clamor que envolve o mundo inteiro. E nesse clamor está também o sussurro dos animais que fizeram parte de nossa história, que compartilharam nossas lágrimas, nossas alegrias e nossas jornadas mais íntimas. A escritura não apresenta Deus como um ser abstrato, mas como um
pastor, um pai, um rei justo, um refúgio. Cada uma dessas imagens tem implicações sobre como ele se relaciona com sua criação. Um pastor não abandona nenhuma de suas ovelhas. Um pai não ignora a dor dos que ama. Um rei justo não esquece os que lhe serviram com fidelidade. E um refúgio não é um lugar de exclusão, mas de acolhimento. A compaixão de Deus não tem limites definidos pela lógica humana. Ela abarca mais do que compreendemos, chega mais longe do que imaginamos. E se essa compaixão foi capaz de transformar corações endurecidos, também é suficiente para honrar
o amor silencioso de um animal que foi presença constante em nossa vida no reino de Deus. Não há lugar para o esquecimento. Tudo que foi amado com verdade será lembrado. Tudo que fez parte de uma história guiada pelo Espírito será valorizado. E se Deus se dá o trabalho de guardar nossas lágrimas em seu odre, como diz o Salmo 568, não é difícil crer que ele também guarda a memória daquelas criaturas que caminharam ao nosso lado, não por obrigação, mas por instinto de afeto. A compaixão de Deus alcança cada um, não por mérito, mas por amor.
E se esse amor é tão amplo, tão alto, tão profundo, então é capaz de abarcar tudo que faz parte de nossa experiência mais sagrada. Não há nenhum versículo que negue a possibilidade de que as criaturas que nos acompanharam na Terra tenham uma expressão futura no reino vindouro. Pelo contrário, há passagens que nos convidam a pensar em uma restauração onde a harmonia entre humanos e animais será plena, sem temor, sem violência, sem separação. Isaías 11 descreve esse tempo como um período em que o lobo morará com o cordeiro, o leopardo se deitará com o cabrito, a
criança brincará com a serpente e não haverá dano. Essa imagem não é uma alegoria vazia, é uma profecia que aponta para uma restauração integral. E nessa restauração há espaço para o que foi tocado pelo amor e pela compaixão de Deus. Quando um animal de estimação morre, o coração humano reage com uma dor que às vezes parece desproporcional. Mas essa dor não é apenas pela ausência física. Eu eco de um vínculo profundo, de uma comunhão que muitas vezes foi mais pura do que muitas relações humanas. E se essa dor é verdadeira, é porque esse laço também
o foi. Deus não despreza o que foi verdadeiro. Sua compaixão não ignora o que nasce de seu próprio design. E se foi ele quem colocou em nós a capacidade de amar, também será ele quem honrará esse amor na eternidade. Não há forma de amar que não deixe uma marca. E no reino de Deus cada marca será reconhecida. Cada ato de ternura, cada demonstração de lealdade, cada momento de consolo compartilhado com um ser que não falava com palavras, mas sim com gestos, será registrado no coração daquele que tudo vê. Porque Deus não é apenas o criador
do universo. É o Deus que se detém para olhar os lírios do campo, que conta os pardais, que enche de significado cada canto de sua criação. E se ele faz isso com o que parece insignificante, quanto mais com aquilo que foi testemunha silenciosa de nossas orações, de nossas lutas, de nossa fé. Deus não ignora o que foi amado. Sua compaixão é ativa, viva, constante. E se sua mão sustenta a alma de todo ser vivente, então nenhuma dessas almas está perdida. Elas estão nele. Que é vida, que é justiça, que é esperança. A morte não tem
a última palavra. Quando o amor foi semeado por Deus, em seu reino, tudo que é verdadeiro será restaurado, e essa restauração incluirá tudo que foi alcançado por sua compaixão. A imagem que muitas pessoas têm do céu costuma estar cheia de resplendores, de música celestial, de paz, de plenitude, mas também de silêncio em relação a uma pergunta que o coração não pode evitar fazer. Os animais estarão lá, serão restauradas essas criaturas que tanto amamos e que fizeram parte de nossas vidas na Terra? Essa pergunta, embora nem sempre formulada em voz alta, habita no fundo daqueles que
experimentaram uma relação sincera com seus animais de estimação, daqueles que sentiram que esse vínculo ia além do físico, além do cotidiano. E não se trata de uma pergunta superficial, mas de uma inquietação que nasce de uma vivência real, de uma conexão que muitas vezes ensinou mais sobre amor, fidelidade e consolo do que qualquer discurso. Escrituras, embora não apresentem uma lista detalhada do que encontraremos no céu, oferecem vislumbres poderosos, visões que, longe de serem simbólicas em um sentido vazio, nos permitem entender o coração de Deus e sua visão sobre a eternidade. Uma das cenas mais impactantes
encontramos em Apocalipse 19:11. Então vi o céu aberto e eis um cavalo branco, e o que o montava se chamava fiel e verdadeiro, e com justiça, julga e peleja. A presença de um cavalo na visão celestial não é um elemento decorativo, é uma criatura reconhecível, física, parte desse cenário glorioso e não é o único trecho onde animais aparecem em contextos celestiais ou proféticos. A Bíblia não descarta sua presença, pelo contrário, em várias ocasiões, os inclui, mostrando-os como participantes da revelação divina, como criaturas presentes, tanto no visível quanto no eterno. Isaías 11 desdobra que revela uma
restauração da harmonia perdida. O novo ordem, onde não há violência, nem temor, nem dor entre as criaturas. Morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo se deitará com o cabrito. O bezerro, o leão e a besta doméstica andarão juntos, e uma criança os pastoreará. Essas palavras não se limitam a transmitir uma mensagem figurada de paz. Elas representam um estado real de convivência entre seres que hoje, por natureza, vivem separados por instinto ou ameaça. O que Isaías descreve não é uma metáfora sem implicações concretas, mas uma promessa de restauração universal. E se a restauração, a
justiça, e se a justiça, a memória de tudo o que foi ferido, rasgado ou perdido por causa do pecado. A visão bíblica do céu não é a de um espaço intangível, distante e sem forma. É a promessa de uma nova criação, um céu novo e uma terra nova, onde habita a justiça. Apocalipse 21 descreve com palavras que comovem a alma. E ouvi uma grande voz do céu que dizia: "Eis o tabernáculo de Deus com os homens e ele habitará com eles, e Deus enxugará toda lágrima de seus olhos. E já não haverá morte, nem pranto,
nem clamor, nem dor. Nesse cenário de cura total, como imaginar que o que foi fonte de consolo, o que foi expressão de amor puro ficará de fora. A eternidade que Deus promete não é uma repetição do Éden original, é uma superação gloriosa, mas há um fio invisível que une ambos a convivência entre o ser humano e os animais. No princípio, antes da queda, Adão e Eva viviam em harmonia com todas as criaturas. Não havia temor, nem ameaça, nem distância. Essa imagem perfeita foi fragmentada pelo pecado, mas não foi esquecida pelo Criador. Desde então, toda a
história bíblica tem sido uma história de retorno, de redenção, de restauração. E se o início dessa história incluiu os animais, porque o fim os excluiria? Romanos 8:21 afirma que a própria criação será libertada da escravidão da corrupção para a liberdade gloriosa dos filhos de Deus. Essa promessa não se dirige apenas ao homem, abarca tudo que foi submetido à vaidade, tudo que foi afetado pela queda. Essa criação não é uma ideia abstrata. Inclui os campos, os mares, os céus e também os seres que neles habitam. O anseio por liberdade não é propriedade exclusiva da alma humana.
A palavra nos revela que a criação inteira geme. É um gemido que se ouve nos uivos do vento, nos batimentos de um coração fiel, nos olhos que se apagam ao fim do caminho. Um gemido que o Pai ouve que não ignora, que será respondido com a promessa cumprida de uma criação redimida. Ao longo das Escrituras, reitera-se uma verdade essencial. Deus é justo e sua justiça não é parcial, não atua pela metade. O que foi tocado por sua graça, o que fez parte do amor, não é esquecido no reino. E se fomos capazes de amar uma
criatura com sinceridade, se esse vínculo foi reflexo do amor de Deus em nós, então ele não pode ficar sem resposta. Porque o céu não é apenas um lugar, é um cumprimento. É a restauração de tudo que foi quebrado. É a resposta final a cada lágrima que foi derramada por amor, mesmo que esse amor tenha tido a forma de patas, penas ou escamas. A esperança cristã não é uma ilusão construída sobre sentimentos. É uma esperança fundamentada na fidelidade de Deus. Uma fidelidade que não esquece, que honra, que guarda memória. Por isso, quando se pensa no destino
de um animal de estimação que partiu, não é preciso buscar respostas na lógica limitada deste mundo, mas na promessa de um Deus que faz novas todas as coisas. Em Apocalipse 21:5 está a declaração mais poderosa: "Eis que faço novas todas as coisas, não algumas, não as que consideramos mais importantes, todas. E nesse todas cabem os gestos de amor que julgávamos pequenos. Cabem os momentos que compartilhamos com esses seres que não falavam, mas nos entendiam. Cabem as marcas que deixaram em nossas vidas e que moldaram nossa história. Deus não é autor de vazios, é Deus de
plenitude. Seu reino não é um lugar onde falta o essencial, mas onde tudo que fez parte de seu propósito se manifesta em glória. E se um animal foi parte de seu caminhar? Se foi testemunha de sua fé, de sua dor, de sua esperança, se foi expressão de ternura em meio ao caos, então ele fez parte de algo santo. E o santo não se dissolve. O santo é preservado, redimido, elevado, porque Deus não se desfaz do que reflete seu amor. Ele o transforma, leva-o à sua máxima expressão. E se nesta vida conhecemos um amor assim, quanto
mais na vida que há de vir. O reino dos céus, segundo os ensinamentos de Jesus, não é uma desconexão do que vivemos, mas uma consumação. E se a criação foi boa, como afirma Gênesis, e se o cuidado por essa criação foi parte da justiça, como diz Provérbios, então o que foi bom não será esquecido, será restaurado, porque o céu não é uma evasão da realidade, mas seu cumprimento perfeito. E nesse cumprimento não faltará nada do que foi semeado com verdade. O que foi amado com sinceridade fará parte do gozo eterno, e o que foi dor
por uma perda será curado com a presença gloriosa do que foi restaurado. Ninguém que tenha experimentado um vínculo real com o animal de estimação duvida do valor desse laço. É uma relação que, embora não se explique com palavras, se grava na alma. E o que se grava na alma com amor não se perde. É conservado na memória eterna de Deus. O céu que ele prepara não é feito à imagem de nossas ideias, mas a imagem de sua bondade. E nessa bondade nada que tenha sido expressão de seu amor é descartado. Nesse céu, tudo que foi
alcançado pela graça terá seu lugar. A plenitude não exclui, a plenitude abraça. E se no reino de Deus não haverá mais pranto, então tudo que causou lágrimas será respondido com alegria. Se a dor por um animal de estimação foi real, então também será real a resposta de Deus a essa dor. A Bíblia não oferece uma lista definitiva dos seres que estarão no céu, mas oferece uma visão poderosa de um Deus que restaura, que redime, que faz novas todas as coisas. E essa restauração é mais ampla do que podemos imaginar, porque seu amor não tem fronteiras,
nem sua compaixão conhece limites. No reino de Deus não haverá separação entre o criado e o amado. Ali tudo que glorificou o seu nome, mesmo na mínima expressão de ternura, terá seu reflexo eterno. O céu não é um lugar vazio, é um lar preparado, um lar onde a justiça reina, onde a paz é completa, onde cada canto está cheio de sentido. E se algo fez parte de sua história com propósito, se uma criatura foi instrumento de consolo, de aprendizado, de companhia verdadeira, então essa parte de sua história será honrada, porque o Deus que prepara esse
lar não omite detalhes. E se ele cuidou dos lírios do campo, se alimentou os pássaros, se adornou a criação com criaturas de beleza e diversidade infinitas, então seu reino não será menos, será mais, mais cheio de vida, mais pleno de alegria, mais rico em expressões de amor eterno. Nada que foi feito com amor será descartado na eternidade. E se Deus prometeu um céu onde não há mais morte nem dor, então também prometeu que tudo o que causou esse dor será redimido. Não pela nostalgia, mas pela plenitude, não pelo recuerdo, mas pela restauração. O céu não
é apenas o fim do sofrimento, é a resposta definitiva ao anseio mais profundo da alma. E esse anseio inclui para muitos voltar a encontrar aquele ser que fez parte de sua vida com uma fidelidade que só pode vir do alto. Quando se perde um animal de estimação, o coração experimenta um tipo de vazio que raramente encontra palavras adequadas para se descrever. Não é simplesmente a ausência física de um ser vivo. É a rutura de um laço que muitas vezes foi construído com uma pureza que só pode ser comparada às formas mais sinceras de amor. O
silêncio deixado por um ser que não falava com palavras, mas que sabia consolar, esperar e acompanhar, torna-se um eco persistente na memória. Essa dor não deve ser minimizada nem trivializada, porque o Deus da Bíblia não trata com leviandade o que fere a alma. No salmo 34:18, lemos: "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito." Esse versículo não distingue o motivo do quebranto, simplesmente afirma a proximidade divina para com o que sofre. E nessa declaração encontramos uma certeza: Deus vê e valida a dor que sentimos pelo que amamos.
A morte de um animal de estimação não interrompe apenas uma rotina. Ela toca fibras profundas de afeto, de memória, de companhia. O ser humano não foi criado para perda, mas para a eternidade. Por isso, cada despedida carrega consigo uma carga espiritual. E quando essa despedida envolve uma criatura que foi presença constante no lar, que foi alegria em dias cinzentos, que foi refúgio silencioso em momentos de angústia, então a alma reage com um lamento que não pode ser ignorado. Deus conhece esse lamento, o entende, o honra, porque não há no coração humano expressão de amor genuíno
que não seja reconhecida por ele. Romanos 12:15 nos exorta chorar com os que choram. E se esse é o chamado para nós, é porque primeiro é no coração de Deus. A dor por um animal de estimação não é um sinal de fraqueza emocional, é um reflexo da imagem de Deus em nós. Fomos criados para amar, para cuidar, para formar vínculos. Gênesis 2 mostra como mesmo antes de Adão conhecer Eva, já havia uma interação entre ele e os animais. Eles foram os primeiros a compartilhar o Éden com o ser humano. Fizeram parte daquele estado de paz
antes do pecado. Não se tratava de uma convivência funcional, mas de uma convivência emocional. E esse design não desapareceu. Permanece no fundo de cada alma humana como uma marca silenciosa que se ativa cada vez que damos e recebemos afeto sincero, mesmo na forma de um animal de estimação que nos olha e compreende sem falar. A escritura está cheia de momentos em que Deus se mostra como aquele que consola, que recolhe cada lágrima que não é indiferente ao sofrimento. No Salmo 56:8 lemos: "Contaste os meus lamentos. Põe as minhas lágrimas no teu odre. Não estão elas
no teu livro? Essa imagem não é uma figura literária sem peso. É uma revelação de um Deus que se envolve profundamente com o coração humano. Se ele recolhe nossas lágrimas, também recolhe o motivo que as provoca. E se essas lágrimas foram provocadas pela perda de uma criatura que fez parte de nossa história, então essa dor também está registrada no céu. No relato da queda, a ruptura da criação não afetou apenas o homem. O pecado trouxe consequências para tudo que Deus havia formado. O mundo deixou de ser um lugar seguro. A relação entre espécies se distorceu.
O medo, a doença e a morte fizeram sua entrada. Mas ainda assim Deus não se afastou de sua criação. Ele continuou manifestando seu cuidado. Continuou ensinando que o que foi danificado um dia será restaurado. E se o pecado afetou a relação entre o homem e os animais, também a redenção tem o poder de restaurá-la, não como era, mas como deveria ter sido, sem separação, sem dor, sem fim. Há dores que se manifestam no corpo, outras permanecem escondidas na alma. A perda de um animal de estimação costuma pertencer a esse segundo tipo. É uma dor silenciosa
que nem sempre é compreendida pelos outros, mas que é absolutamente real. E quando essa dor é levada em oração, quando é apresentada diante de Deus sem palavras, apenas com lágrimas, o céu responde, não com explicações lógicas, mas com a paz que excede todo entendimento. Filipenses 4:7 expressa isso assim: "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. Essa paz não nega o sofrimento. Ela o sustenta, o acompanha, o transforma. Porque embora não saibamos com certeza o destino de cada criatura que amamos, sabemos que
o Deus que nos viu amá-las não as ignora. Nada que tenha sido expressão autêntica de amor é desprezado por Deus. A perda de um animal de estimação que foi amado não é uma ferida menor. É uma ferida que revela o quanto somos capazes de dar, o quanto fomos marcados pelo amor divino que nos permite estender ternura, cuidado e lealdade. Mesmo aqueles que não compartilham nossa língua, mas sim nosso espírito. Porque há uma conexão que transcende as palavras, uma conexão que nasce do próprio design de Deus. Essa capacidade de sentir tristeza por sua partida não é
fraqueza, é humanidade. É reflexo de uma sensibilidade que vem do alto. E essa sensibilidade é parte do coração que Deus honra. A esperança que o evangelho oferece não é uma esperança vaga, é uma certeza fundada na fidelidade de um Deus que não se contradiz. Um Deus que chama de bom o que criou e que promete fazer novas todas as coisas. E nesse todas está incluído aquilo que amamos, aquilo que nos fez melhores, aquilo que refletiu, ainda que parcialmente, a constância e o amor incondicional que só pode ter origem em Deus. A Bíblia não condena o
luto por um animal de estimação, não o minimiza, não o ignora, porque o Deus que a inspirou é um Deus que consola, que recolhe o que se quebra, que dá sentido até mesmo a dor. O coração humano foi criado para ansiar por restauração. Essa profunda necessidade de voltar a ver o que se perdeu, de recuperar o que foi amado, não é fruto de um desejo egoísta, mas reflexo do propósito divino inscrito no mais profundo da alma. Desde o momento em que o pecado fraturou a perfeição do Éden, tudo que foi criado ficou submetido à espera
daquele dia prometido em que tudo será feito novo. Esse anseio não é apenas humano. A criação inteira, segundo Romanos 8:22, gême unida com dores de parto até agora. Nesse gemido está incluído o que fez parte de nossa história, o que compartilhou conosco momentos que deixaram marcas, o que amamos com sinceridade e perdemos com dor. A restauração que Deus promete é mais ampla do que a mente pode abarcar. Não se trata de voltar a um ponto anterior, mas de experimentar uma plenitude glorificada, onde tudo o que foi ferido será curado e tudo que foi valioso será
lembrado. As escrituras nos revelam que Deus não esquece o que formou com suas mãos, nem o que foi marcado por seu amor. O plano divino não é destruir e começar do zero, mas redimir e restaurar. Em Apocalipse 21:5 declara-se: "Ais que faço novas todas as coisas". Essa afirmação não aponta para uma substituição, mas para uma transformação. O que fez parte de uma história tecida por amor, o que refletiu ternura, companhia, lealdade, está incluído nesse todas as coisas. Se Deus é capaz de restaurar os anos que a locusta devorou, como promete em Joel 2:25, também é
capaz de devolver o que foi parte de nossa vida de forma significativa. A restauração divina não é parcial, é completa. Abarca tanto o visível quanto o invisível, o grande, o pequeno, o humano e o que não é humano, mas que participou do caminho do homem rumo ao seu propósito. O reino vindouro não será um lugar de lembranças dolorosas, mas de plenitude. Ali não haverá espaço para a ausência, porque a presença de Deus preencherá tudo. E se neste mundo um animal de estimação pôde refletir, ainda que de forma limitada a bondade e a fidelidade que vem
do céu, então sua existência não foi em vão. Deus não desperdiça o que usou para ensinar, para curar, para acompanhar. A esperança que ele oferece não apenas consola a alma. Ela promete que nada que foi semeado com amor ficará sem fruto. E se o que foi amado tem um eco na eternidade, então o que foi perdido hoje pode fazer parte do que será restaurado amanhã. Em um mundo onde tudo parece passar rápido demais, o amor silencioso de um animal de estimação tem a capacidade de deter nos ensinar a ouvir sem falar, a cuidar sem condições.
E quando eles se vão, deixam em nós algo que não more, a capacidade de ter amado com pureza. Essa experiência, longe de ser esquecida na eternidade, pode ser a semente de algo que Deus valoriza profundamente. Não se trata apenas de saber se os veremos novamente, mas do que Deus fez crescer em nosso caráter por meio deles. Talvez o céu não nos entregue uma cópia do que tivemos, mas a revelação de quanto fomos transformados por esse vínculo. O olhar de um animal de estimação pode ter sido o primeiro reflexo de fidelidade que entendemos, o primeiro consolo
que não pedimos, mas recebemos, a primeira lição de entrega sem exigir nada. E se isso foi possível na terra, quanto mais será na eternidade, quando tudo que nos formou para amar se apresentará diante de Deus como evidência viva de que seu amor deixou marcas. Na eternidade não se premiam as palavras mais altas, mas os gestos mais fiéis. E nesse idioma eles também falaram.
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