Olá tudo bem Boa noite dando início a mais uma aula palestra nosso programa de pós-graduação do curso de doutorado né Lembrando que é uma disciplina obrigatória para os doutorandos mas livre aberta pública aqui no canal do ppg da nossa universidade né Federal de Santa Catarina e com muita honra muito orgulho eu tenho o professor Pedro que é da casa tá aqui com a gente e a professora Núbia que é da frj professor sou Pedro é da Fronteira Sul Universidade Federal Fronteira Sul e a professora ambos estão no exterior Olha que coisa boa como pesquisadores né
E olha a a lindeza que é da nossa profissão de ganhar realmente o o mundo então antes de gente começar vou me autodescrever né Sou professora Rosina cemento sou responsável por essa disciplina atualmente na coordenação da pós--graduação mas adoro essa parte de que é o nosso chão de sala né é de tá na disciplina tá no processo educacional Então estou sentada sou uma mulher branca Estou loira tô com uma camisa preta uma uma jaqueta azul porque estamos com 16 gra aqui em Florianópolis com Vento Sul trazendo a tainha e atrás de mim tem uma estante
branca com livros globos uma plantinha Boa noite professora Núbia Boa noite Professor Pedro Professor Pedro como é que você está Olá boa noite a todos Obrigado pelo convite it por estar aqui com vocês bom eu estou bem na verdade então eu sou o professor Pedro murara eu atuo na Universidade Federal da Fronteira Sul e também no nosso programa de pós-graduação em Geografia né e eu sou um homem branco um pouco Calvo né algumas entradas com cabelo bem ralinho também né bem bonito sou sabe uma barbinha bem rala também né e estou sentado com uma camiseta
branca numa cadeira preta ao meu fundo tem janelas que estão fechadas e um computador e um quadro de um mapa da América do Sul ali né Eh Então como disse a professora rosemi neste momento eu estou aqui a 23º no Canadá é uma diferença um pouquinho ali a gente esquentou hoje aqui então tá bem quentinho hoje aqui eu tô na universidade de monkton onde eu vim fazer uma atividade como pesquisador vou ficar nos próximos meses 14 meses aqui como pesquisador na universidade é um prazer estar aqui com vocês obrigada pedo professora Núbia Oi ros Boa
noite a todas Boa noite a todos é um enorme prazer est aqui eu sou professora Núbia eh atualmente né tô em licença sem vencimento da Universidade Federal eh do Rio de Janeiro tô atuando como professora pesquisadora visitante assistente na universidade de Indiana nos Estados Unidos eu tô aqui na cidade de bloomington nos Estados Unidos aqui no meio-oeste americano tá fazendo 18º deu uma esfriadinha de ontem para hoje essa semana aí a gente teve umas temperaturas aí máximas chegando a 26 20 28 gra eh não tô não tô deveria estar reclamando não tô muito não porque
né a gente gosta tanto assim mas a gente gosta um pouco de calor né Eh eu tô aqui na minha casa sou uma mulher branca tenho cabelo curto tentando ser platinado um pouco branco aqui já tá crescendo um pouquinho né eu tô de camisetinha de alcinha preta sentada numa cadeira e gamer preta tenho paredes ao meu fundo uma estante de livros eh à minha direita também tenho uma caixa de bateria de colola de samba aqui a minha esquerda penduradinha aqui na minha que chique coisa boa treinar às vezes né carnaval a gente tem que est
Pronto né carnaval prioridade muito bom muito bom coisa boa ter vocês dois aqui com a gente então essa disciplina ela tem uma dinâmica muito legal que a gente sempre Convida os professores eh trazendo as suas temáticas né o seu o seu campo de investigação justamente para eh ser uma um estímulo sem incentivo você uma inspiração para as nossas propostas de tese então eles têm nessa disciplina que fazer perguntas para vocês então eles vão fazer pergunta pelo chat de YouTube que é é a é a proposta né é o contrato que eu tenho com eles da
gente conversar trazer algumas algumas teorias algumas metodologias alguns estudos de caso que eles possam se inspirar paraas suas teses né então eles são obrigados a fazer perguntas participarem e é bem bacana porque fica mais dinâmica né a nossa Live Então hoje trazendo essa riqueza que é coincidência Porque a gente já tinha agendado essa reunião essa palestra né E aí a gente falar de eventos climáticos extremos né então com certeza a gente vai falar um pouquinho também do que aconteceu no Rio Grande do Sul nosso carinho nosso abraço aos nossos amigos aos nossos colegas que estamos
muito próximo do lado hoje tá indo mais uma turma daqui do Pântano do Sul de surfistas Pescadores foram resgatar tão voltando hoje levando mantimento Então tá tendo né uma ação calorosa brasileiro isso aí para mim é orgulho de ser brasileira por isso né tô com vocês eu vou ficar na Cia Vou deixar vocês na tela na apresentação Então hoje vamos falar sobre eventos ex climáticos extremos professora nú vai ser a primeira a falar vou trazer aqui o slide dela eu vou ficar na cochia eu deixo professor Pedro e a professora Núbia aqui tá bom gente
tudo bem perfeito Então tá Qualquer coisa a gente se comunica no chat privado que tá aqui do lado boa palestra boa apresentação e assim a professora Núbia terminar eu trago a apresentação do Professor Pedro boa palestra gente Beijo beleza rosemi muito obrigada eh bom já que eu vou começar queria primeiramente saudar a todas e a todos que estão aí né né no no chat assistindo a apresentação né assistindo essa Nossa essa nossa conversa eh queria saudar também não só rosemi como Pedro dizer que eu recebi esse convite com uma enorme honra uma enorme responsabilidade mas
também com muito carinho já que a ufis que é um lugar no qual a gente tem amigos muito queridos O Pedro é um desses caras né que é um amigo muito querido uma pessoa muito especial eh além de ser um intelectual pesquisador que eu respeito profundamente admiro profundamente a sua trajetória né Eh as suas Produções são sempre referências pra gente tanto eh mais recentemente né na área de Pálio quanto na área de saúde a gente leu o Pedro eh murara é Tchau ou murara né nos artigos então só para eh deixar isso registrado a minha
admiração né com com relação eh aos colegas e felizmente a vários amigos que a gente tem é no programa de pós-graduação da uvk né Não dá para também não lembrar do professor Lindberg Nascimento Júnior que é um grande irmão grande amigo nosso né a gente teve a oportunidade né de vir do mesmo tronco comum né a gente eu e Pedro a gente acabou não se batendo né não não convergindo a mesmo ao mesmo tempo mas a gente veio desse nosso grande tronco comum que é o nép de Presidente Prudente né escola de climatologia do nespo
de presente prudente eh também um querido um grande amigo um grande intelectual que também é professor na úc eh e também eh não posso deixar de de sublinhar também o trabalho da professora Maria Helena que é uma pessoa que também admiro bastante tenho eh procurado pensar e refletir sobre as questões de gênero na climatologia mas não vou falar exatamente eh disso hoje né Eh o hoje a gente eh se preparou aí para fazer uma duplinha né Pedro cada cada um ataca né um nove e um 10 ali para fazer uma tabelinha hoje para conversar com
vocês sobre esse grande dentro né do temas dentro desse grande guarda-chuva que a gente tem eh que é geografia do clima e eventos extremos nas cidades brasileiras né Eh eu me preparei hoje para trabalhar com vocês nessa A partir dessa estrutura vocês vão ver que a minha minha apresentação ela vai ficar bastante eh o diálogo né que eu vou tentar estabelecer com vocês ele vai ficar bastante focado eh nessa discussão entre eh mudanças climáticas e emergência climática eh a relação com os eventos extremos e alguns estudos de caso eh em algumas cidades brasileiras associando né
buscando sempre fazer essa relação entre eh de que maneira os eventos extremos em termos de magnitude e frequência T sofrido eh uma uma participação muito significativa né das disso que a gente chama das mudanças climáticas globais de origem eh antrópica né e de que maneira sobretudo as cidades brasileiras tem esse duplo papel né Eh de tanto ser o principal ou se constituir num dos principais locos eh de transformação desse sentido que a gente dá do evento extremo para o perigo né E para o desastre eh quanto espaos um dos territórios né que também contribui de
maneira eh substancial e desigual né é importante ressaltar né para para isso que a gente chama eh de mudanças climáticas globais que vão ter essa relação aí direta eh nessas escalas temporais que são as escalas da mudança climática do clima né e a escala do tempo atmosférico no qual principalmente os eventos extremos de tempo eh eles estão eh localizados então vocês vão perceber ao longo da apresentação que a gente vai tentar trazer bastante conceitos assim categorias geográficas para tentar fazer essa análise mas sobretudo permeada né A partir desses desses nexos né entre essas escalas de
processo de clima escala de processo de tempo atmosférico né E como que isso essas escalas eh que em geral São escalas climáticas se convertem também eh em escalas de processos geográficos né então vou tentar eh trazer um pouco isso para vocês ao longo eh da fala tá então vamos começar um pouco eh aqui trabalhando discutindo um pouco das definições sobre mudanças climáticas e o contexto da emergência climática né que eu acho que é bastante fundamental eh trazer um pouco brevemente dessas definições eu acho que é importante ressaltar isso né Eh sobretudo de que maneira eh
principalmente a partir da convenção quadro sobre danças climáticas mas eh esse debate já vem de um longo tempo a gente tem esse entendimento ou converge para o entendimento acerca é da definição de mudança climática como principalmente aquele conjunto de processos que tem uma pegada que tem uma participação muito significativa disso que a gente vai chamar de maneira muito genérica e que a Geografia né ela tem um papel muito Fundamental e tem desempenhado esse papel no sentido de qualificar essa generalidade né Eh mas a gente tem chamado de maneira muito genética né atribuído de maneira muito
genérica perdão a isso que a gente chama de ações humanas né ou ações antrópicas ou atividades eh antrópicas né Eh então a gente tende aí eh principalmente a partir desse Marco a pensar em mudanças climáticas né como aquelas atribuíveis eh às atividades humanas que alteram a composição atmosférica acelerando processos mudando a composição eh da atmosfera em diferentes níveis verticais eh por exemplo ocasionando né processos de aquecimento diferencial heterogêneo em alguns lugares e e provocando inclusive desencadeando fenômenos mais Associados a tempo né Eh claro que essas mudanças climáticas antropogênicas né ou as mudanças climáticas estrito senso
eh que TM sido associadas a a isso que a gente chama de ação antrópica elas não tão livres ou não tão dissociadas disso que a gente chama dos processos de variabilidade eh natural né que a gente por exemplo no no passado a gente viu muito isso eh no território brasileiro né e não só no território brasileiro ao redor do mundo mas eh sobretudo no território brasileiro que talvez tenha sido eh um dos estados nacionais mais acometidos por essa combinação extremamente eh perigosa eh e enfim péssima né entre um modo de variabilidade fundamental que foi o
Elino né atuando com outros modos de variabilidade natural também de Polo eh do Atlântico Tropical né oscilação deadend deul entre outros associado eh a isso que a gente chama né das mudanças climáticas através eh de características né como aquecimento exacerbado não só do ar mas também da temperatura de superfície do mar e etc né então eh a gente precisa entender que eh Apesar ou a despeito né Eh da gente ter modos de variabilidade eh naturais né que permitem esse entendimento dessa oscilação eh climática a gente tem atuando né junto a isso eh o conjunto de
atividades antrópicas que vai eventualmente intensificar em alguns em alguma medida pode neutralizar ou amenizar eh alguns desses modos de variabilidad naturais então Eh estrito senso que a gente tá falando de uma combinação de fatores mas obviamente em termos de definição Eh boa parte ou parte significativa né Eh tanto da atuação desses modos de variabilidad que vão deflagrar eventos eh mas também né da ocorrência eh intensificada em magnitude frequência de alguns eventos extremos de tempo e também de clima elas são creditadas ou são atribuídas a gente já fala um pouco de atribuição eh a isso que
a gente chama de de conjunto de atividades Associados a mudanças eh climáticas antropogênicas então é muito importante a gente definir essas duas coisas e colocar esses dois grandes grupos né de atividades de processos de fenômenos em relação né então a gente tá falando aqui necessariamente eh de mudanças climáticas antropogênicas que atuam sim em combinação em conjugação com mudanças eh e variabilidades naturais mas que eh por conta da rapidez eh da intensidade dessas alterações T acelerado alguns processos amenizado atenuado outros eh e que vem deflagrando impactos muito significativos nessas escalas menores né nessas escalas eh de
tempo atmosférico por exemplo que é o que a gente vai enfatizar um pouco hoje né Eh daí por conta desse conjunto de relações né Eh que vem deflagrando eh de novo né Eh uma intensificação em magnitude de frequência de eventos extremos de tempo e de clima chuvas intensas né ondas de calor eh no caso mais das escalas de tempo atmosférico né Período de estiagem prolongada Severa seca né no caso mais de eventos de clima por conta dessa intensificação via eh aspas ainda né Eh ação antrópica a gente obviamente tem eh decretado ou tem um outro
grande consenso que é o Consenso sobre a discussão da emergência climática né Eh que são é uma locução é um conjunto de palavras enfim que a gente tem ouvido cada vez mais tanto na mídia principalmente né Eh mais alguns ativistas climáticos e cientistas do clima também TM buscado se apropriar e se utilizar eh dessa dessas duas palavrinhas né Eh por conta exatamente da necessidade de sabendo desse contexto né Eh tentar despertar esse alerta em relação aos potenciais eh perigos Associados a esse contexto de intensificação de magnitude magnitude e frequência de eventos extremos né a gente
não tá falando só das condições médias né de aumento de temperatura a longo prazo de intensificação eh de chuvas a longo prazo não a gente tá falando da escala né humana da escala que a gente vive né Eh E como que essa intensificação pode e a gente tá vendo que tem né impactos substanciais eh nos territórios O que leva a gente a pensar eh primeiro né nisso que a gente pode chamar talvez de uma dimensão geográfica né Eh da mudança climática que é ou pode ser eh lida eh ou pode ser identificada dentro desse contexto
de emergência já que eh o impacto da mudança climática ele vai acontecer tanto escala de tempo quanto escala de clima num território né Eh então a gente tem a emergência climática sendo decretada ou sendo consensual principalmente por conta dessa componente geográfica né da mudança climática né porque ela vai afetar grupos sociais ela vai afetar sistemas produtivos ela vai afetar diferentes grupos de eh de sujeitos agentes etc né Eh e porque por conta eh desses impactos que ainda que tenham se constituído até pouco tempo impactos diferenciais mas que se generalizam cada vez mais né Eh e
o que tá acontecendo hoje no Rio Grande do Sul é um exemplo mas né também o que acontece eh em termos de bloqueio atmosférico e onda de calor no centrooeste no sudeste brasileiro também é outro né é de que maneira a gente a partir desse Impacto precisa desenvolver eh estratégias de curto médio e longo prazo é para adaptação e também paraa mitigação eh desses efeitos então de novo né me parece parce eu tenho cada vez mais refletido sobre isso né que isso que a gente chama ou esse contexto que a gente eh eh conversa sobre
né de emergência climática ele tem embutido eh no interior desse entendimento uma noção geográfica muito forte né que é exatamente é de que maneira essa atmosfera Ela atinge né Eh essa superfície terrestre que não é só uma superfície que não é habitada ela é um território socialmente construído né sócio biofisicamente construído mas é né Eh Então eu acho que esse nexo entre eh mudança e emergência ela ela é muito Central né e traz o caráter de emergência principalmente né Por conta não só dessa dimensão de impacto territorial em diferentes grupos né Na necessidade de desenvolver
diferentes estratégias mas principalmente por né Eh sobretudo a partir do último relatório D PCC mas isso já vinha sendo ventilado um pouco anteriormente né Eh a gente tem cada vez mais a aceleração eh de determinados de variados processos atmosféricos e climáticos né então é cada vez mais próximo tá aquele cenário em que a gente vê né Eh de aumento de situações de tornado de episódios de furacão de episódios de chuvas intensas de episódios de onda de calor em alguns lugares menor gra onda de frio né mas cada vez mais a gente vê esses episódios se
aproximando e se intensificando e diminuindo o seu tempo eh de retorno O que traz pra gente uma dimensão de eh urgência né eh eh preciso declarar uma situação eh calamitosa para que a gente consiga chamar a atenção para esse conjunto de processos que vai gerar Impacto para tentar não só se adaptar a esses impactos trabalhar no processo de mitigação mas também tentar agir de forma estrutural ao mesmo tempo né então o contexto de emergência climática ele também não não coloca só atenção ao território não coloca só atenção a grupos sociais e a sistemas produtivos mas
ele coloca Exatamente porque eh também existe um encurtamento aí dessa distância temporal né história é cada vez mais histórica e cada vez mais histórica do tempo presente né é que era uma ideia também de mudança climática muito que a gente tinha pelo menos a minha geração tinha quando a gente se escolariza né na Educação Básica né aquela coisa Ah mudança climática É um cenário muito futuro né não vai acontecer a gente não vai ver quem vai ver são nossos filhos etc e a gente tá e a gente tá vivendo isso todos os dias o tempo
todo cada vez mais né é a gente tá no 11º mês eh que a gente quebra recorde de temperatura né é Global assim então isso isso não é qualquer é coisa não é algo elementar e traz pra gente uma dimensão e uma uma sensação de alerta uma dimensão de urgência e uma necessidade eh premente de de agir em relação a isso em diferentes frentes né então Eh essa essa questão né da emergência climática ela é fundamental aqui só para trazer um pouco do contexto eh Global sobre isso né sobre a emergência climática né né no
ano de 2019 eh o dicionário de Oxford declarou eh a palavra do ano pro mundo emergência climática né pro ano de 2019 né para pra gente identificar que a gente não tava falando de 2023 né E nem 2024 que rompeu todos os recordes você já tava falando em 2019 né Eh um pouco antes da da da publicação do ar6 né do mais recente relatório do PCC que foi 2021 as bases físicas né que saiu o volume 1 então a gente já tinha esse debate bastante lá atente sobre o quanto é preciso eh enfim colocar as
atenções todas em cima desse conjunto de processos para tentar adaptar que é a nossa necessidade mitigar e tentar resolver isso de maneira eh estrutural né então Eh aqui só para falar um pouco nesse contexto né de de um dos exemplos eu sei que a gente tá vivendo um exemplo no Brasil muito infelizmente muito didático né nesse sentido eh enfim relacionado à chuvas intensas e os e as previsões elas não são boas né E daqui para junho pelo que a gente tem acompanhado é o Pedro vai falar mais sobre isso mas eu quis trazer um exemplo
mais mais Global né no contexto europeu saiu essa semana né esse relatório do lanet eh sobre esses impactos né do do calor das mudanças climáticas mas a gente também tem Episódio de estiagem seca chuvas intensas e calor eh na nos países europeus e o que a gente tem identificado é eh enfim um aquecimento sem precedente que vai ameaçar a atividade Ades eh bem cotidianas assim né do tipo fazer uma caminhada na rua pegar um ônibus esperar um ônibus no ponto né Eh enfim isso pode colocar sujeitos em exposição né Eh e colocar esses corpos como
sendo afetados cada vez mais expostas a essas condições de temperaturas médias e potenciais ondas de calor eh com temperaturas significamente significativamente elevadas e colocar esses sujeitos em risco de desenvolvimento de de de enfim doenças eh num longo prazo né então a gente tem esse esse relatório do lancet que saiu essa semana se eu não me engano que foi bastante alarmante aí né Então nesse primeiro bloco eu acho que uma uma eh talvez trazer essa essa síntese né de como é que a gente tá pensando esses três essas duas questões né dessa relação entre mudanças climáticas
e emergência climática e território né Acho que primeiro é esse entendimento de que as mudanças climáticas elas são hoje mais do que nunca a despeito de negacionismos né Eh porque Eu particularmente assim apesar da da gente precisar ser muito preocupado com o negacionismo a realidade ela se impõe né Eh claro que a gente precisa disputar a narrativa acerca dessa realidade né porque a gente já tá vendo questões muito complicadas associadas ao que a gente tá vivendo no Brasil em relação a negacionismo de várias naturezas não só de mudança climática mas de estado eh de participação
de estado entre outras coisas né de papel de estado de governo Mas enfim a gente pode discutir isso depois eh nos comentários mas eh as mudanças áticas elas se impõem cada vez mais por conta eh dessa associação eh cada vez mais Evidente na escala de tempo atmosférico em relação à S humana né Eh então se a gente tinha essa dimensão da mudança climática primeiro com algo distante muito no futuro longinquo eh e que não ia afetar a gente de maneira sensível percebida né cotidiana concreta eh isso já foi por terra se não tinha ido antes
do ano passado pela Mas a partir do ano passado foi e a gente tá vendo isso na pele muitos dos nossos colegas e amigos estão né E nós se não estamos viveremos eh em breve né Eh no segundo momento eh esse cenário né traz pra gente essa definição de emergência climática como Talvez uma síntese entre essas dinâmicas naturais afetadas pela ação antrópica e os impactos que são impactos territorializados né que trazem pra gente uma dimensão primeiro de perig de risco de vulnerabilidade eu vou tratar nesse segundo bloco especificamente sobre eh essa esse nexo entre evento
Extremo e perigo né como é que a gente pode entender esse processo né no contexto eh que é cada vez menos contextual no sentido de de fundo e é cada vez mais de frente né é de mudanças climáticas globais e de que maneira né esses impactos territorializados no caso eh não só das cidades latino-americanas né Eu acho que globalmente a gente tem esse entendimento né Maior maior parte da população vive nas cidades a gente e e uma questão Importante é não é só a quantidade de pessoas que vivem na cidade mas como essas cidades elas
são estruturadas eh como essas diferenças intraurbanas e diferenças na história da produção dessas cidades no presente e no futuro né Elas acabam eh fazendo com que a gente tenha ainda que numa sob uma tendência de generalização e amplificação desses impactos de mudança climática eh elementos muito de desigual dade né e de heterogeneidade na ocorrência desses impactos eh mas eh os a gente enxerga cada vez mais sobretudo em relação primeiro a Impacto de precipitação e segundo a Impacto de calor intenso né o espaço urbano como um como sendo uma unidade geográfica é fundamental né é de
novo nesse primeiro momento para entender de que maneira essa atmosfera se se manifesta em termos de impacto né como esse evento extremo se transforma em perigo e depois em desastre mas sobretudo né também como que esse espaço urbano da forma como ele é produzido a a a com o propósito Quais são os objetivos dessa mercantilização da terra Cubana como que esse Urbano capitalista né Eh também acaba produzindo eh em termos de produção mesmo de alteração física química do ar mudança de cobertura da terra também contribuições que estudos têm mostrado cada vez mais que tem contribuições
significativas sim pro contexto de mudança climática não é só e exclusivamente eh atividad de desmatamento de grandes áreas por exemplo como a gente tem visto no Brasil ou então emissões extremamente significativas eh de combustíveis de queima de combustíveis fsseis né Associados à atividade industrial mas também eh as mudanças de cobertura da terra e principalmente as atividades de uso da Terra nas cidades também tem contribuído de maneira não desprezível eh para as mudanças climáticas Então a gente tem esse duplo papel aí das cidades eh do mundo eh E no caso dos impactos Principalmente as cidades latino-americanas
né que são S cidades eh muito marcadas por uma herança de colonialismo eh são cidades marcadas eh por uma herança presente de desigualdade social de desigualdade de gênero desigualdade de raça né a gente pode falar das grandes metrópoles brasileiras e de que maneira né os impactos apesar de cada vez mais de novo né serem generalizados a forma como diferentes grupos sociais tem de reagir e de se recuperar no processo durante e pós Impacto Ela é bem diferente né eh e tudo isso é uma herança presente contínua né Eh de um legado Colonial que a gente
insiste eh em reproduzir no Estado Nacional Brasileiro ainda que sob eh um governo mais Progressista né então isso é uma coisa que a gente precisa eh refletir acerca dos nossos espaços urbanos né E como eu disse anteriormente essa essas contradições elas vão se expressar fundamentalmente né Essas contradições entre e esses nexos né entre mudanças climáticas e emergência climática nos Espaços urbanos ele se manifesta fundamentalmente a partir eh dos eventos extremos né Eh como eu falei a gente pensava muito nessa coisa da mudança climática mais paraa frente a gente via os valores médios subirem eh em
termos de temperatura em algumas cidades a gente via os valores por exemplo de nebulosidade aumentarem os valores de precipitação ficarem mais concentrados mas a gente tinha ainda uma dificuldade de visualizar Isso numa escala eh de tempo atmosférico né Eh e a escala do tempo atmosférico ela é uma escala bastante cara pra gente que é da geografia né não porque é uma escala de previsão por exemplo né mas porque a gente tradicionalmente trabalha com clima como eh resultado ou como construído a partir do tempo né Eh e não não dizendo que o Né o clima não
pode ser medido ou avaliado a partir do Estado médio da atmosfera né é mas a gente tem muito muito Evidente pra gente né que a média é uma métrica eh que na verdade é uma abstração né O que o nosso mestre Carlos Augusto Monteiro sempre ensinou pra gente é que né Eh o clima é a sucessão habitual dos tipos de tempo né então quando a gente pega a escala do tempo atmosférico ela é uma escala muito cara pra gente eh na geografia exatamente por essa por esse legado do Professor Carlos Augusto de colocar ou de
construir um entendimento de clima como eh a longa duração do tempo né mas não uma longa duração eh homogênea eh monótona média né mas como uma longa duração marcada por variações por oscilações no tempo e no espaço né então pra gente olhar para evento extremo significa olhar paraa concretude eh do clima né significa olhar pro tempo né Eh pro tempo atmosférico na sua realização né e aí em geral quando a gente fala né de cidades brasileiras a gente como eu tava falando né precisa ter em conta esse papel né ou esse Esse perfil esse padrão
de produção dos espaços urbanos no Brasil como espaços urbanos marcados por desigualdade marcados não só por um por um êxodo rural que levou uma a um processo acelerado de ocupação das cidades mas sim eh como que esse processo acelerado também se deu na medida em que você teve espaços ou áreas nas cidades que era são áreas de menor suscetibilidade né Eh natural a eventos por exemplo de cheia de deslizamentos etc né sendo ocupados eh por classes dominantes e como né que essa maior parte da população eh que ali se constituía como uma classe trabalhadora eh
cada vez menos industrial e cada vez mais no setor de serviços né só restava esses grupos sociais ocupar áreas de maior suscetibilidade né Eh então em grande medida a gente teve uma produção das cidades brasileiras voltadas né paraa acumulação eh e paraa reprodução ampliada do Capital via né Eh renda da terra né Eh na qual a gente tem essa diferenciação e essa desigualdade socioespacial que no nosso país no nosso caso eh em grande cidades também é marcada pela questão racial né Eh então isso é muito importante pra gente e aí o que que que que
isso eh faz né Quais que são quais são as implicações de de ter cidades produzidas de maneira contraditória e desigual quando a gente pensa eh em eventos extremos né porque a Rigor um evento extremo ele é estatisticamente ou pode ser definido como aquele eh estatisticamente fora dos limites né Eh dos dos padrões estatísticos né então a gente pode escolher diferentes métricas para para entender um evento extremo né a gente pode escolher eh aqueles evento que se situa nos 10% mais raros aquele evento que se situa dentro da da série temporal por exemplo de chuva 1%
mais raro em 24 horas em 48 horas em 5 horas em 1 hora em 30 minutos né a gente tem diferentes formas de entender esse eventos eh o máximo de chuva acumulada em um dia o máximo de chuva acumulada em 5 dias e comparar isso com Média a gente pode e pensar nisso de diferentes formas mas a Rigor o evento extremo em si em si ele tem o potencial de ser danoso mas em si ele não é danoso né em si ele não se converte num perigo sozinho ele só se converte num perigo na medida
em que ele está para ou ele existe para um determinado território um determinado espaço determinados grupos sociais né Eh em que no seu processo de reprodução da própria vida eh e na relação com esses eventos né Podem ser afetadas negativamente no geral pela ocorrência desse fenômeno que pode ser uma chuva pode ser uma onda de calor que vai se apresentar dentro da série temporal como algo eh eh estatisticamente eh inesperado estatisticamente fora dos padrões mesmo de variação de variabilidade que a gente tem esperado né então esse esse as cidades brasileiras pra gente elas trazem para
mim exatamente esse nexo né Elas são os espaços eh Nos quais pro clima né a gente transforma ou a gente dá outro conteúdo pro pro evento extremo porque o evento extremo ele sai da sua dimensão estatística e ele se torna um episódio Ou ele se torna né Eh um perigo em potencial né então Eh as cidades fazem e sobretudo as cidades de novo né cidades brasileiras e cidades latino-americanas né então esses eventos Eles saem de eventos eles se transformam em perigo e potencialmente eh em desastre né Então nesse cenário de mudanças climáticas nas quais a
gente tem a intensificação da ocorrência deles né Eh o que a gente tem cada vez mais é isso é que a gente tem cada vez mais não é uma chuva int ao que a gente tem cada vez mais a desastre né eh e aí enfim não é não é incomum relatos né isso tem crescido cada vez mais a partir dos movimento de Justiça climática e justiça ambiental nas cidad relato de populações sobretudo populações negras que moram Residem né em áreas eh de suscetibilidade a deslizamento por exemplo em populações mais empobrecidas que Residem em áreas eh
de de potencial de Enchente né próximos a cursos de água etc né não é incomum relato de pessoas que têm muito medo quando escuta bar de chuva né Eh Ou populações que T realmente assim buscam entram em pânico e buscam voltar para casa e ficar vigilante quando sabe que vai chover ou quando já está chovendo e ela tá em trânsito do trabalho para casa né ou quando ela no processo de trânsito de casa pro trabalho por exemplo né Eh do trabalho para casa sabe que vai tá vai chover pega a chuva no caminho e eh
enfim vai ter que pensar no plano A B C tanto para salvar os seus pertences ou para tentar pensar em processos de evacuação temporá né Eh então cada vez mais tem crescido a popularização de relatos eh sobre isso porque de novo né o evento extremo para grande parte para 80% das populações dos grupos sociais nas cidades brasileiras eles não são eventos extremos eles são perigo eles são desastre eles significam desastre a chuva significa coisa ruim né paraa maior parte das pessoas nos Espaços urbanos principalmente né para para populações em situação de vulnerabil em processo de
vulnerabilização exposta a esse tipo eh de perigo porque o evento extremo ele acaba se tornando ou se transformando se convertendo né Eh num perigo né exatamente por conta disso da memória viva da sua ocorrência desastrosa né e o de novo né o contexto de mudança climática só a serba eh esse processo esses processos que são frutos de inúmeras contradições e aí eh eu acho que esse esse entendimento né dessa desse nexo né entre extremo perigo e e impacto ele tá muito baseado numa perspectiva teórica eh metodológica ou teórica enfim epistemológica que é a perspectiva da
geografia do clima né Que A Gente Tem trabalhado desde enfim eu trabalho com com João Né desde o mestrado até o doutorado né Eh que é exatamente pensar eh do fim ao cabo o que de dentro desse conjunto de interações né superfícia atmosfera interessa a geografia sobretudo eh pensando nos espaços urbanos né então Eh antes de im nada é pensar exatamente nisso como é que se dá essa relação eh no território e a partir do território então o João coloca muito bem Nesse artigo eh acredito que vocês tendo sido alunos do pedro e do e
do Lindberg já tenam estejam cansado de ler esse artigo né Espero cada vez mais né que as pessoas Leiam mais né Eh esse artigo ele já vai fazer já fez 20 anos né a gente não tinha que fazer uma edição comemorativa desse artigo aí eh eh para conversar sobre o impacto da geografia do clima na na climatologia brasileira porque eu acho que a gente ainda não parou para refletir sobre isso Eh mas é sem dúvida alguma eh um artigo fundamental né e fundante paraas formas como a gente pensa a realidade né então Eh o João
coloca né no pur uma geografia do clima que é esse artigo Central eh para mim que ele Exatamente isso na sociedade capitalista modo de produção eh que exige uma expropriação dos homens através da apropriação da natureza implica uma relação predatória ou seja relação sociedade e natureza passa a ser permeada pela relação entre classes sociais né Então essa diferenciação espacial em termos né de quem ocupa qual lugar qual lugar é mais impactado mas se todos os lugares são impactados de que maneira as pessoas reagem de forma diferente Ou tem estrutura para reagir de forma diferente em
relação a esse Impacto é o grande é a grande preocupação eh do João quando ele escreve uma das grandes preocupações do João quando ele escreve por uma geografia do clima né entender a partir do território a partir do espaço ente produzido quais são essas contradições né e e a partir dessas contradições olhar pro clima e sobretudo pro tempo na sua história né então eh ele exatamente Coloca aí ao final né nesse segundo eh parágrafo né que à medida que o modulo de produção capitalista avança na conquista do território eh primordialmente como substrato para produção agrícola
para desenvolvimento de atividades comerciais eh desenvolvimento de de espaços urbanos né Eh extrai-se recursos naturais e se instala indústrias ou seja seja você se apropria da superfície terrestre mas não é todo mundo que se apropria né são os proprietários que se apropriam né eh e aí eh o modo de produção capitalista acaba se constituindo no principal eh agente produtor do ambiente então eh a produção dos espaços urbanos assim como a produção dos espaços rurais né e e a sua conexão muito íntima isso que a gente também não pode perder de vista né Eh existem espaços
urbanos espaços F mas eles não são são espaços que T as suas especificidades mas estão profund fundamente imbricados condenados eh pelo menos por agora né enquanto a gente ainda não superou esse modo de produção mas eh condenados a esse capitalismo né Eh de que maneira né Essa esses dois espaços estão conectados para responder a uma lógica que é uma lógica né de cercamento uma lógica de privação de gentrificação e de eh enfim criar contingências para que os proprietários ou Aqueles né que tenham eh mais condições que são os enfim a classe dominante consiga ocar os
melhores espaços enquanto Eh boa parte ou a maior parte da classe trabalhadora da classe que vive do trabalho eh acaba por eh ocupar espaços de maior suscetibilidade eh e as suas condições socioeconômicas e também de raça eh acabam colocando em situações de maior vulnerabilidade maior potencial de Exposição né Eh pro João Era exatamente essa a questão que interessava E aí eu acho que a gente pode pensar eh esse binômio né ou esse essa essas três categorias que a gente tá discutindo aqui nessa na nossa conversa mudanças climáticas emergências espaço urbano a partir eh da geografia
do clima né então talvez eh uma um olhar a partir da geografia do clima para as mudanças climáticas implica em perceber né que as mudanças climáticas são o fator fundamental primeiro né para o incremento e magnitude e frequência desses eventos extremos mas Sobretudo com uma participação eh antrópica que não é só antrópica né que não é só General generalista ou generalizante no sentido de entender todos os seres humanos anos como antrópicos e como aqueles que contribuem para eh tanto a mudança de cobertura da terra ver desmatamento quanto para emissão né de queima de combustíveis fósseis
emissão de gás de efeito estuo particulado que vão contribuir para isso né é pensar exatamente em quem são E aí em qualificar esse antrópico né quem são essas pessoas quem são esses sujeitos quem são esses grupos sociais que de fato estão contribuindo para paraa intensificação desses processos mas que ao mesmo tempo que tão contribuindo de maneira muito Central não tão sofrendo né É da mesma maneira eh essas essas contingências né eh pensar a emergência climática por outro lado né através da geografia do clima talvez permita pra gente desvendar eh essas contradições inerentes à transformação dos
eventos extremos em perigo nos Espaços urbanos né que pra gente eh da geografia do clima que trabalha com essa tradição teórica já H algum tempo eh tem feito isso através eh do espaço urbano né entendendo o espaço urbano como isso que a gente chama de unidade geográfica da vulnerabilidade então pensar o espaço urbano como Aquela síntese na qual através da da da análise dos diferentes impactos e de como diferentes grupos reagem a isso a gente consegue ter um nexo melhor sobre o que que é ou como se configura a emergência climática ou como deve se
configurar a emergência climática né eh e aí pra gente mais recentemente a gente tem cada vez mais pensado no contexto de Justiça climática e de Justiça ambiental né ou seja de que forma essa emergência Ática ela não é entendida como emergência da mesma forma para todo mundo né Eh porque para alguns sujeitos Você tem uma emergência que eh para algumas atividades econômicas para alguns sujeitos essa emergência é mais urgente do que para outros né Eh então a gente sabe que quando alguns grandes eh Agentes do Agro por exemplo tem um impacto muito grande do Elinho
eles vão recorrer aos créditos agrícolas vão recorrer eh ao estado brasileiro para conseguir recuperar as suas Produções agora quando a gente tem eh pessoas no morro do vidgal eh pessoas morando em fundo de Vale que precisam de acesso à moradia nas cidades acessar não crédito mas acessar a moradia como direito e vivenciar o espaço urbano como direito a gente não tem uma situação tão emergencial assim né ou pelo menos não tem tido né então Eh essa discussão também ela é muito importante essa emergência climática ela existe para quem tem existido para quem e como que
a gente tem eh Quais são as ações que são tomadas de maneira diferencial para quais sujeitos né então a geografia do clima me parece que permite um pouco esse processo E aí a gente tenta expandir um pouco mais recentemente Nossa análise e aí eu não sei se uma galera tava esperando exatamente que a minha fala terminasse agora mas eu vai trazer uma outra uma outra dimensão aí que Geralmente a galera fala assim não espaço urbano Nubia vai falar assim espaço urbano desigualdade social a galera né se ferra e acabou a fala eu quero trazer uma
outra dimensão aqui que a gente tem trabalhado um pouquinho mais né nessa nesse nexo ainda né entre entre tempo evento Extremo e clima né mudança clima mudança climática que é o campo de atribuição de eventos extremos né que é exatamente de que maneira a gente consegue eh associar ou de maneira assertiva dizer o quanto de mudança climática eh foi responsável pela ocorrência magnitude frequência da determinado event extremo né então só para trazer um pouco para vocês esse campo da Ciência da atribuição algumas pessoas ainda eh não conhecem eu acho que é muito legal Trazer isso
aqui para vocês principalmente numa turma eh de pós-graduação né Eh enfim para discutir eh ciência do clima discutir eventos extremos no contexto de mudança climática eh a gente tem alguns colegas da geografia né que ainda não não entraram em contato com esse tipo eh de de de campo né não é um campo recente ele já tá aí pelo menos desde 2014 2013 né até antes a gente tem trabalho de 2010 né mas em termos de consolidação eh esse campo se consolida Ali pela primeira metade ali de 2010 né Eh e é um campo muito fundado
pelos colegas do serviço meteorológico britânico e alguns colegas Ingleses né mas também com alguma associação entre colegas alemães colegas dos Estados Unidos né é que é exatamente isso desenvolvimento de uma rotina metodológica para que a gente consiga eh fazer essa quantificação né atribuir eventos de tempo atmosférico eh e alguns eventos de clima como estem prolongadas e secas a mudança climática entender Qual é a participação eh nesse processo então aqui a gente tem eu botei o o QR Code aí para quem quiser dar uma olhada Esse é um atlas do Carbon Brief eh no qual esse
esse mapa ele é o mais atualizado mas ele é de 2022 ainda depois disso a gente teve muito mais estudos de atribuição feitos Tá mas ele é o mais atualizado que a gente tem eu até procurei hoje se tinha algum mais atualizado mas esse é o mais né n no qual a gente consegue identificar aí quais são os estudos de eventos extremos eh Nos quais a gente consegue ou não conseguiu ou não Ou não conseguiu porque o estudo foi inconclusivo né identificar ligada né a digital da mudança climática em determinado evento Então vocês vão ver
que todas as os eventos rosinhas aí eh foram estudos Nos quais a gente consegue encontrar a influência eh da ação humana no na ocorrência do evento extremo né Eh os azuis são aqueles que a gente não consegue encontrar e os os cinzas são aqueles em qu a gente tem estudo inconclusivo né a gente não foi possível identificar né eh e aí a gente tem alguns tipos de investigação como a gente coloca os estudos formais que são aqueles eh em que a gente tem eh estudos dos publicados em periódicos que foi revisado por pares né então
publicado National Journal of climatology theoretic applied enfim diferentes periódicos que publicam estudos de atribuição Então são estudos que foram revisados a metodologia foi revisada e tá publicado a gente tem por outro lado os triângulos né que são os as atribuições rápidas que são boa parte dos estudos feitos eh por um conjunto bem bem grande né de cientistas que tem um processo de revisão por pares mais rápida né mas que não não foi submetido para periódico específico mas são estudos revisados por pares sim eh mas que ainda não foram submetidos em que você também consegue eh
fazer tentar fazer essa Associação boa parte dos dos eventos mais recentes né Eh tanto onda de calor eh de Setembro a de novembro a gente não não tem publicação sobre Mas eu acredito que já tem gente fazendo mas a onda de calor de Setembro ah chuva na Amazônia no ano passado a gente tem um estudo de atribuição rápida né Eh eu vou mostrar para vocês já já onde encontrar eles eh e e esses hexágonos são as tendências né que são também indicadores importantes elas não não são exatamente eh a gente não pode exatamente dizer que
foi por causa da mudança climática né quando a gente vê uma tendência que sobe uma tendência que desce por exemplo em relação à concentração de chuva ou a temperatura mas são indicadores importantes e que sugerem a participação de mudança climática né E aí dentro dessas dessas formas você tem diferentes eventos né Eh enfim branqueamento de corais seca chuva intensa estiagem Severa etc etc né né eh e aí a principal pergunta né Eh da Ciência da atribuição que é enfim divulgada produzida para um conjunto bem expressivo de cientistas mas esse grupo do World Wi attribution né
um grupo um pouco menor eh mas eles coloca uma questão que é fundamental que a pergunta né que dirige os estudos de atribuição que é o que a mudança climática tem a ver com o evento extremo de tempo individual né atmosférico né e eu acho que isso também é muito importante pra gente ter em conta Qual é o nexo né Qual é a relação eh entre entre essas escalas E como que de maneira muito recente a gente conseguiu atestar né Eh essa conexão entre escalas de clima e escala de tempo né no contexto de mudança
climática né Isso é bastante recente Então essa é a principal pergunta de pesquisa eh e de investigação da do do grupo né de atribuição eh de evento extremo de tempo Global né eles tem um site tem a página do Twitter dele que eles sempre publicam estudos atualizados para quem gosta de rede social eh pode botar bota o Sininho lá que toda vez que ti estou do novo você vai ver eles são bem ativos no Twitter e tem o o site né que que eh tá aqui o também um pouco do da página inicial dele vocês
vão ver diferentes eventos eh que você tem alguns atribuição rápida né Eh e alguns você já tem publicação dos estudos Então você tem aí os níveis mais baixos de de de água no Canal do Panamá você tem precipitação extrema eh em Oman onda de calon sael eh enfim os países do sul africano né influenciados por el ninho então em grande medida você vai ter esses estudos que vão tentar identificar essa pegada essa digital e alguns estudos a gente vai encontrar como a gente visualizou em alguns estudos a gente não vai encontrar alguns estudos a gente
não vai encontrar porque realmente né Eh você tem uma um papel uma influência muito expressiva da variabilidade natural lembra né que a gente comentou lá no começo da apresentação né é uma conjugação de fatores né quando a gente tem a deflagração de um evento extremo por exemplo seja de tempo seja de clima então você tem a atuação é do El ninho por exemplo um Elinho canônico em que a gente tem uma expectativa sobre o que que vai acontecer em diferentes regiões do Globo um Larinha canônico também quando a gente tem o ainho modoc né a
gente já tem um outro perfil então né a gente tem essa essa esse entendimento também mas a gente também sabe que eh esses modos naturais têm cada vez mais atuado em relação a a a processos e fenômenos que tem participação de mudança climática quanto aquecimento superficial quanto aceleração de alguns fluxos eh verticais e horizontais né então por exemplo nesse caso eh em alguns casos a gente realmente não tem né participação em outros casos e a eu quero só voltar aqui rapidamente eu prometo que eu tô acabando que eu tô falando demais eh rapidamente só pra
gente pensar um pouco aonde que tão esses eventos né e atribuídos e a gente pode ver que massivamente eh 90 e lá parte significativa dos eventos até 2022 principalmente né que são atribuídos de maneira eh mais substancial conclusivos né eles estão localizados no no norte Global a gente tem muito muito menos eventos atribuídos no que a gente chama dis su Global né Eh em alguns estudos principalmente estudos voltados para o continente Africano alguns países do continente africano mas também eh pro continente sul-americano e também né Brasil né a gente tem alguns problemas relacionados à série
Histórica de dado né Eh então não tem exatamente como você atribu entendeu o quão aquele evento foi intenso e entendeu o contexto daquele evento em determinado local se você não tem um dado pontual daquela área para qualificar aqu venda na séria histórica para entender ele como eso né Eh isso acontece muito em países do sul Global então não são só os países que vão que tem uma capacidade de resposta né Eh mais problemática né em relação a a os impactos de mudança climática não são só os países que contribuem de maneira menos expressiva para as
mudanças climáticas globais Claro o Brasil contribui com mudança de cobertura da terra é uma contribuição expressiva eh mas a gente precisa pensar nisso de modo diferente né diferenciado né não são só eh não existe só essa desigualdade mas também existe essa desigualdade em função de como que a gente consegue entender a própria dinâmica climática ao longo do tempo nesses nesses países né E aí de novo a não existência de dado ou a falha de dados é uma questão também de legado Colonial né legado do colonialismo de como que a gente pensa a formação do estado
brasileiro Ou pensou a formação do estado brasileiro ao longo do tempo né então a ausência desses desses dados que vão comprometer que estão comprometendo estudos presentes também tem muito a ver eh com esse lado aspas mais humano aí para quem acha que existe geografia física pura né que não existe tá só um spoiler na climatologia a gente já sabe disso há algum tempo né Eh aqui só para trazer alguns estudos eu vou passar muito rápido né a gente tem estudo aí 2010 na seca da amazona eh a enchente de 2012 né inundação 2012 aqui um
estudo que o nosso grande amigo Júlio chiqueto fez parte né sobre eh as chuvas intensas em Minas Gerais no estado de Minas Gerais em 2020 nées conseguiram encontrar eh eh a participação a pegada aí de 70% de participação da mudança climática que eu trouxe alguns dois estudos né que a gente tem desenvolvido esse primeiro aqui em parceria com workshop que a gente fez com o pessoal do serviço meteorológico britânico muito em parte por um contato que o Júlio chiqueto fez Quero agradecer imensamente a ele eh no qual a gente fez um um grupo de trabalho
para estudar os eventos de Petrópolis 2022 né é que também foi um evento bastante intenso mas bastante singular por conta da do com localiz esse evento foi então isso gerou também eh algumas alguns desafios pra gente dado eh a questão da da existência ou não existência né de dados em abrangência espacial significativa Então o que a gente consegui encontrar eh nesse nesse evento de Petrópolis 22 foi eh a gente usou três métricas para definir evento extremo né a gente usou chuva o máximo de chuva acumulada em três dias depois a gente usou 360 dias né
porque foi um evento eh que no caso de Petrópolis específico ele foi mais localizado no tempo mas ele veio acontecendo ali do litoral norte de São Paulo até eh o Rio de Janeiro Então a gente tem aí mais ou menos entre 30 e 45 dias aí de instabilidade eh atmosférica então a gente usou basicamente três métricas para tentar capturar eh o desenvolvimento desse evento nesse recorte que pegou Petrópolis mas não foi só Petrópolis a gente pegou também o norte de do Estado de São Paulo o litoral de São Paulo para pegar o Rio de Janeiro
né eh e aí enfim a gente percebeu em todas as métricas principalmente né em chuva máxima em 60 Dias uma participação muito substancial eh das mudanças climáticas aí né Eh no primeiro três dias tava na casa dos 45% eh e aí a gente vê aqui no probability rti né Eh e com 30% né de desse evento em três dias sendo eh atribuída às mudanças climáticas né no caso dos dos da chuva acumulada em 30 dias né 23% do evento teria acontecido né por conta de mudança climática E no caso de 60 dias 41% do evento
teria acontecido por mudança climática outra coisa que a gente tem uma influência que é no tempo de retorno né Eh desse evento Então eh no período natural a gente teria um tempo de retorno que variar entre dois a CCO quase 6 anos entre chuva acumulada em três e chuva acumulada em 60 dias que se reduziu de um para 3 anos né então a gente basicamente cortou pela metade o tempo de retorno e acelerou eh muito mais esse tempo de retorno pra ocorrência desse evento de Petrópolis por exemplo a gente acabou também desenvolvendo outro estudo que
a gente surpreendentemente sabe que não tem estudo de atribuição sobre esse Mega evento que é o da Região Serrana 2011 né então a gente fez esse estudo tem processo de submissão agora pro pro International Journal of climatology eh mas a gente já tá com os resultados aqui mostrar para vocês que exatamente a gente também encontrou isso eh pro pro Mega desastre da Região Serrana de 2011 né então a gente teve uma participação aí de 48% eh Uma probabilidade né incrementada de 48% de ocorrência de um evento desse tipo eh um evento desse tipo a gente
tá considerando uma chuva acumulada em 5 dias na casa dos 180 mm né mas a gente sabe que isso eh pode ser muito maior E como foi maior né então a gente tá sendo bem humilde aí nesse nessa definição eh 32% né desse evento basicamente pode ser associado eh à mudança climática e a gente tem um corte aí uma redução no período de retorno de quase 11 anos para sete eh então assim se a gente pensa né desastre da Região Serrana 2011 aí depois a gente tem 2022 Petrópolis que também é Região Serrana mas a
gente também teve uns eventos no meio né a gente tá meio que vivenciando exatamente eh o que tá acontecendo eh nesse momento né a gente tá vivenciando o que a gente mensurou nesse nesse nesse estudo né Eh a gente também acabou acrescentando algumas dimensões eh mais espaciais desse processo que a dimensão da suscetibilidade eh a gente tá falando de um da Região Serrana principalmente é de freiburg que é uma área eh profundamente marcada por um relevo né de mares de Morro né A Região Serrana Então a gente tem aí uma participação eh muito importante desses
solos que são mais rasos dessas Vertentes mais inclinadas que quando a gente tem episódios de chuva extremamente intensas e sobretudo né seguidas de meses que a gente já tinha precipitação a gente tem eh uma tendência muito significativa de ter deflagração de movimento de massa de modo geral né então Eh no aqui as áreas mais vermelhas são as mais vulneráveis para as mais Claras menos vulneráveis menos suscetíveis perdão para as mais suscetíveis eh e os amarelos aí são as cicatrizes de deslizamento de 2011 né no município de Friburgo e aqui a gente pensou eh em aplicou
o índice de vulnerabilidade social né socioespacial para pro município a gente pode perceber que existe uma uma uma tendência muito expressiva né Eh de concentrar as áreas de menor vulnerabilidade Claro ao redor eh do Rio e aí a gente tá falando também de pessoas que também Residem áreas decorte também foram afetadas né Eh então você também tem cicatriz de deslizamento muito nessas proximidades mas uma parte significativa dessa cicatriz de deslizamento também se encontra aí nas nos distritos em que a gente tem elevada vulnerabilidade então a gente pensa né em áreas a gente tem uma uma
um município profundamente suscetível né quase a totalidade no município praticamente a totalidade habitada do município é suscetível né Eh mas em Associação a suscetibilidade a gente continua e tem áreas extrema ente vulneráveis né então quando a gente tem a junção desses dois processos o que a gente tem na verdade é o caos né uma tragédia sem precedente como foi a que a gente identificou né então a gente tem uma profunda relação entre clima produção de espaço geográfico né aqui e e um espaço geográfico que não é só e sócioeconômico mas que também diz respeito a
essas condições né de de morfologia eh de estrutura né então pensar um pouco essa dimensão da atribuição né né E aí tentando ressignificar de novo aquele tripé que a gente começou a conversar é para mim né pensar mudanças climáticas dentro do Contex de atribuição de respeito a tentar pensar na escala temporal espacial de forma muito mais complexa né fazendo esse trânsito entre a escala do tempo e a escala do clima né então Eh de novo se a gente pensava em mudança climática como algo de média e algo distante cada vez mais a mudança climática ela
ela tá é traduzida para nós como evento extremo que se traduz dentro da Di da emergência climática como eh perigo e como Impacto né Eh e pensado através da geografia do clima a gente pode pensar esses nexos né entre espaço tempo não só pensando no Impacto desse dessa atmosfera e desses eventos no território Mas também de que maneira essa produção dos espaços urbanos mas não só também contribuem né com eh esse sentido né território atmosfera não só nas emissões mas também eh na longa duração né eh pensar não só as cidades como Eh esses espaços
que são mais impactados né os espaços eh urbanos mas também espaços também contribuem para isso mas é uma contribuição diferencial né eh e aí eu acho que uma das coisas que não tá nada desenvolvida na nossa reflexão eh mas a gente tem cada vez mais aprendido com os movimentos sociais sobre isso que é pensar os espaços urbanos como um espaço de injustiça de desigualdade né de tragédias mas também pensar as cidades como espaço de possibilidad né eh de novo a gente tá comentando aqui hoje sobre o contexto de eventos extremos de mudança climática no qual
cada vez mais a gente tem a universalização ou homogeneização da ocorrência do evento né Eh claro que a capacidade de resposta sempre vai ser muito diferenciada em relação às questões né E que a gente já conhece eh mas a gente tem esse cenário de homogeneização desses eventos eh mas historicamente grupos sub representados sempre tiveram que lidar com eventos que nem eram tão exatamente estatistica ente extremos assim mas que geravam um impacto por conta dessa associação entre vulnerabilidade e suscetibilidade né e não não tô aqui nem de longe tentando eh Romantizar qualquer tipo de tragédia qualquer
tipo né de eh relação entre eh enfim naturalização de grupos sociais sofrendo Impacto Não tô falando disso mas eh se a gente for pensar nas populações mais vulnerabilizadas nos Espaços urbanos nas populações mais vulnerabilizadas nos Espaços rurais nas populações indígenas nos povos originários eh Talvez seja com eles que a gente possa pensar estratégias eh de possibilidades de sobrevivência e de combate né a esse tipo de de consequência global de lógicas que não são só globais mas que também se espacializar se territorializa eh nas nossas cidades no nosso campo Brasileiro né então a gente tem cada
vez mais tentado pensar em como eh construir a partir dessa desse conjunto de tragédias né Eh lições para seguir adiante na Tent de combater e isso que acontece hoje que nos acomete cada vez mais então é um pouco isso desculpa demorar ter demorado tanto prometi para mim que ia falar pouco mas acabei falando demais queria agradecer imensamente o convite dizer que tô à disposição aí para responder as perguntas espero atendido aí a demanda obrigada obrigada n Vamos fazer as perguntas em bloco no final da apresentação do Pedro porque pode ser que pode ser ter alguma
coisa correlata PED tá contigo Tá certo obrigado bom mais uma vez é um prazer estar aqui com vocês né estar de volta à minha casa que é Universidade Federal de Santa Catarina né falar com a professora rosem é difícil para mim ainda fica professora né Nós somos colegas mas ainda fica professora professora a Núbia que é uma amiga que trabalhamos junto e uma grande referência né na área de eventos climáticos extremos quando dialogava com a rosemi que nome podemos pensar ela me deu algumas sugestões falei ah vamos trazer a nu eu acho que é uma
boa né eu me sinto até meio assim agora ah meu Deus como é que eu vou falar depois da Núbia né e a rosemi Conseguiu o contato e conseguimos trazê-la dessa forma né e de certo modo então agradeço as duas né por estar aqui mais uma vez eu divido uma uma palestra com a Núbia a nossa última vez juntos né nbia foi em 2018 no brasileiro de climatologia geográfica em Juiz de Fora né Na época bem éramos outras pessoas com outras pessoas inclusive né mas enfim né superamos passamos por uma a pandemia no meio de
tudo isso também né e estamos aqui novamente cada um agora mais uma vez em Pontos diferentes né Eh antes de começar também gente eu queria passar um recado para vocês Professor mesmo né Queria passar um recado para vocês que eu acho assim neste momento vocês estão tendo eu vou dizer a oportunidade mas vocês estão tendo que a professora rosemi consegue colocar né dois pesquisadores brasileiros que estão atuando no exterior né a Núbia tá na universidade indiana a Núbia tem ela ela tem a sua cadeira de climatologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro né Carioca
como vocês viram ali já na na na fala dela assim como a professora rosemi né na fala dela e eu que sou Catarinense amo meu estatus na Catarina apesar de toda a direita que domina aí né e tenho de coração Rio Grande do Sul que me acolheu e neste momento então vocês podem muitas vezes estar se perguntando Nossa o que que vocês estão fazendo fora do país então que não estão aqui neste momento mas é justamente isso porque a nossa pesquisa a nossa geografia é muito valorizada no exterior Então eu queria deixar esse recado para
vocês principalmente vocês estão na pós-graduação estão no doutorado estão no mestrado vocês têm condições e vocês têm que estar nesses locais onde nós estamos passando a ocupar agora e para isso precisa aprender inglês gente eu tenho falado isso paraos meus alunos o tempo todo no mínimo o inglês e para com essa bobagem de colonialismo tem que falar outra língua ai não vou submeter que a gente escuta às vezes isso né Não adianta é a língua que você vai conseguir ser falada é onde vão olhar para seu trabalho eonde vão te chamar muitas vezes para dialogar
junto para conversar tá supera isso sabe eu chego aqui por exemplo onde eu tô hoje no Canadá e muitos dos canadenses falam inglês francês e querem aprender o português não tem ninguém tem nada contra o português né é que infelizmente ou felizmente a gente sabe que o inglês é uma língua muito mais fácil de se aprender e é a língua da ciência Tá então vamos só pensar dessa forma não pensa que eles têm que sujeitar a nossa língua para vocês terem mais oportunidade lá fora então estudem inglês tá esse é o primeiro recado bom do
mais eu sou então Professor ali que alguns de vocês já foram meus alunos né outros são novos e eu sei que tem alguns que não são especificamente da geografia vem de outros cursos né ou não trabalham com a temática de de climatologia então algumas partes da minha fala vai ser bem didática de professor explicando algumas questões mas eu tenho uma fala que eu hoje eu identifico assim que eu sou uma mistura de eu posso falar assim dos meus pais acadêmicos né que eu tenho nos últimos anos que é um pouco da Magali Mendonça e do
Hugo Romeiro né foram os dois que acompanharam na minha nessa minha trajetória pelo menos da pós graduação ali então às vezes eu fico meio perdido e às vezes eu quero fazer uma coisa meio meio fantástica né como o Hugo também assim né então eu vejo que às vezes eu sou meio dos dois assim eu gosto muito disso tenho orgulho ter trabalhado com ambos E então eu trabalho na Universidade Federal da Fronteira Sul no campus de Erechim no Rio Grande do Sul atuo na pós--graduação na Universidade Federal de Santa Catarina mestrado doutorado Hoje eu estou na
universidade de monkton no Canadá onde eu tenho uma realizo uma pesquisa né tô numa vaga de pesquisador aqui e tenho parceria também com a Universidade de Torino onde eu vou apresentar um pouco do trabalho também na Itália que a gente vem desenvolvendo tá então para começar essa toda essa essa coisa da minha fala aqui né que eu tô enrolando para caramba eh eu trago para vocês questões que muitas vezes são colocadas no dia a dia que vocês escutam alguns colegas e alguns questionamentos que podem chegar até mesmo para vocês que estão se fazendo doutorado em
Geografia mestrado e são geógrafos né Tá o que que é um evento climático extremo O que que a gente pode entender e a Núbia colocou ali algumas questões algumas talvez vão ficar um pouco diferente da minha da fala que eu vou colocar aqui e apresentar mas eu acho que é isso que vai ser interessante para depois a gente ter o debate lá na frente né então quando a gente coloca o que que é um evento extremo a gente pode pensar bom os eventos extremos nada mais são assim eventos ocorrem todos os dias é o sol
que tá ali é o calor é o frio é a chuva mas eles se tornam extremos como a nuga também apresentou quando eles têm um impacto uma magnitude quando eles geram o quê uma interrupção para algum determinado grupo social e aí também entram outras questões que eu quero só abrir questões aqui pro debate né O que que é ser extremo porque da região onde eu tô trabalhando hoje vamos a fronteira sul né que é o Sudoeste do Paraná oeste de Santa Catarina e Norte Noroeste do do Rio Grande do Sul e é muito dito do
quê a falta de chuva el tá falando éé é é escassez é a seca que eles colocam lá e falam gente não tem seca aqui né clima subtropical como vai ter seca não tem seca mas pra agricultura para aquela determinada cultura que nós temos lá falta água num deter terminado período que eles precisam de chuva então acaba virando que um extremo um extremo de estiagem só que isso afeta a agricultura mas não me afeta na cidade porque tem um reservatório tem água tá não se então para quem que nós estamos falando que é esse extremo
essa é uma questão aú apresentou isso também às vezes é um extremo de chuva para quem sofre com a inundação Ah mas na minha casa não pegou e isso eu gosto sempre de conversar com os meus alunos e dar como exemplo um filme que ficou muito eh marcado na minha cabeça que é o parasita tem uma cena do filme parasita que é isso a chuva tá ocorrendo enquanto que um determinado grupo pensa Ai Que ótimo precisá dessa água limpar o ar que delícia a chuva outro grupo social tá sofrendo inundação na sua casa isso é
o extremo para quem Vamos pensar sobre isso tá e o extremo vai ter Então esse vai afetar determinados grupos determinada sociedade vai afetar o nosso cotidiano é o que a gente vem colocando Ah mas Pedro o que aconteceu no Rio Grande do Sul gente não tem como dizer que aquilo não é extremo né Sem dúvida Aquilo é Extremo e é um pouco disso que eu quero falar também ent entrar pelo Rio Grande do Sul pra gente entender um pouco melhor né E que para nós né Núbia e colegas que são da climatologia parece que é
aquela fala mesmo de climatólogo né é chovendo molhado Porque a gente já sabe disso Isso já vem acontecendo há muito tempo a gente já tinha previsões disso e aqui não é porque nós somos os sabões ou porque nós estudamos somente isso isso tá em todos os lugares e nem todas as pessoas enxergam dessa forma ou querem ver ou querem pensar sobre esse assunto só que agora tá latente tá aqui tá acontecendo com uma recorrência maior e a gente tá vivendo isso tá Se há então a ocorrência de um fenômeno climático extremo haverá desastre e aqui
é quase que os dois estão embc mas eles não são sinônimos a gente não pode trabalhar um evento climático extremo como desastre ah aconteceu um desastre não tá não dá para acontecer Dessa forma não dá pra gente associar também todos os desastres com a relação a lá as mudanças climática Ahá porque é muito fácil colocar culpa no clima e daí a frase que eu sempre lembro de aula do meu professor Prof João Lima também né que eu fiz graduação com ele é vamos eh eh eh como é que ele falava Vamos tirar essa carga esse
peso que a gente coloca sobre o clima porque ele não tem como se defender né então a gente põe Ah é culpa do clima é culpa da mudança climática e etc não mas tem uma social ali por trás que a gente sabe disso também né então vamos descriminalizar o clima tá olhar disso de uma outra forma E para isso eu tenho que recorrer ao meu passado e tenho que falar da minha casa que é Universidade Federal de Santa Catarina que eu tô morrendo de saudade né eventos climáticos extremos e desastres a professora Magali Mendonça ela
trabalhava com isso ela falava dos eventos climáticos extremos ela começou a sua carreira né mostrando no clima Urbano mas mostrando isso pra Santa Catarina até porque Santa Catarina é muito famoso infelizmente pelos grandes desastres que aconteceram ali né E nós temos também a professora Maria Lúcia de Paula Herman que é as duas ambas do laboc clima né do laboratório de climatologia aí da ufsk trabalharam ali aposentadas enfim né ambas se aposentaram né Eh independente do do do do que aconteceu com a professora Magali mas foram aposentados eu tive o prazer de trabalhar com as duas
né a gente até brincava lá né que eu era da família dos mendonças e o grupo que era da geomorfologia geologia era da família dos hermans eram duas famílias que a gente tinha ali dentro essa coisa bem que a gente tem do sul do país né mas a gente brincar no laboratório e a professora Maria Lúcia foi quem desenvolveu o primeiro atlas de desastres naturais do estado Santa Catarina diferenciando Olha como esses eventos que o ocorrem na atmosfera quando se repercutem no espaço vão gerar alguns desastres ela fez isso depois o governo se apropriou dessa
metodologia dela e hoje a gente tem um at desastre para todo o país acho que é muito importante falar isso que eu aprendi sobre desastre com a professora Maria Lúcia her sabe nossa querida professora tanto é que nós tínhamos um grupo de estudos de desastres naturais que depois de um tempo Olha que interessante no a gente falou não eles não são naturais eles são scion naturais então a gente conseguiu mudar isso no CNPQ depois depois também né e conseguiu colocar o S ali mas enfim não mudou na sigla tal e esse grupo existe até hoje
né tocado pelo nosso querido colega colegas aí da ufsk né tanto é que a ufsk tem um programa de desastres naturais para estudar justamente isso e são especialistas em dinâmica de atmosfera que falam de eventos climáticos extremos e que se repercutem em desastres só para lembrar né esse primeiro atlas de desastres naturais foi feito na 2000 2001 2010 nós tínhamos 2014 já estava como estudante de pós--graduação na ufsk a gente faz uma atualização do Atlas expandido de 1980 a 2010 todos os eventos climáticos que repercutirem desastres no Estado de Santa Catarina então falar isso para
nós é mais uma vez é chovendo molhada a gente sabe ué isso vem aumentando Olha como mostra olha Quais são os desastres que mais ocorrem e Aqui nós temos listado todos né umaação gradual brusca escorregamento Veja isso não é uma questão do tipo climático O clima vai percutir nessas formas de desastre e a gente fazia o top 10 dos municípios que mais eram atingidos a gente tinha uma espacialização mapeamento uma identificação sugiram que entre no laboratório e dê uma olhadinha nisso laboratório online tem lá página tudo ISO Vocês conseguem baixar e acessar o atlas né
para quem trabalha um pouco nessa temática é muito interessante e olha só é estiagem é granizo é vendaval é tromba dágua maré de tempestade né a gente tem geada e tem neve né o primeiro episódio de desastre por neve que ocorre no estado da Catarina mas uma uma vez né Por que que eu saí da Unesp de Presidente Prudente eh e fui morar em flor anópolis fazer mestrado doutorado porque tinha praia em segundo lugar porque também era o onde se estudava climatologia onde o professor João Lima falava nas aulas pra gente né falava vocês querem
estudar clima vamos pass Catarina tudo acontece lá né relacionado à dinâmica atmosférica e repercutindo em problemas no no espaço geográfico e eu fui para lá justamente também por causa disso também né por conta disso né mas bom vamos contextualizar um pouquinho pra gente entendeu como é que foi esse desastre né a hora que a gente olha para esse mapa conhecido que recebe muitas críticas Eu dei um foco só no subtipo climático que a gente tem ali né subtipo No sub no clima subtropical que é o tipo climático que a gente identifica na nossa região e
onde ele tá localizado em outros partes do planeta também e a gente sabe que é o cwa e o cwa CFA e o cfb desculpa né aquele aquela tipologia climático só pra gente lembrar das aulas de climatologia né que você tem aqueles grandes grupos A B C D que é o Tropical temperado continental e o nosso é o c né que é o temperado depois vem um um tipo né que tá muito relacionado à precipitação que o nosso caso ali é o w e o subtipo que vai est mais relacionado à temperatura porque nós temos
essas características né e aqui eu quis trazer para vocês como é que ele se localiza no Brasil Então tá muito localizada aqui para nós na região sul né porque eu venho trabalhando mais numa escala Regional ultimamente nas minhas pesquisas eu tenho tentado né então nós temos esse tipo climático subtropical no sul do país com exceção do Extremo norte né Nós temos ali algo mais da zona tropical extremo norte digo do Estado do Paraná né e enfim por essas andanças por esta região né Santa Catarina Paraná Rio Grande do Sul onde eu trabalho onde eu pesquiso
onde eu nasci né eu tenho Esta área como a minha área prioritária de estudo de investigação junto com os meus estudantes E então nós temos o tipo climático que esse tipo climático que pode ser dividido né nas áreas vamos dizer mais baixas pelo tipo CFA e cfb nas áreas mais elevadas como você a gente consegue ver no mapa próprio da região sul ali e aqui um pouco desse distribuição da chuva e da temperatura só pra gente lembrar e ver esses números que temos aqui né então para quem não é da climatologia ou n é muito
afim com a climatologia né não é muito próximo a gente tem numa coluna né a prestação noutra temperatura e você vê olha só como dá uma boa distribuição uma distribuição relativamente homogênea da chuva no subtropical aqui um exemplo de Florianópolis num determinado recorde temporal aqui de Porto Alegre vejam que estamos falando de chuvas anotem isso daqui pra frente de 100 mm 150 MM 120 mm em média que ocorre é isso que vai caracterizar clima subtropical e o que que aconteceu nos últimos dias no Estado do Rio Grande do Sul chuva em Pontos do Rio Grande
do Sul bate a média prevista de 5 meses Veja a lista de cidades com maior valores acumulados emora Xavier gente solveu 778 MM a gente tá falando em questão de dias eu acabei de mostrar para vocês o quanto que a se espera no mês 100 60 nos meses mais de menor precipitação né 75 ou 120 mais chu 778 Caxias do Sul 600 670 em beito Gonçalves soledar né É muita quantidade é muitos muita chuva para um determinado ponto Então a primeira questão que a gente pode pensar para depois a gente discutir lá é assim será
que existe alguma cidade está preparada para isso gente você são 700 MM de chuva Será que existe como não tô tirando a culpa da de de de dos determinados culpados que a gente sabe quem são aqui né ou que tem uma responsabilidade mas sim é de se pensar é uma quantidade significativa de chuva não estatisticamente tô falando mas significativo de chuva por um período muito curto 2 TR dias para qualquer lugar que S acontecesse ia dar problema e deu o acumulado do primeiro mês em do do domingo né 305 MM aproximado Olha só né que
era esperado paraa Maia ali para 113 MM e assim Isto estava sendo previsto alertas eram dados para questão de deslizamento Olha só chuvas de 60 MM porh 100 mm num dia é muita chuva lembra lá o que a gente falou do subtropical é uma quantidade enorme de chuva num curto período de tempo parece que não a gente fica imaginando muitas vezes né só só para dar um exemplo até aqui bem pessoal da minha família e tipo os meus parentes em Santa Catarina São do Vale tajir eles passam por isso é recorrente a gente pensa Nossa
por que que essas pessoas não saem gente né porque não sai daí que quem nunca passou por uma enchente né É difícil imaginar eu brinco com os meus alunos que eu falo a minha família infelizmente do Vale tá sei lá eles tem uma vida meio Anfíbia sabe que é metade dentro da água metade fora eles vivem dessa forma porque é sempre uma questão de inundação e a outras questões para gente pensar mas por que que não vou embora de lá que é essa pergunta que muitas vezes alguém algumas pessoas as fazem né Por que que
não saem de lá você já vive isso há muito tempo repercussão de toda essa quantidade de chuva são cenas absurdas né Nós que estamos fora nesse momento fica acompanhando fica olhando isso assim se a gente começa a escutar muitas notícias eu falo eu já cheguei a chorar algumas vezes porque você fica pensando por que que as pessoas precisam passar por isso por que que isso tá acontecendo gente sabe e não porque me explica a chuva da onde vem não mas por é uma quantidade de pessoas que tá sofrendo que morreu a a gente fica pensando
na repercussão que você vai depois né pra sociedade com doenças com desenvolvimento será que a gente vai conseguir recuperar tudo isso quanto tempo vai ser necessário para recuperar tudo isso mas a gente já não sabia disso a gente já não tinha algum histórico já não tem estudo sobre isso a climatologia a meteorologia os órgãos já não estudam sobre isso olha só o relatório da ONU coloca isso pra gente que no Brasil teve 12 eventos climáticos extremos em 2023 a gente tin acabado de acompanhar meses atrás o que aconteceu em musum né que foi a pior
cidade atingida no Estado do Rio Grande do Sul então é possível a gente prever esses eventos climáticos extremos tem como a gente saber tem e por curiosidade para quem não sabe existe o centro Nacional de monitoramento e Alerta desastres naturais o caden que Até recentemente mês passado abriu abriu concurso né abriu concurso justamente para contratar pessoas para se dedicarem ao estudo dos Desastres os alertas os desafios que as mudanças climáticas que o aquecimento global tem colocado pro nosso país tá só que o semadem funciona desde 2011 inclusive com muitos dos alunos desse programa de pós-graduação
de geografia né que eu estudei com alguns colegas ou eram de Turmas da minha frente do mestrado na época que eu já atuam lá no semad né e ele já apontava pra gente olha ali o semadem colocando como um alerta do risco da tragédia para Porto Alegre já era detectado já vinha sendo acontecendo Ah mas não tinha como as pessoas saber tinha e o pior de tudo gente os nossos governantes sabiam disso não é só uma crítica vazia que eu quero fazer aqui ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul mas o nosso Governador
Eduardo Leite que se reelegeu o único Governador na história do Estado do Rio Grande do Sul que conseguiu uma reeleição participou por exemplo em 2 2021 da cop da cop que falava sobre mudanças climáticas tava lá né junto na 26ª conferência das Nações Unidas sobre mudança do clima foi dito isso lá ele sabia disso né E não é só ele governo em outras escalas como Federal municipais sabiam e não estava dizendo que acontecer a chuva no dia tal no Rio Grande do Sul mas que há uma tendência de aumento das chuvas e a gente vendo
isso quer dizer falta estudo acho que não acho que falta a gente agir sobre esses estudos end daí entre aqui todo M Bom há menos de um ano em 2023 16 pessoas morreram após forte tempestade no estado que aconteceu depois a gente teve novamente em janeiro depois a gente teve novamente quer dizer o sol tá encharcado é muita chuva Isto estava previsto que i acontecer aqui tem um resumo 15 de junho Maquiné 13 de julho 2 de setembro Olha só 23 de Setembro Bajé depois a gente tem 26 a 29 de Setembro Rio Grande Pelotas
toda aquela planí de inundação a gente tem depois mais no sul do estado 4 de outubro samb borjas tá aqui e olha só isso aqui é um estudo feito pelo Estado do Rio Grande do Sul sabe então eles sabiam disso né já tinham esse monitoramento né Barra do Rio Azul depois aconteceu depois no Vale Taquari caí na serra O Vale na região metropolitana de Porto Alegre teve já em janeiro e se repete agora com essa tragédia que tá acontecendo o que que a gente precisa para dizer ah estamos vivendo num período de mudanças climáticas as
mudanças climáticas estão aqui vamos tirar da nossa cabeça a ideia que a mudança climática é aquele Ursinho Polar bonitinho em cima de um bloco navegando a Tadinho ele vai morrer gente isso acontece não na nossa realidade tá para com isso né O que a nossa mudança climática é isso que tá aqui é a segunda vez que a gente discute na minha lembrança sobre esse tipo de tema aqui no programa A o ano passado eu trouxe a professora fiorela da Itália professora fela da Itália mostrava o que os glaciais diminuindo a neve diminuindo lá na realidade
deles nos Alpes da Itália nos Alpes suíço que é o que ela trabalha então lá é visível Hoje eu tô aqui no Canadá eu vejo os invernos que estão cada vez mais quente diminuição na na na quantidade de neve na nos centímetros de Neve já não tem os mesmos sistemas atuando da mesma forma então aqui é visual é muito mais impactante a gente consegue ver né tá mais calor para eles aqui com certeza e para nós isso não acontece e não vai acontecer porque a gente não tem essa neve aí sabe não é dessa forma
o que que vai a gente vai tá vendo as mudanças climáticas com essas chuvas extremas com ausência de chuva em algumas localidades tá é isso que é a mudança climática no Brasil não fica esperando o Março tomar a cidade de São Paulo que isso não vai acontecer né isso aqui não é filme de Hollywood não né é justamente esse evento extremo que a gente tá vendo se tornarem mais recorrentes olha aqui a recorrência deles então é possível entender a origem daquela chuva rapidamente né porque todo mundo fica como é que aconteceu aquilo tá né bom
como é que aconteceu primeiro a gente precisa lembrar de duas coisinhas bloqueia atmosfera bloqueio atmosférico é algo recorrente Ah então sempre vai acontecer isso pode ser que sim o bloqueio atmosférico sempre ocorre né é quando a gente tem a presença ali de uma massa de ar seco que impede a passagem das frentes frias e olha só as passagem das frentes frias né para quem não é da climatologia ela tem uma trajetória muito assim né passando ali pela Argentina Uruguai aí pega todo o sul né a nossa região sul para atingir né o Sudeste ou se
desviar pelo oceano então quando a gente tem esse bloqueio atmosférico muitas vezes associada com essa alta pressão Tropical Atlântica né ela vai est ali em cima formando aquele ar seco calor não chove a temperatura se eleva e olha só que curioso aqu ela tá sobre Santa Catarina Rio Grande do Sul mas aqui ela pode já tá sobre o Sudeste sobre a porção mais Central Então não é sempre sobre o mesmo lugar é mas assim fica difícil saber é por isso que a gente erra de vez em quando a previsão tá eu falo isso eu adoro
falar isso pro pros meus parentes né eu falo vocês sabem como é que faz uma previsão Alguém já se perguntou como é que faz uma previsão Você acha que a mulher tirando carta lá e fica fazando previsão não gente isso não é tarô não né a previsão do tempo a gente faz com os dados de hoje de ontem para dizer que vai acontecer amanhã né bem simplesmente os dados de hoje eu vou dizer que vai acontecer amanhã qual que é a chance de se errar enorme enorme Mas se a gente tem investimento em tecnologia radar
imagens satelit estudiosos sobre modelagem climática a gente vai melhorando se a gente tem uma rede boa de monitoramento a gente vai melhorando né vai vai arfin esse dado e vai entendendo um pouco melhor a gente entende um pouco melhor da dinâmica atmosférica tá então só pense nisso né como é que a gente faz previsão Por que que erra tanto bom a gente usa dado de hoje de ontem para dizer o que que vai ser amanhã é previsão tá então temos esse bloqueio atmosférico voltando aqui né nossa por isso que eu falo se confundo né estamos
aqui nesse bloqueio atmosférico e temos também os chamados que a gente gosta de de Romantizar nas escolas PR as crianças os rios voadores né então os rios vadores nada mais são do quê aqueles ventos alisos que vão trazer umidade pra Amazônia que vão formar toda aquela chuva da evapo transpiração toda Aquela quantidade que a gente tem ali de precipitação que ocorre lá na zona Equatorial e que muitas vezes os alistas vão forçar eles o quê Como se eles tivessem que se deslocar mais para Oeste mas não vão deslocar para Oeste por quê Porque nós da
geografia sabemos que tem o quê uma barreira geográfica intransponível para esse sistema que a cordeira dos antes então essa humidade vai se deslocar para onde pro Central do Brasil Sudeste Sul Opa então que acontece de chuva que vem da Amazônia sim produtor rural não adianta você avançar com essa fronteira agrícola desmatando a Amazônia que vai repercutir com a falta ou ausência de chuva aqui pra gente tá então tem que explicar isso para eles desenhar dessa forma aqui né então o que aconteceu no nosso na no Rio Grande do Sul foi isso nada mais do que
um bloqueio atmosférico e a umidade vind da Amazônia sentido bem simples mas isso não acontece sempre sim isso tem uma recorrência só que agora a magnitude do evento foi não vou nem falar desastrosa foi o que foi que a gente viu ali Ah então sempre que acontecer isso vai acontecer Dessa forma não cara meu não vai ser dessa forma né porque isso é diferente toda a frente fria por exemplo que passa com uma frequência semanal a cada cinco se dias né no inverno ela tem mais intensa ela vai diminuir a temperatura ela vai causar chuva
mas não quer dizer que vão ser chuvas de 100 mm ou 200 mm ela vai variar Então esse bloqueio atmosférico associada à umidade ele pode ser intensificado ele pode ter bloqueado se vê justamente sobre o Rio Grande do Sul já se bloqueou sobre Santa Catarina onde o vale tá já aí cai chuva demais muitas vezes é a Zaca que tá se formando na região sudeste Rio de Janeiro Minas Gerais São Paulo ocorre isso então assim isso passa a ser maior mas a gente pensa mas por que que isso acontece de onde vem toda essa umidade
a gente tem associado isso muito o quê aumento a temperatura do Oceano então é mais umidade que estão sendo jogado para dentro do continente chuva tá então tá tudo interligado dessa forma então de modo geral é um sistema ou seja uma formação que é recorrente mas dada as circunstâncias que nós tínhamos desse bloqueio atmosférico que impedia passagem da frente fria com esse aporte de umidade que vinha da Amazônia aquilo ficou chovendo Dias Como já aconteceu em outros momentos dois TR dias mas uma quantidade que a gente não esperava que a gente não tinha noção que
pudesse acontecer né aqui eu quis trazer bem visual pra gente ver isso mesmo né aqui nos dias anteriores 30 31 então você vê ó toda a humidade não se formando aqui com bandas de nuvem já na região sul aqui a frente fria também já se aproximando olha dia 30 31 Olha o dia primeiro como ele já tava e a humidade vindo pronto ó lá ó você abraçaram né a humidade à frente fria no dia do no dia 3 no dia 4 então isso permaneceu dessa forma Então hoje temos como ver isso entender isso e prever
isso às vezes num Tempo muito curto tá muito curto mesmo mas a gente já sabia disso sim e aqui não fazendo propaganda do ipcc porque eu não preciso disso né mas aqui nós temos o painel intergovernamental de mudanças climáticas que foi criado Olha só em 1988 e que o objetivo era justamente né formular políticas de ações para avaliar as mudanças climáticas o aquecimento global e trazer isso pra comunidade a gente pensar melhor sobre isso como o todos os países de mandade o que que podemos fazer para frear o aquecimento global para cuidar dessas mudanças climáticas
para ver o impacto que isso vai ter nas diferentes sociedades e o curioso do do do dos Pais do do ipcc é que ele é dividido em três grupos Então esse primeiro grupo trabalha com grupo de base da ciência física algumas informações né do presente do passado e projeções pro futuro de come é colocado o grupo dois que é aquele que a gente mais gosta né que a gente gosta de ver o impacto na adaptação vulnerabilidade o que que vai acontecer aí qual que é a treta que vai ter no nosso país em determinada área
então a gente gosta de olhar o pessoal do grupo dois eu pelo menos né e o professor de mitigação né adaptação às mudanças do clima também e olha só que interessante o relatório de 2001 desse grupo apontava ali pra gente algumas questões com relação à América do Sul não sei se vocês estão conseguindo ver muito bem ali né então eles dividiam a América da Sul América América do Sul em duas partes né e colocavam isso né que a o aquecimento estava baixo da média não era uma coisa tão alarmante mas que a gente tinha problema
de dados Olha a Núbia falando lá dos problemas de dados né isso paraa temperatura para pração então a coisa era pior ainda a gente tinha inconsistência do dado não conseguia nem prever o que ia acontecia aqui mas a gente tem investimento tecnologia melhoria em algumas Estações pensa assim em algumas políticas sobre isso o próprio ipcc vai melhorando também a sua matematização cálculos índices modelagens climáticas e olha lá o relatório de 2021 e depois no 2023 também que eu Consultei tá gente para trazer isso aqui para vocês eh já falava-se que pra região aqui nossa né
da América do Sul o extremo sul ainda com problema de dado Mas também sempre tem que pensar né gente a gente tá falando às vezes de uma área muito inóspita que não tem informações tem uma estação Você coloca ali uma estação eu tô vendo tô instalando estação meteorológica aqui no Canadá um complicador né Qualquer vento essa Estação voa e vai embora você não sa nunca mais você acha ela aqui nos extremos aqui né e enfim mas a gente tem alguns a gente já tinha algumas informações como um aumento da temperatura elevadas extremas olha só já
era previsto em 2021 tá já era previsto isso 2023 continua em um aumento Alto das temperaturas e PR as precipitações ainda tinha um probleminha com dados mas também já dizia olha aqui aumento das chuvas na nossa região então quer dizer os nossos governantes estão participando estão indo para essas cúpulas com o nosso dinheiro né nosso dinheiro estão escutando isso voltam para cá e fala É não pensa assim vai dar ruim lá não pensa é que que a gente pode fazer agora nada né nada do que a gente espera que poderia ter sido feito para talvez
evitar a o impacto dessa tragédia e pro Brasil a gente também tem o painel brasileiro de mudanças climáticas tá aqui todos os szinhaz também aquele que eu falo né o grupo de trabalho dois que a gente gosta impactos vulnerabilidade e adaptação e que já colocavam essas informações pra gente e olha só que interessante aqui que eu fiz uma tradução Zinha eles colocavam o seguinte somada aquelas condições já afetadas pelo enus né pelo Elinho aumento de temperatura do ar em vários municípios do Rio Grande do Sul Santa Catarina e Paraná tá aqui que inevitavelmente vão influenciar
na agricultura na segurança alimentar em condições ambientais ciclo hidrológico saúde da população Já falo com meus alunos ó Isso aqui é tudo do tempa Pr gente estudar Sabe aqui tem tema pra gente estudar o aumento da precipitação e do caudal dos rios Apesar Das incertezas deverá intensificar-se como projetado pelo cenário do ipcc Então já tava dito isso vai acontecer se não aconteceu lá no Vale Taj Jaí da outra vez mas aconteceu no Vale do Rio do Peixe se aconteceu no caai agora e depois aconteceu em muçum se aconteceu em bajet quer dizer isso está previsto
Cadê os nossos governantes para fazer ações com relação a isso e eu vou dizer para vocês quais ações a gente pode fazer tá porque eu tô aqui não só para criticar não mas é pra gente mostrar também né e também de temperatura né a gente tá indo agora para baixo de temperaturas aí com vocês né hoje se eu não me engano até um friozinho a professora jemia apareceu né um casaquinho eu falei puxa um casaquinho querida porque frio ali né nessa época mas é tem que tomar cuidado também porque é capaz de gente ter eventos
extremos daí de baixas temperaturas e daí vem o seu mané da padaria e vai falar vai lá Cadê o aquecimento global gente não caam Nessa fala se a gente tá falando de extremos não é só temperatura muito elevada ou muita chuva mas em determinadas regiões a gente vai ter diminuição da chuva mas também extremos de baixa temperatura a gente tá falando de clima É dinâmica da atmosfera tá por isso que eu quis trazer Esse estudo aqui que ainda tá saindo do forno que a gente tá fazendo Tá sobre variabilidad tendências das chuvas pro subtropical do
Sul do Brasil né pro clima subtropical Então pegamos algumas Estações meteorológicas dividimos aqui em seis grupos seis grupos Exatamente esse é um estudo desenvolvido por mim pela professora fiorela da da Itália e pelo professor guillon aqui do Canadá e aplicamos alguns índices climáticos né então por exemplo aqui eu só trouxe alguns resultados parciais como esse índice né o CDD consecutive dry Days então quantos dias sem chuva tá tendo no região sul do país né dados de 1990 a 2020 nos últimos 30 anos então onde vocês vem esse pontinho aqui no no mapa no mapa é
horrível falar né Desculpa na figura aqui né na figura a vocês veram esses pontinhos Mais Escuros que tá aumentando a quantidade de dias sem chuva então para onde tá indo essa chuva se no final das contas a gente tá vendo um aumento da quantidade de chuva então tá aumentando os dias mais seco e parece ter uma linha né de modo geral passando aqui ó para cá aumenta para cá diminui para cá aumenta o quê consecutivo yday então que a gente tá falando de dias mais úmidos mais chuvosos enquanto que aqui olha só tá aumentando a
chuva por outro lado a gente olha de os extremos que é de 95 percentil e o total de chuva Olha como o aumento da chuva total de chuva Olha o que acontece aqui no Oeste lá na região que eu falei da Fronteira Sul olha só total de chuva tá diminuindo e olha aqui na serra Onde aconteceu aquele total de precipitação que foi influenciar onde nos rios lá na e na baixada vamos assim dizer né na planí Litorânea Porto Alegre e Pelotas e Canoas né Canoas desculpa e Rio Grande então ali a gente tem também um
aumento qu dos extremos dos percen de 95% Então assim tá tendo uma mudança no na distribuição dessa chuva na região sul e no clima subtropical isso a gente tá falando com dados dos últimos 30 anos então assim a gente vai publicar o quanto tanto esse artigo porque agora tá no momento né e meus colegas estão cobrando aqui que euis terminar isso logo Mas enfim eh isso aqui já está dito já está falado e não só é o meu grupo que tá dizendo isso e PCC já dizia isso o que a gente tá conseguindo identificar agora
é tá tendo aumento da chuva mas quando ocorre Esse aumento da chuva porque a gente fala aumenta J eu tô eu tô identificando Qual a estação do ano que tá ocorrendo e qual a estação do ano que tá tendo mais seca onde que ocorre os principais extremos de prestação que vou dar um spoiler aqui é emo no outono que tá acontecendo maior na primavera o inverno tá se tornando mais seco mas em toda a região sul Não não é então não se fiquem desapontados com o seu Manuel da padaria né quando ele falar que ah
mas aqui tá seco sim determinadas regiões da da determinados é porções do da região sul a gente tá tendo eventos extremos de falta de chuva de estiagem enquanto que outros é o quê de muita chuva inundação Ah porque essa chuva não cai aqui não cai lá bom gente assim funciona né também né E por que antes não tínhamos eventos extremos como esse daí vem toda a fala que a Núbia já falou pra gente né Porque que a gente não tinha agora a gente tem bom se na verdade a gente pensar no histórico da temperatura e
eu gosto de um Palio clima aqui né de um páo ambiente há 200 milhões de anos atrás a temperatura era tão alta quanto hoje só que da a gente não tinha presença humana Né tava lá os dinossauros andando por aqui a gente estava entrando no período triásico assim depois né depois a 60 milhões de anos quando a gente já tava separando os continentes também de um aumento da temperatura só que a gente tem então as mesmas condições então isso é um processo que a gente pode pensar Ah então é natural sim é processo que é
natural se a gente pensar em cinco erupções vulcânicas na magnitude do pin tubo a gente entra numa Era do Gelo e acabou nossa espécie em questão de uma semana e tá tudo bem sim porque a gente é só mais uma espécie agora a gente tem condições de Sabedoria para não ter que morrer né de como lidar com isso e lidar a gente tá pensando em toda a sociedade toda a população e não um grupo específico mas o que que a gente tem hoje diferente nós a presença humana com dióxido de carbono lançando partículas paraa atmosfera
queimadas desmatamento e toda a repercussão que isso vai acontecer tá nós temos também eu pedi licença ele não me permitiu ainda mas eu vou usar aqui é o professor Moisés né da Universidade Federal de Pelotas que tava colocando justamente isso nós temos o quê planícies de inundações que estão totalmente ocupada pela presença humana então assim o que que você espera sobe 2 3 m a nível do Rio ele tá na sua área de varsia né como é chama pela população na sua planí de inundação a fala meu Deus você virou um desastre sim porque as
pessoas estão ali mas isso era previsto a hora que a gente olha uma configuração do relevo e lê aquele relevo que a Geografia faz isso lê essa paisagem natural a gente vê as bordas muitas vezes dos planaltos com aqueles colúvio com os Leques aluviais você pensa isso aí não aconteceu porque ao longo do 100 milhões de anos foi descendo sedimento se acumulando ali isso pode ser um evento extremo que justamente propiciou o que a formação daquelas morfo esculturas aquilo está lá porque isso é recorrente a gente pode calcular o tempo de recorrência ou não mas
assim a paisagem mostra isso pra gente e a gente vai acabando utilizando e ocupando esses lugar tá e o sei que não é uma questão às vezes só da culpa do cidadão porque eu mesmo né ocupo uma área de Vargem nos ingleses que ali é uma área de banhada a gente tá lá morando lá né é um problema aquilo a gente sabe aí depois é um evento potencial né um evento Extremo e aumento da Maré aquilo lá tudo inundo a gente fala ah meu Deus e agora sim mas não adianta recorrer a Deus né você
tá ocupando uma área que não deveria ser ocupada aí vem a discussão que a professora Núbia tava falando não temos que planejar melhor temos que pensar melhor a organização dos nossos espaços procurem Professor Moisés Tá muito bom nessa área então o que que a gente pode fazer com relação a isso aí eu trago a Minha tese adaptar adaptar-se é adaptação não dá mais para correr gente o negócio não vai mudar Ah vão parar essas chuvas sim elas vão parar de se V uma semana depois cinco dias elas voltam onde vai ser o próximo evento a
gente tem que pensar de onde pode acontecer o próximo evento O que que a gente pode fazer para se salvar essa que é a verdade porque porque a mudança tá aí nós estamos vivendo a mudança climática escuta a gente tá vivendo a mudança climática ela não vai acontecer mais no futuro gente não vai o que vai acontecer no futuro é a extinção da nossa espécie todos nós vamos morrer Tá seja pelas mudanças climáticas seja por alguma questão ou se uma questão natural né que todo mundo morre Então isto é o futuro agora o que a
gente tá vivendo agora já é a mudança em si então não não adianta mais ficar pesquisando desculpa não é isso corta corta não adianta mais pensar eh Quem é que tá causando isso ah porque tá mentando a gente já sabe a gente já sabe tudo isso de Corsa já dito nas escolas né agora o que que a gente precisa começar a investigar dica para tese aí para todo mundo é como se adaptar como se adaptar esses eventos porque isso que a gente precisa fazer a gente precisa se adaptar porque eles vão acontecer eles vão correr
de novo quais o que que a gente pode fazer e aqui eu quero separar um pouco já finalizando tá na questão das escalas pensar essas escalas de ação no nível Federal no nível estadual e no nível Municipal Ah o que eu vim organizando ao longo da minha vida fiz essa tarde é o seguinte na escala Federal então o que que a gente tem a gente precisa melhorar a nossa rede de coleta de dados precisamos ter mais estações meteorológicas mais postos pluviométricos a gente precisa entender melhor essa distribuição eu vi quando eu fui fazer esse estudo
dos últimos 30 anos Claro não tem mais como recuperar esse 30 anos mas sim Falta dado as estações são insuficientes e eu sei pela experiência do Vale Itajaí né onde eu já estudei lá a questão das chuvas eh Às vezes você coloca a estação num determinado ponto bom imagina subir o nível do Rio como subiu né né leva a estação embora então não adianta ter um único ponto tem cidades são hotspots vamos dizer assim que a gente precisa ter esse esses dados coletados ali né postos pluviométricos são bom mas o ideal seria estação meteorológica pra
gente ver todos os elementos né precisamos aplicar os radares construir mais radares meteorológicos hoje Santa Catarina tem um monitoramento que abrange todo o seu território mas esse radar muitas vezes tá quebrado ou não funciona o de Lontras o da região do Oeste Catarin APEC Ah tem manutenção poxa gente não dá né para ficar dessa forma monitoramento via o semadem o semadem Então a gente tem um bom monitoramento ele funciona mas também não dá para ficar restrito a um único ponto a sala de monitoramento que a gente tem no Estado do Rio Grande do Sul funciona
em Porto Alegre eu faço visitas técnicas às vezes lá com meus alunos meus colegas fazem é maravilhoso você entra lá você fala quero trabalhar aqui quero trabalhar aqui parece que eu tô na NASA né o de floranes também é muito bom professor Lindberg leva os alunos ali né eu não fui no dia na disciplina mas ele leva você fala é uma coisa fantástica que tem ali aí tem uma única sala no estado por enquanto ok já é um avanço né agora o que que você acha que aconteceu caçado em Porto Alegre com tudo isso não
tem acesso daí então pronto acabou todo o monitoramento no período que ocorreu isso a gente precisa ter isso melhor distribuído no espaço no nosso território tem que ter um na serra tem que ter no interior tem que ter um no Pampa tem que ter no um no Oeste Catarinense tem que ter investimento nessa tecnologia de prevenção nós temos que fazer valer a nossa política nacional de prevenção a nossa política Nacional de da Defesa Civil a Defesa Civil precisa ser estruturada né acabamos de passar que nem eu falei pelo concurso emad que contratem Todas aquelas pessoas
porque agora tá pujante isso nós precisamos de mais estudos Precisamos de mais pesquisa né precisamos contatar desculpa contratação desses técnicos desses concursos né para implementar justamente esses planos de ação necessária e a gente precisa de formação e adaptação as mudanças climáticas só que eu fiz com carinho pensando até na rosemi também né a gente precisa colocar isso nas escolas a gente precisa colocar isso nas universidades assim como a gente tem algumas políticas que são de inclusão no nossos currículos as escolas têm que trabalhar isso as crianças tê que entender a mudança climática é isso funciona
dessa forma que a gente pode ser feito ações de prevenção em parceria com a Defesa Civil a gente precisa de recursos paraa pesquisa tá então e é preciso que tudo isso seja incluído no planejamento Urbano todas essas políticas isso eu penso paraa escala Federal na escala Estadual eu fico imaginando a gente precisa ter uma modelagem hidrodinâmica de tudo isso a gente pra ter dados de Base a gente precisa entender melhor a nossa topografia na escala de metros não adianta numa escala em que a gente não consegue daí prever o aumento nível das águas isso para
todo o Estado de Santa Catarina já tem feito isso né Rio Grande do Sul precisa avançar então a gente precisa atender mais nossos cálculos de profundidade dos nossos rios a chegada de sedimento a ocupação que nós temos em torno desses nossos canais fluviais e estruturar a defesa civil na escala do Estado tá implementar então que nem eu falei esse cadens n nível no nível Estadual né contratação de pessoas também né e desenvolver planos de contingência que o Estado tem que estar responsável com isso em muito diálogo com o Federal já na escala Municipal é preciso
a gente rever o que o nosso modelo de planejamento Urbano Municipal né gente não dá para pensar tudo isso você monitorar tudo e continuar construindo como se quer aqui né a gente precisa ter um ordenamento do espaço pensando nas mudanças climáticas nas variabilidades na ocupação que nós vamos fazer áreas verdes para absorção das chuvas e mesmo a amenização das temperaturas né os estudos da climatologia geográfica apontam isso há décadas sabe aí hoje alguém falando ai precisamos falar de cidades esponjas sim é muito interessante a gente já fala disso há muito tempo que a gente precisa
ter áreas verdes né a biogeografia hoje vem avançando nisso também né a gente precisa disso evitar o quê a impermeabilização do solo tem que ser permeável a água precisa infiltrar e correr o menos possível pro Canal fluvial que tá tudo empalizada ela chega muito rápido na superfície ela corre muito rápido o Rio e ela vai se deslocar muito uma velocidade muito diferenciada hoje uma mesma chuva que acontecia H 10 50 100 Anos Atrás tem um impacto muito maior porque a gente também tá aglomerado num pequeno espaço no espaço urbano que a gente transformou e mudou
cara isso é geografia pura é o que tava falando não tem como pensar nisso sem pensar geografia né precisamos também estruturar o quê a nossa defesa civil municipal é ela que vai estar eh melhor estruturada ou saber na sua escala por exemplo a locação de alojamentos e abrigos porque senão el fica isso né tá ó vem o alerta vai subir nível do Rio O que que a gente faz no caso de inundação né O que que a gente faz para onde as pessoas vão saiam de casa saiam de casa para onde para onde eu vou
casa de parente muitas vezes todos os meus parentes estão nessas áreas então a gente precisa ter isso muito bem estruturado tem que pensar em políticas né gente é preciso também que essa política Municipal dialoga Estadual eu sei que parece às vezes parece meio sonho isso que eu tô falando aqui né mas assim é o que dá para se fazer e por fim o que cabe a cada um de nós né darmos as mãos sim também né mas a gente também tem que fazer a manutenção das nossas áreas verdes que a gente pode ter a impermeabilização
de quintais a gente tá atento para isso né não tá capiche cimento nem nada né deixar áreas verdes ali para que a água possa infiltrar pensar no saneamento principalmente com relação aos R sólidos para evitar essa acumulação nos canais fluviais né a educação ambiental sabe não é lá abraçar uma árvore aí vamos salvar planeta ninguém vai salvar planeta tá coisa nenhuma o planeta não precisa ser salvo o que a gente tem que salvar é a nossa pele Porque a gente já viu o planeta já passou por isso ele vai passar de novo por elas glaciais
por aquecimento da temperatura e quem que fica aqui o planeta o que acaba a espécie Então para que a gente pensar em acabar com a nossa Espécie a gente tem condições para isso então a precisa de uma educação ambiental para que se tenha uma consciência de um consumo de produtos biodegradáveis pra gente evitar aquele consumo comp possível aqui eu tô falando de plástico de quema de combustível fóssil sabe e cobrar também eu gosto da prática de minimalismo né quem é meus alunos sabe disso tudo minimalista né a gente gosta mas enfim e cobrar ações dos
nossos políticos e assim gente é muito interessante bater lá no palácio Piratininga e falar ah Eduardo le você não fez tal coisa mas não adianta não adianta não é assim para mim não adianta vamos cobrar os nossos vereadores vamos cobrar os nossos deputados cabe a eles eu queria que cada um de vocês pensasse Quem foi o último vereador que você votou quem já votar de novo esse ano tá ali ó dia 6 de outubro data do primeiro turno das eleições municipais de 2024 Então vou tá disputa justamente os cargos de prefeito vice-prefeito e Vereador eu
já sei qual a minha vereadora que vou volar em flori né minha amiga mas enfim eh vocês sabem quem são vereador de vocês porque vocês podem cobrar deles ali que muitas vezes é do bairro de vocês da comunidade de vocês a gente quer cobrar do Lula quer cobrar do Eduardo Leite mas assim você falou com o seu Vereador você sabe o que seu Deputado tá fazendo pro seu estado Cadê a ação dele até agora que fez pro estado que tá sofrendo com isso PR cidade tá sofrendo com isso então se a gente conseguir trabalhar nessa
escala fala já tá bom demais depois lá paraa frente a gente vai consertando aos poucos tá enfim gente eu acho que eu trouxe algumas questões aí pra gente debater acho que algumas se complementam com Núbia e outras a gente pode discutir agora tá obrigado pela oportunidade rosemir Nossa vou mandar esse vídeo para muita gente parabéns parabéns parabéns professora Professor Pedro parabéns agora vamos às questões temos várias questões aqui eh enfim Nossa por onde começar vamos ter questões para ambos né mas fiquem à vontade em responder vou trazer da Eduarda excelente fala professora nú poderia falar
um pouco sobre justiça climática E como tem evoluído a discussão pode falar já pode pode legal legal obrigada Eduarda pela pergunta né os movimentos de Justiça climática pelo menos no Brasil né eles têm surgido muito muito atrelados aos movimentos de Justiça ambiental e de racismo ambiental né em grande medida eh fora do Brasil a gente tem umas tradições um pouco distintas em relação a isso são tradições diferentes etc mas No Brasil existe muito essa Associação pela forma como são construídas as nossas cidades e o próprio Estado Nacional Brasileiro então é muito conectada essa discussão sobretudo
em função dos impactos de eventos extremos nos territórios eh e também do impacto de eventos que não são necessariamente tão extremos mas que acabam afetando Os territórios como eh eventos de chuva mas também episódios de onda de calor a discussão sobre a associação dess desses Episódios com eh doenças que são desencadeadas ou pioradas etc Então a gente tem essa essa emergência eh do debate de Justiça climática hoje eh pelo menos ao meu ver começa no Brasil fora da Universidade eh e a partir da mobilização de acadêmicos né que tanto tão na sua graduação quanto no
mestrado e no doutorado eh que participam desses movimentos acabam eh trazendo para dentro da academia esse debate então o movimento da Justiça climática hoje no Brasil ele tá muito eh colado eh com essa perspectiva né e a partir disso a gente começa a ter uma série de textos eh e de mobilização acerca disso né então tem tem tem alguma uma produção bastante importante bastante significativa no Brasil eu poderia datar aí dos últimos 5 se anos aproximadamente assim que a gente começa a ter essa proliferação né antes a gente falava é de outras formas né mais
enfim de impactos Mas a partir da Justiça climática a gente começa eh a pensar não só no impacto em si mas partir desse Impacto para eh refletir sobre eh uma situação em que você começa a ter reconhecimento desse da responsabilização desse Impacto não só eh no sentido Mais amplo de mudança climática mas por uma questão né de de produção do espaço do território de ausência de poder público de legislação E você começa a pensar em reparação né então o debate da Justiça ele vem muito nesse sentido também claro que eh existe diferentes perspectivas acerca disso
né acerca desse reconhecimento do dos impactos e dessas condições eh de de eh enfim de vulnerabilização eh e da da demanda por reparação Claro que existe limites nesse sentido de entender De que modo também o estado ele se reconhece né Eh e os outros agentes se reconhecem como eh enfim aqueles agentes que devem efetuar e efetivar reparação né Eh mas é um caminho possível pra gente pensar numa espécie de Justiça climática é de transição Então esse debate Ele é bem bem recente no Brasil vai muito no sentido de identificar reconhecer responsabilização e pensar eh em
processos de reparação fora do Brasil se já tem um pouco mais de tempo eh e são tendências um pouco mais relacionadas mas mais distintas em relação ao movimento de Justiça ambiental por exemplo né que tem uma pegada parecida mas enfim tem as suas distinções mas basicamente no Brasil a gente pode falar nesse sentido e só para complementar vem na minha leitura também um pouco fora da geografia ainda né vem mais n sociais na antropologia eh e depois chega paraa geografia via muito certos setores da geografia certas tendências da geografia geografias negras TM feito esse debate
associado ao racismo ambiental eh e outras linhas de abordagem de uma geografia eh Enfim uma geografia ambiental uma Geografia Que aborda a questão ambiental de forma mais crítica né então tem tem a permeabilidade desse debate na geografia vem desse desses Campos né mas começa por outros na minha leitura no Brasil uma questão do éco eh se é possível friar as alterações mudanças climáticas e o modelo de sociedade capitalista e se esse processo ainda é reversível Olha eu não sei se a Núbia concorda comigo então eu vou até começar falar eu já sou franco Não não
é possível não sabe não tem como a gente alterar isso porque a gente tá falando de uma sociedade capitalista sociedade capitalista é o que é visa o lucro Visa a a produção Visa a a a destruição dos recursos naturais então ah mas se a gente mudar isso então você mudou o sistema tá e o que eu acho que vai ser impossível né na nossa escala de tempo que a gente tem ainda para viver aqui nesse planeta né porque eu sou bem castrofera eu acho que assim os próximos 50 anos acabou a espécie humana acabou porque
eu tenho uma viés bem biológico também sou da biogeografia né Doo curso de biologia também então acho assim a gente tem a gente tá chegando no limite da nossa espécie ah mas tem tecnologia para isso a gente vê carros andando voando tal não sei o qu sim daí eu gosto de pensar sempre também na questão que a professora a a professora Dirce colocava com o professor João Osvaldo pra gente né A questão dos tempos Então a gente tem esse tempo curto que é o tempo do ser humano que introduz e altera mas tem esse tempo
longo da natureza então a gente tá propiciando alguns eventos climáticos a gente tá propiciando algumas alterações no clima algumas mudanças você vê ao ao curto prazo e hoje já tá se tornando mais recorrente impactam para nós eu pensei se no meio desses tempos curtos vem algo de um tempo longo próprio da natureza como eu falei uma erupção vulcânica sabe e se tem alguma mudança estrutural aí que a gente tá falando extraterrestre no eixo de inclinação da Terra para mudança climática então a gente junta o tempo curto com o tempo longo Acabou acabou a nossa espécie
né uma nova evolução como se diz né então assim freiar as alterações climáticas eu acho que a gente não tá mais em tempo porque mesmo que tudo pare a gente ainda tem uma repercussão por algumas décadas né Eu gosto de pensar tá muito sempre fala isso pros meus alunos né a gente viu isso um pouco na pandemia quando pelo menos um dois dias Tudo parou a você fala então os rios começaram a ficar limpos não sei o quê gente foi um dois dias tem como a gente fazer isso com o planeta uma semaninha no mês
num ano para retornar as condições resiliência do planeta não tem então acho que agora por isso que eu falo para mim o processo é adaptar como é que a gente vive com isso a você é vou Recordar desculpa pode falar não aí o linco com a Isabel acho que nessa pegada aí ó seria possível ao longo do prazo as mudanças climáticas né chega a interferir em processo de formação de rochas processo erosivo de grande magnitude são os tempos né tempo das pessoas e o tempo da natureza né só cumprimentando um pouco que o Pedro coloca
assim eu acho que é importante a gente pensar no contexto de de eh dessa coisa primeiro né dessa desse descolamento e dessa dessa reflexão sobre a gente somos natureza né etc a gente viveu so diferentes formas de organização social ao longo da história o capitalismo não é a única delas a gente viveu de outras formas antes isso é muito importante mas a gente tem alguns Marcos importantes sobretudo Revolução Industrial que nos coloca aí ou que nos nos aponta para uma direção de que eh pelo menos nesses últimos séculos a gente tem vivido sobre modo de
produção capitalista que significa que tudo estará subsumido ou tudo será direcionado a partir da lógica da exploração eh do trabalho visando o lucro explora ação do trabalho e da natureza isso que a gente chama dessa natureza externalizada né então Eh nessa perspectiva é muito realmente difícil e talvez impossível pensar eh num processo de resolução estrutural dos problemas Associados a isso que a gente chama de mudança climática antropogênica sobe a lógica do Capital tá eh mas eu queria pensar numa outra um outro sentido também que é o seguinte adiantaria a gente resolver o problema da mudança
climática e continuar explorando né subjugando determinados grupos sociais que são majoritários a condições péssimas de vida que não necessariamente eh estão ameaçando a nossa espécie como um todo mas que estão ameaçando determinados grupos sociais exclusivamente pela sua condição de ser classe trabalhadora né de viver sobre trabalho né então assim eh essa é uma contradição importante eh a gente pode resolver o problema da mudança climática e e eu digo mais assim Acho que eu dobraria Aposta se existirem formas através das quais o modo de produção capitalista via né proprietários grandes empresários etc conseguir lucrar mais freando
a mudança climática eh e e enfim parando esse processo eles vão fazer eles vão fazer isso não significa que a gente vai caminhar para uma situação melhor do ponto de vista da da nossa forma de se organizar e de viver como sociedade porque enquanto a gente viver sob a Ed de novo né do lucro acima de tudo da exploração de certos homens sobre outros homens e mulheres e a natureza da natureza isso vai continuar existindo então o problema da mudança climática hoje dentro desse contexto ele só reflete ou ele só descortina né de maneira muito
drástica de maneira muito cada vez mais drástica cada vez mais terrível né Eh o que significa esse modelo de sociedade que a gente tem hoje ele pode mudar se for mais vantajoso se for mais rentável se gerar o lucro agora isso não significa que a gente vai continuar eh produzindo ou ter a perspectiva de produzir uma sociedade melhor do que essa que a gente tá vivendo sobre o capitalismo se a gente a mudança climática o grande cerne da questão eh me parece que é isso né a gente precisa ultrapassar esse modo de produção e o
clima e e as dinâmicas climáticas atmosféricas e a forma como isso tem descortinado eh tem um papel desempenha um papel fundamental Não só na denúncia mas no sentido de tentar pensar encontrar eh eh rupturas encontrar fissuras no sistema pra gente tentar superar isso a Elenita já traz a preocupação aí uma questão muito interessante né com a princial política pública para a mitigação desses eventos extremos a curto médio e longo prazo no Brasil paraa proteção das populações vulneráveis complexo hein é eu tento trazer um pouco ali no slide né nos finais colocando um pouco ali das
ações que podem ser feitas né linita é minha aluna do doutorado aía ela trabalha com P clima né Eh mas então né Elenita eu eu coloquei algumas questões ali e eu acho que isso é importante também para ser dito aqui porque muitas vezes me incomoda né Eu acho que deve ser muito das perguntas de alguns colegas aí dos alunos que é tipo assim tá o que que a gente pode fazer se tudo isso é o caos tud tá acontecendo E aí que que a gente faz cobrar os nossos governantes tá cobrar o quê né eu
posso cobrar sendo votando não indo votar é um modo também político né uma ação que você faz também mas o que efetivamente cobrar e eu entendo gente é difícil né porque nós estamos numa posição aqui também que é de muitas vezes de denúncia embora eu tenho muita crítica a isso da nossa geografia né porque às vezes é uma crítica só de denúncia ó que tá acontecendo ó que tá acontecendo tá acontecendo tá o que que a gente faz né Estamos numa situação aqui também que o que nos cabe não é fazer nós estamos dentro da
academia a gente estuda somos intelectuais todos nós que estamos aqui estamos assistindo né Eh mas que a gente propõe apresenta os problemas mas eu também falo PR os meus alunos Calma gente A gente não pode fazer jornalismo tá a gente não tá aqui também vai ficar falando olha que tá acontecendo ó lá desast que daí qual que é a diferença da geografia pro jornalismo se é para ficar só denunciando denunciando a gente assiste qualquer telejornal que faz a mesma coisa também Faz um monte de denúncia né então eu eu já vejo que também a gente
tem que ser um pouco propositivo né de colocar algumas ações eu acho que algumas ações são mais complicadas né Lenita dessas políticas Porque vão envolver essas escalas né O que que cabe ao governo Municipal fazer que tem que est em diálogo com o Estadual o que que cabe o Federal fazer né E que pode dar de recurso acionar políticas para tal que nem eu tava falando ali né de Defesa Civil de planos de contingência investimento né e em pesquisa em Recursos né E isso tem que tá em diálogo com o Estadual então é complexo é
complexo né então a gente podia por exemplo assim na nossa escala do dia a dia eu fico imaginando mais próximo talvez essas políticas estava falando de ordenamento do território né que a Geografia vem falando disso há muito tempo né Os planejadores que trabalham com isso vão mostrando isso então e eh São questões que a gente pode pensar Olha isso vai adiantar curto e São coisas que se tem a longo prazo que é o que você tá pedindo ali né Essa proteção de populações vulneráveis eu tenho muito muitas críticas e os meus colegas sabem disso né
com relação ao conceito de vulnerabilidade justamente por ca da Minha tese né eu fiz a tese em Rio do Sul né no Vale de Itajai al e as populações que são atingidas os indivíduos desculpa né que são atingidos pela inundação não são as pessoas mais pobres não são as pessoas com questões raciais ou de gênero que tá colocada ali né o que eu acabo identificando ali é totalmente ao contrário do que a literatura coloca pra gente né ah famílias com grande número de pessoas são mais vulneráveis nas minhas vistas mostravam Olha o fato de você
ter três filhos quatro filhos uma mulher solteira ela tem mais possibilidade dos filhos tirar recursos e subir para um abrigo enquanto que às vezes um casal que não tem filho nenhum Os dois estão trabalhando a casa inteira é inundada Sabe aquele Senhorzinho que tá ali que a Núbia falou sobre isso né aquele Senhorzinho que tá ali vive 30 anos Nossa ele é mais vulnerável a inundação não muitas vezes ele sabe pelo seu histórico ó se a água chegar até ali pode sair porque vai subir e vai não dar e ele já sai então ele tem
um processo adaptativo que que a gente desconhece então olhar Talvez para essas populações que na Núbia tava conversando ali falando né dessas populações falando dos próprios indígenas dos próprios que ocupavam inicialmente essas áreas e que no Vale Itajaí não ocupavam as margens do rio pelo contrário ocupavam os pontos mais elevados né tem a climatologia fazendo isso que eu me que eu que eu me que eu me arrisco a falar aqui né a professora Natasha que trabalha muito com isso hoje o professor Hugo Romeiro que fez palestra essa semana na ufis que né tá ali sempre
conosco também né do que o Eu lembro que o professor John Mundi levantou numa apareça falou mas o que que tá acontecendo com esse clima a gente tá falando de uma climatologia cultural é escutar justamente Esses povos tradicionais e entender que Calma lá entend até aqui eles não são vulneráveis não eles pelo contrário eles detém o conhecimento de como se adaptar esse processo concordo plenamente vou trazer uma questão do Gabriel porque a Karen eh tá perguntando né O que que pensa como que a gente faz né da das as cidades o professor murara já trouxe
algumas sugestões das instâncias federais federal estadual Municipal que ela fez a questão antes de você trazer essas sugestões vou trazer a questão do Gabriel que Ah isso é muito legal né dos jargões globais tecnologia Verde transição energética como os métodos soluções para os problemas climáticos e o ambientais acho Fantástico isso né não é igual soluções baseadas na natureza que virou moda aqui no mundo anglófono eh eh são todas eh releituras na minha leitura tá E não é só leitura Núbia né existe toda uma tradição que eu tenho pelo menos lido nos últimos anos da parte
da da da literatura de Ecologia política eh da literatura da ciência climática de modo geral colegas da sociologia da economia enfim que tem trazido à tona né O que significa na verdade Eh esses jargões que vão subsidiar via diferentes órgãos internacionais via Banco Mundial eh via banco interamericano movimento etc né vão subsidiar eh políticas de a nível de estado e a níveis locais também né Eh a nossa leitura sobre acerca disso é que existe um processo eh claramente assim de neoliberalização da questão climática né Eh que enfim a gente tem um primeiro elemento aí uma
uma primeira eh talvez rodada uma rodada mais anterior associada aos créditos de carbono Mas cada vez mais a gente tem tem identificado que esses grandes mecanismos essas grandes empresas etc tem tentado estab dess estratégias para também lucrar em cima da Preservação por isso que que eu comentei um pouco desse processo antes né sobre como que talvez frear a mudança climática usando esses diferentes dispositivos se for mais lucrativo vai acontecer né Eh e a gente também tem esse processo acontecendo Às vezes a gente pensa na modo de produção capitalista como o grande Leviatã que fica eh
eh sobre as nossas cabeças e é uma coisa só Nossa o capital é mau etc né aquela coisa meio moralizante assim mas não é um jogo de interesses com diferentes agentes que se unem e se separam em diferentes Arenas né de de de competitividade e às vezes de de União no mercado internacional né E ao mesmo tempo em que você tem atividades muito lucrativas associadas à extração exploração da cadeia do óleo e gás você também tem um mercado extremamente lucrativo na cadeia né de manutenção de florest em pé tecnologias verdes solução baseada na natureza são
milhões milhões eh de Dólares todos os anos né que são injetados eh via esses mecanismos esses dispositivos para fazer isso então assim eh são na minha leitura né jargões que expressam eh tecnologias intencionalidades da neoliberalização da questão do clima eh no no no na plataforma né no contexto Global isso vai resolver mudança climática não mas é vendido como solução de transição né Eu acho que essa também A grande questão né como é que a gente pensa eh em em soluções de transição de um mundo baseado no combustível fóssil né na quema de combustível fóssil e
no desmatamento para o mundo em de tecnologias limpas verdes né Eh sobre sobre outras outras bases de organização social né Eh porque na verdade o que tem se vendido mais é é esse debate que enfim fukuyama já falou no fim da história todo mundo tá condenado eternamente ao capitalismo né Eh e a gente só vai enfim ter que botar esparadrapo eh no no no no na artéria sangrando né porque vai continuar sangrando eternamente eh e assim o mundo é muito dinâmico né então pode ser que a gente tenha reviravoltas Mas enfim eh em grande medida
a gente eu enxergo muito nesse sentido é o grande desafio é como pensar eh essa transição que é vendida né Para nós através de tecnologia Verde soluções basead na natureza e transição energética sobre outras bases né sobre bases que não sejam eh especificamente pautadas na exploração do trabalho e da natureza de uma maneira predat até até que ponto é verde né É para quem né é igual o debate de carro elétrico Então até até a página 10 como é que fica a questão da extração daquele elemento que alimenta bateria né como é que fica isso
a a a troco de qu né ou sejaa já foi vendida por durante muitos anos como tecnologia limpa sa como é eólica também parques eólicos tem toda uma uma tradição acadêmica hoje no Brasil e fora discutindo é a sustentabilidade de parques eólicos e como os parques eólicos são eh enfim vetores fundamentais de expulsão de povos originários e comunidades tradicionais de vários lugares inclusive no Brasil no norte do Brasil Nordeste do Brasil principalmente Nordeste então assim sim é perigoso isso é complexo é uma questão do hops bem interessante as mudanças climáticas podem ocasionar a curto prazo
uma mudança da geografia agrícola do Brasil quais ser as principais implicações I Eu acredito que sim viu Robs Eu acredito que sim pela assim um pouco da experiência que eu tive lá na Itália por exemplo para depois trazer aqui pro Brasil né Eh já tá mudando a relação da produção do do Arroz por exemplo lá não adianta eles não tem água suficiente a gente sabe que o necessita naquele período de inundar ali e e a ris cultura então assim não para eles não adianta mais então eles já estão mudando vamos buscar outra eh cultura para
se produzir ali né Enquanto isso a gente tá vendo aqui outro exemplo aqui no Canadá por exemplo o aumento da produção das V eh da dos dos Vinhedos aqui da produção de uva PR produção de vinho que você tem aqui que não tinha no passado por quê Por Conta do aumento da temperatura tá fazendo aquele inverno necessário para aquela produção específica da Uva que tem aqui você vê então nessas áreas por exemplo enquanto que um lá tá perdendo arroz mas vai para uma outra cultura aqui tá se ganhando vinho se gando a uva algo que
não se fazia antes e para nós o nosso celeiro agrícola ali do Brasil né o que que vai acontecer quando parar de chover como eu tava falando ali na nossa região né que a gente tem toda a questão da eh do acabei de falar gente dos grãos e sojas que temos ali na região da Fronteira da Fronteira Sul e essa ausência de chuva que os agricultores vem a todo momento querendo ah Precisamos de uma melhor gestão das águas isso exatamente Precisamos de uma melhor gestão das águas ou será que daqui a pouco vai falar olha
não vai adiantar mais né Não adianta nem trazer a água lá do Rio Uruguai que eles querem bombar não sei quantos metros para trazer então será que não é mais fácil mudar a cultura embora assim a gente tá falando de uma claro estamos aqui discutindo o clima né Falando nisso mas o que vai ocasionar qualquer mudança na agricultura no país sem dúvida a economia né se o preço mudar eles mudam a commodity tá tudo bem né que é o que importa sabe é o lucro né e falou muito adaptação né a aná já trouxe como
desenvolver estratégi de mitigação e adaptação para lidar com esses eventos extremos mitigação adaptação de quem é eu acho que antes de mais nada é uma coisa que sempre pergunta né a galera assim essa é uma pergunta que não é presente só aqui assim a gente tem que se perguntar isso mesmo na universidade principalmente né até porque muitos de nós novo né vamos ocupar cargos públicos etc mas sempre vem jornalista pessoas em geral vem perguntar e aí como é que a gente faz né Eh e eu tenho sempre muito saído com uma resposta que pode parecer
uma resposta padrão mas eu realmente acredito nisso né que é eh o desenvolvimento de estratégia de adaptação principalmente Mas também de mitigação não vai ser Unificado porque as pessoas e Os territórios vão sofrer diferentes impactos de diferentes formas o Pedro acabou de falar né o grupo mais vulnerável dele é outro se a gente for pensar no contexto do Rio de Janeiro a gente tá falando de outra coisa completamente diferente e se você pegar Estado do Rio de Janeiro se diferenciar e e olhar pra região metropolitana você vai ver coisas completamente distintas também Impacto de calor
diferenciado de inundação diferenciado né então eh não adianta a gente pensar no desenvolvimento de estratégia de adaptação e estratégia de mitigação sem conversar com os sujeitos que estão nos territórios E aí tem que tá na ponta do território E aí gente assim a geografia A gente tá aqui no programa parção geografia beleza né só que a gente tende a trabalhar muito pouco ou menos na ponta da política quem trabalha mais na ponta da política são os agentes de saúde é a Defesa Civil São sujeitos que tão ex assistente social Quem tá na execução da da
da política pública né tanto de assistência quanto asos outras né eh e aí isso exige Talvez um diálogo não só entre diferentes setores da sociedade Universidade poder público mas os diferentes eh eh disciplinas e diferentes setores dentro do próprio poder público para pensar isso né porque é isso né alguns setores estão mais dentro do território que outros mas não existe na minha leitura estratégia ou forma de pensar em mitigação e adaptação unificada e segundo precisa ouvir e construir junto e a partir das pessoas que estão no território elas são as mais impactadas historicamente apesar da
gente ter o aumento né de de Event os extremos e elas têm convivido com isso durante um longo tempo e elas sabem por onde por exemplo no caso de um plano de contingência por onde fazer uma evacuação né sair onde é que a gente pode desenvolver escolher um ponto de apoio eh para abrigar pessoas em situação né de de desabrigo né Quais são as rotas de fuga fundamentais então precisa conversar com quem tá no território com as pessoas dos territórios acho que isso é uma é uma questão fundamental E aí precisa de capacitação né dos
does ah galera não quer sair da casa começa a tratar também a população como como Enfim gente que não pensa que não tem afetos que não tem relações né então tem toda uma preparação também para lidar com isso eu concordo eu acho que assim né Nadia o que a gente precisa ter e eu acho que a Geografia pode contribuir para isso embora acho que às vezes é meio tímida é a questão das escalas a gente precisa ter melhor clareza dessas escalas Porque por mais que eu coloque ali federal estadual Municipal existe uma política que Ok
é nacional a gente pode pensar PR as mudanças climáticas né agora de processo de adaptação e mitigação uma política nacional mas a ação tem que ser local senão a gente pensa como se fosse uniforme o nosso território nacional e ele não é a gente sabe disso né os nossos municípios não são muitas vezes então pensar assim o que que a gente pode fazer bom mas a gente precisa entender a realidade aqui porque às vezes aqui essa realidade é um tipo de desastre é um tipo de evento que é mais recorrente que vai ter uma resolução
dessa forma enquanto que lá no nordeste a realidade é outra em Manaus é outra diferente totalmente né então daí que a gente tem que entrar Quais que são essas escalas de análises né perfeito ah outra da tua aluna Elenita alguns cientistas creem que esses eventos climáticos extremos que vem ocorrendo a miúde seria um prenúncio uma futura pequena Era do Gelo Será de quem que eu lembrei hein Molon eu tava me perguntando era sério obrigada por me elucidar E caso positivo qual seria o impacto no nosso país Cadê Molão hein Tá sumido tá ganhando dinheiro do
Agro aí obsidiano ele ele e o outro lá que foi convidado a se retirar da Universidade de São Paulo da da USP é ele ele cara todas as tendências não sei o que que o Pedro vai responder mas todas as tendências que a gente tem visto a partir dos relatórios do PCC pelo menos em relação à temperatura e aquecimento é aquecimento Se você pegar aquele aqueles mapas né que o Pedro colocou do do tanto do relatório 2001 mas principalmente do último relatório do R6 né E aí eu convido também para quem quiser navegar o ar6
Né o grupo de trabalho um que é o grupo de bases físicas produzir um Atlas interativo eh Então quem quiser depois Enfim eu posso passar o link paraa rosemi para passar pra galera E aí Vocês conseguem identificar visualizar né os diferentes as diferentes variáveis eh do clima e também né Quais são os níveis de confiabilidade em relação à tendências futuras para 201100 Então você tem toda a gente passa acho que o Pedro tá até procurando agora conseguir é conseguir passar aqui no chat privado jogo para cá para ele show eu vou eu vou vou vou
passar aqui logo depois da da minha fala e aí o que você consegue observar ao redor do mundo todo a tendência para 20100 é eh pelo menos nessa curta duração é aquecimento de praticamente praticamente o planeta inteiro tá com altíssima confiabilidade o que a gente tem bem menos confiabilidade é precipitação né Chuva a gente ainda tem uma confiabilidade eh ainda muito muito baixa para alguns lugares o Sul do Brasil é uma das áreas em que a gente tem maior confiabilidade né de previsão assim como algumas partes do matopiba dessa transição entre o Nordeste n e
o norte que a gente tem uma tendência eh muito significativa de decréscimo eh da precipitação enquanto por exemplo um dos indicadores que a gente tem a subida eh em termos de precipitação com alta confiabilidade é da variável de chuva máxima 20 4 horas pro sul Então a gente tem uma tendência de aumento eh de chuva máximo 24 horas pro sul pelo menos isso que tá reportado no no atlas do do grupo de trabalho um do PCC do último né n então assim todas as tendências F observado pelo menos na projeção para 2100 eh não tem
a ver com decréscimo de temperatura no tempo histórico pelo menos né tem a ver com eh aumento substancial de temperatura com altíssima confiabilidade para todo o globo terrestre aí Elenita continua né considerássemos utopicamente que em nível Global houvesse um maciço plantil de árvores e cessasse por completo desmatamento poderia se evitar esses eventos extremos de forma recorrente olha evitar eu acredito que não né porque da a gente tá atuando numa única ação né de plantar árvores ISO todo o sistema que a gente táa falando do capal né ele funciona de uma outra lógica né E que
nos amarra de certa forma né Eu gosto de falar isso pros alunos nos amarra a a incentivar essa exploração porque isso que é o mais triste de tudo eh a gente Talvez amenizaria algumas questões sabe alenita e algumas são bem pontuais que nem eu tava falando ali Ok vamos fazer cidades com mais áreas verdes com mais parques e lagos para absorção da água beleza vamos plantar mais árvores para amenizar a temperatura no microclima na escala do município Beleza então assim Ah então não adianta nada a floresta não L ela tem uma importância Vital a gente
já sabe disso Isso tá comprovado mais do que tudo então assim manutenção daquilo que sabe até expansão mas não são não é isso que vai regular o clima do planeta aí que tá né a gente tem outras fontes que a gente tá causando o aumento da temperatura Esse é um essa é uma única fonte né então quando você coloca lá na na questão anterior né entrar num Era do Gelo sempre pensa assim poxa mas nós somos mamíferos homeotérmicos então para nós ainda é muito mais vantajoso do que é pior né Qual o menos pior o
menos pior é o aumento da temperatura que a Gente Tá adaptado a isso do que é uma baixa temperatura porque ali acabou né E quando eu falo a gente tá arrada ao sistema eu gosto de falar ah mas eu não tô explorando sim você não tá explorando Mas você usa disso Olha isso aqui né a gente viu na reunião da eg né da das do do da reunião oh meu Deus pósgraduação né da ampeg a gente falou da exploração mineral do lítio e a gente usa isso aqui todo mundo precisa disso não é assim ah
eu quero usar o celular né mesmo que eu não quisesse isso é necessário ó que a gente tá fazendo aqui remoto todo esse computador que cada um tá utilizando aqui isso aqui é resultado de exploração do minério e a gente tá aqui o utilizando então ah eu quero que acabe as mineradoras mas eu quero ter o meu conforto também então é muito difícil que a gente tá amarrado a tudo isso né então mudar Talvez algumas questões é por isso que eu falo é Minimizar né então acho que esse esse maciço plantil de árvore né eu
eu desculpa meus colegas da ecologia que eu trabalho com alguns lá lá na Biologia né eles têm essa ideia Vamos abraçar uma árvore plantar árvore isso é mais a gente tem que pensar com uma educação ambiental uma conscientizar a população para que né do que uma própria mudança que vai ter de fato ali né mas claro isso é um passo né a Karen trouxe uma questão também bem interessante né se a massa polar apresentar fraqueza e a frente fria passar a estacionar com maior frequência regão Sul tem alguma relação com a mudança da dinâmica atmosférica
em escala Global dinâmica climática do Sul quem manja aí sul do Brasil ah já VII falar alguma coisa então já estudi alguma coisinha sobre isso né essa pergunta ela é técnica em Meteorologia ela sabe disso né ela sabe disso aqui é assim a gente tem que analisar né porque daí entra também um pouco naquilo dos conceitos que é até onde isso a gente pode falar que é uma mudança na dinâmica é onde isso é só uma variabilidade is São só alguns fenômenos que estão acontecendo né a escala mais uma vez Agora que a gente tá
falando da escala temporal então assim Ah os últimos 10 anos a gente viu uma retração da frente fria né é uma diminuição da da da sua área de de trajetória Olha aí o resultado da mudança climática será será que é isso gente porque da gente tá trabalhando no Mc dos últimos 10 anos daqui a pouco o negócio volta e se expande toda a frente viia sei lá né cruza e o Equador aí você fala e aí que que tá acontecendo os polos estão mais frios sabe então a gente precisa ter essa observação da entra a
questão né clima e tempo né então entra aí essa observação Calma que escala é essa que você tá falando né então isso pode ser um indicador de por isso que a gente toma esses cuidados na hora de eu ia falar da gente escrever esses relatórios eu nunca escrevi relatório quando eles escrevem isso eles ficar você viê há uma probabilidade é uma possibilidade é é inevitável que porque também a gente tá trabalhando mais uma vez com dados do passado de um recorde temporal muito às vezes que pode pegar uma variabilidade né um fenômeno específico ali mas
não necessariamente indicar aqui tá a mudança tá pode parecer mas é então é contraditório que você tá falando até agora tudo isso é resultado da mudança sim mas a gente tá vendo uma recorrência tão grande desses eventos né que para gente parece inegável já né perfeito uma questão do João quais países ou cidades estão na Vanguarda do planejamento Urbano e adaptação aos eventos extremos que podem servir de exemplo para o Brasil boa questão João boa questão João é isso aí merece um bom estudo né sobre o planejamento Urbano Eu até vou ficar meio assim de
falar se a jeisa tivesse aqui do lado jáa gritar jeisa vem aqui é da área disso né tá em Nova York é a gente tá em Nova York mas assim eu vou eu vou o João eu não sei se ele é do doutorado é João Sandre é o nosso doutorando Tá eu vou vou conseguir te responder isso João nas no próximo mês porque eu vou participar da simpósio simpósio do Congresso Internacional de climatologia que esse ano vai ser em Paris e é sempre muito interessante acaba reunindo muito desses pesquisadores vão falar assim eu acredito que
o tema da adaptação esse ano vai bombar lá na reunião né a gente vai est lá e entender um pouco mais esses extremos e quem tem avançado mas eu digo para você que embora timidamente o Brasil tenha participado desse congresso né Eu quase convoquei a nú e falei Vamos para Paris a gente precisa apresentar nossos trabalhos do Brasil lá né eu tô indo apresentar um trabalho lá nosso assim né mas a gente tem feito um bom uma boa representatividade a gente tem sobre o Professor Francisco Mendonça lá né o grupo Ah é ótimo então ele
tem sido representante e os colegas dos outros países têm acolhido muito a nossa produção e tem conhecida a nossa produção tá então acho que isso que é muito interessante aquilo que eu falei no início da minha fala né Não fique pensando que nós somos um país só sulamericanos Sim nós somos sul-americanos e fazendos trabalho muito sério eu acho que o mais interessante foi e orgulho que eu senti aqui foi quando eu cheguei no Canadá e falei assim eu gosto de trabalhar com vocês brasileiros porque vocês têm Rigor científico nossa eu falei sério porque assim nó
eu esperava isso natural né mas eles reconhecem não não não são todos que est esse Rigor científico não vocês têm Rigor científico no que faz né então eu acho que assim não vou dizer que o Brasil está na Vanguarda mas eu acho que daqui para frente dado os fenômenos que vê acontecendo e essa pujança que a climatologia vem tomando né eu posso dizer do programas dos programas que eu tô atuando quantas pessoas estão vindo estudar esse tema né e a gente tá tendo um pouquinho timidamente avanço nos recursos o Brasil tende a despontar tá com
o processo de análise dos extremos climáticos até porque lembra quando a Núbia mostrou aquela figura a gente vê ah muitos estudos do Hemisfério Norte sim muito porque tá sendo publicado em inglês né E a gente tem essa deficiência aqui no hemisfério sul Mas lá já se tem um certo conhecimento de um durante um tempo se avançou a gente tá vendo agora a gente conseguindo publicar colocar os nossos trabalhos ali na roda de discussão sabe agora do planejamento Urbano associado a isso é interessante porque muitos colegas são geógrafos então pra gente é meio que inevitável a
gente cair aqui ó produção de espaço Mas quando são Engenheiros quando são cientistas de outras áreas eles pensam Nossa mas Vocês conseguem analisar tudo isso em conjunto A gente fala assim porque isso é geografia né então pra gente ser claro então isso tem chamado muita atenção tá eu acho que eu não respondi nada do que o João Perguntou mas eu vou responder no futuro uma questão da Sabrina bem interessante ó quais pesquisas são necessárias para contribuir com a temática Vista tudo né pesquisar tudo é é uma avenida inteira né Para pesquisar né Eh tanta essa
questão do planejamento fundamental acho que eh Pedro coloca aqui uma uma uma série de de prescrições assim nas três escalas por exemplo né Eh e que claro que tudo depende muito de vontade política de interesses a gente sabe que a cidad brasileiras como toda a cidade mundial né enfim isso não acontece só no Brasil Espanha aconteceu isso enfim a gente tem diferentes sujeitos diferentes agentes voltados para valorização e especulação mobiliária na terra terra urbana então Eh toda essa questão de ordenamento territorial é muito muito alvo né Eh desse processo tive bem próximo da prefeitura do
Rio no último ano que tava refazendo no diretor Sobre muitas discussões e uma das questões era essa né como tentar eh usar alguns estudos de climatologia Urbana para servir como uma barreira de contenção aí para para eh pensar em mudanças no Gabarito Urbano entre outras coisas então a gente sabe que isso eh a gente tem muitas muitas contradições e muitos desafios dentro da das políticas públicas e da na área do planejamento Mas é uma área fundamental eh a gente não tem posso dizer assim eh pelo menos falando do Rio de Janeiro exemplo de nada mas
foi uma das cidades do c40 né 40 cidades sustentáveis eh em que a gente tem muito a avançar dentro da dos órgãos públicos e esse muito avançar vem muito no sentido eh de dessa ausência né Eh que se tem de Investigações sobre essa relação entre as políticas públicas esse diálogo com Os territórios e como que a gente consegue fazer essa relação de forma eficiente né Então esse é um dos Campos que eu acho que é muito fundamental para além de ciência básica né Para Além da gente tentar pensar n estudo de atribuição de eventos extremos
análise de impacto eh pensar em várias áreas não só na geografia né então acho que tem tem muita coisa para investigar muita coisa é e puxando a sardinha aí com a Sabrina que eu a conheço né Eu acho assim Sabrina eh o que a gente também tem que colocar que eu venho pensando nos últimos tempos é aquela Educação de base né então a gente estudos eu fico imaginando assim que que façam esse diagnóstico de como que isso tá sendo tratado nas escolas como isso tá sendo tratado nas universidades sabe porque para nós da geografia isso
ainda é relativamente dito em qualquer curso de geografia Vamos pensar assim na escala da Universidade né mas e nos outros cursos Imagina assim ó porque assim gente pera isso tem que ser dito na arquitetura tem que ser dito na engenharia que quem vai pensar ou vai executar esse planejamento sabe como que tá sendo tratado isso na escola no Ensino Fundamental e Médio Será que a gente eh não tem que catequisar mas isso não deveria est dentro de algum daqueles conteúdos a gente trabalhar agora assim a mudança climática tá aqui ela é isso ela corre por
conta disso explicar porque assim parece que às vezes né nós aqui que estudamos isso nós geógrafos a gente tem que explicar o lógico paraa população que ainda não tem essa noção aí você fala claro então assim investigações dessa natureza que envolvem o ensino a educação geográfica né Eu acho que ainda também é é um ramo a se pensar ali certo Olha que veio aqui resgatando um um livro clássico livro verde né Eh ele fala né Eh nigeriano né Ele fala sobre a interferência de escala nível de clima macro meso micro na concepção de vocês a
interferência humana tem cusar do terças nível macro na concepção Nossa não né na concepção de 99 V 7% dos cientistas do clima globais assim né sim né em variadas em variadas enfim variadas processos a gente tem feito isso né É E ele complementa aqui né ou provocadas eventos extremos ou ainda as causas dinâmicas climáticas naturais interferem mais é vai variar muito né como Pedro cançou de falar assim que dinico né e ele não acontece da mesma maneira em todos os lugares então por exemplo se a gente for pensar a puxando um pouco mais para pros
estudos que eu mostrei para vocês sobre a atribuição né a gente tem lugares que a gente não não identifica de maneira significativa eh a digital da mudança climática na ocorrência de algum evento como seca por exemplo que aconteceu em algum lugar né Por quê Porque as variáveis eh já esperadas né da dinâmica climática daquela localidade eh acabam deflagrando um evento que no tempo né ao longo da série temporal é é esperado que ele aconteça de 20 em 20 anos de 30 em 30 40 em 40 e isso é absolutamente natural A grande questão é como
eh que as pessoas que agora estão naquele território vivenciando aquilo vão reagir né a mesma um dos exemplos clássicos que eu sempre gosto de falar eu não sei por que que eu não trouxe ele aqui hoje é o episódio de bloqueio atmosférico de 2014 né da crise hídrica né Eh foi um dos primeiros eventos assim eh de de que circulou que no qual alguns colegas fizeram estudo de atribuição desse evento eh E se a gente for parar para olhar né o relatório desse estudo que tá publicado no boletim da American meteorological society no final do
ano de de final do ano de 14 Se não me engano o que a gente vai ver é que não foi encontrado a pegada de mudança climática nesse evento O que foi colocado naquela questão é naquele problema era uma gestão de recursos hídricos tanto associado a abastecimento quanto a geração de energia então assim eh você tem dinâmicas né você tem processos que acontece de forma natural agora você tem um aumento extremamente significativo e espantoso numa escala temporal muito pequena de eventos extremos de tempo de clima que T acontecido com uma digital muito expressiva eh das
mudanças climáticas chamadas antropogênicas né das mudanças climáticas causadas por essas questões que a gente já colocou né flagrantemente é retirada a remoção da cobertura vegetal em grande escala a impermeabilização de superfície que altera entre outras coisas a balança de de energia balança de radiação e eh aumento da queima de combustíveis fósseis emissão né de gases e particulares na atmosfera então assim eh a gente de fato tem atuado de maneira muito significativa enquanto sociedade organizada sobre esse modo de produção na alteração e na mudança em várias escalas inclusive na escala Global né perfeito nossa dá Pan
PR manga Hein gente dá Pando PR manga o William não é aluno nosso mas ele traz uma questão muito interessante faz alguns comentários aqui né estranho às vezes passa os meses a mí os políticos brasileiros parece esquecer daí parece que isso complica um pouco aí ele pergunta como fica o debate da interdisciplinaridade intersetorialidade nesses tema o geógrafo consegue trabalhar bem isso né isso que o Pedro trouxe é eu acho que sim eu acho que a gente consegue dialogar com ambas as áreas que a gente pode pensar assim nessas duas grandes áreas né mais da natureza
que você vai ter um pessoal mais duro trabalhando com uma dinâmica eh a gente consegue eh entrar eu tô falando por experiência própria aqui agora que eu tô entrando no no num grupo que tá estudando esse desastre no Rio Grande do Sul um grupo organizado pelo governo e que a gente vê obras por exemplo de alguns gheir é vamos construir um grande sen não e a água vai se acumular e a gente vai utilizar essa água para irrigação de não sei da onde fazer umas coisas estruturais que você pensa assim faras faraônicas exatamente que você
pensa assim cara isso vai ter um desvio de dinheiro já já largo né não tenho dó não fala você vai ter um desvio do dinheiro do caramba e não vai adiantar nada a quem vai se beneficiar com isso sabe então nós geógrafos né pela nossa formação gente então se sintam bem pela formação de vocês onde vocês estejam né quem são geógrafos a gente consegue numa mesa de negociação gerir isso tudo muito bem né o meu colega João Paulo que trabalha comigo ele fala nós somos quase um gestor aqui né a gente consegue É bem isso
amizar o lado aqui amenizar o lado lá mostrar que não pera aí mas tem essa realidade aqui não dá para fazer dessa forma aqui que a gente conhece um pouco de tudo e e tem de tudo um pouco né então acho que isso facilita e E é isso que a gente tá falando aqui né quando a gente olha por um lado e pensa até na pesquisa na pergunta lá da Sabrina é tá Como é que f fica essa interdisciplinaridade bom a gente dialoga com o meteorologista que vai falar do impacto da chuva e toda essa
dinâmica a gente vai entender isso a gente vai falar com os planejadores que vai envolver arquiteto vai envolver engenheiros que vão falar pera aí a organização do território tem que ser diferenciada a gente vai falar com o biólogo ecólogo que vai defender a natureza com unhas e dentes você vai falar sim mas a gente precisa ter o ser humano vivendo aqui tá não dá para arrancar né a cidade daqui e botar a floresta que não é só assim que funciona então a gente consegue gerir tudo isso eu acho que isso já é uma resposta que
é do tipo não sei se o William é geógrafo né mas a geografia em si ela é interdisciplinar né Eu acho que por isso muito mais fácil perito e uma A Última Questão aqui que pelo pelo chat da Elenita eu indago se grande parte da catástrofe do Rio Grande do Sul foi ampliada pelo negocian ismo das sobre as mudanças climáticas pois eh semadem já havia comunicado sobre essa nova tragédia ele já tinha comunicado Pois é tinha essa previsão Sim eles já vinham dando alguma previsão esse negacionismo gente é é mais eu vou falar uma coisa
que pode dar mais problema ainda né mas esse negacionismo é o seguinte Olha o nosso governante que nós temos lá né ele é negacionista ele ele esteve durante muito tempo ao lado de um negacionista ele muda de lado quando tem a questão das eleições tá E daí se a gente olha pro mapa isso que é mais interessante quando a gente os mapas são ótimos né puxando o saco da ros minha aqui os mapas ótimos né porque quando a gente olha pro mapa da distribuição da porcentagem dos votos que o atual Governador teve para se reeleger
no segundo turno eh ele perdeu no primeiro turn né o o outro candidato que ficou em primeiro lugar daí os dois foram pro segundo turno ele inverteu e ele ganhou o voto você fica pensando assim tá essa população votou nele quis votar nele tinha outras opções mas votou neste candidato esse candidato que eu tô aqui falando para vocês que é o quê ele flexibiliza a legislação ambiental ele é negacionista Ele defende isso dessa forma e a própria população vota nele então sabe por um lado você pode pensar assim Ah então eles são culpados pelo que
tá acontecendo não mas eles são coniventes eles sabem do que aquele Governador é capaz de fazer e reeger reelegeram ele então estavam sabendo a quem estavam falando ó esse aqui eu quero que me represente no meu do Estado um cara que não respeita a legislação ambiental pelo contrário ele passou por cima de muita coisa ele só faltou falar o que foi dito lá pelo nosso ex né des Ministro lá que abrir abrir a cerca para passar a boiada Mas ele tem esse tipo de política e o próprio estado agora falou o quê Vamos confiar nele
mais uma vez olha que triste isso né daí vem o desastre agora e aí agora não é hora de achar os culpados é hora da gente eh abrir soluções etc tal aí você pensa vocês tá vendo essa população também tá meio que em diálogo com ele né Tá mas não dá para culpar tudo isso né a gente precisa agora pensar outra coisa então assim esse negacionismo Elenita sim ele prejudica tudo né ele prejudica tudo e ele por um lado coloca dúvida na cabeça de algumas pessoas né as fake News que estão sendo estão sendo divulgado
agora é uma coisa absurda né E mais uma vez eu sempre tô pensando nas eleições que a gente vai ter em outubro tomar muito cuidado com isso daqui pra frente Olhe o que o seu Vereador o seu c já tá preito tem feito Qual que é o posicionamento dele diante desse desastre e nossa tantas coisas vocês falaram que eu eu me eu me vejo né Eh dentro de uma sala de aula na escola né como uma estudante como é que eu era estudante há 20 30 anos atrás e hoje esse estudante né o que que
se falava disso né não falava nada não tínhamos essa essa eh eh eh esses conteúdos na sala de aula e tem uma Live no outro canal que a gente também tem que a percepção de risco começa na escola é na escola porque quando você tá numa área susceptível a desmoronamento por exemplo eu orientei o Zé no Morro da Mariquinha aqui sobre né saídas ou seja qual é o melhor eh caminho para uma um cadeirante uma pessoa de idade sair com quem que gente di dialogamos com todos da comunidade com todos como a professora no trouxe
né quem que tem que dialogar é com os as pessoas daquele território né quando eu também participei da comissão interestadual institucional né ou seja uma comissão que tinha várias instituições aqui em Santa Catarina para pensar educação ambiental é dialogar com vários profissionais com vários segmentos com vários pensamentos é um momento que você eh constrói teorias e Desapega de teorias mas tem que ser uma coisa responsável não é negar tem que ser responsável para aquele aquele conteúdo aquela teoria e você conversar com os diferentes é um conflito é um conflito o tempo todo é um conflito
agora quando todos pagam né com a vida é coisa muda de figura a coisa se torna muito mais complexa outra coisa que o Pedro tocou aqui na questão da vulnerabilidade das pessoas se você pensar em Florianópolis planícies alagadas que tem áreas em planícies Santa Mônica é um bairro perto daqui da Universidade que não é pessoas eh de baixa renda né de baixa renda não é né bem próximo aqui a gente tem a planí do Pantano do Sul que se fosse área para ser ocupada já tinha sido ocupada graças a rosemin não ocupada muita luta ali
então a gente o que acontece você começa a mostrar gente vocês estão vendo isso aqui você faz uma evolução pega as imagens mostra que que o rio ele foi canalizado ele deixou de ser meandrante você aumentou a velocidade do Rio Aumentou a sedimentação da calha que que vai acontecer é mudou o meandro tirou o meandro botou casa em cima que que vai acontecer de ocupação do Camp do Olha o absurdo que tá acontecendo Camp é e tá se aumentando o patamar é ou seja eh a aumentando as variáveis hídricas Ou seja você tá tirando de
uma bacia joga essa água para uma outra bacia essa água vai servida você Aumentou a carga dessa bacia ou seja são tantas coisas tantas variáveis que não dá para ser negacionista sabe não dá Então tá faltando aonde subsidiar mais a escola e os professores estão levando isso E aí tem um grito do outro lado negando isso sabe olha só a complexidade noção né E ó o cuidado né o cuidado que a gente tem na nossa formação de levar esse conteúdo pra sala de aula e continuar isso né é o desafio tem essa questão geracional né
professora que estava falando ali durante a nossa formação né sou mais jovem aqui brincadeira nessa formação aqui a gente não via isso durante o nosso processo de formação da eu ficao imaginando o que que foram os nossos colegas que hoje estão em sala de aula ensinando isso talvez não tinha essa visão que a gente tem aqui dessa discussão que a gente tá fazendo aqui agora né E daí Ok todo Professor tem que se atualizar a gente sabe disso mas talvez Qual que é o instrumento que ele tá utilizando as redes sociais cheia de fake News
E é isso que ele vai daí depois passar lá na sala de aula eu fico hoje preocupado muito e daí eu fico vendo assim qual que é a nossa saída aí qu querendo resolver os problemas aqui né mas eu fico pensando assim a extensão né a gente precisa dar curso de formação para esses professores não é que a gente sabe das coisas mas esa aí gente olha só tem estudos que já mostram issoa forma essa semana eu dei uma eu dei uma entrevista para uma rádio local lá em Gaurama né em Erechim e minha prima
em São Paulo escutou e viu tal não sei o que ela falou assim Pedro onde tá gravado porque a minha colega do lado tava assistindo aqui e a filha dela aqui na escola disse que não existe aquecimento global que é tudo mentira falei você tá vendo a professora geografia dela né passando isso para ela daí ela ia mostrar a Live para pelo menos a menina ver a criança ver né a mãe tava preocupada eu falei pois é é isso né a gente tem um um uma uma uma questão geracional que esses professores que hoje talvez
atuam nem todos estão atualizados com algumas temáticas eu tenho certeza disso assim eu antes da pandemia assim que eu entrei na frj a gente tem um curso lá de especialização chamado saberes e práticas para Educação Básica que é um curso de eh formação continuada de professores e basicamente o público alvo são professores da da rede pública de ensino seja Municipal seja Estadual né E aí eu junto com uma colega Professora Maria Naí né lá do frj também eh e junto com a Sara que é professora do Colégio de Aplicação a gente deu uma disciplina meio
modular de geografia física né E aí a primeira aula a gente foi fazer o diagnóstico né tipo assim porque eles poderiam ter puxado outras disciplinas eles não precisavam ter puxado a disciplina de geografia física no curso de especialização ainda que a habilitação deles fosse geografia né Eh e E aí a sala lotada assim a gente fez o diagnóstico né Por que que vocês estão aqui que que vocês querem aprender né E aí assim a lista de de conteúdo o primeira lista a primeira primeira Grande campo né que eles sentiam muita muita deficiência assim muita tavam
querendo se atualizar era a cartografia e o segundo era climatologia as pessoas estavam assim professor de Educação Básica alucinados para aprender e conteúdos básicos e novas abordagens a partir da climatologia porque por um lado eles viam né a realidade se impondo imagina Rio de Janeiro né deslizamento inundação todo caus aconteceu naquela cidade eh e eles não conseguiam dar conta de de né explicar fazer as relações né de maneira qualificada então isso foi foi uma questão muito muito importante pra gente e um grande peso disso são os nossos currículos muitos conteúdos da geografia foi para Ciências
da Natureza Inclusive a gente tem um professor Peron que tá fazendo doutorado comigo Ele é professor do Colégio de Aplicação lá da ufsk e o Peron ele tava indignado porque muitos conteúdos estão em outros componentes curriculares onde a gente tá perdendo o campo para dialogar isso para dialogar essas outras questões porque faz falta desse diálogo a gente perde na educação superior rosemir eu tô departamento de geografia frj de morfologia Costeira A tá numa cidade litorânea né de morfologia Costeira é optativa Então esse é o complexo Ou seja a gente não pode ver geografia apenas como
uma vertente né uma vertente teórica epistemológica a geografia ela é muito mais Ampla ela é muito mais complexa como é que eu vou amarrar como é que eu vou responder outras questões Aqui Diante esse esse desastre né é complexo demais mas tem a ver por questões epistemológicas históricas que a gente sabe sim a gente sabe o peso que isso trouxe e a responsabilidade que nos tá dando isso né de ter que voltar uma formação continuada e trazer questões que eram base antigamente agora deixam de ser tão importantes assim e o William lembra a gente aqui
uma questão muito legal William Obrigada 5.7 bilhões do novo banco de desenvolvimento do Brick dma anuncia para reconstrução notícia boa pelo menos op Vamos ver que ard le vai fazer com esse dinheiro né vai dar na mão de consultoria tendo a URG furg vamos ver vamos então o problema sempre é gestão o que que faz com isso né pessoal olha só que papo maravilhoso e tinha e tem muita coisa para conversar muita coisa para trazer que a gente fica muito contente Pedro Muito obrigado por você aceitar indicar a professora Núbia obrigado por aceitar obrigado pela
tecnologia ter trazido vocês pra gente né porque essa disciplina ela é presencial mas diante a pandemia a gente aprendeu a usar essa tecnologia a gente observou que a gente mesmo afastado a gente se aproxima facilita bastante esse diálogo né tem essa interação aqui com o pessoal e fica gravado pra gente assistir depois e se aprimorar e fal acho que uma um próximo convite Vamos trabalhar esse tema e tal e aí para finalizar Eu sempre peço para vocês deixarem uma mensagem pros nossos doutorandos o Pedro já deu algumas dicas legais agora para finalizar o que que
o Pedro deixa de de de palavra de carinho diante a pesquisa que eles vão desenvolver daqui a 4 anos é acho que retomando então a minha fala Inicial né Gente estuda em inglês é muito importante Ah não gosto de inglês então estuda em outra língua tem o francês também né a nossa climatologia geográfica ela é muito francesa também a gente tem o nosso pé da nossa geografia brasileira né Muito francesa isso É bem interessante porque aqui eu tô vendo nesse departamento que a Geografia não é francesa é Anglo saxã então é muito diferente assim sabe
é é bem curioso isso né quando você toma essa realidade eh estuda Então acho que uma outra língua acho que isso é muito importante com relação aos estudantes que estão fazendo doutorado né saiam saiam da ufsk quando for necessário façam o seu intercâmbio dialoguem com o resto do mundo o que a gente faz o nosso trabalho é muito importante vocês têm condições de mostrar as pesquisas de vocês desse programa para outras realidades dialogar e aqui eu não tô falando Vi pro Canadá ou vi pros Estados Unidos né onde eu e anub estamos ou para Europa
Às vezes tem trabalho como a gente já teve aí né né rosemi que tá dialogando com a Argentina com Uruguai com o Chile que são realidades T vez muito mais próximas que a gente tem não precisa ir tão longe né para você às vezes falar disso né países africanos Às vezes tem uma realidade muito semelhante Às nossas né e com relação aos desastres com relação aos impactos que se tem ali né tenham paciência também porque são 4 anos a gente sabe que doutorado em 4 anos é puxado é quase uma nova formação é uma nova
formação né doutorado em 4 anos assim mas eu eu ia puxando de orelha afal né que eu sempre alunos que é do tipo vocês que escolheram tá aqui pense que vocês representa uma parcela mínima da população brasileira mínima da população mundial que tá tendo acesso a esse ensino gratuito de qualidade né muitos de vocês com bolsas que estão aí colocadas né e Vocês conseguem trabalhar um pouco isso então assim eh se dediquem a isso vocês são cientistas Eu agradeço muito aos meus alunos né do mestrado doutorado que muito do que eu sou hoje do que
eu consigo e por eu estar aqui eu tô nas costas deles assim eu falo isso para eles Olha eu só tô aqui porque eu sei que você vai aguentar as pontas do laboratório aí porque você vai dar conta da pesquisa aí então vocês são muito importantes para nós professores e se vocês tiverem a a a a ânsia né o sonho e o desafio e conseguir essa conquista de ser professor universitário que sejam mais do que os nossos colegas né sejam nossos amigos de profissão também tá a gente precisa e daqui a pouco também eu encerro
né daqu a pouco Exatamente exatamente e aqui a gente tá vendo isso né a gente tá vendo isso assim como tem demanda porque aqui se abre uma vaga para departamento de geografia é indiano é é mexicano são paquistanês tunisiano que vem por quê Porque não tem canadense que estuda eles não estudam porque é caro a universidade é paga não é simples então assim não é só à toa que hoje a gente tem aqui uma colega da UFS que a jeis é professora aqui nesse departamento sabe ela passou aqui em mais de 10 candidatos Internacional e
ocupando a vaga de geografia geografia ambiental né filha da ufsk gente né né que conseguiu Essa vaga indiana também então assim a nossa geografia é boa o que a gente faz é de qualidade tá estejam seguro disso professora Núbia que que você manda para nós gente doutorado não precisa ser sofrido a vai ser sofrido alguns momentos né Tem prazo Mas a vida é feita disso não tomem a vida acadêmica como o motivo a razão de todos os seus problemas porque o mundo corporativo tem seus problemas outros outros mundos profissionais tem seu problema trabalhar sobre o
capitalismo impõe desafios pra gente seja na vida acadêmica seja fora dela então não entendam necessariamente a universidade academia como o principal problema da vida de vocês e se vocês saírem vocês vão melhorar substancialmente porque Claro dadas as devidas proporções dependendo da situação realmente sim mas eh no geral é o nosso grande desafio é trabalhar dentro desse contexto que nos eh envolve né mas eh não precisa ser um processo sofrido busquem seus orientadores busquem apoio com seus familiares com seus AM amigos né É se possível façam terapia tá eh se preocupem de verdade assim acho que
todo mundo dependente de est na universidade eu não precisa fazer terapia Mas se vocês puderem ter acesso Eh por favor façam eh tentem tornar esse processo um processo menos doloroso um processo mais prazeroso para vocês como Pedro disse né é uma escolha pode ter sido uma escolha enfim feita por conta de um sonho pode ter sido uma escolha feita por conta das contingências da vida mas é de certa modo vocês aplicaram né Vocês Fizeram exame prova né e tal e entregaram o projeto e hoje vocês estão aqui sendo uma parte muito pequena da população brasileira
que tá tendo acesso a um diploma de doutorado a gente vive num país extremamente desigual e não acreditem muito nessa coisa de que ah o doutorado hoje não serve para nada a universidade isso aquilo porque eh não é bem por aí não a gente que veio de classe trabalhadora sabe muito bem o que isso significa ter acesso eh ao ensino superior a um grau avançado que é o caso do doutorado e e quais são as portas no mercado de trabalho né que vão se abrir pra gente em vários lugares na universidade em empresas em Instituto
de Pesquisa como semadem por exemplo que o Pedro colocou Agora inem abriu vaga outros vários órgãos abriram vaga para geógrafo para geógrafo com doutorado né Tem tinha vaga no no cnu Unificado agora até pro pro pra Funai E cbio então assim tem um todo um universo que se abre eh em função da atuação de vocês então Eh se apoiem nos seus queridos nas suas queridas né vão façam esse doutorado com seriedade com qualidade busquem diálogo busquem aprender Talvez seja um dos principais e últimos momentos assim mais privilegiados da formação que vocês têm de vocês né
para vocês sentarem e exclusivamente no caso né da vida acadêmica aprenderem se vocês vierem a ser professores vocês vão aprender mas vocês vão se dividir entre muitas outras tarefas também alguns de vocês trabalham já se dividem mas é pensem com muito carinho e aproveitem o doutorado aproveitem o doutorado de verdade é uma uma pode ser muito ruim mas ela é incrível e pode ser muito incrível OB Obrigada e antes da terapia uma caminhada de meia hora 40 minutos já já ajuda bastante faç uma atividade física vai caminhar no D uma caminhada boa gente vai a
PCA da Tainha né dá uma caminhada Quem tá aqui em Floripa galera que tá por aqui fundamental Cor na praia é maravilhos maravilhoso tá em contato com a natureza se né se reenergizar é fundamental isso gente Eh escrever não é só dentro no gabinete você tem que ir pra natureza para renovar as suas energias e uma coisa muito bacana que a gente trouxe na disciplina é isso questões teóricas questões metodológicas questões de estudo de caso é essa pegada que a gente tem com essa proposta aqui fazer pesquisas pesquisa mesmo trazer esse Rigor científico com embasamento
te emic a gente não pode deixar isso não acontecer isso tem acontecer nas teses né então por isso que eles T que apresentar no final da disciplina Aonde que tá a geografia da tese dele bo onde que tá a geografia deles por isso que eles estão assistindo aqui as lives tem que interagir tem que perguntar estamos mandando várias referências colegas também estão mandando referências Depois manda referência pra gente porque éal mostar Qual a ciência que eu tô fazendo se ele estou em Geografia Qual é epistema que ele tá trabalhando né Então essa é a nossa
eh é o nosso desafio para ficar cada vez mais sendo reconhecido internacionalmente isso a gente sabe a gente sabe mas o importante é sair é isso que é importante vocês falaram questão de sair conseguimos classificar três doutorandos para fazer o seu sanduíche dois paraa Itália e um para Espanha Não é impossível né não é impossível pode vir para cá pode vir para cá é gente eu tô que tô aqui e eu reprovei nessa disciplina que a rosemi me reprovou brigadeir CR Então tá gente um beijo Felipe Você não perguntou hoje Felipe tava aqui Felipe é
um querido é um querido Felipe do semibil eu sentido falta da tuas perguntas Felipe eu conheço ele tava na banca dele da seleção isso perfeito abraço pra galera do CB é um beijo enorme gente obrigado pela oportunidade rosemi obrigado mesmo gente ó Obrigado por representar muito bem aí nos Estados Unidos no Canadá na França mand um beijão Chico deve encontar com o Chico lá né acredito que ele vai ele tá dizendo que não mas vai vai ah eu acho que ele não aguenta mas imagina lá é professor em sorbone né dá aula lá em sorbone
Então tá gente beijo boa noite Vamos jantar beijo grande obrig tau Núbia um beijo grande beijo beijo Pedro