e como era a vida de um africano escravizado a Bordo de um navio negreiro no vídeo de hoje nós vamos conhecer um pouco mais sobre essa terrível viagem que muitas africanas de muitos africanos fizeram para o Brasil e para as Américas e E aí E aí e o Brasil é o país com maior população negra fora da África o porquê mas a menos por causa da escravidão de africanos e de africanas Mas precisamos também saber como isso aconteceu nossa conversa de hoje é sobre isso e se tem vários vídeos aqui no YouTube sobre como eram
os navios na igreja e a vida a bordo dos navios na igreja mas eu vou trazer para vocês hoje uma perspectiva um pouquinho diferente o navio que transportaria os africanos e africanas que foram capturados na África ficava normalmente esperando atracado a uma certa distância da praia quando não havia portos e Enquanto isto os escravizados eram separados em grandes barcos conhecidos como bater se eu já falei sobre isso nesse vídeo que eu vou deixar aqui no card e é preciso entender que estes navios que foram usados para traficar pessoas eram Em geral os mesmos que transportavam
cargas e também produtos e eram navios cargueiros e normalmente isso precisavam ser adaptados para transportar seres humanos enquanto a negociação EA compra dos escravisados estavam ocorrendo na praia o navio estava passando por diversas mudanças para acomodar esta terrível carga humana e para preparar para viagem uma dessas adaptações era feita pelo mestre carpinteiro que dividir o converso colocando um piso a meia altura que era chamado normalmente de forca em língua portuguesa isso deixava para os escravizados apenas de 90 centímetros a 1 metro para se instalar ali os escravizados ficavam com suas costas dobradas durante toda a
viagem o barco também era abastecido com água óleo de palma alimentos locais como inhame banana arroz e também frutas cítricas e assim que o barco estivesse abastecido Ele começava a travessia do Oceano Atlântico quando se escravizadas chegavam ao navio eram normalmente acorrentado os dois a dois com curso e tornou no vídeo de um próximo preso ao pulso e tornozelo esquerdo de ouro e eles eram colocados normalmente no fundo do porão naquele espaço construído para alocar essas pessoas este diagrama é uma descrição de um navio de escravizadas é conhecido como diagrama do bruks bruks era um
navio negreiro britânico que foi lançado em 1781 navio transportou muitos africanos escravizados na jornada brutal pela Atlântico durante todo o século 18 este diagrama ele foi criado em 1787 ele demonstra maneira desumana e Cruel pela qual essas pessoas eram transportadas você pode perceber por exemplo na figura 3 que eram verdadeiras estantes humanas e bem como a disposição horizontal eles ficavam todos deitados um ao lado do outro sem nenhuma espécie de acomodação EA brutalidade não estava somente na comoda são mas na nem já fizeram transportados os homens eram separados das mulheres e das crianças que normalmente
não ficavam Acorrentadas inclusive podiam sair no conversa Quanto mais tempo Durava travessia maior era o número de mortes entre os escravizados Porque além das doenças o anel também incêndios frágil seus e que está disse vilões o mesmo encontro com piratas ou corsários Geralmente os escravizados faziam duas refeições por dia e essa comida variável de acordo com as diferenças regionais mandioca por exemplo era muito comum e navios portugueses pratos à base de milho eram muito comuns e navios holandeses e britânicos e ningal era muito comum nos navios franceses às vezes havia feijão banana batata doce algum
tipo de fruta como pouco limão laranja e isso também era comum mas como eu já disse uma viagem muito louca o sujeito a muitos problemas e um destes era sem dúvida a falta de alimentos e água potável poderia inclusive não durar para o todo o período da viagem a travessia foi uma experiência de sofrimento e Muita confusão e podia durar de quatro cinco enquanto é mesmo seis semanas quanto mais tempo mais problemas doenças intestinais e respiratórios e devido à pouca imunidade dos africanos a doenças comuns na Europa muitos acabaram adoecendo e morrendo e também devido
à superlotação de tantos seres humanos juntos EA má alimentação e os maus-tratos algumas inclusive suicidavam E aí E aí e essa vida a bordo dos navios que transportavam escravizar foi documentada por tripulantes por Viajantes e também por escravizadas em suas memórias o meu caso de olaudah equiano o iOS e outros escravizados que relataram os seus Sofrimentos nos navios de transporte um desses relatos é o livro 50 dias a Bordo de um navio negreiro um livro que foi escrito em 1843 e traz o relato de pesca o grave rio Quem era ele um religioso protestante que
estava a Bordo de um navio da Marinha britânica chamado Cleópatra o tráfico de escravizados estava na mira da Marinha britânica e um desses vazios chegou ao Brasil em 1843 e aborda o dele subiu esse Reverendo peça o grave Rio e eles foram para a cidade de quelimane em Moçambique bom e quando eles estavam retornando de coelho emane em Moçambique ele acabou capturando um destes navios que transportavam escravizadas o nome desse navio era Progresso e após a captura do navio a embarcação foi colocada por esse navio em obra com o intuito de levá-lo até o Cabo
da Boa Esperança na África do Sul o Reverendo que oferece para ser intérprete e fazer a comunicação a respeito de cuidados com a saúde também de tratamento necessário aos africanos e africanas que estavam sobre aquele navio e ele embarca então navio Progresso a primeira noite que ele estava a bordo do navio uma tempestade atingiu e ele presenciou ali o desespero dos africanos e africanas que estavam no porão porque eles estavam lutando ali por espaço curar e pisoteando tá amassando uns aos outros ele e procurando Arno uma única abertura existente naquele porão e na manhã do
dia seguinte foi quando ele pode contabilizar e testemunhar 54 corpos foram encontrados na gado de laterais E durante toda a viagem mais escravizadas morreram doentes ou em consequência de ferimentos eu procurei o registro de viagem destinatário na base de dados do slave trade Voyage e o encontrei e pelo registro é possível ver que o navio ele saiu do Porto de Paranaguá no Brasil pegou uma tripulação no Rio de Janeiro e foi até Coelho em Moçambique e depois ele sai de Moçambique para retornar ao Brasil trazendo estes escravizados e antes de ser interceptado pelos ingleses este
navio chamava-se Progresso ele foi tomado por uma revolta de escravizadas contra a tripulação o cozido e quando o navio Progresso foi interceptado pelo navio britânico Cleópatra né ele relata o seguinte a multidão de negros com aspectos de esfomeadas tendo ficado descontrolada havia se apoderado de tudo que isso interessava na embarcação alguns com as mãos cheias de farinha raiz de mandioca em pó outros tendo quebrado no caixote segurava um pedaço de carne de porco e boi alguns pegaram aves e as devoravam corpo e para você ter ideia esses relatos demonstram as comem o racionamento de comida
saque essas pessoas eram submetidas e pelos registros é possível perceber ver que embarcaram 470 pessoas em com ele mano em Moçambique na África mas somente 270 sobreviveram a travessia até o Cabo da Boa Esperança o que este navio não chegou ao Brasil por um 114 homens e 27 mulheres e 128 crianças que chegaram a o Cabo da Boa Esperança ou seja uma mortalidade muito grande e dentro de todas essas pessoas que eu acabei de dizer 128 eram crianças a pedir 128 dos Sobreviventes eram crianças a e os homens eles não tinham idade superior a 23
anos de idade de acordo com pés do grafanil e é muito importante que você se inscreva no canal para que esta história que nós estamos desenvolvendo aqui no projeto possa alcançar mais e mais pessoas tá bom conto com você se inscreve aqui no canal é bem rapidinho e vamos continuar com a nossa história E aí e a diversos relatos de escravizados que narram esta dura vida a Bordo destes navios de escravizar um dos relatos mais conhecidos é de olaudah equiano que foi escravisado no reino de Benin que foi levado para o Caribe em 1789 foi
publicada sua autobiografia e retratava esses horrores da escravidão em um trecho do seu livro ele descreve o primeiro objeto que salgou meus olhos quando cheguei à costa foi o mar Navio Negreiro que estava então ancorado esperando sua carga isso me encheu de espanto que logo se converteu em terror quando fui carregado aborto fui imediatamente manipulado e jogado para cima para ver se eu estava são por alguns membros da tripulação quebrando aqui que ele ainda era um pequeno jovem uma adolescente quando ele foi escravizado a e agora eu estava convencido de que havia entrado em um
mundo de maus espíritos e que eles iriam me matar suas composições muito diferentes das nossas seus cabelos compridos e a língua que falavam que era muito diferente de qualquer outra que eu já tinha ouvido uniram-se para me confirmar essa crença que ser a crença de que ele iria ser morto e fato Tais eram os horrores de minhas visões e medos no momento esse 10 Mil Mundos tivessem sido meus eu teria livremente de separado de todos eles para trocar minha condição quando o escravo mais viu em seu próprio país o que é importante nós entendemos que
ele está fazendo a distinção do que era ser um servo escravizado no país dele no Benin EA condição à qual ele havia se submetido de desumanidade agora é interessante a gente fazer esse paralelo continuando quando olhei ao redor do navio também e vi uma grande Fornalha o cobre fervendo e uma multidão de negros de todos os tipos Acorrentados cada um de seus implantes expressando O desânimo e tristeza não duvidem mais o meu destino e tomado de horror e angústia cair em imóvel no conversa e desmaiei quando me recuperei um pouco encontrei alguns negros ao meu
redor que eu acreditava ser em alguns dos que me Trouxeram a Bordo e estavam recebendo seu pagamento falaram comigo para me animar mas tudo em vão de Que importante nós entendermos que a participação de atores africanos no processo da escravidão como eles foram cooptados pelo dinheiro pela ganância para capturarem esses seres humanos e os vendeiros na condição de escravizadas para os europeus oh e oh Alô Daí cuia no nariz nesse momento importante deixar isso registrar eu perguntei-lhe se não seria nos comigos por aqueles homens brancos de aparência horrível rostos vermelhos e cabelos soltos transmitir disseram
que eu não era e um dos tripulantes me trouxe uma pequena porção de licor espirituosa e um copo de vinho mais com medo dele não Tiraria das suas um dos Pretos portanto tirou o dele e me deu e eu enviei um pouco no meu Paladar o que em vez de me reviver como eles pensavam Faria me deixou na maior consternação com a Estranha sensação que produziu nunca tinha provado tal e cura logo depois os negros que me Trouxeram a Bordo o partiram e me deixaram abandonado ao desespero eu agora me envia privado de qualquer chance
de retornar o meu país Natal ou mesmo o menor vislumbre de esperança de chegar à costa que agora considerava amigável o que ele também sofreu na costa e também ficou aprisionado nas costas e até de exigir minha antiga escravidão em vez da minha situação atual que horrores de todo tipo ainda agravada pela minha ignorância do que eu deveria passar importante que ele fala que que ele tinha uma condição de escravisado em bebê mas a condição de escravizados na África como eu já falei em outro vídeo que eu deixo aqui no card era muito diferente da
condição do escravizadas e foi levado pelos europeus absolutamente distinta então a gente precisa entender isso aqui a condição status de escravizados na África de um estatuto político civil é inclusive de cidadania muito diferente do modelo de escravidão proposto pelos europeus e que os europeus levaram a cabo nas Américas continuando Não tive muito tempo para aceder a minha dor logo foi colocado sobre conversa e lá recebi uma saudação em minhas narinas como nunca havia experimentado em minha vida de modo que com a dança do fedor e chorando juntos é tão doente abatido que não podia comer
Nem tinha a menor vontade de provar coisa Alguma eu agora desejava que o último amigo a morte e aliviar se mas logo para minha tristeza dois dos homens brancos me ofereceram comestíveis e como eu me recusava a comer um deles me segurou pela mão e me deitou acho que o molinete e amarrou meus pés enquanto o outro me aceitou severamente eu nunca tinha experimentado nada desse tipo antes beijo bem no modelo de escravidão da qual ele estava na África ele nunca foi açoitado sequer nem sequer se ligou punição física e embora não estando acostumado com
a água e o naturalmente tem esse aquele elemento na primeira vez que o vi ainda assim se eu pudesse passar por cima das redes teria saltado para o lado mas não consegui E além disso a tripulação costumava nos observar muito de perto que não estávamos Acorrentados a conversa Se pudéssemos pular na água e eu vi alguns desses pobres prisioneiros africanos sinceramente cortados por tentar fazer e de hora em hora chicoteados por não comer isso de fato Foi muitas vezes o caso comigo pouco tempo depois entre os pobres Acorrentados encontrei alguns de minha própria nação o
que em pequena medida tranquilizou minha mente perguntei a eles o que deveria ser feito conosco eles me deram a entender que deveríamos ser levados para o país desses brancos para trabalhar para isso e quem tá um pouco revivido e pensei se não fosse pior do que trabalhar minha situação era tão desesperadora Mas ainda tem que ser condenado à morte os brancos pareciam e agiam como eu pensava de uma maneira tão selvagem pois eu nunca tinha visto entre nenhum povo Tais exemplos de crueldade brutal e isto não apenas para nós negros mas também para alguns dos
próprios brancos tem um outro trecho ele narra o seguinte e o fedor do porão quando estávamos na costa era tão insuportavelmente né que é perigoso permanecer ali por qualquer tempo e alguns de nós tiveram permissão para ficar no conversa para tomar ar fresco mas agora que toda a carga do navio estava confinada tornou-se absolutamente Beste limpa a proximidade do lugar e o calor do cliente somado ao número pessoas navios que estava tão lotado que cada um mau tinha espaço para se virar quase no sufocou isso produziu transpiração copiosa de modo que o ar logo se
tornou impróprio para a respiração de uma variedade de cheiros repugnantes e próxima doença entre os escravos da qual muitos morreram caindo assim vítimas da avareza imprudente como posso chamar ela de seus compradores essa situação miserável foi novamente agravada pelo desgaste das correntes agora insuportáveis e a sujeira das tinas necessárias nas quais as crianças muitas vezes caíram e quase eram e os gritos das mulheres e os gemidos dos moribundos tornavam uma cena de horror quase impossível infelizmente Talvez para mim logo foi reduzida até o ponto aqui que se julgou necessário uma ter me quase sempre no
conversa desde a minha extrema Juventude não foi acorrentado nessa situação esperava cada hora compartilhar o destino dos meus companheiros alguns dos quais quase diariamente eram trazidos ao convés à beira da morte o que comecei esperar que logo acabasse com os misérias muitas vezes pensei que muitos dos habitantes das profundezas eram muito mais felizes do que eu eu invejava liberdade que disputavam e muitas vezes desejava poder mudar minha condição pelo deles todas as circunstâncias com Que Me deparei serviram apenas para tornar-me o estado mais doloroso e aumentar minhas apreensões em minha opinião sobre a crueldade dos
braços e São dos trechos relatados olaudah equiano é um homem africano que desde sua adolescência foi escravizado em Berlim e depois vendido e escravizado pelos europeus e levado para o carinho a sua trajetória foi narrada neste livro dele aqui eu vou deixar aqui também link nas inscrições caso você queira Lilo você pode também adquirir o várias livrarias é muito fácil você encontrar este livro nos traz a narrativa da vida de uma hoda e kuyt ano e Existem muitos outros livros de escravizadas conta Stories eles próprios narraram sobre esta travessia eu trouxe para você no vídeo
de hoje duas perspectivas de como foi essa viagem primeira perspectiva foi do Reverendo pesca o gráfico em rio que são Reverendo protestante que embarcou no navio da Marinha britânica e capturou um desses navios que transportavam escravizados saindo de coelho emani na no Moçambique e acabou levando eles para o Cabo da Boa Esperança e lá tu também eu deixo o link aqui na descrição está em inglês você tem alguma facilidade consegue fazer uma tradução você consegue fazer uma leitura legal deste livro também e o outro relato foi o relato da própria experiência de uma escravizado e
foi transportar a história da África não é feita apenas na história dos grandes reinos mas a escravidão é um processo que afetou a sociedades africanas e se você quer entender história da África é preciso entender o processo de escravidão como ele se deu o que aconteceu inclusive chama atenção aqui para um fato muito importante eu quero que vocês pensa em bastante o primeiro navio da como referimos somente por limane ele saiu com 470 pessoas sendo que a maioria eram homens jovens com idade máxima de 23 anos e 180 crianças ou seja eles não só destruíram
e a capacidade produtiva de uma sociedade mas também a possibilidade de um futuro O que as crianças nem elas foram copiadas e serem escravizados importante nós percebemos como a escravidão impactou a sociedades africanas e seguido da escravidão veio o processo de colonialismo e foi tão perverso quanto e para entendermos as sociedades africanas precisamos compreender este fenômeno a forma correta impactou e definiu de forma brutal ao destino de muitas sociedades africanas não somente pelo processo de realização mas também pelo colonialismo predatório que foi praticado pelos europeus no continente África África tem muitas histórias algumas delas são
tão tristes que parece que nós não deveríamos nem falar nelas é mas nós não podemos esquecer do conselho do velho e sábio Historiador que a função do Historiador lembrar sociedade daquilo que ela quer esquecer tudo tem história a África tem escola e apesar e dolorosi essa história que contei hoje porque compra ela para você ver E aí E aí E aí E aí [Música] E aí [Música]