Boa tarde a todos! Sejam muito bem-vindos para mais um Caravelas Podcast. Hoje, eu tenho a honra de receber o Padre Vandra, que gentilmente aceitou o nosso convite. Antes de iniciarmos com a nossa conversa, somos patrocinadores da Demos Auria, sempre bons livros católicos. E, você que não sabe inglês, faça logo o curso de inglês do Jonas Bessan Vinhos! Se você quiser encontrar bons vinhos, temos aí na Florence Vinhos, a nossa Editora Caravelas. Nós lançamos dois títulos contra a Revolução Francesa, do ponto de vista de criticar, e, obviamente, vamos ter novos lançamentos aí no futuro. Aguardem!
A nossa escola Caravelas agora está com as vendas no perpétuo; as promoções já se encerraram, mas as vendas continuam agora no preço cheio. Muito bom! Muito obrigado por estar aqui a nosso convite. Fico muito feliz com a presença do senhor aqui, Marcelo. — Eu que agradeço estar com você, que já o tenho como amigo, e aos que o acompanham, o seguem nesse trabalho formativo que já ganhou um alcance tremendo, não é? — Sim, graças a Deus! Muito bom. O senhor teve uma live, né, que eu, aliás, assisti com o Padre Mur. O senhor poderia contar
um pouco dele? Como é que o senhor chegou a ele? Como é que o senhor vê o trabalho do Padre Mur? — Claro, Marcelo. O Padre H. Charles Teodor Mur é um sacerdote norte-americano que está, se eu não me engano, desde 1950, já um ancião, com seus 70 e poucos anos, 73, 74. Ele é mais ou menos, vamos tentar entender. Imaginem as testemunhas oculares, né? Quando nós temos alguns textos sagrados inspirados do Novo Testamento, particularmente São João, que toca muito nisso: "aquele que viu dá testemunho". É um pouco, guardando total proporção, um pouco do que
nós podemos dizer do Padre Mur, assim conhecido em todo o mundo hoje, já muito conhecido, porque ele foi e é testemunha ocular de uma época de eventos que são significativos se nós pensarmos na história recente da Igreja, e que ele acompanhou, ele viu tudo isso de perto. O que acontece é que ele residia no Colégio Franco-Canadense de Roma, e ali ele teve contato com um homem que irá marcar, um arcebispo que residia também no mesmo colégio e que irá marcar a sua vida. Já falaremos sobre isso. Como conheci o Padre Mur? Certa ocasião, investigando sobre
o tema da infiltração, sobre a relação da Santa Sé com a maçonaria — infiltração mesmo, não da Igreja, mas do organismo governamental vigente, da estrutura oficial com a infiltração maçônica — eu chego a uma conferência, mais do que uma conferência, a uma live que o Padre Mur fez com um canal de língua hispânica, muito conhecido de todos. Se me permite, posso citar à vontade: o canal do Luiz Roman, "Conoce, Ama e Vive tu Fé". Muito bem! Ali eu fui ter contato com o trabalho do Padre Mur, que à época acabara de escrever um livro, que
já está traduzido para o espanhol e já com outras tiragens. Esse livro, de alguma forma, vai trazer uma avaliação, uma abordagem de época de uma determinada situação que vale a pena tentar entender. É um pouco impactante o tema, porque trata da infiltração maçônica, e vai tratar — é um tema que eu reconheço já de antemão, no início da nossa conversa, que eu não sou especialista, realmente não sou, não tenho essa ilusão — que é o tema da vida de João Paulo I e de muito bem o que se passou com João Paulo I. Depois fui
ler, fui acompanhar outras conferências. Ele escreve uma obra que não sei dizer como está em inglês no original, mas em espanhol é "Assassinato no 33º Grau", se não me equivoco. E o Padre Mur, tipicamente, embora tenha tido contato com o mundo hispânico muito forte, isso deixa notas na forma de conviver, né, Marcelo? — Claro! — Ele abstrai muito disso. Ele morou muito tempo no México, foi pároco, deixou um orfanato, um homem de almas, um homem de apostolado, um sacerdote zosimo. O que acontece é que, por ter sido a testemunha ocular num determinado momento, ele afirma
que sua consciência exigia que ele desse testemunho da verdade diante da situação que não é qualquer situação, mas extremamente delicada, pela qual passamos e que a Igreja enfrenta nesse momento. Então, ele resolve escrever a obra quase que como uma memória, quase que como um tombamento, uma memória viva: aquele que viu, dá testemunho. Mas, por que? Porque ele escreveu dois livros, "La Madrina" — a madrinha, a Mari Pascalina, a secretária de Sua Santidade, o Papa, foi a sua madrinha de ordenação. Ah, foi a madrinha! Foi a madrinha de ordenação, quer dizer, essa madrinha de ordenação, tenham
cuidado — não se pode ser senão um sacerdote — mas ela era uma espécie de intercessora sua, certo? Entre aspas. E, mas a sua obra vai dar projeção para ele no cenário internacional como uma crônica viva de eventos históricos que tiveram importância e relevância sumária na Santa Igreja. E a história, por essência, vai dar no "Assassinato no 33º Grau". O Padre Mur mais tarde vamos falar muito disso aqui, mas ele realmente vai ao México, missionário. E hoje, Marcelo, ele reside na Espanha. Se não me engano, ele mora em Sevilha, mas mora numa cidadezinha. Numa pequena
cidade do interior que está dentro do território da arquidiocese de Sevilha, Sevilha virá ao Brasil, se me permite, virar o Brasil agora, no mês de novembro, onde será um dos conferencistas da Liga Cristo Rei e do Fórum da Liga Cristo Rei. Então, muito bom! Um preâmbulo ao Palur. Depois, fizemos amizade; fizemos amizade, somos hoje amigos. Não é que é todo dia, mas nós falamos. Ele ficará hospedado na casa do Marcelo quando vier agora para o Fórum da Liga. Nossa, ótimo! E quem sabe você esteja lá conosco para conhecê-lo. Deu uma passada ali em casa. Vai
ser um prazer, uma honra. Ele vem sendo solicitado para contar um pouco da história, que é uma história não de derrota, mas da expectativa do triunfo de Cristo. Fizemos uma live, Marcelo, há um tempo atrás. Tem quanto tempo? Uns dois anos? Isso chega a ter dois anos? Um ano? Um ano e meio? Foi em agosto, se eu não me engano, de 2023. Ah então, um ano! Um ano! Agosto de 2023. Essa live repercutiu muito, porque ele é muito, muito simples na forma como se exprime, como fala, como expõe os fatos. É isso, a priori, é
isso. Agora, o que cerca a história do Palmor? Quando esteve em Roma, ele secretariou Marcelo, um arcebispo franco-canadense de língua francesa, só para que compreendam, chamava-se Édouard Gagnon. E esse homem havia sido incumbido pelo Papa Paulo VI de fazer o levantamento de todos os possíveis oficiais maçons infiltrados na Cúria Romana. Existiam, sim, existiam. Isso não é, já não estou descobrindo a América alguma, não? No século XIX, também tinha aquela famosa lista de filtrar. É uma coisa que já vem de longa data, né? Isso, sim. Nós já veremos, Marcelo, que na segunda metade do século XIX,
quando a alta venda se reúne para, realmente, e isso não é teoria da conspiração, não! Isso está em atas, isso está em documentos abundantes de historiadores sérios que remontam aos eventos, quando a Fas se reúne para pensar, de fato, num plano prático e objetivo para infiltrar a estrutura governamental, a estrutura jurídica temporal da Santa Igreja. E ela toma algumas decisões graves, e passava por fragilizar o clero. O que nós temos que entender é que isso foi posto em prática na segunda metade do século XIX, ou seja, a partir de 1850, no tempo do Pio, né?
Pio... Pio era, a priori, sabemos que era um simpatizante das ideias liberais, que tinha até membros... Uma coisa que eu quero deixar claro, desculpem, nós vamos ir e voltar, e o Marcelo vai realinhando, é parte disso, mas sem deixarmos pontas de fio soltas. Ah, uma coisa que tem que ficar clara para contar a história do Pad Mur e a história da infiltração: não há documentação que comprove, e não há mesmo, a pertença de um Romano Pontífice sequer a uma das lojas maçônicas. Não existe, não é, Marcelo? Não, não tem. Há documentação que diga? Ei, ponto
tem? Não! Não tem. Você tem bispos, você tem cardeais, você tem arcebispos, você tem muitos sacerdotes... dos Papas, nenhum. Você tem, claramente, Papas que foram anuindo, foram já muito infectados por ideias progressistas. Eles foram anuindo aos ideais revolucionários da maçonaria, no fundo, no fundo, os mesmos ideais liberais que combinaram nas revoluções modernas, com o ápice na Revolução Francesa, da qual você é um expert no tema, não? Imagino... não sou expert! Você é um expert no tema, Marcelo. E fato é que sim, eram, eram, eram... podemos dizer simpatizantes e até entusiastas de algumas dessas ideias. E
o ápice é com João XXIII e com Paulo VI, que eram liberais, mentalidade... dizer assim, liberais de carteirinha, assim, de carteirinha, né, nas suas ideias, só que não afiliados a nenhuma loja. Isso não tem como... se aí nós teremos de forçar mesmo a barra se quisermos dizer que eles tivessem filiados a alguma das lojas. Não! O que acontece é que a infiltração tomou território e foi sendo feita programaticamente. Quando Roncalli, o então Cardeal Arcebispo Patriarca de Veneza, o futuro João XXIII, ele é eleito, é claro que a amalgama, a carga de ideais liberais que ele
trazia em si vão com ele para o trono de Pedro, não vão, Marcelo? Vão, né? Infelizmente vão. Infelizmente vão com ele para o trono de Pedro, e um pouco mais grave ainda será com Paulo VI, que será mais intensamente, até porque teve mais tempo. O próprio nome dele, três, é estranho porque é o nome de um antipapa, né? Exatamente! E é o nome que está lá no romance do Will, Santo, ligado ao grupo do Bonaiuti, toda uma turma com péssimo histórico. O Ernesto Bonaiuti, que era seu amigo, acho que de turma de seminário, né, Marcelo?
Se não me esqueço, se não me engano, que se reencontraram em Paris. Bonaiuti foi expulso do ministério sacerdotal, para mim, pelo maior Romano Pontífice da história, a exceção de São Pedro, que foi o grande São Pio X. Quando começou a identificar, já naquela época, né, Marcelo, os maçons, ele criou uma polícia interna para fazer a identificação dos maçons e um dos que, claramente, esse sim, esse não era só um liberal de ideias, esse era um filiado, era o padre Ernesto Buonaiuti, que vai ser expulso do clério, que era amigo pessoal do João XXIII, né, do
padre Roncalli. Depois vão ficar amigos. É interessante um episódio, Marcelo, que... Conta isso de alguma forma, é o autor de autoridade e pode se complementar com outras fontes. Mas ele é sério que é o, o, o, oh meu Deus! O que escreveu "A História Não Contada do Vaticano II", Professor Roberto de Mattei. Ah, o De Mattei! Certo, é o De Mattei. O De Mattei conta que o Bonut chega à Nunciatura Apostólica da Santa Sé em Paris, último estágio de Roncalli antes da, da, da, da Veneza. Era Sófia, né, Marcelo? Ele sai de Sófia para Paris,
e de Sófia, na Bulgária, e de Paris para Veneza. Então, diz que eles se encontram. Você com certeza leu. Lembra-se, Marcelo? Que não lembro. O Bonut está na Nunciatura de Paris e o Bonut fala para ele: "Com Cali, nós vamos conseguir alterar a Constituição da Igreja e nós vamos fazer triunfar os nossos ideais, os ideais maçônicos." Não é? Ah, os ideais maçônicos, cujo expoente máximo foi na Revolução Francesa. E, e, e Roncalli, todas as Nunciaturas, todas as Nunciaturas marcelas, nas tinha um trono, um trono, uma cadeira, simbolizando o governo dos Romanos Pontífices. Era um símbolo
mesmo, cercadinha, direitinho. Aí diz que abre-se ali o cercado. Roncalli abre e diz a ele: "Senta aqui." Era uma imagem, não era? Era um símbolo, né? Um símbolo bem forte, senta aqui. Era bem forte, né? Toda a malvadeza de ideias que ele representava. Voltando ao padre, ao padre, por causa da infiltração que fizemos. Esse preâmbulo é importante. Colocar esses preâmbulos para quem está chegando agora ter um pouquinho de materialidade, senão pode ser que não entenda nada. O que acontece? O Arcebispo Ganon, estranhamente, mas ele é incumbido pelo Papa Paulo VI de fazer o mapeamento dos
maçons. Poderíamos ir longe demais, não dá para saber por que Paulo VI era simpatizante dos que fazem essa lista. Por que ele quer fazer uma lista? Era um pouco de proteção a si próprio, talvez. Deixa eu ver o grau de exposição que se tem dos dossiês oficiais maçônicos, se eles estão sendo rastreáveis ou não. Aí vai ser muita coisa. É mirab, muito exatamente. Não dá para entrar no interior dele, se havia uma retidão em tentar talvez dar uma guinada. Não, não vamos por aí. O problema é que o Arcebispo Ganon era um homem reto e
ele tinha sido sinalizado por outros dois cardeais internos da Santa Sé: o Cardeal Stafa e o Cardeal Od, que ocupavam postos significativos dentro do Vaticano. Eu sempre confundo os postos dos dois, viu, Marcelo? O que era Secretaria de Estado, que era, mas não importa. Não era o Viotti que era o secretário de estado ou foi depois o Viotti? Agora não me lembro, realmente. Pode ser o secretário de Paulo VI era o Viotti. Eu também agora já confundi, já confundi. Mas o Cardeal Od e o Cardeal Stafa tinham posições relevantes dentro da Santa Sé, relevantes. E
o Cardeal Stafa chega a Paulo VI e realmente reforça a posição de que era preciso enfrentar a infiltração, que já estava bastante dilatada. Mais tarde se saberá que, só para se ter uma ideia, um desses membros, dos quais já falaremos, Marcelo, tinha um dossiê sobre toda a sua atividade junto à Interpol, a polícia internacional. Um desses membros da infiltração, já chegaremos nele. Bom, o Arcebispo Eduard Ganon era um homem reto. Conta o padre Mur, que era um homem de ótimas exposições, um católico fervoroso, um sacerdote mesmo do Altíssimo, um homem de piedade, um homem de
valor. Mas, Marcelo, é um pouco do nosso erro, um pouco ingênuo. Ah, tá um pouco ingênuo. Não é ingênuo? Que pena! É que, assim, para algumas questões, não dá para ser ingênuo. E o que houve? Ele mapeia uma lista, segundo o padre Charles Moore, tá bem? Ele é a testemunha. Uma lista que trazia em torno de 111 membros, 115 membros. E houve um erro. Isso dá dois volumes, dois volumes, dois volumes máximos. O dossiê, já imaginou? Um dossiê de dois volumes parrudos que ele manda imprimir. Ele encaderna. Olha, foi um trabalho sério. Então, trabalho sério,
um trabalho sério para entregar nas mãos de Paulo VI. Só que o que acontece? O jornalista italiano, que tinha uma lista sobre a qual ele se apoiou muito, chamava Mino Corelli. É Mino, acho que é Mino Corelli ou Mino Pecorelli, né? Pecorelli, Pecorelli. Muito bom, Marcelo. Esse, essa lista era na verdade do jornalista Mino Pecorelli. Mino já é um diminutivo, um apelido, né, que Marcelo... Bom, o que se tem é o fato de que, dias depois da, da publicação no jornal italiano, não me lembro se era o Corriere, ou se era o seu principal concorrente,
La Stampa. Mas fato é que o Pecorelli morre, morre, morre assim misteriosamente. Foram plantados nomes que não eram de fato. E essa foi a ingenuidade, Marcelo, do Arcebispo Ganon, do Monsenhor Ganon. Ele coloca junto nomes que eram e nomes que eram, sem perceber que esses nomes foram colocados junto de quem não era, para criar uma cortina de fumaça. Quer dizer, quando você mescla os que são com os que não são, a lista já perde autoridade total. Totalmente. Porque, afinal de contas, se todos não são, quem é? Essa é a pergunta, não é? Exatamente. A lista
já está desacreditada e acho que Paulo VI tinha sido alertado disso, que havia uma transposição de listagem do Pecorelli para o dossiê. Não que foi só... Is sentar e colocar. Ele investigou o Monsenhor Ganon. Investigou, mas o fato é que o dia da entrega do dossiê marcava o dia da entrega do dossiê. Ah, quem dirige um desses Fiats velhinhos, mais ou menos como aquele antigo 147? Aquela caixa de fósforo horrível, né? Que quase não se trocava de marcha, né? Foi o padre Charles Moore. O Monsenhor Ganon já era sacerdote há treze anos, se eu não
me engano. Marcelo ainda o chama e diz: "Olha, me leve à Santa Sé, eu tenho que entregar um documento ao Papa." Diz que ele tinha um semblante um pouco carregado, mas o Monsenhor Ganon estava feliz. Ele sobe e diz que põe os dois volumes na frente de Paulo VI. Paulo VI fala para ele: "Pode levá-los." Ele disse: "Mas Santo Padre, o senhor me os encomendou, não pode levá-los." Estou velho, estou doente e isso fica com o meu sucessor. Não quero saber disso. O fato é que Marcelo foi, em que ano isso? 78, no ano da
morte dele, três meses antes. Três meses após esse encontro entre o Monsenhor Ganon e Paulo VI, ele falece. Ele já estava doente há uns 7, 8 anos, não é, Marcelo? Muito doente, muito, muito doente, doente mesmo, se arrastando, debilitado fisicamente. Mas o fato é que o Monsenhor Ganon desce e diz que entra no carro enfurecido. Marcelo, enfurecido, chateado. O padre mur no volante da caixinha de fósforo, e o padre disse que a única coisa que passava pela cabeça era: "Fica quieto, não abra sua boca, não deixa." Ele disse que ele vociferava, batendo no volante: "Não
quer, não aceita, não entende." E o padre falou: "Deixa eu ficar quietinho e a coisa passa." Paulo VI faleceu, conta o padre mur. Falece e é eleito o seu sucessor, Albino Luciani. E Albino Luciani torna, dizer, não sou especialista, mas já estava... Duas coisas que me parecem que ficam claras: Marcelo, sem romantismos e sem conspiracionismo, ele já era um liberal de mentalidade. Tudo bem, tá claro. De ideias extremamente liberais, ele já era de linha de nova teologia e já tinha bebido de todas as fontes contaminadas, né? Da alteração teológica, da compreensão da revelação, da mudança
incondicional da compreensão da revelação, de uma outra infiltração que ela está unida à base da infiltração maçônica. Nós vamos entender isso depois, a infiltração maçônica-judaica, isso não há dúvida. Tá bem, você modela aí. Mas o fato é que o padre mur, eu só estou me fiando nele, dizia que João Paulo I era extremamente reto, mal formado, já contaminado nas suas ideias, já era um modernista de concepção lógica, de cosmovisão. Não era uma pessoa desonesta; ao contrário, extremamente reto. Existe isso, não é? Extremamente reto, tanto é que, quando ele é eleito, o problema é que esses
filmes de Hollywood fazem um desserviço, seja Hollywood norte-americana, seja Hollywood italiana, as Raízes da Vida e companhia. Fazem esses filmes que não ajudam em nada, que são péssimos, né? Marcelo, são péssimos. Como historiador, você sabe. Eles inventam, por exemplo, uma coisa que nunca existiu. Eu acho que é bom pôr alguns elementos para colocar luz na inteligência. O encontro do padre Karol Wojtyła não tem nada a ver, mas tem tudo a ver. O encontro do padre Karol Wojtyła com Padre Pio em San Giovanni Rotondo nunca existiu. Jamais houve aquele encontro, que o Padre Pio teria dito
que aquele sacerdote teria de ser recebido, porque ele seria o futuro Papa. Marcelo, os dois nunca se encontraram. Não há um único documento de ata de tombamento em San Giovanni Rotondo que mencione isso. Quer dizer, isso é criação cinematográfica, e as pessoas acabam acreditando, né? A cinematografia sobre João Paulo I, sobre Paulo VI, sobre João Paulo I não tem jeito; ela é narrativa construtivista, mesmo para criar uma imagem de uma figura. Agora, João Paulo I era um homem muito reto. O fato é que, quando ele assume o pontificado, ele pede a presença do Monsenhor Ganon,
e o Monsenhor Ganon vai dizer para ele: "Agora chegaremos." Segundo o próprio Cardeal Estafa, ele só tinha uma chance de o pontificado dele dar certo: era limpar a cúria. Marcelo, palavras do padre mur, hein? Tá bem, filme nele. E ele não era qualquer coisa; era dar certo. Era limpar a Cúria Romana da infiltração, e o chefão da infiltração tem um nome, Marcelo: era o prefeito da Sagrada Congregação para os Bispos, o Cardeal Sebastiano Baggio. Até tem aquele jogador de futebol italiano, né? O Roberto Baggio, muito famoso nas décadas de 80 e 90. Durante dez anos,
uma década à frente da Congregação para os Bispos, ele nomeou 80% de bispos ordinários revolucionários. 88%! Lembrando que nessa época também era o tempo do Casaroli, que fez aoste politique; também foi terrível, terrível, terrível. A chave, Marcelo, entre nós, não quero nem... A chave são os secretários de Estado, tá? Que é o ápice da carreira diplomática. Mas nos secretários de Estado se entenderá muita coisa. Todos eles... Mas não teve praticamente... Olha, tivemos um santo como secretário de Estado. Um santo de fato, não canonizado, mas de fato um homem santo, o cardeal espanhol Rafaelo de Grandioso.
Mas depois você vai pegando os nomes que você quiser, né? O de Leão XIII antes era muito ruim, Gaspar, né? Gaspar. E o Rampol? Rampol quer dizer Rampol. O Gaspar vai ser o de PI1, não é? O Rampol é Gaspar. É que eu me troquei. Não os dois, mas os dois estão tudo ali. Está tudo ruim. A Chaves são secretários de estado, mas o fato é que os secretários de estado dessa época já eram todos terríveis. Depois, entre nós, SLd, não será muito ruim. E já está, né? Os seguintes também serão muito ruins. O Casaroli,
o Casaroli, né? Há menos de 30 moedas de prata, viu? Há menos de 30 moedas de prata. O padre Mur fala do Casaroli. O Casaroli era um daqueles que, bom, fazemos qualquer negócio. Desculpa, entende, né? É a diplomacia. Bom, voltemos ao bão. Isso, vamos lá. Localizaram... tinha um nome. Esse é um que tinha um Masel. Vou pedir uma prudência sua: que tente frear os cortes, depois os recortes dessa live. Você consegue frear isso? Não, não permita, não, viu? Senão, depois, eles ficam recortando, pegam um trechinho fora de contexto, trechinho para soltar uma bomba, para ganhar
like e assim vai. Aí nos... né, mané? Isso no seu domínio, tá bem? No domínio do seu canal. Ah, bão! STF alertou que ele estava na Interpol. A Interpol tinha um dossiê gravíssimo. Essa é a prova da divindade da Igreja. Marcelo, a Santa Igreja Católica só sobrevive a esse tipo de ataque do maligno porque ela está penhorada pela promessas de nosso Divino Salvador, Senhor Rei Eterno. Ela já tinha sido devastada, destruída faz tempo. Ela resiste à infiltração e as portas do inferno não prevalecem contra sua Divinidade. 80% de bispos de índole liberal, que depois vai
culminar na impulsão da teologia liberal na América Latina, que será a teologia da libertação. Ela não antecede a teologia liberal; ela é um filhote já da teologia liberal. E João Paulo I faz uma pergunta para Monsenhor: "Senhor, ganhou primeiro?" Ele não quer mexer. Então, o Senhor ganho diz a ele: "Então, o senhor me envia de volta o Canadá que eu vou rezar e vou escrever pela Igreja." Ele falou: "Me deixa rezar um pouquinho." Depois, questão de dias. Depois, São dias, porque nós estamos falando de um total de 33 dias. Foi tudo fulminante, né? Tudo muito
rápido. Marcelo, dias depois, o Papa João Paulo I chama o Monsenhor e diz: "O senhor me ajuda." E o Monsenhor diz: "Ali, Santo Padre, estou aqui para isso, até o fim, para o que o senhor precisar. Pode contar." Então, nós vamos fazer. Só que tem um detalhe, Marcelo. João Paulo I já estava enfrentando a questão do Banco Ambrosiano, né? Do Ambrosiano. Lembra-se de quem era o presidente do Banco Ambrosiano? Não era o Monsenhor Pulmar Cincos? P. Mar Cincos, exatamente, de Chicago, lá dos Estados Unidos. Fala em Chicago... Uhum, quando se fala Chicago já sabemos naquela
época. Então, naquela época, né? E depois, toda a escola liberal, do pensamento liberal no sentido mais estrito, floresceu por lá abundantemente. Fora toda a questão da máfia, né? Bom, o fato é que do dossiê que ele solicita sobre a posição do Banco Ambrosiano, você sabe que a Igreja diviníssima para resistir a essa coisa toda, Marcelo, o dossiê trazia, por exemplo, que dinheiro da Providência Santíssima para financiar a manutenção da Igreja e as obras pontifícias era investido na maior fábrica de preservativos do mundo, exatamente. Não era? Tinham ações em tudo quanto é lá. Tinham ações da
Boeing, de um monte de empresas e também indústria farmacêutica, desse nível. Isso foi triste. Farmacêuticas, farmacêuticas desse nível. É bom. Dois flancos atacaram João Paulo I. Ele parte para cima dessa situação. Eles vão querer se apegar nisso para somente ver a coisa do prisma material. Não é material. Isso aqui tem um fundo sobrenatural. E, enfim, ele vai enfrentar o prefeito. O padre, só uma parêntese, o padre Mur, ele fala do que o então Cardeal de Veneza, Albino Luciani, tinha quase brigado com o Cardeal Viot. Então, Marcelo, eu acho que ele comenta alguma coisa, quer trazer
o... É, então, segundo isso aí, se não me engano, tá naquele livro que eu comentei com o senhor, do David Alup, "Em Nome do Pai". Vale muito a pena ler. Ele conta que Albino Luciani, enquanto era Patriarca de Veneza, tinha descoberto esses desvios no Banco Ambrosiano e foi tomar satisfação lá no Vaticano. E foi recebido pelo Cardeal Alvi, que então começou a dar desculpas. Ele não acreditou e dizem que eles quase saíram no tapa, né? Imagina, porque estavam dois italianos e um era honesto, ouvindo Luciani e o outro parecia que nem tanto. E aí, então,
quando o Papa Albino Luciani assumiu, se tornou Papa, né? João Paulo I. Ele já estava com essa ideia do Banco Breno na cabeça. Já, já tinha... ele já sabia que tinha coisa errada. Já tinha um problema em enfrentar. Não, Marcelo, não. E Marcelo e o Viot foi muito ruim. Foi muito ruim. Não, bom, voltemos ao bão. Enfim, João Paulo I toma uma decisão, mas é que não sei, Marcelo, para mim toda meia medida termina desastrosa. Quer dizer, ninguém exprime um tumor pela metade, retira um tumor pela metade, um gango pela metade, um abcesso pela... ou
você tira inteiro ou ele vai continuar produzindo putride, não é? Necrose, não é? Ele chama a derradeira noite. Ele liga de manhã na oficina da Sagrada Congregação para os bispos e pede para falar com ele. De manhã, pede para falar com o Cardeal. Bate, o Cardeal atende. Isso, o PMUR narra, ele atende e o Papa João Paulo I diz a ele: "É, Eminência, o pronome próprio dos Cardeais, né? O senhor compareça, por favor, aqui ao meu Ofício, ao Palácio Apostólico." É o Papa. Ponto. É o Papa, não é? Sabe a resposta que ele recebeu? Marcelo,
"Ah, não, Santo Paulo! Eu estou muito ocupado." Não, isso não se responde por um Papa. Não existe. "Se eu tiver no meio de uma reunião, acabou. A reunião acabou aqui agora." "Vai". É claro, é isso, né? A reunião acabou aqui agora. O Papa está chamando. O Papa, "Eh, depois do almoço tomamos um café." Não, eu estou com meu dia muito complicado. Então, João Paulo I entendeu o recado e diz assim a Marcelo: "Para ele, ah, está no assassinato, viu? No 33º dia. Então, Eminência, à noite, às 20:30, no meu Palácio Apostólico. Tchau. Não estou pedindo
mais. O senhor vem aqui hoje?" Bom, vamos parar um pouquinho aqui. Isso porque nós... é tudo muito curto. Nós andamos 30 dias com 15 dias de pontificado. Marcelo, ele havia recebido, ele, João Paulo I, chega uma peregrinação de católicos de rito oriental, ucranianos católicos como nós, só mudando o rito. Uma peregrinação a Roma e ela estava acompanhada de um arcebispo ucraniano, Nicodim. Pronto, Nicodim quer falar um pouquinho do que aconteceu? Não. "Sim, eu falo." "Sim, falo do Nicodim." Ah, ele solicita uma audiência com João Paulo I. Se em Roma, sempre respeitou e tratou com muito
zelo os bispos. Sempre respeitou e tratou com muito zelos os bispos. O que que acontece? Marcelo, ele conseguiu junto ali à Secretaria de Estado aquele protocolo. Ele solicita a audiência imediata e claro que sai. Sai o arcebispo. João Paulo I recebeu e chamou para tomar o cafezinho, o chá no jardim. E o fato é que, contando isso, te arrepia, Marcelo, que os dois iam ser 15 minutos, é o que é possível, não? Mas atendido o pedido, o mordomo serve os dois. Eu não sei o que que acontece de troca ou não de chazinho, né? Do
chazinho. Ou se... eu sei que o arcebispo deveria ter esperado o Papa fazer primeiro o movimento, né? Mas ele avança e ele já vai tomando. E Marcelo, ele caiu morto. Caiu morto. Imediatamente. Agora, tem um detalhe. Para os Papas, a prerrogativa de que não há necropsia por causa da sacralidade deles. Para o arcebispo, não. E a Secretaria de Estado emite imediatamente uma nota para que ele não fosse necropsiado, que se vedasse o seu féretro, o seu caixão e o seu ataúde e ele fosse enviado a sepultamento imediato ao chegar na Ucrânia. Para sepultamento imediato. Aquilo
abalou João Paulo I e acredita, o padre Mura acredita, o padre Mura acredita, Marcelo, que esse evento vai terminar de infundir em João Paulo I a fortaleza necessária. E que o padre Mura fala desse Nicodim lá do acordo de Met. Então, quer referenciar um pouco? Não pode falar? Não, ele não. Particularmente, ele não entra no tema, mas acho que valeria explanar um pouquinho. Valeria, porque justamente o acordo de 60 foi. Tinha de um lado o Cardeal Cheran e, de outro lado, justamente o Nicodim. E naquela época, ele era de São Petersburgo, né? E ele era,
ao mesmo tempo, um agente da KGB e, ao mesmo tempo, Patriarca lá de São Petersburgo. Os dois assinaram o acordo no qual a Igreja não ia condenar o comunismo. No consolo do Vaticano, i comun? E essa mesma figura vai lá com o Papa depois e morre misteriosamente. Misteriosamente, está aí e muito bem sepultado imediatamente. Isso, o acordo de Metes é um tema... é um tema importante. O Marcelo traz à tona, porque foi onde se acordou que o João... que o comunismo não seria condenado. Não seria condenado. Que o Concílio tinha o dever de tê-lo condenado,
né, Marcel? Todos os Concílios da história sempre se condenou o erro da época e o erro era o comunismo. Era o comunismo, já nem mais o liberalismo, que já tinha gerado as suas metástases, não era comunismo. A mortandade na China de Mao, né? A União Soviética de Stalin e a Cuba de Fidel Castro. Vai embora. Vai embora. Depois, nós tivemos a hoste politique, né, do Casaroli. O senhor sabe que quando o Ronald Reagan, que já na época do João Paulo... Só uma curiosidade: do Casaroli. Mandou o Cas, que era um emissário do Ronald Reagan, para
falar sobre o comunismo e, junto com o João Paulo I, para vencer o comunismo, o Case encontrou com o Casaroli. E o que ele diz? Como Casaroli? Ele falou: "Esse homem não é confiável, não gostei de conversar com ele. Ele parece um simpatizante do comunismo." Essa é figura do Casaroli. Lembrando que... um outro parêntese aqui, desculpa interromper, é que nessa política é pouco comentado que houve um balcão de negócios enorme na Itália. Ah, o Nixon fez a detente com o Brezhnev e houve um grande investimento no leste europeu, na União Soviética e em países como
a Polônia, Checoslováquia. E a Itália entrou no meio. Entrou no meio. O Vaticano chegou a investir numa fábrica de cerâmica na Hungria, para você ter uma ideia, na Hungria soviética. Na Hungria soviética, e muitos passaram ali por gente ligada à Igreja, gente ligada ao grupo Fiat. Do Aelo, porque lá na Itália é tudo misturado. Gente sabe: é máfia, empresariado, essa infiltração. Masira, é tudo misturado. Se você puxar o fio, se você puxar o fio, vai ter gente dentro da igreja, gente ligada à máfia, gente ligada à imprensa, à indústria. Então, ali, a Itália se tornou
um grande balcão de negócios e investimentos no leste europeu. Daí, talvez, a má vontade de certos setores de falar: "Opa, não podemos acabar com o comunismo, que não estamos rendendo dinheiro com ele". Bom, mas aí, só um parêntese, desculpa interrompendo, não. Excelente. E, Marcelo, vale a pena dizer ainda que é sobre o governo do Brezhnev que se impulsiona a difusão de uma teologia materialista e ateia na América Latina. Não foi? Eu acho que talvez tenha sido ou foi com ele ou foi do Khrushchov. Khrushchov foi do Kusov, antes foi do Krov, né? Nita tá certíssima.
Mas aí, depois, o Brezhnev continua, ele continua a política do Krov, né? Chega o fatídico dia, me parece que o evento acontecido o motiva a dizer: "Tenho que fazer". Só que as minhas medidas, Marcelo, não funcionam. Naquela noite, sua eminência, o Cardeal Bão chega ao palácio apostólico já armado, e os dois suíços que estão, os dois suíços que estão na guarda, na porta do Palácio Apostólico, mas tardam. Uns 20, 25 anos depois, já não mais membro, um dos dois menciona o fato, Marcelo, do que se passou naquela noite como testemunhas oculares. Não os dois, um
dos dois, passados alguma coisa assim de 20, 25 anos, o Cardeal Bão chega bastante, bastante transtornado. E lá pelas tantas, a conversa lá dentro toma acalorada da parte do Cardeal Bão, não da parte do Santo Padre, de João Paulo I. E o que João Paulo I propôs ao Cardeal Bão? Marcelo, a sede de Veneza que estava vacante. Que honra, hein? É uma honra! Que honra o patriarcado de Veneza, proeminente patriarcado de Veneza? Que punição, hein? Quer dizer, talvez ele achava: "O que eu consigo fazer agora para tirá-lo daqui de dentro do Vaticano, da Santa Sé?
Só um prêmio como vê". Tem que ser um prêmio grande. E lá pelas tantas conta-se que um dos dois suíços, os suíços à guarda pessoal do Papa, não o gendarme, mas aqueles que se vestem com aquelas roupas típicas, que ficam naquele de guarda imperial mesmo, muito belo, com as vestes coloridas. Bom, o que acontece? Que lá pelas tantas se escutam gritos. Marcelo, o Cardeal Bão gritando: "Você está louco? Você nossa, tratando assim com o Papa? Assim você tá louco! Você imagina que eu vou sair daqui? Quem colocou na sua cabeça que você manda alguma coisa?"
Impressionante tratar assim! Isso é muito grave, não? Gravíssimo! Quem colocou na sua cabeça que você manda alguma coisa? Não, é ele que governa. Ponto. Para defender os direitos de Deus, o Reinado de Cristo. Mas acabou! Claro! E, Marcelo, tem um livro que não sei se você chegou a ler se não chegou, vale a pena. E você é uma enciclopédia ambulante. Mas vamos lá. Imagina o Padre Elias. Não, não conheço. E esse livro existe no Brasil, está traduzido pela pelo Celo Eclésia. Lá fora, por uma outra editora, está como O Apocalipse do Padre Elias, de um
autor da tradição chamado Michael O'Brian. Michael O'Brian é uma trilogia e dentro desse, o segundo episódio é o Padre Elias, o Apocalipse. E, se eu não me engano, eu li tanto em espanhol quanto a tradução, embora o original ele também é canadense em inglês. Eu entendi pela primeira vez que o O'Brian mete na cena era o que tinha acontecido. Há um Cardeal chamado Vetor, a toda uma trama muito bem. E ele, numa conversa pessoal com o Papa de então, ele bate na face do Papa, e quando o secto entra, ele já tinha fugido, e o
Papa está machucado com os óculos quebrados, tinha apanhado na face do tal, já o Vetor. E é nada similar, viu? E eu falei: O O'Brian foi, foi, foi... O O'Brian transpôs uma cena da muito próxima da vida real para o seu romance policial, para seu romance. O Vetor é o Bão, é o Bão, é o Bão! Marcelo, o Vetor é o Bão, assim como o Malak Marten fez com os livros dele. Pronto, já está. Mesma, a casa varrida pelos ventos, lá, né? Casa varrida pelos ventos. Último Papa. Papa. Aí, Marcelo, a hora que ele grita
mesmo com o Papa, um dos suíços recua na posição de entrar, faz um movimento para arreganhar a porta. A porta estava fechada, que o outro faz para ele: "Segura, espera!". Tipo: "Espera que nós ainda não temos, se ouvirmos algum barulho concreto, estoura a porta e entramos!". E entramos que ele gritava: "Você tá louco? Daqui não saio!". Qual que é o da, popular: "Daqui não saio, aqui ninguém me tira! Ninguém me tira!". Que coisa impressionante falar isso para um Papa! Pro Papa. Marcelo disse que ele sai transtornado a porta do Palácio Apostólico, da edificação antiga, não
deve ter em madeira maciça, uns 20 cm de espessura, que ele move aquela porta numa fúria batendo a de volta. E fato é que, agora, ele diz claramente naquela madrugada: "João Paulo I faleceu à questão de 4 horas depois, Marcelo, ele faleceria". Aí a coisa é: ele foi envenenado. A coisa é que ele era cardíaco, e naquela noite ele passou por um desgosto tão grande que ele não resistiu. Aqui um pouco de sobriedade. Não, mas da uma forma ou de outra, Marcelo, os eventos vão... Precipitar o seu falecimento, bom, morto João Paulo I. Tudo muito
rápido. Se esperava que eles fossem dar alguma trégua e eleito o Arcebispo de Cracóvia, que teria sido uma sugestão de um nome particular. O nome de Wojtyła foi sugerido porque, naquele conclave, quem veio muito forte ainda não foi o Siri. Pela última vez, Marcelo, o Cardeal Benelli havia tido, lembro do vazamento da entrevista. O Benelli estava muito forte. Aí ele fez uma imprudência de dar a entrevista e pediu para o repórter não publicar. Só o final, só o final. E quando eles entram para a votação, o repórter publicou. Ele publica e já queimou o Cardeal
Benelli. A palavra ou sigla maldita é o "BBB". Mas o "BBB" do Cardeal Benelli, mas o Benelli, mas que é ele que Marcelo, segundo Paulo Muro, não sei o que você tem, posso colocar dessa forma? Não, segundo Paulo, é o Benelli que sugere Wojtyła. Então, vê que talvez ele, com o nome queimado, né, ele então parece que levanta e diz: "Olha, temos uma saída nesses modos. Marc, nós temos uma saída para o impasse que nós temos aqui agora". Criou-se um impasse. Não vaza a entrevista dele porque ele teria entrado eleito, não é, Marcelo? Sim, é
o que se comenta, né? Um pouco parecido com até aquele ditado: quem entra Papa sai Cardeal. Você conhece a história do Tetam Manzi, né? Tetam Manzi era do... Ah, ele foi bispo de Milão, o Arcebispo de Milão, que na eleição que elegeu Bergoglio. Acho que não, não. Acho que foi do Bento XVI. Bento XVI. Até ele entra, ele entra logo à frente de Ringer na missa pro eligendo, né? Na segunda-feira, diz que ele haveria se despedido de Milão, o seu Saturno, dizendo como se dissesse: "Aqui não volto mais". E se tem notícias, Marcelo, de que
ele havia despachado toda a sua biblioteca e tudo pra Roma, já mandando colocar um desses cases, né? E que ele volta a Milão só para reforçar, né? Quem entra Papa, Cardeal. Bom, fato é que, eleito, Wojtyła ganhou por lá. Ainda por lá ainda, já não mais o P. Muro. Viu? O P. Muro já tinha ido embora. Ah, já tinha ido embora. Mas por lá ainda... O Wojtyła, e que o padre... Um parêntese aqui. O padre Muro fala da propaganda Duer porque nós falamos de Maçonaria, mas parece que em sentido genérico, né? Da propaganda Duer. Me
ajuda, Marcelo, porque a gente está falando de sociedades secretas que, às vezes, a gente generaliza. Por exemplo, era carbonária no século XIX. Aqui no Brasil teve a Buch, no século XX e tal. Lá no Vaticano, segundo, inclusive, a Trint Jorne, também que era uma revista muito interessante. Lia muito. E eu falava que houve uma forte atuação dessa presença lá de sociedades secretas via Propaganda Due, que era uma loja, e vamos dizer assim, especializada dentro do Vaticano, que tinha elementos como Lítio Del e... Não vou lembrar todos os nomes. José Ortolan. O José Ortolan chegou a
morar aqui em São Paulo, e ficou processado, se escondeu aqui em São Paulo durante um tempo. Eu não sei que fim que ele deu. E mais uma figura que foi Escalve, Calv, Roberto Calv. Ele era siciliano e, depois, ele montou uma máfia em Milão. Não lembro se era Escalve ou Calv, mas acho que era Calv. Roberto Calv, se eu não me engano. E ele ficou muito ligado com os negócios do Banco Bruzio, né? Então, era justamente essa arquitetura que tinha com a Propaganda Due. Parraria... Não, ele não reporta e deve ter informações. Até uma sugestão,
Marcelo, podemos tentar. Aí teria que ser online. Quem sabe tentar um podcast com ele, né? Eu me envolvo nisso para tentar fazer a ponte. Aí, não ao vivo aqui, mas vocês entram online. Marcelo, olha, eu não me lembro realmente dele ter reportado mesmo nas nossas conversas pessoais. Posso voltar a um fato? Sim. Quando Paulo VI não aceita o dossiê, ele conta que o Monsenhor Gagnon vai a ele, volta à Santa Sé e ele volta para entregar a sua carta de renúncia da posição do cargo que ele tinha ocupado. Aí é toda uma história muito maior
ainda. Ele morando no colégio, acredito, no Sacro Colégio dos Libaneses que estava todo protegido por causa do terrorismo, com medo de ser assassinado. Mas aí vai abrir muito o leque aqui e nós vamos perder o centro. Isso sim. Porque você falava de vô, Marcelo, do Cardeal Wojtyła, né? Ele conta que ele parou o carro na porta e o Monsenhor Gagnon fala para o padre: "Entrega minha carta de demissão lá". Aí ele chega na Secretaria de Estado com a carta e diz: "Eu venho em nome do Monsenhor Gagnon entregar a missiva de sua renúncia que deve
chegar às mãos do Papa Paulo VI". Ele ainda não tinha morrido. E aí, mas isso é muito, muito interessante. Diz que escuta a voz lá de dentro. O Cardeal Wojtyła diz: "Vem lá, Palur, o Senhor por aqui". Ele já era meio conhecido, viu, por causa de ser secretário do... Você sabe que essas coisas correm, né, Marcelo? Correm lá dentro e aí falou assim: "Diga, desça lá. Diga para o monor Gon subir que eu quero falar com ele agora." Aí disse que o P. Mur olhou para ele desse jeito e disse: "Eminência, não digo não. O
senhor quer que ele suba? Diga ao Senhor e fale isso para ele lá. Eu não sou garoto de recado." Deu as costas e saiu. Marcelo: "Olha a nobreza desse homem, impressionante!" O secretário de Estado falou: "Não, o senhor tá me mandando um recado. Ele está lá embaixo. Desça, desça, senhor, e convoque a sua presença para subir à sua sala, só para ter uma ideia." Bom, eleito, foi. "Ó Marcelo, só uma outra lá que nós vamos F nessa hipótese da morte do João Paulo I. Vamos lá, o padre Mur comenta alguma coisa da missa negra que
o padre Malak comentou nos textos dele." Marcelo: "O padre Mur era amigo pessoal do padre Malak. Os dois eram amigos, amicíssimos. Tá, por isso que eu digo, acho que vale a pena tentar uma conversa com ele. Os dois eram amicíssimos, e ele só diz que muitas das dores do sofrimento do ínclito padre Martin, que depois se tornou uma personalidade controversa, não é? Sabemos isso a posteriori; foi muito doloroso. E me parece que ele morre não nas melhores condições, não é? De profissão de fé e de guarda da unidade com a Santa Igreja. Mas fato é
que o padre conhece essa história na palma da mão. A dita missa negra, o que se passou aliás, é o ponto de partida para ele escrever 'A Casa Varrida pelos Ventos'. Não é? É exatamente isso. Teve em dois locais: Vaticano e Estados Unidos. Né? É tinha que haver o espelhamento. Né? O espelhamento simultâneo acontecia nos Estados Unidos e fazia o espelhamento, sim, espelhamento dentro da Santa Sé. Até a questão da demolição do altar, mandada por Bento XVI. Quer dizer, quem nunca revelou a razão daquela capela? Clementina ou Paulina? Eu já não sei. Mas que ele
mandou colocar novo, porque assim a legislação antiga sobre a profanação dos altares, Marcelo, como está derivada da escritura, mandava demolir. Demolir uma vez que o altar foi profanado. Demole e se faça um novo. E se dedique o novo altar. Quer dizer, nessa base o que se passou em Assis não ia sobrar um altar. Uma verdade, não é verdade? Nessa base, o que se passou no Encontro de Assis não ia ficar um altar. Colocaram o ídolo de Buda em cima do sacrário. Aí complicou, né? Ali foi uma coisa horrenda." Mas, Marcelo, nós conversamos, sim. O P.
Mur tem muita coisa sobre essa matéria. Vi. Ah, vai ser um prazer. Ele fala, ele fala com todas as letras: "Padre Malak Martin era um homem reto, era um homem de Deus." Agora, a providência tem os seus ditames. Ah, se não significava, mas permitida, permitir que ele estivesse onde ele estava. Que vício que viu, né, Marcelo? Agora, causou um estrago muito grande na sua consciência, sua vida, né? Vi, foi uma pena. Ele viu coisas muito graves, né? Muito graves, muito graves! Ele era uma testemunha ocular. Repito, isso tá cheio na internet. "Padre Malak Martin foi
amigo pessoal do padre Charles Moore. Vamos tentar essa live, esse encontro com ele. Um prazer esse seu encontro com ele." Bom, voltemos a Wojtyła. Marcelo, me permitam aqui uma coisa: os processos de canonização de todos os romanos pontífices pós-conciliares é uma matéria que vai ter que ser revista um dia mais tarde, e não somos nem eu, como membro da hierarquia, nem você, como leigo, muito menos, não é que vamos rever. Só uma pessoa que tem potestade de fato para fazer essa revisão que será o próprio Papa, sim, um futuro Papa. Futuro Papa Santo, né? Santo
Papa, católico, católico para valer, né? Integralmente católico, que vai ter que fazer a revisão tanto de todos esses processos quanto de toda a história recente, tanto do próprio Concílio Vaticano I e daí para frente. Ele vai ter que enfrentar isso, tá de acordo? Marcelo: "Como estator, claro, lógico." Vai chegar uma hora que Deus vai enviar um Papa Santo que vai ter de enfrentar isso. Ele não vai ter escapatória. Não é diferente. Não é que ele não vai ter escapatória, ele vai ser enviado para isso. Isso é outra matéria, né? A providência vai enviá-lo para isso.
O problema é que o processo de todos os Papas pós-Concilio Vaticano I como Santos é emblemático, a exceção de Bento XVI, que tem uma rixa pessoal com o processo. E aqui não é nem que tenha uma rixa só com o processo de infiltração, por ter sido uma HGE de ortodoxia, que não era. Ele mesmo foi um modernista ferrenho, que grau eu quero dar, o bônus da dúvida. Não, o ônus não, mas o bônus da dúvida, de que no fim de sua vida ele tivesse sofrido um processo de contrição, de arrependimento, de ter feito parte de
uma história que não deveria ter feito e para mudar isso. Então, há alguns processos. Bom, apenas um bônus. Vou assumir como João Paulo I o trono. Ele só poderia ter assumido com esse nome. Marcelo, podemos dizer até que quase que não foi uma escolha pessoal, era quase que uma imposição, uma necessidade, né? Uma necessidade. "Vai se chamar João Paulo I porque é preciso que se chame João Paulo I." Então o arcebispo, o monsenhor... Apresenta a ele e diz: "Enfim, Santo Padre, os meus serviços em Roma terminaram, estou livre. A não ser que o senhor queira
retomar o que começou, João Paulo I." Que começou João Paulo I, Paulo VI, não da recepção? Lembra? Lembram-se da recepção do dossiê e da, aliás, da não aceitação do dossiê? Até a morte, três meses, três meses, mais três meses, mais três meses, mais um mês de pontificado de João Paulo I. Quatro meses, mas os intervalos para o conclave, tudo põe aí. Mais um mês, mais os funerais. Cinco meses, mas a chegada de João Paulo S. Nós estamos falando de seis meses que são seis meses. Marcelo é nada, nada, nada. Estava tudo pegando fogo. Não é
nada, não é nada, não tem distância no tempo para ir fazendo a, né, a decantação. Fique, fique por Roma. Não estou pedindo, estou mandando. Mandando, claro! Fique por Roma, que pode ser que eu venha a precisar. Marcelo passa o tempo, João Paulo I não sinaliza nada, ele retorna, ele retorna ao Canadá. Passa o tempo, o quê? Dois, três meses também, o que que eu estou fazendo aqui? É, não é? Ele retorna ao Canadá. Nós estamos falando de João Paulo I que foi eleito em agosto ou outubro de 78. Agosto foi João Paulo I, né? Marcelo,
Paulo... acho que talvez, né? Acho que deve ter sido. Pouco importa, mas é nesse perímetro de seis meses antes. É, é o fim de 78. Então nós temos o fim de 78, 79, 80. E aí, eh, 13 de maio de 81. 13 de maio de 81. Dois anos e meio de pontificado. O atentado na Praça de São Pedro que, no meu entendimento, só no meu entendimento, Marcelo, não tem a mínima relação com o terceiro segredo. Não é? Marcelo, que tem nada isso daí. Não tem menor Paulo I. Não é o papa de Fátima, não é?
Mesmo os fatos não são, não tem nem chance de começar a tentar fazer alguma associação, não é? É zero, zero, zero. Bom, o atentado de 13 de maio de 1981, emblemático, né, Marcelo? Às 17 horas, 17 minutos, né? É, 17:17 foi a hora cravada dos disparos. Marcelo, a hora que aconteceram os disparos, 17:17. Não é interessante? Eu não tinha pensado nisso. Não, 17:17, o ano de fundação da Maçonaria, da loja, né? Maçônica da Maçonaria moderna. Lembrando que o Papa João Paulo I ficou muito próximo, inclusive, trouxe ele aqui no Brasil, o Mar Cincos, né? Mar
Cincos era muito próximo do João Paulo I. Seg, né, Marcelo? É, no Brasil. Ele veio junto com ele. Agora, como é que veio com ele? Como é que o João Paulo I aceita a presença do Mar Cincos em dias de São Pio X? O Mar Cincos teria sido demitido do estado clerical, ia parar na cadeia, não era? Inclusive, ele ficou na lista da Interpol, né? O Marcinho ficou tanto quanto o senhor ficou na lista da Interpol. Olha, olha, olha como que nós... Olha o que a Igreja resiste, a Santa Igreja Católica só sendo Divina mesmo,
né? Marcelo. E foi no picado dele que estourou o Banco Ambrosiano, né? É aí que foi o escândalo, né? O escândalo já estava, já estava, já estava decp, né? Já só faltava o gatilho para explodir. Marcelo, a ordem: Padre Charles Mur. A ordem para o Aliaca partiu de onde? Da Bulgária, o que se diz, né? Ele era turco, né? Ele era nascido na Turquia, afiliado a um dos serviços de inteligência satélites da KGB, KGB, né? As duas agências, KGB e a NKVD. Aí tinham os satélites, não era? Tinha tudo, os satélites menores, para os países,
Securitate e outros, todos operavam em conjunto, isso. Todos operavam em conjunto. O Mermet Alaka foi recrutado por um dos serviços satélites, provavelmente o que operava na Bulgária. Agora, o mais emblemático é que isso, a Interpol conseguiu… Como se fala? Quando interceptar. Marcelo, a ordem, a última ordem, agora, ela… De uma posição, qual que era a posição? "Tá na hora!" Não tá, tá na hora? Não tá, tá na hora? Não tá? Agora, agora, agora, né? Marcelo, bingo! Isso quem fala é o Padre Mur. Padre Mur, de onde parte? Não sei. Bingo! Se você acertar a… Eu
não sei, não sei esses detalhes, não, Padre. Nem vou chutar. De dentro da Secretaria de Estado, que isso? Sua Secretaria de Estado, naquela época, quem que era? Era o Cardeal Viou, não era? Era… era! Antes era o Sede Vacante, mas naquela ocasião era… era o Viou ainda. Era ele, era ele, era ele. A, Marcelo, a Interpol interceptou isso. Isso é espionagem, não é? E olha, e olha aqui, o serviço de segurança da Santa Sé é excelente, hein? É muito bom! E a Interpol conseguiu interceptar, Marcelo, de dentro da oficina da Secretaria de Estado. Marcelo, a
ordem é agora. Impressionante esse detalhe, eu não sabia. É muito, não, bastante. É muito. Ele cai, vê de… Vê a confecção disso aqui, por favor, viu? Marcelo, ele cai, Palmor. Palmor conheceu o médico, Pai Charles Murinin, que tratou João Paulo I da hepatite que ele vai ter por todos os anos. Ele cai no atentado, mas ele é levado ao Gemelli. E ele era, ele era esportista, ele andava nas montanhas, ele esquiava. Ele era um tanque, né? Ele era um atleta, ele era um atleta! E aí, até onde vai a providência? Não sabemos, mas o mínimo
permitiu, eh, que ele ficasse, no mínimo, né? Marcelo, permitiu que ele ficasse. [Música] Conta que na mesa de cirurgia sobe e é emitida a ordem desde o centro de... Cirurgia para o banco de sangue do hospital. Sangue com hepatite. Marcelo, que coisa! Subam um sangue com hepatite. O padre Mur não estava mais em Roma, né? E como é que ele ficou sabendo disso? Contatos. Marcelo, amizade, ele e o Monsenhor Ganhão. Dá mais em "R". Essas coisíssimas, ele era um filho para Monsenhor Ganon, Monsenhor Ganon, que mais tarde era um santo homem, viu? Marcelo, vai ser
cardeal pelos bons serviços prestados. Esse sim, João Paulo I vai fazer o cardeal. Fez todo mundo do cardeal, mas fez alguns bons também. Fez todo mundo, né? Cardeal, mas fez alguns bons também. Bom, o médico que tratou João Paulo II da hepatite, Marcelo, durante toda a sua vida, era norte-americano, amigo pessoal. Se tornou, não era, se tornou amigo pessoal do PMur. Olha, Marcelo, se ele souber toda essa coisa... Ah, Marcelo, subir em sangue com hepatite... Que coisa! A coisa é grave, é violenta. Não é violenta? A coisa é violenta! Bom, qual foi a atitude do
Papa João Paulo I quando ele acorda na clínica? Aí vem toda a fantasia, todo o romantismo, isso e aquilo, aquilo outro. É muito romantismo, né? Marcelo, que quando ele acorda e toma consciência, ele disse uma frase: "Achem-me o Monsenhor Ghan." Ele lembrou! Então, Marcelo, a primeira coisa que a pessoa procura logo depois de quase morrer é chamar ele, porque a coisa estava... Ah! Monsenhor Ganh, ligaram neste no Canadá e disseram da Secretaria de Estado: "Suas passagens estão emitidas. Vem imediatamente, o senhor parte hoje em direção a Roma." A Secretaria de Estado mesmo, Marcelo, já adquiriu
as passagens e emitiu os bilhetes. A gente sabe que isso é imediato. Disse a ele: "Hoje à noite, amanhã de manhã o senhor vai estar aqui em Roma." Chegou a ele ainda na clínica, Marcelo, chegou e o Papa disse a ele: "Vamos falar, vamos enfrentar, vamos!" Santo Pálio! Vamos! E realmente, tem que fazer justiça, né? Marcelo, se não, se não, se não, nós cometemos os mesmos erros. Intelectual reconheceu os méritos de todo mundo. Os méritos, João Paulo I derrubou Bá. Imediatamente, disse que chamou e disse: "Eminência, o senhor está cansado, né? Eu vou dar um
trabalhinho para o senhor se ocupar." E esse trabalhinho o senhor vai cuidar da divisão de Selos da libraria Edir Vaticana. Olha que trabalhão! Aí, uma coisa que Monsenhor Ganh falou para ele: "Mas Santo Pálio, ele vai ficar dentro de Roma." Ele disse essa frase: "Você sabe que os italianos repetem a ad nauseam: os amigos, deixem longe, não tem importância. Os inimigos, mantos debaixo dos seus olhos." Marcelo, claro! Aí você sabe controlar, né? Controla. Ele falou: "Eu quero ele debaixo dos meus olhos. Eu vou grudar nele." Entende? Ele não, né? Claro! Digo, eu vou montar um
staff aqui. O staff vai cuidar dele, que vai grudar nele. Agora, eu quero ver, a cada movimento... Tiver que... Pô! Escuta no telefone, não é, mar? Ah! O Vaticano era cheio de escuta. E contas, escutas também! Tinham padres especialistas em investigar onde é que tinha escuta no Vaticano. Pronto! Pronto! Varredura para evitar e tal, para todo lado! Marcelo, ele realmente... Justiça, unicidade intelectual, teve, né? Mas é que ele viu, apertou o calo. Não, apertou! Ele derruba o... Ele derruba o Bá! O Bá, acabou. Marcelo, a verdade é: acabou! Estava acabando, né? Com a operatividade, perdeu
força. Mesmo assim, agora, em contrapartida... Quer dizer, não tem como. O Casaroli chega, é! Casaroli, né? E o Casaroli é terrível, né? Mas, mesmo assim, o Papa enfrentou o Casaroli na questão do comunismo, né? Isso! Nós temos que ser honestos. Pronto! Honestidade intelectual. João Paulo I se moveu, se moveu contra o comunismo, mesmo contra opiniões contrárias. Se moveu contra o comunismo! Se moveu! Depois ele vai promover o Cardeal Ganh a cardeal. Depois, Marcelo, no último momento, na visita de Econi, um outro fato, outro episódio envolvendo a situação com o Monsenhor Marcel Lefebvre. Monsenhor Lefebvre, estar-te
da verdade, não da justiça, da catolicidade. Você sabe, Marcelo, que o próprio Bento XVI, no fim de tudo, entendia que ele foi o... Me permita esse parêntese: um tributo a Dom Marcelo Lefebvre. É oficioso, mas metade do que se fala é oficioso. É que nem tudo, se for documentar, não existe como não, né? Mais uma paráfrase. Não caberiam em todos os livros do mundo. O fato é que, em 2015, junto ao corpo de amigos do entorno, a staff dele já não mais reinante desde 2013, o Papa emérito Bento XVI afirma que o grande bispo do
século XX, Marcelo, foi Dom Marcelo Lefebvre. Um dia a Igreja vai reconhecer! Ah, vai! É só questão de tempo. Não é? Só o tempo vai estar nos altares. Vai ser o Santo Atanásio de uma nova época, né? E também o Dom Meer, também... Dom Meer, o leão de Campos. O leão de Campos. Resultado! Só uma coisa: quando o Monsenhor Ganh, era um homem tão reto, tão nobre de alma, que quando ele voltou da visita apostólica, como delegado apostólico... Aliás, a Econi sabe o que ele disse a João Paulo I? Marcelo, que se todos os seminários
do mundo copiassem Econi, nós entraríamos numa era de uma santidade, de uma vitalidade apostólica excepcional! É o que ele fala. Bom, resultado: isso encerra uma era. Enfrentou o problema incondicionalmente! Marcelo, não! O fato é que a infiltração continuou! Continua! O fato é que os dois secretários de Estado seguintes provavelmente têm parte aí no... Na engorda do porco, entende? Só o perfil dos infiltrados é que mudou do século para agora, né? No século X, a infiltração era liberal; depois houve uma infiltração modernista, cujo até o Pi 11 tinha comentado sobre isso. Depois, uma infiltração mais filo-comunista
e tal. E agora vai piorando. Agora, agora... então isso que ia falar, né? Agora, W é FIL, W saiu da infiltração liberal para infiltração WK. AG é, agora, agora, agora, agora... Fernandez, agora Redcliff. WK, WK são WK abertamente WK, né? E é a agenda, porque agora nós temos um detalhe. Marcelo, talvez já... se você quer ponderar alguma coisa, eu acho que a agenda assumida e propugnada agora, ela é o WK até as últimas consequências, que é um pouco da dita agenda 2030 da ONU, não essa agenda da cultura de morte, né? Agora, nós pararíamos para
remontar a uma outra... quer fazer algum balanço? Quer fazer algum...? Não, não tá claro, tá claro, né? Marcel, olha os níveis de infiltração, de mentalidade de infiltração também. Eu acho que são processos de continuidade e avanço de uma mesma mente que pensa isso, pret naturalmente. Não é claro, né? Nós sabemos quem é o pai dessa coisa toda. É o que está... o pai da mentira, o príncipe deste mundo. Agora, vamos chegar num termo: passado tudo isso, passou o pontificado de João Paulo I, veio o pontificado de Bento 16. O interstício... quais foram a... os aportes
que ele deixou? Quais foram os combates? Mas o fato é que a revolução triunfou. Por hora, triunfou! Nós estamos no ápice do triunfo da revolução, é inegável; a revolução triunfou. O seu mais excelente exemplar, o seu mais excelente representante, com toda a veneração e respeito pelo que ele é, mas com toda a clareza de liberdade em ser católico pelo que ele opera, pelo que ele faz, o Papa, verdadeiramente o Papa, o Papa Francisco, é o mais excelente, o mais digno representante do avanço da agenda revolucionária e da tomada em definitivo da estrutura. Agora, o que
nós temos, Marcelo, a infiltração conseguiu por hora. A providência está permitindo, claro, o dia que Deus se cansar disso, basta! E imagina o esplendor da Igreja quando da sua... porque não sei, Marcelo, como você vê, mas aqui na condição mesmo de sacerdote, como docente, eu acredito que a dor e a paixão da Santa Igreja, permitida e querida por Deus, é para conformá-la de uma forma cada vez mais perfeita ao seu Senhor que é sua Cabeça, do qual ela é seu corpo. Não, daí ela está... ela está sangrando. Tá, o João Paulo I comentou sobre isso,
né? Ele está... bom, ele ainda é cardeal, ele ainda é arcebispo de Cracóvia e legado de Paulo VI para o Congresso Eucarístico Internacional. Agora, não me lembro se era Denver, mas ele fala exatamente isso. Ele, hein, Marcelo, ele diz: "Está chegando a batalha final entre a Igreja e a antiigrejia." Ele que era um pouco um exemplar da antiigrejia. Impressionante! Ele mesmo que era um pouco um exemplar dessa antiigrejia. A batalha entre o evangelho e o anti-evangelho, de que antiigrejia Carol Wojtyla estava falando. Pois é, dos protestantes, não pode ser, porque não tem a mínima possibilidade,
porque não são nem igreja... e nada, né? Nada são! Talvez a parte mais agressiva, o que jogou a civilização no fosso, que vai se aprofundar cada vez mais de distanciamento de Deus, da realidade, da verdade, foi o protestantismo. Isso ninguém tem dúvida, né, Marcelo? Que empurra para o fosso a civilização ocidental. São eles! Aliás, são... podemos comentar sobre isso, né? Isso são eles, eles empurram para o fosso. Agora, outra coisa: que antiigrejia é essa? Só pode ser um organismo simulatório, não é? Simulatório, infiltrado na mesma estrutura, que tem os caracteres visíveis idênticos, mas que já
não seja operativamente servo e fiel ao que sempre fora. O que nós estamos querendo dizer com isso? Talvez seja muito avançado, mas dizer que uma hierarquia, constitutivamente válida, mas que já não serve mais ao reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não servem! Isso é muito claro, não é? E a própria afirmação, no próprio entendimento do... O palur, olha, vale a pena, Marcelo, ouvi-lo. É por horas, nós ficaríamos o ouvindo por horas. O que temos? Duas frentes de batalha, Marcelo. Se nós não encararmos isso, você sabe disso, na palma da mão, não há o que fazer.
Não só a proteção da missa de sempre, isso é necessário. Só uma curiosidade, João Paulo I declarou que gostava do latim, né? Sabia disso? Defendia o latim como símbolo da unidade na missa. Magnífico! Então, ele era um apologeta do latim. Mas é que... só um parênteses: o vernáculo nos colocou numa situação crítica, não numa situação crítica, é lógico. Tem que ser em latim e acabou. Marcelo, não basta, agora nesse momento, não basta proteger a missa de... é preciso proteger o reinado de Nosso Senhor! É muito ousado dizer "proteger o reinado"? Não! É preciso fazer a
guerra correta, é preciso resgatar o que? O desejo de fazer aquilo que Ele ordenou, que está na conclusão tanto de São Marcos quanto de São Mateus: "Ide et docete todas as nações, levai o meu reinado." Daqui a pouco, mas agora não mais... quer dizer: a Igreja apostólica das suas... apostólica, das suas notas, a sua quarta nota, né? A sua... que sela tudo, né? Mas, Marcelo, agora me parece que... O que nós temos é uma agenda tão, tão agressivamente, o WK, que só para nós termos uma ideia, quando o atual Cardeal Américo Aguiar, que era o
Bispo auxiliar de Lisboa, que cuidou da agenda da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, na época, ele disse que a Jornada Mundial da Juventude não era para converter ninguém. Ele apresenta o programa da agenda W, né, dessa elite globalista. Há um autor que tinha sinalizado que a Jornada Mundial da Juventude tinha a finalidade de ser o último laboratório sociológico experiencial para a agenda W, linguagem falada, linguagem visual, cores, termos e assim por diante. Vai ser tudo trazido isso e que isso tinha sido acordado numa solicitação que as grandes Big Pharmas e Big Techs fizeram ao
Santo Padre e foi anuído. Entende a gravidade disso? Gravíssimo, né? Aliás, os encontros do Santo Padre lá com umas figuras realmente têm sido frequentes, mas cada 90 dias ou com os gigantes da Big Pharma já é redundante. Isso não é porque... ou com gigantes redundantes de novo das Big Techs. Olha, com o CEO de uma grande Big Tech, eu vou guardar o nome porque a fonte foi pessoal. Eu tenho alguém próximo de mim que tem um cargo alto numa dessas Big Techs no Brasil, a sua sucursal Brasil, mas é um império, é uma potência. Eu
não vou além disso, que já já eu falo o nome. Eles tiveram uma reunião com o romano pontífice em Roma, com o Papa em Roma. E realmente, é duro, Marcelo, mas o fato é que estava o CEO universal e os CEOs continentais. Tem o CEO geral, né, o boss, o chefão, o grandão, e os CEOs continentais, né, as ramificações. E disse que a frase do Santo Padre foi: "A agenda está atrasada, precisa acelerar". Inacreditável! Inacreditável visto de um Papa, né? Inacreditável! Qual agenda, Marcelo? Agenda da... não, agenda da conversão não. Agenda da conversão? Agenda da
catolicidade das nações. Agenda do reinado social de Cristo, propugnado pela última vez com ímpeto total por talvez Pio XII, que foi o último Papa que tratou verdade, instituído por Pio XI, né, na com as primas em 11 de dezembro de 1925, com a solenidade de Cristo Rei das nações. Não tem nada a ver com a festa de Cristo Rei do Universo, que esse plágio, chardin, aí, né, da Festa de Cristo Rei baseado na cristogênese de Teilhard de Chardin. Agora, qual é a agenda? Agenda inclusivista, igualitária, ecológica, desarmamentista, pacifista, abecedária! Entende? Abecedária, né? Sim, aquele punhado
de letrinhas. E, Marcelo, eu acho que como estudioso que você é, eu não estou falando nenhuma novidade, talvez para os seus espectadores, para alguns sim. A questão é que a guerra que vai se travar agora é contra o mistério do Filho de Deus, em definitivo. E a aniquilação da Santa Missa toca no mistério do Filho de Deus. Só uma coisa, vamos lá, estamos ao vivo? Não estamos? Estamos ao vivo? Paulo VI tinha uma grande influência da infiltração, tá claro, já dissemos isso no início dessa live, mas era preciso dar um sinal de subserviência a quem
estruturava a infiltração de uma forma incessante, eficaz, pragmática, competente. E era um sinal visível que quem estivesse fora da destra não conseguiria fazer a codificação e a leitura correta, mas quem estivesse metido na história entenderia. E qual foi o sinal? Alguns dizem assim: "Ele aparece utilizando um efóde". Isso fala-se muito do efóde dele. Não era pouco, Marcelo. Era pouco. Qual, para você, qual foi o grande, o decisivo sinal que ele vai emitir? E pensa um pouquinho. Eu não estou preparado para dar essa resposta. Não vou... me lembro do efóde, me lembro do símbolo do túmulo
dele também. Ok, mas não me ocorre assim, não. Teria que pensar melhor, de pronto assim não sei dizer. Depois vai em busca de aprofundar esse tema, Marcelo. A supressão do ofertório na Santa Missa, substituído por uma... e substituído, Marcelo, por uma beot... por uma... Isso é influência nitidamente judaica, ali. Ah, tá. Era o sinal visível, hum, de subserviência, de fato. Podemos dizer a aceitação de que a agenda estava mudada em definitivo. É, Marcelo, se nós entendermos ao final dessa live que é o mistério do Filho de Deus que está sendo combatido pela descendência da serpente
e que vai agora ir até as últimas consequências, até a chegada daquele romano pontífice Santo prometido por La Salette, nós vamos entender tudo o resto. O que está em jogo é o mistério da Encarnação do Filho de Deus, negado, odiado, combatido pela herança da serpente. E você sabe qual é a herança da serpente, não é perfeito? Pô, tá claro isso. Tá claríssimo, claríssimo! Não é? E agora, isso, por isso que, junto à de sempre, é preciso proteger a... que houver o reinado de nosso Senhor até a morte, se ele nos permitir. Sem voluntarismo por nós
mesmos. Nós não renunciamos a uma dor de dente, não é? Mas até a morte, o sinal foi dado. O sinal foi dado. Tanto que se você pegar na... Isso é um tema para uma outra história, mas no novo missal, a essência foi alterada totalmente. A transação se dá quase que por acidente, mas não mais por essência. A renovação incruenta do Sacrifício do Golgota, idêntico quanto à sua substância, distinto apenas quanto à sua forma. Foi alterada e foi alterada por um sinal. Como é que se confessa a fé, Marcelo? Pela boca, né? A confissão de fé
na substância, na essência do que é o sacrifício. Alterado: Qual é o ápice? Quer dizer, olha, entenda o que eu vou dizer. Alguém poderia falar: "não é, Padre?" Sim, sim. Se se entender o que é a Santa Missa, o que a Igreja sempre ensinou, sim, com a nova teologia, não, mas com a doutrina de sempre. Sim. Qual é o que define o sacrifício, Marcelo? O que define que a missa é um sacrifício? Qual é? Qual é a parte integrante do rito que define que a missa é um sacrifício? Pode falar. Não é a consagração, é
o Ofertório. O sacrifício se dá em três níveis; isso aí já caberia em um... e ele é preparado por três etapas: é por três etapas, né? Oblação, imolação e consumação. Separa a vítima, imola e consome. Destrói, e destrói. Na missa, está pelo Ofertório. A oblação oferece, separa, é para Deus, e imola. Aí as palavras e destrói, consome. Não é consome, no caso específico, para que as três etapas se cumpram. A primeira tem de existir, claro, porque uma depende da outra. Cadê? A cadê de oblação, o sinal de subserviência àquela elite internacional que Monor Lefebvre vai
denunciar claramente, que os romanos pontífices pós-Vaticano II serão subservientes àquela ordem internacional sustentada, estabelecida e difundida pela maçonaria judaica? E que o sinal específico, Marcelo, será a supressão—elimina a primeira etapa do sacrifício, da ideia de só ser uma ceia, né? Uma refeição—e a confissão pública da subserviência, utilizando as mesmas orações, as mesmas palavras que são utilizadas pelo antigo e revogado culto. E, na verdade, não era nem um antigo e revogado culto, porque o que se dava no templo, na imolação dos cordeirinhos, é outra coisa. Essa outra coisa é a bênção da mesa. Não ou o
que eles chamam a palavra "berac", né? Ber já claramente bênção. Então, posto isso, Marcelo, nós estamos na fase... eu acredito, não sei, mas eu acredito que, com o período pós-conciliar, não deveria nem estar falando isso, tá? Mas, com o período pós-conciliar, nós entramos na última fase da revolução, né? A porta da plataforma, a mola de propulsão da última fase é o próprio Concílio. Ele já é... a gente sabe que ele só foi possível porque já vínhamos debilitados, já estávamos numa longa decadência, não é? Já vínhamos debilitados. Senão, ele não seria possível. Não aconteceu uma tempestade
no céu azul. Não, não existe isso. João 23 não chegou lá e disse: "Nós vamos para o Concílio." Não, já vínhamos debilitados. O staff de Pio 12 foi magnífico, mas ele já fez concessões, já inclusivamente na missa, né? Já fez alterações na missa, já... já enormes. Já fez concessões enormes. Agora, no pós-concílio, nós vamos para a fase mais avançada, a fase mais... a fase mais eficiente, talvez a fase mais aguda da revolução. Marcelo, é o pós-Concílio, né? Chegamos agora no ápice. Então, dizer talvez que o expoente... ah, mas que o Papa falou tal doutrina, que
disse tal coisa, que nós não vamos entrar nem nessa matéria, foi um pronunciamento, escra. Foi conversa de avião. Não é isso. A questão é que um pensamento sendo expresso, né, pela verbalização. E que pensamento é esse? Nenhuma novidade. A expressão do pensamento que infiltrou e que assumiu a estrutura e que agora chega às suas últimas consequências: a supressão do Mistério do Filho de Deus. Marcelo, é isso. Você tem alguma dúvida? Não, nenhuma. Não é? Certíssimo. A supressão do Mistério do Filho de Deus é o que o demônio odeia: sua Encarnação. Tudo começa pela sua Encarnação.
Sem Encarnação, não tem o que fazer, não é? É o mistério da sua Encarnação com o ápice na sua paixão. O ápice é quando Ele derrota o demônio, né, e o pecado e a morte na cruz, e depois surge ao terceiro dia. Ressurgiu dos mortos, triunfante, triunfante, Senhor absoluto, constituído o Senhor eternamente. Então, o que nós temos agora é que não faremos nada melhor do que darmos, junto à missa de sempre, doutrina, catequese, catequese de sempre, o que ensinaram os Papas ao longo do século romano. Isso que a Igreja sempre ensinou. Ensinou. Mas temos que
dar um corte, Marcelo, né? Quer dizer, não é ensinar o que foi... o que a Igreja sempre ensinou. A máxima regra de S. Ireneu, né? O que foi crido sempre por todos, em todos os lugares. E eu acho que é o que nós temos. Alguma pergunta? Agora a pergunta vai ser de lá. Vamos lá. Temos algumas perguntas, alguns super chats. Vamos lá. Primeiramente, o comentário do Jonatas Fonseca: mandou R$ 5. Obrigado, Jonatas! E o Padre Vander é padrinho do professor Evandro Pontes. Seria incrível um podcast com ele. Deus os abençoe! "Sou padrinho de crisma, sim,
do Dr. Evandro Pontes." Que colocarei também na listinha para o futuro, não é, Marcelo? Mais um comentário aqui, super chat. Mandou R$ 20. Obrigado, Marcelo e Padre Vander, pelos vossos apostolados. Nós que agradecemos a audiência. Mais um comentário aqui do Daniel, mandou R$ 27,90. Obrigado, Daniel! A bênção, Padre Vander! Obrigado, Marcelo! Salve Maria! Agora uma pergunta do Marcelo Luiz: "Padre Vander, você é fruto da RCC, Frey Jilson e tantos outros?" E tantos outros amigos seus. "Padre Paulo Ricardo ama." "Padre Jonas da Canção Nova." E o Marcelo fala mal dos carismáticos. O que dizer disso, Padre
Vander? Olha, duas coisas. Talvez você entenda o que é passado, presente e futuro. Primeira coisa: não é compreender o que é conjugação verbal e os tempos, tá? Bem, São Paulo foi perseguidor dos cristãos no primeiro momento e, no segundo, é o maior apóstolo evangelizador de todos os séculos. Só isso. Beleza, temos uma pergunta do Luiz Fernando Siani. Ele mandou super chat de R$ 10. Obrigado. [Música] Padre, o que o senhor pensa dos relatos do Evangelho de coração? Marcelo, sobre a questão dos relatos, eu prefiro me abster; só digo que não comento a sua posição teológica
doutrinária. Basta! Não comento a sua posição teológica doutrinária. Beleza! Mais uma pergunta. O André mandou super chat de R$ 50. Obrigado, André! Boa tarde, sua benção, Padre Vander. O senhor conhece Dom Luiz Vila, que publicava o periódico "Quiesa Viva"? Ele descreve uma série de maçons infiltrados. O trabalho dele é sério. Parabéns pela live! É muito importante sabermos dessa infiltração. Quem falou mesmo é André B. André, Deus o abençoe. Então, o Monsenhor Vila era italiano, não é? Há pouco tempo, eu tive contato pela primeira vez com a sua bibliografia, mas, para ser muito honesto intelectualmente, não
estudei a sua obra. Está na minha listinha. Você tem, Marcelo? Não, não tenho, mas já vou ler também. Estou curioso. Recentemente, um filho espiritual me mencionou e disse que está nessa direção. Ele diz, por exemplo, que há a relação da simpatia, da profunda empatia que Paulo VI tinha pelas ideias liberais maçônicas. Ele trabalha muito esse tema. Vou atrás também. Obrigado pela sugestão. Beleza, temos mais um comentário de Marcelo Fabiano Ferreira, pelo símbolo, acho que é Euro. Ele mandou 9,99. Obrigado, xará, Marcelo! Boa noite, Padre Vander, sua bênção. Boa noite, professor Marcelo! Ótima entrevista! Parabéns, Marcelo!
De Oxford, deve estar lá na Inglaterra, embora a moeda dele já não seja mais o Euro. Não, mas deve estar lá. Terceiro, libra. Deus abençoe, Marcelo! Lembre-se que você tem o nome de um dos grandes santos da nossa história também, né? Marcelo, o crucifixo que está em Roma, milagroso, é o crucifixo de São Marcelo. Ah, de São Marcelo! Não sabia! Conhece o crucifixo milagroso, né? Sabia que era do São Marcelo? São Marcelo! E temos mais uma pergunta. Super chat. Padre, sua bênção! O que vivemos hoje não seria uma repetição mais grave daquela das duras da
querela das investiduras? Poder temporal infiltrado na Igreja? Então, esse é o... Fernando Lima. Fernando, muito obrigado! Deus o abençoe. Fernando, acho que a questão da querela das investiduras foi gravíssima; era uma modalidade de cesaropapismo, mas acho que a situação atual é muito mais grave. É bem distinto porque a Igreja, naquele momento, ainda gozava da autoridade dos Papas, da doutrina indefectível. Era outra situação, né? Marcelo, não é? É muito mais grave, é um outro patamar, é uma outra realidade. O nosso tempo, embora pior, para esta crise ariana, né? Lembra muito mais... mas bem mais grave, né?
Está mais pra crise ariana, é um neo-arianismo levado... é porque o neo-arianismo também se infiltrou. Muitos Papas, bispos, padres defendendo a heresia e tal. Pensando que nós estamos na crise da negação no mistério do Filho de Deus, é um neo-arianismo. É o mais parecido da história da Igreja. Ser, mas é maior, viu Marcelo? Maior da história. Assim, sobrando... não é? Sobrando, sobrando! Beleza! Pergunta de Gabriel de Paula: "Padre, muita gente quer saber mais sobre sua aderência à FSSPX. Como anda o processo?" Então, é o... Gabriel, Gabriel, Gabriel. Então, no atual momento, eu estou na condição
do que a FSSPX chama de amigo, o que seja... eles nos tutelam doutrinariamente e sacramentalmente. Então, tanto os santos óleos quanto o crisma dos nossos fiéis, e eles nos dão todo o suporte, cumprindo um canon estrito. E precisa estar mais do que provado o que é o chamado estado de necessidade, porque nós precisamos de padres católicos, porque nós precisamos de sacerdotes católicos, de sacramentos católicos e a situação nos permite ou não nos permite. Então, é preciso ir para o estado de guerra. Nós estamos em guerra, guerra contra o Inferno no pico. E há um padre,
Gabriel, interessante, Marcelo, que a sua tese doutoral de direito canônico... ele era o arquivista do cardeal Alfonso Stickler, o Padre Gregor Ress, conhece, né? Marcelo? Ress! Padre Gregor Ress, falecido, Padre Gregory, Gregory Ress, Gregory Augustin Ress. O P. Ress fez uma tese onde ele comprova a veracidade, não a total incontestabilidade do estado de necessidade na história da Igreja e que se aplica perfeitamente à condição da FSSPX e aos que delas se tornaram amigos. E é isso! Eu ainda estou com a minha posição canônica aberta, aberta, mas está nas mãos de Deus. E se sabe que,
se vier algum tipo de sinalização processual ou penitencial, ela terá constituição tanto inválida quanto ilícita. Tanto inválida quanto ilícita, porque não se pode punir um padre por querer ser católico, Marcelo! Hum, claro! É uma coisa completamente uma ação vazia, né? Como é que se pune um esposo por ser fiel à esposa? Não se pode! Então, agora, você não pode... pessoa honesta, como você não cometeu adultério, como você não traiu sua esposa, como você não teve amantes, como você não teve filhos fora do casamento. Por você não ter tido tudo isso, você não pode mais ser
esposo dela? É aberratio total, como? Seria ao contrário, estado de normalidade, porque você foi tão fiel, conservou, teve muitos filhos com El, etc. Você merece um título de honra e de louvor. Agora dizer que, por você não ter cometido adultério, não ter tido filhos fora do casamento, não ter tido amantes, é que nós não te deixaremos mais continuar com a sua esposa, é uma coisa completamente estranha. Essa é imagem não é clara a minha situação canônica, mas por hora eu não tenho ainda nenhum estado de penalidade ilícita e inválida, canonicamente falando. Só um parêntese: saudoso
Padre R, os vídeos dele são excelentes, excelentes, excelentes. Então, Marcelo, o que eu queria aqui, que foi excelentes, é que eu queria dizer a tese doutoral dele, onde ele prova tudo isso. Sabe que na universidade sumiu. Ah, sumiu, sumiu, coincidiu, desapareceu. Coincidência? Marcelo, não tem quem ache, alguém vai ter que ir atrás e resgatar. Não quem sabe? Ah, você, como historiador, poderia se propor a fazer esse trabalho, hein? De lançar pela Editora, é quem sabe. Marcelo, é um tesouro, né? A corroboração jurídica dele é de alto nível do Estado e ele era um gênio, né?
Um gênio, um gênio. Tem um comentário aqui no superchat: "Eh, sua bênção, Padre! O que as pessoas não entendem é que Deus usa dos meios disponíveis para agir na história da humanidade. Logo, Ele não deixará de agir, mesmo na RCC, etc." Um abraço, Marcelo! É, Marcelo, não é uma coisa, é a permissão. Outra coisa, a primeira pergunta lá atrás eu já respondi, tá bem? Outra coisa é que Deus tolera o erro, contanto que tire um bem maior depois, segundo a sua Providência desse erro. Ponto. Está claro, não é? Ok. Eh, tem uma já meio respondida
aqui, mas é do Alan. "Eh, Mal, Martin é confiável, sua bênção, Padre?" Deus abençoe, senhor! O senhor está na FSSPX ou continua na diocese de Santo Amaro? Não, não estou encarnado. Acabei de responder: na FSSPX. Meu estado jurídico permanece atual na condição de amigo da Fraternidade, esperando ver o que a Providência Santíssima vai mostrar, vai manifestar. Agora, a primeira parte, que é o mais importante… Mal, Malm eh, o Marcelo pode completar, mas, pelas palavras do Padre Muro, era um homem reto, um sacerdote do coração de Deus, e que depois vai ter suas dificuldades, não? Marcelo,
ele não morre nas melhores condições, não. Não morre. Ele se perdeu um pouco. Agora, quantas obras dele, vale muito a pena ler. Vale muito a pena ler. Ler de uma riqueza impressionante. O último Papa está pela Eclésia, né? Por um dos subtítulos dela, acho que é "Sétimo Selo". Marcelo, um estouro, o tijolaço à casa barrida pelos ventos, né? Que sai no Brasil por ela. Uma das… isso é referência, né? Mar, referência para esse tema. Lembrando que ele próprio disse que aquilo lá é um romance, mas 80% lá é verdade. É romance de 80% de verdade
com os 20% de ficção, né? Inclusive, tem na internet a correspondência dos nomes, já fizeram até esse trabalho. Você vai ler lá e não vai ter, por exemplo, o nome do Card Deal lá. Então, é, ele já teve gente que já fez a correção dos nomes corretos. Então, é uma leitura muito interessante. O veto do Michael BR não é o B..., não é... como é que era o...? Era... tem outro lá que ele dá um nome engraçado, agora me fugiu. Bom, vamos lá. Na pergunta lá, ok, mais um superchat. "E, Padre, o que o senhor
acha da Opus Dei?" Então, eu vou usar a mesma posição que eu disse anteriormente em relação aos aros, tá bem? Com todo o respeito. Marcelo, eu fui supernumerário há algum tempo, então eu prefiro, em relação à posição teológica, eu vou usar o termo: não comungo da posição teológica da obra. Basta, não basta, basta, né? Lembrei, o nome era Argentine. No livro remetido a Silvestrini, o nome real, né? É muito divergente, né? Mar, a prata Silvestrin. Muito bom. Pergunta de Fábio Mendes: "Padre Vander, existe alguma possibilidade de irmã Lúcia ser uma impostora?" Então, esse é um
tema que dá pano pra manga, eh eh, a prosa e contras, demais, né? Marcelo, na temática, eu conversei muito com o Carlos Bezerra, que tá defendendo essa tese, né? Mas ela, ela não é… então, não vou entrar em autor A, B ou C, né? Há pró muitos, mas não há só pró, não há contras também, né? Eh, eu não tenho por hora. Só posso dizer isso. Não tem ainda um juízo formado. É pergunta de Mar Linda Santos: "Como o leigo deve se comportar perante esse declínio?" Como leigo, deve se comportar perante esse declínio rezando, fazendo
penitência, estudando e fazendo apostolado. Acho que é aí os quatro: rezem, façam a penitência. Isso é invariável. Estude a doutrina católica de sempre e faça. Juntem grupos, juntem pessoas, né? Marcelo, para estudar. Estudar o que é palestrar, estudar os escritos, estudar o catecismo de Trento. Às vezes precisa de alguém que dê uma força nesse sentido. É, precisa estudar. Estudar as obras dos santos, estudar o que vem do Concílio pra cá. Já não se aproveita mais nada. Não há mais, já está totalmente infectado, né? Marcelo, totalmente antigos. Vai para os textos antigos, certo? Pergunta de Rose
Fernandes: "Eh, o senhor já respondeu sobre Opus Dei, mas o que o senhor tem a dizer sobre Santa Hildegarda?" Hildegarda foi um baita ser! Então, também é na mesma esfera. É um tema que eu não domino, então eu me sinto... Muito mais confortável por não dominar, né, Marcelo? Dizer que é um tema que é para eu não ficar em achismo, não! Dom, senão a gente começa no chutando. É, é, é, realmente não vou me me aventurar. Aqui é um comentário de Maurício Silva também, super chat: "Parabéns pela aula, padre! Sua bênção! Sou devoto de Nossa
Senhora e quero iniciar um estudo mariano. Peço a gentileza de recomendar uma sequência de livros." Então, acho que dois ou três títulos que valem a pena, Maurício. Vamos ao clássico, não dá para escapar desses três para aprender a amar Nossa Senhora: "Glórias de Maria", maior tratado sobre ela; "Tratado da Verdadeira Devoção" do Grande São Luís Maria Grignion de Montfort; e os "Sermões de São Bernardo" sobre ela. Olha, se você conseguir se debruçar sobre esses três, você vai se tornar realmente um devoto, na acepção do termo, de nossa rainha santíssima. Uma ótima aqui, super chat também,
do Evandro Olímpio: "O que dizer sobre a suposta invalidade das novas ordenações e sobre padres tradicionais rezarem missa em casa de fiel sem a Pedra D'Ára?" Então, duas coisas: o altar é altar se tem Pedra D'Ára ou corporal grego. Ah, esqueci de falar do corporal grego, antes disso. Ele é uma mesa! O altar se configura pela presença do túmulo dos mártires. Outra coisa é sobre a invalidade das ordenações. Há pouco tempo, eu vinha fazendo um estudo sobre isso e, em nenhum momento, o próprio Monsenhor Lefebvre comenta sobre a invalidade, porque o que garante a validade
da ordenação é a imposição das mãos com o ato consecratório. Você pode ter traduções que tornem problemática a coisa, mas dito de outra maneira. E aí eu vou partir já para o concreto e respondo: por exemplo, a minha ordenação foi plenamente válida porque teve toda a formalidade, fechou, né? Teve matéria e teve forma, né? Teve matéria e teve forma. Então, tá bom, acho que respondi. — Não é? Respondeu muito bem, padre! Muito obrigado por sua presença. É um assunto árido, assunto difícil, polêmico, né? E até mesmo delicado e, às vezes, problemático. Mas eu agradeço bastante,
padre, sua presença aqui. As portas estão abertas para o senhor aqui nesse podcast. — Marcelo, eu agradeço o convite. Entrego toda a conversa dessa tarde aos cuidados de Nossa Rainha Santíssima. Ofereço pelas almas do purgatório, como os santos sempre ensinaram. Ofereço todo o trabalho de apostolado pelas almas do purgatório e já o tenho como amigo e o coloco no Santo Sacrifício. Obrigado! Estás convidado a visitar a Cor Maria e estar conosco! — Muito bem, Marcelo! Estamos no mesmo fronte e rezo pelos seus trabalhos. Muito obrigado pela jornada desta tarde. Eu só reafirmo, no fim: novamente
me perdoem por ser tão prolixo. É só ver a, o pensamento de trechos... — Tá, eu vou... vou cuidar. Você tem ferramentas técnicas para isso, não vou fazer. Padre, não para que outros não façam isso. Fica difícil fiscalizar, mas me parece que você consegue, tecnicamente. Eu vou averiguar isso. Não permitir que... que eles vão. Tá certo, que tem quem só quer, não quer a verdade, né? Marcelo, pega momentos isolados e... para... para outros F's tirados do contexto do todo, foi tratado com tanta gravidade. E que eu repito... me basei numa fonte particularmente... muro. Quem quiser
saber, tá no parágrafo "muro". Eu tenho, e esse livro vai ser traduzido para o português, só que eu não posso adiantar nada sobre o livro dele. E quem quiser assistir à live com ele, né? Não me permite, vá para o canal do Padre Vander Jesus Maia. Está lá a infiltração na igreja. Está tudo na... na excelente conversa, vale muito a pena, Vera. Então, tá bom, ficamos por aqui. Obrigado.