Olá terapeuta infantil fora da caixinha tudo bem com você Eu sou a Paulinha psico infantil psicóloga infantil especialista em autismo e nesse vídeo eu quero que você entenda um pouco mais sobre a TCC terapia cognitivo comportamental vamos [Música] conversar a TCC é uma terapia que foi desenvolvida pelo Aron Beck tá aqui a fotinho dele para vocês verem Que carinha que ele tem lá nos inícios dos anos 60 por ele que é neurologista e psiquiatra o beck propôs Inicialmente um modelo cognitivo da depressão e aí a partir desse estudo Inicial foi se desenvolvendo a TCC que
é a terapia cognitivo comportamental na TCC a gente tem uma Tríade muito importante que é pensamento emoção e comportamento Ou seja a forma que a gente pensa também influencia a forma como a a gente se sente e a forma como a gente se comporta Claro existem emoções que vem e da emoção vem o nosso pensamento né também a Tríade ela pode se comunicar de formas diferentes mas A grande questão aqui é que essas três áreas estão constantemente muito relacionadas e é esse olhar que a TCC vai ter do seu paciente a TCC hoje em dia
ela já tem outras Vertentes então digamos assim da grande mãe que é a TCC já existem outras abordagens que derivam da TCC e foram criando outros formatos ali dentro tá nesse vídeo eu vou falar somente sobre a TCC Mas vocês podem deixar aqui nos comentários se tem alguma outra abordagem da Psicologia que vocês gostariam de saber mais para eu trazer para vocês também a primeira coisa que o terapeuta precisa fazer ao começar o trabalho com o paciente baseado na TCC é a conceitualização cognitiva E aí Claro a gente vai ter uma diferença na forma de
abordar eh e de utilizar a TCC com adultos adolescentes ou crianças nesse vídeo eu vou trazer as ideias Gerais dentro da TCC E aí eu posso também fazer um vídeo mais específico depois falando sobre eh como que a gente adapta cada uma dessas desses conhecimentos para as áreas específicas tá quando a gente vai fazer a conceitualização cognitiva de uma criança por exemplo talvez ela não consiga construir comigo a conceitualização vai partir de mim do meu conhecimento sobre a criança converso com a família e tudo diferente de quando é adulto que eu vou lá converso com
o adulto e com ele eu construo essa conceitualização cognitiva baseado na conversa e nas informações que ele traz sobre ele mesmo então a primeira coisa importante vai ser entender padrões de pensamento lembrem diferente para crianças adolescentes ou adultos então é aquele processo que o terapeuta vai ter que e analisar como é que que a pessoa que padrões de pensamento que aquela pessoa tem Ah ela se sente burra o tempo todo ela se sente feia ela fala ah eu sou muito feia mesmo eu sou a mais feia da turma eu sou o gordinho eu sou ruim
em tudo mesmo ah meus pais sempre falaram que que eu não que eu sou muito teimoso que eu sou muito isso então aquela crença mesmo que a pessoa tem sobre ela a segunda coisa a ser investigada na conceitualização cognitiva é a relação com a história de vida dessa pessoa então como e por que aquele padrão de pensamento existe muito provavelmente ele veio de algum histórico seja vivenciado seja interpretado seja eh viu alguém passando por algo não quer passar construir um pensamento de defesa naquele processo tá então também tem que entender esse histórico do teu paciente
é importante a gente falar aqui que o a conceitualização cognitiva para adolescentes e adultos ela é um processo colaborativo então o Terapeuta pode ir construindo com o cliente né com o paciente dele diferente da criança que você não vai construir com a criança porque eh a princípio Ela é pequena para já conseguir ter esse pensamento sobre ela mesma se ela tiver 8 9 10 anos é mais fácil que ela consiga pensar com você mas geralmente se ela é uma criança Menorzinha você vai criar a tua conceitualização cognitiva baseada na conversa com os pais na tua
interpretação e análise do caso e aí você vai usar isso como um guia pra sua terapia na segunda fase da TCC a gente vai fazer o que a gente chama de reestruturação cognitiva que vai ser de fato tentar mudar e quebrar esses padrões de pensamento Então a gente vai auxiliar o nosso paciente nesse processo E aí aqui eu vou falar para vocês de 11 estratégias que a gente tem e pode usar como terapeuta cognitivo comportamental estratégia número um psicoeducação o que que é psicoeducação é eu trazer pro meu paciente a informação sobre aquela emoção aquele
sentimento aquele pensamento Ou aquele comportamento o que eu mais uso com os meus pacientes crianças são desenhos para explicar algum conceito e alguma emoção alguma situação que eles estão passando segundo registro de pensamentos disfuncionais então é muito comum na TCC que o terapeuta proponha pro paciente que ele tenha um diário ou algum alguma forma de fazer anotações diárias sobre ele mesmo porque é importante essa auto-observação no processo de terapia E caso seja uma criança quem vai fazer anotação sobre ela os comportamentos dela são os pais ou ainda no Mundo Ideal poderiam sentar pai e filho
mãe filho para fazer essa anotação de como foi o dia como é que a criança se sentiu que pensamentos que apareceram Por que eles apareceram e termos esse histórico esse registro eh do nosso pacientinho terceiro questionamento socrático Essa É engraçado porque provavelmente né vem de Sócrates mesmo que fazia várias perguntas filosóficas para os seus eh não é seguidores que fala ah os seus seguidores digamos assim né lá na época antiga também eram as pessoas que seguiam as ideias de Sócrates então o que que é o questionamento socrático é quando eu terapeuta consigo trazer perguntas pro
meu paciente com o intuito de que com aquela pergunta ele consiga construir um novo pensamento então eu não trago respostas prontas nem pro meu adolescente nem pro meu adulto nem pra minha criança mas na criança o processo é um pouquinho diferente mas eu mas eu posso e devo trazer esses questionamentos para ajudar a cérebro a criar novos raciocínios ali naquela questão por isso que eu sabendo o Qual é o padrão do meu paciente e o que que eu pretendo alcançar com ele eu consigo saber o que que eu vou perguntar um exemplo bem simples da
criança tá estamos brincando e eu tô trabalhando eu sei que aquela criança precisa flexibilizar o raciocínio ela tem uma tendência a e manter a brincadeira sempre igual e não sair dos padrões de brincadeira dela eu trago um problema pra brincadeira tipo assim nossa que quebrei o LEGO desmontei a casinha dela é bati bateu um carrinho que caiu toda a brincadeira por exemplo e ao invés de eu ir lá resolver eu falo nossa e agora o que que a gente vai fazer parece simples mas isso é como se fosse um botão pro cérebro daquela criança para
ela começar a pensar o que que dá para fazer naquela situação diferente de eu falar assim nossa desculpa vamos montar de novo eu já trouxe o resposta eu não ela não precisou nem pensar sobre aquilo que ela tá sentindo experienciando pensando tá então o questionamento o questionamento socrático ele vem desse lugar do construir o pensamento do teu paciente número quatro técnicas de Exposição Então dentro da TCC acredita-se que a gente consegue tem muito trabalho com medos fobias ansiedade alguns desafios ali do paciente e existe uma linha de trabalho que vai expondo esse paciente de maneira
curta e e bem com muito cuidado tá gente tanto que vem aí o número cinco junto que a dessensibilização sistemática a dessensibilização sistemática é uma das técnicas de Exposição que é de forma gradativa e progressiva eh apresentando aquele elemento de fobia pro meu paciente vou dar um exemplo cachorro morre de medo de cachorro depois que eu entendi da onde vem esse medo ou consegui de fato encontrar no histórico ou em algum momento da vida do meu paciente por que esse medo apareceu e tudo bem às vezes a gente não tem uma situação chave meu paciente
não lembra Exatamente porque que esse medo veio tão grande tudo bem também né a gente tenta construir mas às vezes não tem um ponto chave específico ou o paciente não lembra a gente vai tentando ao longo das sessões tentar encontrar esse lugar de onde isso Começou Pode ser que a mãe dele morria de medo de cachorro e ela passou isso para ele porque toda vez que passava por um cachorro a mãe falava um cachorro e daí essa criança que nem sabia o que era um cachorro ainda ela já sentia o medo que a mãe sentia
do cachorro Então ela escutava cachorro ela já medo cachorro sabe então foi criado o medo a partir do medo de outra pessoa tudo isso importa por isso que a análise de histórico do nosso paciente é importante e aí a gente tem esse trabalho que a gente vai aproximando a criança lento e progressiva a criança ou adolescente ou adulto né lento e progressivamente deste eh tema do Medo tá do tipo cachorro não quer dizer que na primeira sessão eu vou levar um cachorro dentro da sala gente quer dizer que na primeira sessão talvez eu leve uma
foto de um cachorro talvez eu leve um ursinho de pelúcia de um cachorro talvez eu leve um cachorrinho de brinquedo é do do kinderovo tipo bem pequenininho Então vai ser lento e progressivamente eu vou aproximando esse paciente do tema cachorro é um brinquedo é uma foto é um vídeo é um barulho é um cachorro lá longe preso num canil é um cachorro lá longe preso numa grade é um filhotinho de cachorro que passa pela sala e vai embora é um filhotinho de cachorro que fica na nossa sessão e vai embora no final e ao ao
ao longo do tempo avançando nesse trabalho de fazer o meu paciente se aproximar daquilo que é um medo e trazendo a experiência positiva então eu vou transformando aquele tema em algo positivo cada vez que ele entra em contato com aquele tema ele tem um Resultado positivo o cérebro dele o corpo dele começam a similar que Opa cachorro talvez não seja tão mal assim cachorro talvez não seja tão mal assim né cachorro talvez Ah legal ah queridinho ah fofinho começa a transformar esse pensamento e aí a gente tem um desafio muito grande nesse processo que é
algumas vezes no processo da terapia o nosso paciente realmente experiencia um novo trauma relacionado à aquele tempa E aí o nosso trabalho ele dá uma desandada tá então só para vocês saberem que isso pode acontecer Digamos que ele tá andando numa rua e final de tarde vem um cachorro e morde o sapato dele um cachorro da rua vem e avança nele temos um problemão Porque todo o trabalho que a gente estava conseguindo fazer ele sofre um impacto do ambiente né então infelizmente a vida acontece né e situações assim podem acontecer não é sua culpa terapeuta
a gente vai continuar o nosso trabalho seis técnicas de relaxamento e essa eu amo pras crianças vou até fazer indicação desse livro aqui toque toque plim plim que é um livro muito legal pra terapia infantil baseada na TCC tá E dentro dele tem algumas técnicas de relaxamento que você pode usar com seus pacientes o intuito do relaxamento é que a gente consiga fazer com que aquele aquele aquela pessoa consiga dominar o que a cabeça dela pensa e sente e e traz para ela muitas vezes crianças e pessoas ansiosas possuem pensamentos muito acelerados muito pra frente
muito preocupados com o futuro e quando a gente aprende técnicas de relaxamento ao longo do tempo a gente começa a controlar esse pensamento ansioso que é invasivo pra gente então eu tô aqui eh curtindo sei lá curtindo meu meu dia meu cachorro aí eu lembro Ah porque não sei que porque a pessoa porque é o hospital porque E aí eu falo não pera aí aí eu começo a racionalizar respiro uso minhas estratégias para relaxar organizar racionaliza em cima daquele sentimento daquele pensamento que tá vindo que tá querendo me deixar ansioso nervoso tá posso fazer alguma
coisa agora em relação a isso não tá tudo fechado o hospital tá fechado Sei lá uma cena assim eh a pessoa já foi atendida ela já tá medicada nesse momento não tem nada mais que eu possa fazer tá então eu vou esperar amanhã 9 horas 8 da manhã quando o hospital Abrir vou lá perguntar tal coisa então eu crio um plano de ação já em cima daquilo que poderia ser só um pensamento ansioso que me deixa nervoso e não me ajuda em nada o sete a gente fala sobre técnicas e habilidades sociais então sim dentro
da TCC a gente também tem atendimentos em grupo então a gente também vai usar a Tríade principal do pensamento emoção e comportamento ali para entender qual pontos das questões sociais que estão difíceis para nosso paciente lembrando de sempre entender a razão daquilo é porque ele tem algum transtorno do neurodesenvolvimento é porque ele tem algum déficit cognitivo é porque ele teve uma situação de vivência tipo uma pandemia não saiu de casa por 4 anos então não conviveu com outras crianças A análise do todo é muito importante e aí chega a sua vez de terapeuta infantil ou
terapeuta de adolescentes e adultos né acabo falando infantil porque é minha área de conseguir construir o teu passo a passo ensinando a estratégias sociais que o teu paciente tem em déficits isso também pode envolver de fato sair com ele para algum outro ambiente tá e a terapia fora de sala ela é muito legal eu já levei os meus adolescentes pro shopping e a gente trabalhou várias questões ali entre elas e cuidar do próprio dinheiro ficar atento às pessoas em volta quando você pega o teu celular teu teu dinheiro quando você vai fazer um pedido no
ai é na Hamburgueria lá essa Hamburgueria famosa vai na fila pensa o que que é antes de entrar na fil fila não dá para ficar na fila pensando ou vai no totem né digital pede o que quer passa o cartão verifica segura Olha a senha todo esse processo de planejamento e organização e a ação de fato em cima de cada uma das etapas é um super trabalho social para ambientes sociais e você pode ir com os seus grupinhos desses locais assim como no mercado é num parque de diversões num parque um parque normal na escola
do teu paciente então você tem essa liberdade tá de fazer esse trabalho fora de sala o oito a gente fala sobre enfrentamento do stress e pras crianças eu coloco um parênteses aqui que é a questão da raiva ou frustração tá porque ainda talvez crianças não são e estressadas Mas elas têm muitas frustrações frente aos desejos delas e pode ser difícil para elas lidarem com isso também Então nesse momento a gente vai começar a entender com o nosso paciente Quais são os gatilhos de stress ou Quais são os gatilhos da frustração pra nossa criança por que
eles acontecem e o que que a gente pode pode fazer com aquela sensação com aquele pensamento com aquele gatilho que constantemente vai aparecer porque a gente não tem controle do ambiente como pessoa a gente tem o nosso controle na situação que o ambiente traz então isso é sempre um uma lembrança importante no trabalho que a gente não vai controlar os ambientes que a gente tá eu posso estar aqui de repente acontece uma situação super desafiadora perto de mim eu preciso eu conseguir saber o que eu vou fazer com o meu corpo com as minhas palavras
com as minhas ações com os os meus pensamentos com os meus sentimentos porque o sentimento pode vir e aí quando ele chega eu opt que eu vou fazer com tudo isso aqui dentro agora e aí que vem esse trabalho também de enfrentamento do estess ou da frustração número nove é a questão do espectador ou observador distante quando a gente está dentro de uma situação é muito mais difícil a gente conseguir enxergar o todo dela então na TCC Existem algumas atividades que você pode fazer com o seu paciente para que ele consiga enxergar ele entre aspas
de longe como como se ele enxergasse a vida dele como um teatro para que ele Tente fazer uma autoanálise observando ele como uma representação tá E aí ele vai e tentar se assistir de longe da cena porque quando você tá no meio do furacão é muito mais difícil você tomar qualquer ação do que quando você tá observando o furacão de longe e você consegue pensar em estratégias para sair ou evitar aquilo no 10 a gente tem troca de papéis e esse aqui tem até um jogo que é uma caixinha Sabe aquele jogo de caixinha de
criança que se chama troca de papéis e que propõe que a família faça essa brincadeira de troca de papéis Sabe por que é legal eu faço já fiz com os meus pacientinhos né porque às vezes a mãe nem imagina como que a criança enxerga ela e aí Nessa brincadeira a gente fala assim ó então agora você vai ser a mãe a mãe vai ser a filha O pai vai ser o filho o filho vai ser o pai por exemplo E aí a mãe a filhinha imita a mãe do jeito que a mãe fica tipo Nossa
mas eu sou assim e não importa se ela é ou não é assim o que importa é a interpretação que a filha dela tem dela e é nessa brincadeira que a gente vai começar a entender como que cada elemento daquela família se vê naquele grande sistema familiar né e o que que a gente pode melhorar nessa interação toda e o último que eu quero trazer para vocês é a parada do pensamento e autoinstrução então quando a gente tem adultos e adolescentes com por exemplo transtorno do pânico e ansiedade generalizada a gente tem muito os desafios
do pensamento né são pensamentos que geram fortes emoções e paralisam esse meu paciente então ele vai ter um pensar por exemplo ele vê uma situação que gera uma lembrança que já gera uma sensação ruim e ele já paralisa pensando se isso acontecer de novo na vida dele e aí ele fica naquele fluxo de pensamento e às vezes chega né na questão de uma crise de pânico mesmo de não conseguir mais pensar e só sentir uma experiência fala-se muito sobre uma experiência de quase morte de você achar que tá quase morrendo que tá acabando tudo e
aí a gente treina com o nosso paciente quando que esses momentos vão exigir que ele consiga fazer um Pare que ele domine aquele cérebro que ele domine aquele pensamento ou claro estratégias do tipo 543 2 1 que a gente traz muito pra questão de crise do Pânico quando a pessoa começa a ficar ofegante naquela sensação de agora tudo vai acabar a gente começa a aterrar ela Então propor que ela pense em cinco coisas que ela tá vendo e me fale quatro coisas que ela sente o cheiro e me fale três coisas que ela escuta e
me fale eh duas coisas que ela pode sentir o gosto e me fale e a sensação né então é sempre baseado nos nossos sistemas sensoriais então é audição visão Tato Paladar ou fato a gente tem que tentar trazer esse corpo de volta para aquele estado presente para que aquele cérebro pare de ficar lá longe no futuro ou com medo e junto com a emoção faz um grande Mix né se você já sentiu isso você sabe como é que é então a gente tem algumas estratégias que tenta então aterrar o paciente para que ele volte para
aquele momento presente e veja que eles não naquele momento ele não está em risco de vida foi uma sensação do corpo dele que trouxe né naquela situação toda e qual pensamento que engatilhou isso também é importante a gente saber além dessas 11 que eu trouxe para vocês existem muitas outras estratégias da TCC e se tem alguma específica que vocês querem que eu traga para vocês deixa aqui nos comentários que eu faço um novo vídeo tá bom gente um beijo e até o próximo vídeo tchau n